1. A EDUCAÇÃO INFANTIL NA HISTÓRIA E NA ATUALIDADE
A Educação Infantil na história e na atualidade
ORTH, Mara Rúbia Bispo[1]
NASCIMENTO, Greicimára Samuel do[2]
Resumo
A temática “a educação infantil na história e na atualidade” surge da pesquisa
PIIC/URI “a construção de práticas didático-pedagógicas diferenciadas em
educação infantil”. Objetiva refletir criticamente sobre a história da educação
infantil, a estrutura da infância no Município de Erechim, bem como, analisar os
dados colhidos. Dessa forma, a metodologia utilizada tem como foco pesquisa
exploratória através de estudo bibliográfico e documental a fim de sistematizar
os pensamentos pedagógicos dos principais pensadores da educação a cerca
da educação infantil; entrevistas e questionários com os sujeitos escolares e
institucionais, e, a partir disso, a análise dos dados colhidos na pesquisa para a
possível proposição de práticas pedagógicas diferenciadas à educação infantil.
Esse processo vem culminar com a idéia de que existe ou é possível
construírmos um pensamento pedagógico brasileiro à educação infantil, haja
vista que a educação a partir do século XVI, inicia-se com preocupação sobre a
Infância.
PALAVRAS-CHAVE: Educação; Infância; Pedagogia
Abstract
The thematic "a infantile education in history and the present time" appears of
practical research differentiated PIIC/URI "the construction of didacticpedagogical in infantile education". Objective to reflect criticamente on the
history of the infantile education, the structure of infancy in the City of Erechim,
as well as, to carry through analysis of the harvested data. Of this form, the
used methodology has as focus searches exploratória through bibliographical
2. and documentary study in order systemize the pedagogical thoughts of the
main thinkers of the education about the infantile education; interviews and
questionnaires with the pertaining to school and institucional citizens, and, to
leave of this, the analysis of the data harvested in the research for the possible
proposal of practical pedagogical differentiated to the infantile education. This
process comes to culminate with the idea of that it exists or it is possible to
construírmos a Brazilian pedagogical thought to the infantile education, has
seen that the education from century XVI, is initiated with concern on Infancy.
WORD-KEY: Education; Infancy; Pedagogia
Introdução
A temática "a educação infantil na história e na atualidade" surge da pesquisa
"a construção de práticas didático-pedagógicas diferenciadas em educação
infantil". Objetiva refletir criticamente sobre a historicidade da educação infantil,
a estrutura da educação infantil no Município de Erechim, bem como analisar
os dados obtidos com a pesquisa.
Nesse sentido, a metodologia utilizada tem como foco entrevistas, fonte
bibliográfica e documental e, a partir disso, a análise dos dados coletados.
O texto está estruturado da seguinte maneira: Primeiramente, uma breve
contextualização da educação infantil visando compreender o tema na sua
historicidade, destacando alguns educadores que influenciaram a educação
infantil. E, em seguida, uma abordagem dos conceitos: criança, cuidar e
educar. Posteriormente, apresentamos os dados obtidos na pesquisa e, por
fim, as considerações preliminares, nas quais destacamos elementos
importantes e necessários para a educação infantil e para a prática pedagógica
do professor que nela atua.
3. 1 Surge a Educação Infantil
A educação infantil, bem como a infância, teve sua descoberta somente nos
séculos XVI, XVII e XVIII, quando então se reconheceria que as crianças
precisavam de tratamento especial antes que pudessem integrar o mundo dos
adultos. Até então, especificamente na Idade Média, a infância era ignorada, a
passagem da criança pela família era insignificante e se reduzia ao tempo
“enquanto o filhote não conseguia bastar-se”, isto é, havia falta de consciência
acerca das particularidades da infância.
Foi no início do século XVII, que surgiram as primeiras preocupações com a
educação das crianças pequenas. Essas preocupações foram resultantes do
reconhecimento e valorização que elas passaram a ter no meio em que viviam.
Mudanças significativas ocorreram nas atitudes das famílias em relação às
crianças que, inicialmente, eram educadas a partir de aprendizagens
adquiridas junto aos adultos e, aos sete anos, a responsabilidade pela sua
educação era atribuída a outra família que não a sua. Apesar de uma grande
parcela da população infantil continuar sendo educada segundo as antigas
práticas de aprendizagem, o surgimento do sentimento de infância (que, de
acordo com Philippe Áries (1978), surgiu no século XVII, quando a sociedade
passou a ter consciência da educação infantil, distinguindo a criança do adulto)
provocou mudanças no quadro educacional. Começaram a surgir as primeiras
preocupações com a educação das crianças pequenas, e desde então,
surgiram as primeiras propostas educativas contemplando a educação da
criança de 0 a 6 anos.
Nesse sentido, observamos que a educação infantil, nos dias atuais, além de
possuir raízes históricas na Idade Média, continua com a predominância de
educar a partir dos ensinamentos transmitidos pelos adultos. Essa dimensão é
muito bem defendida por Durkeim ao definir a educação como fator social, pelo
qual uma sociedade transmite o seu patrimônio cultural e suas experiências de
uma geração mais velha para uma mais nova, garantindo sua continuidade
histórica.
1.1 A Educação Infantil no Século XVII
4. Vários teóricos (Comenius, Rousseau, Pestalozzi, Froebel, Montessori, Dewey,
Decroly, Piaget, Vygotsky, etc.) desenvolveram seus ideais sobre educação,
incluindo aí a educação para a infância.
O nascimento do pensamento pedagógico moderno, nos séculos XVI e XVII,
impregnando-se do pragmatismo tecnicista e do desenvolvimento científico
ocorrido com a expansão mercantilista, criou novas perspectivas educacionais,
que terminaram repercutindo na educação de crianças pequenas. Neste
período, por meio dos movimentos religiosos da época, foram organizadas
escolas para pequenos (a partir dos 6 anos), onde ensinavam a ler e a
escrever. Já, para crianças pobres de 2 ou 3 anos, apenas no século XVIII,
surge a necessidade de incluí-las e atendê-las.
A idéia de educar crianças menores de 6 anos de diferentes condições sociais,
já era tratada por Comenius (1592-1670), que propunha um nível inicial de
ensino que era o “colo de mãe". Organizou a sua didática em quatro períodos
considerando os anos de desenvolvimento, quais sejam: a infância, puerícia,
adolescência e juventude, durando um período de seis anos.
Ao atribuir aos pais a tarefa da educação da criança pequena (o que na época
representava um grande avanço, pelo fato dos pais, até então, não terem essa
responsabilidade), Comênius chamou a atenção para a importância desse
período e suas repercussões na vida do ser humano.
A leitura que realizamos sobre Comênius encaminha-nos a perceber que ainda
suas idéias continuam sendo fortemente impregnadas como paradigma
educacional. Isso porque as práticas pedagógicas escolares e educacionais
dominantes subsidiam-se com parâmetros nessa perspectiva, tanto no que se
refere a currículo de formação de professores como a escolas de educação
básica.
1.2 A Educação Infantil no século XVIII
As instituições pré-escolares nasceram no século XVIII em resposta à situação
de pobreza, abandono e maus tratos de crianças pequenas, cujos pais
trabalhavam em fábrica, fundições e minas criadas pela Revolução Industrial
que se implantava na Europa Ocidental. Inicia-se, assim, a concepção de préescola baseada no binômio cuidado e educação. Isso possui o significado de
5. que somente após a Revolução Industrial, a educação com assistência às
crianças passou a ser destaque.
Todavia, a questão metodológica que preocupava os pioneiros na área no
século XVIII, sob a influência do ideário da Revolução Protestante, era
descobrir como conciliar novas formas disciplinadoras da criança que
eliminassem punições físicas.
Dentro de uma perspectiva de oposição ao ideário da Reforma e da ContraReforma, a educação infantil beneficiou-se das colocações de Jean Jacques
Rousseau (1712-1770) que privilegia a criança como indivíduo, e para a qual, a
escola é organizada para ser o mundo da criança. Para ele, a criança deve
experimentar desde cedo coisas e situações de acordo com seu próprio ritmo,
com seu processo maturacional. Ao invés de disciplinamento exterior, eram
propostos a liberdade e o ritmo da natureza. O esforço pedagógico deveria
estar direcionado ao cultivo da intimidade, cultivo do coração, do que é natural
no homem e de onde poderiam vir os melhores frutos.
O que podemos compreender sobre o pensamento de Rousseau diz respeito a
princípios doutrinários de preservação da espécie humana, ou seja, preservar
as crianças dos problemas, conflitos, violências permitindo que ela se
desenvolva naturalmente. A repercussão deste pensamento está configurado
nos dias atuais na Declaração dos Direitos da Criança e no Estatuto da Criança
e do Adolescente.
Esses pensamentos teóricos abriram caminho para os trabalhos de Pestalozzi
(1746-1827), que propôs modificações nos métodos de ensino. Criou um
orfanato para crianças pobres e defendeu que a educação deveria ocorrer em
um ambiente mais natural possível, sob um clima de disciplina estrita, mas
amorosa, o que contribuiria para o desenvolvimento do caráter infantil.
O pensamento trazido por Pestalozzi no século XVIII refere-se à questão da
disciplina como princípio para a formação do caráter da criança. O que ele
propõe é que a criança seja educada num ambiente de disciplina que não seja
em sentido autoritário, e sim, que contribua para o seu desenvolvimento como
pessoa atuante na sociedade.
1.3 A Educação Infantil no século XIX
6. Discípulo de Pestalozzi, Froebel (1782-1852) propôs a criação de jardins de
infância, onde as crianças – pequenas sementes que adubadas e expostas a
condições favoráveis em seu meio ambiente, desabrochariam em um clima de
amor, simpatia e encorajamento – estariam livres para aprender sobre as
mesmas e sobre o mundo.
A contribuição de Froebel para a educação infantil foi de grande importância. A
criação dos jardins de infância, proposta por ele no século XIX, proporcionou a
educação para as crianças pequenas em vários aspectos do desenvolvimento.
Seu pensamento de que as crianças precisariam aprender sobre as mesmas e
sobre o mundo está de acordo com o disposto na Lei de Diretrizes e Bases
sobre a educação infantil (1996) e nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a
educação infantil (2000) ao afirmar que: “As instituições de educação infantil
devem promover em suas propostas pedagógicas, práticas de educação e
cuidados, que possibilitem a integração entre os aspectos físicos, emocionais,
afetivos, cognitivo/lingüísticos e sociais da criança, entendendo que ela é um
ser completo, total e indivisível.”
1.4 A Educação Infantil no século XX
Dentro da lista dos principais pioneiros que construíram a idéia de uma
educação infantil, incluímos também o nome de Maria Montessori (1870-1952).
Ela construiu o pensamento de educação infantil na perspectiva biológica do
crescimento e desenvolvimento infantil. Propôs material adequado à
exploração sensorial e mobiliário para as crianças.
Foi no final do Século XIX e no decorrer do Século XX, que aconteceram, na
Europa e
nos Estados Unidos da América, mudanças significativas no campo
educacional. As escolas laicas marcaram a ruptura do domínio da Igreja sobre
a educação, reafirmando a hegemonia da burguesia liberal. Um grande
movimento de renovação pedagógica denominado “movimento das escolas
novas”, também, aconteceu nesse período.
O educador norte-americano John Dewey (1859-1952) foi o primeiro a formular
o novo ideal pedagógico, afirmando que o ensino deveria dar-se pela ação,
privilegiando assim, o interesse do educando. Tratava-se de aumentar o
7. rendimento da criança, seguindo os próprios interesses vitais dela. Um dos
pontos culminantes das contribuições de Dewey pode ser hoje encontrado em
um grande número de escolas infantis, trata-se do “método de projetos”. Na
realidade, o que vimos foi o desencadeamento de novos modelos didáticos e,
desde esse período, o “sistema de projetos” foi aperfeiçoado por vários
discípulos de Dewey, dentre os quais destacamos William Heard Kilpatrik.
Nesse contexto, destacamos Ovide Decroly (1871 – 1932) que, inicialmente,
desenvolveu suas atividades educativas junto a crianças anormais (1901). Num
momento posterior (1907), resolveu desenvolver sua proposta educativa junto
às crianças normais, criando uma escola em Bruxelas, “L’ermitage” . Sua
preocupação, ao expor sua proposta, era a de substituir o ensino formalista,
baseado no estudo dos tradicionais livros de textos, por uma educação voltada
aos interesses e às necessidades das crianças. O “Sistema Decroly” está
baseado em fins e em princípios para uma nova escola que supere a escola
tradicional.
Em conseqüência, concluiu que o que mais interessa ser conhecido pela
criança é, em primeiro lugar, ela mesma, para depois, conhecer o meio em que
vive. Foi em função dessas conclusões e das características e domínios, acima
citados, que apresentou seu programa de idéias associadas, concebido da
seguinte maneira: 1. a criança e suas necessidades; 2. A criança e seu meio.
Ao apresentar esse programa, Decroly preocupou-se com a forma como ele
deveria ser abordado. Partia do princípio de que a melhor alternativa para
abordá-lo seria fazer uso da “globalização” e, para isso, propôs que o ensino
fosse desenvolvido a partir dos “Centros de interesse”. Partir do interesse da
criança significa respeitar o seu desenvolvimento e suas necessidades. Para
isso deveriam fazer uso da "observação, associação e da expressão".
Jean Piaget (1896-1980) investigou sobretudo a natureza do desenvolvimento
da inteligência na criança. Propõe uma escola que não fizesse as crianças
apenas escutar, mas também as colocassem em situação de fazer e de falar.
Escola Ativa.
A preocupação com o desenvolvimento cultural da humanidade, levou Lev
Semenovich Vygotsky (1896 – 1934) a envolver-se com a infância, através de
alguns estudos que lhe permitissem compreender o comportamento humano,
justificou que “a necessidade do estudo da criança reside no fato de ela estar
8. no centro da pré-história do desenvolvimento cultural devido ao surgimento do
uso de instrumentos da fala”(GADOTTI, 2003, p.184). Para isso, dedicou-se ao
estudo da “pedologia” – ciência da criança, voltada para o estudo do
desenvolvimento humano, articulando os aspectos psicológicos, antropológicos
e biológicos.
Para Vygotsky (1991, p.15) desenvolvimento e aprendizagem são processos
interativos. No entanto, cabe ao processo de aprendizagem, realizado em um
contexto social específico, possibilitar o processo de desenvolvimento, “o
aprendizado pressupõe uma natureza social específica e um processo através
do qual as crianças penetram na vida
intelectual daqueles que as cercam”.
No Brasil, a Educação Infantil teve início no final do século XIX com o
aparecimento das primeiras formas de assistência aos filhos de mulheres que
trabalhavam na indústria. Porém, estas tinham objetivos puramente
assistenciais e de atendimento médico. Nessa época, a assistência patronal
propiciava, para uso de seus operários, além de moradia e armazém, também
creches e escolas.
Em 1980, foram levantados debates a respeito das funções das creches para a
sociedade moderna que teve início com os movimentos populares dos anos 70.
A partir desses debates, as creches passaram a ser pensadas e reivindicadas
como um lugar de educação e cuidados coletivos das crianças de zero a seis
anos. Dessa forma, educar deixou de ser apenas cuidar, assistir e higienizar.
Com essa abertura política, permitiu-se o reconhecimento social desses
direitos manifestados, e, dessa forma, a Constituição de 1988, pela primeira
vez no Brasil, definiu como direito das crianças de zero a seis anos de idade e
o dever do estado, o atendimento em creche e pré-escola. Surge, então, a
institucionalização da educação infantil no sistema educacional brasileiro,
sendo também regulamentada pela Lei Federal 9.394/96, de 20 de dezembro
de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, através de seu
artigo 29 ao afirmar que: “A educação infantil, primeira etapa da educação
básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis
anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade”.
9. 2 A CRIANÇA, O CUIDAR E O EDUCAR
2.1 A Criança
A concepção de criança é uma noção historicamente construída e,
conseqüentemente, vem mudando ao longo dos tempos. A criança como todo
ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização
familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura,
em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio
social em que se desenvolve, mas também, o marca.
No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam das mais
diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de terem idéias e
hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar. Nessa perspectiva, as
crianças constroem o conhecimento a partir das interações que estabelecem
com as outras pessoas e com o meio em que vivem. Compreender, conhecer e
reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o
grande desafio da educação infantil e de seus profissionais.
2.2 O Cuidar
Contemplar o cuidado na esfera da instituição da educação infantil significa
compreendê-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir
conhecimentos, habilidades e instrumentos que extrapolem a dimensão
pedagógica. Cuidar de uma criança, em um contexto educativo, demanda a
integração de vários campos de conhecimentos e a cooperação de
profissionais de diferentes áreas. Cuidar significa valorizar e ajudar a
desenvolver capacidades.
O cuidado precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças,
que, quando observadas, ouvidas e respeitadas, podem dar pistas importantes
sobre a qualidade do que estão recebendo. Cuidar da criança, é sobretudo, dar
atenção a ela como pessoa que está num contínuo crescimento e
10. desenvolvimento, compreendendo sua singularidade, identificando e
respondendo às suas necessidades. Isso inclui interessar-se sobre o que a
criança sente, pensa, o que ela sabe sobre si e sobre o mundo, visando à
ampliação deste conhecimento e de suas habilidades que, aos poucos, a
tornarão mais independente e mais autônoma.
2.3 O Educar
Nas últimas décadas, os debates em nível nacional e internacional apontam
para a necessidade e que as instituições de educação infantil incorporem, de
maneira integrada, as funções de educar e cuidar. As novas funções para a
educação infantil devem estar associadas a padrões de qualidade, ou seja, ter
um desenvolvimento que considere as crianças nos seus contextos social,
ambiental, cultural e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais.
Educar significa propiciar sistemáticas de cuidados, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e
estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança e
o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social
e cultural. Nesse processo, a educação precisa auxiliar o desenvolvimento das
capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais,
afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a
formação de crianças felizes e saudáveis.
3 A Educação Infantil no Brasil: realidades
Ao refletirmos criticamente sobre a historicidade educacional da infância a
partir do século XVII, bem como analisarmos as concepções em torno de
infância, educar e cuidar, interrogamo-nos sobre como a educação infantil está
inserida. hoje, no Brasil, no Estado e no Município de Erechim. Nesse intuito,
objetivamos repensar a educação infantil global articulada com o local, a fim de
que possamos elaborar nossas contribuições educacionais à infância brasileira,
gaúcha e erechinense.
Assim sendo, nosso primeiro passo foi o de conhecer o número de escolas
11. municipais, estaduais e particulares que oferecem educação infantil no Brasil,
no Estado e no Município de Erechim (nosso foco de estudo), tanto no meio
urbano como no meio rural. Para tanto, realizamos uma pesquisa no INEP,
obtendo o seguinte resultado: