SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 121
Downloaden Sie, um offline zu lesen
REVISTA DA 
SOCIEDADE 
DE CARDIOLOGIA 
DO ESTADO DE SÃO PAULO 
Volume 17 — No 2 — Abr/Mai/Jun de 2007 
www.socesp.org.br 
ISSN 0103-8559 
SOCESP 
DIABETES E CORAÇÃO 
EDITOR CONVIDADO: SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 
ATUALIZAÇÃO EM 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS 
EDITORA CONVIDADA: IEDA BISCEGLI JATENE
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
REVISTA DA 
SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO 
i 
Diretoria da SOCESP 
Biênio 2006/2007 
Presidente: Bráulio Luna Filho 
Vice-Presidente: Ari Timerman 
Primeiro-Secretário: Ibraim Masciarelli Pinto 
Segunda-Secretária: Ieda Biscegli Jatene 
Primeiro-Tesoureiro: João Nelson Rodrigues Branco 
Segundo-Tesoureiro: Miguel Antonio Moretti 
Diretor de Publicações: Edson Stefanini 
Diretor de Regionais: Márcio Jansen de O. Figueiredo 
Diretor de 
Infra-estrutura: Carlos Vicente Serrano Jr. 
Diretor de 
Informática: Moacyr Fernandes Godoy 
Diretor de Defesa 
Profissional: José Henrique Andrade Vila 
Presidentes Regionais 
ABCDM: José Luiz Aziz 
Araçatuba: Celso Biagi 
Araraquara: José Geraldo Bonfá 
Araras: Daniel Izzet Potério 
Bauru: Christiano Roberto Campos 
Botucatu: Beatriz Bojikian Matsubara 
Campinas: Alexander Braun 
Franca: Carlos Alves Pereira 
Jundiaí: Alberando Gennari Filho 
Marília: Carlos Benedito A. Pimentel 
Piracicaba: Humberto Magno Passos 
Presidente Prudente: Luis Carlos Pontes 
Ribeirão Preto: Brasil Salim Melis 
Santos: Carlos Alberto Cyrillo Sellera 
São Carlos: José César Briganti 
São José do Rio Preto: Luis Antonio Gubolino 
Sorocaba: Luiz Miguel Gaspar Henriques 
Vale do Paraíba: Maurício Garcia Lima 
Editor: Edson Stefanini 
Editores assistentes: Pedro Silvio Farski, Luiz Francisco Cardoso, Maria Tereza Nogueira Bombig Manzoli 
CONSELHO EDITORIAL 
Arritmias e Eletrofisiologia: 
Angelo Amato Vicenzo de Paola, Maurício Scanavacca 
Cardiomiopatia: 
Beatriz Bojikian Matsubara, Dirceu de Almeida 
Cardiopatias Congênitas: 
Ieda Biscegli Jatene, Ulisses Alexandre Croti, 
Maria Virgínia Tavares Santana 
Circulação Pulmonar: 
Antonio Augusto Lopes, Nelson Kasinski 
Cirurgia Cardiovascular: 
Luiz Felipe P. Moreira, Paulo Manuel Pêgo Fernandes, 
João Nelson R. Branco 
Doença Arterial Coronária: 
Edson Stefanini, Carlos V. Serrano Jr., 
Luiz Antonio Machado César, Otávio Rizzi Coelho 
Doença Valvar: 
Flávio Tarasoutchi, Valdir Ambósio Moisés, 
Auristela Ramos 
Ecocardiografia: 
Benedito Carlos Maciel, Henry Abensur, 
José Lázaro Andrade 
Emergências Cardiovasculares: 
Ari Timerman, Miguel Moretti 
Ergometria e Reabilitação: 
Romeu Sérgio Meneghelo, Wiliam Chalella, 
Luiz Eduardo Mastrocola 
Experimental: 
Alexandre da Costa Pereira, Kleber Franchini 
Hemodinâmica e 
Cardiologia Intervencionista: 
Amanda Guerra Moraes Rego Sousa, 
Expedito Ribeiro da Silva, Valter Correia Lima 
Hipertensão Arterial: 
Dante Marcelo Artigas Giorgi, Fernando Nobre, 
Rui Póvoa 
Insuficiência Cardíaca Congestiva: 
Fernando Bacal, João Manoel Rossi Neto, 
Marcos Vinicius Simões 
Medicina Nuclear: 
Paola Smanio, José Soares Jr., Carlos Buchpiguel 
Ressonância Magnética e 
Tomografia Computadorizada: 
Carlos Eduardo Rochitte, Ibraim Masciarelli Pinto 
A Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (ISSN 0103-8559) é editada trimestralmente pela 
Diretoria de Publicações da SOCESP, Avenida Paulista, 2073 — Horsa I, 15º andar, cj. 1512 — CEP 01311-300 — 
Cerqueira César — São Paulo — SP / Tel.: (11) 3179-0044 / E-mail: socesp@socesp.org.br / Website: www.socesp.org.br 
As mudanças de endereço, a solicitação de números atrasados e as cartas ao Editor deverão ser dirigidas à 
Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, na sede da SOCESP. É proibida a reprodução total ou parcial de 
quaisquer textos constantes desta edição sem autorização formal e expressa de seus editores. 
Produção Gráfica: CEV - Casa Editorial Ventura / Impressão: AquaPrint Gráfica & Editora 
Para pedidos de reprints, por favor contate: SOCESP — Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo / 
Diretoria de Publicações / Tel.: (11) 3179-0044 / E-mail: socesp@socesp@org.br
Órgão Oficial da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo 
Publicação Trimestral / Published Quarterly 
Dados de Catalogação na Publicação Internacional (CIP) 
Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
São Paulo - SP, Brasil. v. 1 - 1991 - 
Inclui suplementos e números especiais. 
Substitui Atualização Cardiológica, 1981 - 91. 
1991, 1: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A) 
1992, 2: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
1993, 3: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
1994, 4: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
1995, 5: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
1996, 6: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
1997, 7: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
1998, 8: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 4 (supl A), 4 (supl B), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
1999, 9: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
2000, 10: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
2001, 11: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
2002, 12: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
2003, 13: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
2004, 14: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 
5 (supl A), 6 (supl A) 
2005, 15: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 
5 (supl B), 6 (supl A) 
2006, 16: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 
2007, 17: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B) 
ISSN 0103-8559 
RSCESP 72594 
CDD16 616.105 
NLM W1 
WG100 
CDU 616.1(05) 
Associação Paulista de Bibliotecários / Grupo de Bibliotecários Biomédicos 
Normas para catalogação de publicações nas bibliotecas especializadas. 
São Paulo, Ed. Polígono, 1972. 
Indexada no INDEX MEDICUS Latino Americano 
Impressa no Brasil 
Tiragem: 6.900 exemplares ii
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
SUMÁRIO 
iii 
DIABETES E 
CORAÇÃO 
EDITOR CONVIDADO: 
SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 
81 Carta do Editor Convidado: 
Sergio Ferreira de Oliveira 
82 Diagnóstico de isquemia miocárdica 
silenciosa no diabético 
Diagnosis of silent myocardial ischemia 
in diabetic patients 
EDSON STEFANINI 
EMÍLIO MONTUORI NETO 
SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 
89 Postprandial glycemia and cardiovascular 
disease in diabetes mellitus 
Glicemia pós-prandial e doença 
cardiovascular no diabetes melito 
BERNARDO LÉO WAJCHENBERG 
102 Papel da hiperglicemia no infarto agudo 
do miocárdio 
Role of hyperglycemia in acute 
myocardial infarction 
SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 
106 Revascularização miocárdica no 
paciente diabético: intervenção 
coronariana percutânea 
Myocardial revascularization in diabetic 
patients: percutaneous coronary intervention 
ÁUREA J. CHAVES 
AMANDA G. M. R. SOUSA 
ALEXANDRE ABIZAID 
LUIZ ALBERTO MATTOS 
ATUALIZAÇÃO EM 
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS 
EDITORA CONVIDADA: 
IEDA BISCEGLI JATENE 
139 Carta da Editora Convidada: 
Ieda Biscegli Jatene 
140 Gravidez e anticoncepção 
Pregnancy and anticonception 
MARIA APARECIDA DE PAULA SILVA 
150 Atividade esportiva nas cardiopatias 
congênitas 
Sport activity in congenital heart disease 
CARLOS ALBERTO C. HOSSRI 
167 Cirurgia no primeiro ano de vida 
Surgery in the first year of life 
MARCELO BISCEGLI JATENE 
PATRÍCIA MARQUES OLIVEIRA 
RAFAEL AON MOYSÉS 
177 Arritmias na infância 
Arrhythmias in childhood 
JOSÉ CARLOS PACHÓN MATEOS 
ENRIQUE I. PACHÓN MATEOS 
JUÁN CARLOS PACHÓN MATEOS 
TASSO J. LOBO 
REMY NELSON A. VARGAS
SUMÁRIO 
115 Revascularização cirúrgica do miocárdio 
131 Insulinoterapia em pacientes com doença 
iv 
FAUSTO FERES 
RODOLFO STAICO 
JOSÉ RIBAMAR COSTA 
RICARDO COSTA 
GALO MALDONADO 
LUIZ FERNANDO TANAJURA 
MARINELLA CENTEMERO 
ANDRÉA ABIZAID 
ANA SEIXAS 
IBRAIM PINTO 
J. EDUARDO SOUSA 
no paciente diabético 
Coronary artery bypass grafting in diabetic 
patients 
LUÍS ALBERTO O. DALLAN 
FERNANDO PLATANIA 
LUCIANO J. CARNEIRO 
NOEDIR G. STOLF 
arterial coronariana e diabetes do tipo 2 
Insulin therapy in patients with coronary 
artery disease and type 2 diabetes mellitus 
ANTONIO CARLOS LERARIO 
ROBERTO TADEU BARCELLOS BETTI 
187 Forâmen oval patente: embolia paradoxal 
e enxaqueca 
Patent foramen ovale: paradoxical 
embolism and migraine 
CÉLIA MARIA C. SILVA 
MÁRCIA F. MAIUMI 
VICTOR MANOEL OPORTO 
CARLOS EDUARDO B. KARPINS 
ANTÔNIO CARLOS C. DE CARVALHO 
Edição Anterior: Desafios na Prática Cardiológica 
Editor Convidado: Michel Batlouni 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Cardiopatia no Nefropata Crônico 
Editor Convidado: Valter Correia Lima 
Próxima Edição: Fisiopatologia das Doenças Cardiovasculares: 
Novos Conhecimentos 
Editor Convidado: Paulo Tucci 
Síndrome Coronariana Aguda: Atualização 
na Terapêutica Farmacológica 
Editor Convidado: Otávio Rizzi Coelho
NORMAS 
PARA A 
PUBLICAÇÃO 
DE ARTIGOS 
v 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Solicitamos aos Editores Convidados e aos Autores que estejam atentos à necessidade de 
nos mantermos rigorosamente dentro desses novos parâmetros, e que observem as disposições 
dos itens I a V, apresentados a seguir. Os artigos que estiverem fora desses padrões podem não 
ser aceitos. 
I — Os autores não poderão enviar arquivos de texto em “software” cuja finalidade não seja 
a de edição de textos. 
II — A Revista passa a ter periodicidade trimestral e no máximo 120 páginas. Cada edição 
da Revista poderá ter um ou dois temas, a critério do Diretor de Publicações. No caso de apenas 
um tema, o número máximo de artigos será de 10; para dois temas, o número máximo será de 
5 artigos por tema. O Suplemento dos Departamentos passa a ter no máximo 24 páginas. 
III — Dados gerais para preparo dos artigos 
1. Extensão 
a) Revista: cada artigo da Revista deverá ter no máximo 11 páginas (após a paginação, 
computando-se frente e verso), o que corresponde a cerca de 15 páginas no processador 
Word. As ilustrações deverão ser no máximo 8, incluindo-se nesse total figuras, fotografias, 
gráficos (montados como imagens, que deverão ser enviadas em arquivos .jpg ou .tif) e 
tabelas. Cada artigo deverá ter no máximo 40 referências (exceções serão analisadas pelos 
editores). 
b) Suplemento: cada artigo do Suplemento deverá ter no máximo 6 páginas (após a 
paginação, computando-se frente e verso), o que corresponde a cerca de 8 páginas no 
processador Word. As ilustrações deverão ser no máximo 4, incluindo-se nesse total 
figuras, fotografias, gráficos (montados como imagens, que deverão ser enviadas em 
arquivos .jpg ou .tif) e tabelas. Cada artigo deverá ter no máximo 20 referências (exceções 
serão analisadas pelos editores). 
2. Os originais no Word deverão ser digitados em espaço duplo. 
3. Evitar ao máximo o uso de abreviaturas, mesmo as “consagradas”. 
4. Os nomes dos autores (no texto ou nas referências) não deverão ser escritos em letras 
maiúsculas. 
5. Digitar o texto corrido, sem necessidade de formatação especial (paginação, recuos etc.). 
6. As tabelas deverão ser digitadas de forma simples, com os dados de cada coluna separados 
apenas pela tecla “TAB”, e no mesmo processador/editor de texto que estiver sendo 
utilizado para o restante do texto. 
IV — Seqüência da disposição do texto 
Os artigos deverão obedecer à disposição apresentada a seguir, e somente serão considerados 
completos se contiverem todos os itens: 
1. Título em português. 
2. Autores. 
3. Instituição. 
4. Endereço completo para correspondência, incluindo CEP (telefone, fax, e-mail ou outros 
meios de contato deverão ser incluídos, mas não serão publicados). 
5. Resumo de cerca de 250 palavras. 
6. Palavras-chave: até 5, obtidas no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). 
7. Texto organizado em intertítulo, subtítulo, etc. 
8. Título em inglês. 
9. Autores.
NORMAS 
PARA A 
PUBLICAÇÃO 
DE ARTIGOS 
vi 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
10. “Abstract” de cerca de 250 palavras. 
11. “Key words”: até 5, obtidas no “Cumulated Index Medicus, Medical Subject Headings”. 
12. Referências numeradas de acordo com a ordem de entrada no texto (nunca em ordem 
alfabética). Seguir as Normas de Vancouver, consultando o “website”: 
www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html 
V — Envio do material 
Todo o material editorial, incluindo textos, figuras, fotografias, gráficos (montados como 
imagens e enviados em arquivos .jpg ou .tif) e tabelas, deverá ser enviado, única e exclu-sivamente, 
pela Internet, para o seguinte e-mail: 
cev@servicoseditoriais.com
CARTA DO 
EDITOR 
CONVIDADO 
81 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
DIABETES E CORAÇÃO 
A escolha do primeiro tema sobre diabetes melito teve como objetivo chamar a atenção de 
cardiologistas, clínicos e endocrinologistas para aspectos relativos ao diagnóstico precoce da 
aterosclerose e da isquemia silenciosa, com o objetivo de evitar complicações cardiovascula-res. 
É de fundamental importância agir o mais cedo possível, pois estamos chegando tarde e 
encontrando o paciente em estado de aterosclerose avançada, cujo resultado do tratamento é 
muitas vezes decepcionante. 
O segundo tema salienta a importância da hiperglicemia pós-prandial em pacientes com 
síndrome metabólica e o aumento de risco de evoluírem para diabetes e apresentarem doença 
arterial coronariana. Na prática clínica, poucos médicos pedem medida de glicemia duas horas 
após a refeição em pacientes com glicemia de jejum entre 100 mg/dl e 126 mg/dl. Perde-se a 
oportunidade, durante anos, de se fazer tratamento preventivo agressivo contra a aterosclerose. 
O terceiro tema, já analisando as complicações cardiovasculares, salienta a importância da 
hiperglicemia aguda no infarto agudo do miocárdio como preditor forte independente de mor-talidade 
hospitalar em pacientes com e sem diabetes e a necessidade do controle glicêmico 
intensivo com insulina nas primeiras 24 horas para reduzir o risco. Chama a atenção sobre a 
influência da hiperglicemia na mortalidade hospitalar em não-diabéticos ultrapassando a dos 
diabéticos. 
O quarto tema analisa a revascularização miocárdica no diabetes e foi dividido em duas 
partes: a modalidade por cateter com balão e colocação de stent e a modalidade cirúrgica. 
Analisou-se a angioplastia por balão, passando pelo stent convencional e finalmente pelos 
stents farmacológicos, os desafios em reduzir a reestenose e, mais recentemente, de evitar a 
trombose tardia intra-stent. Resultados comparativos com a cirurgia são citados, assim como 
novos estudos que estão sendo feitos para se esclarecer qual é a melhor forma de tratamento 
para o diabético com doença arterial coronariana. A segunda parte desse tema aborda a evolu-ção 
tanto da cirurgia de revascularização miocárdica como de aspectos técnicos relativos a 
pacientes diabéticos, apresentando resultados imediatos e tardios de diferentes séries de paci-entes 
operados. 
O quinto tema abrange o aspecto evolutivo importante do paciente diabético decorrente da 
exaustão das células beta do pâncreas, que reduzem a produção de insulina endógena. Os 
hipoglicemiantes orais perdem sua eficácia, a glicemia se eleva e o médico deve começar a 
insulinoterapia para evitar complicações cardiovasculares. Aspectos clínicos, farmacológicos 
e de estratégia de tratamento são apresentados de forma didática para que possamos aprender 
a manusear a insulina. Nós, cardiologistas, não temos formação suficiente para dominar a 
técnica da insulinoterapia. Os ambulatórios de diabetes estão superlotados. Mas o paciente 
precisa ser tratado corretamente. Não podemos ficar contemplando o paciente sob uso de hipo-glicemiantes 
orais sucumbir gradativamente sob níveis de glicemia elevados. 
Espero que a leitura dos cinco temas escolhidos seja profícua e esclareça alguns aspectos 
de diagnóstico e tratamento do diabetes melito. 
Sergio Ferreira de Oliveira 
Editor Convidado
STEFANINI E e cols. 
Diagnóstico de 
isquemia miocárdica 
silenciosa no diabético 
82 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
DIAGNÓSTICO DE ISQUEMIA MIOCÁRDICA 
SILENCIOSA NO DIABÉTICO 
EDSON STEFANINI 
EMÍLIO MONTUORI NETO 
SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 
Disciplina de Cardiologia — Departamento de Medicina — EPM-UNIFESP 
Endereço para correspondência: 
Rua Pintassilgo, 155 — ap. 61 — CEP 04514-030 — São Paulo — SP 
A identificação de aterosclerose subclínica no paciente diabético assintomático é 
fundamental e contribui para a estratificação de risco de desenvolver doença arterial 
coronariana. As medidas da espessura médio-intimal da carótida, do índice tornozelo-braquial 
e do escore de cálcio por meio da tomografia de artérias coronárias têm sido pouco 
empregadas na prática clínica e poderiam dar importantes informações, ajudando a 
selecionar os pacientes diabéticos de maior risco candidatos à investigação de isquemia 
miocárdica. A eletrocardiografia de esforço, a estresse-ecocardiografia com fármacos e a 
cintilografia miocárdica com MIBI têm sido utilizadas para o diagnóstico de isquemia 
miocárdica. Sintoma de dispnéia, idade superior a 65 anos, insuficiência vascular periférica 
e presença de onda Q à eletrocardiografia estão mais freqüentemente relacionados à 
presença de doença arterial coronariana. 
Palavras-chave: doença arterial coronariana, diabetes melito, isquemia silenciosa. 
(Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:82-8) 
RSCESP (72594)-1645 
DIABETES E DOENÇA 
CARDIOVASCULAR 
Está bem estabelecida a forte associação entre 
diabetes e doença cardiovascular. A doença arte-rial 
coronariana, particularmente, tem sido consi-derada 
a principal causa de morte entre adultos 
diabéticos (65% a 80%).1, 2 
O diabetes é considerado importante fator de 
risco para o desenvolvimento de doença ateros-clerótica 
vascular, incluindo coronariopatia, do-ença 
cerebrovascular e doença vascular periféri-ca. 
3 O paciente diabético tem risco duas a quatro 
vezes maior de desenvolver eventos cardiovascu-lares 
que os não-diabéticos.4 
O diabetes melito do tipo II está associado à 
chamada síndrome metabólica, que, além de re-sistência 
à insulina com hiperglicemia, inclui obe-sidade 
centrípeta, hipertensão arterial, dislipide-mia, 
hiperuricemia, estado de hipercoagulabilida-de, 
hiper-homocisteinemia e outros distúrbios me-tabólicos, 
que levam à disfunção endotelial e à pro-gressão 
da aterosclerose. Alguns fatores prognós-ticos 
no diabético têm sido apontados como pre-ditores 
de coronariopatia, como a microalbumi-núria 
e a disautonomia.5 
A doença aterosclerótica no diabético apresen-ta- 
se de forma mais difusa e mais agressiva, agra-vando 
o prognóstico dos eventos isquêmicos nes-ses 
pacientes. O infarto agudo do miocárdio no 
diabético freqüentemente é mais extenso, ocasio-nando 
taxas de sobrevida em médio prazo mais
STEFANINI E e cols. 
Diagnóstico de 
isquemia miocárdica 
silenciosa no diabético 
83 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
baixas que em não-diabéticos.6, 7 
ISQUEMIA SILENCIOSA 
A dor torácica é o sintoma mais importante para 
o diagnóstico de isquemia miocárdica; no entan-to, 
vários estudos têm demonstrado que indivídu-os 
portadores de doença aterosclerótica coronari-ana 
extensa podem não apresentar angina8. A im-portância 
prognóstica e a necessidade de tratamen-to 
da isquemia assintomática têm sido objeto de 
muito debate na literatura há muitos anos.9, 10 
Os achados clínicos em pacientes com doença 
arterial coronariana e diabetes são controversos em 
relação à presença de isquemia silenciosa. Ques-tiona- 
se se sua ocorrência resulta da idade e não 
do diabetes. O estudo de Framingham11 observou 
a presença de infarto agudo do miocárdio sem dor 
em 25% dos casos pela presença de onda Q no 
eletrocardiograma. Esses infartos foram mais fre-qüentes 
em hipertensos e diabéticos, tendo 39% 
ocorrido em homens e 17% em mulheres. 
Estudos clínicos utilizando eletrocardiografia 
de esforço, eletrocardiografia de 24 horas Holter12 
e cintilografia miocárdica com Tl-20113 demons-traram 
maior presença de isquemia silenciosa no 
grupo de diabéticos. Nesse grupo, a concomitân-cia 
de neuropatia periférica e doença autonômica 
cardíaca foi de 34,2%. O infarto silencioso ocor-reu 
em 20% e 4% dos pacientes com e sem com-prometimento 
autonômico, respectivamente. O in-fradesnivelamento 
do segmento ST na eletrocar-diografia 
ocorreu mais cedo nos diabéticos, po-rém 
o limiar de percepção dolorosa atrasou 86 se-gundos14. 
Foi estudada a variabilidade da freqüência car-díaca 
por meio do Holter em pacientes que apre-sentaram 
isquemia miocárdica durante a eletro-cardiografia 
de esforço15: 42% eram diabéticos e 
somente estes apresentaram disfunção autonômi-ca 
e menor variabilidade da freqüência cardíaca. 
Outro estudo16 verificou a presença de isquemia 
silenciosa na eletrocardiografia de esforço em 50% 
dos pacientes diabéticos sem disfunção autonô-mica 
e em 10% dos não-diabéticos, sugerindo que 
a isquemia silenciosa é mais freqüente em diabé-ticos 
e não depende da disfunção autonômica. 
AVALIAÇÃO NÃO-INVASIVA DE 
DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA 
EM DIABÉTICOS ASSINTOMÁTICOS 
A epidemia de diabetes melito do tipo 2 e a alta 
prevalência de doença arterial coronariana em dia-béticos 
aumentam a responsabilidade dos médicos 
em diagnosticá-las precocemente em pacientes as-sintomáticos. 
Há dois aspectos fundamentais: 1. de-tectar 
a presença de aterosclerose subclínica por meio 
de métodos não-invasivos e estabelecer o prognósti-co 
a longo prazo; e 2. detectar a presença de isque-mia 
miocárdica silenciosa relacionada ao prognósti-co 
a curto prazo, ou seja, risco de ter infarto agudo 
do miocárdio em dois anos. 
AVALIAÇÃO DE ATEROSCLEROSE 
SUBCLÍNICA 
Ultra-sonografia de carótidas: medida do 
espessamento médio-intimal (IMT) 
O estudo “Atherosclerosis Risk in Communi-ties” 
(ARIC)17 verificou para espessamento mé-dio- 
intimal > 1 HR 1,85 (ajustado 1,2) em homens 
e 5,07 (ajustado 2,62) em mulheres. O risco foi 
considerado moderado para acidente vascular ce-rebral 
e doença arterial coronariana. 
O “Cardiovascular Health Study”18 encontrou 
risco relativo de 3,87 quando comparou o quintil 
superior com o inferior de medidas do espessa-mento 
médio-intimal. 
O “Insulin Resistance and Atherosclerosis Stu-dy” 
(IRAS)19 observou maiores índices de espes-samento 
médio-intimal em diabéticos com doen-ça 
arterial coronariana e menores índices em não-diabéticos 
sem doença arterial coronariana. 
É um método simples, de baixo custo e de boa 
reprodutibilidade. 
Índice tornozelo-braquial (ITB) 
O índice tornozelo-braquial < 0,90 sugere pre-sença 
de doença arterial periférica e indica este-nose 
> 50%. É muito útil na prevenção de doen-ças 
cardiovasculares, principalmente de amputa-ção 
de membro inferior. É limitado na presença 
de esclerose de Mönckeberg. 
No estudo “Rancho Bernardo”20, realizado em 
homens com 66 anos de idade em seguimento de 
10 anos, a mortalidade na presença de doença ar-terial 
periférica subclínica em diabéticos e não-diabéticos 
foi de 33,8% e 15,4%, respectivamen-te, 
ou seja, seis vezes maior. Na ausência de doen-ça 
arterial periférica, a mortalidade foi menor: 
5,6% em diabéticos e 2,9% em não-diabéticos. 
Tomografia das artérias coronárias e escore 
de cálcio 
A nova técnica com 64 cortes apresenta exce-lente 
acurácia para identificar lesões proximais; 
as medidas de placa e de áreas de lúmen correla-cionam- 
se bem com ultra-som intracoronariano. 
Esse método é limitado para quantificação do grau 
de estenose na presença de cálcio ou em artérias 
com calibre < 2 mm, e a qualidade da imagem é 
melhor com freqüência cardíaca < 65 bpm21. 
Na Tabela 1 estão apresentados os resultados do
STEFANINI E e cols. 
Diagnóstico de 
isquemia miocárdica 
silenciosa no diabético 
84 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Tabela 1 – Resultados do “St. Francis Heart Study”22 
Escore n Eventos RR(risco relativo) 
0 1.504 0,54% 1 
1-99 1.973 1% 1,9 
100-399 686 5,5% 10,2 
> 400 450 14% 26,2 
“St. Francis Heart Study”, realizado em 4.903 paci-entes 
para determinar a acurácia prognóstica da to-mografia 
computadorizada de feixe de elétrons 
(EBCT, “electron-beam computerized tomography”) 
e a relação do escore de cálcio com fatores de risco 
tradicionais e eventos cardiovasculares.22 
Concluiu-se que o escore de cálcio prediz even-tos 
cardiovasculares com maior acurácia, incluin-do 
infarto agudo do miocárdio não-fatal e morte 
coronariana, independentemente dos fatores de ris-co 
tradicionais. 
Avaliação da presença de isquemia miocárdica 
Eletrocardiografia de esforço 
Estudo de Callaham – “Veterans Administra-tion 
Hospitals”23 demonstrou que alterações do 
segmento ST em diabéticos com ou sem dor re-presentam 
aumento do risco de doença arterial co-ronariana. 
O “Coronary Artery Surgery Study” (CASS)24 
relacionou a presença de isquemia silenciosa em 
diabéticos a pior prognóstico. 
A eletrocardiografia de esforço continua sen-do 
um teste confiável e de baixo custo para esta-belecer 
o diagnóstico e o prognóstico da doença 
arterial coronariana em diabéticos. Apresenta sen-sibilidade 
diagnóstica de 50% e especificidade de 
83% para eventos cardiovasculares (morte cardía-ca, 
infarto agudo do miocárdio ou angina) em 41 
meses de seguimento25. 
Estresse-ecocardiografia (exercício ou estresse 
farmacológico com dobutamina ou adenosina) 
A sensibilidade e a especificidade desse método 
são superiores às da eletrocardiografia de esforço. 
Estudo envolvendo 89 pacientes diabéticos e 
147 não-diabéticos durante 25 meses demonstrou 
eventos cardiovasculares de 19% vs. 9,7%, infar-to 
agudo do miocárdio ou morte súbita de 12,4% 
vs. 5,6%, e eventos/ano de 6% vs. 2,7%.26 
Cintilografia miocárdica com MIBI ou Tl-201 
de esforço ou após infusão de droga (adenosina, 
dipiridamol e dobutamina) 
O estudo da perfusão miocárdica (SPECT, “sin-gle- 
photon emission computed tomography”) com 
MIBI normal equivale ao risco anual de eventos 
cardiovasculares < 1% em não-diabéticos, mas em 
diabéticos o risco é maior, porque as placas com 
estenose < 50%, que não alteram a perfusão mio-cárdica 
durante o esforço, possuem intensa ativi-dade 
inflamatória instável e podem se romper mais 
freqüentemente. 
O “Milan Study on Atherosclerosis and Dia-betes” 
(MiSAD)27 analisou 925 diabéticos e cor-relacionou 
a eletrocardiografia de repouso com a 
perfusão miocárdica Tl-201. A eletrocardiografia 
anormal correspondeu a 25% de perfusão miocár-dica 
anormal e a eletrocardiografia normal relaci-onou- 
se a 6% de perfusão anormal. Deve-se, por-tanto, 
valorizar a eletrocardiografia de repouso 
anormal. 
A “American Diabetes Association” (ADA)28 
recomenda a realização de testes de detecção de 
isquemia miocárdica em diabéticos com eletrocar-diografia 
de repouso anormal, insuficiência vas-cular 
periférica, sintomas de angina, dispnéia e 
fadiga, e com dois ou mais fatores de risco. 
O “American College of Cardiology/American 
Heart Association” (ACC/AHA)29 recomenda ava-liação 
não-invasiva para diabéticos que queiram 
iniciar exercícios e que sejam portadores de doen-ça 
arterial coronariana conhecida ou suspeita, di-abetes 
melito do tipo 1 há mais de 15 anos, diabetes 
melito do tipo 2 há mais de 10 anos ou idade > 35 
anos, com presença de fatores de risco adicionais e 
evidência de doença microvascular ou de doença ar-terial 
periférica ou neuropatia autonômica. 
O estudo “Detection of Ischemia in Asympto-matic 
Diabetics” (DIAD)30, utilizando perfusão mi-ocárdica 
com MIBI, encontrou isquemia silencio-sa 
em 22% dos diabéticos. Se fossem adotados os 
critérios da “American Diabetes Association”, 41% 
dos diabéticos com isquemia silenciosa não seri-am 
identificados. 
No estudo da Mayo Clinic31, realizado em 
1.427 diabéticos assintomáticos, a perfusão mio-cárdica 
SPECT com MIBI foi anormal em 58% 
dos pacientes. Destes, 18% foram considerados de 
alto risco (área de isquemia extensa ou fibrose as-sociada). 
As diferenças entre os estudos DIAD e da 
Mayo Clinic decorreram dos critérios adotados na 
seleção de pacientes. No estudo da Mayo Clinic,
STEFANINI E e cols. 
Diagnóstico de 
isquemia miocárdica 
silenciosa no diabético 
85 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Fig. 1. Resultados do estudo do Cedars Hospital32. 
houve maior número de homens, maior duração 
do diabetes, pior controle glicêmico, e maior pre-valência 
de onda Q à eletrocardiografia, de doen-ça 
arterial periférica, de hipertensão arterial e de 
dislipidemia. 
O estudo do Cedars Hospital32 detectou isque-mia 
em 42% dos diabéticos tanto anginosos como 
assintomáticos e em 51% dos pacientes com disp-néia, 
demonstrando a importância desse sintoma 
como equivalente isquêmico (Fig. 1). 
Tem sido observada dissociação entre os pa-drões 
de perfusão miocárdica e de anatomia à ci-necoronariografia. 
A presença de isquemia pode 
ocorrer na ausência de lesões obstrutivas signifi-cativas. 
Esses achados podem refletir presença de 
doença microvascular ou diminuição da reserva 
coronariana encontrada em diabéticos33, 34 e não 
são considerados resultados falsos positivos. 
CONCLUSÃO 
Assim, ao se avaliar pacientes diabéticos, fa-tores 
como sexo, idade superior a 65 anos, pre-sença 
de insuficiência vascular periférica, ele-trocardiografia 
de repouso anormal, insulinote-rapia, 
dispnéia e fatores de disfunção autonô-mica 
devem ser considerados indicadores de ris-co 
para presença de doença arterial coronaria-na. 
Os diabéticos com menos de dois fatores de 
risco apresentaram doença arterial coronariana 
em 41% vs. 22% com mais de dois fatores de 
risco (DIAD). A presença de isquemia em 42% 
dos pacientes diabéticos foi semelhante em an-ginosos 
e em assintomáticos. 
Essas evidências recomendam a ampliação dos 
critérios da “American Diabetes Association” para 
diagnóstico de isquemia em diabéticos.
STEFANINI E e cols. 
Diagnóstico de 
isquemia miocárdica 
silenciosa no diabético 
86 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
DIAGNOSIS OF SILENT MYOCARDIAL ISCHEMIA 
IN DIABETIC PATIENTS 
EDSON STEFANINI 
EMÍLIO MONTUORI NETO 
SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 
The subclinical atherosclerosis diagnosis in asymptomatic diabetic patients is very 
important and contributes to the coronary artery disease risk establishment. Intimal-media 
thickness measure, brakial-ankle index, and calcium score measured by electron beam 
computerized tomography (EBCT) have been underused in clinical practice, but they could 
give very important contribution in order to detect high risk diabetic patients with 
myocardial ischemia. Stress-test, stress-echocardiogram, and sestaMIBI-myocardial 
perfusion have been used to detect myocardial ischemia. Dyspnea, age over 65 years, 
peripheral artery disease and Q wave electrocardiogram have been frequently related to the 
presence of coronary artery disease. 
Key words: coronary artery disease, diabetes mellitus, silent ischemia. 
(Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:82-8) 
RSCESP (72594)-1645 
REFERÊNCIAS 
1. Grundy SM, Benjamin IJ, Burke GL, Chait A, 
Eckel RH, Howard BV, et al. Diabetes and 
cardiovascular disease: a statement for 
healthcare professionals from the American 
Heart Association. Circulation. 1999;100: 
1134-46. 
2. O’Keefe JM, Miller JM. Improving the adverse 
cardiovascular prognosis of type-2 diabetes. 
Mayo Clin Proc. 1999;74:171-80. 
3. Laakso M, Lehto S. Epidemiology of 
macrovascular disease in diabetes. Diabetes 
Reviews. 1997;5:294-315. 
4. Stamler J, Vaccaro O, Neaton JD, Wentworth 
D. Diabetes, other risk factor and 12-yr 
cardiovascular mortality for men screened in 
the Multiple Risk Factor Intervention Trial. 
Diabetes Care. 1993;16:434-4. 
5. Valensi P, Sachs R-N, Harfouche B, Lormeau 
B, Paries J, Cosson E, et al. Predictive value of 
cardiac autonomic neuropathy in diabetic 
patients with or without silent myocardial 
ischemia. Diabetes Care. 2001;24:339-43. 
6. Weitzman S, Wagner GS, Heiss G, Haney TL, 
Slome C. Myocardial infarction site and 
mortality in diabetes. Diabetes Care. 
1982;5:31-5. 
7. Orlander PR, Goff DC, Morrissey M, Ramsey 
DJ, Wear ML, Labarthe DR, et al. The relation 
of diabetes to the severity of acute myocardial 
infarction and post-myocardial infarction 
survival in Mexican-Americans and non- 
Hispanic whites: the Corpus-Christi Heart 
Project. Diabetes. 1994;43:897-902. 
8. Deanfield JE, Shea M, Ribiero P, de Landsheere 
CM, Wilson RA, Horlock P, et al. Transient 
ST-segment depression as a marker of 
myocardial ischemia during daily life. Am J 
Cardiol. 1984 Dec 1;54(10):1195-200. 
9. Stern S, Tzivni D. Early detection of silent 
ischaemic heart disease by 24-hour 
electrocardiographic monitoring of active 
subjects. Br Heart J. 1974;36:481-6. 
10. Cohn P. Silent myocardial ischemia. Ann Intern 
Med. 1988;109:312-7. 
11. Kannel WB. Silent myocardial ischemia and 
infarction: insights from the Framingham
STEFANINI E e cols. 
Diagnóstico de 
isquemia miocárdica 
silenciosa no diabético 
87 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Study. Clin Cardiol. 1986;4:5583-91. 
12. Chiariello M, Indolfi C, Cottechia MR, Sifola 
C, Romano M, Condorelli M. Asymptomatic 
transient ST changes during ambulatory ECG 
monitoring in diabetic patients. Am Heart J. 
1985;110:529-34. 
13. Nesto RW, Phillips RT, Kett KG, Hill T, Perper 
E, Young E, et al. Angina and exertional 
myocardial ischemia in diabetic and 
nondiabetic patients: assessment by exercise 
thallium scintigraphy. Ann Intern Med. 
1988;108:170-5. 
14. Niakan E, Harati Y, Rolak LA, Comstock JP, 
Rokey R. Silent myocardial infarction and 
diabetic cardiovascular autonomic neuropathy. 
Arch Intern Med. 1986;146:2229-30. 
15. Marchant B, Umachandran V, Stevenson R, 
Kopelman PG, Timmis AD. Silent myocardial 
ischemia: role of subclinical neuropathy in 
patients with and without diabetes. J Am Coll 
Cardiol. 1993;22:1433-7. 
16. Ahluwalia G, Jain P, Chugh SK, Wasir HS, 
Kaul U. Silent myocardial ischemia in diabetics 
with normal autonomic function. Int J Cardiol. 
1995;48:147-53. 
17. Burke GL, Evans GW, Riley WA, Sharrett AR, 
Howard G, Barnes RW, et al. Arterial wall 
thickness is associated with prevalent 
cardiovascular disease in middle-aged adults: 
the Atherosclerosis Risk in Communities 
(ARIC ) study. Stroke. 1995;26:386-91. 
18. O’Leary DH, Polak JF, Kronmal RA, Manolio 
TA, Burke GL, Wolfson SK Jr. Carotid-artery 
intima and media thickness as a risk factor for 
myocardial infarction and stroke in older 
adults. Cardiovascular Health Study 
Collaborative Research Group. N Engl J Med. 
1999;340:14-22. 
19. Haffner SM, Agostino RD, Saad MF, O’Leary 
DH, Savage PJ, Rewers M, et al. Carotid artery 
atherosclerosis in type-2 diabetic and non-diabetic 
subjects with and without 
symptomatic coronary artery disease. The 
Insulin Resistance and Atherosclerosis Study. 
Am J Cardiol. 2000;85:1395-400. 
20. Criqui MH, Langer RD, Fronek A, Feigelson 
HS, Klauber MR, McCann TJ, et al. Mortality 
over a period of ten years in patients with 
peripheral arterial disease. N Engl J Med. 
1992;326:381-6. 
21. Leber AW, Knez A, von Ziegler F, Becker A, 
Nikolaou K, Paul S, et al. Quantification of 
obstructive and nonobstructive coronary 
lesions by 64-slice computed tomography. A 
comparative study with quantitative coronary 
angiography and intravascular ultrasound. J 
Am Coll Cardiol. 2005;46:147-54. 
22. Arad Y, Goodman KJ, Roth M, Newstein D, 
Guerci AD. Coronary calcification, coronary 
disease risk factors, C-reactive protein, and 
atherosclerotic cardiovascular disease events. 
The St. Francis Heart Study. J Am Coll Cardiol. 
2005;46:158-65. 
23. Callaham PR, Froelicher VF, Klein J, Risch 
M, Dubach P, Friis R. Exercise-induced silent 
ischemia: age, diabetes mellitus, previous 
myocardial infarction and prognosis. J Am Coll 
Cardiol. 1989;14:1175-80. 
24. Weiner DA, Ryan TJ, Parsons L, Fisher LD, 
Chaitman BR, Sheffield LT, et al. Significance 
of silent myocardial ischemia during exercise 
testing in patients with diabetes mellitus: a 
report from the Coronary Artery Surgery Study 
(CASS) Registry. Am J Cardiol. 1991;68:729- 
34. 
25. Rubbler S, Gerber D, Reitano J, Chokshi V, 
Fisher VJ. Predictive value of clinical and 
exercise variables for detection of coronary 
artery disease in men with diabetes mellitus. 
Am J Cardiol. 1987;59:1310-3. 
26. Kamalesh M, Matorin R, Sawada S. Prognostic 
value of a negative stress echocardiographic 
study in diabetic patients. Am Heart J. 
2002;143:163-8. 
27. Milan Study on Atherosclerosis and Diabetes 
(MiSAD) Group. Prevalence of unrecognized 
silent myocardial ischemia and its association 
with atherosclerotic risk factors in non-insulin 
dependent diabetes mellitus. Am J Cardiol. 
1997;79:134-9. 
28. American Diabetes Association Consensus 
Development Conference on the diagnosis of 
coronary heart disease in people with diabetes. 
Diabetes Care. 1998;21:1551-9. 
29. Gibbons RJ, Balady GJ, Beasley JW, Faafp 
JW, Bricker JT, Duvernoy WFC, et al. ACC/ 
AHA guidelines for exercise testing: executive 
summary. A report of the American College of 
Cardiology/American Heart Association Task 
Force on Practice Guidelines (Committee on 
Exercise Testing). Circulation. 1997;96:345- 
54. 
30. Wackers FJ, Young LH, Inzucchi SE, Chiun 
DA, Davey JA, Barrett EJ, et al., for the 
Detection of Ischemia in Asymptomatic 
Diabetics (DIAD) Investigators. Detection of 
silent myocardial ischemia in asymptomatic 
diabetic subjects: the DIAD study. Diabetes 
Care. 2004;27:1954-61. 
31. Rajagopalan N, Miller TD, Hodge DO, Frye 
RL, Gibbons RJ. Identifying high-risk 
asymptomatic diabetic patients who are 
candidates for screening stress single-photon 
emission computed tomography imaging. J Am
STEFANINI E e cols. 
Diagnóstico de 
isquemia miocárdica 
silenciosa no diabético 
88 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Coll Cardiol. 2005;45:43-9. 
32. Zellweger MJ, Hachamovitch R, Kang X, 
Hayes SW, Friedman JD, Germano G, et al. 
Prognostic relevance of symptoms versus 
objective evidence of coronary artery disease 
in diabetic patients. Eur Heart J. 2004;25:543- 
50. 
33. Nahser Jr PJ, Brown RE, Oskarsson H. 
Maximal coronary flow reserve and coronary 
vasodilation in patients with diabetes mellitus. 
Circulation. 1995;91:635-40. 
34. Yokoyama I, Momomura S, Ohtake T, 
Yonekura K, Nishikawa J, Sasaki Y, et al. 
Reduced myocardial flow reserve in non-insulin- 
dependent diabetes mellitus. J Am Coll 
Cardiol. 1997;30:1472-7.
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
89 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
POSTPRANDIAL GLYCEMIA AND CARDIOVASCULAR 
DISEASE IN DIABETES MELLITUS 
BERNARDO LÉO WAJCHENBERG 
Serviço de Endocrinologia e Centro de Diabetes e Coração – Instituto do Coração (InCor) – HC-FMUSP 
Endereço para correspondência: 
Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 44 — Cerqueira César — CEP 05403-904 — São Paulo — SP 
The postprandial state is a factor for the development of atherosclerosis. The association of 
postprandial hyperglycemia and dyslipidemia with atherosclerosis (indicated by an early 
intima-media thickness of the carotid) supports the concept that macrovascular 
complications are a postprandial phenomenon. Epidemiological and interventional 
evidences are highly suggestive of the association of postprandial hyperglycemia and 
atherosclerosis. The postprandial glycemia can be considered a marker of cardiovascular 
risk. 
Key words: diabetes mellitus, impaired fasting glucose, glucose intolerance, cardiovascular 
disease, postprandial glycemia. 
(Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:89-101) 
RSCESP (72594)-1646 
INTRODUCTION 
Until recently, the exact contributions of fasting 
and post prandial glucose (PPG) to the overall 
glycemic control of patients with type 2 diabetes 
(DM2) remained largely undetermined1. Because 
this issue has not been clearly resolved, both 
hemoglobin A1c (HbA1c) and fasting plasma 
glucose (FPG) have been considered valid markers 
for overall glucose exposure and thus were 
routinely used to evaluate glucose control of 
diabetes2. Recent studies, however, have suggested 
that a third component of the glucose triad – the 
PPG excursions – might have a role in the overall 
glycemic load and might also reflect glycemic 
control3, 4. Furthermore, it was found that HbA1c 
is a function of both FPG and PPG5. 
Many of the diabetics develop diabetes-specific 
microvascular pathology in the retina, renal 
glomerulus and peripheral nerves and accelerated 
atherosclerotic macrovascular disease affecting 
arteries that supply the heart, brain and lower 
extremities. Indeed, DM2 have a considerable 
enhanced risk of cardiovascular disease; the risk 
is two to fourfold for men and women, respectively, 
compared to non-diabetic persons6. This excess 
risk is not fully explained. Less than half of this 
excess risk can be attributed to the higher 
prevalence of classic risk factors as for example 
dylipidemia (high triglycerides, low HDL-cholesterol) 
and hypertension7. Similarly, 
cardiovascular disease has now overtaken diabetic 
nephropathy as the leading cause of premature 
mortality in young adults with childhood-onset 
type 1 diabetes. Carotid intima-media thickness 
was also increased in these patients and resembled 
that observed in non-diabetic individuals who were 
20-30 years older8. 
Since the increased cardiovascular risk in 
diabetic patients is not explained by the classic 
risk factors it is thought to be related to 
hyperglycemia9, particularly in children and
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
90 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Figure 1. Meta-regression curves and 95% CIs (confidence intervals) of fasting and 2h glucose values 
(compared with the reference fasting glucose of 72 mg/dl) vs RR (relative risk) of CV events. (Modified 
from Coutinho et al.14) 
adolescents with diabetes in whom the majority 
have suboptimal blood glucose control. This is one 
of the main reasons, besides prevention, delay, or 
arrest of microangiopathic complications, why the 
correction of hyperglycemia is the primary aim in 
diabetes care, a poor control of hyperglycemia 
appearing to play a significant role in the 
development of cardiovascular disease (CVD) in 
diabetes10. 
In patients with well controlled diabetes 
(HbA1c < 7%, or within 1% of normal) or glucose 
intolerance (normal FPG and a 2-hour plasma 
glucose of 140 to 200 mg/dl, after 75 g oral 
glucose), postprandial hyperglycemia has a greater 
effect on HbA1c than FPG as shown by Monnier 
and Colette11 who observed, by using the diurnal 
glycemic profile, that PPG is the predominant 
contributor in patients with satisfactory to good 
control of diabetes, whereas the contribution of 
FPG increases with worsening diabetes. Therefore, 
in patients with elevated HbA1c, the PPG may play 
a disproportionate lesser role in the genesis of both 
microvascular and macrovascular complications 
of diabetes12. 
Several epidemiological studies in the past 20 
years have shown an association between the 2- 
hour plasma glucose, post 75 g oral glucose load, 
and the occurrence of CVD in the general 
population13. A meta-analysis of published data 
from 20 studies of 95,783 individuals who had 
3,707 cardiovascular events over 12.4 years 
confirmed the association between 2-hour glucose 
levels after an oral glucose load and incident 
cardiovascular events14. In Figure 1, it is indicated 
the exponential regression model which provided 
the best fit for the data, compared with the 
reference fasting glucose of 75 mg/dl (RR = 1.0): 
a fasting glucose of 110 mg/dl, the threshold value 
for the classification of impaired fasting (at the 
time the study was performed), was associated 
with a relative risk (RR) of cardiovascular events 
of 1.33 (95% CI 1.06-1.67); a 2-hour glucose of 
140 mg/dl, the threshold value for impaired 
glucose tolerance, was associated with a RR of 
cardiovascular events of 1.58 (95% CI 1.19-2.10). 
After removal of any glucose values in the diabetic 
range, the exponential relationship was 
maintained, there was a suggestive trend (p = 
0.056) between fasting glucose and cardiovascular 
events, as there was a significant relationship 
between 2-hour glucose (p = 0.00064) and 
cardiovascular events. This and other studies 
provide support for the hypothesis that non diabetic 
degrees of fasting and postprandial hyperglycemia 
are associated with CVD and that dysglycemia (ie, 
any persistent elevation in glycemia) is a 
cardiovascular risk factor. Glucose is a continuous 
risk factor for CVD, in both diabetic and 
nondiabetic people, the risk extending below 
impaired fasting and impaired glucose tolerance 
cutoffs. Therefore, dysglycemia should be added 
to the list of established continuous cardiovascular 
risk factors, such as blood pressure, and LDL-cholesterol. 
Postprandial plasma glucose appears 
to be the earliest dysglycemic marker for CVD 
risk15. In the similar way, the relationship between 
HbA1c, CVD and total mortality were evaluated 
in The Norfolk cohort of the European Prospective 
Investigation into cancer and nutrition (EPIC-Norfolk), 
being followed 4,662 men and 5,570
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
91 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
women who were 45 to 79 years and residents of 
Norfolk, United Kingdom. HbA1c and CVD risk 
factors were assessed from 1995 to 1997 and CVD 
events and mortality assessed during the follow-up 
period to 2003. In men and women, the 
relationship between HbA1c and CVD (806 
events) and between HbA1c and all-cause 
mortality (521 deaths) was continuous and 
significant throughout the whole distribution. The 
relationship was apparent in persons without 
known diabetes. Persons with HbA1c less than 5% 
had the lowest rates of CVD and mortality. An 
increase in HbA1c of 1% was associated with a 
RR of death from any cause of 1.24 (95% CI 1.14 
to 1.34; p < 0.001) in men and with a RR of 1.28 
(95% CI 1.06 to 1.32; p < 0.001) in women. These 
RRs were independent of age, body mass index, 
waist-to-hip ratio, systolic blood pressure, serum 
cholesterol, cigarette smoking and history of CVD. 
Fifteen percent (68 of 521) of the death in the 
sample occurred in diabetics but 72% (375 of 521) 
occurred in persons with HbA1c between 5% and 
6.9%. However, whether HbA1c concentrations 
and CVD are causally related cannot be concluded 
from an observational study16. 
Of interest are the patients with isolated 
postprandial hyperglycemia, in whom about a 
twofold risk of CVD was found17. 
Two important questions arise from these 
observations as put forward by Heine and 
Dekker13: Is postprandial hyperglycemia an 
independent risk factor (i.e, causally related) to 
CVD, to which the enhanced risk can fully be 
attributed? If so, do we need to consider the 
enhanced meal-related glucose excursions as a 
treatment target in patients with DM2? 
Alternatively, post prandial hyperglycemia 
might just be a marker for the increased risk of 
CVD. In that case other factors need to be 
identified which can explain the epidemiological 
observations. 
From the presently available data, since the 
review from Heine and Dekker was published in 
200213, epidemiological and observational studies, 
it can be stated that despite postprandial 
hyperglycemia being an independent risk factor 
for CVD other metabolic risk factors frequently 
associated with the postprandial state, such as high 
concentrations of triglyceride-rich lipoproteins, are 
also present13. 
MECHANISMS OF POSTPRANDIAL 
HYPERGLYCEMIA 
The loss of the acute (0-10 minutes) insulin 
secretion, after an intravenous glucose injection, 
which correlates with the first-phase insulin 
response during the hyperglycemic clamp, 
characterizes the postprandial hyperglycemia as 
well the impaired fasting glucose (IFG) while 
subjects with elevated PPG also have impaired 
late-phase insulin secretion, after 20 minutes of 
that clamp. Furthermore, subjects with post-prandial 
hyperglycemia have marked peripheral 
insulin resistance with only mild hepatic insulin 
resistance. On the other hand, in IFG there is severe 
hepatic insulin resistance and normal or near-normal 
clamp-determined peripheral insulin 
sensitivity18, 19. Despite late hyperinsulinemia, at 
30 minutes after an oral glucose challenge, the 
impaired glucose tolerance results primarily from 
reduced suppression of hepatic glucose output due 
to abnormal pancreatic islet-cell function (smaller 
increases in plasma insulin and smaller reductions 
in plasma glucose in comparison with normal 
subjects, both p < 0.01)20. 
DELETERIOUS EFFECTS OF THE 
POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIC 
EXCURSIONS 
Most cardiovascular risk factors are affected 
directly by an acute increase of glycemia such as21: 
– Increase in LDL oxidation. 
– Endothelial dysfunction (vasoconstriction and 
decreased vasodilating response to stimuli) 
probably linked with a reduced production/ 
bioavailability of nitric oxide (NO), since 
hyperglycemia-induced endothelial dysfunction 
is counterbalanced by arginine. 
– Increased production of collagen from the 
mesangial cell. 
– Activation of blood coagulation that is likely 
to cause thrombosis. 
– Increase in blood pressure. 
– Increase in the circulating levels of 
intracellular adhesion molecule 1 (ICAM-1), 
thus activating one of the first stages of the 
atherogenic process. 
– Increase in inflammation: increased 
production of plasma interleukin-6, 
interleukin-18 and tumor necrosis factor- 
(TNF-), considering that the concept of 
atherosclerosis as an inflammatory disease 
even in diabetes is now well established. 
– Increase in oxidative stress: hyperglycemia 
induces an overproduction of superoxide by the 
mitochondrial electron-transport chain. 
Superoxide overproduction is accompanied by 
increased NO generation, due to endothelial 
NO synthase (eNOS) and inducible NO 
synthase (iNOS) uncoupled state, favoring the 
formation of the strong oxidant peroxynitrite, 
which in turn damages DNA. DNA damage
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
92 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
will result in acute endothelial dysfunction that, 
convincingly, contributes to the development 
of CVD. Several indirect (use of antioxidants) 
and direct (estimate of the effects of acute 
hyperglycemia on oxidative stress markers, 
such as nitrotyrosine overgeneration,which is 
an independent predictor of CVD) evidences 
support the concept that acute hyperglycemia 
works through the production of an oxidative 
and nitrosative stress. The presence of oxidative 
stress also activates pathways regulated by the 
transcription factor nuclear factor-kappa (NF- 
), which is known to have a central role in 
the pathogenesis of late diabetic complications. 
Other known effects of postprandial 
hyperglycemia peaks are the reduction in retinal 
perfusion and increase in the glomerular filtration 
rate. 
POSTPRANDIAL TRIGLYCERIDE 
CONCENTRATIONS AS PREDICTORS 
OF CVD 
Plasma triglyceride (TG) levels are generally 
increased for 3-6 hours after a meal and once 
postprandial hypertriglyceridemia occurs it is 
exacerbated by the next meal and persists for the 
entire day. In effect, postprandial hyper-triglyceridemia 
is a frequent feature in DM2, even in 
patients with apparently normal fasting TG values 
of less than 2.2 mmol/l ( 195 mg/dl). After breakfast 
the TG concentrations gradually rise to peak 
concentrations between dinner and bedtime. The long 
duration of the so-called post-prandial state can 
probably be explained by the insulin resistant state 
(Fig. 2). Postprandial hyper-triglyceridemia and the 
associated atherogenic alterations of the lipoproteins 
are considered to be part of the insulin resistant state22 
also found in the postprandial hyperglycemic state, 
as indicated before. 
In an observational study of 145 DM2 patients 
and 30 nondiabetic subjects of the same 
geographical area (near Naples, Italy), 61% of 
DM2 had TG values higher than 200 mg/dl (a value 
found to be linked to a greater intima-media 
thickness of the carotid artery in DM2, as observed 
by Teno et al.22) 3 hours after lunch and 49% before 
dinner; 23% of the diabetics had normal fasting 
values( 150 mg/dl). In the control group the 
percentage of subjects with a TG value above 200 
mg/dl, 3 hours after lunch and before dinner was 
17%23. 
There is the question of whether postprandial 
hypertriglyceridemia, which rises concomitantly 
with postprandial hyperglycemia is a true CVD 
risk factor13. However, evidence suggests that 
postprandial hypertriglyceridemia and hyper-glycemia 
independently induce endothelial 
dysfunction through oxidative stress24. The known 
inverse association between HDL-cholesterol and 
TG makes it very difficult to determine whether 
TG are an independent risk factor for 
atherosclerotic vascular disease. A meta-analysis 
including data of 46,413 men and 10,864 women 
Figure 2. Home measured postprandial TG levels in normotriglyceridemic ‘free-living’ persons with 
type 2 diabetes. (Modified from Heine  Dekker13.)
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
93 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
from 17 published reports of population-based 
prospective studies, showed that the TG 
concentration is an independent risk factor for 
CVD, also when adjusted for HDL-cholesterol25. 
A 1 mmol/l (88 mg/dl) increase was associated 
with a relative risk of 1.3 for men and 1.8 for 
women. 
Another study, applying a nested case-control 
design on the data from 14,916 men aged 40 to 84 
years in the Physicians Health Study, showed that 
non-fasting TG levels were a strong and 
independent predictor of future risk of myocardial 
infarction. In contrast, LDL particle diameter was 
associated with risk of myocardial infarction but 
not after adjustment for TG level. The known 
interrelations between HDL-cholesterol, TG and 
LDL size could be shown, reflecting the underlying 
metabolic disturbance, i.e., insulin resistance or 
metabolic syndrome. The authors concluded that 
TG concentrations are an important indicator of 
risk and can therefore be used as such26. 
Several clinical studies in non-diabetic have 
also suggested that high postprandial TG-rich 
lipoproteins are related to coronary heart and/or 
carotid artery disease. Moreover, an association 
could be shown between postprandial chylomicron 
remnants and the progression of angiographically 
determined coronary heart disease (ref. cit in 13). 
The associations between postprandial TG 
concentrations and the carotid intima-media 
thickness by ultrasonography (predictive of 
incident coronary artery heart disease) in diabetic 
and non-diabetic populations, support the concept 
that atherosclerosis is a postprandial 
phenomenon22. 
POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIA AND 
MACROVASCULAR (CARDIOVASCULAR) 
COMPLICATIONS 
Epidemiological evidences 
The oral glucose tolerance test (OGTT) has 
been mostly used in epidemiological studies to 
evaluate the risk of CVD. The advantage of the 
OGTT is its simplicity: a single plasma glucose 
measurement 2 hours after the glucose load to 
determine whether the glucose tolerance is normal, 
impaired or indicative of overt diabetes. The 
caveats of the OGTT are numerous because 75 g 
or 100 g glucose is almost never ingested during a 
meal and many events associated with ingesting 
glucose does not incorporate the numerous 
metabolic events associated with eating a mixed 
meal. However, it has been recently demonstrated 
that the OGTT may represent a valid tool to reveal 
carbohydrate metabolism during a standardized 
mixed meal27. 
From the epidemiological point of view, the 
Hoorn Study28, the Honolulu Study29,the Chicago 
Heart Study30 and the Diabetes Epidemiology: 
Collaborative analysis of Diagnostic Criteria in 
Europe study (DECODE)31 have shown that the 
glucose serum level 2 hours after an oral glucose 
challenge is a powerful predictor of cardiovascular 
risk (Fig. 3). A further analysis of the DECODE 
data focusing on CVD (268,811 person-years) 
showed that, after adjusting for possible 
confounders, and with FPG and 2-hour glucose in 
the same model, the RR of CVD was not 
significantly increased in subjects with a FPG  
126 mg/dl than in those with a FPG  110 mg/dl 
(the cutoff for normal FPG levels at the time of 
publication) (RR 1.20; 95% CI 0.88-1.64; p = NS). 
On the contrary, the risk of CVD mortality in 
subjects with 2-hours OGTT plasma glucose  200 
mg/dl was 1.40 (95% CI 1.02-1.92; p  0.005) 
compared with those with 2-hours OGTT  140 
mg/dl. Therefore, FPG was not an independent 
predictor of CVD mortality when the multivariate 
analysis included both FPG and post-challenge 
plasma glucose. In this analysis, only the latter 
turned out to be an independent predictor of CVD 
mortality32. All these evidences were confirmed 
by Coutinho et al.’s14 meta-analysis, already 
presented, and by another one which involved more 
than 20,000 subjects, by pooling the data of the 
Whitehall Study, Paris Prospective Study, and 
Helsinki Policemen Study33. The possible role of 
postprandial hyperglycemia as independent risk 
factor has been supported by the Diabetes 
Intervention Study, which showed that 
postprandial glycemia, but not fasting glucose, 
predicts infarction in DM2 subjects34 in full 
agreement with studies on clinical CVD, echo-duplex 
scanning of the carotids documented the 
association of postprandial hyperglycemia with 
medio-intimal thickening (marker of 
atherosclerosis)35. 
POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIA AND 
MICROVASCULAR COMPLICATIONS 
Epidemiological evidences 
The uncontrolled glycemic peaks inducing 
overproductions of superoxide activates 4 major 
pathways of hyperglycemic damage to the tissues: 
polyol pathway, advanced glycation end products 
(AGE) formation, activation of protein kinase C 
isoforms and hexosamine pathway36. The activity 
of protein kinase C (isoform ) impairs contraction 
of smooth muscle cells or pericytes, increases 
production of basement membrane materials, and 
enhances cell proliferation and capillary 
permeability. Thus, activation of protein kinase C-
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
94 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Figure 3. Relative risk for all-cause mortality in subjects not known as diabetic (Diabetes Epidemiology: 
Collaborative analysis of Diagnostic criteria in Europe – DECODE). (Adapted from The DECODE 
Study Group31.) 
 by postprandial hyperglycemia could be 
responsible by microvascular complications that 
may be developing even in the early stages of 
diabetes37. According to Vinik, although 
macrovascular complications, such as myocardial 
infarction, stroke and gangrene, are only partially 
attributable to hyperglycemia and its attendant 
effect, the microvascular complications including 
retinopathy, nephropathy and neuropathy are 
directly related to the degree of hyperglycemia38. 
Data from the National Health and Nutrition 
Examination Survey (NHANES) III showed that 
patients who had 2-hour postprandial glucose levels 
of 194 mg/dl had a threefold increase in incidence of 
retinopathy, despite normal fasting glucose levels 
(fasting plasma glucose  110 mg/dl, at the time of 
the study). Studies of Pima Indian and Egyptian 
populations revealed a similar increase in the 
incidence of retinopathy in subjects with normal 
fasting glucose levels ( 110 mg/dl) but 2-hour 
postprandial glucose values of  200 mg/dl39. 
POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIA 
AND CVD 
Intervention studies 
The Study To Prevent Non-Insulin-Dependent 
Diabetes Mellitus (STOP-NIDDM) has shown that 
treatment of subjects with impaired glucose 
intolerance with the -glucosidase inhibitor 
acarbose, which specifically reduces postprandial 
hyperglycemia, was associated not only with a 
36% reduction in the risk of progression to 
diabete40 but also with a 34% risk reduction in the 
development of new cases of hypertension and a 
49% risk reduction in cardiovascular events41 (Figs. 
4 and 5). In addition, in a subgroup of patients, 
acarbose treatment was associated with a 
significant decrease in the progression of carotid 
intima-media thickness, previously indicated as a 
surrogate for atherosclerosis42. 
The effects of two insulin secretagogues, 
repaglinide and glibenclamide (glyburide), known 
to have different efficacy on postprandial 
hyperglycemia were given to drug-naïve DM2 
patients, in a randomized single-blind trial, after a 
titration period of 6 to 8 weeks, to evaluate carotid 
intima-media thickness and markers of systemic 
vascular inflammation43. Repaglinide is a rapid-onset/ 
short-duration insulinotropic agent whereas 
glybenclamide is a long-acting sulfonylurea. 
Repaglinide selectively increases meal-related 
early insulin secretion and may result in a better 
control of postprandial hyperglycemia than 
glibenclamide44. After 12 months, postprandial 
glucose peak was 148 + 28 mg/dl (mean + SD) in 
the repaglinide group and 180 + 32 mg/dl in the 
glibenclamide group (p  0.01). HbA1c showed 
similar decrease in both groups (-0.9%). Carotid 
intima-media thickness regression was observed 
in 52% of diabetic subjects receiving repaglinide 
and in 18% of those receiving glibenclamide (p  
0.01) (Figs. 6 and 7). Interleukin-6 (p = 0.04) and 
C-reactive protein (p = 0.02) decreased more in
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
95 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Figure 4. Effect of acarbose on the probability of remaining free of cardiovascular disease.41 
* Hazard ratio (95% CI) could not be calculated because of zero event for acarbose group. 
Figure 5. Effect of acarbose on the development of cardiovascular disease.41 
CI = confidence interval. 
the repaglinide group than in the glibenclamide 
group. The reduction in carotid intima-media 
thickness was associated with changes in 
postprandial but not fasting hyperglycemia, 
suggesting that treating postprandial 
hyperglycemia may positively affect the 
development of CVD43. 
A similar study was performed in 8 DM2 
patients on two different occasions when they 
received an oral glucose load (50 g) preceded by 
either human regular insulin, reaching a peak of 
259 + 22 mg/dl at 100 minutes, or rapid but short-acting 
insulin lispro, the peak being earlier (80 
minutes) and lower (229 + 27mg/dl; p  0.01), both 
given in a dose of 0.075 U/kg lean body mass45. 
Basal plasma glucose, insulin and endogenous 
glucose production were similar in both occasions. 
After the ingestion of plasma glucose, the
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
96 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Figura 6. Atherosclerosis regression in the carotid (CIMT reduction after 12 months) after postprandial 
glucose control in type 2 diabetic patients.43 
CIMT = carotid intima-media thickness. 
Figure 7. Reduction in CIMT is associated with changes postprandial (PPG) but not with fasting (FPG) 
glucose.43 
CIMT = carotid intima-media thickness. 
incremental glucose area under the curve was 46% 
lower with lispro in comparison with regular 
insulin (p  0.01) (Fig. 8). However, in spite of 
comparable incremental areas of plasma insulin 
under the curve, the time course of plasma insulin 
concentration was significantly different: after 
regular insulin, plasma insulin peaked at 120 
minutes while with lispro, the peak occurred at 60 
minutes with higher insulin levels. Plasma glucose 
kinetics indicated no difference in the two studies 
in the rate of appearance of ingested glucose and 
in the overall rate of glucose disposal. During the 
initial 90 minutes, however, the rate of endogenous 
glucose production was suppressed in a prompter 
and more profound manner when lispro was 
administered (p  0.05), while there was no 
difference in the late prandial phase (Fig. 9). The 
authors45 concluded that an early rise in plasma 
insulin levels after the ingestion of glucose load is 
associated with a significant improvement in 
glucose tolerance due to a prompter, though short-lived, 
suppression of endogenous glucose
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
97 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Figure 8. AUC of plasma glucose (A) and insulin (B) after oral 50 g of glucose preceded by 0.075 U/kg 
LBM of regular insulin and lispro insulin.45 
AUC = area under the curve; LBM = lean body mass. 
Figure 9. Time course of rate of appearance of oral glucose (A), rate of glucose disappearance (B) and 
rate of endogenous glucose production (C) after oral 50 g of glucose preceded by 0.075 U/kg LBM of 
regular (  ) and lispro ( 45 
 
) insulin.LBM = lean body mass.
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
98 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
production. The amelioration in plasma glucose 
profile prevents late hyperglycemia and 
hyperinsulinemia. Therefore, restoration of a more 
physiologic profile of prandial plasma insulin 
profile represents a rational approach for treatment 
of postprandial hyperglycemia. 
CONCLUSIONS 
New antidiabetic drugs such as incretin 
mimetics and incretin enhancers target the 
suppression of postprandial hyperglycemia. In 
effect, glucagons-like peptide-1 (GLP-1) receptor 
agonists (mimetics) enhance insulin release when 
glucose concentrations are elevated, suppress 
postprandial glucagon secretion, in addition to 
slowing gastric emptying and promoting satiety46. 
The significant attenuation of post-meal 
hyperglycemia after the incretin mimetic 
(exenatide) injection was related to the reduction 
in the rate of oral glucose appearance in the 
systemic circulation and enhancement of the 
suppression of endogenous glucose production: 
half of the decrease in endogenous glucose 
production results from the inhibition of glucagon 
secretion and half from increased insulin 
secretion47. Finally, it was shown that the incretin 
mimetics enhanced postprandial beta-cell function 
in patients with DM2 treated with metformin or 
metformin and sulfonylurea.48, 49 
Finally, the dipeptidyl peptidase-IV (DPP-IV) 
inhibitors preventing the degradation of native 
GLP-1 have emerged as a therapeutic strategy for 
enhancing GLP-1 action “in vivo” (incretin 
enhancers), particularly as they can be taken orally, 
once-daily dosing regimen. Presently two DPP-IV 
inhibitors, Sitagliptin (Januvia) and Vildagliptin 
(Galvus) will be available shortly, particularly the 
first one. 
The effects of DDP-IV inhibition could be 
mediated not only by GLP-1 but also by other 
mediators of the glucose-lowering actions of DPP-IV 
inhibition in clinical studies, since it causes 
little increase in circulating endogenous GLP-1 
(while in GLP-1 receptor agonists the effect 
corresponds to that of pharmacological 
concentrations of native GLP-1), has little effect 
on gastric emptying, does not cause nausea/ 
vomiting like GLP-1 and GLP-1 agonists, and it 
is not associated with weight loss.50 
As indicated with the incretin mimetics, both 
enhancers have similar clinical efficiency in 
reducing postprandial glucose excursions by 
improving beta-cell function with enhanced 
postprandial insulin secretion. 
The epidemiological and intervention studies 
presented in the article support the conclusion that 
postprandial hyperglycemia in impaired glucose 
tolerance and diabetic subjects is a more powerful 
marker of CVD risk than fasting hyperglycemia 
then the treatment directed at specifically lowering 
postprandial glucose is crucial, as underlined by 
the American Diabetes Association1.
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
99 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
GLICEMIA PÓS-PRANDIAL E DOENÇA 
CARDIOVASCULAR NO DIABETES MELITO 
BERNARDO LÉO WAJCHENBERG 
O presente artigo revisa o papel da glicemia de jejum e pós-prandial em relação ao controle 
glicêmico de pacientes com diabetes do tipo 2 e com intolerância à glicose, assim como sua 
relação causal nas complicações micro e macrovasculares. Estudos recentes têm sugerido 
que um terceiro componente na tríade glicêmica, as excursões glicêmicas pós-prandiais, 
pode ter influência na carga glicêmica total e pode, também, refletir no controle glicêmico. 
Estudos epidemiológicos e de intervenção são apresentados neste artigo, corroborando a 
conclusão de que a hiperglicemia pós-prandial na intolerância à glicose e em pacientes com 
diabetes é um marcador mais potente de risco cardiovascular que a hiperglicemia de jejum. 
Dessa forma, o tratamento dirigido especificamente para reduzir a glicemia pós-prandial é 
crucial, conforme sugerido pela Associação Americana de Diabetes. 
Palavras-chave: diabetes melito, glicemia de jejum alterada, intolerância à glicose, doença 
cardiovascular, glicemia pós-prandial. 
(Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:89-101) 
RSCESP (72594)-1646 
REFERENCES 
1. American Diabetes Association. Postprandial 
blood glucose. Diabetes Care. 2001;24:775-8. 
2. UK Prospective Diabetes Study (UKPDS) 
Group. Intensive blood-glucose control with 
Sulphonylureas or insulin compared with 
conventional treatment and risk of 
complications in patients with type 2 diabetes 
(UKPDS 33). Lancet. 1998;352:837-53. 
3. Avignon A, Radauceanu A, Monnier L. 
Nonfasting plasma glucose is a better marker 
of diabetic control than fasting plasma glucose 
in type 2 diabetes. Diabetes Care. 
1997;20:1822-6. 
4. El-Kebbi JM, Ziemer DC, Cook CB, Gallina 
DL, Barnes CS, Phillips LS. Utility of casual 
postprandial glucose levels in type 2 diabetes 
management. Diabetes Care. 2004;27:335-9. 
5. Rohlfing CL, Wiemeyer HM, Little RR, England 
JD, Tennill A, Goldstein DE. Defining the 
relationship between plasma glucose and 
HbA(1c): analysis of glucose profiles and 
HbA(1c) in the Diabetes Control and 
Complications Trial. Diabetes Care. 
2002;25:275-2. 
6. Kannel WB, McGee DL. Diabetes and 
cardiovascular disease. The Framingham study. 
JAMA. 1979;241:2035-8. 
7. Lehto S, Ronnemaa T, Pyorala K, Laakso M. 
Cardiovascular risk factors clustering with 
endogenous hyperinsulinemia predict death 
from coronary heart disease in patients with 
type II diabetes. Diabetologia. 2000;43:148- 
55. 
8. Dahl-Jorgensen K, Larsen JR, Hanssen KF. 
Atherosclerosis in childhood and adolescent 
type 1 diabetes: early disease, early treatment. 
Diabetologia. 2005;48:1445-53. 
9. Bierman EL. Atherogenesis in diabetes. 
Arterioscler Thromb. 1992;12:647-56. 
10. Laakso M. Hyperglycemia and cardiovascular 
disease in type 2 diabetes. Diabetes. 
1999;48:937-2. 
11. Monnier L, Colette C. Contributions of fasting 
and postprandial glucose to hemoglobin A1c. 
Endocr Pract. 2006;12 Suppl 1:42-6. 
12. Bell DS. Importance of postprandial glucose 
control. South Med J. 2001;94:804-9. 
13. Heine RJ, Dekker JM. Beyond postprandial
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
100 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
hyperglycemia: metabolic factors associated 
with cardiovascular disease. Diabetologia. 
2002;45:461-75. 
14. Coutinho M, Gerstein HC, Wang Y, Yusuf S. 
The relationship between glucose and incident 
cardiovascular events. A metaregression 
analysis of published data from 20 studies of 
95,783 individuals followed for 12.4 years. 
Diabetes Care. 1999;22:233-40. 
15. Gerstein HC. Is glucose a continuous risk factor 
for cardiovascular mortality. Diabetes Care. 
1999;22:659-60. 
16. Khaw K-T, Wareham N, Bingham S, Luben R, 
Welch A, Day N. Association of Hemoglobin 
A1c and cardiovascular disease and mortality 
in adults: The European Prospective 
Investigation into Cancer in Norfolk. Ann 
Intern Med. 2004;141:413-20. 
17. Barrett-Connor E, Ferrara A. Isolated 
postchallenge hyperglycemia and the risk of 
fatal cardiovascular in older women and men. 
The Rancho Bernardo Study. Diabetes Care. 
1998;21:1236-9. 
18. Abdul-Ghani MA, Tripathy D, DeFronzo RA. 
Contributions of â-cell dysfunction and insulin 
resistance to the pathogenesis of impaired 
glucose tolerance and impaired fasting glucose. 
Diabetes Care. 2006;29:1130-9. 
19. Meyer C, Pimenta W, Woerle HJ, Haeften TV, 
Szose E, Mitrakou A, Gerich J. Different 
mechanisms for impaired fasting glucose and 
impaired postprandial glucose tolerance in 
humans. Diabetes Care. 2006;29:1909-4. 
20. Mitrakou A, Kelley D, Mokan M, Veneman T, 
Pangburn T, Reilly J, Gerich J. Role of reduced 
suppression of glucose production and diminished 
early insulin release in impaired glucose tolerance. 
N Engl J Med. 1992;326:22-9. 
21. Ceriello A. Postprandial hyperglycemia and 
diabetes complications. Is it time to treat? 
Diabetes. 2005;54:1-7. 
22. Teno S, Uto Y, Nagashima H, Endoh Y, 
Iwamoto Y, Omori Y, et al. Association of 
postprandial hypertriglyceridemia and carotid 
intima-media thickness in patients with type 2 
diabetes. Diabetes Care. 2000;23:1401-6. 
23. Iovine C, Vaccaro O, Gentile A, Romano G, 
Pisanti F, Riccardi G, et al. Post-prandial 
triglyceride profile in a population-based 
sample of type 2 diabetic patients. 
Diabetologia. 2004;47:19-22. 
24. Ceriello A, Motz E. Is oxidative stress the 
pathogenic mechanism underlying insulin 
resistance, diabetes, and cardiovascular 
disease? The common soil hypothesis revisited. 
Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2004;24:816- 
23. 
25. Hokanson JE, Austin MA. Plasma triglyceride 
level is a risk factor for cardiovascular disease 
independent of high-density lipoprotein 
cholesterol level: a meta-analysis of 
population-based prospective studies. J 
Cardiovasc Risk. 1996;3:213-9. 
26. Stampfer MJ, Krauss RM, Ma J, Blanche PJ, 
Holl LG, Sacks FM, et al. A prospective study 
of triglyceride level, low-density lipoprotein 
particle diameter, and risk of myocardial 
infarction. JAMA. 1999;276:882-8. 
27. Wolever TMS, Chiasson JL, Csima A, Hunt 
JA, Palmason C, Ross SA, et al. Variation of 
postprandial plasma glucose, palatability, and 
symptoms associated with a standardized 
mixed meal versus 75 g oral glucose. Diabetes 
Care. 1998;21:336-40. 
28. de Vegt F, Dekker JM, Ruhè HG, Stehouwer 
CDA, Nijpels GBLM, Heine RJ. 
Hyperglycemia is associated with all-cause and 
cardiovascular mortality in the Hoorn 
population: the Hoorn Study. Diabetologia. 
1999;42:926-31. 
29. Donahue RP, Abbott RD, Reed DM, Yano K. 
Postchallenge glucose concentration and 
coronary heart disease in men of Japanese 
ancestry: Honolulu Heart Program. Diabetes. 
1897;36:689-92. 
30. Lowe LP, Liu K, Greenland P, Metzger BE, 
Dyer AR, Stamler J. Diabetes, asymptomatic 
hyperglycemia, and 22-year mortality in black 
and white men: the Chicago Heart Association 
Detection Project in Industry study. Diabetes 
Care. 1997;20:163-9. 
31. The DECODE Study Group, the European 
Diabetes Epidemiology Group. Glucose 
tolerance and mortality: comparison of WHO 
and American Diabetes Association diagnostic 
criteria. Lancet. 1999;354:617-21. 
32. The DECODE study group on behalf of the 
European Diabetes Epidemiology Group. 
Glucose tolerance and cardiovascular 
mortality. Comparison of fasting and 2-h 
diagnostic criteria. Arch Intern Med. 
2001;161:397-404. 
33. Balkau B, Shipley M, Jarrett RJ, Pyörälla K, 
Pyörälla M, Forhan A, et al. High blood glucose 
concentration is a risk factor for mortality in 
middle-aged nondiabetic men: 20-year follow-up 
in the Whitehall Study, the Paris Prospective 
Study, and the Helsinki Policemen Study. 
Diabetes Care. 1998;21:360-7. 
34. Hanefeld M, Fischer S, Julius U, Schulze J, 
Schwanebeck U, Schmechel H, et al., the DIS 
Group. Risk factors for myocardial infarction 
and death in newly detected NIDDM: the 
Diabetes Intervention Study, a 11-year follow-
WAJCHENBERG BL 
Postprandial glycemia 
and cardiovascular 
disease in 
diabetes mellitus 
101 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
up. Diabetologia. 1996;39:1577-83. 
35. Hanenfeld M, Koehler C, Schaper F, Fuecker 
K, Henkel E, Temelkova-Kurktschiev T. 
Postprandial plasma glucose is an independent 
risk factor for increased carotid intima-media 
thickness in non-diabetic individuals. 
Atherosclerosis. 1999;144:229-35. 
36. Brownlee M. The pathobiology of diabetic 
complications. A unifying mechanism. 
Diabetes. 2005;54:1615-25. 
37. Koya D, King GL. Protein kinase C activation 
and the development of diabetic complications. 
Diabetes. 1998;47:859-66. 
38. Vinik A. The protein kinase C-â inhibitor, 
ruboxistaurin, for the treatment of diabetic 
microvascular complications. Expert Opin 
Investig Drugs. 2005;14:1547-59. 
39. Report of the Expert Committee on the 
Diagnosis and Classification of Diabetes 
Mellitus. Diabetes Care. 1998;22 Suppl 1:S5- 
S19. 
40. Chiasson JL, Josse RG, Gomis R, Hanefeld 
M, Karasik A, Laakso M, the STOP-NIDDM 
Trial Research Group. Acarbose for prevention 
of type 2 diabetes: the STOP-NIDDM 
randomized trial. Lancet. 2002;359:2072-7. 
41. Chiasson JL, Josse RG, Gomis R, Hanefeld 
M, Karasik A, Laakso M, the STOP-NIDDM 
Trial Research Group. Acarbose treatment and 
the risk of cardiovascular disease and 
hypertension in patients with impaired glucose 
tolerance: the STOP-NIDDM trial. JAMA. 
2003;290:486-94. 
42. Hanefeld M, Chiasson JL, Koehler C, Henkel 
E, Schaper F, Temelkova-Kurktschiev T. 
Acarbose slows progression of intima-media 
thickness of the carotid arteries in subjects with 
impaired glucose tolerance. Stroke. 
2004;35:1073-8. 
43. Esposito K, Giugliano D, Nappo F, Marfella 
R, for the Campanian Post-prandial 
Hyperglycemia Study Group. Regression of 
carotid atherosclerosis by control of postprandial 
hyperglycemia in type 2 diabetes mellitus. 
Circulation. 2004;110:214-9. 
44. Cozma LS, Luzio SD, Dunseath GJ, Langendorg 
KW, Pieber T, Owens DR. Comparison of the 
effects of three insulinotropic drugs on plasma 
insulin levels after a standard meal. Diabetes 
Care. 2002;25:1271-6. 
45. Bruttomesso D, Pianta A, Mari A, Valerio A, 
Marescotti M-C, Avogaro A, et al. Restoration 
of early rise in plasma insulin levels improves 
the glucose tolerance of type 2 diabetic patients. 
Diabetes. 1999;48:99-105. 
46. Baggio LL, Drucker DJ. Incretin hormones in 
the treatment of type 2 diabetes: therapeutic 
applications of DPP-IV inhibitors. Medscape 
Diabetes  Endocrinology. 2006;8:1-5. 
47. Wajcberg E, Triplitt C, Sriwijitkamol A, De 
Fronzo R, Cerosimo E. Contribution of glucagon 
suppression to improved postprandial 
hyperglycemia induced by exenatide in patients 
with TT2MM [Abstract 118-OR]. Diabetes. 
2006;55 Suppl 1:A28. 
48. Mari A, Halseth A, Nanayakkara N, Nielsen L, 
DeFronzo R, Ferrannini E. Mathematical 
modeling shows exenatide improved 
postprandial -cell function in patients with type 
2 diabetes treated with metformin or metformin 
and sulfonylurea [Abstract 482-P]. Diabetes. 
2005;54 Suppl 1:A119. 
49. Mari A, Degn K, Brock B, Rungby J, Ferrannini 
E, Schmitz O. Characterization of beta-cell 
function improvement by liraglutide: modeling 
analysis of 24-h tests [Abstract 522 –P]. 
Diabetes. 2006;55 Suppl 1:A124. 
50. Drucker DJ. DPP-4 inhibitors in the management 
of type 2 diabetes. Mechanisms in Medicine Inc.; 
2006. p. 59.
OLIVEIRA SF 
Papel da 
hiperglicemia no 
infarto agudo 
do miocárdio 
102 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
PAPEL DA HIPERGLICEMIA NO INFARTO 
AGUDO DO MIOCÁRDIO 
SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 
Unidade Clínica de Aterosclerose – Instituto do Coração (InCor ) – HC-FMUSP 
Endereço para correspondência: 
Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 44 – Cerqueira César – CEP 05403-904 – São Paulo – SP 
O infarto agudo do miocárdio em diabéticos acarreta maior mortalidade em relação aos 
não-diabéticos. Recentemente tem se destacado a importância da hiperglicemia aguda 
como determinante do prognóstico do infarto agudo do miocárdio. Sua presença aumenta a 
mortalidade, principalmente em pacientes não-diabéticos. O bom controle glicêmico nas 
primeiras 24 horas determina a melhora do prognóstico. Níveis de glicemia acima de 170 
mg/dl pioram a evolução de não-diabéticos. Variações de glicemia acima de 50 mg/dl e de 
hemoglobina glicada acima de 2% são deletérias, aumentando a mortalidade em 20%. 
Palavras-chave: hiperglicemia aguda, infarto agudo do miocárdio, diabetes melito. 
(Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:102-5) 
RSCESP (72594)-1647 
INTRODUÇÃO 
A mortalidade relativa ao infarto agudo do mi-ocárdio 
em diabéticos no período pré-trombólise 
era duas vezes superior à de não-diabéticos1. Com 
a redução da mortalidade pós-trombólise nos dois 
grupos, a proporção não mudou, continuando duas 
vezes maior2. 
A hiperglicemia inicial tem demonstrado mai-or 
importância prognóstica no infarto agudo do 
miocárdio em não-diabéticos que em diabéticos. 
A hiperglicemia aguda, mas não o diabetes, é pre-ditora 
de mortalidade hospitalar após infarto agu-do 
do miocárdio na fase pós-angioplastia. O fenô-meno 
de não-reperfusão (“no reflow”) é mais fre-qüente 
em pacientes com hiperglicemia submeti-dos 
a angioplastia e sugere a presença de disfun-ção 
microvascular comprometendo a perfusão mi-ocárdica 
desses pacientes3. A hiperglicemia no 
infarto agudo do miocárdio é comum (cerca de 
50%) e pouco tratada. É associada ao aumento da 
mortalidade em pacientes idosos, principalmente 
naqueles sem diagnóstico prévio de diabetes. Va-lores 
de glicemia acima de 170 mg/dl são deleté-rios 
e aumentam significativamente a mortalidade 
em pacientes não-diabéticos4. Observou-se que pa-cientes 
diabéticos internados em Unidade de Tra-tamento 
Intensivo são submetidos com mais fre-qüência 
a insulinoterapia, enquanto não-diabéti-cos 
começam a receber insulina, na maioria das 
vezes, a partir de níveis glicêmicos acima de 200 
mg/dl. A importância da hiperglicemia no pacien-te 
não-diabético é subestimada. 
Estudo em 808 pacientes diabéticos consecu-tivos 
com infarto agudo do miocárdio5 demons-trou 
que a glicemia de admissão foi o mais signi-ficante 
preditor independente de mortalidade hos-pitalar. 
A hemoglobina glicada basal se correlaci-onou 
fortemente com a glicemia admissional, mas 
não foi preditor independente de mortalidade. A 
Tabela 1 apresenta os resultados da divisão em 
quartis, quanto ao nível glicêmico de entrada.
OLIVEIRA SF 
Papel da 
hiperglicemia no 
infarto agudo 
do miocárdio 
103 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
Tabela 1 - Divisão em quartis, quanto ao nível 
glicêmico de entrada 
Glicemia 
de admissão Razão 
(mg/dl) de risco 
Quartil 1  161 1 
Quartil 2 161-217 1,14 
Quartil 3 218-300 2,84 
Quartil 4  301 5,03 
Estudo multicêntrico demonstrou a importân-cia 
do controle da glicemia de jejum até o dia se-guinte 
à admissão (24 horas), que, ao atingir ní-veis 
de 120 mg/dl, determina melhor evolução dos 
pacientes infartados em relação àqueles que per-maneceram 
com seus níveis glicêmicos elevados6. 
O estudo “Diabetes and Insulin-Glucose Infu-sion 
in Acute Myocardial Infarction” (DIGAMI 
I) demonstrou que pacientes com infarto agudo 
do miocárdio submetidos a controle glicêmico in-tensivo 
durante 12 meses tiveram redução da mor-talidade 
de 30% em relação ao grupo sob trata-mento 
convencional7. Após 3,4 anos, houve redu-ção 
da mortalidade absoluta de 11%. O estudo não 
pôde esclarecer se o benefício era relacionado à 
infusão de glicose-insulina ou ao controle meta-bólico 
proporcionado pela insulina contínua ou 
ambos. 
Elaborou-se um segundo protocolo, o DIGA-MI 
II8, com três mil pacientes divididos em três 
grupos: 1. terapia intensiva com insulina por via 
endovenosa em 24 horas, seguida de insulina por 
via subcutânea durante os períodos hospitalar e 
ambulatorial; 2. terapia intensiva com insulina por 
via endovenosa em 24 horas durante o período hos-pitalar, 
seguida de tratamento convencional hos-pitalar 
e no seguimento ambulatorial; e 3. terapia 
convencional durante os períodos hospitalar e 
ambulatorial. Entretanto, só se conseguiu arregi-mentar 
1.500 pacientes e o estudo perdeu a força 
estatística em 50%. Conclui-se que embora não 
houvesse diferença entre os três tipos de tratamento 
quanto a mortalidade total, mortalidade cardiovas-cular 
e reinfarto com níveis de glicemia semelhan-tes, 
confirmou-se o papel da glicemia como um 
dos mais fortes preditores de prognóstico. Varia-ções 
da hemoglobina A1c (HbA1c) e da glicemia, 
com aumento de 2% e de 3 mmol/dl (54 mg/dl), 
respectivamente, aumentam o risco cardiovascu-lar 
em 20%. Glicemia de admissão, idade, presença 
de insuficiência cardíaca e creatinina plasmática 
elevada foram preditores independentes de mor-talidade. 
Em relação às diferenças entre os pacientes do 
DIGAMI I e do DIGAMI II, observou-se glice-mia 
inicial média de 280 mg/dl vs. 230 mg/dl, 
variação da glicemia de 99 mg/dl vs. 61 mg/dl, e 
redução de HbA1c de 1,4% vs. 0,5%, respectiva-mente. 
Quanto à angioplastia primária, o sucesso foi 
semelhante nos grupos de diabéticos e não-diabé-ticos, 
sendo mais efetiva que a trombólise em dia-béticos 
com infarto agudo do miocárdio9. 
Apesar de pacientes com e sem diabetes apre-sentarem 
taxas semelhantes de fluxo TIMI grau 3 
após a angioplastia primária, os diabéticos têm 
maior probabilidade de ter perfusão miocárdica 
anormal. Os pacientes diabéticos com bom con-trole 
glicêmico apresentaram melhor padrão de 
perfusão miocárdica pós-angioplastia10. 
EFEITOS DELETÉRIOS DA 
HIPERGLICEMIA 
Seria a hiperglicemia causa ou conseqüência 
da gravidade do estado clínico ocasionado pela 
maior extensão da área de infarto do miocárdio? 
A presença e o grau da hiperglicemia podem 
não se correlacionar com o tamanho da área de 
infarto e podem ser marcadores de ativação adre-nérgica 
deletéria e de liberação de catecolaminas 
pós-infarto agudo do miocárdio. Há aumento de 
glicocorticóides, o que estimula diretamente a gli-cogenólise, 
a glicogênese, a lipólise e a inibição 
da secreção de insulina. O efeito nocivo da hiper-glicemia 
decorre da supressão da vasodilatação de-pendente 
do endotélio conseqüente ao aumento da 
produção de radicais livres e ao aumento da ativa-ção 
do fator nuclear “kappa” B (NFκB) e de fato-res 
de transcrição pró-inflamatórios, que aumen-tam 
a expressão de metaloproteinases, fator teci-dual 
e inibidor do ativador de plasminogênio (PAI- 
1). A hiperglicemia é secundária à insulinopenia 
relativa, que permite o excesso de produção de 
ácidos graxos livres, conseqüente à lipólise indu-zida 
pela catecolamina. Excesso de exposição de 
ácidos graxos livres no miocárdio lesado aumenta 
o consumo de O2, reduz a contratilidade miocár-dica 
e aumenta o risco de arritmias. A hiperglice-mia 
aumenta o estresse oxidativo e a apoptose do 
miócito. O uso de insulina endovenosa corrige os 
desvios do metabolismo e reduz tanto a resposta 
inflamatória como a mortalidade. 
TRATAMENTO DA HIPERGLICEMIA 
A solução glicose-insulina-potássio (GIK) foi 
utilizada sem resultado em relação à mortalidade. 
No entanto, com esse tratamento foi observado au-mento 
da glicemia nas primeiras seis horas, o que
OLIVEIRA SF 
Papel da 
hiperglicemia no 
infarto agudo 
do miocárdio 
104 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
elevou a mortalidade11. 
Atualmente recomenda-se controle glicêmico 
intensivo abaixo ou igual a 120 mg/dl na unidade 
coronariana e glicemia pós-prandial abaixo de 180 
mg/dl na enfermaria, para reduzir a mortalidade 
hospitalar e de um ano12. 
ROLE OF HYPERGLYCEMIA IN ACUTE 
MYOCARDIAL INFARCTION 
SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 
The acute myocardial infarction in diabetic patients is related to higher level of mortality in 
relation to non-diabetic patients. Recently the role of hyperglycemia as an acute myocardial 
infarction prognosis determinant has been described. Acute hyperglycemia increases 
mortality mainly in non-diabetic patients. The optimal glycemic control in 24 hours 
improves the prognosis. Glycemic levels above 170 mg/dl were related to bad evolution in 
non-diabetic patients. Glycemic and glicated hemoglobin changes above 50 mg/dl and 2%, 
respectively, increases mortality in 20%. 
Key words: acute hyperglycemia, acute myocardial infarction, diabetes mellitus. 
(Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:102-5) 
RSCESP (72594)-1647 
REFERÊNCIAS 
1. Jeseloff NE, Feinglos M, Granger CB, Califf 
RM. Outcomes of diabetic patients following 
acute myocardial infarction: a review of the 
major thrombolytics trials. Coron Artery Dis. 
1996;7:732-43. 
2. Mak KH, Moliterno DJ, Granger CB, Miller 
DP, White HD, Wilcox RG, et al. Influence of 
diabetes mellitus on clinical outcome in the 
thrombolytic era of the acute myocardial 
infarction. Gusto-I Investigators. Global 
Utilization of Streptokinase and Tissue 
Plasminogen Activator for Occluded Coronary 
Arteries. J Am Coll Cardiol. 1997;30:171-9. 
3. Ishihara M, Kojima S, Sakamoto T, Asada Y, 
Tei C, Kimura K, et al. Acute hyperglycemia 
is associated with adverse outcome after acute 
myocardial infarction in the coronary 
intervention era. Am Heart J. 2005;150:814- 
20. 
4. Kosiborod M, Rathore SS, Inzucchi SE, 
Masoudi FA, Wang Y, Havranek EP, et al. 
Admission glucose and mortality in elderly 
patients hospitalized with acute myocardial 
infarction. Implications for patients with and 
without recognized diabetes. Circulation. 
2005;111:3078-86. 
5. Cao JJ, Hudson M, Jankowski M, Whitehouse 
F, Weaver WD. Relation of chronic and acute 
glycemic control on mortality in acute 
myocardial infarction with diabetes mellitus. 
Am J Cardiol. 2005;96:183-6. 
6. Goyal A, Mahaffey K, Garg J, Nicolau JC, 
Hochman JS, Weaver WD, et al., for the 
Cardinal Investigators. Drop in glucose level 
following acute myocardial infarction predicts 
improved survival in nondiabetes patients, 
regardless of baseline glucose level. 
Circulation. 2005;112:3628. 
7. Malmberg K, Rydén L, Efendic S, Herlitz J, 
Nicol P, Waldenström A, et al. Randomized trial 
of insulin-glucose infusion followed by 
subcutaneous insulin treatment in diabetic
OLIVEIRA SF 
Papel da 
hiperglicemia no 
infarto agudo 
do miocárdio 
105 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
patients with acute myocardial infarction 
(DIGAMI study): effects on mortality at 1 year. 
J Am Coll Cardiol. 1995;26:57-65. 
8. Malmberg K, Rydén L, Wedel H, Birkeland K, 
Bootsma A, Dickstein K, et al. Intense 
metabolic control by means of insulin in 
patients with diabetes mellitus and acute 
myocardial infarction (DIGAMI 2): effects on 
mortality and morbidity. Eur Heart J. 
2005;26:650-61. 
9. Hasdai D, Granger CB, Srivatsa SS, Criger DA, 
Ellis SG, Califf RM, et al. Diabetes mellitus and 
outcome after primary coronary angioplasty for 
acute myocardial infarction: lessons from the 
GUSTO-IIb angioplasty substudy. J Am Coll 
Cardiol. 2000;35:1502-12. 
10. Prasad A, Stone GW, Stuckey TD, Costantini 
CO, Zimetbaum PJ, McLaughlin M, et al. 
Impact of diabetes mellitus on myocardial 
perfusion after primary angioplasty in patients 
with acute myocardial infarction. J Am Coll 
Cardiol. 2005;45(4):508-14. 
11. Mehta SR, Yusuf S, Diaz R, Zhu J, Pais P, 
Xavier D, et al. Effect of glucose-insulin-potassium 
infusion on mortality in patients 
with acute ST segment elevation myocardial 
infarction: the CREATE-ECLA Randomized 
Controlled Trial. JAMA. 2005;354:437-44. 
12. Zarich SW, Nesto RW. Implications and 
treatment of acute hyperglycemia in the setting 
of acute myocardial infarction. Circulation. 
2007;115:e436-e439.
CHAVES AJ e cols. 
Revascularização 
miocárdica no paciente 
diabético: intervenção 
coronariana percutânea 
106 
RSCESP 
ABR/MAI/JUN 2007 
REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA NO 
PACIENTE DIABÉTICO: INTERVENÇÃO 
CORONARIANA PERCUTÂNEA 
ÁUREA J. CHAVES, AMANDA G. M. R. SOUSA, ALEXANDRE ABIZAID, 
LUIZ ALBERTO MATTOS, FAUSTO FERES, RODOLFO STAICO, 
JOSÉ RIBAMAR COSTA, RICARDO COSTA, GALO MALDONADO, 
LUIZ FERNANDO TANAJURA, MARINELLA CENTEMERO, ANDRÉA ABIZAID, 
ANA SEIXAS, IBRAIM PINTO, J. EDUARDO SOUSA 
Serviço de Cardiologia Invasiva – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia 
Endereço para correspondência: 
Av. Dr. Dante Pazzanese, 500 – Ibirapuera – CEP 04012-180 – São Paulo – SP 
O diabetes melito é uma doença metabólica complexa, presente em 20% a 30% dos 
indivíduos que necessitam revascularização miocárdica. Dados da literatura confirmam a 
superioridade da revascularização cirúrgica em relação à angioplastia com balão em 
diabéticos com doença multiarterial. A intervenção coronariana percutânea com o implante 
de stents diminuiu a vantagem da cirurgia, mas a necessidade de reintervenções ainda é 
maior com a angioplastia. Mais recentemente, os stents farmacológicos tornaram-se a 
intervenção percutânea de escolha no tratamento da doença coronariana, pela notável 
redução da reestenose coronariana e da revascularização do vaso-alvo, quando comparados 
aos stents não-farmacológicos. A segurança dessas próteses, entretanto, tem sido 
questionada ultimamente, no que diz respeito à ocorrência da trombose tardia do stent, 
evento raro mas de conseqüências potencialmente graves. Recentemente, a “Food and Drug 
Administration” (FDA, agência governamental americana que controla o setor de alimentos 
e remédios) reconheceu que os benefícios dos stents farmacológicos suplantam o pequeno 
risco de trombose tardia nas indicações aprovadas para seu uso (“on-label”). Pacientes com 
lesões complexas, especialmente aqueles com lesões em bifurcações, lesões que exijam o 
implante de stents com sobreposição das bordas (“overlapping”) ou lesões com trombos, 
têm maior risco de trombose do stent, óbito ou infarto agudo do miocárdio e devem ter seu 
tratamento individualizado, após a consideração dos riscos e benefícios do procedimeto. 
Para resolver o problema da trombose dos stents farmacológicos, stents de segunda geração, 
com novos fármacos antiproliferativos, diferentes sistemas de liberação que substituam os 
polímeros duráveis e plataformas mecânicas inovadoras, já estão sendo avaliados. 
Palavras-chave: coronariopatia, diabetes melito, contenedores. 
(Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:106-14) 
RSCESP (72594)-1648
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Anais congresso cardio 2016
Anais congresso cardio 2016Anais congresso cardio 2016
Anais congresso cardio 2016gisa_legal
 
Anestesia no trauma Trauma Anesthesia
Anestesia no trauma Trauma AnesthesiaAnestesia no trauma Trauma Anesthesia
Anestesia no trauma Trauma AnesthesiaMohamad Youssef
 
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...Academia Nacional de Medicina
 
Www.scielo.br pdf ramb_v50n2_20786
Www.scielo.br pdf ramb_v50n2_20786Www.scielo.br pdf ramb_v50n2_20786
Www.scielo.br pdf ramb_v50n2_20786Carine Marinho
 
Fibrilação Atrial: ablação, oclusão de Auriculeta e Flutter Atrial - por Dr. ...
Fibrilação Atrial: ablação, oclusão de Auriculeta e Flutter Atrial - por Dr. ...Fibrilação Atrial: ablação, oclusão de Auriculeta e Flutter Atrial - por Dr. ...
Fibrilação Atrial: ablação, oclusão de Auriculeta e Flutter Atrial - por Dr. ...Clínica Ritmo - Arritmia e Marcapasso
 
Anestesia em Urgencias e Trauma 2015
Anestesia em Urgencias e Trauma 2015Anestesia em Urgencias e Trauma 2015
Anestesia em Urgencias e Trauma 2015Fabricio Mendonca
 
Incidência de fibrilhação auricular e hipertrofia ventricular esquerda em ute...
Incidência de fibrilhação auricular e hipertrofia ventricular esquerda em ute...Incidência de fibrilhação auricular e hipertrofia ventricular esquerda em ute...
Incidência de fibrilhação auricular e hipertrofia ventricular esquerda em ute...Catarina Possacos
 
Diagnostico precoce-oximetria
Diagnostico precoce-oximetriaDiagnostico precoce-oximetria
Diagnostico precoce-oximetriagisa_legal
 
Avaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciaAvaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciagisa_legal
 
Sopro inocente
Sopro inocenteSopro inocente
Sopro inocentegisa_legal
 
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistaCc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistagisa_legal
 
Arritmias. MorteSúbita (João Freitas).pdf
Arritmias. MorteSúbita (João Freitas).pdfArritmias. MorteSúbita (João Freitas).pdf
Arritmias. MorteSúbita (João Freitas).pdfcugrande
 
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renalEndomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renalgisa_legal
 
100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de Cardiologia100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de CardiologiaProfessor Robson
 
Hipertrofia ventricular esquerda e fibrilhação auricular Incidência em utente...
Hipertrofia ventricular esquerda e fibrilhação auricular Incidência em utente...Hipertrofia ventricular esquerda e fibrilhação auricular Incidência em utente...
Hipertrofia ventricular esquerda e fibrilhação auricular Incidência em utente...Catarina Possacos
 
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardioMarcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardioDaniela Noleto
 
Atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica
Atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônicaAtualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica
Atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônicaLeila Viana
 
Importância clínica rx no diag de cc
Importância clínica rx no diag de ccImportância clínica rx no diag de cc
Importância clínica rx no diag de ccgisa_legal
 

Was ist angesagt? (19)

Anais congresso cardio 2016
Anais congresso cardio 2016Anais congresso cardio 2016
Anais congresso cardio 2016
 
Anestesia no trauma Trauma Anesthesia
Anestesia no trauma Trauma AnesthesiaAnestesia no trauma Trauma Anesthesia
Anestesia no trauma Trauma Anesthesia
 
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
Dr. Arno von Ristow "Cirurgia carotídea e coronária combinada deve ser elimin...
 
Www.scielo.br pdf ramb_v50n2_20786
Www.scielo.br pdf ramb_v50n2_20786Www.scielo.br pdf ramb_v50n2_20786
Www.scielo.br pdf ramb_v50n2_20786
 
Fibrilação Atrial: ablação, oclusão de Auriculeta e Flutter Atrial - por Dr. ...
Fibrilação Atrial: ablação, oclusão de Auriculeta e Flutter Atrial - por Dr. ...Fibrilação Atrial: ablação, oclusão de Auriculeta e Flutter Atrial - por Dr. ...
Fibrilação Atrial: ablação, oclusão de Auriculeta e Flutter Atrial - por Dr. ...
 
Anestesia em Urgencias e Trauma 2015
Anestesia em Urgencias e Trauma 2015Anestesia em Urgencias e Trauma 2015
Anestesia em Urgencias e Trauma 2015
 
Incidência de fibrilhação auricular e hipertrofia ventricular esquerda em ute...
Incidência de fibrilhação auricular e hipertrofia ventricular esquerda em ute...Incidência de fibrilhação auricular e hipertrofia ventricular esquerda em ute...
Incidência de fibrilhação auricular e hipertrofia ventricular esquerda em ute...
 
Diagnostico precoce-oximetria
Diagnostico precoce-oximetriaDiagnostico precoce-oximetria
Diagnostico precoce-oximetria
 
Avaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infânciaAvaliação do sc na infância
Avaliação do sc na infância
 
Sopro inocente
Sopro inocenteSopro inocente
Sopro inocente
 
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologistaCc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
Cc no RN: do pediatra à avaliação do cardiologista
 
Arritmias. MorteSúbita (João Freitas).pdf
Arritmias. MorteSúbita (João Freitas).pdfArritmias. MorteSúbita (João Freitas).pdf
Arritmias. MorteSúbita (João Freitas).pdf
 
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renalEndomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
Endomiocardiofibrose biventricular associada à amiloidose renal
 
100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de Cardiologia100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de Cardiologia
 
Hipertrofia ventricular esquerda e fibrilhação auricular Incidência em utente...
Hipertrofia ventricular esquerda e fibrilhação auricular Incidência em utente...Hipertrofia ventricular esquerda e fibrilhação auricular Incidência em utente...
Hipertrofia ventricular esquerda e fibrilhação auricular Incidência em utente...
 
Sindrome de Brugada
Sindrome de BrugadaSindrome de Brugada
Sindrome de Brugada
 
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardioMarcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
Marcadores bioquimicos de_les_o_do_miocardio
 
Atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica
Atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônicaAtualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica
Atualização da diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica
 
Importância clínica rx no diag de cc
Importância clínica rx no diag de ccImportância clínica rx no diag de cc
Importância clínica rx no diag de cc
 

Andere mochten auch

Ecg circulation 2006
Ecg circulation 2006Ecg circulation 2006
Ecg circulation 2006gisa_legal
 
Arritmais cardíacas na infância e adolescência
Arritmais cardíacas na infância e adolescênciaArritmais cardíacas na infância e adolescência
Arritmais cardíacas na infância e adolescênciagisa_legal
 
Ecg tabelas ped1
Ecg tabelas ped1Ecg tabelas ped1
Ecg tabelas ped1gisa_legal
 
Realizacao e interpretacao do ecg no pre hospitalar
Realizacao e interpretacao do ecg no pre hospitalarRealizacao e interpretacao do ecg no pre hospitalar
Realizacao e interpretacao do ecg no pre hospitalargisa_legal
 
Ecg repouso sbc 2003
Ecg repouso sbc 2003Ecg repouso sbc 2003
Ecg repouso sbc 2003gisa_legal
 
Análise e emissão de laudos eletrocardiográficos 2009
Análise e emissão de laudos eletrocardiográficos   2009Análise e emissão de laudos eletrocardiográficos   2009
Análise e emissão de laudos eletrocardiográficos 2009gisa_legal
 
Ecg nos rn e na 1° infância
Ecg nos rn e na 1° infânciaEcg nos rn e na 1° infância
Ecg nos rn e na 1° infânciagisa_legal
 
Ms no exercício e no esporte
Ms no exercício e no esporteMs no exercício e no esporte
Ms no exercício e no esportegisa_legal
 
Green tea prenatal diagnosis
Green tea prenatal diagnosisGreen tea prenatal diagnosis
Green tea prenatal diagnosisgisa_legal
 
Lista de alimentos ricos em polifenóis
Lista de alimentos ricos em polifenóis Lista de alimentos ricos em polifenóis
Lista de alimentos ricos em polifenóis gisa_legal
 
Experim toxicol pathology (mecanismo)
Experim toxicol pathology (mecanismo)Experim toxicol pathology (mecanismo)
Experim toxicol pathology (mecanismo)gisa_legal
 
Disfunção sinusal em iae
Disfunção sinusal em iaeDisfunção sinusal em iae
Disfunção sinusal em iaegisa_legal
 
Artigo expert review 2010 (4)
Artigo expert review 2010 (4)Artigo expert review 2010 (4)
Artigo expert review 2010 (4)gisa_legal
 
Defeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsDefeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsgisa_legal
 
Diagnosis and treatment of fetal cardiac disease aha 2014
Diagnosis and treatment of fetal cardiac disease aha 2014Diagnosis and treatment of fetal cardiac disease aha 2014
Diagnosis and treatment of fetal cardiac disease aha 2014gisa_legal
 
Artigo polifenois 2007
Artigo polifenois 2007Artigo polifenois 2007
Artigo polifenois 2007gisa_legal
 
Restriction abc 2013
Restriction abc 2013Restriction abc 2013
Restriction abc 2013gisa_legal
 
Criss cross heart
Criss cross heartCriss cross heart
Criss cross heartgisa_legal
 
Dapvvpp e sia íntegro.
Dapvvpp e sia íntegro.Dapvvpp e sia íntegro.
Dapvvpp e sia íntegro.gisa_legal
 
Detecção pré natal de cc resultado de programa preliminar
Detecção pré natal de cc   resultado de programa preliminarDetecção pré natal de cc   resultado de programa preliminar
Detecção pré natal de cc resultado de programa preliminargisa_legal
 

Andere mochten auch (20)

Ecg circulation 2006
Ecg circulation 2006Ecg circulation 2006
Ecg circulation 2006
 
Arritmais cardíacas na infância e adolescência
Arritmais cardíacas na infância e adolescênciaArritmais cardíacas na infância e adolescência
Arritmais cardíacas na infância e adolescência
 
Ecg tabelas ped1
Ecg tabelas ped1Ecg tabelas ped1
Ecg tabelas ped1
 
Realizacao e interpretacao do ecg no pre hospitalar
Realizacao e interpretacao do ecg no pre hospitalarRealizacao e interpretacao do ecg no pre hospitalar
Realizacao e interpretacao do ecg no pre hospitalar
 
Ecg repouso sbc 2003
Ecg repouso sbc 2003Ecg repouso sbc 2003
Ecg repouso sbc 2003
 
Análise e emissão de laudos eletrocardiográficos 2009
Análise e emissão de laudos eletrocardiográficos   2009Análise e emissão de laudos eletrocardiográficos   2009
Análise e emissão de laudos eletrocardiográficos 2009
 
Ecg nos rn e na 1° infância
Ecg nos rn e na 1° infânciaEcg nos rn e na 1° infância
Ecg nos rn e na 1° infância
 
Ms no exercício e no esporte
Ms no exercício e no esporteMs no exercício e no esporte
Ms no exercício e no esporte
 
Green tea prenatal diagnosis
Green tea prenatal diagnosisGreen tea prenatal diagnosis
Green tea prenatal diagnosis
 
Lista de alimentos ricos em polifenóis
Lista de alimentos ricos em polifenóis Lista de alimentos ricos em polifenóis
Lista de alimentos ricos em polifenóis
 
Experim toxicol pathology (mecanismo)
Experim toxicol pathology (mecanismo)Experim toxicol pathology (mecanismo)
Experim toxicol pathology (mecanismo)
 
Disfunção sinusal em iae
Disfunção sinusal em iaeDisfunção sinusal em iae
Disfunção sinusal em iae
 
Artigo expert review 2010 (4)
Artigo expert review 2010 (4)Artigo expert review 2010 (4)
Artigo expert review 2010 (4)
 
Defeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rsDefeitos congenitos no rs
Defeitos congenitos no rs
 
Diagnosis and treatment of fetal cardiac disease aha 2014
Diagnosis and treatment of fetal cardiac disease aha 2014Diagnosis and treatment of fetal cardiac disease aha 2014
Diagnosis and treatment of fetal cardiac disease aha 2014
 
Artigo polifenois 2007
Artigo polifenois 2007Artigo polifenois 2007
Artigo polifenois 2007
 
Restriction abc 2013
Restriction abc 2013Restriction abc 2013
Restriction abc 2013
 
Criss cross heart
Criss cross heartCriss cross heart
Criss cross heart
 
Dapvvpp e sia íntegro.
Dapvvpp e sia íntegro.Dapvvpp e sia íntegro.
Dapvvpp e sia íntegro.
 
Detecção pré natal de cc resultado de programa preliminar
Detecção pré natal de cc   resultado de programa preliminarDetecção pré natal de cc   resultado de programa preliminar
Detecção pré natal de cc resultado de programa preliminar
 

Ähnlich wie Arritmias na infância rev socesp 2007

Revisão Socesp - 2007
Revisão Socesp  - 2007Revisão Socesp  - 2007
Revisão Socesp - 2007gisa_legal
 
Arritmias na infância rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância rev socesp 2007gisa_legal
 
Aula-de-insuficiência-cardíaca-aguda.pdf
Aula-de-insuficiência-cardíaca-aguda.pdfAula-de-insuficiência-cardíaca-aguda.pdf
Aula-de-insuficiência-cardíaca-aguda.pdfAurliaVargas
 
VI diretrizes brasileras de hipertensão arterial
VI diretrizes brasileras de hipertensão arterialVI diretrizes brasileras de hipertensão arterial
VI diretrizes brasileras de hipertensão arterialERALDO DOS SANTOS
 
1189261808 445.avc ppoint
1189261808 445.avc ppoint1189261808 445.avc ppoint
1189261808 445.avc ppointHipolito NZwalo
 
Revista do IC do RS- 1° semestre 2002
Revista do IC do RS-  1° semestre 2002Revista do IC do RS-  1° semestre 2002
Revista do IC do RS- 1° semestre 2002gisa_legal
 
05 hipertensao arterial
05 hipertensao arterial05 hipertensao arterial
05 hipertensao arterialCyro Vidal
 
Sbc 2016 hipertensao arterial
Sbc 2016 hipertensao arterialSbc 2016 hipertensao arterial
Sbc 2016 hipertensao arterialgisa_legal
 
Atenção farmacêutica ii_-_diretrizes_para_hipertensão_arterial_sistêmica
Atenção farmacêutica ii_-_diretrizes_para_hipertensão_arterial_sistêmicaAtenção farmacêutica ii_-_diretrizes_para_hipertensão_arterial_sistêmica
Atenção farmacêutica ii_-_diretrizes_para_hipertensão_arterial_sistêmicaNemesio Silva
 
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rechNádia Elizabeth Barbosa Villas Bôas
 
Diretriz valvopatias 2011
Diretriz valvopatias   2011Diretriz valvopatias   2011
Diretriz valvopatias 2011gisa_legal
 
Diretriz valvopatias 2011
Diretriz valvopatias   2011Diretriz valvopatias   2011
Diretriz valvopatias 2011gisa_legal
 
I diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar 2012
I diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar 2012I diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar 2012
I diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar 2012Arquivo-FClinico
 
Uma vida de risco. como a obesidade, fumo, sedentarismo e álcool estão afetan...
Uma vida de risco. como a obesidade, fumo, sedentarismo e álcool estão afetan...Uma vida de risco. como a obesidade, fumo, sedentarismo e álcool estão afetan...
Uma vida de risco. como a obesidade, fumo, sedentarismo e álcool estão afetan...Hospital Israelita Albert Einstein
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronarianaresenfe2013
 

Ähnlich wie Arritmias na infância rev socesp 2007 (20)

Revisão Socesp - 2007
Revisão Socesp  - 2007Revisão Socesp  - 2007
Revisão Socesp - 2007
 
Arritmias na infância rev socesp 2007
Arritmias na infância   rev socesp 2007Arritmias na infância   rev socesp 2007
Arritmias na infância rev socesp 2007
 
Iam infarto miocardio -
Iam   infarto miocardio -Iam   infarto miocardio -
Iam infarto miocardio -
 
Aula-de-insuficiência-cardíaca-aguda.pdf
Aula-de-insuficiência-cardíaca-aguda.pdfAula-de-insuficiência-cardíaca-aguda.pdf
Aula-de-insuficiência-cardíaca-aguda.pdf
 
Diretriz mapa mrpa
Diretriz mapa mrpaDiretriz mapa mrpa
Diretriz mapa mrpa
 
VI diretrizes brasileras de hipertensão arterial
VI diretrizes brasileras de hipertensão arterialVI diretrizes brasileras de hipertensão arterial
VI diretrizes brasileras de hipertensão arterial
 
1189261808 445.avc ppoint
1189261808 445.avc ppoint1189261808 445.avc ppoint
1189261808 445.avc ppoint
 
Revista do IC do RS- 1° semestre 2002
Revista do IC do RS-  1° semestre 2002Revista do IC do RS-  1° semestre 2002
Revista do IC do RS- 1° semestre 2002
 
AVC
AVCAVC
AVC
 
Prevenção DST/Aids
Prevenção DST/AidsPrevenção DST/Aids
Prevenção DST/Aids
 
05 hipertensao arterial
05 hipertensao arterial05 hipertensao arterial
05 hipertensao arterial
 
Sbc 2016 hipertensao arterial
Sbc 2016 hipertensao arterialSbc 2016 hipertensao arterial
Sbc 2016 hipertensao arterial
 
Atenção farmacêutica ii_-_diretrizes_para_hipertensão_arterial_sistêmica
Atenção farmacêutica ii_-_diretrizes_para_hipertensão_arterial_sistêmicaAtenção farmacêutica ii_-_diretrizes_para_hipertensão_arterial_sistêmica
Atenção farmacêutica ii_-_diretrizes_para_hipertensão_arterial_sistêmica
 
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
2007 manuseio do potencial doador de múltiplos órgãos tatiana h. rech
 
Diretriz valvopatias 2011
Diretriz valvopatias   2011Diretriz valvopatias   2011
Diretriz valvopatias 2011
 
Diretriz valvopatias 2011
Diretriz valvopatias   2011Diretriz valvopatias   2011
Diretriz valvopatias 2011
 
Diretriz valvopatias 2011
Diretriz valvopatias   2011Diretriz valvopatias   2011
Diretriz valvopatias 2011
 
I diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar 2012
I diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar 2012I diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar 2012
I diretriz brasileira de hipercolesterolemia familiar 2012
 
Uma vida de risco. como a obesidade, fumo, sedentarismo e álcool estão afetan...
Uma vida de risco. como a obesidade, fumo, sedentarismo e álcool estão afetan...Uma vida de risco. como a obesidade, fumo, sedentarismo e álcool estão afetan...
Uma vida de risco. como a obesidade, fumo, sedentarismo e álcool estão afetan...
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 

Arritmias na infância rev socesp 2007

  • 1. REVISTA DA SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO Volume 17 — No 2 — Abr/Mai/Jun de 2007 www.socesp.org.br ISSN 0103-8559 SOCESP DIABETES E CORAÇÃO EDITOR CONVIDADO: SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA ATUALIZAÇÃO EM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS EDITORA CONVIDADA: IEDA BISCEGLI JATENE
  • 2. RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 REVISTA DA SOCIEDADE DE CARDIOLOGIA DO ESTADO DE SÃO PAULO i Diretoria da SOCESP Biênio 2006/2007 Presidente: Bráulio Luna Filho Vice-Presidente: Ari Timerman Primeiro-Secretário: Ibraim Masciarelli Pinto Segunda-Secretária: Ieda Biscegli Jatene Primeiro-Tesoureiro: João Nelson Rodrigues Branco Segundo-Tesoureiro: Miguel Antonio Moretti Diretor de Publicações: Edson Stefanini Diretor de Regionais: Márcio Jansen de O. Figueiredo Diretor de Infra-estrutura: Carlos Vicente Serrano Jr. Diretor de Informática: Moacyr Fernandes Godoy Diretor de Defesa Profissional: José Henrique Andrade Vila Presidentes Regionais ABCDM: José Luiz Aziz Araçatuba: Celso Biagi Araraquara: José Geraldo Bonfá Araras: Daniel Izzet Potério Bauru: Christiano Roberto Campos Botucatu: Beatriz Bojikian Matsubara Campinas: Alexander Braun Franca: Carlos Alves Pereira Jundiaí: Alberando Gennari Filho Marília: Carlos Benedito A. Pimentel Piracicaba: Humberto Magno Passos Presidente Prudente: Luis Carlos Pontes Ribeirão Preto: Brasil Salim Melis Santos: Carlos Alberto Cyrillo Sellera São Carlos: José César Briganti São José do Rio Preto: Luis Antonio Gubolino Sorocaba: Luiz Miguel Gaspar Henriques Vale do Paraíba: Maurício Garcia Lima Editor: Edson Stefanini Editores assistentes: Pedro Silvio Farski, Luiz Francisco Cardoso, Maria Tereza Nogueira Bombig Manzoli CONSELHO EDITORIAL Arritmias e Eletrofisiologia: Angelo Amato Vicenzo de Paola, Maurício Scanavacca Cardiomiopatia: Beatriz Bojikian Matsubara, Dirceu de Almeida Cardiopatias Congênitas: Ieda Biscegli Jatene, Ulisses Alexandre Croti, Maria Virgínia Tavares Santana Circulação Pulmonar: Antonio Augusto Lopes, Nelson Kasinski Cirurgia Cardiovascular: Luiz Felipe P. Moreira, Paulo Manuel Pêgo Fernandes, João Nelson R. Branco Doença Arterial Coronária: Edson Stefanini, Carlos V. Serrano Jr., Luiz Antonio Machado César, Otávio Rizzi Coelho Doença Valvar: Flávio Tarasoutchi, Valdir Ambósio Moisés, Auristela Ramos Ecocardiografia: Benedito Carlos Maciel, Henry Abensur, José Lázaro Andrade Emergências Cardiovasculares: Ari Timerman, Miguel Moretti Ergometria e Reabilitação: Romeu Sérgio Meneghelo, Wiliam Chalella, Luiz Eduardo Mastrocola Experimental: Alexandre da Costa Pereira, Kleber Franchini Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista: Amanda Guerra Moraes Rego Sousa, Expedito Ribeiro da Silva, Valter Correia Lima Hipertensão Arterial: Dante Marcelo Artigas Giorgi, Fernando Nobre, Rui Póvoa Insuficiência Cardíaca Congestiva: Fernando Bacal, João Manoel Rossi Neto, Marcos Vinicius Simões Medicina Nuclear: Paola Smanio, José Soares Jr., Carlos Buchpiguel Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada: Carlos Eduardo Rochitte, Ibraim Masciarelli Pinto A Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (ISSN 0103-8559) é editada trimestralmente pela Diretoria de Publicações da SOCESP, Avenida Paulista, 2073 — Horsa I, 15º andar, cj. 1512 — CEP 01311-300 — Cerqueira César — São Paulo — SP / Tel.: (11) 3179-0044 / E-mail: socesp@socesp.org.br / Website: www.socesp.org.br As mudanças de endereço, a solicitação de números atrasados e as cartas ao Editor deverão ser dirigidas à Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, na sede da SOCESP. É proibida a reprodução total ou parcial de quaisquer textos constantes desta edição sem autorização formal e expressa de seus editores. Produção Gráfica: CEV - Casa Editorial Ventura / Impressão: AquaPrint Gráfica & Editora Para pedidos de reprints, por favor contate: SOCESP — Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo / Diretoria de Publicações / Tel.: (11) 3179-0044 / E-mail: socesp@socesp@org.br
  • 3. Órgão Oficial da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo Publicação Trimestral / Published Quarterly Dados de Catalogação na Publicação Internacional (CIP) Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 São Paulo - SP, Brasil. v. 1 - 1991 - Inclui suplementos e números especiais. Substitui Atualização Cardiológica, 1981 - 91. 1991, 1: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A) 1992, 2: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1993, 3: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1994, 4: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1995, 5: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1996, 6: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1997, 7: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 1998, 8: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 4 (supl A), 4 (supl B), 5 (supl A), 6 (supl A) 1999, 9: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2000, 10: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2001, 11: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 3 (supl B), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2002, 12: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2003, 13: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2004, 14: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 6 (supl A) 2005, 15: 1 (supl A), 2 (supl A), 3 (supl A), 4 (supl A), 5 (supl A), 5 (supl B), 6 (supl A) 2006, 16: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B), 3 (supl A), 4 (supl A) 2007, 17: 1 (supl A), 2 (supl A), 2 (supl B) ISSN 0103-8559 RSCESP 72594 CDD16 616.105 NLM W1 WG100 CDU 616.1(05) Associação Paulista de Bibliotecários / Grupo de Bibliotecários Biomédicos Normas para catalogação de publicações nas bibliotecas especializadas. São Paulo, Ed. Polígono, 1972. Indexada no INDEX MEDICUS Latino Americano Impressa no Brasil Tiragem: 6.900 exemplares ii
  • 4. RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 SUMÁRIO iii DIABETES E CORAÇÃO EDITOR CONVIDADO: SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 81 Carta do Editor Convidado: Sergio Ferreira de Oliveira 82 Diagnóstico de isquemia miocárdica silenciosa no diabético Diagnosis of silent myocardial ischemia in diabetic patients EDSON STEFANINI EMÍLIO MONTUORI NETO SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 89 Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus Glicemia pós-prandial e doença cardiovascular no diabetes melito BERNARDO LÉO WAJCHENBERG 102 Papel da hiperglicemia no infarto agudo do miocárdio Role of hyperglycemia in acute myocardial infarction SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA 106 Revascularização miocárdica no paciente diabético: intervenção coronariana percutânea Myocardial revascularization in diabetic patients: percutaneous coronary intervention ÁUREA J. CHAVES AMANDA G. M. R. SOUSA ALEXANDRE ABIZAID LUIZ ALBERTO MATTOS ATUALIZAÇÃO EM CARDIOPATIAS CONGÊNITAS EDITORA CONVIDADA: IEDA BISCEGLI JATENE 139 Carta da Editora Convidada: Ieda Biscegli Jatene 140 Gravidez e anticoncepção Pregnancy and anticonception MARIA APARECIDA DE PAULA SILVA 150 Atividade esportiva nas cardiopatias congênitas Sport activity in congenital heart disease CARLOS ALBERTO C. HOSSRI 167 Cirurgia no primeiro ano de vida Surgery in the first year of life MARCELO BISCEGLI JATENE PATRÍCIA MARQUES OLIVEIRA RAFAEL AON MOYSÉS 177 Arritmias na infância Arrhythmias in childhood JOSÉ CARLOS PACHÓN MATEOS ENRIQUE I. PACHÓN MATEOS JUÁN CARLOS PACHÓN MATEOS TASSO J. LOBO REMY NELSON A. VARGAS
  • 5. SUMÁRIO 115 Revascularização cirúrgica do miocárdio 131 Insulinoterapia em pacientes com doença iv FAUSTO FERES RODOLFO STAICO JOSÉ RIBAMAR COSTA RICARDO COSTA GALO MALDONADO LUIZ FERNANDO TANAJURA MARINELLA CENTEMERO ANDRÉA ABIZAID ANA SEIXAS IBRAIM PINTO J. EDUARDO SOUSA no paciente diabético Coronary artery bypass grafting in diabetic patients LUÍS ALBERTO O. DALLAN FERNANDO PLATANIA LUCIANO J. CARNEIRO NOEDIR G. STOLF arterial coronariana e diabetes do tipo 2 Insulin therapy in patients with coronary artery disease and type 2 diabetes mellitus ANTONIO CARLOS LERARIO ROBERTO TADEU BARCELLOS BETTI 187 Forâmen oval patente: embolia paradoxal e enxaqueca Patent foramen ovale: paradoxical embolism and migraine CÉLIA MARIA C. SILVA MÁRCIA F. MAIUMI VICTOR MANOEL OPORTO CARLOS EDUARDO B. KARPINS ANTÔNIO CARLOS C. DE CARVALHO Edição Anterior: Desafios na Prática Cardiológica Editor Convidado: Michel Batlouni RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Cardiopatia no Nefropata Crônico Editor Convidado: Valter Correia Lima Próxima Edição: Fisiopatologia das Doenças Cardiovasculares: Novos Conhecimentos Editor Convidado: Paulo Tucci Síndrome Coronariana Aguda: Atualização na Terapêutica Farmacológica Editor Convidado: Otávio Rizzi Coelho
  • 6. NORMAS PARA A PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS v RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Solicitamos aos Editores Convidados e aos Autores que estejam atentos à necessidade de nos mantermos rigorosamente dentro desses novos parâmetros, e que observem as disposições dos itens I a V, apresentados a seguir. Os artigos que estiverem fora desses padrões podem não ser aceitos. I — Os autores não poderão enviar arquivos de texto em “software” cuja finalidade não seja a de edição de textos. II — A Revista passa a ter periodicidade trimestral e no máximo 120 páginas. Cada edição da Revista poderá ter um ou dois temas, a critério do Diretor de Publicações. No caso de apenas um tema, o número máximo de artigos será de 10; para dois temas, o número máximo será de 5 artigos por tema. O Suplemento dos Departamentos passa a ter no máximo 24 páginas. III — Dados gerais para preparo dos artigos 1. Extensão a) Revista: cada artigo da Revista deverá ter no máximo 11 páginas (após a paginação, computando-se frente e verso), o que corresponde a cerca de 15 páginas no processador Word. As ilustrações deverão ser no máximo 8, incluindo-se nesse total figuras, fotografias, gráficos (montados como imagens, que deverão ser enviadas em arquivos .jpg ou .tif) e tabelas. Cada artigo deverá ter no máximo 40 referências (exceções serão analisadas pelos editores). b) Suplemento: cada artigo do Suplemento deverá ter no máximo 6 páginas (após a paginação, computando-se frente e verso), o que corresponde a cerca de 8 páginas no processador Word. As ilustrações deverão ser no máximo 4, incluindo-se nesse total figuras, fotografias, gráficos (montados como imagens, que deverão ser enviadas em arquivos .jpg ou .tif) e tabelas. Cada artigo deverá ter no máximo 20 referências (exceções serão analisadas pelos editores). 2. Os originais no Word deverão ser digitados em espaço duplo. 3. Evitar ao máximo o uso de abreviaturas, mesmo as “consagradas”. 4. Os nomes dos autores (no texto ou nas referências) não deverão ser escritos em letras maiúsculas. 5. Digitar o texto corrido, sem necessidade de formatação especial (paginação, recuos etc.). 6. As tabelas deverão ser digitadas de forma simples, com os dados de cada coluna separados apenas pela tecla “TAB”, e no mesmo processador/editor de texto que estiver sendo utilizado para o restante do texto. IV — Seqüência da disposição do texto Os artigos deverão obedecer à disposição apresentada a seguir, e somente serão considerados completos se contiverem todos os itens: 1. Título em português. 2. Autores. 3. Instituição. 4. Endereço completo para correspondência, incluindo CEP (telefone, fax, e-mail ou outros meios de contato deverão ser incluídos, mas não serão publicados). 5. Resumo de cerca de 250 palavras. 6. Palavras-chave: até 5, obtidas no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). 7. Texto organizado em intertítulo, subtítulo, etc. 8. Título em inglês. 9. Autores.
  • 7. NORMAS PARA A PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS vi RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 10. “Abstract” de cerca de 250 palavras. 11. “Key words”: até 5, obtidas no “Cumulated Index Medicus, Medical Subject Headings”. 12. Referências numeradas de acordo com a ordem de entrada no texto (nunca em ordem alfabética). Seguir as Normas de Vancouver, consultando o “website”: www.nlm.nih.gov/bsd/uniform_requirements.html V — Envio do material Todo o material editorial, incluindo textos, figuras, fotografias, gráficos (montados como imagens e enviados em arquivos .jpg ou .tif) e tabelas, deverá ser enviado, única e exclu-sivamente, pela Internet, para o seguinte e-mail: cev@servicoseditoriais.com
  • 8. CARTA DO EDITOR CONVIDADO 81 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 DIABETES E CORAÇÃO A escolha do primeiro tema sobre diabetes melito teve como objetivo chamar a atenção de cardiologistas, clínicos e endocrinologistas para aspectos relativos ao diagnóstico precoce da aterosclerose e da isquemia silenciosa, com o objetivo de evitar complicações cardiovascula-res. É de fundamental importância agir o mais cedo possível, pois estamos chegando tarde e encontrando o paciente em estado de aterosclerose avançada, cujo resultado do tratamento é muitas vezes decepcionante. O segundo tema salienta a importância da hiperglicemia pós-prandial em pacientes com síndrome metabólica e o aumento de risco de evoluírem para diabetes e apresentarem doença arterial coronariana. Na prática clínica, poucos médicos pedem medida de glicemia duas horas após a refeição em pacientes com glicemia de jejum entre 100 mg/dl e 126 mg/dl. Perde-se a oportunidade, durante anos, de se fazer tratamento preventivo agressivo contra a aterosclerose. O terceiro tema, já analisando as complicações cardiovasculares, salienta a importância da hiperglicemia aguda no infarto agudo do miocárdio como preditor forte independente de mor-talidade hospitalar em pacientes com e sem diabetes e a necessidade do controle glicêmico intensivo com insulina nas primeiras 24 horas para reduzir o risco. Chama a atenção sobre a influência da hiperglicemia na mortalidade hospitalar em não-diabéticos ultrapassando a dos diabéticos. O quarto tema analisa a revascularização miocárdica no diabetes e foi dividido em duas partes: a modalidade por cateter com balão e colocação de stent e a modalidade cirúrgica. Analisou-se a angioplastia por balão, passando pelo stent convencional e finalmente pelos stents farmacológicos, os desafios em reduzir a reestenose e, mais recentemente, de evitar a trombose tardia intra-stent. Resultados comparativos com a cirurgia são citados, assim como novos estudos que estão sendo feitos para se esclarecer qual é a melhor forma de tratamento para o diabético com doença arterial coronariana. A segunda parte desse tema aborda a evolu-ção tanto da cirurgia de revascularização miocárdica como de aspectos técnicos relativos a pacientes diabéticos, apresentando resultados imediatos e tardios de diferentes séries de paci-entes operados. O quinto tema abrange o aspecto evolutivo importante do paciente diabético decorrente da exaustão das células beta do pâncreas, que reduzem a produção de insulina endógena. Os hipoglicemiantes orais perdem sua eficácia, a glicemia se eleva e o médico deve começar a insulinoterapia para evitar complicações cardiovasculares. Aspectos clínicos, farmacológicos e de estratégia de tratamento são apresentados de forma didática para que possamos aprender a manusear a insulina. Nós, cardiologistas, não temos formação suficiente para dominar a técnica da insulinoterapia. Os ambulatórios de diabetes estão superlotados. Mas o paciente precisa ser tratado corretamente. Não podemos ficar contemplando o paciente sob uso de hipo-glicemiantes orais sucumbir gradativamente sob níveis de glicemia elevados. Espero que a leitura dos cinco temas escolhidos seja profícua e esclareça alguns aspectos de diagnóstico e tratamento do diabetes melito. Sergio Ferreira de Oliveira Editor Convidado
  • 9. STEFANINI E e cols. Diagnóstico de isquemia miocárdica silenciosa no diabético 82 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 DIAGNÓSTICO DE ISQUEMIA MIOCÁRDICA SILENCIOSA NO DIABÉTICO EDSON STEFANINI EMÍLIO MONTUORI NETO SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA Disciplina de Cardiologia — Departamento de Medicina — EPM-UNIFESP Endereço para correspondência: Rua Pintassilgo, 155 — ap. 61 — CEP 04514-030 — São Paulo — SP A identificação de aterosclerose subclínica no paciente diabético assintomático é fundamental e contribui para a estratificação de risco de desenvolver doença arterial coronariana. As medidas da espessura médio-intimal da carótida, do índice tornozelo-braquial e do escore de cálcio por meio da tomografia de artérias coronárias têm sido pouco empregadas na prática clínica e poderiam dar importantes informações, ajudando a selecionar os pacientes diabéticos de maior risco candidatos à investigação de isquemia miocárdica. A eletrocardiografia de esforço, a estresse-ecocardiografia com fármacos e a cintilografia miocárdica com MIBI têm sido utilizadas para o diagnóstico de isquemia miocárdica. Sintoma de dispnéia, idade superior a 65 anos, insuficiência vascular periférica e presença de onda Q à eletrocardiografia estão mais freqüentemente relacionados à presença de doença arterial coronariana. Palavras-chave: doença arterial coronariana, diabetes melito, isquemia silenciosa. (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:82-8) RSCESP (72594)-1645 DIABETES E DOENÇA CARDIOVASCULAR Está bem estabelecida a forte associação entre diabetes e doença cardiovascular. A doença arte-rial coronariana, particularmente, tem sido consi-derada a principal causa de morte entre adultos diabéticos (65% a 80%).1, 2 O diabetes é considerado importante fator de risco para o desenvolvimento de doença ateros-clerótica vascular, incluindo coronariopatia, do-ença cerebrovascular e doença vascular periféri-ca. 3 O paciente diabético tem risco duas a quatro vezes maior de desenvolver eventos cardiovascu-lares que os não-diabéticos.4 O diabetes melito do tipo II está associado à chamada síndrome metabólica, que, além de re-sistência à insulina com hiperglicemia, inclui obe-sidade centrípeta, hipertensão arterial, dislipide-mia, hiperuricemia, estado de hipercoagulabilida-de, hiper-homocisteinemia e outros distúrbios me-tabólicos, que levam à disfunção endotelial e à pro-gressão da aterosclerose. Alguns fatores prognós-ticos no diabético têm sido apontados como pre-ditores de coronariopatia, como a microalbumi-núria e a disautonomia.5 A doença aterosclerótica no diabético apresen-ta- se de forma mais difusa e mais agressiva, agra-vando o prognóstico dos eventos isquêmicos nes-ses pacientes. O infarto agudo do miocárdio no diabético freqüentemente é mais extenso, ocasio-nando taxas de sobrevida em médio prazo mais
  • 10. STEFANINI E e cols. Diagnóstico de isquemia miocárdica silenciosa no diabético 83 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 baixas que em não-diabéticos.6, 7 ISQUEMIA SILENCIOSA A dor torácica é o sintoma mais importante para o diagnóstico de isquemia miocárdica; no entan-to, vários estudos têm demonstrado que indivídu-os portadores de doença aterosclerótica coronari-ana extensa podem não apresentar angina8. A im-portância prognóstica e a necessidade de tratamen-to da isquemia assintomática têm sido objeto de muito debate na literatura há muitos anos.9, 10 Os achados clínicos em pacientes com doença arterial coronariana e diabetes são controversos em relação à presença de isquemia silenciosa. Ques-tiona- se se sua ocorrência resulta da idade e não do diabetes. O estudo de Framingham11 observou a presença de infarto agudo do miocárdio sem dor em 25% dos casos pela presença de onda Q no eletrocardiograma. Esses infartos foram mais fre-qüentes em hipertensos e diabéticos, tendo 39% ocorrido em homens e 17% em mulheres. Estudos clínicos utilizando eletrocardiografia de esforço, eletrocardiografia de 24 horas Holter12 e cintilografia miocárdica com Tl-20113 demons-traram maior presença de isquemia silenciosa no grupo de diabéticos. Nesse grupo, a concomitân-cia de neuropatia periférica e doença autonômica cardíaca foi de 34,2%. O infarto silencioso ocor-reu em 20% e 4% dos pacientes com e sem com-prometimento autonômico, respectivamente. O in-fradesnivelamento do segmento ST na eletrocar-diografia ocorreu mais cedo nos diabéticos, po-rém o limiar de percepção dolorosa atrasou 86 se-gundos14. Foi estudada a variabilidade da freqüência car-díaca por meio do Holter em pacientes que apre-sentaram isquemia miocárdica durante a eletro-cardiografia de esforço15: 42% eram diabéticos e somente estes apresentaram disfunção autonômi-ca e menor variabilidade da freqüência cardíaca. Outro estudo16 verificou a presença de isquemia silenciosa na eletrocardiografia de esforço em 50% dos pacientes diabéticos sem disfunção autonô-mica e em 10% dos não-diabéticos, sugerindo que a isquemia silenciosa é mais freqüente em diabé-ticos e não depende da disfunção autonômica. AVALIAÇÃO NÃO-INVASIVA DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA EM DIABÉTICOS ASSINTOMÁTICOS A epidemia de diabetes melito do tipo 2 e a alta prevalência de doença arterial coronariana em dia-béticos aumentam a responsabilidade dos médicos em diagnosticá-las precocemente em pacientes as-sintomáticos. Há dois aspectos fundamentais: 1. de-tectar a presença de aterosclerose subclínica por meio de métodos não-invasivos e estabelecer o prognósti-co a longo prazo; e 2. detectar a presença de isque-mia miocárdica silenciosa relacionada ao prognósti-co a curto prazo, ou seja, risco de ter infarto agudo do miocárdio em dois anos. AVALIAÇÃO DE ATEROSCLEROSE SUBCLÍNICA Ultra-sonografia de carótidas: medida do espessamento médio-intimal (IMT) O estudo “Atherosclerosis Risk in Communi-ties” (ARIC)17 verificou para espessamento mé-dio- intimal > 1 HR 1,85 (ajustado 1,2) em homens e 5,07 (ajustado 2,62) em mulheres. O risco foi considerado moderado para acidente vascular ce-rebral e doença arterial coronariana. O “Cardiovascular Health Study”18 encontrou risco relativo de 3,87 quando comparou o quintil superior com o inferior de medidas do espessa-mento médio-intimal. O “Insulin Resistance and Atherosclerosis Stu-dy” (IRAS)19 observou maiores índices de espes-samento médio-intimal em diabéticos com doen-ça arterial coronariana e menores índices em não-diabéticos sem doença arterial coronariana. É um método simples, de baixo custo e de boa reprodutibilidade. Índice tornozelo-braquial (ITB) O índice tornozelo-braquial < 0,90 sugere pre-sença de doença arterial periférica e indica este-nose > 50%. É muito útil na prevenção de doen-ças cardiovasculares, principalmente de amputa-ção de membro inferior. É limitado na presença de esclerose de Mönckeberg. No estudo “Rancho Bernardo”20, realizado em homens com 66 anos de idade em seguimento de 10 anos, a mortalidade na presença de doença ar-terial periférica subclínica em diabéticos e não-diabéticos foi de 33,8% e 15,4%, respectivamen-te, ou seja, seis vezes maior. Na ausência de doen-ça arterial periférica, a mortalidade foi menor: 5,6% em diabéticos e 2,9% em não-diabéticos. Tomografia das artérias coronárias e escore de cálcio A nova técnica com 64 cortes apresenta exce-lente acurácia para identificar lesões proximais; as medidas de placa e de áreas de lúmen correla-cionam- se bem com ultra-som intracoronariano. Esse método é limitado para quantificação do grau de estenose na presença de cálcio ou em artérias com calibre < 2 mm, e a qualidade da imagem é melhor com freqüência cardíaca < 65 bpm21. Na Tabela 1 estão apresentados os resultados do
  • 11. STEFANINI E e cols. Diagnóstico de isquemia miocárdica silenciosa no diabético 84 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Tabela 1 – Resultados do “St. Francis Heart Study”22 Escore n Eventos RR(risco relativo) 0 1.504 0,54% 1 1-99 1.973 1% 1,9 100-399 686 5,5% 10,2 > 400 450 14% 26,2 “St. Francis Heart Study”, realizado em 4.903 paci-entes para determinar a acurácia prognóstica da to-mografia computadorizada de feixe de elétrons (EBCT, “electron-beam computerized tomography”) e a relação do escore de cálcio com fatores de risco tradicionais e eventos cardiovasculares.22 Concluiu-se que o escore de cálcio prediz even-tos cardiovasculares com maior acurácia, incluin-do infarto agudo do miocárdio não-fatal e morte coronariana, independentemente dos fatores de ris-co tradicionais. Avaliação da presença de isquemia miocárdica Eletrocardiografia de esforço Estudo de Callaham – “Veterans Administra-tion Hospitals”23 demonstrou que alterações do segmento ST em diabéticos com ou sem dor re-presentam aumento do risco de doença arterial co-ronariana. O “Coronary Artery Surgery Study” (CASS)24 relacionou a presença de isquemia silenciosa em diabéticos a pior prognóstico. A eletrocardiografia de esforço continua sen-do um teste confiável e de baixo custo para esta-belecer o diagnóstico e o prognóstico da doença arterial coronariana em diabéticos. Apresenta sen-sibilidade diagnóstica de 50% e especificidade de 83% para eventos cardiovasculares (morte cardía-ca, infarto agudo do miocárdio ou angina) em 41 meses de seguimento25. Estresse-ecocardiografia (exercício ou estresse farmacológico com dobutamina ou adenosina) A sensibilidade e a especificidade desse método são superiores às da eletrocardiografia de esforço. Estudo envolvendo 89 pacientes diabéticos e 147 não-diabéticos durante 25 meses demonstrou eventos cardiovasculares de 19% vs. 9,7%, infar-to agudo do miocárdio ou morte súbita de 12,4% vs. 5,6%, e eventos/ano de 6% vs. 2,7%.26 Cintilografia miocárdica com MIBI ou Tl-201 de esforço ou após infusão de droga (adenosina, dipiridamol e dobutamina) O estudo da perfusão miocárdica (SPECT, “sin-gle- photon emission computed tomography”) com MIBI normal equivale ao risco anual de eventos cardiovasculares < 1% em não-diabéticos, mas em diabéticos o risco é maior, porque as placas com estenose < 50%, que não alteram a perfusão mio-cárdica durante o esforço, possuem intensa ativi-dade inflamatória instável e podem se romper mais freqüentemente. O “Milan Study on Atherosclerosis and Dia-betes” (MiSAD)27 analisou 925 diabéticos e cor-relacionou a eletrocardiografia de repouso com a perfusão miocárdica Tl-201. A eletrocardiografia anormal correspondeu a 25% de perfusão miocár-dica anormal e a eletrocardiografia normal relaci-onou- se a 6% de perfusão anormal. Deve-se, por-tanto, valorizar a eletrocardiografia de repouso anormal. A “American Diabetes Association” (ADA)28 recomenda a realização de testes de detecção de isquemia miocárdica em diabéticos com eletrocar-diografia de repouso anormal, insuficiência vas-cular periférica, sintomas de angina, dispnéia e fadiga, e com dois ou mais fatores de risco. O “American College of Cardiology/American Heart Association” (ACC/AHA)29 recomenda ava-liação não-invasiva para diabéticos que queiram iniciar exercícios e que sejam portadores de doen-ça arterial coronariana conhecida ou suspeita, di-abetes melito do tipo 1 há mais de 15 anos, diabetes melito do tipo 2 há mais de 10 anos ou idade > 35 anos, com presença de fatores de risco adicionais e evidência de doença microvascular ou de doença ar-terial periférica ou neuropatia autonômica. O estudo “Detection of Ischemia in Asympto-matic Diabetics” (DIAD)30, utilizando perfusão mi-ocárdica com MIBI, encontrou isquemia silencio-sa em 22% dos diabéticos. Se fossem adotados os critérios da “American Diabetes Association”, 41% dos diabéticos com isquemia silenciosa não seri-am identificados. No estudo da Mayo Clinic31, realizado em 1.427 diabéticos assintomáticos, a perfusão mio-cárdica SPECT com MIBI foi anormal em 58% dos pacientes. Destes, 18% foram considerados de alto risco (área de isquemia extensa ou fibrose as-sociada). As diferenças entre os estudos DIAD e da Mayo Clinic decorreram dos critérios adotados na seleção de pacientes. No estudo da Mayo Clinic,
  • 12. STEFANINI E e cols. Diagnóstico de isquemia miocárdica silenciosa no diabético 85 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Fig. 1. Resultados do estudo do Cedars Hospital32. houve maior número de homens, maior duração do diabetes, pior controle glicêmico, e maior pre-valência de onda Q à eletrocardiografia, de doen-ça arterial periférica, de hipertensão arterial e de dislipidemia. O estudo do Cedars Hospital32 detectou isque-mia em 42% dos diabéticos tanto anginosos como assintomáticos e em 51% dos pacientes com disp-néia, demonstrando a importância desse sintoma como equivalente isquêmico (Fig. 1). Tem sido observada dissociação entre os pa-drões de perfusão miocárdica e de anatomia à ci-necoronariografia. A presença de isquemia pode ocorrer na ausência de lesões obstrutivas signifi-cativas. Esses achados podem refletir presença de doença microvascular ou diminuição da reserva coronariana encontrada em diabéticos33, 34 e não são considerados resultados falsos positivos. CONCLUSÃO Assim, ao se avaliar pacientes diabéticos, fa-tores como sexo, idade superior a 65 anos, pre-sença de insuficiência vascular periférica, ele-trocardiografia de repouso anormal, insulinote-rapia, dispnéia e fatores de disfunção autonô-mica devem ser considerados indicadores de ris-co para presença de doença arterial coronaria-na. Os diabéticos com menos de dois fatores de risco apresentaram doença arterial coronariana em 41% vs. 22% com mais de dois fatores de risco (DIAD). A presença de isquemia em 42% dos pacientes diabéticos foi semelhante em an-ginosos e em assintomáticos. Essas evidências recomendam a ampliação dos critérios da “American Diabetes Association” para diagnóstico de isquemia em diabéticos.
  • 13. STEFANINI E e cols. Diagnóstico de isquemia miocárdica silenciosa no diabético 86 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 DIAGNOSIS OF SILENT MYOCARDIAL ISCHEMIA IN DIABETIC PATIENTS EDSON STEFANINI EMÍLIO MONTUORI NETO SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA The subclinical atherosclerosis diagnosis in asymptomatic diabetic patients is very important and contributes to the coronary artery disease risk establishment. Intimal-media thickness measure, brakial-ankle index, and calcium score measured by electron beam computerized tomography (EBCT) have been underused in clinical practice, but they could give very important contribution in order to detect high risk diabetic patients with myocardial ischemia. Stress-test, stress-echocardiogram, and sestaMIBI-myocardial perfusion have been used to detect myocardial ischemia. Dyspnea, age over 65 years, peripheral artery disease and Q wave electrocardiogram have been frequently related to the presence of coronary artery disease. Key words: coronary artery disease, diabetes mellitus, silent ischemia. (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:82-8) RSCESP (72594)-1645 REFERÊNCIAS 1. Grundy SM, Benjamin IJ, Burke GL, Chait A, Eckel RH, Howard BV, et al. Diabetes and cardiovascular disease: a statement for healthcare professionals from the American Heart Association. Circulation. 1999;100: 1134-46. 2. O’Keefe JM, Miller JM. Improving the adverse cardiovascular prognosis of type-2 diabetes. Mayo Clin Proc. 1999;74:171-80. 3. Laakso M, Lehto S. Epidemiology of macrovascular disease in diabetes. Diabetes Reviews. 1997;5:294-315. 4. Stamler J, Vaccaro O, Neaton JD, Wentworth D. Diabetes, other risk factor and 12-yr cardiovascular mortality for men screened in the Multiple Risk Factor Intervention Trial. Diabetes Care. 1993;16:434-4. 5. Valensi P, Sachs R-N, Harfouche B, Lormeau B, Paries J, Cosson E, et al. Predictive value of cardiac autonomic neuropathy in diabetic patients with or without silent myocardial ischemia. Diabetes Care. 2001;24:339-43. 6. Weitzman S, Wagner GS, Heiss G, Haney TL, Slome C. Myocardial infarction site and mortality in diabetes. Diabetes Care. 1982;5:31-5. 7. Orlander PR, Goff DC, Morrissey M, Ramsey DJ, Wear ML, Labarthe DR, et al. The relation of diabetes to the severity of acute myocardial infarction and post-myocardial infarction survival in Mexican-Americans and non- Hispanic whites: the Corpus-Christi Heart Project. Diabetes. 1994;43:897-902. 8. Deanfield JE, Shea M, Ribiero P, de Landsheere CM, Wilson RA, Horlock P, et al. Transient ST-segment depression as a marker of myocardial ischemia during daily life. Am J Cardiol. 1984 Dec 1;54(10):1195-200. 9. Stern S, Tzivni D. Early detection of silent ischaemic heart disease by 24-hour electrocardiographic monitoring of active subjects. Br Heart J. 1974;36:481-6. 10. Cohn P. Silent myocardial ischemia. Ann Intern Med. 1988;109:312-7. 11. Kannel WB. Silent myocardial ischemia and infarction: insights from the Framingham
  • 14. STEFANINI E e cols. Diagnóstico de isquemia miocárdica silenciosa no diabético 87 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Study. Clin Cardiol. 1986;4:5583-91. 12. Chiariello M, Indolfi C, Cottechia MR, Sifola C, Romano M, Condorelli M. Asymptomatic transient ST changes during ambulatory ECG monitoring in diabetic patients. Am Heart J. 1985;110:529-34. 13. Nesto RW, Phillips RT, Kett KG, Hill T, Perper E, Young E, et al. Angina and exertional myocardial ischemia in diabetic and nondiabetic patients: assessment by exercise thallium scintigraphy. Ann Intern Med. 1988;108:170-5. 14. Niakan E, Harati Y, Rolak LA, Comstock JP, Rokey R. Silent myocardial infarction and diabetic cardiovascular autonomic neuropathy. Arch Intern Med. 1986;146:2229-30. 15. Marchant B, Umachandran V, Stevenson R, Kopelman PG, Timmis AD. Silent myocardial ischemia: role of subclinical neuropathy in patients with and without diabetes. J Am Coll Cardiol. 1993;22:1433-7. 16. Ahluwalia G, Jain P, Chugh SK, Wasir HS, Kaul U. Silent myocardial ischemia in diabetics with normal autonomic function. Int J Cardiol. 1995;48:147-53. 17. Burke GL, Evans GW, Riley WA, Sharrett AR, Howard G, Barnes RW, et al. Arterial wall thickness is associated with prevalent cardiovascular disease in middle-aged adults: the Atherosclerosis Risk in Communities (ARIC ) study. Stroke. 1995;26:386-91. 18. O’Leary DH, Polak JF, Kronmal RA, Manolio TA, Burke GL, Wolfson SK Jr. Carotid-artery intima and media thickness as a risk factor for myocardial infarction and stroke in older adults. Cardiovascular Health Study Collaborative Research Group. N Engl J Med. 1999;340:14-22. 19. Haffner SM, Agostino RD, Saad MF, O’Leary DH, Savage PJ, Rewers M, et al. Carotid artery atherosclerosis in type-2 diabetic and non-diabetic subjects with and without symptomatic coronary artery disease. The Insulin Resistance and Atherosclerosis Study. Am J Cardiol. 2000;85:1395-400. 20. Criqui MH, Langer RD, Fronek A, Feigelson HS, Klauber MR, McCann TJ, et al. Mortality over a period of ten years in patients with peripheral arterial disease. N Engl J Med. 1992;326:381-6. 21. Leber AW, Knez A, von Ziegler F, Becker A, Nikolaou K, Paul S, et al. Quantification of obstructive and nonobstructive coronary lesions by 64-slice computed tomography. A comparative study with quantitative coronary angiography and intravascular ultrasound. J Am Coll Cardiol. 2005;46:147-54. 22. Arad Y, Goodman KJ, Roth M, Newstein D, Guerci AD. Coronary calcification, coronary disease risk factors, C-reactive protein, and atherosclerotic cardiovascular disease events. The St. Francis Heart Study. J Am Coll Cardiol. 2005;46:158-65. 23. Callaham PR, Froelicher VF, Klein J, Risch M, Dubach P, Friis R. Exercise-induced silent ischemia: age, diabetes mellitus, previous myocardial infarction and prognosis. J Am Coll Cardiol. 1989;14:1175-80. 24. Weiner DA, Ryan TJ, Parsons L, Fisher LD, Chaitman BR, Sheffield LT, et al. Significance of silent myocardial ischemia during exercise testing in patients with diabetes mellitus: a report from the Coronary Artery Surgery Study (CASS) Registry. Am J Cardiol. 1991;68:729- 34. 25. Rubbler S, Gerber D, Reitano J, Chokshi V, Fisher VJ. Predictive value of clinical and exercise variables for detection of coronary artery disease in men with diabetes mellitus. Am J Cardiol. 1987;59:1310-3. 26. Kamalesh M, Matorin R, Sawada S. Prognostic value of a negative stress echocardiographic study in diabetic patients. Am Heart J. 2002;143:163-8. 27. Milan Study on Atherosclerosis and Diabetes (MiSAD) Group. Prevalence of unrecognized silent myocardial ischemia and its association with atherosclerotic risk factors in non-insulin dependent diabetes mellitus. Am J Cardiol. 1997;79:134-9. 28. American Diabetes Association Consensus Development Conference on the diagnosis of coronary heart disease in people with diabetes. Diabetes Care. 1998;21:1551-9. 29. Gibbons RJ, Balady GJ, Beasley JW, Faafp JW, Bricker JT, Duvernoy WFC, et al. ACC/ AHA guidelines for exercise testing: executive summary. A report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines (Committee on Exercise Testing). Circulation. 1997;96:345- 54. 30. Wackers FJ, Young LH, Inzucchi SE, Chiun DA, Davey JA, Barrett EJ, et al., for the Detection of Ischemia in Asymptomatic Diabetics (DIAD) Investigators. Detection of silent myocardial ischemia in asymptomatic diabetic subjects: the DIAD study. Diabetes Care. 2004;27:1954-61. 31. Rajagopalan N, Miller TD, Hodge DO, Frye RL, Gibbons RJ. Identifying high-risk asymptomatic diabetic patients who are candidates for screening stress single-photon emission computed tomography imaging. J Am
  • 15. STEFANINI E e cols. Diagnóstico de isquemia miocárdica silenciosa no diabético 88 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Coll Cardiol. 2005;45:43-9. 32. Zellweger MJ, Hachamovitch R, Kang X, Hayes SW, Friedman JD, Germano G, et al. Prognostic relevance of symptoms versus objective evidence of coronary artery disease in diabetic patients. Eur Heart J. 2004;25:543- 50. 33. Nahser Jr PJ, Brown RE, Oskarsson H. Maximal coronary flow reserve and coronary vasodilation in patients with diabetes mellitus. Circulation. 1995;91:635-40. 34. Yokoyama I, Momomura S, Ohtake T, Yonekura K, Nishikawa J, Sasaki Y, et al. Reduced myocardial flow reserve in non-insulin- dependent diabetes mellitus. J Am Coll Cardiol. 1997;30:1472-7.
  • 16. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 89 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 POSTPRANDIAL GLYCEMIA AND CARDIOVASCULAR DISEASE IN DIABETES MELLITUS BERNARDO LÉO WAJCHENBERG Serviço de Endocrinologia e Centro de Diabetes e Coração – Instituto do Coração (InCor) – HC-FMUSP Endereço para correspondência: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 44 — Cerqueira César — CEP 05403-904 — São Paulo — SP The postprandial state is a factor for the development of atherosclerosis. The association of postprandial hyperglycemia and dyslipidemia with atherosclerosis (indicated by an early intima-media thickness of the carotid) supports the concept that macrovascular complications are a postprandial phenomenon. Epidemiological and interventional evidences are highly suggestive of the association of postprandial hyperglycemia and atherosclerosis. The postprandial glycemia can be considered a marker of cardiovascular risk. Key words: diabetes mellitus, impaired fasting glucose, glucose intolerance, cardiovascular disease, postprandial glycemia. (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:89-101) RSCESP (72594)-1646 INTRODUCTION Until recently, the exact contributions of fasting and post prandial glucose (PPG) to the overall glycemic control of patients with type 2 diabetes (DM2) remained largely undetermined1. Because this issue has not been clearly resolved, both hemoglobin A1c (HbA1c) and fasting plasma glucose (FPG) have been considered valid markers for overall glucose exposure and thus were routinely used to evaluate glucose control of diabetes2. Recent studies, however, have suggested that a third component of the glucose triad – the PPG excursions – might have a role in the overall glycemic load and might also reflect glycemic control3, 4. Furthermore, it was found that HbA1c is a function of both FPG and PPG5. Many of the diabetics develop diabetes-specific microvascular pathology in the retina, renal glomerulus and peripheral nerves and accelerated atherosclerotic macrovascular disease affecting arteries that supply the heart, brain and lower extremities. Indeed, DM2 have a considerable enhanced risk of cardiovascular disease; the risk is two to fourfold for men and women, respectively, compared to non-diabetic persons6. This excess risk is not fully explained. Less than half of this excess risk can be attributed to the higher prevalence of classic risk factors as for example dylipidemia (high triglycerides, low HDL-cholesterol) and hypertension7. Similarly, cardiovascular disease has now overtaken diabetic nephropathy as the leading cause of premature mortality in young adults with childhood-onset type 1 diabetes. Carotid intima-media thickness was also increased in these patients and resembled that observed in non-diabetic individuals who were 20-30 years older8. Since the increased cardiovascular risk in diabetic patients is not explained by the classic risk factors it is thought to be related to hyperglycemia9, particularly in children and
  • 17. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 90 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Figure 1. Meta-regression curves and 95% CIs (confidence intervals) of fasting and 2h glucose values (compared with the reference fasting glucose of 72 mg/dl) vs RR (relative risk) of CV events. (Modified from Coutinho et al.14) adolescents with diabetes in whom the majority have suboptimal blood glucose control. This is one of the main reasons, besides prevention, delay, or arrest of microangiopathic complications, why the correction of hyperglycemia is the primary aim in diabetes care, a poor control of hyperglycemia appearing to play a significant role in the development of cardiovascular disease (CVD) in diabetes10. In patients with well controlled diabetes (HbA1c < 7%, or within 1% of normal) or glucose intolerance (normal FPG and a 2-hour plasma glucose of 140 to 200 mg/dl, after 75 g oral glucose), postprandial hyperglycemia has a greater effect on HbA1c than FPG as shown by Monnier and Colette11 who observed, by using the diurnal glycemic profile, that PPG is the predominant contributor in patients with satisfactory to good control of diabetes, whereas the contribution of FPG increases with worsening diabetes. Therefore, in patients with elevated HbA1c, the PPG may play a disproportionate lesser role in the genesis of both microvascular and macrovascular complications of diabetes12. Several epidemiological studies in the past 20 years have shown an association between the 2- hour plasma glucose, post 75 g oral glucose load, and the occurrence of CVD in the general population13. A meta-analysis of published data from 20 studies of 95,783 individuals who had 3,707 cardiovascular events over 12.4 years confirmed the association between 2-hour glucose levels after an oral glucose load and incident cardiovascular events14. In Figure 1, it is indicated the exponential regression model which provided the best fit for the data, compared with the reference fasting glucose of 75 mg/dl (RR = 1.0): a fasting glucose of 110 mg/dl, the threshold value for the classification of impaired fasting (at the time the study was performed), was associated with a relative risk (RR) of cardiovascular events of 1.33 (95% CI 1.06-1.67); a 2-hour glucose of 140 mg/dl, the threshold value for impaired glucose tolerance, was associated with a RR of cardiovascular events of 1.58 (95% CI 1.19-2.10). After removal of any glucose values in the diabetic range, the exponential relationship was maintained, there was a suggestive trend (p = 0.056) between fasting glucose and cardiovascular events, as there was a significant relationship between 2-hour glucose (p = 0.00064) and cardiovascular events. This and other studies provide support for the hypothesis that non diabetic degrees of fasting and postprandial hyperglycemia are associated with CVD and that dysglycemia (ie, any persistent elevation in glycemia) is a cardiovascular risk factor. Glucose is a continuous risk factor for CVD, in both diabetic and nondiabetic people, the risk extending below impaired fasting and impaired glucose tolerance cutoffs. Therefore, dysglycemia should be added to the list of established continuous cardiovascular risk factors, such as blood pressure, and LDL-cholesterol. Postprandial plasma glucose appears to be the earliest dysglycemic marker for CVD risk15. In the similar way, the relationship between HbA1c, CVD and total mortality were evaluated in The Norfolk cohort of the European Prospective Investigation into cancer and nutrition (EPIC-Norfolk), being followed 4,662 men and 5,570
  • 18. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 91 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 women who were 45 to 79 years and residents of Norfolk, United Kingdom. HbA1c and CVD risk factors were assessed from 1995 to 1997 and CVD events and mortality assessed during the follow-up period to 2003. In men and women, the relationship between HbA1c and CVD (806 events) and between HbA1c and all-cause mortality (521 deaths) was continuous and significant throughout the whole distribution. The relationship was apparent in persons without known diabetes. Persons with HbA1c less than 5% had the lowest rates of CVD and mortality. An increase in HbA1c of 1% was associated with a RR of death from any cause of 1.24 (95% CI 1.14 to 1.34; p < 0.001) in men and with a RR of 1.28 (95% CI 1.06 to 1.32; p < 0.001) in women. These RRs were independent of age, body mass index, waist-to-hip ratio, systolic blood pressure, serum cholesterol, cigarette smoking and history of CVD. Fifteen percent (68 of 521) of the death in the sample occurred in diabetics but 72% (375 of 521) occurred in persons with HbA1c between 5% and 6.9%. However, whether HbA1c concentrations and CVD are causally related cannot be concluded from an observational study16. Of interest are the patients with isolated postprandial hyperglycemia, in whom about a twofold risk of CVD was found17. Two important questions arise from these observations as put forward by Heine and Dekker13: Is postprandial hyperglycemia an independent risk factor (i.e, causally related) to CVD, to which the enhanced risk can fully be attributed? If so, do we need to consider the enhanced meal-related glucose excursions as a treatment target in patients with DM2? Alternatively, post prandial hyperglycemia might just be a marker for the increased risk of CVD. In that case other factors need to be identified which can explain the epidemiological observations. From the presently available data, since the review from Heine and Dekker was published in 200213, epidemiological and observational studies, it can be stated that despite postprandial hyperglycemia being an independent risk factor for CVD other metabolic risk factors frequently associated with the postprandial state, such as high concentrations of triglyceride-rich lipoproteins, are also present13. MECHANISMS OF POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIA The loss of the acute (0-10 minutes) insulin secretion, after an intravenous glucose injection, which correlates with the first-phase insulin response during the hyperglycemic clamp, characterizes the postprandial hyperglycemia as well the impaired fasting glucose (IFG) while subjects with elevated PPG also have impaired late-phase insulin secretion, after 20 minutes of that clamp. Furthermore, subjects with post-prandial hyperglycemia have marked peripheral insulin resistance with only mild hepatic insulin resistance. On the other hand, in IFG there is severe hepatic insulin resistance and normal or near-normal clamp-determined peripheral insulin sensitivity18, 19. Despite late hyperinsulinemia, at 30 minutes after an oral glucose challenge, the impaired glucose tolerance results primarily from reduced suppression of hepatic glucose output due to abnormal pancreatic islet-cell function (smaller increases in plasma insulin and smaller reductions in plasma glucose in comparison with normal subjects, both p < 0.01)20. DELETERIOUS EFFECTS OF THE POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIC EXCURSIONS Most cardiovascular risk factors are affected directly by an acute increase of glycemia such as21: – Increase in LDL oxidation. – Endothelial dysfunction (vasoconstriction and decreased vasodilating response to stimuli) probably linked with a reduced production/ bioavailability of nitric oxide (NO), since hyperglycemia-induced endothelial dysfunction is counterbalanced by arginine. – Increased production of collagen from the mesangial cell. – Activation of blood coagulation that is likely to cause thrombosis. – Increase in blood pressure. – Increase in the circulating levels of intracellular adhesion molecule 1 (ICAM-1), thus activating one of the first stages of the atherogenic process. – Increase in inflammation: increased production of plasma interleukin-6, interleukin-18 and tumor necrosis factor- (TNF-), considering that the concept of atherosclerosis as an inflammatory disease even in diabetes is now well established. – Increase in oxidative stress: hyperglycemia induces an overproduction of superoxide by the mitochondrial electron-transport chain. Superoxide overproduction is accompanied by increased NO generation, due to endothelial NO synthase (eNOS) and inducible NO synthase (iNOS) uncoupled state, favoring the formation of the strong oxidant peroxynitrite, which in turn damages DNA. DNA damage
  • 19. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 92 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 will result in acute endothelial dysfunction that, convincingly, contributes to the development of CVD. Several indirect (use of antioxidants) and direct (estimate of the effects of acute hyperglycemia on oxidative stress markers, such as nitrotyrosine overgeneration,which is an independent predictor of CVD) evidences support the concept that acute hyperglycemia works through the production of an oxidative and nitrosative stress. The presence of oxidative stress also activates pathways regulated by the transcription factor nuclear factor-kappa (NF- ), which is known to have a central role in the pathogenesis of late diabetic complications. Other known effects of postprandial hyperglycemia peaks are the reduction in retinal perfusion and increase in the glomerular filtration rate. POSTPRANDIAL TRIGLYCERIDE CONCENTRATIONS AS PREDICTORS OF CVD Plasma triglyceride (TG) levels are generally increased for 3-6 hours after a meal and once postprandial hypertriglyceridemia occurs it is exacerbated by the next meal and persists for the entire day. In effect, postprandial hyper-triglyceridemia is a frequent feature in DM2, even in patients with apparently normal fasting TG values of less than 2.2 mmol/l ( 195 mg/dl). After breakfast the TG concentrations gradually rise to peak concentrations between dinner and bedtime. The long duration of the so-called post-prandial state can probably be explained by the insulin resistant state (Fig. 2). Postprandial hyper-triglyceridemia and the associated atherogenic alterations of the lipoproteins are considered to be part of the insulin resistant state22 also found in the postprandial hyperglycemic state, as indicated before. In an observational study of 145 DM2 patients and 30 nondiabetic subjects of the same geographical area (near Naples, Italy), 61% of DM2 had TG values higher than 200 mg/dl (a value found to be linked to a greater intima-media thickness of the carotid artery in DM2, as observed by Teno et al.22) 3 hours after lunch and 49% before dinner; 23% of the diabetics had normal fasting values( 150 mg/dl). In the control group the percentage of subjects with a TG value above 200 mg/dl, 3 hours after lunch and before dinner was 17%23. There is the question of whether postprandial hypertriglyceridemia, which rises concomitantly with postprandial hyperglycemia is a true CVD risk factor13. However, evidence suggests that postprandial hypertriglyceridemia and hyper-glycemia independently induce endothelial dysfunction through oxidative stress24. The known inverse association between HDL-cholesterol and TG makes it very difficult to determine whether TG are an independent risk factor for atherosclerotic vascular disease. A meta-analysis including data of 46,413 men and 10,864 women Figure 2. Home measured postprandial TG levels in normotriglyceridemic ‘free-living’ persons with type 2 diabetes. (Modified from Heine Dekker13.)
  • 20. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 93 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 from 17 published reports of population-based prospective studies, showed that the TG concentration is an independent risk factor for CVD, also when adjusted for HDL-cholesterol25. A 1 mmol/l (88 mg/dl) increase was associated with a relative risk of 1.3 for men and 1.8 for women. Another study, applying a nested case-control design on the data from 14,916 men aged 40 to 84 years in the Physicians Health Study, showed that non-fasting TG levels were a strong and independent predictor of future risk of myocardial infarction. In contrast, LDL particle diameter was associated with risk of myocardial infarction but not after adjustment for TG level. The known interrelations between HDL-cholesterol, TG and LDL size could be shown, reflecting the underlying metabolic disturbance, i.e., insulin resistance or metabolic syndrome. The authors concluded that TG concentrations are an important indicator of risk and can therefore be used as such26. Several clinical studies in non-diabetic have also suggested that high postprandial TG-rich lipoproteins are related to coronary heart and/or carotid artery disease. Moreover, an association could be shown between postprandial chylomicron remnants and the progression of angiographically determined coronary heart disease (ref. cit in 13). The associations between postprandial TG concentrations and the carotid intima-media thickness by ultrasonography (predictive of incident coronary artery heart disease) in diabetic and non-diabetic populations, support the concept that atherosclerosis is a postprandial phenomenon22. POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIA AND MACROVASCULAR (CARDIOVASCULAR) COMPLICATIONS Epidemiological evidences The oral glucose tolerance test (OGTT) has been mostly used in epidemiological studies to evaluate the risk of CVD. The advantage of the OGTT is its simplicity: a single plasma glucose measurement 2 hours after the glucose load to determine whether the glucose tolerance is normal, impaired or indicative of overt diabetes. The caveats of the OGTT are numerous because 75 g or 100 g glucose is almost never ingested during a meal and many events associated with ingesting glucose does not incorporate the numerous metabolic events associated with eating a mixed meal. However, it has been recently demonstrated that the OGTT may represent a valid tool to reveal carbohydrate metabolism during a standardized mixed meal27. From the epidemiological point of view, the Hoorn Study28, the Honolulu Study29,the Chicago Heart Study30 and the Diabetes Epidemiology: Collaborative analysis of Diagnostic Criteria in Europe study (DECODE)31 have shown that the glucose serum level 2 hours after an oral glucose challenge is a powerful predictor of cardiovascular risk (Fig. 3). A further analysis of the DECODE data focusing on CVD (268,811 person-years) showed that, after adjusting for possible confounders, and with FPG and 2-hour glucose in the same model, the RR of CVD was not significantly increased in subjects with a FPG 126 mg/dl than in those with a FPG 110 mg/dl (the cutoff for normal FPG levels at the time of publication) (RR 1.20; 95% CI 0.88-1.64; p = NS). On the contrary, the risk of CVD mortality in subjects with 2-hours OGTT plasma glucose 200 mg/dl was 1.40 (95% CI 1.02-1.92; p 0.005) compared with those with 2-hours OGTT 140 mg/dl. Therefore, FPG was not an independent predictor of CVD mortality when the multivariate analysis included both FPG and post-challenge plasma glucose. In this analysis, only the latter turned out to be an independent predictor of CVD mortality32. All these evidences were confirmed by Coutinho et al.’s14 meta-analysis, already presented, and by another one which involved more than 20,000 subjects, by pooling the data of the Whitehall Study, Paris Prospective Study, and Helsinki Policemen Study33. The possible role of postprandial hyperglycemia as independent risk factor has been supported by the Diabetes Intervention Study, which showed that postprandial glycemia, but not fasting glucose, predicts infarction in DM2 subjects34 in full agreement with studies on clinical CVD, echo-duplex scanning of the carotids documented the association of postprandial hyperglycemia with medio-intimal thickening (marker of atherosclerosis)35. POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIA AND MICROVASCULAR COMPLICATIONS Epidemiological evidences The uncontrolled glycemic peaks inducing overproductions of superoxide activates 4 major pathways of hyperglycemic damage to the tissues: polyol pathway, advanced glycation end products (AGE) formation, activation of protein kinase C isoforms and hexosamine pathway36. The activity of protein kinase C (isoform ) impairs contraction of smooth muscle cells or pericytes, increases production of basement membrane materials, and enhances cell proliferation and capillary permeability. Thus, activation of protein kinase C-
  • 21. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 94 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Figure 3. Relative risk for all-cause mortality in subjects not known as diabetic (Diabetes Epidemiology: Collaborative analysis of Diagnostic criteria in Europe – DECODE). (Adapted from The DECODE Study Group31.) by postprandial hyperglycemia could be responsible by microvascular complications that may be developing even in the early stages of diabetes37. According to Vinik, although macrovascular complications, such as myocardial infarction, stroke and gangrene, are only partially attributable to hyperglycemia and its attendant effect, the microvascular complications including retinopathy, nephropathy and neuropathy are directly related to the degree of hyperglycemia38. Data from the National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) III showed that patients who had 2-hour postprandial glucose levels of 194 mg/dl had a threefold increase in incidence of retinopathy, despite normal fasting glucose levels (fasting plasma glucose 110 mg/dl, at the time of the study). Studies of Pima Indian and Egyptian populations revealed a similar increase in the incidence of retinopathy in subjects with normal fasting glucose levels ( 110 mg/dl) but 2-hour postprandial glucose values of 200 mg/dl39. POSTPRANDIAL HYPERGLYCEMIA AND CVD Intervention studies The Study To Prevent Non-Insulin-Dependent Diabetes Mellitus (STOP-NIDDM) has shown that treatment of subjects with impaired glucose intolerance with the -glucosidase inhibitor acarbose, which specifically reduces postprandial hyperglycemia, was associated not only with a 36% reduction in the risk of progression to diabete40 but also with a 34% risk reduction in the development of new cases of hypertension and a 49% risk reduction in cardiovascular events41 (Figs. 4 and 5). In addition, in a subgroup of patients, acarbose treatment was associated with a significant decrease in the progression of carotid intima-media thickness, previously indicated as a surrogate for atherosclerosis42. The effects of two insulin secretagogues, repaglinide and glibenclamide (glyburide), known to have different efficacy on postprandial hyperglycemia were given to drug-naïve DM2 patients, in a randomized single-blind trial, after a titration period of 6 to 8 weeks, to evaluate carotid intima-media thickness and markers of systemic vascular inflammation43. Repaglinide is a rapid-onset/ short-duration insulinotropic agent whereas glybenclamide is a long-acting sulfonylurea. Repaglinide selectively increases meal-related early insulin secretion and may result in a better control of postprandial hyperglycemia than glibenclamide44. After 12 months, postprandial glucose peak was 148 + 28 mg/dl (mean + SD) in the repaglinide group and 180 + 32 mg/dl in the glibenclamide group (p 0.01). HbA1c showed similar decrease in both groups (-0.9%). Carotid intima-media thickness regression was observed in 52% of diabetic subjects receiving repaglinide and in 18% of those receiving glibenclamide (p 0.01) (Figs. 6 and 7). Interleukin-6 (p = 0.04) and C-reactive protein (p = 0.02) decreased more in
  • 22. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 95 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Figure 4. Effect of acarbose on the probability of remaining free of cardiovascular disease.41 * Hazard ratio (95% CI) could not be calculated because of zero event for acarbose group. Figure 5. Effect of acarbose on the development of cardiovascular disease.41 CI = confidence interval. the repaglinide group than in the glibenclamide group. The reduction in carotid intima-media thickness was associated with changes in postprandial but not fasting hyperglycemia, suggesting that treating postprandial hyperglycemia may positively affect the development of CVD43. A similar study was performed in 8 DM2 patients on two different occasions when they received an oral glucose load (50 g) preceded by either human regular insulin, reaching a peak of 259 + 22 mg/dl at 100 minutes, or rapid but short-acting insulin lispro, the peak being earlier (80 minutes) and lower (229 + 27mg/dl; p 0.01), both given in a dose of 0.075 U/kg lean body mass45. Basal plasma glucose, insulin and endogenous glucose production were similar in both occasions. After the ingestion of plasma glucose, the
  • 23. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 96 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Figura 6. Atherosclerosis regression in the carotid (CIMT reduction after 12 months) after postprandial glucose control in type 2 diabetic patients.43 CIMT = carotid intima-media thickness. Figure 7. Reduction in CIMT is associated with changes postprandial (PPG) but not with fasting (FPG) glucose.43 CIMT = carotid intima-media thickness. incremental glucose area under the curve was 46% lower with lispro in comparison with regular insulin (p 0.01) (Fig. 8). However, in spite of comparable incremental areas of plasma insulin under the curve, the time course of plasma insulin concentration was significantly different: after regular insulin, plasma insulin peaked at 120 minutes while with lispro, the peak occurred at 60 minutes with higher insulin levels. Plasma glucose kinetics indicated no difference in the two studies in the rate of appearance of ingested glucose and in the overall rate of glucose disposal. During the initial 90 minutes, however, the rate of endogenous glucose production was suppressed in a prompter and more profound manner when lispro was administered (p 0.05), while there was no difference in the late prandial phase (Fig. 9). The authors45 concluded that an early rise in plasma insulin levels after the ingestion of glucose load is associated with a significant improvement in glucose tolerance due to a prompter, though short-lived, suppression of endogenous glucose
  • 24. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 97 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Figure 8. AUC of plasma glucose (A) and insulin (B) after oral 50 g of glucose preceded by 0.075 U/kg LBM of regular insulin and lispro insulin.45 AUC = area under the curve; LBM = lean body mass. Figure 9. Time course of rate of appearance of oral glucose (A), rate of glucose disappearance (B) and rate of endogenous glucose production (C) after oral 50 g of glucose preceded by 0.075 U/kg LBM of regular ( ) and lispro ( 45 ) insulin.LBM = lean body mass.
  • 25. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 98 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 production. The amelioration in plasma glucose profile prevents late hyperglycemia and hyperinsulinemia. Therefore, restoration of a more physiologic profile of prandial plasma insulin profile represents a rational approach for treatment of postprandial hyperglycemia. CONCLUSIONS New antidiabetic drugs such as incretin mimetics and incretin enhancers target the suppression of postprandial hyperglycemia. In effect, glucagons-like peptide-1 (GLP-1) receptor agonists (mimetics) enhance insulin release when glucose concentrations are elevated, suppress postprandial glucagon secretion, in addition to slowing gastric emptying and promoting satiety46. The significant attenuation of post-meal hyperglycemia after the incretin mimetic (exenatide) injection was related to the reduction in the rate of oral glucose appearance in the systemic circulation and enhancement of the suppression of endogenous glucose production: half of the decrease in endogenous glucose production results from the inhibition of glucagon secretion and half from increased insulin secretion47. Finally, it was shown that the incretin mimetics enhanced postprandial beta-cell function in patients with DM2 treated with metformin or metformin and sulfonylurea.48, 49 Finally, the dipeptidyl peptidase-IV (DPP-IV) inhibitors preventing the degradation of native GLP-1 have emerged as a therapeutic strategy for enhancing GLP-1 action “in vivo” (incretin enhancers), particularly as they can be taken orally, once-daily dosing regimen. Presently two DPP-IV inhibitors, Sitagliptin (Januvia) and Vildagliptin (Galvus) will be available shortly, particularly the first one. The effects of DDP-IV inhibition could be mediated not only by GLP-1 but also by other mediators of the glucose-lowering actions of DPP-IV inhibition in clinical studies, since it causes little increase in circulating endogenous GLP-1 (while in GLP-1 receptor agonists the effect corresponds to that of pharmacological concentrations of native GLP-1), has little effect on gastric emptying, does not cause nausea/ vomiting like GLP-1 and GLP-1 agonists, and it is not associated with weight loss.50 As indicated with the incretin mimetics, both enhancers have similar clinical efficiency in reducing postprandial glucose excursions by improving beta-cell function with enhanced postprandial insulin secretion. The epidemiological and intervention studies presented in the article support the conclusion that postprandial hyperglycemia in impaired glucose tolerance and diabetic subjects is a more powerful marker of CVD risk than fasting hyperglycemia then the treatment directed at specifically lowering postprandial glucose is crucial, as underlined by the American Diabetes Association1.
  • 26. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 99 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 GLICEMIA PÓS-PRANDIAL E DOENÇA CARDIOVASCULAR NO DIABETES MELITO BERNARDO LÉO WAJCHENBERG O presente artigo revisa o papel da glicemia de jejum e pós-prandial em relação ao controle glicêmico de pacientes com diabetes do tipo 2 e com intolerância à glicose, assim como sua relação causal nas complicações micro e macrovasculares. Estudos recentes têm sugerido que um terceiro componente na tríade glicêmica, as excursões glicêmicas pós-prandiais, pode ter influência na carga glicêmica total e pode, também, refletir no controle glicêmico. Estudos epidemiológicos e de intervenção são apresentados neste artigo, corroborando a conclusão de que a hiperglicemia pós-prandial na intolerância à glicose e em pacientes com diabetes é um marcador mais potente de risco cardiovascular que a hiperglicemia de jejum. Dessa forma, o tratamento dirigido especificamente para reduzir a glicemia pós-prandial é crucial, conforme sugerido pela Associação Americana de Diabetes. Palavras-chave: diabetes melito, glicemia de jejum alterada, intolerância à glicose, doença cardiovascular, glicemia pós-prandial. (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:89-101) RSCESP (72594)-1646 REFERENCES 1. American Diabetes Association. Postprandial blood glucose. Diabetes Care. 2001;24:775-8. 2. UK Prospective Diabetes Study (UKPDS) Group. Intensive blood-glucose control with Sulphonylureas or insulin compared with conventional treatment and risk of complications in patients with type 2 diabetes (UKPDS 33). Lancet. 1998;352:837-53. 3. Avignon A, Radauceanu A, Monnier L. Nonfasting plasma glucose is a better marker of diabetic control than fasting plasma glucose in type 2 diabetes. Diabetes Care. 1997;20:1822-6. 4. El-Kebbi JM, Ziemer DC, Cook CB, Gallina DL, Barnes CS, Phillips LS. Utility of casual postprandial glucose levels in type 2 diabetes management. Diabetes Care. 2004;27:335-9. 5. Rohlfing CL, Wiemeyer HM, Little RR, England JD, Tennill A, Goldstein DE. Defining the relationship between plasma glucose and HbA(1c): analysis of glucose profiles and HbA(1c) in the Diabetes Control and Complications Trial. Diabetes Care. 2002;25:275-2. 6. Kannel WB, McGee DL. Diabetes and cardiovascular disease. The Framingham study. JAMA. 1979;241:2035-8. 7. Lehto S, Ronnemaa T, Pyorala K, Laakso M. Cardiovascular risk factors clustering with endogenous hyperinsulinemia predict death from coronary heart disease in patients with type II diabetes. Diabetologia. 2000;43:148- 55. 8. Dahl-Jorgensen K, Larsen JR, Hanssen KF. Atherosclerosis in childhood and adolescent type 1 diabetes: early disease, early treatment. Diabetologia. 2005;48:1445-53. 9. Bierman EL. Atherogenesis in diabetes. Arterioscler Thromb. 1992;12:647-56. 10. Laakso M. Hyperglycemia and cardiovascular disease in type 2 diabetes. Diabetes. 1999;48:937-2. 11. Monnier L, Colette C. Contributions of fasting and postprandial glucose to hemoglobin A1c. Endocr Pract. 2006;12 Suppl 1:42-6. 12. Bell DS. Importance of postprandial glucose control. South Med J. 2001;94:804-9. 13. Heine RJ, Dekker JM. Beyond postprandial
  • 27. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 100 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 hyperglycemia: metabolic factors associated with cardiovascular disease. Diabetologia. 2002;45:461-75. 14. Coutinho M, Gerstein HC, Wang Y, Yusuf S. The relationship between glucose and incident cardiovascular events. A metaregression analysis of published data from 20 studies of 95,783 individuals followed for 12.4 years. Diabetes Care. 1999;22:233-40. 15. Gerstein HC. Is glucose a continuous risk factor for cardiovascular mortality. Diabetes Care. 1999;22:659-60. 16. Khaw K-T, Wareham N, Bingham S, Luben R, Welch A, Day N. Association of Hemoglobin A1c and cardiovascular disease and mortality in adults: The European Prospective Investigation into Cancer in Norfolk. Ann Intern Med. 2004;141:413-20. 17. Barrett-Connor E, Ferrara A. Isolated postchallenge hyperglycemia and the risk of fatal cardiovascular in older women and men. The Rancho Bernardo Study. Diabetes Care. 1998;21:1236-9. 18. Abdul-Ghani MA, Tripathy D, DeFronzo RA. Contributions of â-cell dysfunction and insulin resistance to the pathogenesis of impaired glucose tolerance and impaired fasting glucose. Diabetes Care. 2006;29:1130-9. 19. Meyer C, Pimenta W, Woerle HJ, Haeften TV, Szose E, Mitrakou A, Gerich J. Different mechanisms for impaired fasting glucose and impaired postprandial glucose tolerance in humans. Diabetes Care. 2006;29:1909-4. 20. Mitrakou A, Kelley D, Mokan M, Veneman T, Pangburn T, Reilly J, Gerich J. Role of reduced suppression of glucose production and diminished early insulin release in impaired glucose tolerance. N Engl J Med. 1992;326:22-9. 21. Ceriello A. Postprandial hyperglycemia and diabetes complications. Is it time to treat? Diabetes. 2005;54:1-7. 22. Teno S, Uto Y, Nagashima H, Endoh Y, Iwamoto Y, Omori Y, et al. Association of postprandial hypertriglyceridemia and carotid intima-media thickness in patients with type 2 diabetes. Diabetes Care. 2000;23:1401-6. 23. Iovine C, Vaccaro O, Gentile A, Romano G, Pisanti F, Riccardi G, et al. Post-prandial triglyceride profile in a population-based sample of type 2 diabetic patients. Diabetologia. 2004;47:19-22. 24. Ceriello A, Motz E. Is oxidative stress the pathogenic mechanism underlying insulin resistance, diabetes, and cardiovascular disease? The common soil hypothesis revisited. Arterioscler Thromb Vasc Biol. 2004;24:816- 23. 25. Hokanson JE, Austin MA. Plasma triglyceride level is a risk factor for cardiovascular disease independent of high-density lipoprotein cholesterol level: a meta-analysis of population-based prospective studies. J Cardiovasc Risk. 1996;3:213-9. 26. Stampfer MJ, Krauss RM, Ma J, Blanche PJ, Holl LG, Sacks FM, et al. A prospective study of triglyceride level, low-density lipoprotein particle diameter, and risk of myocardial infarction. JAMA. 1999;276:882-8. 27. Wolever TMS, Chiasson JL, Csima A, Hunt JA, Palmason C, Ross SA, et al. Variation of postprandial plasma glucose, palatability, and symptoms associated with a standardized mixed meal versus 75 g oral glucose. Diabetes Care. 1998;21:336-40. 28. de Vegt F, Dekker JM, Ruhè HG, Stehouwer CDA, Nijpels GBLM, Heine RJ. Hyperglycemia is associated with all-cause and cardiovascular mortality in the Hoorn population: the Hoorn Study. Diabetologia. 1999;42:926-31. 29. Donahue RP, Abbott RD, Reed DM, Yano K. Postchallenge glucose concentration and coronary heart disease in men of Japanese ancestry: Honolulu Heart Program. Diabetes. 1897;36:689-92. 30. Lowe LP, Liu K, Greenland P, Metzger BE, Dyer AR, Stamler J. Diabetes, asymptomatic hyperglycemia, and 22-year mortality in black and white men: the Chicago Heart Association Detection Project in Industry study. Diabetes Care. 1997;20:163-9. 31. The DECODE Study Group, the European Diabetes Epidemiology Group. Glucose tolerance and mortality: comparison of WHO and American Diabetes Association diagnostic criteria. Lancet. 1999;354:617-21. 32. The DECODE study group on behalf of the European Diabetes Epidemiology Group. Glucose tolerance and cardiovascular mortality. Comparison of fasting and 2-h diagnostic criteria. Arch Intern Med. 2001;161:397-404. 33. Balkau B, Shipley M, Jarrett RJ, Pyörälla K, Pyörälla M, Forhan A, et al. High blood glucose concentration is a risk factor for mortality in middle-aged nondiabetic men: 20-year follow-up in the Whitehall Study, the Paris Prospective Study, and the Helsinki Policemen Study. Diabetes Care. 1998;21:360-7. 34. Hanefeld M, Fischer S, Julius U, Schulze J, Schwanebeck U, Schmechel H, et al., the DIS Group. Risk factors for myocardial infarction and death in newly detected NIDDM: the Diabetes Intervention Study, a 11-year follow-
  • 28. WAJCHENBERG BL Postprandial glycemia and cardiovascular disease in diabetes mellitus 101 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 up. Diabetologia. 1996;39:1577-83. 35. Hanenfeld M, Koehler C, Schaper F, Fuecker K, Henkel E, Temelkova-Kurktschiev T. Postprandial plasma glucose is an independent risk factor for increased carotid intima-media thickness in non-diabetic individuals. Atherosclerosis. 1999;144:229-35. 36. Brownlee M. The pathobiology of diabetic complications. A unifying mechanism. Diabetes. 2005;54:1615-25. 37. Koya D, King GL. Protein kinase C activation and the development of diabetic complications. Diabetes. 1998;47:859-66. 38. Vinik A. The protein kinase C-â inhibitor, ruboxistaurin, for the treatment of diabetic microvascular complications. Expert Opin Investig Drugs. 2005;14:1547-59. 39. Report of the Expert Committee on the Diagnosis and Classification of Diabetes Mellitus. Diabetes Care. 1998;22 Suppl 1:S5- S19. 40. Chiasson JL, Josse RG, Gomis R, Hanefeld M, Karasik A, Laakso M, the STOP-NIDDM Trial Research Group. Acarbose for prevention of type 2 diabetes: the STOP-NIDDM randomized trial. Lancet. 2002;359:2072-7. 41. Chiasson JL, Josse RG, Gomis R, Hanefeld M, Karasik A, Laakso M, the STOP-NIDDM Trial Research Group. Acarbose treatment and the risk of cardiovascular disease and hypertension in patients with impaired glucose tolerance: the STOP-NIDDM trial. JAMA. 2003;290:486-94. 42. Hanefeld M, Chiasson JL, Koehler C, Henkel E, Schaper F, Temelkova-Kurktschiev T. Acarbose slows progression of intima-media thickness of the carotid arteries in subjects with impaired glucose tolerance. Stroke. 2004;35:1073-8. 43. Esposito K, Giugliano D, Nappo F, Marfella R, for the Campanian Post-prandial Hyperglycemia Study Group. Regression of carotid atherosclerosis by control of postprandial hyperglycemia in type 2 diabetes mellitus. Circulation. 2004;110:214-9. 44. Cozma LS, Luzio SD, Dunseath GJ, Langendorg KW, Pieber T, Owens DR. Comparison of the effects of three insulinotropic drugs on plasma insulin levels after a standard meal. Diabetes Care. 2002;25:1271-6. 45. Bruttomesso D, Pianta A, Mari A, Valerio A, Marescotti M-C, Avogaro A, et al. Restoration of early rise in plasma insulin levels improves the glucose tolerance of type 2 diabetic patients. Diabetes. 1999;48:99-105. 46. Baggio LL, Drucker DJ. Incretin hormones in the treatment of type 2 diabetes: therapeutic applications of DPP-IV inhibitors. Medscape Diabetes Endocrinology. 2006;8:1-5. 47. Wajcberg E, Triplitt C, Sriwijitkamol A, De Fronzo R, Cerosimo E. Contribution of glucagon suppression to improved postprandial hyperglycemia induced by exenatide in patients with TT2MM [Abstract 118-OR]. Diabetes. 2006;55 Suppl 1:A28. 48. Mari A, Halseth A, Nanayakkara N, Nielsen L, DeFronzo R, Ferrannini E. Mathematical modeling shows exenatide improved postprandial -cell function in patients with type 2 diabetes treated with metformin or metformin and sulfonylurea [Abstract 482-P]. Diabetes. 2005;54 Suppl 1:A119. 49. Mari A, Degn K, Brock B, Rungby J, Ferrannini E, Schmitz O. Characterization of beta-cell function improvement by liraglutide: modeling analysis of 24-h tests [Abstract 522 –P]. Diabetes. 2006;55 Suppl 1:A124. 50. Drucker DJ. DPP-4 inhibitors in the management of type 2 diabetes. Mechanisms in Medicine Inc.; 2006. p. 59.
  • 29. OLIVEIRA SF Papel da hiperglicemia no infarto agudo do miocárdio 102 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 PAPEL DA HIPERGLICEMIA NO INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA Unidade Clínica de Aterosclerose – Instituto do Coração (InCor ) – HC-FMUSP Endereço para correspondência: Av. Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, 44 – Cerqueira César – CEP 05403-904 – São Paulo – SP O infarto agudo do miocárdio em diabéticos acarreta maior mortalidade em relação aos não-diabéticos. Recentemente tem se destacado a importância da hiperglicemia aguda como determinante do prognóstico do infarto agudo do miocárdio. Sua presença aumenta a mortalidade, principalmente em pacientes não-diabéticos. O bom controle glicêmico nas primeiras 24 horas determina a melhora do prognóstico. Níveis de glicemia acima de 170 mg/dl pioram a evolução de não-diabéticos. Variações de glicemia acima de 50 mg/dl e de hemoglobina glicada acima de 2% são deletérias, aumentando a mortalidade em 20%. Palavras-chave: hiperglicemia aguda, infarto agudo do miocárdio, diabetes melito. (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:102-5) RSCESP (72594)-1647 INTRODUÇÃO A mortalidade relativa ao infarto agudo do mi-ocárdio em diabéticos no período pré-trombólise era duas vezes superior à de não-diabéticos1. Com a redução da mortalidade pós-trombólise nos dois grupos, a proporção não mudou, continuando duas vezes maior2. A hiperglicemia inicial tem demonstrado mai-or importância prognóstica no infarto agudo do miocárdio em não-diabéticos que em diabéticos. A hiperglicemia aguda, mas não o diabetes, é pre-ditora de mortalidade hospitalar após infarto agu-do do miocárdio na fase pós-angioplastia. O fenô-meno de não-reperfusão (“no reflow”) é mais fre-qüente em pacientes com hiperglicemia submeti-dos a angioplastia e sugere a presença de disfun-ção microvascular comprometendo a perfusão mi-ocárdica desses pacientes3. A hiperglicemia no infarto agudo do miocárdio é comum (cerca de 50%) e pouco tratada. É associada ao aumento da mortalidade em pacientes idosos, principalmente naqueles sem diagnóstico prévio de diabetes. Va-lores de glicemia acima de 170 mg/dl são deleté-rios e aumentam significativamente a mortalidade em pacientes não-diabéticos4. Observou-se que pa-cientes diabéticos internados em Unidade de Tra-tamento Intensivo são submetidos com mais fre-qüência a insulinoterapia, enquanto não-diabéti-cos começam a receber insulina, na maioria das vezes, a partir de níveis glicêmicos acima de 200 mg/dl. A importância da hiperglicemia no pacien-te não-diabético é subestimada. Estudo em 808 pacientes diabéticos consecu-tivos com infarto agudo do miocárdio5 demons-trou que a glicemia de admissão foi o mais signi-ficante preditor independente de mortalidade hos-pitalar. A hemoglobina glicada basal se correlaci-onou fortemente com a glicemia admissional, mas não foi preditor independente de mortalidade. A Tabela 1 apresenta os resultados da divisão em quartis, quanto ao nível glicêmico de entrada.
  • 30. OLIVEIRA SF Papel da hiperglicemia no infarto agudo do miocárdio 103 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 Tabela 1 - Divisão em quartis, quanto ao nível glicêmico de entrada Glicemia de admissão Razão (mg/dl) de risco Quartil 1 161 1 Quartil 2 161-217 1,14 Quartil 3 218-300 2,84 Quartil 4 301 5,03 Estudo multicêntrico demonstrou a importân-cia do controle da glicemia de jejum até o dia se-guinte à admissão (24 horas), que, ao atingir ní-veis de 120 mg/dl, determina melhor evolução dos pacientes infartados em relação àqueles que per-maneceram com seus níveis glicêmicos elevados6. O estudo “Diabetes and Insulin-Glucose Infu-sion in Acute Myocardial Infarction” (DIGAMI I) demonstrou que pacientes com infarto agudo do miocárdio submetidos a controle glicêmico in-tensivo durante 12 meses tiveram redução da mor-talidade de 30% em relação ao grupo sob trata-mento convencional7. Após 3,4 anos, houve redu-ção da mortalidade absoluta de 11%. O estudo não pôde esclarecer se o benefício era relacionado à infusão de glicose-insulina ou ao controle meta-bólico proporcionado pela insulina contínua ou ambos. Elaborou-se um segundo protocolo, o DIGA-MI II8, com três mil pacientes divididos em três grupos: 1. terapia intensiva com insulina por via endovenosa em 24 horas, seguida de insulina por via subcutânea durante os períodos hospitalar e ambulatorial; 2. terapia intensiva com insulina por via endovenosa em 24 horas durante o período hos-pitalar, seguida de tratamento convencional hos-pitalar e no seguimento ambulatorial; e 3. terapia convencional durante os períodos hospitalar e ambulatorial. Entretanto, só se conseguiu arregi-mentar 1.500 pacientes e o estudo perdeu a força estatística em 50%. Conclui-se que embora não houvesse diferença entre os três tipos de tratamento quanto a mortalidade total, mortalidade cardiovas-cular e reinfarto com níveis de glicemia semelhan-tes, confirmou-se o papel da glicemia como um dos mais fortes preditores de prognóstico. Varia-ções da hemoglobina A1c (HbA1c) e da glicemia, com aumento de 2% e de 3 mmol/dl (54 mg/dl), respectivamente, aumentam o risco cardiovascu-lar em 20%. Glicemia de admissão, idade, presença de insuficiência cardíaca e creatinina plasmática elevada foram preditores independentes de mor-talidade. Em relação às diferenças entre os pacientes do DIGAMI I e do DIGAMI II, observou-se glice-mia inicial média de 280 mg/dl vs. 230 mg/dl, variação da glicemia de 99 mg/dl vs. 61 mg/dl, e redução de HbA1c de 1,4% vs. 0,5%, respectiva-mente. Quanto à angioplastia primária, o sucesso foi semelhante nos grupos de diabéticos e não-diabé-ticos, sendo mais efetiva que a trombólise em dia-béticos com infarto agudo do miocárdio9. Apesar de pacientes com e sem diabetes apre-sentarem taxas semelhantes de fluxo TIMI grau 3 após a angioplastia primária, os diabéticos têm maior probabilidade de ter perfusão miocárdica anormal. Os pacientes diabéticos com bom con-trole glicêmico apresentaram melhor padrão de perfusão miocárdica pós-angioplastia10. EFEITOS DELETÉRIOS DA HIPERGLICEMIA Seria a hiperglicemia causa ou conseqüência da gravidade do estado clínico ocasionado pela maior extensão da área de infarto do miocárdio? A presença e o grau da hiperglicemia podem não se correlacionar com o tamanho da área de infarto e podem ser marcadores de ativação adre-nérgica deletéria e de liberação de catecolaminas pós-infarto agudo do miocárdio. Há aumento de glicocorticóides, o que estimula diretamente a gli-cogenólise, a glicogênese, a lipólise e a inibição da secreção de insulina. O efeito nocivo da hiper-glicemia decorre da supressão da vasodilatação de-pendente do endotélio conseqüente ao aumento da produção de radicais livres e ao aumento da ativa-ção do fator nuclear “kappa” B (NFκB) e de fato-res de transcrição pró-inflamatórios, que aumen-tam a expressão de metaloproteinases, fator teci-dual e inibidor do ativador de plasminogênio (PAI- 1). A hiperglicemia é secundária à insulinopenia relativa, que permite o excesso de produção de ácidos graxos livres, conseqüente à lipólise indu-zida pela catecolamina. Excesso de exposição de ácidos graxos livres no miocárdio lesado aumenta o consumo de O2, reduz a contratilidade miocár-dica e aumenta o risco de arritmias. A hiperglice-mia aumenta o estresse oxidativo e a apoptose do miócito. O uso de insulina endovenosa corrige os desvios do metabolismo e reduz tanto a resposta inflamatória como a mortalidade. TRATAMENTO DA HIPERGLICEMIA A solução glicose-insulina-potássio (GIK) foi utilizada sem resultado em relação à mortalidade. No entanto, com esse tratamento foi observado au-mento da glicemia nas primeiras seis horas, o que
  • 31. OLIVEIRA SF Papel da hiperglicemia no infarto agudo do miocárdio 104 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 elevou a mortalidade11. Atualmente recomenda-se controle glicêmico intensivo abaixo ou igual a 120 mg/dl na unidade coronariana e glicemia pós-prandial abaixo de 180 mg/dl na enfermaria, para reduzir a mortalidade hospitalar e de um ano12. ROLE OF HYPERGLYCEMIA IN ACUTE MYOCARDIAL INFARCTION SERGIO FERREIRA DE OLIVEIRA The acute myocardial infarction in diabetic patients is related to higher level of mortality in relation to non-diabetic patients. Recently the role of hyperglycemia as an acute myocardial infarction prognosis determinant has been described. Acute hyperglycemia increases mortality mainly in non-diabetic patients. The optimal glycemic control in 24 hours improves the prognosis. Glycemic levels above 170 mg/dl were related to bad evolution in non-diabetic patients. Glycemic and glicated hemoglobin changes above 50 mg/dl and 2%, respectively, increases mortality in 20%. Key words: acute hyperglycemia, acute myocardial infarction, diabetes mellitus. (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:102-5) RSCESP (72594)-1647 REFERÊNCIAS 1. Jeseloff NE, Feinglos M, Granger CB, Califf RM. Outcomes of diabetic patients following acute myocardial infarction: a review of the major thrombolytics trials. Coron Artery Dis. 1996;7:732-43. 2. Mak KH, Moliterno DJ, Granger CB, Miller DP, White HD, Wilcox RG, et al. Influence of diabetes mellitus on clinical outcome in the thrombolytic era of the acute myocardial infarction. Gusto-I Investigators. Global Utilization of Streptokinase and Tissue Plasminogen Activator for Occluded Coronary Arteries. J Am Coll Cardiol. 1997;30:171-9. 3. Ishihara M, Kojima S, Sakamoto T, Asada Y, Tei C, Kimura K, et al. Acute hyperglycemia is associated with adverse outcome after acute myocardial infarction in the coronary intervention era. Am Heart J. 2005;150:814- 20. 4. Kosiborod M, Rathore SS, Inzucchi SE, Masoudi FA, Wang Y, Havranek EP, et al. Admission glucose and mortality in elderly patients hospitalized with acute myocardial infarction. Implications for patients with and without recognized diabetes. Circulation. 2005;111:3078-86. 5. Cao JJ, Hudson M, Jankowski M, Whitehouse F, Weaver WD. Relation of chronic and acute glycemic control on mortality in acute myocardial infarction with diabetes mellitus. Am J Cardiol. 2005;96:183-6. 6. Goyal A, Mahaffey K, Garg J, Nicolau JC, Hochman JS, Weaver WD, et al., for the Cardinal Investigators. Drop in glucose level following acute myocardial infarction predicts improved survival in nondiabetes patients, regardless of baseline glucose level. Circulation. 2005;112:3628. 7. Malmberg K, Rydén L, Efendic S, Herlitz J, Nicol P, Waldenström A, et al. Randomized trial of insulin-glucose infusion followed by subcutaneous insulin treatment in diabetic
  • 32. OLIVEIRA SF Papel da hiperglicemia no infarto agudo do miocárdio 105 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 patients with acute myocardial infarction (DIGAMI study): effects on mortality at 1 year. J Am Coll Cardiol. 1995;26:57-65. 8. Malmberg K, Rydén L, Wedel H, Birkeland K, Bootsma A, Dickstein K, et al. Intense metabolic control by means of insulin in patients with diabetes mellitus and acute myocardial infarction (DIGAMI 2): effects on mortality and morbidity. Eur Heart J. 2005;26:650-61. 9. Hasdai D, Granger CB, Srivatsa SS, Criger DA, Ellis SG, Califf RM, et al. Diabetes mellitus and outcome after primary coronary angioplasty for acute myocardial infarction: lessons from the GUSTO-IIb angioplasty substudy. J Am Coll Cardiol. 2000;35:1502-12. 10. Prasad A, Stone GW, Stuckey TD, Costantini CO, Zimetbaum PJ, McLaughlin M, et al. Impact of diabetes mellitus on myocardial perfusion after primary angioplasty in patients with acute myocardial infarction. J Am Coll Cardiol. 2005;45(4):508-14. 11. Mehta SR, Yusuf S, Diaz R, Zhu J, Pais P, Xavier D, et al. Effect of glucose-insulin-potassium infusion on mortality in patients with acute ST segment elevation myocardial infarction: the CREATE-ECLA Randomized Controlled Trial. JAMA. 2005;354:437-44. 12. Zarich SW, Nesto RW. Implications and treatment of acute hyperglycemia in the setting of acute myocardial infarction. Circulation. 2007;115:e436-e439.
  • 33. CHAVES AJ e cols. Revascularização miocárdica no paciente diabético: intervenção coronariana percutânea 106 RSCESP ABR/MAI/JUN 2007 REVASCULARIZAÇÃO MIOCÁRDICA NO PACIENTE DIABÉTICO: INTERVENÇÃO CORONARIANA PERCUTÂNEA ÁUREA J. CHAVES, AMANDA G. M. R. SOUSA, ALEXANDRE ABIZAID, LUIZ ALBERTO MATTOS, FAUSTO FERES, RODOLFO STAICO, JOSÉ RIBAMAR COSTA, RICARDO COSTA, GALO MALDONADO, LUIZ FERNANDO TANAJURA, MARINELLA CENTEMERO, ANDRÉA ABIZAID, ANA SEIXAS, IBRAIM PINTO, J. EDUARDO SOUSA Serviço de Cardiologia Invasiva – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia Endereço para correspondência: Av. Dr. Dante Pazzanese, 500 – Ibirapuera – CEP 04012-180 – São Paulo – SP O diabetes melito é uma doença metabólica complexa, presente em 20% a 30% dos indivíduos que necessitam revascularização miocárdica. Dados da literatura confirmam a superioridade da revascularização cirúrgica em relação à angioplastia com balão em diabéticos com doença multiarterial. A intervenção coronariana percutânea com o implante de stents diminuiu a vantagem da cirurgia, mas a necessidade de reintervenções ainda é maior com a angioplastia. Mais recentemente, os stents farmacológicos tornaram-se a intervenção percutânea de escolha no tratamento da doença coronariana, pela notável redução da reestenose coronariana e da revascularização do vaso-alvo, quando comparados aos stents não-farmacológicos. A segurança dessas próteses, entretanto, tem sido questionada ultimamente, no que diz respeito à ocorrência da trombose tardia do stent, evento raro mas de conseqüências potencialmente graves. Recentemente, a “Food and Drug Administration” (FDA, agência governamental americana que controla o setor de alimentos e remédios) reconheceu que os benefícios dos stents farmacológicos suplantam o pequeno risco de trombose tardia nas indicações aprovadas para seu uso (“on-label”). Pacientes com lesões complexas, especialmente aqueles com lesões em bifurcações, lesões que exijam o implante de stents com sobreposição das bordas (“overlapping”) ou lesões com trombos, têm maior risco de trombose do stent, óbito ou infarto agudo do miocárdio e devem ter seu tratamento individualizado, após a consideração dos riscos e benefícios do procedimeto. Para resolver o problema da trombose dos stents farmacológicos, stents de segunda geração, com novos fármacos antiproliferativos, diferentes sistemas de liberação que substituam os polímeros duráveis e plataformas mecânicas inovadoras, já estão sendo avaliados. Palavras-chave: coronariopatia, diabetes melito, contenedores. (Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo. 2007;2:106-14) RSCESP (72594)-1648