O documento discute a alfabetização matemática como um instrumento para a leitura do mundo que vai além da decodificação de números e operações básicas. Ele também aborda o papel central do professor no processo de alfabetização, os princípios da formação continuada e a importância de partir dos saberes das crianças como ponto de partida para o trabalho pedagógico.
2. “A Alfabetização Matemática é entendida
como um instrumento para a leitura do
mundo, uma perspectiva que supera a simples
decodificação dos números e a resolução das
quatro operações básicas”.
(PNAIC_ CADERNO DE APRESENTAÇÃO, P. 05)
3. O PAPEL DO PROFESSOR NO CICLO DE
ALFABETIZAÇÃO
• O papel do professor alfabetizador é central, não
cabendo confundi-lo com o de alguém que na sala de
aula reproduzirá métodos e técnicas;
Os princípios da formação continuada:
• A pratica da reflexividade;
• A constituição da identidade profissional;
• A socialização;
• O engajamento;
• A colaboração.
4. • A prática da reflexividade que é pautada na ação
prática /teoria/ prática, operacionalizada na análise
de práticas de sala de aula, aliadas à reflexão teórica
e reelaboração das práticas.
• Constituição da identidade profissional é efetuada
em movimentos de reflexão sobre o professor
enquanto sujeito de um processo mais amplo,
auxiliando-o a perceber-se em constante processo de
formação.
5. • A socialização é a operacionalização e fortalecimento
de grupos de estudo que transcenda o momento
presencial, diminuindo o isolamento profissional que
em geral, mantém contato com pais, alunos e
diretores, mas não com seus pares.
• O engajamento tende a privilegiar o gosto em
continuar a aprender e faz parte da melhoria de
atuação em qualquer profissão.
• A colaboração vai além da socialização, trata-se de
um processo de formação no qual os professores
exercitem a participação, o respeito, a solidariedade,
a apropriação e o pertencimento.
6. A Criança e Matemática Escolar
• Matemática escolar se restringia aos números e às
quatro operações elementares.
• deveria ser diferente? Por quê? Em quê?
• Crianças pensam como crianças
• Não precisamos ter pressa para forçar atitudes
• Quando agimos com pressa, às vezes acabamos mais
prejudicando que ajudando.
7. Vejamos, de um exemplo retirado da internet,
uma prática comum desde muitos anos:
8. Problema Apresentado:
A receita de brigadeiro de Maria leva 1 lata de leite
condensado para 5 colheres de chocolate. Ela vai
fazer brigadeiros com 4 latas de leite condensado.
Quantas colheres de chocolate ela usará para fazer
sua receita de brigadeiro corretamente?
9. Problema Apresentado:
• Ana tem 2 saias (marrom e preta) e 5 blusas (rosa,
laranja, azul, verde e vermelha). Ela quer combinar as
saias e as blusas para formar conjuntos. Quantos
conjuntos diferentes ela pode formar?
10. • Não só os registros precisam ser respeitados e
valorizados, mas também o uso do corpo.
• Discutir calmamente as estratégias utilizadas na
resolução dos problemas.
• Como fazer com que meus alunos queiram aprender?
Eis uma das perguntas que mais ouvimos dos
professores. Para que possamos refletir sobre isso,
vamos olhar para um quadro exposto em uma sala de
aula do primeiro ano:
11.
12. • A dimensão matemática da alfabetização na
perspectiva do letramento, ou melhor, a Alfabetização
Matemática como entendendo aqui – o conjunto das
contribuições da Educação Matemática no Ciclo de
Alfabetização para a promoção da apropriação pelos
aprendizes de práticas sociais de leitura e escrita de
diversos tipos de textos, práticas de leitura e escrita
do mundo – não se restringe ao ensino do sistema de
numeração e das quatro operações aritméticas
fundamentais.
13. • A Alfabetização Matemática que se propõe, por se
preocupar com as diversificadas práticas de leitura e
escrita que envolvem as crianças e com as quais as
crianças se envolvem – no contexto escolar e fora dele
–, refere-se ao trabalho pedagógico que contempla as
relações com o espaço e as formas, processos de
medição, registro e uso das medidas, bem como
estratégias de produção, reunião, organização,
registro, divulgação, leitura e análise de informações,
mobilizando procedimentos de identificação e
isolamento de atributos, comparação, classificação e
ordenação.
14. Os saberes das crianças como ponto
de partida para o trabalho pedagógico
• A aprendizagem matemática não acontece exclusivamente
na escola [...] Aprende-se matemática no dia a dia.
• Apesar dessas relações matemáticas poderem ser
observadas em toda parte, para que possam ganhar
significados e serem percebidas e exploradas para que
promovam uma aprendizagem significativa, deve existir um
indivíduo pensando, observando, relacionando, fazendo
perguntas, dando vazão a suas curiosidades e descobertas.
• Aproveitar as curiosidades dos alunos e explorar situações
e contextos problematizáveis é uma das tarefas da
didática da matemática, partindo da sua cultura e das
histórias de vida, das experiências e conhecimentos
prévios das crianças.