O documento descreve os objetivos de criar um Painel da Inovação em Minas Gerais com indicadores que medem a inovação no estado e no contexto global. O painel usará benchmarks internacionais para identificar as métricas mais relevantes da quarta geração de inovação, como indicadores de conhecimento, redes, e condições para a inovação. O objetivo é fornecer ferramentas para tomadas de decisão estratégicas e políticas públicas que estimulem o crescimento econômico baseado no conhecimento.
2. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
CRIANDO INDICADORES
Criar e disponibilizar ferramentas permanentes capazes de
abordar a necessidade de políticas e métricas de inovação
eficazes que possam traduzir o dinamismo da economia
global de rede baseada no conhecimento e trazer
competitividade às empresas e bem-estar à sociedade.
Criar um Painel da Inovação com indicadores de medição da
inovação em Minas Gerais no contexto da economia global,
ajudando os tomadores de decisão com referenciais
(benchmarks) e monitorando o desempenho da inovação,
estabelecendo novos parêmetros para a gestão Pública e as
estratégias empresariais.
3. BENCHMARKING
Considerando os avanços internacionais, o Placar para Inovação utilizará
“benchmarks” internacionais como base de seu trabalho.As métricas da
4a. geração continuam ad hoc e são, portanto, de valor analítico
limitado. Elas só podem ser aperfeiçoadas por meio de esforços
conjuntos, coordenados e internacionalmente visíveis.
Fazer uso dos parcos indicadores nacionais apenas representaria mal os
avanços mundiais. É preciso aproveitar o expertise de organizações
internacionais que formulam extensiva pesquisa de políticas e trabalhos
de mensuração da inovação, como a OECD, a Comissão Européia, os
programas de inovação dos Governos dos EUA, Canadá e Inglaterra.
O Painel da Inovação deve buscar pesquisas da inovação relativas às
metas do setor empresarial, tamanho da amostragem, definições de
variáveis, métodos de coleta de dados, procedimentos analíticos e
técnicas de disseminação. As definições de métricas e modelos de
inovação devem ser harmonizados ou, pelo menos, comparável
internacionalmente para objetivos de “ benchmarking “
4. BENCHMARKING
Para se criar indicadores é preciso parâmetros (benchmarks) como ponto
de partida e ferramentas para avaliar o impacto das políticas adotadas ao
longo do tempo. Os sistemas de mensuração da inovação disponíveis não
traduzem adequadamente a dinâmica contemporânea de uma economia
global cada vez mais baseada no conhecimento e em rede.
O objetivo chave é enxergar além dos insumos tradicionais da indústria
em detrimento dos resultados e processos de inovação.
Atenção especial deve ser dada em definir métricas consistentes e
internacionalmente comparáveis para a demanda de inovação, fluxos de
conhecimento, ativos intangíveis, fatores de política Pública, redes de
inovação regionais, infra-estruturas e práticas de gestão.
O Placar da Inovação deve não apenas ir além da apresentação de
métricas, mas também identificar áreas de políticas Públicas e outros
fatores relevantes ao desempenho da inovação. Estas apurações devem
servir como força-motriz para preencher lacunas nos sistemas de
inovação, fomentar políticas e promover um consenso Público-privado
em relação a políticas de inovação superiores e integradas.
5. PARÂMETROS
Tomar decisão sensata nos processos de Inovação requer mensuração
oportuna, confiável e relevante. “Só se conquista aquilo que se mede.”
Métricas equivocadas levam a diagnóstico equivocado, o que resulta na
concepção de políticas equivocadas com conseqüências não desejadas.
A inovação é uma atividade complexa e multi-dimensional que não
pode ser mensurada diretamente ou com um indicador único. Inovação
é muito mais do que o aporte de tecnologia. Muitos outros recursos
complementares são fundamentais para ter sucesso no Mercado.
Indicadores de qualidade são decorrentes da compreensão de que as
mensurações disponíveis atualmente traduzem muito mais a era
industrial do que a economia do conhecimento que se desdobra
continuamente: eles traduzem produtos e artefatos ao invés de idéias e
processos.
Uma perspectiva renovada e métricas de desempenho “tempo-real” são
necessárias para traduzir o novo paradigma de uma economia global em
rede baseada no conhecimento.
6. MÉTRICAS RELEVANTES
O PAINEL DA INOVAÇÃO visa identificar as métricas mais relevantes
da 4ª Geração de inovação:
Indicadores de conhecimento. Ainda contabilizamos equipamento, toneladas
de aço, transações, número de PhDes, patentes: deveríamos contabilizar o
conhecimento que está atrás de sua criação e os modos em que se desenvolve
e se difunde.
Redes. As inovações contemporâneas envolvem uma gama de organizações e
redes. É fundamental desenvolver indicadores compostos que contabilizem
tanto os contratos comerciais como as alianças estratégicas, licenciamento da
propriedade intelectual, colaboração e troca de conhecimento em todos os
níveis.
Condições para a inovação. Demanda econômica, ambiente de políticas
Públicas, infra-estrutura, atitudes sociais e fatores culturais são críticos para o
êxito da inovação. Mas o que se espera é a criação de métricas sistêmicas de
inovação capazes de depreender o contexto em que as organizações se formam
e casar expectativas com capacitações para inovar.
7. Novas políticas e ferramentas de Análise Estratégica
Uma nova geração de métricas da inovação abre oportunidades para aplicar novas
ferramentas analíticas para avaliar políticas e escolhas estratégicas.
Contabilização do Crescimento: economistas serão capazes de estimar melhor o
desempenho da produtividade em termos de fatores de contribuição e resultados.
Economia do conhecimento: indicadores compostos de conhecimento melhorarão as
decisões de investimento para P&D, educação e recursos de capital.
Contabilização: relatórios financeiros da nova geração serão capazes de contabilizar com
equilíbrio os ativos físicos assim como os intangíveis.
Valoração da inovação: executivos empresariais e mercados financeiros poderão avaliar
melhor o valor das atividades de P&D e intangíveis relacionados, melhorar as formas de
valoração das bolsas de valores a longo-prazo e prever resultados.
Dinâmicas do sistema: expandir a abrangência das métricas de inovação de “tempo-real”
ajudarão na construção de modelos de dinâmicas de sistema mais robustos e simulações de
políticas.
Tecnologia de propósito geral (TPG)- análise mais acurada da contribuição estratégica da
TPG que estabelece o estágio para a inovação de incremento e tem o potencial inerente
para aplicação em uma ampla variedade de segmentos.
Desenvolvimento regional orientado para a tecnologia e formação de aglomerações
produtivas (Clusters): muda a ênfase de priorização dos insumos para as infra-estruturas de
inovação com vistas à melhoria da eficiência, do ritmo e do resutado da inovação.
8. RESULTADOS ESPERADOS
Fomentar as ações da gestão Publica para uma agenda de inovação
consistente e a longo-prazo,
Criar padrões ( ‘Benchmark) de desempenho da economia com base nos padrões
internacionais,
Aumentar a conscientização e compreensão Pública e privada dos benefícios da inovação,
Chamar a atenção do tomador de decisão às questões críticas, barreiras da inovação e formas
alternativas de política,
Servir de apoio à tomada de decisão para alavancar o crescimento da economia, do emprego
e da competitividade empresarial,
Sinalizar oportunidades e ameaças emergentes,
Criar parâmetros para bancos de dados mais calibrados e confiáveis para análise de
investimento, depuração de intangíveis e gestão de risco,
Estabelecer critérios de avaliação para programas de inovação governamentais,
Melhorar a compreensão da inovação, que tem sido confinada no lado empírico em função da
falta de métricas apropriadas para interligar insumos, processo e produto.