Considerando as pesquisas de Gallahue, Ozmun e Goodway (2013) os bebês até an...
A Arte Barroca
1. Origens e Características do Barroco
O barroco foi uma tendência artística que se desenvolveu primeiramente nas
artes plásticas e depois se manifestou na literatura, no teatro e na música. O
berço do barroco é a Itália do século XVII, porém se espalhou por outros países
europeus como, por exemplo, a Holanda, a Bélgica, a França e a Espanha. O
barroco permaneceu vivo no mundo das artes até o século XVIII. Na América
Latina, o barroco entrou no século XVII, trazido por artistas que viajavam para a
Europa, e permaneceu até o final do século XVIII.
Contexto histórico
O barroco se desenvolve no seguinte contexto histórico: após o processo de
Reformas Religiosas, ocorrido no século XVI, a Igreja Católica havia perdido
muito espaço e poder. Mesmo assim, os católicos continuavam influenciando
muito o cenário político, econômico e religioso na Europa. A arte barroca surge
neste contexto e expressa todo o contraste deste período: a espiritualidade e
teocentrismo da Idade Média com o racionalismo e antropocentrismo do
Renascimento.
Os artistas barrocos foram patrocinados pelos monarcas, burgueses e pelo
clero. As obras de pintura e escultura deste período são rebuscadas,
detalhistas e expressam as emoções da vida e do ser humano.
A palavra barroco tem um significado que representa bem as características
deste estilo. Significa "pérola irregular" ou "pérola deformada" e representa de
forma pejorativa a idéia de irregularidade.
O período final do barroco (século XVIII) é chamado de rococó e possui
algumas peculiaridades, embora as principais características do barroco estão
presentes nesta fase. No rococó existe a presença de curvas e muitos detalhes
decorativos (conchas, flores, folhas, ramos). Os temas relacionados à mitologia
grega e romana, além dos hábitos das cortes também aparecem com
freqüência.
Historia da arte Barroca
A arte barroca estendeu-se por todo o século XVII e pelas primeiras décadas
do XVIII. Surgiu em Roma e depois espalhou-se aos poucos por toda a Europa
e a América Latina, assumindo características diversas ao longo do tempo.
O barroco nasceu e se desenvolveu em princípios do século XVII na
Roma dos papas. Mais que um estilo artístico, era um estilo de vida. É
profundamente católico e foi usado como forma de expressão da mensagem
religiosa da Contra-Reforma.
2. Barroco no Brasil
Na metade do século XVIII, o Barroco já tinha entrado em declínio na
Europa. Mas em algumas regiões do Brasil, especialmente em Minas Gerais,
ele teve um último desenvolvimento, estimulado pela riqueza gerada pela
descoberta de ouro e pedras preciosas.
O artista mais original do barroco brasileiro foi Antônio Francisco Lisboa,
o Aleijadinho (1730-1814).
Pintura Barroca
Características do Barroco
• Predominam as emoções e não o racionalismo.
• Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, colunas
retorcidas.
• Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura.
• Violentos contrastes de luz e sombra.
• Pinturas com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão de
ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.
Características da Pintura Barroca
Uma característica marcante da pintura barroca é o efeito de ilusão buscado
pelos artistas. Isso se manifesta claramente nas pinturas feitas em tetos e
paredes de igrejas ou palácios. Os artistas pintam cenas e elementos
arquitetônicos (colunas, escadas, balcões, degraus) que dão uma incrível
ilusão de movimento e ampliação de espaço, chegando, em alguns casos, a
dar a impressão de que a pintura é a realidade e a parede, de fato, não existe.
Outra característica da pintura barroca é a exploração do jogo de luz e
sombra, como se pode observar, por exemplo, na obra do pintor italiano
Caravaggio, que teve vários seguidores, dentro e fora da Itália.
Um bom exemplo brasileiro desse ilusionismo é o teto pintado por
Manuel da Costa Ataíde na igreja de São Francisco de Assis, em Ouro Preto.
Pintura Barroca no Brasil
A pintura, até a segunda metade do século XVII, era feita em madeira, ou sobre
pano, algumas emolduradas por talhas barrocas, num gênero que conviria
melhor enquadrar no estilo Maneirista. Nossos pintores, sem formação
acadêmica, trabalhavam sob a direção de um mestre. Recebiam das Ordens e
Irmandades religiosas as estampas que deviam reproduzir. Como exceção a
este quadro, temos a presença de pintores de formação européia na Igreja dos
3. Jesuítas. De maneira geral, os pintores baianos trabalharam a partir de
estampas impressas na França, Itália, Holanda e Alemanha. O teto em
perspectiva surgiu somente na segunda metade do século XVIII, com José
Joaquim da Rocha.
A pintura ilusionista do Barroco só chegou à Bahia no final do século
XVIII, com José Joaquim Rocha.
Principais Pintores
Caravaggio;
Michelangelo;
Tintoretto;
El Greco;
Velázquez;
Rembrandt;
Peter Paul Rubens
Manuel da Costa Ataíde
Caravaggio
Caravaggio (1573-1610), Michelangelo Merisi (apelidado Caravaggio),
por ter nascido em Caravaggio, Itália. Identificado como um artista Barroco,
estilo do qual ele é o primeiro grande representante. Iniciou sua carreira como
assistente de pintor.Caravaggio foi um artista de personalidade forte. O que
melhor caracteriza a sua pintura é o modo revolucionário como ele usa a luz.
Ela não aparece como reflexo da luz solar, mas é criada intencionalmente pelo
artista, para dirigir a atenção do observador.
Michelangelo
Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475-1564), Capresse, Itália.
Porém, o artista passou parte de sua infância e adolescência na cidade de
Florença.
Entre os anos de 1534 e 1541, trabalhou na pintura O Último
Julgamento, na janela do altar da capela Sistina. Em 1547 foi indicado como
o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro no Vaticano.
Tintoretto
Jacopo Comin conhecido como Tintoretto (1515-1549), nascido na cidade de
Veneza (Itália) Ainda jovem, ganha o apelido Tintoretto, pequeno tintureiro,
4. uma alusão ao ofício do pai, especialista em tintura de seda. A produção
artística de Tintoretto foi muito grande. Pintou temas religiosos, mitológicos e
retratos, sempre com duas características bem marcantes: os corpos das
figuras são mais expressivos do que os seus rostos e a luz e a cor tem grande
intensidade. Obras em destaque: Cristo em Casa de Marta e Maria.
El Greco
El Greco (1541-1614), nasceu em Creta. Suas obras têm como característica: a
verticalidade das figuras. Essa peculiaridade pode ser observada nas obras:
Espólio, A Ressurreição de Cristo, O Enterro do Conde de Orgaz.
Velázquez
Diego Rodrigues da Silva y Velázquez (1599-1660), além de retratar as
pessoas da corte espanhola do século XVII, suas obras tem como
características: os rostos da nacionalidade espanhola, registro de tipos
populares do seu país, documentando o dia-a-dia do povo espanhol num dado
momento da história. Entre as obras que retratam a vida diária das pessoas
simples estão: Velha Fritando Ovos, O Aguadeiro de Sevilha e As Meninas
(Fig.1.5., pág.4). Em ambos os quadros o artista usa tons escuros para o
fundo, deixando expostos à luz os objetos cotidianos das pessoas que quer
valorizar. Dentre os retratos de pessoas da corte estão: As Meninas e O Conde
Duque de Olivares.
Rembrandt
Rembrandt (1606-1669), sua obra tem como características: a emoção
por meio da gradação da claridade, que dirige nossa atenção, os meios-tons,
as penumbras que envolvem áreas de luminosidade mais intensa. É assim, por
exemplo, nas telas Mulher no Banho e Ronda Noturna. Mas é em seu quadro
Lição de Anatomia do Doutor Tulp, que podemos notar a penumbra que
indefine os espaços e o uso que fez da luz.
Peter Paul Rubens
Rubens (1577-1640), suas obras tem como características: a força das
cores quentes. A cor sempre foi o elemento mais importante na pintura
flamenga, e um exemplo disso são suas obras, geralmente no vestuário que se
localizam as cores quentes o vermelho e o amarelo – que contrabalançam a
luminosidade da pele clara das figuras humanas, como em: O Rapto das Filhas
5. de Leucipo e Caçadas aos Leões. Além de colorista vibrante, Rubens se
notabilizou por criar cenas que sugerem, a partir das linhas contorcidas dos
corpos e das pregas das roupas, um intenso movimento.
Manuel da Costa Ataíde
Manuel da Costa Ataíde , mais conhecido como Mestre Ataíde, (1762-
1830), foi um importante artista do Barroco-Rococó mineiro, até a metade do
século XIX, continuaram a fazer uso de seu método de composição,
particularmente em trabalhos de perspectiva no teto de igrejas.
Uma das características da sua expressão era o emprego de cores vivas
em inusitadas combinações, que têm sido associadas à exuberante natureza
do país; no seu desenho, os anjos, as madonas e os santos apresentam às
vezes traços mestiços; por isso é tido como um dos precursores de uma arte
genuinamente brasileira.
Pinturas mais famosas desses artistas
A Vocação de São Mateus ou Invocação de São Mateus é
uma pintura realizada pelo o pintor barroco italiano Caravaggio concluída
em 1599-1600, em óleo sobre tela, 340 cm × 322 cm para a Capela
Contarelli em San Luigi dei Francesi, onde ainda se conserva em Roma. Mais
de uma década antes, o cardeal Matteo Contarelli tinha deixado fundos e as
instruções específicas para a decoração de uma capela com base em temas de
seu santo padroeiro.
O Juízo Final é um afresco do pintor italiano Michelangelo medindo 13,7 m x
12,2 m, pintado na parede do altar da Capela Sistina. É, na visão do artista,
uma representação do Juízo Final inspiradas na narrativa bíblica.
Nesta pintura, Michelangelo, dedicou todo seu engenho e força de 1535 a
1541.
Uma confrontação de dois espíritos fortes e audazes, sem dúvida. O
trabalho fora encomendado pelo Papa Clemente VII, mas só com a morte deste
teve início, já no pontificado de Paulo III, que ratificou o contrato.
O afresco ocupa inteiramente a parede atrás do altar. Para sua execução, duas
janelas foram fechadas e algumas pinturas da época de Sisto IV apagadas: os
primeiro retratos de Papas; a primeira cena da vida de Cristo e a primeira da
vida de Moisés; uma imagem da Virgem da Assunção de Perugino, e as
primeiras duas lunettes, onde o próprio Michelangelo havia pintado os
ancestrais de Cristo.
Tintoretto, Milagres de São Marcos / Descoberta do corpo de São Marcos
1562-66, 396 x 400 cm, Pinacoteca di Brera, Milan
El Expolio, 1577–1579, óleo sobre tela, 285 × 173 cm, Sacristia da Catedral de
Toledo) é um dos mais famosos retábulos de El Greco. Seus retábulos são
conhecidos pela composição dinâmica e inovações surpreendentes.
6. AS MENINAS, Nomeada originalmente como A Família, a tela foi salva de um
incêndio que atingiu o Palacio Real de Madrid em 1750, passando ao Museu
do Prado em 1819 e recebendo, posteriormente, o título de Las Meninas.
Embora “menina” seja uma palavra da língua portuguesa, era usada na corte
espanhola com o sentido de “dama de companhia”.
Rembrandt A companhia militar do capitão Frans Banning Cocq e o
tenente Willem van Ruytenburg (A Ronda Nocturna), 1642, Óleo sobre tela,
Altura: 379.5 cm. Largura: 453.5 cm
As Três Graças The Three Graces (1636-1638), Óleo sobre tela, 221 × 181
cm, Localizace no Museo del Prado,Madrid
Manuel da Costa Ataíde Elevação de Maria aos céus na abóbada da Igreja
de São Francisco de Assis, em Ouro Preto, a mesma na qual o
famoso Aleijadinho, seu contemporâneo, produziu esculturas e ornamentos
elaborados com massa de estuque.
Escultura Barroca
A escultura levou ao máximo as produções do barroco. Um exemplo é a obra
do escultor italiano Bernini, que fez esculturas retratando fielmente o homem
em emoção e movimento.
Predominam as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso do
dourado. Os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e
atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.
A escultura barroca privilegia o movimento. As figuras deixam de ser
representadas numa atitude de repouso para serem flagradas no meio de uma
ação, num dinamismo ausente no Renascimento. As vestes que envolvem as
personagens aparecem quase sempre agitadas pelo movimento dos corpos ou
flutuantes, impelidas pelo vento. Daí a preferência por gestos bruscos, corpos
torcidos, que melhor se prestam a essa representação dinâmica.
Principais Artistas da Escultura Barroca
Michelangelo;
Bernini;
Aleijadinho (Antonio Francisco Lisboa);
Agostinho de Jesus;
Michelangelo
7. Miguel Ângelo di Lodovico Buonarroti Simoni (1475-1564), Capresse, Itália.
Porém, o artista passou parte de sua infância e adolescência na cidade de
Florença.
Entre os anos de 1534 e 1541, trabalhou na pintura O Último
Julgamento, na janela do altar da capela Sistina. Em 1547 foi indicado como
o arquiteto oficial da Basílica de São Pedro no Vaticano.
Gian Lorenzo Bernini
Gian Lorenzo Bernini ou simplesmente Bernini (Nápoles, 7 de
dezembro de 1598 – Roma, 28 de novembro de 1680) foi um eminente artista
do barroco italiano, trabalhando principalmente na cidade de Roma. Distinguiu-
se como escultor e arquiteto, ainda que tivesse sido pintor, desenhista,
cenógrafo e criador de espectáculos de pirotecnia. Esculpiu numerosas obras
de arte presentes até os dias atuais em Roma e no Vaticano.
Antonio Francisco Lisboa (Aleijadinho)
Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho), Ouro Preto, 1730 ou, mais
provavelmente, 1738-1814, foi um importante escultor, entalhador e arquiteto
do Brasil colonial.
Pouco se sabe com certeza sobre sua biografia, a principal fonte
documental sobre o Aleijadinho é uma nota biográfica escrita somente cerca de
quarenta anos depois de sua morte. Toda sua obra, entre talha, projetos
arquitetônicos, relevos e estatuária, foi realizada em Minas Gerais,
especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e
Congonhas. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de
São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de
Matosinhos. Com um estilo relacionado ao Barroco e ao Rococó, é considerado
pela crítica brasileira quase em consenso como o maior expoente da arte
colonial no Brasil e, ultrapassando as fronteiras brasileiras, para alguns
estudiosos estrangeiros é o maior nome do Barroco americano, merecendo um
lugar destacado na história da arte do ocidente.
Frei Agostinho de Jesus
Frei Agostinho de Jesus (1600-1661) foi um dos primeiros escultores a
trabalhar no Brasil.
Possivelmente foi discípulo do frei Agostinho da Piedade, trabalhando
em estilo semelhante na produção de estatuária sacra em terracota. A maior
parte de suas obras foram criadas para as congregações beneditinas do Rio de
Janeiro e São Paulo. Das suas obras reconhecidas estão as estátuas em
tamanho natural de São Bento e de Santa Escolástica, preservadas no
8. Mosteiro de São Bento, e uma Nossa Senhora da Purificação, no Museu de
Arte Sacra de São Paulo.
Nascido no Rio de Janeiro, passou boa parte de sua vida na cidade de
Santana do Parnaíba, região da Grande São Paulo, onde, segundo estudiosos,
confeccionou a belíssima imagem de Nossa Senhora da Conceição em
terracota, que, encontrada nas águas do Rio Paraíba do sul, região de
Guaratinguetá, em meados de outubro do ano de 1717, veio a dar início a uma
grande devoção à milagrosa santa "aparecida", mais tarde conhecida como
Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil.
Esculturas mais famosas desses artistas
A Pietà (em português Piedade) de Michelangelo é talvez a mais conhecida
e uma das mais famosas esculturas feitas pelo artista. Representa Jesus morto
nos braços da Virgem Maria. A fita que atravessa o peito da Virgem Maria traz
a assinatura do autor.
Fica na basílica de São Pedro, na primeira capela da alameda do lado
direito. Desde que a estátua foi atacada em 1972, está protegida por um vidro a
prova de bala. Tem 174 centímetros por 195 centímetros e é feita em mármore.
O Êxtase de Santa Teresa é uma escultura de Gian Lorenzo Bernini (1598-
1680) um dos maiores escultores do século XVII, representando a experiência
mística de Santa Teresa de Ávila trespassada por uma seta de amor divino por
um anjo, realizada para a capela do cardeal Federico Cornaro.
Esculpida durante o período de 1645-1652, seguindo as tendências do estilo
barroco, hoje ela se encontra em um nicho em mármore e bronze dourado na
Capela Cornaro, Igreja de Santa Maria della Vittoria, Roma. A beleza da obra
se deve ao uso da iluminação e da fidelidade da escultura, que conferem à
obra sensibilidade, pois o escultor aplicava em suas esculturas o uso de corpos
alongados, gestos expressivos, expressões mais simples mas mais
emocionadas.
Bernini seguia as determinações da Igreja Católica Romana, que diziam que a
a arte religiosa deveria ser inteligível e realista, e servir, acima de tudo, como
um estímulo emocional à religiosidade. Bernini serviu a Cidade do Vaticano
durante muito tempo, criando esculturas feitas por pedido.
Grupo de profetas esculpido por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho
(1730(8)-1814). Basílica do Bom Jesus de Matosinho, em Congonhas do
Campo (MG).
Frei Agostinho de Jesus (1610-1661), Nossa Senhora da Purificação,
primeira metade do século XVII. Barro cozido e poli cromado. Proveniente da
Matriz de Sant'Ana do Parnaíba, SP. Altura: 97 cm. Acervo do Museu de Arte
Sacra de São Paulo (São Paulo, Brasil).
9. Arquitetura Barroca
Características da Arquitetura Barroca
• Ondulações.
• Efeitos ilusionista e decorativos.
• Preocupação paisagística com grandes jardins.
Características da Arquitetura Barroca
A arquitetura Barroca parte dos princípios utilizados na arquitetura da
Renascença, mas como resultado final elas divergem completamente.
O efeito proporcionado pela arquitetura barroca foi muito mais
rebuscado, complexo e simbólico. Os elementos clássicos estão reunidos:
colunas, frontões e cúpulas; porém o conjunto não segue a simplicidade
harmônica e simétrica da arquitetura clássica.
Existe uma imponência na sua estrutura e nos detalhes bastante
decorados. As colunas, por exemplo, são duplas ou espiraladas. Os interiores
seguem os mesmos princípios. No caso das igrejas, todo o apelo sentimental
da Arte Barroca foi intensamente decorado, pois os ambientes se propõem a
mostrar o esplendor de Deus e o poder da Igreja Católica. Nos palácios o
mesmo se repete: o barroco se adapta para glorificar o poder dos reis europeus
que neste período começa a se fortificar. A arquitetura se destacou
principalmente nos palácios e nas igrejas. A igreja católica queria proclamar o
triunfo de sua fé e, por isso, realizou obras que impressionam pelo seu
esplendor.
Principais Arquitetos Barrocos
Jesuino do Monte Carmelo;
Francesco Borromini;
Bernini;
Jesuino do Monte Carmelo
Frei Jesuíno do Monte Carmelo, Jesuíno Francisco de Paula Gusmão (Santos,
1764-1819) foi um pintor, arquiteto, escultor, encarnador, dourador, entalhador,
mestre em torêutica, músico e poeta e padre carmelita brasileiro.
Filho e neto de escrava, mulato, foi influenciado pelo barroco europeu.
Deixou produção artística em Santos, São Paulo e Itu.
10. Em Santos, como artesão, aprendeu o preparo das tintas. Fez pinturas,
criou, para mulatos e negros, um lugar de igualdade no reino dos Céus.
Afirmando a ascendência de seus filhos, por parte da mãe, da família
Godói, e por parte de pai, da família Gusmão, acabou por retratar o rosto deles
em seus santos, tendo inclusive pintado um anjo mulato.
Francesco Borromini
A arquitetura se destacou principalmente nos palácios e nas igrejas. A
igreja católica queria proclamar o triunfo de sua fé e, por isso, realizou obras
que impressionam pelo seu esplendor.
Bernini
A arquitetura Barroca parte dos princípios utilizados na arquitetura da
Renascença, mas como resultado final elas divergem completamente.
O efeito proporcionado pela arquitetura barroca foi muito mais
rebuscado, complexo e simbólico. Os elementos clássicos estão reunidos:
harmônica e simétrica da arquitetura clássica.
Existe uma imponência na sua estrutura e nos detalhes bastante
decorados. As colunas, por exemplo, são duplas ou espiraladas. Os interiores
seguem os mesmos princípios. No caso das igrejas, todo o apelo sentimental
da Arte Barroca foi intensamente decorado, pois os ambientes se propõem a
mostrar o esplendor de Deus e o poder da Igreja Católica. Nos palácios o
mesmo se repete: o barroco se adapta para glorificar o poder dos reis europeus
que neste período começa a se fortificar. A arquitetura se destacou
principalmente nos palácios e nas igrejas. A igreja católica queria proclamar o
triunfo de sua fé e, por isso, realizou obras que impressionam pelo seu
esplendor.
colunas, frontões e cúpulas; porém o conjunto não segue a simplicidade
Obras arquitetônicas mais famosas desses artistas
A igreja de Nossa Senhora da Luz começou a ser construída por volta de 1600
e é um dos poucos exemplos da arquitetura colonial de São Paulo. As
esculturas do Barroco paulista são muito simples, em razão da pobreza da
cidade nenhum artista de renome ia para lá por isso as imagens são em geral
rústicas e primitivas, feitas de barro cozido.
Sant'Ivo alla Sapienza é uma igreja de Roma, considerada como uma obra-
prima da arquitetura barroca, erguida em 1642-1660 pelo arquiteto Francesco
Borromini. A igreja começou provavelmente no século XIV como uma capela do
palácio da Universidade de Roma.
11. A Universidade chama-se La Sapienza, e a igreja está dedicada a Santo
Ivo (santo padroeiro dos juristas), dando à igreja o seu nome. Borromini viu-se
obrigado a adaptar o seu desenho ao palácio já existente. Por isso escolheu
uma planta semelhante a uma estrela de David, e entalhou a fachada da igreja
com o pátio do palácio.
Bernini desenhou sua obra-prima imaginando dois espaços abertos
conjuntos. O primeiro, a Piazza Obliqua, tem forma de um elipse rodeada por
colunatas que se abrem como num grande abraço maternal e simbolizam a
Igreja Mãe. O pavimento tem pedras brancas que marcam caminho até o
obelisco central, montado sobre quatro leões de bronze. Tradicionalmente, o
obelisco representa o elo entre a antiguidade e a cristandade. Dos dois lados,
há duas fontes em bronze, com bases de granito.