SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 22
gerson.s.santos@ages.edu.br
Anamnese (aná = trazer de novo e mnesis = memória) significa trazer de volta à
mente todos os fatos relacionados com a doença e a pessoa doente. A anamnese
é a parte mais importante da medicina: primeiro, porque é o núcleo em torno do
qual se desenvolve a relação médico-paciente, que, por sua vez, é o principal pilar
do trabalho do médico; segundo, porque é neste momento que os princípios
éticos passam de conceitos abstratos para o mundo real do paciente,
consubstanciados em ações e atitudes; terceiro, porque é cada vez mais evidente
que o progresso tecnológico somente é bem utilizado se o lado humano da
medicina é preservado.
A relação médico-paciente é o vínculo que se estabelece entre o
médico e a pessoa que o procura, estando doente ou não. Inicia-se no
primeiro contato e não é restrita apenas ao ambiente do consultório
médico, mas existe em todas as oportunidades de contato entre essas
duas pessoas, em serviços de emergência, unidades de terapia
intensiva, de internação e de diagnóstico. A relação entre o médico e o
paciente faz parte da essência da profissão médica.
1- O paciente deseja ser ouvido
2- O paciente tem a expectativa de que o médico se interesse por ele como um ser
humano, e não como uma doença ou uma parte de corpo humano
3- O paciente espera que o médico seja competente
4- O paciente deseja ser informado O paciente não deseja ser abandonado
.
Estabelecer condições para uma adequada relação médico-paciente
Conhecer, por meio da identificação, os determinantes epidemiológicos do
paciente que influenciam seu processo saúde doença
Fazer a história clínica registrando, detalhada e cronologicamente, o problema
atual de saúde do paciente
Avaliar, de maneira detalhada, os sintomas de cada sistema corporal
Registrar e desenvolver práticas de promoção da saúde
Avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores
pessoais, familiares e ambientais que influenciam seu processo saúde doença
Conhecer os hábitos de vida do paciente, bem como suas condições
socioeconômicas e culturais.
Possibilidades e objetivos da anamnese
Método clínico centrado na pessoa: O método clínico centrado na pessoa
(MCCP) sugere que o paciente seja protagonista de sua própria saúde e o
posiciona como foco na consulta médica e participante ativo no
estabelecimento de prioridades e na tomada de decisões para o cuidado.
Atuação centrada na pessoa, se comparada aos modelos tradicionais,
apresenta resultados mais positivos, tais como:
Aumenta a satisfação
de pessoas e médicos
Melhora a aderência
aos tratamentos
Reduz preocupações
Reduz sintomas
Diminui a utilização dos
serviços de saúde
Melhora a saúde
mental
melhora a situação fisiológica e a
recuperação de problemas recorrentes.
O Método propõe, em seus diversos componentes, um conjunto claro de
orientações para que o profissional de saúde consiga uma abordagem mais
centrada na pessoa. Ele está estruturado em seis componentes, que são
complementares entre si. O profissional experiente é capaz de perceber o
momento adequado para lançar mão de um ou outro dos componentes, de
acordo com o fluir da sua interação com a pessoa que procura atendimento. Os
componentes propostos por Stewart e colaboradores são:
1- Explorando a doença e a experiência da pessoa com a doença:
• Avaliando a história, exame físico, exames complementares;
• Avaliando a dimensão da doença: sentimentos, ideias, feitos sobre a funcionalidade e
expectativas da pessoa.
2- Entendendo a pessoa como um todo, inteira:
• A pessoa: Sua história de vida, aspectos pessoais e de desenvolvimento;
• Contexto próximo: Sua família, comunidade, emprego, suporte social;
• Contexto distante: Sua comunidade, cultura, ecossistema.
3- Elaborando um projeto comum de manejo:
• Avaliando quais os problemas e prioridades;
• Estabelecendo os objetivos do tratamento e do manejo;
• Avaliando e estabelecendo os papéis da pessoa e do profissional de saúde.
4- Incorporando a prevenção e a promoção de saúde:
• Melhorias de saúde;
• Evitando ou reduzindo riscos;
• Identificando precocemente os riscos ou doenças;
• Reduzindo complicações.
5- Fortalecendo a relação médico-pessoa:
• Exercendo a compaixão;
• A relação de poder;
• A cura (efeito terapêutico da relação);
• O autoconhecimento;
• A transferência e contra transferência.
6- Sendo realista: Tempo e timing; Construindo e trabalhando em equipe; Usando
adequadamente os recursos disponíveis.
BIOÉTICA: do grego bios (vida) + ethos (ética) é a ética da vida, um campo
de estudo inter, multi e transdisciplinar. Focada em discutir e tentar
encontrar a melhor forma de resolver casos e dilema que surgiram com o
avanço da biotecnologia, da genética e dos próprios valores e direitos
humanos, prezando sempre a conduta humana e levando em consideração
toda a diversidade moral que há e todas as áreas do conhecimento.
O médico, em todo relacionamento com seus pacientes, deve ter sempre
presente em sua mente aqueles que são considerados os quatro princípios
fundamentais da moderna Bioética: beneficência, não-maleficência, justiça e
autonomia.
Beneficência e não-maleficência - o médico, em todas as suas atitudes, deve
sempre procurar fazer apenas aquilo que visa a beneficiar o paciente
(beneficência) e evitar sempre qualquer atitude que possa prejudicá-lo, causar
dano ou piorar suas condições de saúde (não maleficência).
Justiça - o médico deve fazer o possível para que todos os pacientes possam ter
acesso aos cuidados de saúde de qualidade equivalente. Todos os cidadãos têm
direito a cuidados de saúde de qualidade. É óbvio que a aplicação desse
princípio implica muitas vezes mudanças políticas, sociais, culturais, da estrutura
dos serviços de saúde. Mas é importante que o médico tenha
sempre clara consciência da importância de ele, como médico e cidadão, ser
também um agente contribuindo para essas mudança.
Autonomia - o médico deve respeitar os desejos do paciente, informá-lo e
consultá-lo sobre tudo o que diz respeito a sua saúde, diagnósticos, prognóstico,
procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
O Código de Ética Médica contém as normas que devem ser seguidas
pelos médicos no exercício de sua profissão, inclusive no exercício de
atividades relativas ao ensino, à pesquisa e à administração de serviços
de saúde, bem como no exercício de quaisquer outras atividades em
que se utilize o conhecimento advindo do estudo da Medicina.
Capítulo II DIREITOS DOS MÉDICOS - É direito do médico:
I - Exercer a medicina sem ser discriminado por questões de religião, etnia, cor, sexo,
orientação sexual, nacionalidade, idade, condição social, opinião política, deficiência ou de
qualquer outra natureza.
II - Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas cientificamente
reconhecidas e respeitada a legislação vigente.
IV - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de
trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como
a dos demais profissionais. Nesse caso, comunicará com justificativa e maior brevidade sua
decisão ao diretor técnico, ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição e à Comissão
de Ética da instituição, quando houver.
VIII - Decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência e
capacidade profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente sem permitir que o acúmulo de
encargos ou de consultas venha prejudicar seu trabalho
Capítulo IV – Direitos humanos
É vedado ao médico: Art. 22. Deixar de obter consentimento do paciente ou de
seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado,
salvo em caso de risco iminente de morte.
Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua
dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto.
Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir
livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua
autoridade para limitá-lo.
Art. 29. Participar, direta ou indiretamente, da execução de pena de morte
Capítulo V - RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES
É vedado ao médico:
Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de
decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas,
salvo em caso de iminente risco de morte.
Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de
prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, cientificamente reconhecidos
e a seu alcance, em favor do paciente.
Art. 40. Aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para
obter vantagem física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza.
Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu
representante legal.
Capítulo IX SIGILO PROFISSIONAL - É vedado ao médico:
Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua
profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do
paciente.
Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou
imagens que os tornem reconhecíveis em anúncios profissionais ou na
divulgação de assuntos médicos em meios de comunicação em geral, mesmo
com autorização do paciente.
Referências:
1- Porto, Celmo Celeno Exame clínico. Celmo Celeno Porto, Arnaldo
Lemos Porto. - 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017.
2- Benseiior, Isabela M. Semiologia clínica. Isabela M. Benseiior, José
Antonio Atta, Mílton de Arruda Martins. São Paulo: SARVIER, 2002.
3- O método clínico centrado na pessoa. Disponível em:
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3934.pdf.
Acesso 15/03/2021.
4- https://rcem.cfm.org.br/index.php/cem-atual
5- Código de ética médica 2019. Disponível em: https://cdn-
flip3d.sflip.com.br/temp_site/edicao-
3b3fff6463464959dcd1b68d0320f781.pdf.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Teorias de Enfermagem
Teorias de Enfermagem Teorias de Enfermagem
Teorias de Enfermagem resenfe2013
 
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2Aline Bandeira
 
Slide Centro Cirúrgico
Slide Centro CirúrgicoSlide Centro Cirúrgico
Slide Centro CirúrgicoLuana Santos
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)resenfe2013
 
Historia Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemHistoria Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemFernando Dias
 
Humanização Na Assistencia de Enfermagem
Humanização Na Assistencia de  EnfermagemHumanização Na Assistencia de  Enfermagem
Humanização Na Assistencia de EnfermagemCharles Lima
 
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptxSocorro Carneiro
 
Treinamento de Segurança do Paciente
Treinamento de Segurança do PacienteTreinamento de Segurança do Paciente
Treinamento de Segurança do PacienteMarco Lamim
 
Aula Identificação Correta do Paciente
Aula Identificação Correta do PacienteAula Identificação Correta do Paciente
Aula Identificação Correta do PacienteProqualis
 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)Amanda Moura
 
Avaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de EnfermagemAvaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de Enfermagemresenfe2013
 
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...angelitamelo
 
Ética Profissional de enfermagem
Ética Profissional de enfermagemÉtica Profissional de enfermagem
Ética Profissional de enfermagemfnanda
 
Código de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagemCódigo de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagemCentro Universitário Ages
 
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALNUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALElyda Santos
 
Aula de humanização plt
Aula de humanização pltAula de humanização plt
Aula de humanização pltenfanhanguera
 
Estrutura Organizacional e os Serviços de Enfermagem
Estrutura Organizacional e os Serviços de EnfermagemEstrutura Organizacional e os Serviços de Enfermagem
Estrutura Organizacional e os Serviços de EnfermagemCentro Universitário Ages
 
Segurança do paciente
Segurança do pacienteSegurança do paciente
Segurança do pacienteHIAGO SANTOS
 

Was ist angesagt? (20)

Teorias de Enfermagem
Teorias de Enfermagem Teorias de Enfermagem
Teorias de Enfermagem
 
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2
Protocolo de Cirurgia Segura AULA 2
 
Slide Centro Cirúrgico
Slide Centro CirúrgicoSlide Centro Cirúrgico
Slide Centro Cirúrgico
 
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
Diagnósticos de Enfermagem: Uso das Taxonomias (NANDA, NIC, NOC e CIPE)
 
Historia Da Enfermagem
Historia Da EnfermagemHistoria Da Enfermagem
Historia Da Enfermagem
 
Humanização Na Assistencia de Enfermagem
Humanização Na Assistencia de  EnfermagemHumanização Na Assistencia de  Enfermagem
Humanização Na Assistencia de Enfermagem
 
Sae
SaeSae
Sae
 
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx
1a Aula- A enfermagem como profissão,_Cnceitos SAE e PE.pptx
 
Treinamento de Segurança do Paciente
Treinamento de Segurança do PacienteTreinamento de Segurança do Paciente
Treinamento de Segurança do Paciente
 
Aula Identificação Correta do Paciente
Aula Identificação Correta do PacienteAula Identificação Correta do Paciente
Aula Identificação Correta do Paciente
 
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)
 
Avaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de EnfermagemAvaliação e o processo de Enfermagem
Avaliação e o processo de Enfermagem
 
Código de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagemCódigo de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagem
 
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
Medicamentos potencialmente perigosos: contaminação de superfícies, risco amb...
 
Ética Profissional de enfermagem
Ética Profissional de enfermagemÉtica Profissional de enfermagem
Ética Profissional de enfermagem
 
Código de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagemCódigo de ética dos profissionais de enfermagem
Código de ética dos profissionais de enfermagem
 
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERALNUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
NUTRIÇÃO PARENTERAL E NUTRIÇÃO ENTERAL
 
Aula de humanização plt
Aula de humanização pltAula de humanização plt
Aula de humanização plt
 
Estrutura Organizacional e os Serviços de Enfermagem
Estrutura Organizacional e os Serviços de EnfermagemEstrutura Organizacional e os Serviços de Enfermagem
Estrutura Organizacional e os Serviços de Enfermagem
 
Segurança do paciente
Segurança do pacienteSegurança do paciente
Segurança do paciente
 

Ähnlich wie Cuidado centrado na pessoa

Biodireito & bioetica
Biodireito & bioeticaBiodireito & bioetica
Biodireito & bioeticaMilton Aldana
 
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptxBIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptxJessiellyGuimares
 
02 19 emergências médicas - Marion
02 19 emergências médicas - Marion02 19 emergências médicas - Marion
02 19 emergências médicas - Marionlaiscarlini
 
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de SaúdeU. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de SaúdeI.Braz Slideshares
 
Carta Direitos e Deveres do Doente.pdf
Carta Direitos e Deveres do Doente.pdfCarta Direitos e Deveres do Doente.pdf
Carta Direitos e Deveres do Doente.pdfFilipeMartins484225
 
Aula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicação
Aula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicaçãoAula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicação
Aula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicaçãoCristianoNogueira19
 
Ética e bioética cap 6 aula 9 ética no direito à saúde e a informação
Ética e bioética cap 6 aula 9 ética no direito à saúde e a informaçãoÉtica e bioética cap 6 aula 9 ética no direito à saúde e a informação
Ética e bioética cap 6 aula 9 ética no direito à saúde e a informaçãoCleanto Santos Vieira
 
1ª Aula_S. Respiratório.pdf
1ª Aula_S. Respiratório.pdf1ª Aula_S. Respiratório.pdf
1ª Aula_S. Respiratório.pdfssuser37a213
 
Farmácia Clínica como iniciar a fazer .
Farmácia Clínica como iniciar a fazer .Farmácia Clínica como iniciar a fazer .
Farmácia Clínica como iniciar a fazer .OdilonCalian1
 
TEXTO_MEDICINA INTEGRATIVA_fev15
TEXTO_MEDICINA INTEGRATIVA_fev15TEXTO_MEDICINA INTEGRATIVA_fev15
TEXTO_MEDICINA INTEGRATIVA_fev15Eleonora Lins
 
MEDICINA INTEGRATIVA_DRª ELEONORA LINS_SÃO PAULO
MEDICINA INTEGRATIVA_DRª ELEONORA LINS_SÃO PAULOMEDICINA INTEGRATIVA_DRª ELEONORA LINS_SÃO PAULO
MEDICINA INTEGRATIVA_DRª ELEONORA LINS_SÃO PAULOEleonora Lins
 
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Luciane Santana
 
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de SaúdeU. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de SaúdeI.Braz Slideshares
 
UFCD - 6558 -Act. Técnico Auxiliar de Saude.pptx
UFCD - 6558 -Act. Técnico Auxiliar de Saude.pptxUFCD - 6558 -Act. Técnico Auxiliar de Saude.pptx
UFCD - 6558 -Act. Técnico Auxiliar de Saude.pptxNome Sobrenome
 

Ähnlich wie Cuidado centrado na pessoa (20)

Biodireito & bioetica
Biodireito & bioeticaBiodireito & bioetica
Biodireito & bioetica
 
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptxBIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
BIOÉTICA E O SER HUMANO NO PROCESSO SAÚDE 1.pptx
 
02 19 emergências médicas - Marion
02 19 emergências médicas - Marion02 19 emergências médicas - Marion
02 19 emergências médicas - Marion
 
Regulação da profissão médica
Regulação da profissão  médicaRegulação da profissão  médica
Regulação da profissão médica
 
Cópia de √ ato médico
Cópia de √ ato médicoCópia de √ ato médico
Cópia de √ ato médico
 
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de SaúdeU. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
 
Carta Direitos e Deveres do Doente.pdf
Carta Direitos e Deveres do Doente.pdfCarta Direitos e Deveres do Doente.pdf
Carta Direitos e Deveres do Doente.pdf
 
Aula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicação
Aula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicaçãoAula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicação
Aula CFM Relação Médico Paciente e os meios de comunicação
 
Bioética cuidados paliativos
Bioética   cuidados paliativosBioética   cuidados paliativos
Bioética cuidados paliativos
 
Gislaine Cresmashi Lima Padovan
Gislaine Cresmashi Lima PadovanGislaine Cresmashi Lima Padovan
Gislaine Cresmashi Lima Padovan
 
Ética e bioética cap 6 aula 9 ética no direito à saúde e a informação
Ética e bioética cap 6 aula 9 ética no direito à saúde e a informaçãoÉtica e bioética cap 6 aula 9 ética no direito à saúde e a informação
Ética e bioética cap 6 aula 9 ética no direito à saúde e a informação
 
1ª Aula_S. Respiratório.pdf
1ª Aula_S. Respiratório.pdf1ª Aula_S. Respiratório.pdf
1ª Aula_S. Respiratório.pdf
 
Principios da bioetica
Principios da bioeticaPrincipios da bioetica
Principios da bioetica
 
Farmácia Clínica como iniciar a fazer .
Farmácia Clínica como iniciar a fazer .Farmácia Clínica como iniciar a fazer .
Farmácia Clínica como iniciar a fazer .
 
TEXTO_MEDICINA INTEGRATIVA_fev15
TEXTO_MEDICINA INTEGRATIVA_fev15TEXTO_MEDICINA INTEGRATIVA_fev15
TEXTO_MEDICINA INTEGRATIVA_fev15
 
MEDICINA INTEGRATIVA_DRª ELEONORA LINS_SÃO PAULO
MEDICINA INTEGRATIVA_DRª ELEONORA LINS_SÃO PAULOMEDICINA INTEGRATIVA_DRª ELEONORA LINS_SÃO PAULO
MEDICINA INTEGRATIVA_DRª ELEONORA LINS_SÃO PAULO
 
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
Informações clinicas e a comunicação com o paciente.
 
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de SaúdeU. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
U. 1 - Direitos e Deveres do Utente do Serviço Nacional de Saúde
 
UFCD - 6558 -Act. Técnico Auxiliar de Saude.pptx
UFCD - 6558 -Act. Técnico Auxiliar de Saude.pptxUFCD - 6558 -Act. Técnico Auxiliar de Saude.pptx
UFCD - 6558 -Act. Técnico Auxiliar de Saude.pptx
 
éTica na saúde
éTica na saúdeéTica na saúde
éTica na saúde
 

Mehr von Centro Universitário Ages

Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundoEpidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundoCentro Universitário Ages
 
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaDengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaCentro Universitário Ages
 
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de ChikungunyaProtocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de ChikungunyaCentro Universitário Ages
 
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionaisAlimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionaisCentro Universitário Ages
 
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUSO farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUSCentro Universitário Ages
 
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervenção
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervençãoDeterminantes sociais na saúde na doença e na intervenção
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervençãoCentro Universitário Ages
 
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXIDesafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXICentro Universitário Ages
 
Visita domiciliar a idosos: caracteristicas e fatores associados
Visita domiciliar a idosos: caracteristicas e fatores associadosVisita domiciliar a idosos: caracteristicas e fatores associados
Visita domiciliar a idosos: caracteristicas e fatores associadosCentro Universitário Ages
 

Mehr von Centro Universitário Ages (20)

Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdfSistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
Sistema de Saúde no Brasil e no mundo.pdf
 
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundoEpidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
Epidemia do coronavírus como emergência de saúde pública no mundo
 
Como fazer Genogramas
Como fazer GenogramasComo fazer Genogramas
Como fazer Genogramas
 
Estudos observacionais
Estudos observacionais Estudos observacionais
Estudos observacionais
 
A pele e seus anexos
A pele e seus anexosA pele e seus anexos
A pele e seus anexos
 
Protocolo Manejo-Coronavirus
Protocolo Manejo-CoronavirusProtocolo Manejo-Coronavirus
Protocolo Manejo-Coronavirus
 
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criançaDengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
Dengue - diagnóstico e manejo clínico adulto e criança
 
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de ChikungunyaProtocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
Protocolo de Assistência aos Casos Crônicos de Chikungunya
 
Recém-nascido de mãe diabética
Recém-nascido de mãe diabéticaRecém-nascido de mãe diabética
Recém-nascido de mãe diabética
 
Alojamento conjunto indicações e vantagens
Alojamento conjunto indicações e vantagensAlojamento conjunto indicações e vantagens
Alojamento conjunto indicações e vantagens
 
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionaisAlimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
Alimentação do prematuro: necessidades especificas e fontes nutricionais
 
Aleitamento Materno
Aleitamento MaternoAleitamento Materno
Aleitamento Materno
 
Acesso venoso em recem nascidos
Acesso venoso em recem nascidosAcesso venoso em recem nascidos
Acesso venoso em recem nascidos
 
Alterações fisiológicas do envelhecimento
Alterações fisiológicas do envelhecimentoAlterações fisiológicas do envelhecimento
Alterações fisiológicas do envelhecimento
 
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUSO farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
O farmacêutico na assistência farmacêutica do SUS
 
Lei nº 8.080/90 Sistema Único de Saúde
Lei nº 8.080/90 Sistema Único de SaúdeLei nº 8.080/90 Sistema Único de Saúde
Lei nº 8.080/90 Sistema Único de Saúde
 
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervenção
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervençãoDeterminantes sociais na saúde na doença e na intervenção
Determinantes sociais na saúde na doença e na intervenção
 
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXIDesafios para a saúde coletiva no século XXI
Desafios para a saúde coletiva no século XXI
 
Caminhos para analise das politicas de saude
Caminhos para analise das politicas de saudeCaminhos para analise das politicas de saude
Caminhos para analise das politicas de saude
 
Visita domiciliar a idosos: caracteristicas e fatores associados
Visita domiciliar a idosos: caracteristicas e fatores associadosVisita domiciliar a idosos: caracteristicas e fatores associados
Visita domiciliar a idosos: caracteristicas e fatores associados
 

Kürzlich hochgeladen

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...Leila Fortes
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)a099601
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfjuliperfumes03
 

Kürzlich hochgeladen (7)

8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
8 - O Teste de sentar e levantar em 1 minuto como indicador de resultado nos ...
 
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
Psicologia Hospitalar (apresentação de slides)
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdfENFERMAGEM - MÓDULO I -  HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
ENFERMAGEM - MÓDULO I - HISTORIA DA ENFERMAGEM, ETICA E LEGISLACAO.pptx.pdf
 

Cuidado centrado na pessoa

  • 2. Anamnese (aná = trazer de novo e mnesis = memória) significa trazer de volta à mente todos os fatos relacionados com a doença e a pessoa doente. A anamnese é a parte mais importante da medicina: primeiro, porque é o núcleo em torno do qual se desenvolve a relação médico-paciente, que, por sua vez, é o principal pilar do trabalho do médico; segundo, porque é neste momento que os princípios éticos passam de conceitos abstratos para o mundo real do paciente, consubstanciados em ações e atitudes; terceiro, porque é cada vez mais evidente que o progresso tecnológico somente é bem utilizado se o lado humano da medicina é preservado.
  • 3. A relação médico-paciente é o vínculo que se estabelece entre o médico e a pessoa que o procura, estando doente ou não. Inicia-se no primeiro contato e não é restrita apenas ao ambiente do consultório médico, mas existe em todas as oportunidades de contato entre essas duas pessoas, em serviços de emergência, unidades de terapia intensiva, de internação e de diagnóstico. A relação entre o médico e o paciente faz parte da essência da profissão médica. 1- O paciente deseja ser ouvido 2- O paciente tem a expectativa de que o médico se interesse por ele como um ser humano, e não como uma doença ou uma parte de corpo humano 3- O paciente espera que o médico seja competente 4- O paciente deseja ser informado O paciente não deseja ser abandonado
  • 4. . Estabelecer condições para uma adequada relação médico-paciente Conhecer, por meio da identificação, os determinantes epidemiológicos do paciente que influenciam seu processo saúde doença Fazer a história clínica registrando, detalhada e cronologicamente, o problema atual de saúde do paciente Avaliar, de maneira detalhada, os sintomas de cada sistema corporal Registrar e desenvolver práticas de promoção da saúde Avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais, familiares e ambientais que influenciam seu processo saúde doença Conhecer os hábitos de vida do paciente, bem como suas condições socioeconômicas e culturais. Possibilidades e objetivos da anamnese
  • 5.
  • 6. Método clínico centrado na pessoa: O método clínico centrado na pessoa (MCCP) sugere que o paciente seja protagonista de sua própria saúde e o posiciona como foco na consulta médica e participante ativo no estabelecimento de prioridades e na tomada de decisões para o cuidado. Atuação centrada na pessoa, se comparada aos modelos tradicionais, apresenta resultados mais positivos, tais como: Aumenta a satisfação de pessoas e médicos Melhora a aderência aos tratamentos Reduz preocupações Reduz sintomas Diminui a utilização dos serviços de saúde Melhora a saúde mental melhora a situação fisiológica e a recuperação de problemas recorrentes.
  • 7.
  • 8. O Método propõe, em seus diversos componentes, um conjunto claro de orientações para que o profissional de saúde consiga uma abordagem mais centrada na pessoa. Ele está estruturado em seis componentes, que são complementares entre si. O profissional experiente é capaz de perceber o momento adequado para lançar mão de um ou outro dos componentes, de acordo com o fluir da sua interação com a pessoa que procura atendimento. Os componentes propostos por Stewart e colaboradores são: 1- Explorando a doença e a experiência da pessoa com a doença: • Avaliando a história, exame físico, exames complementares; • Avaliando a dimensão da doença: sentimentos, ideias, feitos sobre a funcionalidade e expectativas da pessoa. 2- Entendendo a pessoa como um todo, inteira: • A pessoa: Sua história de vida, aspectos pessoais e de desenvolvimento; • Contexto próximo: Sua família, comunidade, emprego, suporte social; • Contexto distante: Sua comunidade, cultura, ecossistema.
  • 9. 3- Elaborando um projeto comum de manejo: • Avaliando quais os problemas e prioridades; • Estabelecendo os objetivos do tratamento e do manejo; • Avaliando e estabelecendo os papéis da pessoa e do profissional de saúde. 4- Incorporando a prevenção e a promoção de saúde: • Melhorias de saúde; • Evitando ou reduzindo riscos; • Identificando precocemente os riscos ou doenças; • Reduzindo complicações. 5- Fortalecendo a relação médico-pessoa: • Exercendo a compaixão; • A relação de poder; • A cura (efeito terapêutico da relação); • O autoconhecimento; • A transferência e contra transferência.
  • 10. 6- Sendo realista: Tempo e timing; Construindo e trabalhando em equipe; Usando adequadamente os recursos disponíveis.
  • 11.
  • 12.
  • 13.
  • 14. BIOÉTICA: do grego bios (vida) + ethos (ética) é a ética da vida, um campo de estudo inter, multi e transdisciplinar. Focada em discutir e tentar encontrar a melhor forma de resolver casos e dilema que surgiram com o avanço da biotecnologia, da genética e dos próprios valores e direitos humanos, prezando sempre a conduta humana e levando em consideração toda a diversidade moral que há e todas as áreas do conhecimento.
  • 15. O médico, em todo relacionamento com seus pacientes, deve ter sempre presente em sua mente aqueles que são considerados os quatro princípios fundamentais da moderna Bioética: beneficência, não-maleficência, justiça e autonomia. Beneficência e não-maleficência - o médico, em todas as suas atitudes, deve sempre procurar fazer apenas aquilo que visa a beneficiar o paciente (beneficência) e evitar sempre qualquer atitude que possa prejudicá-lo, causar dano ou piorar suas condições de saúde (não maleficência). Justiça - o médico deve fazer o possível para que todos os pacientes possam ter acesso aos cuidados de saúde de qualidade equivalente. Todos os cidadãos têm direito a cuidados de saúde de qualidade. É óbvio que a aplicação desse princípio implica muitas vezes mudanças políticas, sociais, culturais, da estrutura dos serviços de saúde. Mas é importante que o médico tenha sempre clara consciência da importância de ele, como médico e cidadão, ser também um agente contribuindo para essas mudança.
  • 16. Autonomia - o médico deve respeitar os desejos do paciente, informá-lo e consultá-lo sobre tudo o que diz respeito a sua saúde, diagnósticos, prognóstico, procedimentos diagnósticos e terapêuticos.
  • 17. O Código de Ética Médica contém as normas que devem ser seguidas pelos médicos no exercício de sua profissão, inclusive no exercício de atividades relativas ao ensino, à pesquisa e à administração de serviços de saúde, bem como no exercício de quaisquer outras atividades em que se utilize o conhecimento advindo do estudo da Medicina.
  • 18. Capítulo II DIREITOS DOS MÉDICOS - É direito do médico: I - Exercer a medicina sem ser discriminado por questões de religião, etnia, cor, sexo, orientação sexual, nacionalidade, idade, condição social, opinião política, deficiência ou de qualquer outra natureza. II - Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práticas cientificamente reconhecidas e respeitada a legislação vigente. IV - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos demais profissionais. Nesse caso, comunicará com justificativa e maior brevidade sua decisão ao diretor técnico, ao Conselho Regional de Medicina de sua jurisdição e à Comissão de Ética da instituição, quando houver. VIII - Decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração sua experiência e capacidade profissional, o tempo a ser dedicado ao paciente sem permitir que o acúmulo de encargos ou de consultas venha prejudicar seu trabalho
  • 19. Capítulo IV – Direitos humanos É vedado ao médico: Art. 22. Deixar de obter consentimento do paciente ou de seu representante legal após esclarecê-lo sobre o procedimento a ser realizado, salvo em caso de risco iminente de morte. Art. 23. Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma ou sob qualquer pretexto. Art. 24. Deixar de garantir ao paciente o exercício do direito de decidir livremente sobre sua pessoa ou seu bem-estar, bem como exercer sua autoridade para limitá-lo. Art. 29. Participar, direta ou indiretamente, da execução de pena de morte
  • 20. Capítulo V - RELAÇÃO COM PACIENTES E FAMILIARES É vedado ao médico: Art. 31. Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte. Art. 32. Deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente. Art. 40. Aproveitar-se de situações decorrentes da relação médico-paciente para obter vantagem física, emocional, financeira ou de qualquer outra natureza. Art. 41. Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal.
  • 21. Capítulo IX SIGILO PROFISSIONAL - É vedado ao médico: Art. 73. Revelar fato de que tenha conhecimento em virtude do exercício de sua profissão, salvo por motivo justo, dever legal ou consentimento, por escrito, do paciente. Art. 75. Fazer referência a casos clínicos identificáveis, exibir pacientes ou imagens que os tornem reconhecíveis em anúncios profissionais ou na divulgação de assuntos médicos em meios de comunicação em geral, mesmo com autorização do paciente.
  • 22. Referências: 1- Porto, Celmo Celeno Exame clínico. Celmo Celeno Porto, Arnaldo Lemos Porto. - 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 2- Benseiior, Isabela M. Semiologia clínica. Isabela M. Benseiior, José Antonio Atta, Mílton de Arruda Martins. São Paulo: SARVIER, 2002. 3- O método clínico centrado na pessoa. Disponível em: https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/3934.pdf. Acesso 15/03/2021. 4- https://rcem.cfm.org.br/index.php/cem-atual 5- Código de ética médica 2019. Disponível em: https://cdn- flip3d.sflip.com.br/temp_site/edicao- 3b3fff6463464959dcd1b68d0320f781.pdf.