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Dicas Gerais Sobre Manutenção


                                                                   Gerisval Alves Pessoa

          Durante minhas visitas a empresas japonesas e quando acompanhei
   consultores japoneses, tais como Mitsunori Nakano e Masao Umeda, especialistas em
   controle da qualidade em suas visitas a empresas brasileiras para avaliar a qualidade
   e produtividade da função manutenção, fiz algumas notações sobre manutenção que
   gostaria de compartilhar com os leitores:

   1. Os pilares do gerenciamento diário da função manutenção são:
        a. 5S (base de toda a manutenção)
        b. Indicadores de desempenho / itens de controle
        c. Padronização
        d. Manutenção autônoma
        e. Análise e gestão de falhas

   2. Um dos objetivos da função manutenção é aumentar a disponibilidade dos
      equipamentos.

   3.   Aumentar a disponibilidade significa reduzir falhas:

           a. Disponibilidade + Falha = 1. Então, Disponibilidade = 1 – Falhas (eq. 1)
           b. Disponibilidade = R + F. Onde,
              R (Reliability) = Confiabilidade
              F (Failure)     = Falha ou inconfiabilidade

   4.   Para aumentar a confiabilidade temos que:

           a. Fazer manutenção preventiva ou
           b. Reformar o equipamento (restabelecer às condições iniciais)

   5.   Para reduzir as falhas ou inconfiabilidade temos que:

           a. Realizar treinamento de capacitação técnica
           b. Controlar estoque ( < tempo)
           c. Ter 5S

   6. É necessário realizar um trabalho contínuo de conscientização de todos,
      principalmente do corpo gerencial, pois a atividade produtiva não é só produção,
      engloba também a função manutenção!

   7. Muitas empresas implantaram a função operador mantenedor. É possível ter esta
      função, desde que a pessoa entenda de manutenção e operação.

   8. É possível terceirizar a manutenção? Digo que sim, porém, de forma mista: parte
      empresa e parte terceirizada.




Por: Prof. Msc. Gerisval Alves Pessoa         1
9.    Na terceirização a prioridade geralmente é o custo da mão-de-obra, portanto, o
         custo é bom, mas a parte técnica geralmente deixa a desejar. Para suprir essa
         deficiência, ale da tradicional fiscalização, precisa-se de uma inspeção mais
         rigorosa, ou seja, é necessária uma avaliação da qualidade dos serviços oferecidos
         pela terceirizada por meio de uma gestão eficiente de contratadas.


   10.    É necessário que os mantenedores, os engenheiros, os supervisores e os
         gerentes de manutenção saibam utilizar as Sete ferramentas do controle da
         qualidade para identificar as causas que estão gerando as falhas.

   11.    Dentre as sete ferramentas, as citadas abaixo são fundamentais para a
         manutenção:

            a.    Diagrama de causa e efeito (6M: Máquina, Matéria prima, Mão-de-obra,
                 Método, Meio ambiente e Medida).

                    i. É necessário identificar a(s) causa(s) fundamental (ais) por meio do
                       relatório de falhas

            b. Diagrama de Pareto

                     i. O Diagrama de Pareto deve ser elaborado em conjunto com o
                        diagrama de causa e efeito. Geralmente após a identificação das
                        causas.
                    ii. O Diagrama de Pareto tem que apresentar a distribuição (%), o
                        tamanho da amostra (n), a data, o responsável pelos dados e a curva
                        que tem de iniciar do 0 (zero).

            c. Elaboração do gráfico seqüencial

                    i. É necessário se fazer um acompanhamento diário da evolução dos
                       dados, ou seja, é necessário que se faça uma análise diária das
                       causas que estão fira do valor esperado (gerenciar quando este valor
                       estiver fora). Não adianta no final do mês coletar os dados e fazer os
                       gráficos (Final do mês já é tarde, já comprometeu a confiabilidade /
                       disponibilidade)

            d.   Somente com o uso do Diagrama de Pareto não conseguiremos enxergar o
                 tamanho do problema, não conseguimos pensar em freqüência e em
                 dispersão. Portanto, é necessário o uso de histogramas. No histograma
                 podemos analisar o grau de importância do problema, não só pela média e
                 sim pela dispersão. (è necessário controlar o desvio (dispersão).

   12.    Na execução das tarefas diárias da função manutenção é necessário se avaliar
         sempre o Padrão utilizado. Gerenciamento diário da manutenção também implicar
         em Revisão dos Padrões existentes.

   13. É necessário analisar sempre as paradas, analisando o “tamanho e grau de
      importância”.


Por: Prof. Msc. Gerisval Alves Pessoa          2
Parada |-----------------------------------------------------------------| Disponibilidade
                                  DT(Down Time) ou indisponibilidade

                          t1       t2       t3       t4        t5       t6       t7
             Parada |----------|---------|--------|--------|---------|--------|---------| Operando
                                   DT(Down Time) ou indisponibilidade

            a.    t1 = Comunicação
            b.    t2 = Mobilização
            c.    t3 = Inspeção
            d.    t4 = Provisão de Peça
            e.    t5 = Reparo
            f.    t6 = Inspeção e teste
            g.    t7 = Entrega a operação

   14. Todas estas etapas já têm padrões definidos, portanto resta-nos trabalhar dentro
         destas paradas.

   15.                 t1              t2              t3              t4
                 ------------- F1------------- F2------------- F3------------- Fn
                 operando           operando       operando           operando

Onde,

         F(n) = Tempo de Falha
         t(n) = Tempo de Operação

         Para se ter disponibilidade 100% os tempos de falha F1 a F3 tem que ser 0(zero)

   16. É necessário se medir e analisar os tempos de falha

         F1 + F2 + F3
         ---------------- = MTTR (Tempo médio para reparar)
                 3

         t1 + t2 + t3 + t4
         ------------------- = MTBF (Tempo médio entre falhas)
                    4

   17. É necessário manter a qualidade das peças estocadas

   18. Tem que existir padrão (elaborado pela Engenharia) especificando o prazo limite e
         as condições de estocagem das peças (Por exemplo: rolamentos com o tempo
         pode perder a graxa original)

   19. É necessário verificar a quantidade de graxa dos equipamentos. Geralmente se
         utilizam graxas em excesso. É necessário um controle da quantidade de graxa
         (gerenciar o tipo e a quantidade). No Procedimento de manutenção (lubrificação) é
         necessário constar a retirada do excesso de graxa.


Por: Prof. Msc. Gerisval Alves Pessoa                 3
20.    Para se eliminar as falhas de manutenção existem a Técnica Intrínseca (TI) e a
         Técnica Gerencial (TG). Como na luta de Box, TI é o golpe fatal e TG é o efeito
         gradativo (soco no baço).

            a.   Geralmente os técnicos e engenheiros de manutenção já têm a TI, portanto
                 não há segredo, é só analisar a situação existente (exaustivamente),
                 desenhar Diagrama de Pareto e atacar os maiores.

            b.    Girando o ciclo PDCA. De início, Checa(C) - Analisa (A)  C/A  C/A
                 várias vezes até reduzir o número de falhas, só depois se faz o P
                 (procedimento / Padrão).


            c.   Como fazer o Check (é papel das consultorias especializadas ensinarem)

            d.   Como tomar ações (é papel da Gerência), pois são técnicas intrínsecas.

       Com estas 20 dicas esperamos que a função manutenção seja mais valorizada por
todos nas organizações e que tenhamos sempre os equipamentos disponíveis e
confiáveis para a produção.

   * Gerisval Alves Pessoa é Mestre em Gestão Empresarial pela FGV / EBAPE.
Especialista em Engenharia da Qualidade. Químico Industrial. Professor de graduação e
pós-graduação. Consultor e auditor de Sistema de Gestão da Qualidade.




Por: Prof. Msc. Gerisval Alves Pessoa         4

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Dicas Sobre Manutenção Industrial

  • 1. Dicas Gerais Sobre Manutenção Gerisval Alves Pessoa Durante minhas visitas a empresas japonesas e quando acompanhei consultores japoneses, tais como Mitsunori Nakano e Masao Umeda, especialistas em controle da qualidade em suas visitas a empresas brasileiras para avaliar a qualidade e produtividade da função manutenção, fiz algumas notações sobre manutenção que gostaria de compartilhar com os leitores: 1. Os pilares do gerenciamento diário da função manutenção são: a. 5S (base de toda a manutenção) b. Indicadores de desempenho / itens de controle c. Padronização d. Manutenção autônoma e. Análise e gestão de falhas 2. Um dos objetivos da função manutenção é aumentar a disponibilidade dos equipamentos. 3. Aumentar a disponibilidade significa reduzir falhas: a. Disponibilidade + Falha = 1. Então, Disponibilidade = 1 – Falhas (eq. 1) b. Disponibilidade = R + F. Onde, R (Reliability) = Confiabilidade F (Failure) = Falha ou inconfiabilidade 4. Para aumentar a confiabilidade temos que: a. Fazer manutenção preventiva ou b. Reformar o equipamento (restabelecer às condições iniciais) 5. Para reduzir as falhas ou inconfiabilidade temos que: a. Realizar treinamento de capacitação técnica b. Controlar estoque ( < tempo) c. Ter 5S 6. É necessário realizar um trabalho contínuo de conscientização de todos, principalmente do corpo gerencial, pois a atividade produtiva não é só produção, engloba também a função manutenção! 7. Muitas empresas implantaram a função operador mantenedor. É possível ter esta função, desde que a pessoa entenda de manutenção e operação. 8. É possível terceirizar a manutenção? Digo que sim, porém, de forma mista: parte empresa e parte terceirizada. Por: Prof. Msc. Gerisval Alves Pessoa 1
  • 2. 9. Na terceirização a prioridade geralmente é o custo da mão-de-obra, portanto, o custo é bom, mas a parte técnica geralmente deixa a desejar. Para suprir essa deficiência, ale da tradicional fiscalização, precisa-se de uma inspeção mais rigorosa, ou seja, é necessária uma avaliação da qualidade dos serviços oferecidos pela terceirizada por meio de uma gestão eficiente de contratadas. 10. É necessário que os mantenedores, os engenheiros, os supervisores e os gerentes de manutenção saibam utilizar as Sete ferramentas do controle da qualidade para identificar as causas que estão gerando as falhas. 11. Dentre as sete ferramentas, as citadas abaixo são fundamentais para a manutenção: a. Diagrama de causa e efeito (6M: Máquina, Matéria prima, Mão-de-obra, Método, Meio ambiente e Medida). i. É necessário identificar a(s) causa(s) fundamental (ais) por meio do relatório de falhas b. Diagrama de Pareto i. O Diagrama de Pareto deve ser elaborado em conjunto com o diagrama de causa e efeito. Geralmente após a identificação das causas. ii. O Diagrama de Pareto tem que apresentar a distribuição (%), o tamanho da amostra (n), a data, o responsável pelos dados e a curva que tem de iniciar do 0 (zero). c. Elaboração do gráfico seqüencial i. É necessário se fazer um acompanhamento diário da evolução dos dados, ou seja, é necessário que se faça uma análise diária das causas que estão fira do valor esperado (gerenciar quando este valor estiver fora). Não adianta no final do mês coletar os dados e fazer os gráficos (Final do mês já é tarde, já comprometeu a confiabilidade / disponibilidade) d. Somente com o uso do Diagrama de Pareto não conseguiremos enxergar o tamanho do problema, não conseguimos pensar em freqüência e em dispersão. Portanto, é necessário o uso de histogramas. No histograma podemos analisar o grau de importância do problema, não só pela média e sim pela dispersão. (è necessário controlar o desvio (dispersão). 12. Na execução das tarefas diárias da função manutenção é necessário se avaliar sempre o Padrão utilizado. Gerenciamento diário da manutenção também implicar em Revisão dos Padrões existentes. 13. É necessário analisar sempre as paradas, analisando o “tamanho e grau de importância”. Por: Prof. Msc. Gerisval Alves Pessoa 2
  • 3. Parada |-----------------------------------------------------------------| Disponibilidade DT(Down Time) ou indisponibilidade t1 t2 t3 t4 t5 t6 t7 Parada |----------|---------|--------|--------|---------|--------|---------| Operando DT(Down Time) ou indisponibilidade a. t1 = Comunicação b. t2 = Mobilização c. t3 = Inspeção d. t4 = Provisão de Peça e. t5 = Reparo f. t6 = Inspeção e teste g. t7 = Entrega a operação 14. Todas estas etapas já têm padrões definidos, portanto resta-nos trabalhar dentro destas paradas. 15. t1 t2 t3 t4 ------------- F1------------- F2------------- F3------------- Fn operando operando operando operando Onde, F(n) = Tempo de Falha t(n) = Tempo de Operação Para se ter disponibilidade 100% os tempos de falha F1 a F3 tem que ser 0(zero) 16. É necessário se medir e analisar os tempos de falha F1 + F2 + F3 ---------------- = MTTR (Tempo médio para reparar) 3 t1 + t2 + t3 + t4 ------------------- = MTBF (Tempo médio entre falhas) 4 17. É necessário manter a qualidade das peças estocadas 18. Tem que existir padrão (elaborado pela Engenharia) especificando o prazo limite e as condições de estocagem das peças (Por exemplo: rolamentos com o tempo pode perder a graxa original) 19. É necessário verificar a quantidade de graxa dos equipamentos. Geralmente se utilizam graxas em excesso. É necessário um controle da quantidade de graxa (gerenciar o tipo e a quantidade). No Procedimento de manutenção (lubrificação) é necessário constar a retirada do excesso de graxa. Por: Prof. Msc. Gerisval Alves Pessoa 3
  • 4. 20. Para se eliminar as falhas de manutenção existem a Técnica Intrínseca (TI) e a Técnica Gerencial (TG). Como na luta de Box, TI é o golpe fatal e TG é o efeito gradativo (soco no baço). a. Geralmente os técnicos e engenheiros de manutenção já têm a TI, portanto não há segredo, é só analisar a situação existente (exaustivamente), desenhar Diagrama de Pareto e atacar os maiores. b. Girando o ciclo PDCA. De início, Checa(C) - Analisa (A)  C/A  C/A várias vezes até reduzir o número de falhas, só depois se faz o P (procedimento / Padrão). c. Como fazer o Check (é papel das consultorias especializadas ensinarem) d. Como tomar ações (é papel da Gerência), pois são técnicas intrínsecas. Com estas 20 dicas esperamos que a função manutenção seja mais valorizada por todos nas organizações e que tenhamos sempre os equipamentos disponíveis e confiáveis para a produção. * Gerisval Alves Pessoa é Mestre em Gestão Empresarial pela FGV / EBAPE. Especialista em Engenharia da Qualidade. Químico Industrial. Professor de graduação e pós-graduação. Consultor e auditor de Sistema de Gestão da Qualidade. Por: Prof. Msc. Gerisval Alves Pessoa 4