1. ADEQUAÇÕES CURRICULARES
INDIVIDUAIS
Humberto Viegas
Professor de Educação Especial
Adaptado de:
“NO CAMINHO DE UMA EDUCAÇÃO (MAIS) INCLUSIVA –
Diferenciação e Adequação Curricular” (Viegas, H., 2003)
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2. Adequações curriculares
individualizadas
Forma mais adequada de atender às
necessidades educativas especiais de
carácter prolongado/permanente
Ajustamento da programação regular
adoptada para os restantes alunos
Currículo regular como referência
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3. Verificação da necessidade das
adequações curriculares
efectiva necessidade das adequações;
avaliação do nível de competência curricular do
aluno, tendo como referência o currículo
regular;
o respeito pela maneira de reagir do aluno, de
forma a permitir alterações constantes e
graduais nas tomadas de decisão.
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4. O aluno apresenta NEE
Não O aluno apresenta limitações evidentes? Sim
O professor do ensino regular avalia as condições que podem ter influência
nas aprendizagens do aluno (inclusive a sua própria intervenção
educativa), se é necessário pede ajuda ao professor de apoio educativo ou
ainda aos serviços de psicologia e orientação
O professor de ensino regular modifica a sua intervenção e ajusta a
sua programação e as estratégias para facilitar o progresso do aluno
Sim São adequadas as soluções? Não
Não é preciso proceder a ACI O professor de ensino regular realiza novas
avaliações, ajustes e modificações da programação
Sim Serão adequadas as novas soluções?
Não
Inicia-se um processo de avaliação psicopedagógica
que implica a intervenção do professor de apoio
educativo e se necessário de outros técnicos
Sim Os resultados da avaliação psicopedagógica indicam que basta proceder
a novos ajustes da programação e intervenção regulares?
Inicia-se o processo de elaboração e aplicação de uma ACI, tomando Não
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como primeiro componente os resultados da avaliação psicopedagógica
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5. ADEQUAÇÃO CURRICULAR INDIVIDUALIZADA
Critérios a considerar:
A adequação curricular individualizada deve começar
por uma determinação concreta do nível de
competência curricular do aluno, precisando quais
as suas competências em relação aos diferentes
conteúdos curriculares do respectivo nível escolar
O processo de avaliação inicial deve ter em
consideração os condicionalismos do nível de
desenvolvimento e aprendizagem, assinalado
anteriormente, especificando as características
cognitivas que o aluno manifesta e o tipo de ajuda
pedagógica mais adequada
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6. Considerar a realização apenas das adequações
indispensáveis tentando sempre que se aproximem
dos objectivos e dos conteúdos comuns
Ter em consideração que a criação de uma
adequação curricular individualizada requer uma
análise a médio e a longo prazo, capaz de dar
sentido às medidas temporais imediatas, na
perspectiva de um Programa Educativo
Individual, que terá sempre por base o Projecto
Curricular de Turma
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7. ADEQUAÇÕES CURRICULARES INDIVIDUALIZADAS
finalidade
favorecer as intervenções individuais
reestruturação do currículo tendo por
implicam base a avaliação diagnóstica,
entendida como uma avaliação
formativa, que serve para fundamentar
a tomada de decisões.
Deverão ter em conta:
o nível de competências do aluno (competência
curricular)
os factores que interferem com esse nível de
competência (pessoais, escolares, familiares, …)
outras informações relevantes para a compreensão da
situação e da planificação da resposta educativa
considerada comoSeminário de Educação Especial -
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8. Adequações para acesso ao currículo
conjunto de modificações nos elementos físicos e
materiais de ensino (alterações ou recursos
especiais, materiais ou de comunicação), que
visam facilitar o desenvolvimento do currículo
regular para o aluno com NEE de carácter
prolongado/permanente
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9. Constituem adequações para o acesso ao currículo,
as seguintes medidas:
Criar condições físicas, ambientais e/ou materiais
para o aluno, na sua escola e/ou sala de aula
Propiciar os melhores níveis de comunicação e
interacção com as pessoas com as quais convive
(escola, comunidade, família)
Favorecer a participação nas actividades escolares
Propiciar o mobiliário específico necessário
Fornecer ou actuar no sentido de conseguir a
aquisição dos equipamentos e dos recursos materiais
específicos necessários
Adoptar sistemas alternativos de comunicação para os
alunos impedidos de comunicação oral
Adaptar materiais de de Educação Especial - em sala de aula
Seminário
uso comum
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10. Sugestões que podem favorecer
o acesso ao currículo:
Agrupar os alunos de maneira a facilitar a
realização de actividades em grupo e a incentivar
a comunicação e as relações interpessoais
Propiciar ambientes com adequadas condições
acústicas, de luminosidade e de movimentação
Adaptar materiais escritos de uso comum às
necessidades do aluno
Providenciar a adequação de instrumentos de
ensino-aprendizagem e de avaliação
Encorajar, estimular e reforçar a comunicação, a
participação, a iniciativa e o desempenho do aluno
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11. Favorecer o processo de comunicação aluno-professor,
aluno-aluno e aluno-adultos
Incentivar a motivação, a atenção e o interesse do
aluno
Apoiar o uso dos materiais de ensino-aprendizagem de
uso comum
Providenciar softwares educativos específicos
Actuar para eliminar sentimentos de inferioridade,
menos valia e fracasso
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12. Adequações nos elementos do currículo
Focalizam
as formas de ensinar e de avaliar
os conteúdos a serem ministrados (considerando a
temporalidade)
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13. Adequações nos elementos do currículo
definidas
um conjunto de modificações que se realizam ao
nível:
das competências,
dos objectivos,
dos conteúdos
dos procedimentos de avaliação
um conjunto das actividades e das metodologias
implementadas para atender às diferenças individuais
dos alunos, nomeadamente aos com NEE de carácter
prolongado/permanente
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14. Adequações nos elementos do currículo
São, efectivamente:
Adequações metodológicas e didácticas
Adequações dos objectivos e dos conteúdos
curriculares e do processo de avaliação
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15. Adequações metodológicas e didácticas
incidência
um aluno em particular
agrupamentos de alunos
Realizam-se através
procedimentos técnicos e metodológicos,
estratégias de ensino-aprendizagem,
mediante procedimentos avaliativos e
actividades programadas,
finalidade básica
permitir o acompanhamento do currículo regular por
todos os alunos Seminário de Educação Especial -
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16. Exemplos
Adequações Metodológicas e Didácticas
Situar o aluno nos grupos com os quais melhor possa
trabalhar
Adoptar métodos e técnicas de ensino-aprendizagem,
específicas para o aluno, na operacionalização dos
conteúdos curriculares, sem prejuízo para as
actividades docentes
Utilizar técnicas, procedimentos e instrumentos de
avaliação distintos dos utilizados com a turma,
quando necessário, sem alterar os objectivos da
avaliação nem o seu conteúdo
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17. Propiciar apoio físico, visual, verbal e/ou outros
ao aluno com dificuldades temporárias ou
permanentes, de forma a permitir-lhes a realização
das actividades escolares e do processo avaliativo
Introduzir actividades individuais complementares
para o aluno alcançar as competências comuns aos
outros colegas, dentro e fora da sala de aula
Introduzir actividades complementares específicas
para o aluno, individualmente ou em grupo
Eliminar actividades que não beneficiem o aluno ou
lhe restrinjam uma participação activa ou , ainda,
que esteja impossibilitado de executar
Suprimir objectivos e conteúdos curriculares que
não possam ser alcançados pelo aluno, devido à(s)
deficiência(s), substituindo-os por outros
acessíveis
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18. Adequações dos objectivos e dos conteúdos
curriculares e do processo de avaliação
Alterações individuais dentro do programa regular
Considera: as competências dos
alunos
Ajusta
Os objectivos
Os conteúdos
Critérios de avaliação
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19. Essas adequações consistem em:
Redefinir os objectivos, os conteúdos e os critérios
de avaliação, o que implica modificá-los
considerando as condições do aluno em relação aos
demais colegas da turma
dar prioridade a determinados objectivos, conteúdos
e critérios de avaliação, o que não implica
abandonar aquelas que são definidos para a turma em
geral, acrescentando, eventualmente, outros
flexibilizar a consecução temporal dos objectivos,
dos conteúdos e dos critérios de avaliação, dado que
o aluno com NEE pode alcançar as competências comuns
da turma, mesmo que possa necessitar de um período
mais longo de tempo
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20. flexibilizar a colocação no tempo das disciplinas do
ano ou ciclo de escolaridade, nomeadamente
permitindo ao aluno frequentar menos disciplinas
durante um ano lectivo, estendendo dessa forma o
período de duração do ano ou ciclo que frequenta
introduzir novos conteúdos, objectivos ou critérios
de avaliação, o que não pressupõe a eliminação nem a
redução dos elementos constantes no currículo
comum, referentes ao nível de escolarização do aluno
eliminar conteúdos, objectivos e critérios de
avaliação, definidos para a turma de referência do
aluno, em função das suas deficiências e/ou
limitações, sem prejuízo para a sua escolarização e
o seu sucesso educativo
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21. Síntese:
As adequações curriculares são os
ajustes e as modificações que devem
ser promovidos ao nível dos:
objectivos,
dos conteúdos,
dos critérios
procedimentos de avaliação
nas actividades e na metodologia, tendo em conta as
competências dos alunos e as necessidades individuais,
permitindo assim que estes façam o máximo possível das
aprendizagens.
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22. Visam:
Conseguir a maior participação possível dos alunos
com NEE no currículo comum
Conseguir que os alunos com NEE alcancem os
objectivos de cada nível de ensino, através de um
currículo adequado às características e necessidades
específicas
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23. Adequações curriculares
e
contextualização da intervenção educativa
interagir
Aluno com NEE
participar
Colegas da sua idade
ESCOLA Respostas às necessidades específicas
Mais generalizada
Apoio dado a pequenosEducação Especial -
Seminário de grupos
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24. A criança ou jovem deve estar em ambientes que
maximizem o seu potencial e lhe dêem oportunidade
de interagir com outros colegas, de acordo com as
suas características e necessidades
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25. Aspectos a considerar na opção da
modalidade de apoio
a área prioritária para o aluno receber ajuda
o tipo de apoio adequado para trabalhar os aspectos
definidos como prioritários
a situação em que se vai trabalhar: dentro ou fora
da sala de aula; em grupo ou individualmente; com
apoio prévio, durante ou depois das actividades de
ensino e aprendizagem que se desenvolvem em turma
com todos os alunos
estabelecimento das funções e das tarefas dos
diferentes profissionais, assim como os papéis que
cada um assume nas distintas situações de
aprendizagem do aluno
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26. Para a determinação da modalidade de apoio mais adequada
para o aluno deve ter-se em conta alguns princípios
básicos:
Não existência de um único modelo de apoio
válido para todos os alunos ou para todos
os contextos
Condicionado por uma série de variáveis:
Tipo de necessidade educativa
Área curricular em que se incide
prioritariamente
Metodologia e organização geral da aula
Atitudes e grau de entendimento entre os
professores (regular e apoio)
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27. O peso de cada uma desta variáveis e a reflexão sobre
as mesmas vão definir a adequação do tipo e modelo de
apoio educativo a implementar
A tomada de decisões de forma conjunta e concertada
entre os vários intervenientes (professores,
psicólogo, órgão de gestão,… e os pais) conseguirá
um maior compromisso de todos, na resposta às
necessidades desse aluno e permitirá a existência de
critérios comuns para o trabalho diário
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28. Sucesso Educativo
A avaliação é fundamental para nortear as decisões
educativas e a sua reorientação, exercendo um papel
essencial na elaboração do PCT e nas adequações
curriculares individualizadas.
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29. O processo avaliativo
quando relacionado com o aluno, deve focalizar:
os aspectos do desenvolvimento (biológico e
psicológico)
o nível de competência curricular (capacidades do
aluno em relação aos conteúdos curriculares
anteriores e a serem desenvolvidos)
o estilo de aprendizagem, a capacidade de atenção, a
motivação, os interesses escolares, as estratégias
próprias de aprendizagem, os tipos preferenciais de
grupos que facilitam a aprendizagem e as condições
físico-ambientais mais favoráveis para aprender
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30. Quando direccionado para o contexto educativo, o
processo avaliativo deve focalizar:
O contexto da aula (metodologias, organização,
procedimentos didácticos, actuação dos
professores, flexibilidade curricular,
individualização do ensino, condições físico-
ambientais, relações interpessoais, …)
O contexto escolar (PEE, PCE, PCT, …)
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31. Quando direccionado ao contexto familiar, o processo
avaliativo deve focalizar:
As atitudes e expectativas em relação ao aluno
A participação na escola
O apoio ao aluno e à sua família
As condições sócio-económicas
A dinâmica familiar
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32. O processo avaliativo deve seguir os critérios
adoptados para os restantes alunos ou ser
redimensionado no caso dos alunos que necessitam
de condições de avaliação próprias.
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33. Para orientar a progressão ou retenção do aluno no
ano ou ciclo de escolaridade devemos considerar os
seguintes aspectos:
A possibilidade do aluno ter acesso às situações
escolares de ensino regular e denotar menor
necessidade de apoio especial
A valorização da sua permanência com os colegas
e com o grupo a fim de favorecer o seu
desenvolvimento global
A possibilidade de atingir os objectivos e dar
resposta aos critérios de avaliação previstos
nas adequações curriculares individualizadas
O efeito emocional da progressão ou da retenção
para o aluno e para a sua família
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