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Força e
ResistĂȘncia
20 de Junho
2012
Gabrielle Gutierres da Silva Bravo – 2Âș ano de Ed. FĂ­sica e Desporto
Trabalho de
GinĂĄstica
Localizada
2
Índice
Introdução ........................................................................................................................................... 3
1.Conceito de força e resistĂȘncia muscular....................................................................................... 4
2.Tipos de força................................................................................................................................... 5
2.1.Força dinùmica................................................................................................................................ 5
2.2.Força Eståtica.................................................................................................................................. 5
2.3.Força explosiva............................................................................................................................... 6
2.4.Força isocinética ............................................................................................................................. 6
2.5.Força isotónica................................................................................................................................ 6
2.6.Força måxima.................................................................................................................................. 7
2.7.Força relativa X absoluta ................................................................................................................ 7
2.8.Força resistĂȘncia.............................................................................................................................. 8
2.9.Força dinùmica................................................................................................................................ 8
3.Tipos de resistĂȘncia.......................................................................................................................... 8
3.1.ResistĂȘncia muscular localizada...................................................................................................... 8
3.2.ResistĂȘncia AnaerĂłbia.......................................................................................................................
3.3.ResistĂȘncia AerĂłbia ........................................................................................................................ 9
4.Rotas bioenergéticas ........................................................................................................................ 9
ConclusĂŁo........................................................................................................................................... 10
Bibliografia........................................................................................................................................ 11
Sitografia............................................................................................................................................ 11
3
Introdução
Diante dos conceitos de força e resistĂȘncia, o presente trabalho visa aprofundar esses conceitos,
assim como conhecer os tipo de força e resistĂȘncias existentes.
Com o auxĂ­lio de pesquisa em diversos meios, sendo esses livros e sites, e dado um parecer de meu
entendimento em cada conceito proposto, segundo a anĂĄlise do material em questĂŁo.
A força muscular abrange a força e resistĂȘncia.
4
1.Conceito Força e ResistĂȘncia Muscular
Pode-se entender por força a capacidade de vencer o se opor a uma determinada resistĂȘncia, podendo
esta ser dividida em vĂĄrios tipos, sendo este tema abordado no tĂłpico 2.
O termo força refere-se Ă  tendĂȘncia de mudança do estado de repouso ou movimento, tambĂ©m
podendo ser considerada como uma caracterĂ­stica humana, com a qual move-se uma massa, sua
capacidade em dominar ou reagir a uma resistĂȘncia pela ação muscular, segundo Meusel, 1969
citado por Marbant, 1979. Sendo assim, a força muscular é definida como a força måxima, gerada
atravĂ©s da contração de um ou mais mĂșsculos, em uma determinada velocidade.
ResistĂȘncia muscular refere-se a habilidade de um mĂșsculo ou grupamento muscular em manter o
desempenho de uma determinada atividade, sem perda da eficiĂȘncia e sem cansaço excessivo
(Wilmore e Costil, 1994). Em outrocontexto, o conceito de resistĂȘncia segundo Gomes Tubino,
1979, é a qualidade física que permite um contínuo esforço, proveniente de exercícios prolongados,
durante um determinado tempo.
É importante frisar que a resistĂȘncia de um indivĂ­duo pode tambĂ©m estar relacionada principalmente
com o tipo de fibra que possui, sendo que se for fibras de contração lenta, este terĂĄ mais resistĂȘncia a
fadiga muscular, porĂ©m pode nĂŁo ser tĂŁo rĂĄpido, existindo maior nĂșmero de fibras rĂĄpidas, essas sĂŁo
menos oxidativas e nĂŁo tem resistĂȘncia a fadiga, tendo pouca resistĂȘncia.
Em relação ao tempo podemos diferenciar a resistĂȘncia entre curta, mĂ©dia e longa duração.
Para Sharkey (1998), resistĂȘncia muscular pode ser definida como a repetição de contraçÔes
submĂĄximas ou tempo de sustentação submĂĄximo (resistĂȘncia isomĂĄtrica). Da mesma forma que a
força, a resistĂȘncia muscular Ă© muito importante na atividades diĂĄrias e desportivas. Conforme
(CONSOANTE FREY,1977) “geralmente entende-se por resistĂȘncia a capacidade psicofĂ­sica do
esportista em suportar a fadiga.”
Muitos estudos sobre o treino de força comprovaram que este é muito importante para a classe
infantil,pois promove o desenvolvimento das habilidades motora, reduz as taxas de riscos para lesÔes
durante as atividades desportivas e recreacionais além de influenciar favoravelmente alguns
parĂąmetros anatĂŽmicos e psicolĂłgicos. Por esses motivos, muitos profissionais e especialista
defendem o uso do treino de força para crianças.
ReferĂȘncia de texto: Alberto Albuquerque, LieonĂ©a VitĂłria e Neiza de Lourdes, Educação FĂ­sica,
Desporto e lazer, EdiçÔes ISMAI e Editora UFAL, 2008 (Påg.95)
2.Tipos de força
Os tipos de força e seus respetivos conceitos, pode variar dependendo do ponto de vista de cada
autor, podendo ser considerada em seus aspetos gerais e específicos. Partindo das designaçÔes
båsicas de força eståtica e força dinùmica e baseadas na literatura específica existente, Hollmann e
Hettinger (1989) relacionaram tipos diferentes de força com os respetivos conceitos:
5
2.1.Força Dinùmica
A força dinùmica pode ser considerada que é produzida por uma tensão muscular que tenha como
consequĂȘncia o movimento de uma resistĂȘncia qualquer (pesos, complementos diversos, segmentos
corporais ou o prĂłprio corpo). Pode ser dividida em concĂȘntrica e excĂȘntrica.
Um exemplo deste tipo de exercício é o curl de bíceps, onde levantar o peso, implica uma contração
concĂȘntrica direta, enquanto que o movimento oposto, desenvolve uma contração excĂȘntrica. Este
tipi de exercĂ­cio desenvolve a força de todo o mĂșsculo.
Em geral a força dinùmica pode ser considerada como sinÎnimo de força isotónica. (Alduino Zilio,
2005)
2.1.1.Força DinĂąmica ConcĂȘntrica
Quando a tensĂŁo muscular produzir uma força maior do que a resistĂȘncia, o mĂșsculo se encurtarĂĄ
com a aproximação de suas inserçÔes, causando movimento do segmento corporal envolvido. A essa
força denomina-se dinĂąmica concĂȘntrica. HĂĄ autores que usam tambĂ©m a denominação de contração
positiva. (Alduino Zilio, 2005)
2.1.2. Forção DinĂąmica ExcĂȘntrica
Quando a força resultante da tensĂŁo muscular for menor do que a resistĂȘncia que a ela se opĂ”e,
haverĂĄ um alongamento do mĂșsculos, com o afastamento de suas inserçÔes e movimento do
segmento corporal envolvido. Essa força Ă© denominada dinĂąmica excĂȘntrica. Alguns autores usam
também a denominação de contração negativa. (Alduino Zilio, 2005)
2.2.Força Eståtica
Quando a força resultante da tensĂŁo muscular for igual a resistĂȘncia, nĂŁo haverĂĄ alteração no
comprimento do mĂșsculo e nem movimento do segmento corporal envolvido. Nesse caso, a força Ă©
denominada, respectivamente, isomĂ©trica (relacionada com o comprimento do mĂșsculo) ou estĂĄtica
8relacionada com o movimento). (Alduino Zilio, 2005)
2.3.Força Explosiva
A Força explosiva é o resultado da relação entre a força produzida (manifestada ou aplicada) e o
tempo necessårio disponível. Portanto, a força explosiva é a produção de força numa unidade de
tempo e expressa-se em N.s-1. (Carlos Carvalho, Alberto Carvalho, Revista Portuguesa de CiĂȘncias
do Desporto, 2006, vol.6 nÂș2)
Ela é conhecida vulgarmente como a força råpida expressa num espaço curto de tempo
6
A força de arranque é uma subcategoria da força explosiva, onde é gerada um movimento de força
råpida no início da contração muscular. Esta força é baseada num programa motriz råpido.
Esta força é dependente da força måxima, devido ao crescimento da carga, numa unidade curta de
tempo e também depende da velocidade da contração da unidade motora das fibras de contração
rĂĄpida.
2.4. Força Isocinética
Denomina-se força isocinética aquela em que o movimento, durante toda sua execução mantém
velocidade constante. Isso só é possível graças a utilização de måquinas especiais que modificam a
resistĂȘncia externa de acordo com a alteração dos Ăąngulos do movimento e do comprimento dos
braços das alavancas do segmento corporal envolvido, de modo a manter a velocidade constante.
Segundo Mathews e Fox (1986), Kruger apud Letzelter (1978) e Hislop e Perrine apud (1989), a
tensĂŁo muscular desenvolvida pelo mĂșsculo deve ser mĂĄxima em todos os Ăąngulos da articulação do
movimento. Isso, entretanto, parece não ser verdadeiro, jå que, num trabalho do tipo isocinético,
pode ser predeterminada e regulada a velocidade com que o movimento serĂĄ executado e, qualquer
que seja a intensidade da força exercida, o aparelho oferecerĂĄ uma resistĂȘncia. (Alduino Zilio, 2005)
2.5. Força Isotónica
Em geral a força isotónica é sinónimo de força dinùmica. Alguns autores reconhecem que esse
conceito Ă© incorreto.
IsotĂłnica significa tensĂŁo (tĂłnica) igual ou constante, segundo Mathews e Fox, 1986, quer dizer,
força isotónica é por conceituação, aquela em que o valor da tensão muscular desenvolvida durante
uma contração em oposição a uma resistĂȘncia Ă© constante. Nas atividades desportivas, eese tipo de
força não acontece e muito raramente uma contração muscular e puramente isotónica, segundo
Astrand, 1980.
Estudos biomecùnicos de movimentos na articulação demonstram que a tensão produzida contra uma
resistĂȘncia constante varia de acordo com a alteração do Ăąngulo articular, a modificação do
comprimento dos braços de alavanca e a alteração do comprimento do mĂșsculo.
7
Pode-se dizer que toda a força isotónica é dinùmica, mas nem toda a força dinùmica é isotónica.
2.5.Força Måxima
Considerando o significado dos dois termos que compÔem a expressão, força måxima pode ser
conceituada como a mĂĄxima força capaz de ser produzida por um mĂșsculo ou grupo muscular
durante o desenvolvimento de uma tensĂŁo muscular. Como em geral parte-se dos conceitos bĂĄsicos
de força dinùmica e força eståtica, pode-se dizer que hå uma força måxima eståtica e uma força
mĂĄxima dinĂąmica.
A força mĂĄxima pode depender de alguns fatores como a seção transversa do mĂșsculo, coordenação
intermuscular, que sĂŁo os mĂșsculos a colaborarem com o mivimento e a intramuscular, que acontece
dentro do mĂșsculo.
Hollmann e Hettinger (1989) usam força måxima como sinónimo de força måxima eståtica.
Entretanto, quando conceituam força muscular, referem-se tanto a måxima eståtica quanto a måxima
dinùmica. Os valores da força måxima eståtica são maiores do que os da força måxima dinùmica.
Chama-se défice de força a diferença entre a força absoluta e a força måxima.
2.6. Força Relativa X Força Absoluta
A força absoluta significa a carga a vencer, independentemente do indivíduo. O conceito de Força
relativa tem que ver com a força do indivíduo em ordem à sua massa corporal (peso). Na escalada, o
que importa é a força relativa, mas no caso de termos de percorrer uma distùncia com uma grande
carga na mochila, a força absoluta jå se torna mais importante, dado que a carga a transportar é
independente do peso do indivíduo. Esta é uma das poucas situaçÔes em que um indivíduo de grande
estatura (e peso) tem vantagem sobre outro mais leve.
A força absoluta é ainda maior que a força måxima, pois é a soma da força måxima e as reservas da
forças que podem ser acionadas em ocasiĂ”es especĂ­ficas como em caso de emergĂȘncias.
A resistĂȘncia de mĂ©dia duração corresponde a uma participação mais importante de energia aerĂłbia,
com cargas correspondentes de dois até oito minutos. As cargas de longa duração são asseguradas
pela energia aerĂłbia.
8
2.7. Força-Velocidade
Entende-se por esse tipo de força a capacidade que o sistema neuromuscular tem de fazer com que o
nosso corpo se movimente. SĂŁo movimentos programados, pois se desenvolvem segundo o sistema
nervoso central.
Esta força pode ser diferente em cada tipo de indivíduo, em relação aos seus membros. Um pugilista
por exemplo terå mais força nos membros superiores e poderå ser lento nos membros inferiores.
2.8. Força-ResistĂȘncia
Essa força estå relacionada com a capacidade que o corpo tem de se opor a fadiga em um esforço de
longa duração.
A força resistĂȘncia estarĂĄ na rota aerĂłbia e na rota anaerĂłbia ou mista, conforme a tensĂŁo exercida no
mĂșsculo.
3.Tipos de ResistĂȘncias
Gomes Tubino, 1979, classifica resistĂȘncia em 3 tipos:
3.1.ResistĂȘncia Muscular Localizada
É a capacidade individual de realizar durante um período longo a repetição de um determinado
movimento num mesmo ritmo e com a mesma eficiĂȘncia.
A resistĂȘncia muscular local, corresponde a uma participação muscular inferior a um sĂ©timo ou um
sexto da massa muscular total. É determinada nĂŁo somente pela pela resistĂȘncia geral, mas tambĂ©m
numa dimensão consideråvel pela força específica, a capacidade anaeróbia e as variantes da força
que dela dependem (resistĂȘncia velocidade, resistĂȘncia força e resistĂȘncia explosiva)
3.2.ResistĂȘncia AnaerĂłbica
É definida dentro de termos fisiológicos como a qualidade física que permite manter um esforço por
determinado perĂ­odo, em que as necessidades de consumo de oxigĂȘnio sĂŁo superiores a absorção do
mesmo fazendo com que seja encontrado um débito de oxigénio o qual serå recompensado no
repouso.
9
Na resistĂȘncia anaerĂłbia a quantidade de oxigĂȘnio conduzida Ă© insuficiente para combustĂŁo oxidante
dada a forte intensidade da carga.
Na resistĂȘncia de curta duração, classificamos as cargas de resistĂȘncia mĂĄxima com uma duração de
45 segundos até dois minutos, assegurados por uma produção de energia anaeróbia. ( Jurgen
Weineck, Manual do treino Óptimo, Editora Piaget, Portugal 2002 )
3.2.ResistĂȘncia AerĂłbica
É a qualidade física que permite um esforço por um determinado período em que há um equilíbrio
entre o consumo de oxigĂ©nio e a absorção do mesmo. Esse equilĂ­brio Ă© chamado “steady-state” que Ă©
uma expressão que não convém que seja traduzida.
Na resistĂȘncia aerĂłbia, a quantidade de oxigĂȘnio disponĂ­vel Ă© suficiente para combustĂŁo dos
substratos energéticos necessårios para a contração muscular.( Jurgen Weineck, Manual do treino
Óptimo, Editora Piaget, Portugal 2002 )
4. Rotas Bioenergéticas
Em qualquer atividade fĂ­sica, o organismo humano necessita de energia para desenvolver o trabalho
mecĂąnico em nĂ­vel muscular. O suprimento continuo de energia (ATP) Ă© possĂ­vel em virtude da
ruptura de molĂ©culas mais complexas por trĂȘs tipos de reaçÔes quĂ­micas: dois deles (sistema do
glicogĂȘnio - acido lĂĄtico e sistema aerĂłbico) dependem dos alimentos que ingerimos, enquanto o
terceiro depende da fosfocreatina. A fosfocreatina armazenada nas células pode decompor-se e, ao
fazĂȘ-lo, fornece energia suficiente para a nova sĂ­ntese de ATP. O conjunto de ambas as molĂ©culas Ă©
denominado sistema de fosfagĂȘnio. Esse sistema supre energia por apenas um perĂ­odo mĂĄximo de 8
a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de 100 metros), um sistema exclusivamente
apropriado para esforços musculares curtos e de breve duração.
No sistema do acido lĂĄtico ou glicĂłlise anaerĂłbica, os carboidratos ou açĂșcares (glicogĂȘnio) sofrem
decomposição, fornecendo a energia necessåria para a nova síntese de ATP. O processo pelo qual se
da a formação de acido lĂĄtico ocorre na ausĂȘncia de oxigĂȘnio e pode proporcionar a energia
necessåria para uma atividade muscular måxima até 90 s, alem da energia suprida pelo sistema
anterior.
10
ConclusĂŁo
O Trabalho de força e resistĂȘncia, sĂŁo peças fundamentais para o treino, seja ele desportivo ou nĂŁo.
Cada indivĂ­duo possui uma prĂ©-disposição para determinada força e resistĂȘncia, essa pode atĂ© ser
inata, mas serå o treino fundamental para obter o objetivos propostos para melhor execução da tarefa
solicitada, seja no desporto, em ginåsio ou até mesmo numa tarefa do dia a dia.
11
ReferĂȘncia BibliogrĂĄfica
Alberto Albuquerque, Lleonéa Vitória e Neiza de Lourdes, Educação Física, Desporto e lazer,
EdiçÔes ISMAI e Editora UFAL, 2008 (Påg.95)
Carlos Carvalho, Alberto Carvalho, Revista Portuguesa de ciĂȘncias do Desporto, 2006, vol.6 nÂș2
Alduino Zilio, Treinamento FĂ­sico, 2Âș edição, Editora Ulbra. Brasil, 2005.
Jurgen Weineck, Manual do Treino Óptimo, Editora Piaget, Portugal 2002.
Sitografia
http://edfisica2c.blogspot.pt/2008/09/velocidade-fora-agilidade-flexibilidade.html
http://pitboorei.vilabol.uol.com.br/na_geral/tiposdeforca.htm
http://treino.desnivel.pt/conceitos.htm

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  • 1. Força e ResistĂȘncia 20 de Junho 2012 Gabrielle Gutierres da Silva Bravo – 2Âș ano de Ed. FĂ­sica e Desporto Trabalho de GinĂĄstica Localizada
  • 2. 2 Índice Introdução ........................................................................................................................................... 3 1.Conceito de força e resistĂȘncia muscular....................................................................................... 4 2.Tipos de força................................................................................................................................... 5 2.1.Força dinĂąmica................................................................................................................................ 5 2.2.Força EstĂĄtica.................................................................................................................................. 5 2.3.Força explosiva............................................................................................................................... 6 2.4.Força isocinĂ©tica ............................................................................................................................. 6 2.5.Força isotĂłnica................................................................................................................................ 6 2.6.Força mĂĄxima.................................................................................................................................. 7 2.7.Força relativa X absoluta ................................................................................................................ 7 2.8.Força resistĂȘncia.............................................................................................................................. 8 2.9.Força dinĂąmica................................................................................................................................ 8 3.Tipos de resistĂȘncia.......................................................................................................................... 8 3.1.ResistĂȘncia muscular localizada...................................................................................................... 8 3.2.ResistĂȘncia AnaerĂłbia....................................................................................................................... 3.3.ResistĂȘncia AerĂłbia ........................................................................................................................ 9 4.Rotas bioenergĂ©ticas ........................................................................................................................ 9 ConclusĂŁo........................................................................................................................................... 10 Bibliografia........................................................................................................................................ 11 Sitografia............................................................................................................................................ 11
  • 3. 3 Introdução Diante dos conceitos de força e resistĂȘncia, o presente trabalho visa aprofundar esses conceitos, assim como conhecer os tipo de força e resistĂȘncias existentes. Com o auxĂ­lio de pesquisa em diversos meios, sendo esses livros e sites, e dado um parecer de meu entendimento em cada conceito proposto, segundo a anĂĄlise do material em questĂŁo. A força muscular abrange a força e resistĂȘncia.
  • 4. 4 1.Conceito Força e ResistĂȘncia Muscular Pode-se entender por força a capacidade de vencer o se opor a uma determinada resistĂȘncia, podendo esta ser dividida em vĂĄrios tipos, sendo este tema abordado no tĂłpico 2. O termo força refere-se Ă  tendĂȘncia de mudança do estado de repouso ou movimento, tambĂ©m podendo ser considerada como uma caracterĂ­stica humana, com a qual move-se uma massa, sua capacidade em dominar ou reagir a uma resistĂȘncia pela ação muscular, segundo Meusel, 1969 citado por Marbant, 1979. Sendo assim, a força muscular Ă© definida como a força mĂĄxima, gerada atravĂ©s da contração de um ou mais mĂșsculos, em uma determinada velocidade. ResistĂȘncia muscular refere-se a habilidade de um mĂșsculo ou grupamento muscular em manter o desempenho de uma determinada atividade, sem perda da eficiĂȘncia e sem cansaço excessivo (Wilmore e Costil, 1994). Em outrocontexto, o conceito de resistĂȘncia segundo Gomes Tubino, 1979, Ă© a qualidade fĂ­sica que permite um contĂ­nuo esforço, proveniente de exercĂ­cios prolongados, durante um determinado tempo. É importante frisar que a resistĂȘncia de um indivĂ­duo pode tambĂ©m estar relacionada principalmente com o tipo de fibra que possui, sendo que se for fibras de contração lenta, este terĂĄ mais resistĂȘncia a fadiga muscular, porĂ©m pode nĂŁo ser tĂŁo rĂĄpido, existindo maior nĂșmero de fibras rĂĄpidas, essas sĂŁo menos oxidativas e nĂŁo tem resistĂȘncia a fadiga, tendo pouca resistĂȘncia. Em relação ao tempo podemos diferenciar a resistĂȘncia entre curta, mĂ©dia e longa duração. Para Sharkey (1998), resistĂȘncia muscular pode ser definida como a repetição de contraçÔes submĂĄximas ou tempo de sustentação submĂĄximo (resistĂȘncia isomĂĄtrica). Da mesma forma que a força, a resistĂȘncia muscular Ă© muito importante na atividades diĂĄrias e desportivas. Conforme (CONSOANTE FREY,1977) “geralmente entende-se por resistĂȘncia a capacidade psicofĂ­sica do esportista em suportar a fadiga.” Muitos estudos sobre o treino de força comprovaram que este Ă© muito importante para a classe infantil,pois promove o desenvolvimento das habilidades motora, reduz as taxas de riscos para lesĂ”es durante as atividades desportivas e recreacionais alĂ©m de influenciar favoravelmente alguns parĂąmetros anatĂŽmicos e psicolĂłgicos. Por esses motivos, muitos profissionais e especialista defendem o uso do treino de força para crianças. ReferĂȘncia de texto: Alberto Albuquerque, LieonĂ©a VitĂłria e Neiza de Lourdes, Educação FĂ­sica, Desporto e lazer, EdiçÔes ISMAI e Editora UFAL, 2008 (PĂĄg.95) 2.Tipos de força Os tipos de força e seus respetivos conceitos, pode variar dependendo do ponto de vista de cada autor, podendo ser considerada em seus aspetos gerais e especĂ­ficos. Partindo das designaçÔes bĂĄsicas de força estĂĄtica e força dinĂąmica e baseadas na literatura especĂ­fica existente, Hollmann e Hettinger (1989) relacionaram tipos diferentes de força com os respetivos conceitos:
  • 5. 5 2.1.Força DinĂąmica A força dinĂąmica pode ser considerada que Ă© produzida por uma tensĂŁo muscular que tenha como consequĂȘncia o movimento de uma resistĂȘncia qualquer (pesos, complementos diversos, segmentos corporais ou o prĂłprio corpo). Pode ser dividida em concĂȘntrica e excĂȘntrica. Um exemplo deste tipo de exercĂ­cio Ă© o curl de bĂ­ceps, onde levantar o peso, implica uma contração concĂȘntrica direta, enquanto que o movimento oposto, desenvolve uma contração excĂȘntrica. Este tipi de exercĂ­cio desenvolve a força de todo o mĂșsculo. Em geral a força dinĂąmica pode ser considerada como sinĂŽnimo de força isotĂłnica. (Alduino Zilio, 2005) 2.1.1.Força DinĂąmica ConcĂȘntrica Quando a tensĂŁo muscular produzir uma força maior do que a resistĂȘncia, o mĂșsculo se encurtarĂĄ com a aproximação de suas inserçÔes, causando movimento do segmento corporal envolvido. A essa força denomina-se dinĂąmica concĂȘntrica. HĂĄ autores que usam tambĂ©m a denominação de contração positiva. (Alduino Zilio, 2005) 2.1.2. Forção DinĂąmica ExcĂȘntrica Quando a força resultante da tensĂŁo muscular for menor do que a resistĂȘncia que a ela se opĂ”e, haverĂĄ um alongamento do mĂșsculos, com o afastamento de suas inserçÔes e movimento do segmento corporal envolvido. Essa força Ă© denominada dinĂąmica excĂȘntrica. Alguns autores usam tambĂ©m a denominação de contração negativa. (Alduino Zilio, 2005) 2.2.Força EstĂĄtica Quando a força resultante da tensĂŁo muscular for igual a resistĂȘncia, nĂŁo haverĂĄ alteração no comprimento do mĂșsculo e nem movimento do segmento corporal envolvido. Nesse caso, a força Ă© denominada, respectivamente, isomĂ©trica (relacionada com o comprimento do mĂșsculo) ou estĂĄtica 8relacionada com o movimento). (Alduino Zilio, 2005) 2.3.Força Explosiva A Força explosiva Ă© o resultado da relação entre a força produzida (manifestada ou aplicada) e o tempo necessĂĄrio disponĂ­vel. Portanto, a força explosiva Ă© a produção de força numa unidade de tempo e expressa-se em N.s-1. (Carlos Carvalho, Alberto Carvalho, Revista Portuguesa de CiĂȘncias do Desporto, 2006, vol.6 nÂș2) Ela Ă© conhecida vulgarmente como a força rĂĄpida expressa num espaço curto de tempo
  • 6. 6 A força de arranque Ă© uma subcategoria da força explosiva, onde Ă© gerada um movimento de força rĂĄpida no inĂ­cio da contração muscular. Esta força Ă© baseada num programa motriz rĂĄpido. Esta força Ă© dependente da força mĂĄxima, devido ao crescimento da carga, numa unidade curta de tempo e tambĂ©m depende da velocidade da contração da unidade motora das fibras de contração rĂĄpida. 2.4. Força IsocinĂ©tica Denomina-se força isocinĂ©tica aquela em que o movimento, durante toda sua execução mantĂ©m velocidade constante. Isso sĂł Ă© possĂ­vel graças a utilização de mĂĄquinas especiais que modificam a resistĂȘncia externa de acordo com a alteração dos Ăąngulos do movimento e do comprimento dos braços das alavancas do segmento corporal envolvido, de modo a manter a velocidade constante. Segundo Mathews e Fox (1986), Kruger apud Letzelter (1978) e Hislop e Perrine apud (1989), a tensĂŁo muscular desenvolvida pelo mĂșsculo deve ser mĂĄxima em todos os Ăąngulos da articulação do movimento. Isso, entretanto, parece nĂŁo ser verdadeiro, jĂĄ que, num trabalho do tipo isocinĂ©tico, pode ser predeterminada e regulada a velocidade com que o movimento serĂĄ executado e, qualquer que seja a intensidade da força exercida, o aparelho oferecerĂĄ uma resistĂȘncia. (Alduino Zilio, 2005) 2.5. Força IsotĂłnica Em geral a força isotĂłnica Ă© sinĂłnimo de força dinĂąmica. Alguns autores reconhecem que esse conceito Ă© incorreto. IsotĂłnica significa tensĂŁo (tĂłnica) igual ou constante, segundo Mathews e Fox, 1986, quer dizer, força isotĂłnica Ă© por conceituação, aquela em que o valor da tensĂŁo muscular desenvolvida durante uma contração em oposição a uma resistĂȘncia Ă© constante. Nas atividades desportivas, eese tipo de força nĂŁo acontece e muito raramente uma contração muscular e puramente isotĂłnica, segundo Astrand, 1980. Estudos biomecĂąnicos de movimentos na articulação demonstram que a tensĂŁo produzida contra uma resistĂȘncia constante varia de acordo com a alteração do Ăąngulo articular, a modificação do comprimento dos braços de alavanca e a alteração do comprimento do mĂșsculo.
  • 7. 7 Pode-se dizer que toda a força isotĂłnica Ă© dinĂąmica, mas nem toda a força dinĂąmica Ă© isotĂłnica. 2.5.Força MĂĄxima Considerando o significado dos dois termos que compĂ”em a expressĂŁo, força mĂĄxima pode ser conceituada como a mĂĄxima força capaz de ser produzida por um mĂșsculo ou grupo muscular durante o desenvolvimento de uma tensĂŁo muscular. Como em geral parte-se dos conceitos bĂĄsicos de força dinĂąmica e força estĂĄtica, pode-se dizer que hĂĄ uma força mĂĄxima estĂĄtica e uma força mĂĄxima dinĂąmica. A força mĂĄxima pode depender de alguns fatores como a seção transversa do mĂșsculo, coordenação intermuscular, que sĂŁo os mĂșsculos a colaborarem com o mivimento e a intramuscular, que acontece dentro do mĂșsculo. Hollmann e Hettinger (1989) usam força mĂĄxima como sinĂłnimo de força mĂĄxima estĂĄtica. Entretanto, quando conceituam força muscular, referem-se tanto a mĂĄxima estĂĄtica quanto a mĂĄxima dinĂąmica. Os valores da força mĂĄxima estĂĄtica sĂŁo maiores do que os da força mĂĄxima dinĂąmica. Chama-se dĂ©fice de força a diferença entre a força absoluta e a força mĂĄxima. 2.6. Força Relativa X Força Absoluta A força absoluta significa a carga a vencer, independentemente do indivĂ­duo. O conceito de Força relativa tem que ver com a força do indivĂ­duo em ordem Ă  sua massa corporal (peso). Na escalada, o que importa Ă© a força relativa, mas no caso de termos de percorrer uma distĂąncia com uma grande carga na mochila, a força absoluta jĂĄ se torna mais importante, dado que a carga a transportar Ă© independente do peso do indivĂ­duo. Esta Ă© uma das poucas situaçÔes em que um indivĂ­duo de grande estatura (e peso) tem vantagem sobre outro mais leve. A força absoluta Ă© ainda maior que a força mĂĄxima, pois Ă© a soma da força mĂĄxima e as reservas da forças que podem ser acionadas em ocasiĂ”es especĂ­ficas como em caso de emergĂȘncias. A resistĂȘncia de mĂ©dia duração corresponde a uma participação mais importante de energia aerĂłbia, com cargas correspondentes de dois atĂ© oito minutos. As cargas de longa duração sĂŁo asseguradas pela energia aerĂłbia.
  • 8. 8 2.7. Força-Velocidade Entende-se por esse tipo de força a capacidade que o sistema neuromuscular tem de fazer com que o nosso corpo se movimente. SĂŁo movimentos programados, pois se desenvolvem segundo o sistema nervoso central. Esta força pode ser diferente em cada tipo de indivĂ­duo, em relação aos seus membros. Um pugilista por exemplo terĂĄ mais força nos membros superiores e poderĂĄ ser lento nos membros inferiores. 2.8. Força-ResistĂȘncia Essa força estĂĄ relacionada com a capacidade que o corpo tem de se opor a fadiga em um esforço de longa duração. A força resistĂȘncia estarĂĄ na rota aerĂłbia e na rota anaerĂłbia ou mista, conforme a tensĂŁo exercida no mĂșsculo. 3.Tipos de ResistĂȘncias Gomes Tubino, 1979, classifica resistĂȘncia em 3 tipos: 3.1.ResistĂȘncia Muscular Localizada É a capacidade individual de realizar durante um perĂ­odo longo a repetição de um determinado movimento num mesmo ritmo e com a mesma eficiĂȘncia. A resistĂȘncia muscular local, corresponde a uma participação muscular inferior a um sĂ©timo ou um sexto da massa muscular total. É determinada nĂŁo somente pela pela resistĂȘncia geral, mas tambĂ©m numa dimensĂŁo considerĂĄvel pela força especĂ­fica, a capacidade anaerĂłbia e as variantes da força que dela dependem (resistĂȘncia velocidade, resistĂȘncia força e resistĂȘncia explosiva) 3.2.ResistĂȘncia AnaerĂłbica É definida dentro de termos fisiolĂłgicos como a qualidade fĂ­sica que permite manter um esforço por determinado perĂ­odo, em que as necessidades de consumo de oxigĂȘnio sĂŁo superiores a absorção do mesmo fazendo com que seja encontrado um dĂ©bito de oxigĂ©nio o qual serĂĄ recompensado no repouso.
  • 9. 9 Na resistĂȘncia anaerĂłbia a quantidade de oxigĂȘnio conduzida Ă© insuficiente para combustĂŁo oxidante dada a forte intensidade da carga. Na resistĂȘncia de curta duração, classificamos as cargas de resistĂȘncia mĂĄxima com uma duração de 45 segundos atĂ© dois minutos, assegurados por uma produção de energia anaerĂłbia. ( Jurgen Weineck, Manual do treino Óptimo, Editora Piaget, Portugal 2002 ) 3.2.ResistĂȘncia AerĂłbica É a qualidade fĂ­sica que permite um esforço por um determinado perĂ­odo em que hĂĄ um equilĂ­brio entre o consumo de oxigĂ©nio e a absorção do mesmo. Esse equilĂ­brio Ă© chamado “steady-state” que Ă© uma expressĂŁo que nĂŁo convĂ©m que seja traduzida. Na resistĂȘncia aerĂłbia, a quantidade de oxigĂȘnio disponĂ­vel Ă© suficiente para combustĂŁo dos substratos energĂ©ticos necessĂĄrios para a contração muscular.( Jurgen Weineck, Manual do treino Óptimo, Editora Piaget, Portugal 2002 ) 4. Rotas BioenergĂ©ticas Em qualquer atividade fĂ­sica, o organismo humano necessita de energia para desenvolver o trabalho mecĂąnico em nĂ­vel muscular. O suprimento continuo de energia (ATP) Ă© possĂ­vel em virtude da ruptura de molĂ©culas mais complexas por trĂȘs tipos de reaçÔes quĂ­micas: dois deles (sistema do glicogĂȘnio - acido lĂĄtico e sistema aerĂłbico) dependem dos alimentos que ingerimos, enquanto o terceiro depende da fosfocreatina. A fosfocreatina armazenada nas cĂ©lulas pode decompor-se e, ao fazĂȘ-lo, fornece energia suficiente para a nova sĂ­ntese de ATP. O conjunto de ambas as molĂ©culas Ă© denominado sistema de fosfagĂȘnio. Esse sistema supre energia por apenas um perĂ­odo mĂĄximo de 8 a 10 segundos (quase suficiente para uma corrida de 100 metros), um sistema exclusivamente apropriado para esforços musculares curtos e de breve duração. No sistema do acido lĂĄtico ou glicĂłlise anaerĂłbica, os carboidratos ou açĂșcares (glicogĂȘnio) sofrem decomposição, fornecendo a energia necessĂĄria para a nova sĂ­ntese de ATP. O processo pelo qual se da a formação de acido lĂĄtico ocorre na ausĂȘncia de oxigĂȘnio e pode proporcionar a energia necessĂĄria para uma atividade muscular mĂĄxima atĂ© 90 s, alem da energia suprida pelo sistema anterior.
  • 10. 10 ConclusĂŁo O Trabalho de força e resistĂȘncia, sĂŁo peças fundamentais para o treino, seja ele desportivo ou nĂŁo. Cada indivĂ­duo possui uma prĂ©-disposição para determinada força e resistĂȘncia, essa pode atĂ© ser inata, mas serĂĄ o treino fundamental para obter o objetivos propostos para melhor execução da tarefa solicitada, seja no desporto, em ginĂĄsio ou atĂ© mesmo numa tarefa do dia a dia.
  • 11. 11 ReferĂȘncia BibliogrĂĄfica Alberto Albuquerque, LleonĂ©a VitĂłria e Neiza de Lourdes, Educação FĂ­sica, Desporto e lazer, EdiçÔes ISMAI e Editora UFAL, 2008 (PĂĄg.95) Carlos Carvalho, Alberto Carvalho, Revista Portuguesa de ciĂȘncias do Desporto, 2006, vol.6 nÂș2 Alduino Zilio, Treinamento FĂ­sico, 2Âș edição, Editora Ulbra. Brasil, 2005. Jurgen Weineck, Manual do Treino Óptimo, Editora Piaget, Portugal 2002. Sitografia http://edfisica2c.blogspot.pt/2008/09/velocidade-fora-agilidade-flexibilidade.html http://pitboorei.vilabol.uol.com.br/na_geral/tiposdeforca.htm http://treino.desnivel.pt/conceitos.htm