Aula de Obesidade na Infância, ministrada durante o internato de Pediatria/ Saúde da Criança da Universidade do Estado do Pará, Belém, Brasil.
Autor: José Gabriel Miranda da Paixão.
2. Propósito do artigo
Nova revisão feita pela mesma revista
Última : 2002
Objetivo :“ Revisar novas informações e delinear
alguns dos desafios restantes”.
Foco na prevenção e no tratamento
3. Método
Pesquisa no Pubmed
Termos: “Obesidade pediátrica”, “Obesidade na infância”,
“Sobrepeso em pediatria”, “Sobrepeso na infância” e “Índice
de Massa Corpóreo em crianças”.
Considerando: Artigos originais, revisões e resenhas
Todos os idiomas.
Publicados entre 1962 e 2010 2002 - 2010
Seleção de artigos em discussões com especialistas
obesidade pediátrica, nutrição e saúde pública
5. Definindo obesidade
Consensos internacionais para “IMC – padrão” que
determine Obesidade na infância
Grande desafio
Efeitos da idade, sexo, puberdade, crescimento e
genético afetam definição de um padrão de IMC
6. Definindo obesidade
IOTF recomenda utilização de sua tabela
Alta especificidade e baixa sensibilidade
Países continuam usando suas tabelas específicas
Dificulta comparação minuciosa de estudos
7. Epidemiologia
Prevalência aumentou nas últimas 3 décadas
Maioria dos países industrializados e em
desenvolvimento
Dobrou ou triplicou no Brasil (1970 – 1990)
Mais prevalente em áreas urbanas fácil acesso a
comida altamente calórica e baixos gastos energéticos
na vida diária
8. De uma forma simplificada é
apresentada a Via da Leptina...
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13. Fatores de risco
Genéticos
Defeito genético específico causando obesidade (Via da
leptina)
Síndromes Genéticas. Ex: Prader-Willi; Alström
Variação genéticas múltiplas ligadas ao sobrepeso e
obesidade
Doenças endócrinas
Hipotireodismo. Deficiência ou resistência ao GH,
Hipercortisolismo, SOP (causa ou consequência)
14. Fatores de risco
Patologias do SNC
Anormalidades hipotalâmicas congênitas ou adquiridas
Exposição intra-uterina
diabetes gestacional
Grande adiposidade materna
Peso ao nascer
Grande peso ao nascer
Pequeno peso ao nascer
15. Fatores de risco
Idade do aumento do IMC
Quanto mais novo pior
Dieta
Aleitamento materno como fator protetor?
↑ Consumo de calorias e bebidas açucaradas
precocemente
Gasto de energia
↓Níveis de consumo de energia
16. Fatores de risco
Televisão
↑horas gastas em frente a TV / ↑ risco de obesidade
Horas de sono
Poucas horas de sono na infância / ↑ risco de obesidade
Residência em área urbana
20. Diagnóstico diferencial
Obesidade precoce
Suspeita: Alteração na “Via da Leptina”
Muito raras!
Mais comum: Defeito no receptor – melanocortina 4
5% dos casos de obesidade precoce
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22. Diagnóstico diferencial
Ganho de peso associado à droga
Efeitos colaterais de drogas recentemente iniciadas
Ex:
Insulina ou Secretagogos de insulina
Glicocorticoides
ACO
Psicotrópicos, Estabilizadores de humor, Antidepressivos
Anticonvulsivantes, anti-hipertensivos, anti-histamínicos
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24. Diagnóstico diferencial
Ganho de peso e velocidade de crescimento linear
inadequada
Considerar endocrinopatia
Recomendações:
Dosagem de TSH e Tiroxina
Encaminhamento para endocrinologista
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31. Prevenção
A melhor abordagem para a epidemia
Pode ser instituída em níveis:
Individual
Familiar
Institucional
Comunidade
32. Individual
Foco no cuidadores
Obesidade materna ou diabetes gestacional
Possível contribuição
Mãe e sua influência na dieta da criança
33. Família
Encorajar:
Estímulo à atividade física
Limites em atividades sedentárias ( TV, video-game, etc)
Oferta apropriada de porções de comidas
34. Institucional
Escola
Mudança do percentual calórico da merenda escolar
Estímulo à atividade física
Remoção de “máquinas de venda”
Reoganização da arquitetura das escolas
Ambiente remodelado
Maior gasto calórico durante o dia
35. Comunidade
Políticas públicas e campanhas de mídia de massa
Rótulos indicando conteúdo calórico
↑Impostos sobre bebidas açucaradas e “fast-food”
Obrigatoriedade de medição anual do IMC em escolas
públicas
Atenção dos profissionais do atendimento primário
1º ano de vida / Entre 3 e 7 anos / Menarca
Cruciais na prevenção da obesidade
36. Tratamento não-farmacológico
Quem merece tratamento?
IMC para a idade> p 95
IMC para idade > p85 + comorbidade
É a terapia de primeira-linha
37. Tratamento não-farmacológico
Dieta
Não há consenso sobre o “ideal”
Equilíbrio energético entre ingestão e gasto
Maior importância para a dieta que para atividade
física
Carga glicêmica e valor energético
Sessões motivacionais recomendada
Efetividade não conhecida
38. Tratamento farmacológico
Orlistat e Sibutramina
Sibutramina: obteve melhores resultados na ↓ IMC
Médio e longo prazos
Efeitos adversos:
Orlistat: Esteatorréia, dor abdominal, incontinência
fecal, colelitíase.
Sibutramina: Taquicardia, boca seca, constipação,
tontura, insônia e hipertensão.
40. Tratamento cirúrgico
Estudos ainda escassos
Em faixa restrita de pacientes ( média=16,8anos)
Necessidade de mais estudos de seguimento a longo prazo
Consenso:
Somente em casos muito severos (IMC≥ 50 ou ≥ 40 +
comorbidades)
Pesar risco-benefício
41. Conclusão
Muitos desafios diagnósticos e terapêuticos
Reavaliação para adequação à contemporaneidade
Consumo calórico
Recomendações de atividades
Necessidade de pesquisas
Testes clínicos a longo prazo
Maiores e mais variadas casuísticas
Possibilidade de comparação entre tratamentos