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2º Tarefa do Facegrupo
Profª Maria Piedade Teodoro da Silva
Língua Portuguesa
Bagagem - de Adélia Prado
Comentários:
Comentário do professor
O prof. Gilberto Alves da Rocha (Giba), do Curso Apogeu de Curitiba (PR),
comenta que é importante ter em mente que ―Bagagem‖ é a obra de estreia de
Adélia Prado, afilhada artística de Carlos Drummond de Andrade. Neste
sentido, este livro é uma espécie de ―autodefinição‖ da mulher-poeta. Além
disso, a linguagem de Adélia chama a atenção por brincar com os opostos:
seja no sentido de explorar as contradições do universo feminino, seja no
sentido de emprestar certa sensualidade à religiosidade, por exemplo.
Informações:
Entende-se pelo termo "licença poética" uma certa liberdade da qual o autor do
poema ou texto dispõe para escrever, não atendo-se tanto às questões
estético-formais. Além disso, pode-se interpretar o "licença" como o ato de
pedir licença para iniciar sua trajetória poética - seja ao leitor ou seja aos
grandes mestres da literatura, uma vez que não há destinatário explícito no
poema. Assim, "Com licença poética" funciona como uma abertura e encabeça
a temática presente em Bagagem.Este poema encerra, basicamente, o papel
da mulher em uma sociedade patriarcal e machista, onde ela deve calar-se e
respeitar os mandos e desmandos dos homens. Há a figura do homem
apaixonado que deseja casar-se com o eu-lírico, mas ele não possui dote, ou
seja, dinheiro e condição social elevada. Em contraposição, tem-se D.
Cristóvão, que possui até título hierárquico e condições para pagar o dote, e
que portanto casa-se com o Eu do poema. A fala do pai, extremamente irônica,
revela a pouca importância que o amor tem perante a força do dinheiro nessa
sociedade.
Capa do Livro:
O Cortiço -de Aluísio Azevedo
Comentários:
Comentário do professor - O cortiço é considerado o melhor representante do
movimento naturalista brasileiro, afirma o professor Marcílio Mendes do Colégio
Anglo. As principais características do Naturalismo seriam a animalização das
personagens e, consequentemente, a ação baseada em instintos naturais, tais
como os instintos sexuais e os de sobrevivência. Assim, seria importante o
aluno saber reconhecer como estas características estão presentes dentro da
obra, afirma o professor.
Informações:
Narrador
A obra é narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente (que tem
conhecimento de tudo), como propunha o movimento naturalista. O narrador
tem poder total na estrutura do romance: entra no pensamento dos
personagens, faz julgamentos e tenta comprovar, como se fosse um cientista,
as influências do meio, da raça e do momento histórico.O foco da narração, a
princípio, mantém uma aparência de imparcialidade, como se o narrador se
apartasse, à semelhança de um deus, do mundo por ele criado. No entanto,
isso é ilusório, porque o procedimento de representar a realidade de forma
objetiva já configura uma posição ideologicamente tendenciosa.
Tempo
Em "O Cortiço", o tempo é trabalhado de maneira linear, com princípio, meio e
desfecho da narrativa. A história se desenrola no Brasil do século XIX, sem
precisão de datas. Há, no entanto, que ressaltar a relação do tempo com o
desenvolvimento do cortiço e com o enriquecimento de João Romão.
Espaço
São dois os espaços explorados na obra. O primeiro é o cortiço, amontoado de
casebres mal-arranjados, onde os pobres vivem. Esse espaço representa a
mistura de raças e a promiscuidade das classes baixas. Funciona como um
organismo vivo. Junto ao cortiço estão a pedreira e a taverna do português
João Romão.
Capa do Livro:
Romance D’A Pedra do Reino-de Ariano Suassuna
Comentários:
É inspirado em um episódio ocorrido no século XIX, no município sertanejo de
São José do Belmonte, a 470 quilômetros do Recife, onde uma seita, em 1836,
tentou fazer ressurgir o rei Dom Sebastião - transformado em lenda em
Portugal depois de desaparecer na África (Batalha de Alcácer-Quibir): sob
domínio espanhol, os portugueses sonhavam com a volta do rei que restituiria
a nação tomada à força.
Informações:
Crítica - Um "romance-memorial-poema-folhetim", como definiu o poeta Carlos
Drummond de Andrade, narrado pelo seu protagonista, Dom Pedro Dinis
Ferreira Quaderna, que constrói um monumento literário à cultura caboclo-
sertaneja nordestina, marcada pelas tradições do mundo ibérico (Portugal e
Espanha), trazidas pelos primeiros colonizadores europeus e transfeitas ao
longo dos séculos. Segundo observação do crítico literário João Hernesto
Weber, na obra podem ser encontradas "duas distintas tradições a informarem
a concepção de mundo do herói: a tradição mítico-sertaneja e a tradição
erudita".
O Uruguai -de Basílio Gama
Comentários:
O Uraguai, poema épico de 1769, critica drasticamente os jesuítas, antigos
mestres do autor Basílio da Gama. Ele alega que os jesuítas apenas defendiam
os direitos dos índios para ser eles mesmos seus senhores. O enredo situa-se
todo em torno dos eventos expedicionários e de um caso de amor e morte no
reduto missioneiro.
Informações:
Tema central:Pelo Tratado de Madri, celebrado entre os reis de Portugal e de
Espanha, as terras ocupadas pelos jesuítas, no Uruguai, deveriam passar da
Espanha a Portugal. Os portugueses ficariam com Sete Povos das Missões e
os espanhóis, com a Colônia do Sacramento. Sete Povos das Missões era
habitada por índios e dirigida por jesuítas, que organizaram a resistência à
pretensão dos portugueses. O poema narra o que foi a luta pela posse da terra,
travada em princípios de 1757, exaltando os feitos do General Gomes Freire de
Andrade. Basílio da Gama dedica o poema ao irmão do Marquês de Pombal e
combate os jesuítas abertamente.Senso da situação: o poema deixa de ser a
celebração de um herói para tomar-se o estudo de uma situação: o drama do
choque de culturas.
Capa do Livro:
O Tronco - de Bernardo Élis
Comentários:
O Tronco é baseado no romance de Bernardo Élis, que, por sua vez, ficcionara
uma história baseando-se em fatos históricos, uma guerra de jagunços,
coronéis e soldados no início do século. O projeto era uma idéia antiga: eu
havia lido o livro em 1968 e, naquele mesmo ano, resolvi procurar o autor.
O que mais me atraíra no livro, desde 68, era a fragilidade absurda do
personagem central, o coletor Vicente Lemes, fragilidade que me parecia uma
representação de nossa própria fragilidade política, da história de inviabilidades
da esquerda brasileira até hoje. Vicente Lemes era como uma espécie de
embrião de militante, nesse início de século 20 onde parece que tudo se inicia:
criação do PCB, Coluna Prestes, Semana de 22, sinais de efervescência da
vida urbana, trazendo ideais de liberdade, democracia, modernidade, direitos
civis. Pois Vicente Lemes, de forma embrionária é o personagem desse
momento.Ele, como funcionário de um governo de coronéis, vai para o norte do
estado de Goiás controlar os coronéis inimigos do governo, os Melo,
justamente seus parentes. Vicente tem suas idéias, acha que os coronéis são
violentos, que desrespeitam as leis. Tenta impor seus ideais, acaba acirrando o
conflito. Vendo-se derrotado pela força de seus parentes, não desiste do que
acha justo. Só que ele não possui força própria: para isso tem que apelar para
a força do governo. E a força do governo vem, mas para agir de acordo com os
interesses e ideais do próprio governo e não os de Vicente. Ele se vê, então,
em meio à luta entre os poderosos reais da sociedade, uma luta sangrenta,
absolutamente selvagem. O personagem Vicente perde sua fugaz capacidade
dirigente, de personagem principal. Será um mero coadjuvante em meio à
barbárie.
Informações:
OTronco é um romance do escritor goiano Bernardo Élis publicado
originalmente em 1956. É o quarto livro de Élis, e apresenta uma versão fictícia
de fatos históricos ocorridos no início do século XX no norte de Goiás (atual
estado do Tocantins), que promoveram uma intensa disputa entre jagunços e
soldados do Exército Brasileiro, representantes do coronelismo e do poder
público, respectivamente. Apesar de ser uma obra de ficção, diz-se que tais
fatos teriam ocorrido na cidade de Dianópolis.
Capa do Livro:
A Escrava Isaura - de Bernardo Guimarães
Comentários:
O romance foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães
se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época. O autor
pretende, nesta obra, fazer um libelo antiescravagista e libertário e, talvez, por
isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a
imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro.
Informações:
Este romance já foi considerado, com bastante exagero, uma espécie de A
Cabana do Pai Tomás (1851) brasileiro. Porém, Bernardo Guimarães, ao
contrário da romancista americanaHarrietBeecher Stowe, detém-se muito
pouco na descrição dos sofrimentos provocados pelo regime escravagista. Ele
coloca, na boca de alguns personagens, como Álvaro e seus amigos,
estudantes no Recife, algumas frases abolicionistas, mas parece tomar
bastante cuidado em não provocar a fúria dos seus leitores conservadores.
Está mais preocupado em contar as perseguições do senhor cruel à escrava
virtuosa e, assim, conquistar a simpatia do leitor.Bernardo Guimarães faz
questão de ressaltar exaustivamente a beleza branca e pura de Isaura, que
não denunciava a sua condição de escrava porque não portava nenhum traço
africano, era educada e nada havia nela que "denunciasse a abjeção do
escravo". O que parece uma escolha preconceituosa e contraditória — contar
as agruras da escravidão criando uma escrava branca — talvez seja melhor
compreeendido se levar em conta que a maior parte do público que consumia
romances na época era composto por mulheres da sociedade, que apreciavam
as histórias de amor.
Capa do Livro:
Morangos Mofados -de Caio Fernando Abreu
Comentários:
Viu-se, portanto, que a obra tem em sua estrutura uma narrativa fragmentada,
que aparentemente não aponta para unidades de sentido e de significado
totalizantes. O autor apresenta uma obra rica em sua estrutura de formas,
estilos e linguagem diferentes, onde o contraponto entre a ditadura militar e o
desejo de liberdade serve como pano de fundo para questões que, se por um
lado são muito representativas de uma época, por outro lado são questões
inerentes a toda sociedade contemporânea.
Informações:
Morangos Mofados atravessou o tempo contingente de sua criação para
perpetuar-se nas dobras da memória, fertilizando o pensamento, estimulando
sucessivas releituras, ato criativo de resignação da obra original. E desta forma
tornou-se um clássico, um objeto da história e da reflexão do autor.
Morangos Mofadosé estruturado em três partes: "O Mofo", constituída de nove
contos; "Morangos", de oito; e um último conto que dá título ao livro: ―Morangos
Mofados‖. Na primeira parte está representada ainda a ditadura militar, o
processo de desumanização e asfixiamento da liberdade que foi tema do livro
anterior, tudo isso revestido de uma ótica esvaziada e nauseabunda. Esta parte
contém narrativas mais sombrias e de caráter crítico elevado. Na segunda
parte, "Morangos", e no último conto, as sementes que frutificam no asfalto, o
fiapo de esperança que diferencia Morangos Mofados dos livros anteriores e
posteriores. A obra consegue traduzir a atmosfera tensa, de incerteza e agonia
vivida na época – entre o fim da ditadura e o início da reabertura política. Este
livro de contos pode ser lido como um romance não-linear.
Capa do Livro:
Espumas Flutuantes -de Castro Alves
Comentários:
Espumas Flutuantes‖, o único livro publicado em vida por Castro Alves, reúne
poemas escritos em diferentes épocas, abrangendo os mais variados temas de
sua poética. Pela primeira vez no Romantismo Brasileiro, um autor une em sua
obra experiência e inspiração, dando assim uma nova face à poesia amorosa.
Outro ponto que o poeta inclui em sua obra, que o difere dos demais
românticos de sua geração, é que em sua poesia, além de mostrar o
desequilíbrio entre seu ―eu‖ e o mundo, ele tem consciência dos problemas
humanos e busca meios de solucioná-los.
Informações:É uma coletânea de poemas de Castro Alves, publicada em
1870. Este livro nascera numa época em que o autor lutava contra a
tuberculose, que se agravara em função de um acidente numa caçada: a arma
disparou e atingiu-lhe o calcanhar esquerdo, quando estava em São Paulo
prestigiando a estréia de sua peça ―Gonzaga ou a Revolução de Minas‖. A
linguagem de sua poética é saborosa, apresenta uma perspectiva crítica e
revela alguns traços do Realismo, que já apresentava nuances na época em
que publicou ―Espumas Flutuantes‖. Mesmo assim, a linguagem desta
coletânea de poemas é essencialmente romântica e muito carregada de
emoção e paixão. Os poemas apresentam também uma inovação na
linguagem: a preposição ―para‖ é substituída pelo ―pra‖.
Capa do Livro:
Brás,Bexiga e Barra Funda - de Antônio de Alcantara Machado
Comentários:A obra apresenta excelente investigação da influência que o
imigrante trouxe inclusive para o linguajar paulistano, revelando no autor o
artista consciente de que o literato é também um historiador, ao observar a
realidade urbana que o cerca.
Informações:O autor defende a tese de que alguns imigrantes, principalmente
o italiano, trazem em si a alegria, o canto e a movimentação. Ao pisarem o solo
brasileiro, carregam a força do trabalho e a vontade de se saírem bem na nova
terra. Ao se adaptarem, misturam-se de forma espontânea, a ponto de se
confundirem com a paisagem,Cada conto se transforma em flashes dos bairros
registrados e o enredo, jornalisticamente, vai-se transformando em crônicas da
cidade durante a década de 20.
Capa do Livro:
E.E Professor João Cruz
Jacareí 17 de Setembro de 2013
Gabriel Mendes nº11 – 1ºEnsino Médio C
Língua Portuguesa – Profª Piedade

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Bagagem de Adélia Prado

  • 1. 2º Tarefa do Facegrupo Profª Maria Piedade Teodoro da Silva Língua Portuguesa Bagagem - de Adélia Prado Comentários: Comentário do professor O prof. Gilberto Alves da Rocha (Giba), do Curso Apogeu de Curitiba (PR), comenta que é importante ter em mente que ―Bagagem‖ é a obra de estreia de Adélia Prado, afilhada artística de Carlos Drummond de Andrade. Neste sentido, este livro é uma espécie de ―autodefinição‖ da mulher-poeta. Além disso, a linguagem de Adélia chama a atenção por brincar com os opostos: seja no sentido de explorar as contradições do universo feminino, seja no sentido de emprestar certa sensualidade à religiosidade, por exemplo. Informações: Entende-se pelo termo "licença poética" uma certa liberdade da qual o autor do poema ou texto dispõe para escrever, não atendo-se tanto às questões estético-formais. Além disso, pode-se interpretar o "licença" como o ato de pedir licença para iniciar sua trajetória poética - seja ao leitor ou seja aos grandes mestres da literatura, uma vez que não há destinatário explícito no poema. Assim, "Com licença poética" funciona como uma abertura e encabeça a temática presente em Bagagem.Este poema encerra, basicamente, o papel da mulher em uma sociedade patriarcal e machista, onde ela deve calar-se e respeitar os mandos e desmandos dos homens. Há a figura do homem apaixonado que deseja casar-se com o eu-lírico, mas ele não possui dote, ou seja, dinheiro e condição social elevada. Em contraposição, tem-se D. Cristóvão, que possui até título hierárquico e condições para pagar o dote, e que portanto casa-se com o Eu do poema. A fala do pai, extremamente irônica, revela a pouca importância que o amor tem perante a força do dinheiro nessa sociedade. Capa do Livro:
  • 2. O Cortiço -de Aluísio Azevedo Comentários: Comentário do professor - O cortiço é considerado o melhor representante do movimento naturalista brasileiro, afirma o professor Marcílio Mendes do Colégio Anglo. As principais características do Naturalismo seriam a animalização das personagens e, consequentemente, a ação baseada em instintos naturais, tais como os instintos sexuais e os de sobrevivência. Assim, seria importante o aluno saber reconhecer como estas características estão presentes dentro da obra, afirma o professor. Informações: Narrador
  • 3. A obra é narrada em terceira pessoa, com narrador onisciente (que tem conhecimento de tudo), como propunha o movimento naturalista. O narrador tem poder total na estrutura do romance: entra no pensamento dos personagens, faz julgamentos e tenta comprovar, como se fosse um cientista, as influências do meio, da raça e do momento histórico.O foco da narração, a princípio, mantém uma aparência de imparcialidade, como se o narrador se apartasse, à semelhança de um deus, do mundo por ele criado. No entanto, isso é ilusório, porque o procedimento de representar a realidade de forma objetiva já configura uma posição ideologicamente tendenciosa. Tempo Em "O Cortiço", o tempo é trabalhado de maneira linear, com princípio, meio e desfecho da narrativa. A história se desenrola no Brasil do século XIX, sem precisão de datas. Há, no entanto, que ressaltar a relação do tempo com o desenvolvimento do cortiço e com o enriquecimento de João Romão. Espaço São dois os espaços explorados na obra. O primeiro é o cortiço, amontoado de casebres mal-arranjados, onde os pobres vivem. Esse espaço representa a mistura de raças e a promiscuidade das classes baixas. Funciona como um organismo vivo. Junto ao cortiço estão a pedreira e a taverna do português João Romão. Capa do Livro: Romance D’A Pedra do Reino-de Ariano Suassuna
  • 4. Comentários: É inspirado em um episódio ocorrido no século XIX, no município sertanejo de São José do Belmonte, a 470 quilômetros do Recife, onde uma seita, em 1836, tentou fazer ressurgir o rei Dom Sebastião - transformado em lenda em Portugal depois de desaparecer na África (Batalha de Alcácer-Quibir): sob domínio espanhol, os portugueses sonhavam com a volta do rei que restituiria a nação tomada à força. Informações: Crítica - Um "romance-memorial-poema-folhetim", como definiu o poeta Carlos Drummond de Andrade, narrado pelo seu protagonista, Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna, que constrói um monumento literário à cultura caboclo- sertaneja nordestina, marcada pelas tradições do mundo ibérico (Portugal e Espanha), trazidas pelos primeiros colonizadores europeus e transfeitas ao longo dos séculos. Segundo observação do crítico literário João Hernesto Weber, na obra podem ser encontradas "duas distintas tradições a informarem a concepção de mundo do herói: a tradição mítico-sertaneja e a tradição erudita". O Uruguai -de Basílio Gama Comentários:
  • 5. O Uraguai, poema épico de 1769, critica drasticamente os jesuítas, antigos mestres do autor Basílio da Gama. Ele alega que os jesuítas apenas defendiam os direitos dos índios para ser eles mesmos seus senhores. O enredo situa-se todo em torno dos eventos expedicionários e de um caso de amor e morte no reduto missioneiro. Informações: Tema central:Pelo Tratado de Madri, celebrado entre os reis de Portugal e de Espanha, as terras ocupadas pelos jesuítas, no Uruguai, deveriam passar da Espanha a Portugal. Os portugueses ficariam com Sete Povos das Missões e os espanhóis, com a Colônia do Sacramento. Sete Povos das Missões era habitada por índios e dirigida por jesuítas, que organizaram a resistência à pretensão dos portugueses. O poema narra o que foi a luta pela posse da terra, travada em princípios de 1757, exaltando os feitos do General Gomes Freire de Andrade. Basílio da Gama dedica o poema ao irmão do Marquês de Pombal e combate os jesuítas abertamente.Senso da situação: o poema deixa de ser a celebração de um herói para tomar-se o estudo de uma situação: o drama do choque de culturas. Capa do Livro: O Tronco - de Bernardo Élis
  • 6. Comentários: O Tronco é baseado no romance de Bernardo Élis, que, por sua vez, ficcionara uma história baseando-se em fatos históricos, uma guerra de jagunços, coronéis e soldados no início do século. O projeto era uma idéia antiga: eu havia lido o livro em 1968 e, naquele mesmo ano, resolvi procurar o autor. O que mais me atraíra no livro, desde 68, era a fragilidade absurda do personagem central, o coletor Vicente Lemes, fragilidade que me parecia uma representação de nossa própria fragilidade política, da história de inviabilidades da esquerda brasileira até hoje. Vicente Lemes era como uma espécie de embrião de militante, nesse início de século 20 onde parece que tudo se inicia: criação do PCB, Coluna Prestes, Semana de 22, sinais de efervescência da vida urbana, trazendo ideais de liberdade, democracia, modernidade, direitos civis. Pois Vicente Lemes, de forma embrionária é o personagem desse momento.Ele, como funcionário de um governo de coronéis, vai para o norte do estado de Goiás controlar os coronéis inimigos do governo, os Melo, justamente seus parentes. Vicente tem suas idéias, acha que os coronéis são violentos, que desrespeitam as leis. Tenta impor seus ideais, acaba acirrando o conflito. Vendo-se derrotado pela força de seus parentes, não desiste do que acha justo. Só que ele não possui força própria: para isso tem que apelar para a força do governo. E a força do governo vem, mas para agir de acordo com os interesses e ideais do próprio governo e não os de Vicente. Ele se vê, então, em meio à luta entre os poderosos reais da sociedade, uma luta sangrenta, absolutamente selvagem. O personagem Vicente perde sua fugaz capacidade dirigente, de personagem principal. Será um mero coadjuvante em meio à barbárie. Informações: OTronco é um romance do escritor goiano Bernardo Élis publicado originalmente em 1956. É o quarto livro de Élis, e apresenta uma versão fictícia de fatos históricos ocorridos no início do século XX no norte de Goiás (atual estado do Tocantins), que promoveram uma intensa disputa entre jagunços e soldados do Exército Brasileiro, representantes do coronelismo e do poder público, respectivamente. Apesar de ser uma obra de ficção, diz-se que tais fatos teriam ocorrido na cidade de Dianópolis.
  • 7. Capa do Livro: A Escrava Isaura - de Bernardo Guimarães Comentários: O romance foi um grande sucesso editorial e permitiu que Bernardo Guimarães se tornasse um dos mais populares romancistas de sua época. O autor pretende, nesta obra, fazer um libelo antiescravagista e libertário e, talvez, por isso, o romance exceda em idealização romântica, a fim de conquistar a imaginação popular perante as situações intoleráveis do cativeiro. Informações: Este romance já foi considerado, com bastante exagero, uma espécie de A Cabana do Pai Tomás (1851) brasileiro. Porém, Bernardo Guimarães, ao contrário da romancista americanaHarrietBeecher Stowe, detém-se muito pouco na descrição dos sofrimentos provocados pelo regime escravagista. Ele coloca, na boca de alguns personagens, como Álvaro e seus amigos, estudantes no Recife, algumas frases abolicionistas, mas parece tomar bastante cuidado em não provocar a fúria dos seus leitores conservadores. Está mais preocupado em contar as perseguições do senhor cruel à escrava virtuosa e, assim, conquistar a simpatia do leitor.Bernardo Guimarães faz questão de ressaltar exaustivamente a beleza branca e pura de Isaura, que
  • 8. não denunciava a sua condição de escrava porque não portava nenhum traço africano, era educada e nada havia nela que "denunciasse a abjeção do escravo". O que parece uma escolha preconceituosa e contraditória — contar as agruras da escravidão criando uma escrava branca — talvez seja melhor compreeendido se levar em conta que a maior parte do público que consumia romances na época era composto por mulheres da sociedade, que apreciavam as histórias de amor. Capa do Livro: Morangos Mofados -de Caio Fernando Abreu Comentários: Viu-se, portanto, que a obra tem em sua estrutura uma narrativa fragmentada, que aparentemente não aponta para unidades de sentido e de significado totalizantes. O autor apresenta uma obra rica em sua estrutura de formas, estilos e linguagem diferentes, onde o contraponto entre a ditadura militar e o desejo de liberdade serve como pano de fundo para questões que, se por um
  • 9. lado são muito representativas de uma época, por outro lado são questões inerentes a toda sociedade contemporânea. Informações: Morangos Mofados atravessou o tempo contingente de sua criação para perpetuar-se nas dobras da memória, fertilizando o pensamento, estimulando sucessivas releituras, ato criativo de resignação da obra original. E desta forma tornou-se um clássico, um objeto da história e da reflexão do autor. Morangos Mofadosé estruturado em três partes: "O Mofo", constituída de nove contos; "Morangos", de oito; e um último conto que dá título ao livro: ―Morangos Mofados‖. Na primeira parte está representada ainda a ditadura militar, o processo de desumanização e asfixiamento da liberdade que foi tema do livro anterior, tudo isso revestido de uma ótica esvaziada e nauseabunda. Esta parte contém narrativas mais sombrias e de caráter crítico elevado. Na segunda parte, "Morangos", e no último conto, as sementes que frutificam no asfalto, o fiapo de esperança que diferencia Morangos Mofados dos livros anteriores e posteriores. A obra consegue traduzir a atmosfera tensa, de incerteza e agonia vivida na época – entre o fim da ditadura e o início da reabertura política. Este livro de contos pode ser lido como um romance não-linear. Capa do Livro: Espumas Flutuantes -de Castro Alves
  • 10. Comentários: Espumas Flutuantes‖, o único livro publicado em vida por Castro Alves, reúne poemas escritos em diferentes épocas, abrangendo os mais variados temas de sua poética. Pela primeira vez no Romantismo Brasileiro, um autor une em sua obra experiência e inspiração, dando assim uma nova face à poesia amorosa. Outro ponto que o poeta inclui em sua obra, que o difere dos demais românticos de sua geração, é que em sua poesia, além de mostrar o desequilíbrio entre seu ―eu‖ e o mundo, ele tem consciência dos problemas humanos e busca meios de solucioná-los. Informações:É uma coletânea de poemas de Castro Alves, publicada em 1870. Este livro nascera numa época em que o autor lutava contra a tuberculose, que se agravara em função de um acidente numa caçada: a arma disparou e atingiu-lhe o calcanhar esquerdo, quando estava em São Paulo prestigiando a estréia de sua peça ―Gonzaga ou a Revolução de Minas‖. A linguagem de sua poética é saborosa, apresenta uma perspectiva crítica e revela alguns traços do Realismo, que já apresentava nuances na época em que publicou ―Espumas Flutuantes‖. Mesmo assim, a linguagem desta coletânea de poemas é essencialmente romântica e muito carregada de emoção e paixão. Os poemas apresentam também uma inovação na linguagem: a preposição ―para‖ é substituída pelo ―pra‖. Capa do Livro:
  • 11. Brás,Bexiga e Barra Funda - de Antônio de Alcantara Machado Comentários:A obra apresenta excelente investigação da influência que o imigrante trouxe inclusive para o linguajar paulistano, revelando no autor o artista consciente de que o literato é também um historiador, ao observar a realidade urbana que o cerca. Informações:O autor defende a tese de que alguns imigrantes, principalmente o italiano, trazem em si a alegria, o canto e a movimentação. Ao pisarem o solo brasileiro, carregam a força do trabalho e a vontade de se saírem bem na nova terra. Ao se adaptarem, misturam-se de forma espontânea, a ponto de se confundirem com a paisagem,Cada conto se transforma em flashes dos bairros registrados e o enredo, jornalisticamente, vai-se transformando em crônicas da cidade durante a década de 20. Capa do Livro: E.E Professor João Cruz Jacareí 17 de Setembro de 2013 Gabriel Mendes nº11 – 1ºEnsino Médio C Língua Portuguesa – Profª Piedade