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1
ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL
CLASSE: A BÍBLIA EM UM ANO
PROFº: FRANCISCO TUDELA
PIBPENHA –SP – 2017
2
A realidade mostra que todos estamos sujeitos aos mesmos
percalços da vida, tanto os cristãos como os ímpios.
O livro de Jó trata do problema da dor e do sofrimento,
particularmente o sofrimento do crente, frente à teologia da
retribuição (fé por contrato; o que se faz aqui, aqui se paga).
Eu sei que o meu Redentor vive,e que no fim
se levantará sobre a terra.
E depois que o meu corpo estiver destruído e
sem carne, verei a Deus. (Jó 19.25-26)
3
AUTOR: Desconhecido
Ao livro é dado o nome de seu personagem principal,
Jó, embora não o tenha escrito.
O autor e um israelita, pois no prólogo e no epílogo
"Senhor” ocorre 25 vezes.
Lutero disse que é “magnificente e sublime como
nenhum outro livro da Escritura”.
O livro de Jó fascinou tanto João Calvino que 159 dos
seus 700 sermões foram baseados nele.
O livro de Jó tem a seguinte estrutura literária:O livro de Jó tem a seguinte estrutura literária:
Prólogo em prosa.Prólogo em prosa.
Corpo em poesia.Corpo em poesia.
Epílogo em prosa.Epílogo em prosa.
4
SOBRE DEUS O CRIADOR Gn 1 – 11
Deus criou tudo bom. Gn 1.31
O mal moral e físico tem origem na escolha humana a
partir do pecado de desobediência de Adão e Eva.
As rupturas entre Deus e o homem, o homem e a
natureza, o homem consigo mesmo e o homem com
seu próximo se estabeleceram e há um crescimento
da maldade humana.
Era esse o mundo que
Deus tinha em mente com
a criação?
5
Local e DatasLocal e Datas
Os fatos se dao na “ terra de Uz ” (1.1), posteriormente
Edom, localizada a sudeste do mar Morto, norte da
Arábia (Lm 4.21).
Trata de um personagem histórico e real (Ez14.14,20) e
de um evento histórico e real (Tg 5.11).
Fatos e costumes indicam que Jó viveu nos tempos de
Abraão, 2000 a.C. (1.5 “um holocausto a Deus”).
Escrito durante o exílio de Judá (586- 538 aC.), quando
havia questões religiosas e sociais, tais
como entender a calamidade que sofriam.
Uz
6
UM LIVRO POÉTICO E DE SABEDORIA
1) 1.9 O desafio de Satanás a Deus: “Será que (as
pessoas) temem a Deus sem segundas intenções?”
Satanás acusa Jó de ser justo porque lucra com isso.
Afirma que não há outra razão para um homem servir a
Deus senão pelas bençãos que dele recebe.
Jó permaneceria fiel em circunstâncias adversas?
2) 28.12,20 “onde se achará a sabedoria ?”.
Como criaturas dotadas de sabedoria estarão dispostas
a viver nos limites da sabedoria: “que teme a Deus e
se desvia do mal”-1.8;2.3;28.28,
ou exigirão participar da sabedoria
de Deus e questionar Sua justiça ?
O que é certo ou errado?
7
Dos 42 cap. em 34 a questão discutida é o
esforço para entender os caminhos de Deus,
especialmente sua justiça, quando os justos
sofrem não por mãos humanas, mas devido a
“atos de Deus”, porém a questão central é a
dependência de Deus.
ONDE ESTÁ DEUS NA HORA DA DOR ?
QUAL A REAÇÃO DE JÓ NA HORA DA DOR ?
8
TEODICÉIA:(cunhada em 1710 pelo filósofo alemão Leibnitz)
a justiça de Deus diante do sofrimento humano.
A pergunta formulada pela teodicéia, no pensamento
grego e no conceito ocidental, é assim interpretada:
Como a justiça de um Deus onipotente pode ser
defendida na presença do mal, sobretudo do sofrimento
humano e, especialmente do sofrimento dos inocentes?
Assim há 3 suposições para Deus em relação ao mal:
1.Quer impedir o mal e não é capaz: não é onipotente.
2.Pode fazê-lo mas não o deseja, logo é malévolo.
3.O homem desagrada a Deus e Ele o pune.
9
TEMA: Como o justo enfrenta o sofrimento
Jó não entende porque está sofrendo e assim está
posto o cenário para uma discussão do problema do
sofrimento humano num mundo governado por Deus.
As pessoas estão convictas de que a compreensão do
sofrimento se dará ao descobrirem:
• Por que existe o sofrimento?
• Qual é a sua origem e causa?
• Por que esse sofrimento acontece comigo?
A desgraça humana, o mal moral e o mal físico, é um
problema somente para a pessoa que crê num Deus
único, onipotente e todo amoroso.
10
O objetivo do livro de Jó não é o problema do mal, nem o
sofrimento do justo e inocente, e muito menos o da "paciência
de Jó", mas a natureza da relação entre o homem e Deus, em
oposição à teologia da retribuição.
Teologia retributiva: Os justos diante de Deus recebem nesta
vida o prêmio por tal justiça, em bens materiais e vida longa.
Os injustos, cedo ou tarde, receberão o castigo.
Como Jó o povo de Judá exilado na Babilonia, tinha perdido tudo:
família, propriedades, instituições e a própria liberdade, exigia
uma revisão da teologia da retribuição.
Para conseguir sua intenção o autor usa o drama de Jó e
intercala uma série de debates que mostram o absurdo da
teologia da retribuição, que é incapaz de justificar a situação, e
apresenta ao final a confissão de Jó:
42.5 “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os
meus olhos te viram.” - é o ponto de chegada do livro.
11
CONTEXTO: NO CÉU
O relacionamento entre Deus e o homem não é
exclusivo, existe a intrusão de uma terceira parte: o
grande adversário (cap 1 e 2).
Sua função é frustrar o empreendimento que Deus
incorporou na criação, a salvação do homem, e
minar o relacionamento entre Deus e o homem.
Como tentador do homem querComo tentador do homem quer afastafastáá-lo de Deus.-lo de Deus.
Como acusador diante de Deus querComo acusador diante de Deus quer afastar Deusafastar Deus
do homemdo homem (Zc 3.1).
Satanás não é o rei do inferno nem o deus do mal, é
uma criatura de Deus, portanto, subordinada a Ele.
12
Visão Panorâmica:Visão Panorâmica:
(1) Prólogo (1-2): descreve o contexto da contenda
entre Deus e Satanás, a calamidade de Jó e sua
perplexidade diante do seu sofrimento;
(2) Três ciclos de diálogos entre Jó e três amigos (3 ao
31) que buscam na razao a resposta para seu
sofrimento.
(3) Quatro monólogos de Eliú (32 a 37) que mostram o
objetivo de Deus ao tratar Jó desta maneira, porém
reafirmam a questão da retribuição.
(4) Deus fala a Jó (38.1 a 42.6) sobre a sua ignorância e
queixas e Jó Lhe responde.
É o texto mais longo da Bíblia em que Deus fala.
(5) Epílogo (42.7-17) trata da restauração de Jó.
13
Personagens do drama
1. Deus
2. Satanás
3. Jó
4. A esposa de Jó
5. Os amigos de Jó: Elifaz, Bildade e Zofar
6. Eliú
Nós, na plateia, chegamos cedo e o diretor da peça
explica sua obra (cap 1 e 2).
As cortinas se fecham e ao reabrirem os atores,
limitados aos ingredientes do drama, não sabem do
ato que se passou no céu, tentam descobrir o que nós
espectadores já sabemos.
14
QUEM ERA JÓ –1.1-5
Jó habitava o norte da Arábia, um não-israelita justo e
temente a Deus, que talvez tenha existido antes da
família de Israel, e da sua aliança com Deus.
Era o sacerdote da família, com destacado caráter
espiritual: irrepreensível (2.3), reto, temia a Deus e
evitava o mal (1.1).
Rico: o mais grandioso de todos no oriente.
Tinha dez filhos e sua família vivia em harmonia.
O caráter espiritual de Jó chama a atenção de Deus.
As bençãos de Jó chamam a atenção de satanás.
15
Primeiro confronto de Deus com Satanás
a. De onde Satanás vinha? (1.6,7)
b. Como Jó entra na história? (1.8)
Se o homem fiel, íntegro e reto, que Deus mostra como referência
- não significa que não peque - pudesse ser demonstrado como
hipócrita (fiel só por interesse), a redenção seria impensável,
pois não haveria na humanidade ninguém que serve a Deus só
porque Deus merece a honra, e assim Deus deveria eliminar
seu plano de redenção, por ser imperfeito.
Essa acusação, uma vez levantada, não poderia ser eliminada,
mesmo destruindo o acusador, assim Deus permite ao
acusador aplicar em Jó seu plano, dentro de certos limites
Satanás não pode nos afligir sem permissão de Deus.
Deus tem poder sobre o que Satanás pode e não pode fazer.
PORQUE DEUS PERMITE QUE SATANÁS APLIQUE
SOBRE JÓ TANTA CALAMIDADE
16
Provação e reação de Jó
1. As provações de Jó
a. 1.13-17Perda dos bens materiais.
b. 1.18 Perda dos membros da família.
c. 1.22 Como Jó reage à perda da riqueza e da família?
2. Segundo confronto de Deus com Satanás:
a. 2.4 Satanás afirma que Jó renunciará ao Senhor se
seu físico for afetado.
3. A provação de Jó
a. 2.7 Perda da saúde.
b. 2.10 Como Jó recebe a perda da saúde?
Deve estudar o livro de Jó quem acha que o crente estáDeve estudar o livro de Jó quem acha que o crente está
livre de experimentar coisas ruins em sua vida e que olivre de experimentar coisas ruins em sua vida e que o
sofrimento, a pobreza e a doença são sinônimos desofrimento, a pobreza e a doença são sinônimos de
falta de fé (a teologia da retribuição).falta de fé (a teologia da retribuição).
17
A SITUAÇÃO DE JÓ FERIDO FISICAMENTE:
1. 2.7 Feridas inflamadas, ulcerosas,
2. 28 coceira contínua,
3. 2.12 degeneração da pele do rosto e desfiguração,
4. 2.13 dor intensa,
5. 3.24 perda do apetite,
6. 3.25 medo e depressão,
7. 7.5 feridas purulentas que se abrem, coçam, racham e supuram,
8. vermes formados nas feridas,
9. 9.18 dificuldade para respirar,
10. 16.16 escurecimento da pálpebra,
11. 19.17 mau hálito,
12. 19.20 perda de peso,
13. 33.19 dor nos ossos,
14. 30.27 dor lancinante e contínua,
15. 30.30 febre.
Elefantíase dos Gregos (lepra negra)
JÓJÓ
18
Reação dos amigos e da esposa 2.9-13
Reação da esposa: Abandona Jó.
O conselho para morrer vem da ideia de que o
sofrimento é causado pelo pecado.
O desejo da mulher de Jó é o mesmo de Satanás,
isto é, levar Jó a amaldiçoar a Deus.
Raciocina que se Jó está sofrendo deve ter pecado
e está separado de Deus.
"Amaldiçoar a Deus" não
pioraria sua relação, mas
traria a morte e alívio para
Reação dos amigos: levam-lhe consolo
Sentaram-se com ele na terra, em silêncio por sete dias.
Um período de luto comum pelos mortos (Gn 50,10;
1Sm 31.13), e mostra o tipo de sentimento deles pela
situação de Jó (julgaram pelo que viram).
19
20
As palavras de Jó a respeito da
solução para a sua situação
3.1-3 e 3.20
Jó amaldiçoa seu nascimento e vida. Pra que
nascer?Pra que viver?Para passar por tanta dor?
3.21 – 26
A morte e uma solução das dificuldades, mas Jo
não considerou o suicídio uma opção.
6.14
Jó critica seus amigos por acusarem-no de más
ações em vez de mostrarem-lhe simpatia.
Jó necessitava da compaixão e não das criticas.
21
OS “AMIGOS” DE JÓ: POR QUE JÓ SOFRE?
Elifaz no 1º discurso confia em revelações 4.12,13
4.8 Argumenta a partir da sua experiência:
4.7 Jó sofre porque pecou e os que pecam são punidos.
5.17 Elifaz é defensor das tradições religiosas .
5.15 Deus está no controle.
Se algo está errado isto se deve a Jó.
1. O inocente e o reto não perecem.
2. Deus, por causa da sua santidade, tem de dar a cada
um o que merece (retribuição).
3. O homem colhe o que semeia, ninguém é inocente
diante de Deus.
JÓ,
VOCE PECOU!
PEÇA PERDÃO
E SAIA DESSA!
EU
SOU
INOCENTE!
23
1ºdiscurso de Bildade
BILDADE – o homem de pouca piedade
8.8 Bildade confiou na experiência dos mais velhos.
Repete o argumento de Elifaz:
8.20 Quem peca é castigado.
A ordem moral do mundo, permanece a mesma.A ordem moral do mundo, permanece a mesma.
– 8.20 Jó é um hipócrita.
– 8.13 Jó deve ter pecado.
NÃO
SEJAS
TURRÃO,
ADMITE
TUA
CULPA!
E ACABA
COM ISSO!
JÁ DISSE
SOU UM
JUSTO!
NÃO
COMETI
PECADO
ALGUM!
BILDADE NÃO TEM DÓ DE JÓ NO PÓ
25
Jó em desespero:
Deus aceita nosso questionamento.
9.33
Jó antecipa a necessidade de um mediador
entre nós e Deus.
10.2 e 3
Pergunta qual seu pecado e afirma que Deus
tem prazer em fazê-lo sofrer.
10.20
Jó imputa a Deus seu sofrimento e roga que
se afaste para assim ter um pouco de alegria.
26
1º discurso de Zofar confiou em suas ideias
11.7-12 - Zofar
1. A sabedoria de Deus é muito elevada para o homem.
2. Deus é capaz de reconhecer o pecado nos homens
mesmo se eles próprios forem incapazes de vê-lo.
11.13-20 – A questão do arrependimento
a. "se você lhe consagrar o coração..." (v. 13): é uma
mudança de vontade.
b. "...e estender as mãos para ele" (v. 13): confissão do
pecado diante de Deus e a busca do seu perdão.
c. "... se afastar das suas mãos o pecado e não permitir
que a maldade habite em sua tenda," (v. 14): mudança
de conduta.
Destaque: 14.10-14 Existencialismo: a vida sem sentido
VOCÊ
É UM
REBELDE!
SEGUNDO
A NOSSA
RELIGIÃO
VOCE ESTA
PAGANDO
POR UM
PECADO
COMETIDO!
VOCES
SÃO
RIDÍCULOS,
E
DEUS
É
MUITO
INJUSTO
COMIGO!
13.2 O que vocês sabem, eu
também sei; não sou inferior a vocês.
28
2º discurso de ELIFAZ - 15.9,10 Jó é arrogante
2º discurso de BILDADE – 18.21 Jó é perverso.
2º discurso de ZOFAR - 20.29 Jó é ímpio.
21.29-31 Jó contesta a questão da retribuição.
3º discurso de ELIFAZ-22.5-11 Lista os pecados de Jó.
Jó no auge da dor percebe quanta injustiça e quanta
maldade há no mundo e acha que ”Deus não vê mal
nisso” 24.12. Onde está Deus nessa situação?
Deus nos quer como aliados e o que preocupa não é a
maldade dos outros, mas o silêncio e a passividade dos
justos. Como nos posicionamos diante do mal no mundo
3º discurso de BILDADE 25 O homem é insignificante.
26.1-4 Jó despreza Bildade–destaque 26.7,8 (científico)
29
Seção nostalgia de Jó
29.1,2 Como antigamente tudo era bom.
30.31 Jó se diz preparado.
31.4 Jó se considera bom, e aos seus olhos justo.
1.8 Deus também assim o considera.
Terminam as palavras de Jó.
Resumo da defesa de Jó
31.1-4 Não se entregou à impureza e à sensualidade.
31.5-8 Não foi mentiroso ou falso.
31.9-12 Não traiu o seu próximo.
31.13-15 Não maltratou os servos.
31.16-23 Não negligenciou os necessitados.
31.24-18 Não confiou na coisas materiais.
31.29-34 Não se alegrou com o sofrimento dos outros.
30
Surge um 4º personagem - Eliú
32.6-9 A sabedoria independe da idade e vem do
Espírito Santo.
33.29,30 Trata das intenções de Deus.
34.11 Defende Deus e Sua justiça retributiva.
36.2 Mais verdades em defesa de Deus.
37.23 Certas experiências de vida estão além da nossa
compreensão.
A palavra de Deus deve ser
apresentada e não defendida.
Há quem em nome da defesa de
Deus abra mão da ética cristã em
relação aos outros.
31
Eliú
32
O discurso de Eliú acrescenta, mas conclui como
os outros 3 amigos: Jó deve ter feito por
merecer.
1. Deus é maior do que o homem e este não tem o
direito ou autoridade de exigir uma explicação Dele;
2. O homem não entende algumas coisas que Deus
faz, como neste caso em que Jó desconhece o
acordo de Satanás com Deus.
3. Deus irá falar se ouvirmos, e através do E.S. dará
sabedoria, isto é: capacidade de conhecer e tirar
lições pessoais das coisas que acontecem na vida,
sob a ótica de Deus.sob a ótica de Deus.
4. Jó tem a mesma atitude dos ímpios: culpa Deus e
quer explicações.
Deus não condena Eliú como condenara os três amigos
33
Quando os quatro concluíram, Deus
respondeu a Jó do meio de uma
tempestade. 38.1
Deus não defende Jó (como este esperava) ou o
reprova (como esperavam seus amigos).
Deus questiona a sabedoria humana, mostrando, com
base na criação, que a sabedoria está somente nEle.
Não se deve concluir que todas as objeções dos
amigos de Jó representam tudo o que se pensava de
Deus naquela época (procuravam defender Deus).
Na medida em que a revelação da natureza de Deus
foi se fazendo conhecida através do tempo e das
Escrituras, vemos que algumas dessas opiniões eram
incompletas.
34
Deus pergunta a respeito da natureza
38.4 -Deus interroga Jó sobre a criação.
38.33-35
1.O Senhor sabe que Jó não pode comandar os
elementos da natureza.
São 70 perguntas para mostrar seu conhecimento
limitado e que não domina o mundo.
2. Se Jó não entende nem mesmo estes fenômenos
naturais que o cercam, como pode esperar entender as
obras de Deus, em especial a sua justiça?
40.4,5 Jó entende sua condição de criatura e sua
limitação, daí não ser possível entender os caminhos de
Deus.
35
A resposta de Jó
1. 42. 1- 6- Jó reconhece quem Deus é e Sua
soberania, se arrepende da presunção em querer
saber além suas possibilidades: sua petulância.
2. 42.7- Deus repreende os três amigos.
3. 42.10- Jó ora (perdoa) pelos amigos e nesse
momento tem sua vida restaurada.
Findara a contenda entre Deus e Satanás: Jó manteve
sua firmeza e não se revoltou contra Deus.
Jó fica sem saber a razão de seu sofrimento.
A vida é um mistério: Confiar em Deus é mais
importante do que saber o “porquê”.
36
CONCLUSÃO DOS TRÊS “AMIGOS”
1. O sofrimento é consequência do pecado
2. A iniquidade (oposto a equidade = justiça) sera
sempre punida
3. O favor de Deus é medido pela prosperidade
Deus condenou os três, isto é, condenou os
fundamentos da teologia da prosperidade
Ignoraram que as bençãos e a retribuição divina
vão além da vida presente.
37
DEUS FALA COM JÓ
1) Deus não revela a causa do sofrimento
Revelar a causa pode destruir o objetivo, que era
mostrar que o plano de redenção pode ser mantido,
pois, como Jó, a humanidade pode sim ser fiel a
Deus independente das graças que dele recebe.
2) Deus se envolve conosco e nos fala.
3) O propósito de Deus para Jó era levá-lo a abrir mão
da própria justiça, da defesa própria e da sabedoria
auto-suficiente, de forma que pudesse buscar esses
valores em Deus.
Outros livros subsequentes farao referências a Deus e
incluirao orações a ele, mas, depois de Jó, Deus não
fala diretamente a mais ninguem.
38
CONCLUSÕES
1. O crente não está isento de sofrimento.
A teologia que defende que estar doente, e
outros infortúnios, são sinônimos de falta de
fé desconsidera este texto bíblico.
No caso de Jó, o sofrimento acontece sem
nenhuma razão, a não ser testar se seu amor
pelo seu Criador nao é interesseiro.
2. Devemos amar a Deus pelo que Ele é, e não
pelo que pode fazer em nosso favor.
As tensões de Jó são resolvidas por meio do
encontro com Deus.
39
3. 33.4 O Espírito de Deus é a fonte da própria
vida e a mantém.
Deus não é caprichoso nem egoísta, pois
cuida do ser humano, sustenta-o de forma
constante pela presença do seu Espírito.
4. Ao visitarmos alguém que esteja sofrendo,
devemos adotar uma atitude de compreensão,
não de crítica e julgamento.
.... “Eu bem que avisei!”
40
O GRANDE DESAFIO DO LIVRO PARA NÓS
SERÁ QUE VOU FICAR CONTRA DEUS QUANDO…
• ACONTECEREM INJUSTIÇAS COMIGO.
• A DOR FOR INSUPORTÁVEL. (Como o rei Jorão em 2Rs6.33)
• NÃO HOUVER MAIS DE ONDE TIRAR ESPERANÇA.
• TUDO LEVAR A CRER QUE OU DEUS NÃO SE
IMPORTA COMIGO, OU
DEUS NÃO EXISTE.
41
UM FINAL . . . FELIZ (?) – JÓ 42.10
FOI A FIDELIDADE E NÃO A CONFIANÇA DE
QUE TUDO IRIA SER FÁCIL QUE FEZ JÓ
MORRER FELIZ
E Satanás como ficou na história, já que questionou
Deus e duvidou da piedade de Jó?
As acusações de Satanás se mostraram infundadas e
ele não aparece para desculpar-se.
42
Muitas vezes nosso sofrimento é
consequência do que somos ou fazemos;
outras vezes por coisas que terceiros são
ou fazem,
ou por estarmos no lugar errado, na hora
errada. (Lc 13.4)
A vida é em parte o que nós fazemos dela
e em parte o que é feito pelos outros,
mas não é o caso da mensagem deste livro.
43
As mensagens de esperança em Jó:
Não sofremos por sermos maus (1.1), tampouco
porque Deus quer nos dar uma lição (1.8)
Por que sofremos frustração, por que passamos
por tanta decepção? É porque temos a visão
incorreta: achamos que a vida é nossa e sobre
ela temos domínio.
-Não está em nossas mãos o controle de tudo
(1.12; 2.6; Ecl 9.11)
-O mal é uma realidade, Deus é justo, há uma
relação entre pecado e sofrimento, vale a pena
ser justo, Deus fará triunfar a justiça.
44
Bibliografia básica
Dusilek, Darci; Toda a Bíblia em um ano: Genesis a Neemias; 12ª ed. Rio de Janeiro;
Ed. Horizonal, 2009
Manual Bíblico SBB; trad. Noronha, Lailah; São Paulo; Ed. Sociedade Bíblica do Brasil;
2008
SCHULTZ, Samuel; A História de Israel no Antigo Testamento; 2ª ed. São Paulo; Ed.
Sociedade Religiosa Edições Vida Nova;1977
Textos Bíblicos extraídos: Bíblia Sagrada Nova Versão Internacional; São Paulo; Ed.
Vida; 2001
LAWRENCE, Paul; Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia; São Paulo; Ed. Sociedade
Bíblica do Brasil; 2008
BRUCCE, F. F; Comentário Bíblico NVI. São Paulo, Ed. Vida, 1ª edição, 2008
DAVIS John; D. Dicionário da Bíblia. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa e
Publicações da CBB, 1989.
KIDNER Derek; Esdras e Neemias. Série Cultura Bíblica, vol. 11. São Paulo: Mundo
Cristão, 1985. P. 11-50.
The Westminster Historical Atlas of the Bible. Vários autores. Philadelphia, The
Westminster Press, 1945.
www.icnvcg.com.br
Páginas da World Wide Web
Meditação do Pr. Hélio no dia 13-11/2005, culto da noite (7 min), tema: Sofrimento, texto
Jó 14.14
Programa ROTA 66 – Sayão, Luiz – Rádio transmundial
45
“Lembro-me de duas coisas: que eu
sou um grande pecador e que
Cristo é um grande salvador”
John Newton
Como disse Pascal: no coração
humano há um vazio com a forma
de Deus, isto é, há um vazio que só
Deus pode preencher.
ADENDOS
• Jó 19.25-27
• https://www.youtube.com/watch?
v=UmYKsvrLmzg
47
Provérbio chinês
Há apenas duas coisas com que você deve se preocupar.
Se você está bem ou se está doente.
Se você está bem não há nada com que se preocupar.
Se você está doente há duas coisas com que se preocupar.
Se você vai se curar ou se vai morrer.
Se você vai se curar não há nada com que se preocupar.
Se você vai morrer há duas coisas com que se preocupar.
Se você vai para o céu ou se vai para o inferno.
Se você vai para o céu não há nada com que se preocupar.
Agora se você vai para o inferno estará tão ocupado
cumprimentando os velhos amigos que nem terá tempo de se
preocupar.
Então, para que se preocupar?
Teologia da prosperidade,
também conhecida como confissão positiva,
palavra da fé, movimento da fé e evangelho
da saúde e da prosperidade, é um movimento
religioso surgido nas primeiras décadas do
século XX nos EUA.
Sua doutrina afirma, a partir da interpretação
de alguns textos bíblicos como Mc 11.23-24 e
Lc 11.9-10, que os que são verdadeiramente
fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente
situação na área financeira, na saúde, etc.
O pioneiro desse movimento foi o americano
Essek M.Kenvon, enquanto o maior divulgador foi
Kenneth Hagin, que influenciou a muitos
pregadores nos Estados Unidos que ganharam
reconhecimento mundial, como Kenneth Copeland,
Benny Hinn, David (Paul) Yongai Cho, entre
outros.
A Partir dos anos 70 e 80, a teologia da
prosperidade se estendeu para muitos países,
incluindo Portugal, onde se destacou Jorge Tadeu,
fundador da Igreja Maná, e também no Brasil.
Ao longo dos anos essa doutrina foi abraçada
principalmente por igrejas neo-pentecostais.
No Brasil,
as maiores igrejas desse movimento são:
a Igreja Universal do Reino de Deus, do Bispo Macedo,
a Igreja Internacional da Graça de Deus, do
Missionário R.R. Soares,
a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo
Apóstolo Waldomiro Santiago, dissidente da Igreja
Universal,
a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada pelo
casal Estevam e Sônia Hernandes,
além da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, de
Valnice Milhomens.
Além destes movimentos e igrejas, existem também
conferencistas intinerantes proclamadores desta
doutrina. .
Em entrevista feita a Revista Igreja em
novembro de 2010, Silas Malafaia, da igreja e
programa de TV, Vitória em Cristo, chamou os
pastores que não pregam a teologia da
prosperidade de idiotas e que deveriam perder
a credencial de pastor, além de voltarem a ser
simples membros para aprender melhor sobre
as Escrituras.
http://noticias.gospelmais.com.br/silas-malafaia-pastores-teologia-
prosperidade-idiotas-deveriam-perder-credencial.html
52
SÍNTESE
• Meditação do Pr. Hélio de 13/11/2005, culto da
noite (7 min)
• Tema: Sofrimento
• Texto Jó 14.14
• http://www.youtube.com/watch?v=RdZk3yjeXz8
53

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  • 1. 1 ESCOLA BÍBLICA VIRTUAL CLASSE: A BÍBLIA EM UM ANO PROFº: FRANCISCO TUDELA PIBPENHA –SP – 2017
  • 2. 2 A realidade mostra que todos estamos sujeitos aos mesmos percalços da vida, tanto os cristãos como os ímpios. O livro de Jó trata do problema da dor e do sofrimento, particularmente o sofrimento do crente, frente à teologia da retribuição (fé por contrato; o que se faz aqui, aqui se paga). Eu sei que o meu Redentor vive,e que no fim se levantará sobre a terra. E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. (Jó 19.25-26)
  • 3. 3 AUTOR: Desconhecido Ao livro é dado o nome de seu personagem principal, Jó, embora não o tenha escrito. O autor e um israelita, pois no prólogo e no epílogo "Senhor” ocorre 25 vezes. Lutero disse que é “magnificente e sublime como nenhum outro livro da Escritura”. O livro de Jó fascinou tanto João Calvino que 159 dos seus 700 sermões foram baseados nele. O livro de Jó tem a seguinte estrutura literária:O livro de Jó tem a seguinte estrutura literária: Prólogo em prosa.Prólogo em prosa. Corpo em poesia.Corpo em poesia. Epílogo em prosa.Epílogo em prosa.
  • 4. 4 SOBRE DEUS O CRIADOR Gn 1 – 11 Deus criou tudo bom. Gn 1.31 O mal moral e físico tem origem na escolha humana a partir do pecado de desobediência de Adão e Eva. As rupturas entre Deus e o homem, o homem e a natureza, o homem consigo mesmo e o homem com seu próximo se estabeleceram e há um crescimento da maldade humana. Era esse o mundo que Deus tinha em mente com a criação?
  • 5. 5 Local e DatasLocal e Datas Os fatos se dao na “ terra de Uz ” (1.1), posteriormente Edom, localizada a sudeste do mar Morto, norte da Arábia (Lm 4.21). Trata de um personagem histórico e real (Ez14.14,20) e de um evento histórico e real (Tg 5.11). Fatos e costumes indicam que Jó viveu nos tempos de Abraão, 2000 a.C. (1.5 “um holocausto a Deus”). Escrito durante o exílio de Judá (586- 538 aC.), quando havia questões religiosas e sociais, tais como entender a calamidade que sofriam. Uz
  • 6. 6 UM LIVRO POÉTICO E DE SABEDORIA 1) 1.9 O desafio de Satanás a Deus: “Será que (as pessoas) temem a Deus sem segundas intenções?” Satanás acusa Jó de ser justo porque lucra com isso. Afirma que não há outra razão para um homem servir a Deus senão pelas bençãos que dele recebe. Jó permaneceria fiel em circunstâncias adversas? 2) 28.12,20 “onde se achará a sabedoria ?”. Como criaturas dotadas de sabedoria estarão dispostas a viver nos limites da sabedoria: “que teme a Deus e se desvia do mal”-1.8;2.3;28.28, ou exigirão participar da sabedoria de Deus e questionar Sua justiça ? O que é certo ou errado?
  • 7. 7 Dos 42 cap. em 34 a questão discutida é o esforço para entender os caminhos de Deus, especialmente sua justiça, quando os justos sofrem não por mãos humanas, mas devido a “atos de Deus”, porém a questão central é a dependência de Deus. ONDE ESTÁ DEUS NA HORA DA DOR ? QUAL A REAÇÃO DE JÓ NA HORA DA DOR ?
  • 8. 8 TEODICÉIA:(cunhada em 1710 pelo filósofo alemão Leibnitz) a justiça de Deus diante do sofrimento humano. A pergunta formulada pela teodicéia, no pensamento grego e no conceito ocidental, é assim interpretada: Como a justiça de um Deus onipotente pode ser defendida na presença do mal, sobretudo do sofrimento humano e, especialmente do sofrimento dos inocentes? Assim há 3 suposições para Deus em relação ao mal: 1.Quer impedir o mal e não é capaz: não é onipotente. 2.Pode fazê-lo mas não o deseja, logo é malévolo. 3.O homem desagrada a Deus e Ele o pune.
  • 9. 9 TEMA: Como o justo enfrenta o sofrimento Jó não entende porque está sofrendo e assim está posto o cenário para uma discussão do problema do sofrimento humano num mundo governado por Deus. As pessoas estão convictas de que a compreensão do sofrimento se dará ao descobrirem: • Por que existe o sofrimento? • Qual é a sua origem e causa? • Por que esse sofrimento acontece comigo? A desgraça humana, o mal moral e o mal físico, é um problema somente para a pessoa que crê num Deus único, onipotente e todo amoroso.
  • 10. 10 O objetivo do livro de Jó não é o problema do mal, nem o sofrimento do justo e inocente, e muito menos o da "paciência de Jó", mas a natureza da relação entre o homem e Deus, em oposição à teologia da retribuição. Teologia retributiva: Os justos diante de Deus recebem nesta vida o prêmio por tal justiça, em bens materiais e vida longa. Os injustos, cedo ou tarde, receberão o castigo. Como Jó o povo de Judá exilado na Babilonia, tinha perdido tudo: família, propriedades, instituições e a própria liberdade, exigia uma revisão da teologia da retribuição. Para conseguir sua intenção o autor usa o drama de Jó e intercala uma série de debates que mostram o absurdo da teologia da retribuição, que é incapaz de justificar a situação, e apresenta ao final a confissão de Jó: 42.5 “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram.” - é o ponto de chegada do livro.
  • 11. 11 CONTEXTO: NO CÉU O relacionamento entre Deus e o homem não é exclusivo, existe a intrusão de uma terceira parte: o grande adversário (cap 1 e 2). Sua função é frustrar o empreendimento que Deus incorporou na criação, a salvação do homem, e minar o relacionamento entre Deus e o homem. Como tentador do homem querComo tentador do homem quer afastafastáá-lo de Deus.-lo de Deus. Como acusador diante de Deus querComo acusador diante de Deus quer afastar Deusafastar Deus do homemdo homem (Zc 3.1). Satanás não é o rei do inferno nem o deus do mal, é uma criatura de Deus, portanto, subordinada a Ele.
  • 12. 12 Visão Panorâmica:Visão Panorâmica: (1) Prólogo (1-2): descreve o contexto da contenda entre Deus e Satanás, a calamidade de Jó e sua perplexidade diante do seu sofrimento; (2) Três ciclos de diálogos entre Jó e três amigos (3 ao 31) que buscam na razao a resposta para seu sofrimento. (3) Quatro monólogos de Eliú (32 a 37) que mostram o objetivo de Deus ao tratar Jó desta maneira, porém reafirmam a questão da retribuição. (4) Deus fala a Jó (38.1 a 42.6) sobre a sua ignorância e queixas e Jó Lhe responde. É o texto mais longo da Bíblia em que Deus fala. (5) Epílogo (42.7-17) trata da restauração de Jó.
  • 13. 13 Personagens do drama 1. Deus 2. Satanás 3. Jó 4. A esposa de Jó 5. Os amigos de Jó: Elifaz, Bildade e Zofar 6. Eliú Nós, na plateia, chegamos cedo e o diretor da peça explica sua obra (cap 1 e 2). As cortinas se fecham e ao reabrirem os atores, limitados aos ingredientes do drama, não sabem do ato que se passou no céu, tentam descobrir o que nós espectadores já sabemos.
  • 14. 14 QUEM ERA JÓ –1.1-5 Jó habitava o norte da Arábia, um não-israelita justo e temente a Deus, que talvez tenha existido antes da família de Israel, e da sua aliança com Deus. Era o sacerdote da família, com destacado caráter espiritual: irrepreensível (2.3), reto, temia a Deus e evitava o mal (1.1). Rico: o mais grandioso de todos no oriente. Tinha dez filhos e sua família vivia em harmonia. O caráter espiritual de Jó chama a atenção de Deus. As bençãos de Jó chamam a atenção de satanás.
  • 15. 15 Primeiro confronto de Deus com Satanás a. De onde Satanás vinha? (1.6,7) b. Como Jó entra na história? (1.8) Se o homem fiel, íntegro e reto, que Deus mostra como referência - não significa que não peque - pudesse ser demonstrado como hipócrita (fiel só por interesse), a redenção seria impensável, pois não haveria na humanidade ninguém que serve a Deus só porque Deus merece a honra, e assim Deus deveria eliminar seu plano de redenção, por ser imperfeito. Essa acusação, uma vez levantada, não poderia ser eliminada, mesmo destruindo o acusador, assim Deus permite ao acusador aplicar em Jó seu plano, dentro de certos limites Satanás não pode nos afligir sem permissão de Deus. Deus tem poder sobre o que Satanás pode e não pode fazer. PORQUE DEUS PERMITE QUE SATANÁS APLIQUE SOBRE JÓ TANTA CALAMIDADE
  • 16. 16 Provação e reação de Jó 1. As provações de Jó a. 1.13-17Perda dos bens materiais. b. 1.18 Perda dos membros da família. c. 1.22 Como Jó reage à perda da riqueza e da família? 2. Segundo confronto de Deus com Satanás: a. 2.4 Satanás afirma que Jó renunciará ao Senhor se seu físico for afetado. 3. A provação de Jó a. 2.7 Perda da saúde. b. 2.10 Como Jó recebe a perda da saúde? Deve estudar o livro de Jó quem acha que o crente estáDeve estudar o livro de Jó quem acha que o crente está livre de experimentar coisas ruins em sua vida e que olivre de experimentar coisas ruins em sua vida e que o sofrimento, a pobreza e a doença são sinônimos desofrimento, a pobreza e a doença são sinônimos de falta de fé (a teologia da retribuição).falta de fé (a teologia da retribuição).
  • 17. 17 A SITUAÇÃO DE JÓ FERIDO FISICAMENTE: 1. 2.7 Feridas inflamadas, ulcerosas, 2. 28 coceira contínua, 3. 2.12 degeneração da pele do rosto e desfiguração, 4. 2.13 dor intensa, 5. 3.24 perda do apetite, 6. 3.25 medo e depressão, 7. 7.5 feridas purulentas que se abrem, coçam, racham e supuram, 8. vermes formados nas feridas, 9. 9.18 dificuldade para respirar, 10. 16.16 escurecimento da pálpebra, 11. 19.17 mau hálito, 12. 19.20 perda de peso, 13. 33.19 dor nos ossos, 14. 30.27 dor lancinante e contínua, 15. 30.30 febre. Elefantíase dos Gregos (lepra negra) JÓJÓ
  • 18. 18 Reação dos amigos e da esposa 2.9-13 Reação da esposa: Abandona Jó. O conselho para morrer vem da ideia de que o sofrimento é causado pelo pecado. O desejo da mulher de Jó é o mesmo de Satanás, isto é, levar Jó a amaldiçoar a Deus. Raciocina que se Jó está sofrendo deve ter pecado e está separado de Deus. "Amaldiçoar a Deus" não pioraria sua relação, mas traria a morte e alívio para
  • 19. Reação dos amigos: levam-lhe consolo Sentaram-se com ele na terra, em silêncio por sete dias. Um período de luto comum pelos mortos (Gn 50,10; 1Sm 31.13), e mostra o tipo de sentimento deles pela situação de Jó (julgaram pelo que viram). 19
  • 20. 20 As palavras de Jó a respeito da solução para a sua situação 3.1-3 e 3.20 Jó amaldiçoa seu nascimento e vida. Pra que nascer?Pra que viver?Para passar por tanta dor? 3.21 – 26 A morte e uma solução das dificuldades, mas Jo não considerou o suicídio uma opção. 6.14 Jó critica seus amigos por acusarem-no de más ações em vez de mostrarem-lhe simpatia. Jó necessitava da compaixão e não das criticas.
  • 21. 21 OS “AMIGOS” DE JÓ: POR QUE JÓ SOFRE? Elifaz no 1º discurso confia em revelações 4.12,13 4.8 Argumenta a partir da sua experiência: 4.7 Jó sofre porque pecou e os que pecam são punidos. 5.17 Elifaz é defensor das tradições religiosas . 5.15 Deus está no controle. Se algo está errado isto se deve a Jó. 1. O inocente e o reto não perecem. 2. Deus, por causa da sua santidade, tem de dar a cada um o que merece (retribuição). 3. O homem colhe o que semeia, ninguém é inocente diante de Deus.
  • 22. JÓ, VOCE PECOU! PEÇA PERDÃO E SAIA DESSA! EU SOU INOCENTE!
  • 23. 23 1ºdiscurso de Bildade BILDADE – o homem de pouca piedade 8.8 Bildade confiou na experiência dos mais velhos. Repete o argumento de Elifaz: 8.20 Quem peca é castigado. A ordem moral do mundo, permanece a mesma.A ordem moral do mundo, permanece a mesma. – 8.20 Jó é um hipócrita. – 8.13 Jó deve ter pecado.
  • 24. NÃO SEJAS TURRÃO, ADMITE TUA CULPA! E ACABA COM ISSO! JÁ DISSE SOU UM JUSTO! NÃO COMETI PECADO ALGUM! BILDADE NÃO TEM DÓ DE JÓ NO PÓ
  • 25. 25 Jó em desespero: Deus aceita nosso questionamento. 9.33 Jó antecipa a necessidade de um mediador entre nós e Deus. 10.2 e 3 Pergunta qual seu pecado e afirma que Deus tem prazer em fazê-lo sofrer. 10.20 Jó imputa a Deus seu sofrimento e roga que se afaste para assim ter um pouco de alegria.
  • 26. 26 1º discurso de Zofar confiou em suas ideias 11.7-12 - Zofar 1. A sabedoria de Deus é muito elevada para o homem. 2. Deus é capaz de reconhecer o pecado nos homens mesmo se eles próprios forem incapazes de vê-lo. 11.13-20 – A questão do arrependimento a. "se você lhe consagrar o coração..." (v. 13): é uma mudança de vontade. b. "...e estender as mãos para ele" (v. 13): confissão do pecado diante de Deus e a busca do seu perdão. c. "... se afastar das suas mãos o pecado e não permitir que a maldade habite em sua tenda," (v. 14): mudança de conduta. Destaque: 14.10-14 Existencialismo: a vida sem sentido
  • 27. VOCÊ É UM REBELDE! SEGUNDO A NOSSA RELIGIÃO VOCE ESTA PAGANDO POR UM PECADO COMETIDO! VOCES SÃO RIDÍCULOS, E DEUS É MUITO INJUSTO COMIGO! 13.2 O que vocês sabem, eu também sei; não sou inferior a vocês.
  • 28. 28 2º discurso de ELIFAZ - 15.9,10 Jó é arrogante 2º discurso de BILDADE – 18.21 Jó é perverso. 2º discurso de ZOFAR - 20.29 Jó é ímpio. 21.29-31 Jó contesta a questão da retribuição. 3º discurso de ELIFAZ-22.5-11 Lista os pecados de Jó. Jó no auge da dor percebe quanta injustiça e quanta maldade há no mundo e acha que ”Deus não vê mal nisso” 24.12. Onde está Deus nessa situação? Deus nos quer como aliados e o que preocupa não é a maldade dos outros, mas o silêncio e a passividade dos justos. Como nos posicionamos diante do mal no mundo 3º discurso de BILDADE 25 O homem é insignificante. 26.1-4 Jó despreza Bildade–destaque 26.7,8 (científico)
  • 29. 29 Seção nostalgia de Jó 29.1,2 Como antigamente tudo era bom. 30.31 Jó se diz preparado. 31.4 Jó se considera bom, e aos seus olhos justo. 1.8 Deus também assim o considera. Terminam as palavras de Jó.
  • 30. Resumo da defesa de Jó 31.1-4 Não se entregou à impureza e à sensualidade. 31.5-8 Não foi mentiroso ou falso. 31.9-12 Não traiu o seu próximo. 31.13-15 Não maltratou os servos. 31.16-23 Não negligenciou os necessitados. 31.24-18 Não confiou na coisas materiais. 31.29-34 Não se alegrou com o sofrimento dos outros. 30
  • 31. Surge um 4º personagem - Eliú 32.6-9 A sabedoria independe da idade e vem do Espírito Santo. 33.29,30 Trata das intenções de Deus. 34.11 Defende Deus e Sua justiça retributiva. 36.2 Mais verdades em defesa de Deus. 37.23 Certas experiências de vida estão além da nossa compreensão. A palavra de Deus deve ser apresentada e não defendida. Há quem em nome da defesa de Deus abra mão da ética cristã em relação aos outros. 31 Eliú
  • 32. 32 O discurso de Eliú acrescenta, mas conclui como os outros 3 amigos: Jó deve ter feito por merecer. 1. Deus é maior do que o homem e este não tem o direito ou autoridade de exigir uma explicação Dele; 2. O homem não entende algumas coisas que Deus faz, como neste caso em que Jó desconhece o acordo de Satanás com Deus. 3. Deus irá falar se ouvirmos, e através do E.S. dará sabedoria, isto é: capacidade de conhecer e tirar lições pessoais das coisas que acontecem na vida, sob a ótica de Deus.sob a ótica de Deus. 4. Jó tem a mesma atitude dos ímpios: culpa Deus e quer explicações. Deus não condena Eliú como condenara os três amigos
  • 33. 33 Quando os quatro concluíram, Deus respondeu a Jó do meio de uma tempestade. 38.1 Deus não defende Jó (como este esperava) ou o reprova (como esperavam seus amigos). Deus questiona a sabedoria humana, mostrando, com base na criação, que a sabedoria está somente nEle. Não se deve concluir que todas as objeções dos amigos de Jó representam tudo o que se pensava de Deus naquela época (procuravam defender Deus). Na medida em que a revelação da natureza de Deus foi se fazendo conhecida através do tempo e das Escrituras, vemos que algumas dessas opiniões eram incompletas.
  • 34. 34 Deus pergunta a respeito da natureza 38.4 -Deus interroga Jó sobre a criação. 38.33-35 1.O Senhor sabe que Jó não pode comandar os elementos da natureza. São 70 perguntas para mostrar seu conhecimento limitado e que não domina o mundo. 2. Se Jó não entende nem mesmo estes fenômenos naturais que o cercam, como pode esperar entender as obras de Deus, em especial a sua justiça? 40.4,5 Jó entende sua condição de criatura e sua limitação, daí não ser possível entender os caminhos de Deus.
  • 35. 35 A resposta de Jó 1. 42. 1- 6- Jó reconhece quem Deus é e Sua soberania, se arrepende da presunção em querer saber além suas possibilidades: sua petulância. 2. 42.7- Deus repreende os três amigos. 3. 42.10- Jó ora (perdoa) pelos amigos e nesse momento tem sua vida restaurada. Findara a contenda entre Deus e Satanás: Jó manteve sua firmeza e não se revoltou contra Deus. Jó fica sem saber a razão de seu sofrimento. A vida é um mistério: Confiar em Deus é mais importante do que saber o “porquê”.
  • 36. 36 CONCLUSÃO DOS TRÊS “AMIGOS” 1. O sofrimento é consequência do pecado 2. A iniquidade (oposto a equidade = justiça) sera sempre punida 3. O favor de Deus é medido pela prosperidade Deus condenou os três, isto é, condenou os fundamentos da teologia da prosperidade Ignoraram que as bençãos e a retribuição divina vão além da vida presente.
  • 37. 37 DEUS FALA COM JÓ 1) Deus não revela a causa do sofrimento Revelar a causa pode destruir o objetivo, que era mostrar que o plano de redenção pode ser mantido, pois, como Jó, a humanidade pode sim ser fiel a Deus independente das graças que dele recebe. 2) Deus se envolve conosco e nos fala. 3) O propósito de Deus para Jó era levá-lo a abrir mão da própria justiça, da defesa própria e da sabedoria auto-suficiente, de forma que pudesse buscar esses valores em Deus. Outros livros subsequentes farao referências a Deus e incluirao orações a ele, mas, depois de Jó, Deus não fala diretamente a mais ninguem.
  • 38. 38 CONCLUSÕES 1. O crente não está isento de sofrimento. A teologia que defende que estar doente, e outros infortúnios, são sinônimos de falta de fé desconsidera este texto bíblico. No caso de Jó, o sofrimento acontece sem nenhuma razão, a não ser testar se seu amor pelo seu Criador nao é interesseiro. 2. Devemos amar a Deus pelo que Ele é, e não pelo que pode fazer em nosso favor. As tensões de Jó são resolvidas por meio do encontro com Deus.
  • 39. 39 3. 33.4 O Espírito de Deus é a fonte da própria vida e a mantém. Deus não é caprichoso nem egoísta, pois cuida do ser humano, sustenta-o de forma constante pela presença do seu Espírito. 4. Ao visitarmos alguém que esteja sofrendo, devemos adotar uma atitude de compreensão, não de crítica e julgamento. .... “Eu bem que avisei!”
  • 40. 40 O GRANDE DESAFIO DO LIVRO PARA NÓS SERÁ QUE VOU FICAR CONTRA DEUS QUANDO… • ACONTECEREM INJUSTIÇAS COMIGO. • A DOR FOR INSUPORTÁVEL. (Como o rei Jorão em 2Rs6.33) • NÃO HOUVER MAIS DE ONDE TIRAR ESPERANÇA. • TUDO LEVAR A CRER QUE OU DEUS NÃO SE IMPORTA COMIGO, OU DEUS NÃO EXISTE.
  • 41. 41 UM FINAL . . . FELIZ (?) – JÓ 42.10 FOI A FIDELIDADE E NÃO A CONFIANÇA DE QUE TUDO IRIA SER FÁCIL QUE FEZ JÓ MORRER FELIZ E Satanás como ficou na história, já que questionou Deus e duvidou da piedade de Jó? As acusações de Satanás se mostraram infundadas e ele não aparece para desculpar-se.
  • 42. 42 Muitas vezes nosso sofrimento é consequência do que somos ou fazemos; outras vezes por coisas que terceiros são ou fazem, ou por estarmos no lugar errado, na hora errada. (Lc 13.4) A vida é em parte o que nós fazemos dela e em parte o que é feito pelos outros, mas não é o caso da mensagem deste livro.
  • 43. 43 As mensagens de esperança em Jó: Não sofremos por sermos maus (1.1), tampouco porque Deus quer nos dar uma lição (1.8) Por que sofremos frustração, por que passamos por tanta decepção? É porque temos a visão incorreta: achamos que a vida é nossa e sobre ela temos domínio. -Não está em nossas mãos o controle de tudo (1.12; 2.6; Ecl 9.11) -O mal é uma realidade, Deus é justo, há uma relação entre pecado e sofrimento, vale a pena ser justo, Deus fará triunfar a justiça.
  • 44. 44 Bibliografia básica Dusilek, Darci; Toda a Bíblia em um ano: Genesis a Neemias; 12ª ed. Rio de Janeiro; Ed. Horizonal, 2009 Manual Bíblico SBB; trad. Noronha, Lailah; São Paulo; Ed. Sociedade Bíblica do Brasil; 2008 SCHULTZ, Samuel; A História de Israel no Antigo Testamento; 2ª ed. São Paulo; Ed. Sociedade Religiosa Edições Vida Nova;1977 Textos Bíblicos extraídos: Bíblia Sagrada Nova Versão Internacional; São Paulo; Ed. Vida; 2001 LAWRENCE, Paul; Atlas Histórico e Geográfico da Bíblia; São Paulo; Ed. Sociedade Bíblica do Brasil; 2008 BRUCCE, F. F; Comentário Bíblico NVI. São Paulo, Ed. Vida, 1ª edição, 2008 DAVIS John; D. Dicionário da Bíblia. Rio de Janeiro, Junta de Educação Religiosa e Publicações da CBB, 1989. KIDNER Derek; Esdras e Neemias. Série Cultura Bíblica, vol. 11. São Paulo: Mundo Cristão, 1985. P. 11-50. The Westminster Historical Atlas of the Bible. Vários autores. Philadelphia, The Westminster Press, 1945. www.icnvcg.com.br Páginas da World Wide Web Meditação do Pr. Hélio no dia 13-11/2005, culto da noite (7 min), tema: Sofrimento, texto Jó 14.14 Programa ROTA 66 – Sayão, Luiz – Rádio transmundial
  • 45. 45 “Lembro-me de duas coisas: que eu sou um grande pecador e que Cristo é um grande salvador” John Newton Como disse Pascal: no coração humano há um vazio com a forma de Deus, isto é, há um vazio que só Deus pode preencher.
  • 46. ADENDOS • Jó 19.25-27 • https://www.youtube.com/watch? v=UmYKsvrLmzg
  • 47. 47 Provérbio chinês Há apenas duas coisas com que você deve se preocupar. Se você está bem ou se está doente. Se você está bem não há nada com que se preocupar. Se você está doente há duas coisas com que se preocupar. Se você vai se curar ou se vai morrer. Se você vai se curar não há nada com que se preocupar. Se você vai morrer há duas coisas com que se preocupar. Se você vai para o céu ou se vai para o inferno. Se você vai para o céu não há nada com que se preocupar. Agora se você vai para o inferno estará tão ocupado cumprimentando os velhos amigos que nem terá tempo de se preocupar. Então, para que se preocupar?
  • 48. Teologia da prosperidade, também conhecida como confissão positiva, palavra da fé, movimento da fé e evangelho da saúde e da prosperidade, é um movimento religioso surgido nas primeiras décadas do século XX nos EUA. Sua doutrina afirma, a partir da interpretação de alguns textos bíblicos como Mc 11.23-24 e Lc 11.9-10, que os que são verdadeiramente fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação na área financeira, na saúde, etc.
  • 49. O pioneiro desse movimento foi o americano Essek M.Kenvon, enquanto o maior divulgador foi Kenneth Hagin, que influenciou a muitos pregadores nos Estados Unidos que ganharam reconhecimento mundial, como Kenneth Copeland, Benny Hinn, David (Paul) Yongai Cho, entre outros. A Partir dos anos 70 e 80, a teologia da prosperidade se estendeu para muitos países, incluindo Portugal, onde se destacou Jorge Tadeu, fundador da Igreja Maná, e também no Brasil. Ao longo dos anos essa doutrina foi abraçada principalmente por igrejas neo-pentecostais.
  • 50. No Brasil, as maiores igrejas desse movimento são: a Igreja Universal do Reino de Deus, do Bispo Macedo, a Igreja Internacional da Graça de Deus, do Missionário R.R. Soares, a Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada pelo Apóstolo Waldomiro Santiago, dissidente da Igreja Universal, a Igreja Apostólica Renascer em Cristo, fundada pelo casal Estevam e Sônia Hernandes, além da Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo, de Valnice Milhomens. Além destes movimentos e igrejas, existem também conferencistas intinerantes proclamadores desta doutrina. .
  • 51. Em entrevista feita a Revista Igreja em novembro de 2010, Silas Malafaia, da igreja e programa de TV, Vitória em Cristo, chamou os pastores que não pregam a teologia da prosperidade de idiotas e que deveriam perder a credencial de pastor, além de voltarem a ser simples membros para aprender melhor sobre as Escrituras. http://noticias.gospelmais.com.br/silas-malafaia-pastores-teologia- prosperidade-idiotas-deveriam-perder-credencial.html
  • 52. 52 SÍNTESE • Meditação do Pr. Hélio de 13/11/2005, culto da noite (7 min) • Tema: Sofrimento • Texto Jó 14.14 • http://www.youtube.com/watch?v=RdZk3yjeXz8
  • 53. 53