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Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015
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ESCOLA ESTADUAL DOUTOR GERALDO PERLINGEIRO DE ABREU
PROJETO CONSCIENTIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
QUALIDADE DE VIDA
HORTA ORGÂNICA
FRANCIELE, BRUNA, CRISTIANA, JÉSSICA, KAMILA, MARIA EDUARDA,
FELIPE, CAROLINE CRISTINA.
3°ano 16
Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................03
2. DIÁRIO DE PESQUISA...........................................................................................04
3. O QUE É HORTA ORGÂNICA...............................................................................05
4. HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO HUMANA.........................................................06
5. OS OBJETIVOS DE UMA HORTA ORGÂNICA..................................................08
5.1 OBJETIVOS GERAIS........................................................................................08
5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................08
6. AS IMPORTÂNCIAS DA HORTA ORGÂNICA...................................................09
6.1 IMPORTÂNCIAS NUTRICIONAIS.................................................................09
6.2 IMPORTÂNCIAS DAS VITAMINAS..............................................................10
6.3 IMPORTÂNCIAS EDUCACIONAIS...............................................................12
6.4 IMPORTÂNCIAS ECONÔMICAS..................................................................13
6.5 IMPORTÂNCIAS MEDICINAIS.....................................................................14
6.6 TERAPIAS OCUPACIONAIS..........................................................................16
7. O MODO CORRETO DE FAZER UMA HORTA ORGÂNICA..........................17
8. VALORES NUTRICIONAIS.................................................................................21
9. COMO O CULTIVO AJUDA O MEIO AMBIENTE...........................................23
10. CURIOSIDADES: PLANTAS QUE LIMPAM O AR........................................26
11. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................30
12. CONCLUSÃO......................................................................................................31
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1. INTRODUÇÃO
Para muitas pessoas, mesmo no presente, "desenvolvimento" é ainda sinónimo de
"crescimento econômico". No entanto, o "desenvolvimento" tem obrigatoriamente que
integrar outras perspectivas - tais como o bem-estar social e qualidade ambiental “sob
risco” de se esgotar o capital planetário que permite a prosperidade econômica. No
limite, se destruírem os recursos naturais de que dependemos, o crescimento econômico
deixa de existir. Por exemplo, sem petróleo, carvão, gás natural, entre outros, a
sociedade não sabe garantir a energia para a sua atividade econômica; sem solo fértil e
água limpa não é possível produzir alimentos e recursos florestais essenciais à
sobrevivência... Ou seja, descurar o ambiente significa pôr em causa não apenas a
prosperidade econômica, mas também a sobrevivência da espécie humana ou, pelo
menos, da sociedade desenvolvida tal como a conhecemos...
Os problemas ambientais tornaram-se referências diárias do cotidiano a partir dos anos
70, com maior destaque a partir dos anos 80. Foi durante estas décadas que as
calamidades ambientais começaram a dominar as notícias. Imagens e notícias sobre o
acidente nuclear de Chernobyl, a intoxicação de milhares de pessoas por mercúrio em
Minamata, o "buraco" da camada de ozono, as montanhas de lixo, os alimentos
perigosos, os derrames de petróleo ou as chuvas ácidas tornaram-se conceitos comuns...
Além disso nos anos 70 ocorreram às primeiras crises petrolíferas, que vieram nos
lembrar de forma muito direta o quanto estamos dependentes de um recurso instável e
em vias de extinção. Foi então que, finalmente, a comunidade internacional decidiu pôr
mãos à obra.
Assim, mais visivelmente desde 1972, os governos de todo o planeta têm feito um
esforço no sentido de obter dados realistas e atingir acordos sobre definições, objetivos,
planos de ação e ainda medidas concretas a implementar para atingir um novo tipo de
desenvolvimento onde ambiente, economia e bem-estar social apareçam de mãos dadas.
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2. DIÁRIO DE PESQUISA
O trabalho começou dia sete de setembro de 2015, dividindo as oito pessoas
participantes em dois grupos, no qual o primeiro ficou responsável por confeccionar
uma maquete com o tema proposto ao nosso grupo, e o outro com a responsabilidade de
desenvolver um portfólio com o mesmo tema, seguindo as instruções propostas pelo
nosso professor-instrutor.
Os grupos ficaram divididos da seguinte maneira:
Maquete:
Bruna, Cristiana, Jéssica Amanda, Caroline Cristina.
Portfólio:
Franciele, Kamilla Aparecida, Maria Eduarda, Felipe Vitório.
O trabalho será apresentado dia dezenove de setembro de 2015, na quadra esportiva da
Escola Estadual Doutor Geraldo Perlingeiro de Abreu. Iniciará às sete horas da manhã e
encerrará às onze da manhã.
Segue abaixo o horário da apresentação com o nome das pessoas encarregadas:
07h00min às 08h00min – Franciele e Jéssica
08h00min às 09h00min – Bruna e Cristiana
09h00min às 10h00min – Kamilla e Maria Eduarda
10h00min às 11h00min – Felipe e Caroline.
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3. O QUE É HORTA ORGÂNICA
A horta orgânica é um local em que são cultivados legumes e hortaliças. Nela também
se podem plantar temperos e ervas medicinais. As hortas geralmente ficam em um
terreno que toma sol o dia todo, plano ou levemente inclinado, que pode ser adubado e
organizado em canteiros. O produto orgânico não é apenas um produto cultivado sem o
uso de adubos químicos e agrotóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de
um sistema de cultivo que observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola está
baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais.
A agricultura orgânica promove a fertilidade do solo, a conservação dos recursos
naturais e o aumento da biodiversidade.
O solo é à base da produção agrícola orgânica. Vários resíduos são reintegrados ao solo;
folhas, sobras de verduras, palhadas, etc. são devolvidos aos canteiros, em forma de
composto, para que sejam transformados em nutrientes para as plantas.
Essa fertilização ativará a vida ai presente: os microrganismos, além de transformar a
matéria orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra porosa, solta, permeável à
água e ao ar.
←Horta de batata
Baroa e flores
Canteiro de
Rúcula→
← Canteiro Recém-plantado
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4. HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO HUMANA
Lá no comecinho da história, nossos primeiros ancestrais costumavam andar por aí em
grupo, caçando e coletando alimentos. A sobrevivência dependia apenas do que
encontravam pra comer e se alimentavam, sobretudo, de raízes e frutos silvestres.
Em comparação com o longo período em que fomos nômades, a agricultura é uma
novidade. Surgiu há “apenas” 10 mil anos, quando se iniciou o cultivo de plantas e a
domesticação de animais. Com a possibilidade de fixar-se em um território, o homem
fundou suas primeiras aldeias. O tipo de alimentação foi definindo as culturas a tal
ponto que alguns historiadores dividem as sociedades tradicionais em grandes grupos
representados pelos cereais que estão na base do cardápio: o arroz, no caso da Ásia
Oriental, o trigo na Europa e o milho na América.
Por volta de 500 anos atrás, as navegações permitiram a primeira onda de globalização.
O impulso para cruzar oceanos e conhecer o que havia do outro lado do mundo deveu-
se, em parte, ao desejo de obter novos alimentos. O molho de tomate das italianíssimas
massas, por exemplo, é feito com o fruto de uma planta nativa da América Central que
começou a ser cultivada pela Civilização Inca. A manga e a berinjela vieram da Índia. O
pêssego, da China. A laranja, a banana e a alface também são asiáticas. Os brócolis são
europeus, assim como o repolho. A batata é nativa do Peru e a cenoura, do Afeganistão.
Já a castanha do Pará, o açaí, o caju, a mandioca e a goiaba são genuinamente
brasileiros.
Do início da agricultura até meados do século passado, o sistema de produção de
alimentos predominante era baseado em pequenas propriedades familiares quase
autossuficientes. Os vegetais cresciam em hortas e pomares domésticos, lado a lado
com a criação de porcos, galinhas e bovinos, que forneciam leite, ovos e carne. Os grãos
eram triturados em moinhos de pedra e consumidos na forma integral, preservando as
fibras e os benefícios naturais.
O mundo se transformou novamente com a Revolução Industrial, há cerca de dois
séculos. Mas, para as mudanças chegarem ao prato, ainda levou várias décadas. À
medida que as cidades inchavam e começaram a surgir ferrovias e depois estradas, as
lavouras foram sendo empurradas para longe dos centros consumidores. Os vegetais e
outros alimentos frescos cederam seu espaço no comércio e na mesa das pessoas para os
produtos que podiam ser transportados com maior facilidade e que duravam mais
tempo.
No século XX, os desafios de alimentar grandes populações urbanas pareciam ter sido
plenamente resolvidos com o aparecimento da comida enlatada, congelada,
industrializada e do fast food. Só não se levou em consideração que, com essas
mudanças, o cardápio ficaria cada vez menos nutritivo.
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Durante toda sua história, a humanidade conviveu com a fome, situação ainda presente
em algumas regiões do planeta, sobretudo na África. Pragas, secas, inundações e longos
invernos tinham efeitos devastadores e a falta de comida representava um perigo sempre
à espreita. É compreensível, portanto, que os cientistas da era moderna tenham
desenvolvido os defensivos agrícolas ("agrotóxicos") e os adubos artificiais para tentar
garantir o abastecimento de populações cada vez maiores, sobretudo após a Segunda
Guerra Mundial. Mais tarde, porém, descobriu-se que essa alternativa tem efeito
negativo não só para a saúde humana como também para a natureza.
A agricultura orgânica e a alimentação natural começaram a tomar força em 1960 e o
número de pessoas que se interessam por elas de lá pra cá só tem crescido. É um novo
modelo de indústria de alimentos que se preocupa em mantê-los o mais próximo
possível da sua origem (esses são os famosos alimentos naturais e integrais).
O momento em que vivemos hoje representa um resgate à tradição, ao sabor e à nutrição
de verdade. É uma forma de trazer à nossa mesa os alimentos mais nutritivos, naturais,
cultivados da melhor forma possível. Uma verdadeira volta ao passado, com cuidado
especial com a nossa saúde e com a do planeta também.
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5. OS OBJETIVOS DE UMA HORTA ORGÂNICA
OBJETIVOS GERAIS
Proporcionar o relaxamento através do contato com a terra e a natureza e o prazer de
produzir hortaliças que serão utilizadas nas refeições diárias dos usuários e oportunizar
atividades de cultivos de plantas, estimulando assim o desenvolvimento de
responsabilidade por parte dos participantes.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Estimular o contato com a terra e a produção no sistema orgânico de hortaliças, vegetais
e plantas medicinais através da implantação de horta terapêutica;
Contribuir para a formação de hábitos alimentares mais saudáveis;
Incentivar o processo de construção e manutenção de hortas domésticas em sistema
orgânico através;
Proporcionar o trabalho terapêutico e interação em equipe;
Estimular a valorização pessoal e social através do trabalho, bem como, o voluntariado
e o envolvimento dos pacientes para a condução da horta;
Tornar o serviço referencia a nível comunitário das técnicas de produção de hortaliças
no sistema orgânico;
Resgatar junto à comunidade o hábito de produção de alimentos para autoconsumo.
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6. AS IMPORTÂNCIAS DA HORTA ORGÂNICA
6.1 Importâncias Nutricionais
Tudo o que se come são alimentos, que são compostos de substâncias denominadas
nutrientes. Nutriente é a parte do alimento que vai exercer uma função de nutrição no
corpo humano. Os principais nutrientes são: glicídios (açúcares e amido), lipídios
(gorduras), proteínas, minerais (cálcio, fósforo e ferro), vitaminas (A,B,C,E e K) e água.
Os nutrientes essenciais ao organismo fornecem energia e desempenham função
construtora, formando o sangue, os músculos e os órgãos, garantindo o crescimento e o
desenvolvimento físico e mental. Outros, ainda, regulam e estimulam muitas funções
que mantêm o perfeito funcionamento do corpo humano.
É importante lembrar que as vitaminas não se acumulam no organismo, por isso é
necessário o consumo diário de hortaliças e frutas. A Organização Mundial da Saúde
(OMS) recomenda um consumo de vegetais superior a 400g por pessoa ao dia para se
preservar e/ou incrementar a saúde.
Convém, também, ressaltar que o hábito de consumo de hortaliças pode ser
desenvolvido através da educação e até por insistência. Quase sempre, a insistência no
consumo proporciona bons resultados e pode inclusive levar as pessoas a não
dispensarem mais as hortaliças e frutas durante as refeições e os lanches. As crianças
nascem sem gostar de sabores amargos, como o dos brócolis. Se os pais quiserem que
seus filhos aprendam a gostar de vegetais, principalmente os verde-escuros, precisam
dar a eles oportunidades para prová-los.
Uma pesquisa publicada na revista americana "Pediatrics" sugere que os bebês podem
se acostumar a comer hortaliças mesmo antes de nascer, com a ajuda das mães. Segunda
essa pesquisa, o gosto das frutas e das hortaliças passa para o líquido amniótico, no
útero, ainda durante a gravidez, e também para o leite materno, no período de
amamentação. As crianças "aprendem" a gostar das hortaliças por serem expostas ao
gosto, com frequência, desde pequenas. Os sabores da dieta materna são transmitidos
pelo líquido amniótico e pelo leite materno. É importante que a mãe coma as hortaliças
de maneira regular, para que o bebê aprenda a gostar destes alimentos.
As hortaliças são ricas em vitaminas e sais minerais, com bom teor de proteínas e
fibras, além de outras virtudes dietéticas e até terapêuticas. Por isso, é comum que os
médicos as incluam em regimes alimentares e na composição do cardápio diário.
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6.2 Importâncias das vitaminas
A vitamina A (vitamina da beleza) é essencial para a saúde dos olhos, pele, dentes e
cabelos, atuando sobre o crescimento e aumentando a resistência do organismo às
doenças. Nas hortaliças, as fontes mais significativas são: abóbora, agrião, alface,
batata-doce, cenoura, couve, espinafre, pimentão, tomate, salsa e feijão-vagem.
A vitamina C fundamental para aumentar a resistência do organismo às infecções,
principalmente aos resfriados, é encontrada, especialmente nas frutas. As hortaliças
(batata-doce, brócolis, couve, couve-flor, espinafre, ervilha, pimentão, quiabo, repolho,
tomate e vagem) também possuem quantidades razoáveis de vitamina C. O organismo
humano necessita de 75 mg de vitamina C por dia.
A vitamina B estimula o apetite, auxilia no crescimento, facilita a digestão, ajuda no
funcionamento normal dos nervos e fortalece a pele e os cabelos. É encontrada em
quantidade suficiente para completar as necessidades diárias do organismo humano, nas
hortaliças: agrião, alface, beterraba, cenoura, couve-flor, ervilha, espinafre, pimentão,
quiabo, repolho e feijão-vagem.
A vitamina E, importante para prevenir distúrbios cardiovasculares e neurológicos,
além de acelerar a cicatrização de ferimentos e aumentar a fertilidade, é encontrada,
principalmente nas hortaliças alface e repolho.
A vitamina K, essencial para a biossíntese de vários fatores necessários para a
coagulação do sangue e para a mineralização dos ossos, está presente nas hortaliças
alface, couve, couve-flor, ervilha, espinafre, repolho e tomate.
Os sais minerais, reguladores que o organismo necessita em pequenas quantidades,
como o cálcio, essencial para a formação de ossos e dentes, está presente em teor
considerável nas hortaliças brócolis, couve, couve-flor e rabanete; o ferro, existente nas
hortaliças couve, espinafre e beterraba faz parte do sangue, sendo que sua participação
na dieta alimentar diária previne a anemia. As proteínas são essenciais para formação e
renovação dos tecidos.
As proteínas controlam o crescimento, a digestão, a absorção, o transporte, a
manutenção da pressão e a formação de anticorpos para defesa das doenças. Quando a
necessidade não é suprida, o corpo retira o que precisa dos tecidos, enfraquecendo-se e
diminuindo a resistência. Embora existam em outras fontes (proteína animal, levedo de
cerveja, gérmen de trigo, gergelim e em todas as sementes que contém óleo), são
encontradas em quantidades razoáveis nas hortaliças ervilha, brócolis, couve-flor,
beterraba, feijão-vagem, espinafre, batata e batata-doce.
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Os carboidratos são responsáveis pela energia e pela força para as atividades mentais e
para o trabalho. Porém, o que se consome em excesso é armazenado, dando início ao
processo de obesidade. As hortaliças batata e batata-doce são as principais fontes.
As fibras são as partes de grãos, vegetais e frutas que não são digeridas pelo organismo
humano, passando quase intactas pelo sistema digestivo e são eliminadas pelas fezes.
Sem fibra suficiente, o processo digestivo pode ficar lento e a constipação (intestino
preso) pode ocorrer. As fibras são importantes para regular a digestão e para prevenir
doenças como diverticulite, arteriosclerose, apendicite, varizes, hemorroidas e certos
tipos de tumores intestinais, além de auxiliar no controle das taxas de colesterol e
glicose. Uma dieta rica em fibras e pobre em gorduras pode reduzir o risco de certos
tipos de câncer, doenças do coração e diabetes de adulto. Alimentos ricos em fibras
podem, ainda, ser úteis no controle de peso, prevenindo e tratando a obesidade. Os
alimentos ricos em fibras saciam mais (ficando mais tempo no estômago) do que os
alimentos refinados e, com isso, a tendência é ingerir menos calorias. Estão presentes
em quantidades razoáveis nas hortaliças abóbora, almeirão, alface, aipo, agrião,
chicória, cebola, couve, espinafre, jiló, pimentão e cenoura crua.
Estima-se que um adulto deve ingerir 5 a 8 gramas de fibras por dia, obtidas com o
consumo diário somente de hortaliças. Existem certos alimentos que, em termos de
nutrição, são mais completos do que outros. São alimentos que estão repletos de
vitaminas, minerais e antioxidantes que beneficiam a saúde, por isso, um grupo de vinte
é chamado de “superalimentos”. Dentre estes, destacam-se 12 hortaliças (pimenta,
tomate, brócolis, cebola, batata-doce, cenoura, morango, agrião, couve-de-bruxelas,
repolho, alho e espinafre) e cinco frutas (kiwi, manga, castanha-do-pará, oliva e
laranja).
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6.3 Importâncias Educacionais
Além de produzir hortaliças para auto abastecimento, a horta pode contribuir para
integrar os objetivos do processo ensino-aprendizagem na escola, incentivando alunos e
professores com relação à participação, à preservação ambiental e à mudança de hábitos
e de atitudes relacionados à educação alimentar de alunos e suas famílias.
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6.4 Importâncias Econômicas
A horta doméstica ou comunitária objetiva também aumentar a renda da família ou de
grupos de famílias ou, ainda, reduzir custos com sua alimentação e nas instituições que
prestam serviços à comunidade, pois tudo que é produzido não se compra, evitando-se a
saída de dinheiro. Na escola, além da importância educacional, a horta orgânica visa
também melhorar a qualidade da merenda, acrescentando mais vitaminas e sais
minerais, além de reduzir a despesa com a compra de alimentos. O aspecto econômico
mais importante que não é contabilizado, mas deve ser levado em conta, é a saúde. As
vitaminas, os sais minerais e as fibras, presentes em quantidades suficientes nas
hortaliças, previnem as doenças e, com isso economiza-se com médicos e
medicamentos.
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6.5 Importâncias Medicinais
As hortaliças, além de serem reconhecidas pelo valor nutricional, possuem propriedades
terapêuticas. O consumo de hortaliças tem sido fortemente relacionado com a
diminuição de riscos de doenças degenerativas. O licopeno (carotenoide), fito químico
encontrado em algumas hortaliças, destaca-se pela eficiência como antioxidante natural
e sua possível ação contra os cânceres de próstata, de estômago e de pulmão.
Uma pesquisa realizada na Alemanha publicada no Journal of Nutrition, sugere que o
licopeno pode trazer benefícios contra a hiperplasia benigna da próstata (BPH), a qual
afeta mais da metade dos homens na faixa etária dos 50 anos. A fonte de licopeno mais
conhecida é o tomate, mas também é encontrado na goiaba vermelha, no mamão
vermelho, na melancia e na pitanga. Trabalho publicado na Revista Instituto Adolfo
Lutz revela que a melancia tem conteúdo de licopeno semelhante ao encontrado no
tomate e maior do que no mamão. Pesquisa feita nos Estados Unidos e publicada no
Journal of National Câncer Institute, envolvendo 1300 voluntários e seus hábitos
alimentares, sugere que o consumo regular de brócolis e couve-flor reduz o risco do
homem desenvolver formas agressivas de câncer de próstata. Outra pesquisa realizada
no mesmo país revelou que o consumo regular de alho, cru ou cozido, pode diminuir
pela metade o risco de câncer de estômago. Os sucos de frutas e de hortaliças podem ser
uma excelente forma para evitar os problemas do mal de Alzheimer, doença
neurológica, progressiva e incurável que causa perda de memória e pode levar à morte.
Os últimos estudos em animais evidenciam que os antioxidantes poli fenóis, presentes
na casca de hortaliças e frutas, neutralizam as decadências intelectual e física, típicas do
envelhecimento.
De acordo com médicos naturalistas, a berinjela é excelente para a pressão alta, ajuda a
regular os níveis de colesterol e triglicerídeos, além de outras propriedades terapêuticas.
Para baixar a pressão, recomenda-se bater no liquidificador uma berinjela pequena com
um copo de água, coar e tomar em jejum todos os dias; essa receita ainda é indicada
para quem faz regime de emagrecimento podendo-se, neste caso, acrescentar suco de
laranja.
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Berinjela e cebola: excelentes para regular o colesterol.
Agrião, alho e rúcula: indicados para diabete.
Beterraba: essencial para o combate da anemia.
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6.6 Terapias Ocupacionais
Cada vez mais tem sido importante que as pessoas de todas as idades tenham uma
ocupação para assim viverem mais e melhor. A horta, quando conduzida com prazer, é
uma terapia eficiente para afastar problemas como estresse, depressão e outros. A
violência e a dependência química podem começar com a ociosidade – especialistas que
trabalham com meninos e meninas e seus relacionamentos com o crime acreditam que
um período na escola é pouco para mantê-los longe da violência e dos vícios, no resto
do dia é preciso ocupá-los com atividade saudáveis.
A ocupação do tempo ocioso na condução de uma horta em instituições de caridade,
penitenciárias, instituições de saúde e outros é essencial para as pessoas sentirem-se
úteis e melhorarem sua autoestima.
Segundo especialistas, o contato com plantas funciona muito bem como terapia
ocupacional porque a grande dificuldade, especialmente do idoso, é não ter o que fazer.
Quando assume a responsabilidade de cuidar de uma planta, a pessoa se sente muito
bem porque vê os resultados. O fato de preparar o solo, semear, observar o crescimento,
colher e consumir hortaliças e frutas frescas, saudáveis, sem adubos químicos e
agrotóxicos, é uma experiência fantástica.
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7. O MODO CORRETO DE FAZER UMA HORTA ORGÂNICA
Criar sua própria horta é uma experiência recompensadora que lhe ajuda a economizar
dinheiro e, ao mesmo tempo, dar mais beleza ao seu jardim. Se você trabalhar com
esforço e fizer o que for necessário para criar seus próprios legumes, você terá uma
grande satisfação à colhê-los e saboreá-los no jantar. Apesar de ter uma horta ser
provavelmente mais fácil do que você pensa, existem algumas coisas que você precisa
considerar ao criá-la pela primeira vez.
Tais como:
 Entender o Clima:
Escolha um local que receba pelo menos seis horas de luz solar direta por dia. A maioria
dos legumes requer muita luz solar para serem saudáveis, mas você pode variar a
proporção de sol e sombra do jardim para poder plantar alguns legumes que precisam de
mais sombra. No entanto, se seus legumes não receberem sol suficiente, eles irão
produzir menos e serão mais suscetíveis a pragas. É melhor pensar em que plantas você
quer criar antes de escolher um local.
Você pode cultivar vegetais escuros e folhosos como brócolis e espinafre em lugares da
horta que não recebam tanto sol. Se você viver em um local com pouco sol, não se
desanime. Você ainda pode ter uma bela horta, mas terá provavelmente que deixar
alguns legumes, como tomate, de lado.
Por outro lado, se você viver em um clima extremamente quente, você pode usar algo
para cobrir parcialmente alguns dos legumes para protegê-los do calor extremo. Por
exemplo, grãos que crescem em estações mais frias podem se beneficiar da sombra
parcial.
 Preparar a Área de Plantação:
Escolha a base da horta. Decida se você quer plantar a horta diretamente no chão ou em
uma caixa com terra, para poder deixá-la acima do chão. Você também pode querer
plantar todos os legumes, cada um em um vaso. Sua decisão deve depender da
qualidade do solo e a tendência da área escolhida de ficar alagada. Se você tem solo de
má qualidade e com pouca drenagem, pode ser melhor construir um canteiro suspenso
para a horta.
Pense no tamanho que você quer que o canteiro tenha. Dependendo do tipo de legumes
que você plantar, você precisará se certificar de que a caixa é larga e funda o bastante.
Faça uma pesquisa sobre os legumes que você está plantando para ver o espaço
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necessário para que eles cresçam. Os brócolis, por exemplo, precisam de bastante
espaço para crescer, enquanto cenouras só precisam de espaço para baixo.
Para fazer um canteiro suspenso, você pode usar madeira (comum ou sintética),
plástico, pedras ou tijolo. No entanto, normalmente se recomenda fazer com tábuas de
cedro, pois elas não apodrecem no contato com a água. Tenha em mente que sua horta
precisará de água diariamente, e algumas madeiras mais fracas como compensado não
duram muito quando são encharcadas constantemente.
Deixe a parte central do canteiro mais alta que as bordas, para aumentar a superfície a
ser plantada. Para isso, ponha terra a mais para que o meio fique um pouco acima do
nível das bordas.
Ponha uma barreira entre a horta e o chão para prevenir o crescimento de ervas daninha.
Você pode usar plástico, algum tipo de esteira ou várias camadas de jornal e/ou papelão
para diminuir a chance de elas aparecerem.
 Preparar o solo:
A maioria dos legumes precisa de um solo rico, fértil e macio para crescer bem. Use
uma enxada de qualidade e/ou uma pá para quebrar bem a terra e deixá-la pronta para o
plantio. Você pode evitar este trabalho optando por fazer uma horta suspensa e enchê-la
com terra pronta.
Certifique-se de que a área de plantio não tem pedras ou pedaços duros de terra, para
que as raízes possam se expandir e as plantas possam crescer saudáveis.
Sempre remova qualquer erva ou planta indesejada do local da horta. Elas só irão
competir com suas plantas por espaço e podem trazer pragas.
Teste o pH do solo. O pH do solo é baseado em uma escala de 1 a 14, com 7 sendo
neutro, qualquer valor abaixo de 7 sendo acídico e qualquer valor acima de 7 sendo
alcalino. A maioria dos vegetais prefere o solo levemente ácido, entre 6,0 e 6,5. Um
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solo ácido demais irá danificar as raízes da planta e diminuir a capacidade dos seus
legumes. Teste o pH do solo visitando alguma loja ou organização agropecuária local e
obtendo as instruções e materiais necessários. Você também pode pagar para que
alguém teste o pH do solo.
O pH do solo diz se é necessário adicionar calcário a ele para chegar ao valor adequado.
Essa pedra é barata e eficiente para melhorar o solo.
Avalie os níveis de cálcio e magnésio do solo para determinar que tipo de calcário você
deve adicionar ao solo. Se o solo tiver pouco magnésio, adicione calcário dolomítico. Se
tiver muito magnésio, adicione calcário calcítico.
Adicione o calcário de dois a três meses antes de plantar para permitir que o solo
absorva. Depois disso, confira o pH novamente. Você provavelmente terá que adicionar
calcário ao solo todo ano ou de dois em dois anos para manter o nível adequado de pH.
 Fertilizar o solo:
A maioria dos legumes gosta de solo rico em matéria orgânica. Você pode aumentar a
fertilidade do solo adicionando turfa, adubo, farinha de sangue, emulsão de peixe, etc.
Os fertilizantes mais comuns recomendados especificamente são nitrogênio, fósforo e
potássio.
Experimente uma dessas composições de fertilizantes na sua horta: meio quilo de
fertilizante 10-10-10 ou um quilo de fertilizante 5-10-5 para cada 30 metros de jardim.
O primeiro número se refere à porcentagem por peso do nitrogênio; o segundo, a
porcentagem por peso do fósforo; e o terceiro, a porcentagem por peso do potássio.
No entanto, nitrogênio em excesso pode danificar as plantas, causando uma redução na
produção. Da mesma forma, fósforo em excesso pode aumentar a chance de clorose.
Você também pode adicionar ferro, cobre, manganês e zinco em quantidades pequenas
para nutrir o solo.
 Aguar bem o solo.
A maioria dos legumes não se dá bem em tempos de seca. Não se esqueça de aguar o
solo antes de plantar suas sementes ou brotos, e mantenha o canteiro úmido durante
todo o processo de cultivação.
 Saber quando plantar:
A maioria dos vegetais é plantada do lado de fora durante o fim da primavera, e
colhidos entre o meio do verão e o fim do outono. Veja as instruções específicas para
cada tipo de legume que você irá plantar. Para ter uma grande variedade de vegetais
durante todo o ano, plante legumes que fiquem prontos para a colheita em épocas
diferentes do ano. Assim, você nunca ficará sem legumes frescos.
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 Saber quanto plantar:
Muitas vezes, novos jardineiros se empolgam demais com seu novo hobby e acabam
plantando mais do que podem comer ou cuidar. Lembre que algumas plantas, como
tomates, pimentas e abóbora dão o ano todo, e outras como cenouras, rabanetes e milho,
apenas uma vez.
Para melhores resultados, plante uma mistura de legumes perenes e não perenes na sua
horta. Geralmente, você pode plantar menos dos legumes perenes e mais dos não
perenes para ter um bom equilíbrio no jardim.
Lembre-se de dar a cada planta espaço suficiente para se desenvolver e florescer na
horta. Você pode precisar aparar algumas delas durante o crescimento para evitar que
elas fiquem apertadas.
Dicas
 Remover as ervas daninhas o mais cedo possível é muito importante, pois elas
roubam luz, água e nutrientes que deveriam ir para as suas plantas.
 Nos primeiros dias de uma horta, todas as suas plantas estão vulneráveis a
ataque, plante em grande quantidade para garantir que algumas sobrevivam, e
tome precauções contra pragas.
 Você pode usar telas de proteção para impedir que animais comam as plantas.
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8. VALORES NUTRICIONAIS
Hortaliças Propriedades Medicinais Parte Utilizada/uso
Agrião raquitismo, falta de vitaminas
B, C, E, cálcio e ferro,
afecções da pele e pulmão,
limpeza do sangue, rins e
fígado dos cálculos, ácido
único, diabete, tosse,
diurético, bronquite,
cicatrizante e expectorante
Folhas/suco, chá e salada
Alface Calmante, insônia, palpitação
do coração.
Folhas/salada
Alho Bronquite, gripe, diabete,
colesterol, pressão alta.
Dentes de alho com leite
Almeirão Digestivo, laxativo e
fortificante.
Folhas/salada
Batata Úlcera e dores de estômago Suco/tubérculos ralados
Batata-Doce Falta de vitamina E, fósforo e
potássio.
Raiz/salada
Raiz/suco
Beterraba Anemia, problemas dos rins,
tônico e diurético.
Raiz
Berinjela Pressão alta, colesterol,
cálculos da bexiga, insônia,
gota, reumatismo, diabete,
artrite, doenças hepáticas.
Frutos/salada e suco
Brócolis Falta de vitaminas B, C,
cálcio, potássio.
Flor/salada
Cebola Gases, cólica, mau hálito,
asma, tosse, catarro.
Cebola/salada
Cebola com mel
Cenoura Fraqueza geral e visual,
prisão de ventre, epilepsia,
amarelão.
Cenoura/salada
Cenoura com mel
Chuchu Pressão alta, calmante. Folhas/chá
Frutos/salada
Couve Ulcera e vermífugo. Folhas
Folhas/suco
Couve de Bruxelas Falta de vitamina C e ácido
fólico.
Cabeça/salada
Espinafre Tônico, anemia, laxante,
calmante.
Folhas/salada
Melancia Diurética, gases e pressão
alta.
Frutos
Melão Icterícia e cálculos renais,
calmante e febre, vermífugo.
Frutos/sucos/sementes
Morango Azia, colesterol, inflamações
dos rins, e bexiga, desinteria,
gota, reumatismo e retenção
de urina.
Raízes e folhas
Chá
Frutos
Rúcula Estimulante, depurativo e
diurético.
Folhas/salada/chá
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9. COMO O CULTIVO AJUDA O MEIO AMBIENTE
Uma pesquisa recente afirma que a vegetação desempenha um papel maior do que o
pensado na limpeza da atmosfera.
Graças a observações, estudos de expressão gênica e modelagem por computador, os
pesquisadores puderam demonstrar que as plantas caducifólias absorvem cerca de um
terço mais poluentes químicos atmosféricos de do que se pensava anteriormente.
Segundo os cientistas, as plantas ativamente consumem certos tipos de poluentes. A
equipe focou em uma classe de substâncias químicas conhecidas como compostos
orgânicos voláteis oxigenados, que podem ter um impacto em longo prazo sobre o
ambiente e a saúde humana.
Os compostos se formam abundantemente na atmosfera, a partir de hidrocarbonetos e
outras substâncias químicas que são emitidas de fontes naturais, incluindo plantas, e
fontes relacionadas às atividades humanas, incluindo veículos e materiais de construção.
Esses compostos ajudam a formar quimicamente a atmosfera e influenciam o clima.
Eventualmente, alguns evoluem para pequenas partículas no ar, conhecidas como
aerossóis, que têm efeitos importantes sobre as nuvens e a saúde humana.
Ao medir os níveis dos poluentes em vários ecossistemas, os pesquisadores
determinaram que as plantas caducifólias parecem absorver os compostos a uma taxa
inesperadamente rápida, até quatro vezes mais rápida do que se pensava.
Essa captação é especialmente rápida em florestas densas, e mais evidente perto do topo
das copas das florestas. Tal absorção é responsável por 97% do consumo de poluentes
observado no estudo.
Mas como as plantas absorvem essas grandes quantidades de substâncias químicas? A
equipe descobriu que quando as árvores estão sob estresse, por causa de um ferimento
físico ou devido à exposição à poluição por ozônio, por exemplo, elas começam a
aumentar drasticamente a sua absorção de poluentes.
Ao mesmo tempo, ocorrem mudanças nos níveis de expressão de determinados genes
que indicam elevada atividade metabólica nas árvores. Os pesquisadores concluíram
então que o consumo de poluentes parece ser parte de um ciclo metabólico maior.
As plantas podem produzir substâncias químicas para se proteger de poluentes irritantes
e repelir invasores, da mesma forma que o corpo humano pode aumentar sua produção
de glóbulos brancos em reação a uma infecção.
Mas estes produtos químicos, se produzidos em grande quantidade, podem tornar-se
tóxicos para a planta. A fim de metabolizar estes produtos químicos, as plantas
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começam a aumentar os níveis de enzimas que transformam os produtos químicos em
substâncias menos tóxicas. Sendo assim, a planta acaba consumindo também os
poluentes do ar, que podem ser metabolizados pelas enzimas.
De forma resumida, as plantas podem realmente ajustar seu metabolismo e aumentar a
sua absorção de produtos químicos atmosféricos como uma resposta a vários tipos de
estresse, o que acaba tendo o efeito colateral de “limpar a atmosfera”.
Os resultados da pesquisa indicaram que, em um nível global, as plantas estão
absorvendo 36% mais poluentes do que já havia sido contabilizado anteriormente. Além
disso, já que as plantas estão diretamente removendo esses poluentes, menos compostos
estão evoluindo para aerossóis. [National Science Foundation]
A fitorremediação é uma tecnologia onde se usa plantas para minimizar poluentes do
meio ambiente. As plantas auxiliam na remoção de contaminantes como
metais, pesticidas e até óleos do ambiente ou local degradado. Uma vez que as plantas
removem estes contaminantes do ambiente, elas ajudam para que os mesmos não sejam
transportados por vento e chuva, não deixando acontecer a dispersão do poluente para
outras áreas. Portanto fitorremediação é o nome dado a tecnologia que utiliza plantas
para limpar locais contaminados.
O termo fitorremediação (phyto=plantas) é muito recente, sendo surgido na década de
1990. Grande parte dos conhecimentos sobre fitorremediação que hoje conhecemos,
provém de estudos realizados em diversas áreas, sendo que desta forma, aos poucos foi
se verificando a eficiência das plantas na remoção de metais pesados e outros
contaminantes. Atualmente o termo é usado amplamente nas diversas áreas
de pesquisa ao redor do mundo.
As aplicações da fitorremediação são classificadas dependendo do tipo de contaminante,
como por exemplo: degradação, armazenamento, extração e a mistura de todos estes. A
fitorremediação também pode ser classificada em decorrer do seu tipo de utilização.
A fitorremediação possui um melhor funcionamento em locais que possuem baixas e
médias concentrações de poluentes. As plantas poderão remover químicos do solo, por
meio das raízes. As raízes podem crescer muito dentro do solo e desta forma podem
penetrar e alcançar poluentes em áreas profundas do solo. Uma vez que o poluente entra
no sistema interno das plantas, eles podem ficar armazenados nas raízes, caule e folhas.
Podem também causar mudanças químicas no poluente, fazendo com que este apresente
posteriormente um baixo perigo. Os poluentes podem ser transformados em gases
através do processo de respiração das plantas.
Fitoextração: Este processo funciona através da absorção dos contaminantes pelas
raízes. Podem ser utilizados para contaminantes como os metais (Cd, Ni, Cu, Zn, Pb),
podendo também serem usadas para compostos inorgânicos (Se) e compostos orgânicos.
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Algumas espécies de plantas que podem ser usadas na técnica de fitoextração: Alyssum
bertolonii, Aeolanthus biformifolius, Thlaspi caerulescens.
Fitoestabilização: Neste caso os contaminante orgânicos e inorgânicos são
incorporados na lignina da parede vegetal ou ao húmus do solo.
Fitoestimulação: As raízes em crescimento promovem a proliferação de
microrganismos de degradação na rizosfera, que usam os metabólitos exudados da
planta como fonte de carbono e energia.
Fitodegradação: Os contaminantes orgânicos são degradados ou mineralizados dentro
das células vegetais por enzimas específicas.
Uma forma de utilizar a fitorremediação, é utilizar plantas como o água pé. O
funcionamento é através de um pequeno lago, formado para receber o efluente que
possui os contaminantes que se deseja remover. Desta forma o efluente quando chega ao
local que possui o cultivo da água pé, ficará por um determinado tempo (tempo de
residência), que consiste do tempo necessário para que a concentração seja minimizada
até a saída do mesmo para um corpo receptor ou outro tipo de sistema de tratamento
integrado. No caso da água pé, este irá absorver os contaminantes através de sua raiz,
armazenando em seu corpo. O aguapé é capaz de retirar quantidades consideráveis de
fenóis, metais pesados e outras substâncias tais como Cd ou Ni.
Podem ser usados também da mesma forma, lagoas de sistemas de tratamento baseadas
em macrófitas, rabanetes, beterraba, cenoura, sendo que cada qual será específico para
um tipo de poluente, como é o caso de fitorremediação com cenoura, que é importante e
recomendada para áreas com grande concentração de matéria orgânica. A
fitorremediação com rabanetes é importante, pois esta planta possui ótima capacidade
de remoção de Fe, Mg, Zn e Cu.
Portanto a fitorremediação é uma ferramenta no avanço da biotecnologia que busca
minimizar os efeitos antropogênicos em solos e em corpos aquáticos. É viável, pois se
comparada com outras técnicas de remoção de contaminantes é menos invasiva e de
baixo custo econômico, possuindo muitas vantagens e diversas aplicações para diversos
contaminantes.
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10. CURIOSIDADES: PLANTAS QUE LIMPAM O AR.
Plantas, nas antigas civilizações, especialmente os indígenas norte-americanos, eram
chamadas de "Povo-em-Pé", pela sua grandiosa capacidade de doação.
1 - LÍRIO DA PAZ (Spathiphyllum wallisii) - Esta planta é considerada A RAINHA
DAS DESPOLUIDORAS. Ela requer pouco sol, pouca ventilação e bastante água.
Devora o tricloroetileno, o benzeno e o xileno, o formaldeído e o amoníaco. Um Lírio
da paz dura mais de 10 anos.
2 - GÉRBERAS (gérbera jamesonii) - PARA ABSORVER A FUMAÇA DO
CIGARRO, limpando inclusive a toxicidade contida nas roupas. A Gérbera combate o
tricloroetileno, o benzeno, o formaldeído e o tolueno.
3 - ANTÚRIOS (Anthurium andreanum) - NA COZINHA E NO BANHEIRO, o
Antúrio adora a umidade. Atua principalmente no combate ao amoníaco dos detergentes
e contra o xileno.
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4 - CRISÂNTEMOS (hrysanthemum morifolium) -
NOS CANTOS DAS JANELAS - Essas lindas flores
absorvem muito bem o formaldeído – que costuma estar
em todos os aposentos -, o benzeno e o amoníaco.
5 - RÁFIS (Raphis excelsa) - Fica bonito em qualquer espaço da casa . CONTRA O
AMONÍACO DOS DETERGENTES, também é uma opção nas Cozinha e Banheiro,
onde costumam ficar guardados os produtos de limpeza. Planta que cresce muito,
precisa de espaço, não requer muita luz e combate o formaldeído e o xileno.
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6 - FILODENDRO-ROXO (Philodendrum erubescens) - Combate muito bem o
tricloroetileno e o formaldeído – poluente abundante nos móveis de madeira
compensada. Não tolera baixas temperaturas. Lugares úmidos são o local ideal.
7 - CLORÓFITO (Chlorophytum comosum) - PARA APOSENTOS COM
AQUECIMENTO, onde haja queima de gás (banheiro, cozinha) ou de madeira
(lareiras). Absorve o benzeno, o tolueno, o monóxido de carbono, o xileno e o
formaldeído.
8 - HERAS INGLESAS (Hedera helix) - EM QUALQUER APOSENTO, incluindo
os recém-pintados, digere o formaldeído, o benzeno e o tetracloroetileno. Indicado
especialmente para escritórios, creches, casas de repouso, onde costumam existir
materiais compostos de plástico (cheios de benzeno).
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9 - PALMEIRA-BAMBU (Chamaedorea seifrizii) - ESPECIALMENTE AO LADO
DE ARMÁRIOS para neutralizar o benzeno e o formaldeído, além do tricloroetileno,
abundante em roupas recém-chegadas da tinturaria. Precisa de muita luz e abrigo.
10 - FÊNIX (Phoenix roebelenii) - NOS ESPAÇOS LUMINOSOS, a Fênix é
especialmente ativa contra o xileno e o formaldeído. Suporta bem o calor dos ambientes
internos.
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11. BIBLIOGRAFIA
SILVA, A.C.F. da; DELLA BRUNA, E. Cultive uma horta e um pomar orgânico:
sementes e mudas para preservar a biodiversidade. Florianópolis: Epagri, 2009. 312p.
http://hypescience.com/plantas-desempenham-papel-mais-importante-do-que-se-
pensava-na-limpeza-da-atmosfera/
http://www.nsf.gov/news/news_summ.jsp?cntn_id=117919&WT.mc_id=USNSF_51&
WT.mc_ev=click
http://www.infoescola.com/meio-ambiente/fitorremediacao/
Dinardi, A. L. et al. (2003). Fito remediação. II fórum de estudos contábeis. pp. 15
http://www.clu-in.org/download/citizens/citphyto.pdf
http://www.cluin.org/download/remed/introphyto.pdf
http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/08/plantas-que-purificam-nossas-
casas.html
: http://www.sitiodomoinho.com/organicos/a-horta-organica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Horta_(agricultura)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Horta
↑http://www.eatingwell.com/food_news_origins/seasonal_local/gardening/how_to_start
_a_vegetable_garden
↑ http://www.bhg.com/gardening/vegetable/vegetables/planning-your-first-vegetable-
garden/
↑ http://www.organicgardening.com/learn-and-grow/7-secrets-high-yield-vegetable-
garden
↑ http://msucares.com/lawn/garden/vegetables/soil/ph.html
↑ http://www.ext.colostate.edu/pubs/garden/07611.html
↑ http://www.bhg.com/gardening/vegetable/vegetables/planning-your-first-vegetable-
garden/
↑ http://www.organicgardening.com/learn-and-grow/7-secrets-high-yield-vegetable-
garden?page=0,1
http://pt.wikihow.com/Fazer-uma-Horta
Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015
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12. CONCLUSÃO
Todo o dia vemos exemplos ou novas atitudes sendo tomadas em prol da
sustentabilidade, da preservação ao meio ambiente, à saúde, à vida, etc.
Devemos todos nós, fazer algo novo para contribuir com a melhoria de nossa própria
qualidade de vida. Abandonar velhos hábitos e cultivar novos, a fim de nos
reeducarmos, no que diz respeito ao nosso relacionamento com a natureza.
Dessa forma, podemos abrir caminho para que outras pessoas sejam incentivadas a, da
mesma forma, mudar seus hábitos.
O tempo de mudar é hoje. Precisamos aprender a viver em harmonia, respeitando o que
o nosso planeta tem a nos oferecer e a horta orgânica é uma das formas de melhorar a
nossa saúde e colaborar com a sustentabilidade do planeta.
Citando Sachs em seu livro: “A humanidade precisa evitar guerras, tiranias, pobrezas,
assim como degradação da biosfera e destruição da diversidade biológica e ecológica.
Tratar-se de obter qualidade de vida para o homem e para a biosfera que não seja
conseguida principalmente à custa do futuro”.

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  • 1. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 1 ESCOLA ESTADUAL DOUTOR GERALDO PERLINGEIRO DE ABREU PROJETO CONSCIENTIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE QUALIDADE DE VIDA HORTA ORGÂNICA FRANCIELE, BRUNA, CRISTIANA, JÉSSICA, KAMILA, MARIA EDUARDA, FELIPE, CAROLINE CRISTINA. 3°ano 16
  • 2. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................03 2. DIÁRIO DE PESQUISA...........................................................................................04 3. O QUE É HORTA ORGÂNICA...............................................................................05 4. HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO HUMANA.........................................................06 5. OS OBJETIVOS DE UMA HORTA ORGÂNICA..................................................08 5.1 OBJETIVOS GERAIS........................................................................................08 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS..............................................................................08 6. AS IMPORTÂNCIAS DA HORTA ORGÂNICA...................................................09 6.1 IMPORTÂNCIAS NUTRICIONAIS.................................................................09 6.2 IMPORTÂNCIAS DAS VITAMINAS..............................................................10 6.3 IMPORTÂNCIAS EDUCACIONAIS...............................................................12 6.4 IMPORTÂNCIAS ECONÔMICAS..................................................................13 6.5 IMPORTÂNCIAS MEDICINAIS.....................................................................14 6.6 TERAPIAS OCUPACIONAIS..........................................................................16 7. O MODO CORRETO DE FAZER UMA HORTA ORGÂNICA..........................17 8. VALORES NUTRICIONAIS.................................................................................21 9. COMO O CULTIVO AJUDA O MEIO AMBIENTE...........................................23 10. CURIOSIDADES: PLANTAS QUE LIMPAM O AR........................................26 11. BIBLIOGRAFIA..................................................................................................30 12. CONCLUSÃO......................................................................................................31
  • 3. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 3 1. INTRODUÇÃO Para muitas pessoas, mesmo no presente, "desenvolvimento" é ainda sinónimo de "crescimento econômico". No entanto, o "desenvolvimento" tem obrigatoriamente que integrar outras perspectivas - tais como o bem-estar social e qualidade ambiental “sob risco” de se esgotar o capital planetário que permite a prosperidade econômica. No limite, se destruírem os recursos naturais de que dependemos, o crescimento econômico deixa de existir. Por exemplo, sem petróleo, carvão, gás natural, entre outros, a sociedade não sabe garantir a energia para a sua atividade econômica; sem solo fértil e água limpa não é possível produzir alimentos e recursos florestais essenciais à sobrevivência... Ou seja, descurar o ambiente significa pôr em causa não apenas a prosperidade econômica, mas também a sobrevivência da espécie humana ou, pelo menos, da sociedade desenvolvida tal como a conhecemos... Os problemas ambientais tornaram-se referências diárias do cotidiano a partir dos anos 70, com maior destaque a partir dos anos 80. Foi durante estas décadas que as calamidades ambientais começaram a dominar as notícias. Imagens e notícias sobre o acidente nuclear de Chernobyl, a intoxicação de milhares de pessoas por mercúrio em Minamata, o "buraco" da camada de ozono, as montanhas de lixo, os alimentos perigosos, os derrames de petróleo ou as chuvas ácidas tornaram-se conceitos comuns... Além disso nos anos 70 ocorreram às primeiras crises petrolíferas, que vieram nos lembrar de forma muito direta o quanto estamos dependentes de um recurso instável e em vias de extinção. Foi então que, finalmente, a comunidade internacional decidiu pôr mãos à obra. Assim, mais visivelmente desde 1972, os governos de todo o planeta têm feito um esforço no sentido de obter dados realistas e atingir acordos sobre definições, objetivos, planos de ação e ainda medidas concretas a implementar para atingir um novo tipo de desenvolvimento onde ambiente, economia e bem-estar social apareçam de mãos dadas.
  • 4. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 4 2. DIÁRIO DE PESQUISA O trabalho começou dia sete de setembro de 2015, dividindo as oito pessoas participantes em dois grupos, no qual o primeiro ficou responsável por confeccionar uma maquete com o tema proposto ao nosso grupo, e o outro com a responsabilidade de desenvolver um portfólio com o mesmo tema, seguindo as instruções propostas pelo nosso professor-instrutor. Os grupos ficaram divididos da seguinte maneira: Maquete: Bruna, Cristiana, Jéssica Amanda, Caroline Cristina. Portfólio: Franciele, Kamilla Aparecida, Maria Eduarda, Felipe Vitório. O trabalho será apresentado dia dezenove de setembro de 2015, na quadra esportiva da Escola Estadual Doutor Geraldo Perlingeiro de Abreu. Iniciará às sete horas da manhã e encerrará às onze da manhã. Segue abaixo o horário da apresentação com o nome das pessoas encarregadas: 07h00min às 08h00min – Franciele e Jéssica 08h00min às 09h00min – Bruna e Cristiana 09h00min às 10h00min – Kamilla e Maria Eduarda 10h00min às 11h00min – Felipe e Caroline.
  • 5. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 5 3. O QUE É HORTA ORGÂNICA A horta orgânica é um local em que são cultivados legumes e hortaliças. Nela também se podem plantar temperos e ervas medicinais. As hortas geralmente ficam em um terreno que toma sol o dia todo, plano ou levemente inclinado, que pode ser adubado e organizado em canteiros. O produto orgânico não é apenas um produto cultivado sem o uso de adubos químicos e agrotóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cultivo que observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola está baseado no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais. A agricultura orgânica promove a fertilidade do solo, a conservação dos recursos naturais e o aumento da biodiversidade. O solo é à base da produção agrícola orgânica. Vários resíduos são reintegrados ao solo; folhas, sobras de verduras, palhadas, etc. são devolvidos aos canteiros, em forma de composto, para que sejam transformados em nutrientes para as plantas. Essa fertilização ativará a vida ai presente: os microrganismos, além de transformar a matéria orgânica em alimento para as plantas, tornarão a terra porosa, solta, permeável à água e ao ar. ←Horta de batata Baroa e flores Canteiro de Rúcula→ ← Canteiro Recém-plantado
  • 6. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 6 4. HISTÓRIA DA ALIMENTAÇÃO HUMANA Lá no comecinho da história, nossos primeiros ancestrais costumavam andar por aí em grupo, caçando e coletando alimentos. A sobrevivência dependia apenas do que encontravam pra comer e se alimentavam, sobretudo, de raízes e frutos silvestres. Em comparação com o longo período em que fomos nômades, a agricultura é uma novidade. Surgiu há “apenas” 10 mil anos, quando se iniciou o cultivo de plantas e a domesticação de animais. Com a possibilidade de fixar-se em um território, o homem fundou suas primeiras aldeias. O tipo de alimentação foi definindo as culturas a tal ponto que alguns historiadores dividem as sociedades tradicionais em grandes grupos representados pelos cereais que estão na base do cardápio: o arroz, no caso da Ásia Oriental, o trigo na Europa e o milho na América. Por volta de 500 anos atrás, as navegações permitiram a primeira onda de globalização. O impulso para cruzar oceanos e conhecer o que havia do outro lado do mundo deveu- se, em parte, ao desejo de obter novos alimentos. O molho de tomate das italianíssimas massas, por exemplo, é feito com o fruto de uma planta nativa da América Central que começou a ser cultivada pela Civilização Inca. A manga e a berinjela vieram da Índia. O pêssego, da China. A laranja, a banana e a alface também são asiáticas. Os brócolis são europeus, assim como o repolho. A batata é nativa do Peru e a cenoura, do Afeganistão. Já a castanha do Pará, o açaí, o caju, a mandioca e a goiaba são genuinamente brasileiros. Do início da agricultura até meados do século passado, o sistema de produção de alimentos predominante era baseado em pequenas propriedades familiares quase autossuficientes. Os vegetais cresciam em hortas e pomares domésticos, lado a lado com a criação de porcos, galinhas e bovinos, que forneciam leite, ovos e carne. Os grãos eram triturados em moinhos de pedra e consumidos na forma integral, preservando as fibras e os benefícios naturais. O mundo se transformou novamente com a Revolução Industrial, há cerca de dois séculos. Mas, para as mudanças chegarem ao prato, ainda levou várias décadas. À medida que as cidades inchavam e começaram a surgir ferrovias e depois estradas, as lavouras foram sendo empurradas para longe dos centros consumidores. Os vegetais e outros alimentos frescos cederam seu espaço no comércio e na mesa das pessoas para os produtos que podiam ser transportados com maior facilidade e que duravam mais tempo. No século XX, os desafios de alimentar grandes populações urbanas pareciam ter sido plenamente resolvidos com o aparecimento da comida enlatada, congelada, industrializada e do fast food. Só não se levou em consideração que, com essas mudanças, o cardápio ficaria cada vez menos nutritivo.
  • 7. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 7 Durante toda sua história, a humanidade conviveu com a fome, situação ainda presente em algumas regiões do planeta, sobretudo na África. Pragas, secas, inundações e longos invernos tinham efeitos devastadores e a falta de comida representava um perigo sempre à espreita. É compreensível, portanto, que os cientistas da era moderna tenham desenvolvido os defensivos agrícolas ("agrotóxicos") e os adubos artificiais para tentar garantir o abastecimento de populações cada vez maiores, sobretudo após a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, porém, descobriu-se que essa alternativa tem efeito negativo não só para a saúde humana como também para a natureza. A agricultura orgânica e a alimentação natural começaram a tomar força em 1960 e o número de pessoas que se interessam por elas de lá pra cá só tem crescido. É um novo modelo de indústria de alimentos que se preocupa em mantê-los o mais próximo possível da sua origem (esses são os famosos alimentos naturais e integrais). O momento em que vivemos hoje representa um resgate à tradição, ao sabor e à nutrição de verdade. É uma forma de trazer à nossa mesa os alimentos mais nutritivos, naturais, cultivados da melhor forma possível. Uma verdadeira volta ao passado, com cuidado especial com a nossa saúde e com a do planeta também.
  • 8. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 8 5. OS OBJETIVOS DE UMA HORTA ORGÂNICA OBJETIVOS GERAIS Proporcionar o relaxamento através do contato com a terra e a natureza e o prazer de produzir hortaliças que serão utilizadas nas refeições diárias dos usuários e oportunizar atividades de cultivos de plantas, estimulando assim o desenvolvimento de responsabilidade por parte dos participantes. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Estimular o contato com a terra e a produção no sistema orgânico de hortaliças, vegetais e plantas medicinais através da implantação de horta terapêutica; Contribuir para a formação de hábitos alimentares mais saudáveis; Incentivar o processo de construção e manutenção de hortas domésticas em sistema orgânico através; Proporcionar o trabalho terapêutico e interação em equipe; Estimular a valorização pessoal e social através do trabalho, bem como, o voluntariado e o envolvimento dos pacientes para a condução da horta; Tornar o serviço referencia a nível comunitário das técnicas de produção de hortaliças no sistema orgânico; Resgatar junto à comunidade o hábito de produção de alimentos para autoconsumo.
  • 9. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 9 6. AS IMPORTÂNCIAS DA HORTA ORGÂNICA 6.1 Importâncias Nutricionais Tudo o que se come são alimentos, que são compostos de substâncias denominadas nutrientes. Nutriente é a parte do alimento que vai exercer uma função de nutrição no corpo humano. Os principais nutrientes são: glicídios (açúcares e amido), lipídios (gorduras), proteínas, minerais (cálcio, fósforo e ferro), vitaminas (A,B,C,E e K) e água. Os nutrientes essenciais ao organismo fornecem energia e desempenham função construtora, formando o sangue, os músculos e os órgãos, garantindo o crescimento e o desenvolvimento físico e mental. Outros, ainda, regulam e estimulam muitas funções que mantêm o perfeito funcionamento do corpo humano. É importante lembrar que as vitaminas não se acumulam no organismo, por isso é necessário o consumo diário de hortaliças e frutas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um consumo de vegetais superior a 400g por pessoa ao dia para se preservar e/ou incrementar a saúde. Convém, também, ressaltar que o hábito de consumo de hortaliças pode ser desenvolvido através da educação e até por insistência. Quase sempre, a insistência no consumo proporciona bons resultados e pode inclusive levar as pessoas a não dispensarem mais as hortaliças e frutas durante as refeições e os lanches. As crianças nascem sem gostar de sabores amargos, como o dos brócolis. Se os pais quiserem que seus filhos aprendam a gostar de vegetais, principalmente os verde-escuros, precisam dar a eles oportunidades para prová-los. Uma pesquisa publicada na revista americana "Pediatrics" sugere que os bebês podem se acostumar a comer hortaliças mesmo antes de nascer, com a ajuda das mães. Segunda essa pesquisa, o gosto das frutas e das hortaliças passa para o líquido amniótico, no útero, ainda durante a gravidez, e também para o leite materno, no período de amamentação. As crianças "aprendem" a gostar das hortaliças por serem expostas ao gosto, com frequência, desde pequenas. Os sabores da dieta materna são transmitidos pelo líquido amniótico e pelo leite materno. É importante que a mãe coma as hortaliças de maneira regular, para que o bebê aprenda a gostar destes alimentos. As hortaliças são ricas em vitaminas e sais minerais, com bom teor de proteínas e fibras, além de outras virtudes dietéticas e até terapêuticas. Por isso, é comum que os médicos as incluam em regimes alimentares e na composição do cardápio diário.
  • 10. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 10 6.2 Importâncias das vitaminas A vitamina A (vitamina da beleza) é essencial para a saúde dos olhos, pele, dentes e cabelos, atuando sobre o crescimento e aumentando a resistência do organismo às doenças. Nas hortaliças, as fontes mais significativas são: abóbora, agrião, alface, batata-doce, cenoura, couve, espinafre, pimentão, tomate, salsa e feijão-vagem. A vitamina C fundamental para aumentar a resistência do organismo às infecções, principalmente aos resfriados, é encontrada, especialmente nas frutas. As hortaliças (batata-doce, brócolis, couve, couve-flor, espinafre, ervilha, pimentão, quiabo, repolho, tomate e vagem) também possuem quantidades razoáveis de vitamina C. O organismo humano necessita de 75 mg de vitamina C por dia. A vitamina B estimula o apetite, auxilia no crescimento, facilita a digestão, ajuda no funcionamento normal dos nervos e fortalece a pele e os cabelos. É encontrada em quantidade suficiente para completar as necessidades diárias do organismo humano, nas hortaliças: agrião, alface, beterraba, cenoura, couve-flor, ervilha, espinafre, pimentão, quiabo, repolho e feijão-vagem. A vitamina E, importante para prevenir distúrbios cardiovasculares e neurológicos, além de acelerar a cicatrização de ferimentos e aumentar a fertilidade, é encontrada, principalmente nas hortaliças alface e repolho. A vitamina K, essencial para a biossíntese de vários fatores necessários para a coagulação do sangue e para a mineralização dos ossos, está presente nas hortaliças alface, couve, couve-flor, ervilha, espinafre, repolho e tomate. Os sais minerais, reguladores que o organismo necessita em pequenas quantidades, como o cálcio, essencial para a formação de ossos e dentes, está presente em teor considerável nas hortaliças brócolis, couve, couve-flor e rabanete; o ferro, existente nas hortaliças couve, espinafre e beterraba faz parte do sangue, sendo que sua participação na dieta alimentar diária previne a anemia. As proteínas são essenciais para formação e renovação dos tecidos. As proteínas controlam o crescimento, a digestão, a absorção, o transporte, a manutenção da pressão e a formação de anticorpos para defesa das doenças. Quando a necessidade não é suprida, o corpo retira o que precisa dos tecidos, enfraquecendo-se e diminuindo a resistência. Embora existam em outras fontes (proteína animal, levedo de cerveja, gérmen de trigo, gergelim e em todas as sementes que contém óleo), são encontradas em quantidades razoáveis nas hortaliças ervilha, brócolis, couve-flor, beterraba, feijão-vagem, espinafre, batata e batata-doce.
  • 11. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 11 Os carboidratos são responsáveis pela energia e pela força para as atividades mentais e para o trabalho. Porém, o que se consome em excesso é armazenado, dando início ao processo de obesidade. As hortaliças batata e batata-doce são as principais fontes. As fibras são as partes de grãos, vegetais e frutas que não são digeridas pelo organismo humano, passando quase intactas pelo sistema digestivo e são eliminadas pelas fezes. Sem fibra suficiente, o processo digestivo pode ficar lento e a constipação (intestino preso) pode ocorrer. As fibras são importantes para regular a digestão e para prevenir doenças como diverticulite, arteriosclerose, apendicite, varizes, hemorroidas e certos tipos de tumores intestinais, além de auxiliar no controle das taxas de colesterol e glicose. Uma dieta rica em fibras e pobre em gorduras pode reduzir o risco de certos tipos de câncer, doenças do coração e diabetes de adulto. Alimentos ricos em fibras podem, ainda, ser úteis no controle de peso, prevenindo e tratando a obesidade. Os alimentos ricos em fibras saciam mais (ficando mais tempo no estômago) do que os alimentos refinados e, com isso, a tendência é ingerir menos calorias. Estão presentes em quantidades razoáveis nas hortaliças abóbora, almeirão, alface, aipo, agrião, chicória, cebola, couve, espinafre, jiló, pimentão e cenoura crua. Estima-se que um adulto deve ingerir 5 a 8 gramas de fibras por dia, obtidas com o consumo diário somente de hortaliças. Existem certos alimentos que, em termos de nutrição, são mais completos do que outros. São alimentos que estão repletos de vitaminas, minerais e antioxidantes que beneficiam a saúde, por isso, um grupo de vinte é chamado de “superalimentos”. Dentre estes, destacam-se 12 hortaliças (pimenta, tomate, brócolis, cebola, batata-doce, cenoura, morango, agrião, couve-de-bruxelas, repolho, alho e espinafre) e cinco frutas (kiwi, manga, castanha-do-pará, oliva e laranja).
  • 12. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 12 6.3 Importâncias Educacionais Além de produzir hortaliças para auto abastecimento, a horta pode contribuir para integrar os objetivos do processo ensino-aprendizagem na escola, incentivando alunos e professores com relação à participação, à preservação ambiental e à mudança de hábitos e de atitudes relacionados à educação alimentar de alunos e suas famílias.
  • 13. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 13 6.4 Importâncias Econômicas A horta doméstica ou comunitária objetiva também aumentar a renda da família ou de grupos de famílias ou, ainda, reduzir custos com sua alimentação e nas instituições que prestam serviços à comunidade, pois tudo que é produzido não se compra, evitando-se a saída de dinheiro. Na escola, além da importância educacional, a horta orgânica visa também melhorar a qualidade da merenda, acrescentando mais vitaminas e sais minerais, além de reduzir a despesa com a compra de alimentos. O aspecto econômico mais importante que não é contabilizado, mas deve ser levado em conta, é a saúde. As vitaminas, os sais minerais e as fibras, presentes em quantidades suficientes nas hortaliças, previnem as doenças e, com isso economiza-se com médicos e medicamentos.
  • 14. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 14 6.5 Importâncias Medicinais As hortaliças, além de serem reconhecidas pelo valor nutricional, possuem propriedades terapêuticas. O consumo de hortaliças tem sido fortemente relacionado com a diminuição de riscos de doenças degenerativas. O licopeno (carotenoide), fito químico encontrado em algumas hortaliças, destaca-se pela eficiência como antioxidante natural e sua possível ação contra os cânceres de próstata, de estômago e de pulmão. Uma pesquisa realizada na Alemanha publicada no Journal of Nutrition, sugere que o licopeno pode trazer benefícios contra a hiperplasia benigna da próstata (BPH), a qual afeta mais da metade dos homens na faixa etária dos 50 anos. A fonte de licopeno mais conhecida é o tomate, mas também é encontrado na goiaba vermelha, no mamão vermelho, na melancia e na pitanga. Trabalho publicado na Revista Instituto Adolfo Lutz revela que a melancia tem conteúdo de licopeno semelhante ao encontrado no tomate e maior do que no mamão. Pesquisa feita nos Estados Unidos e publicada no Journal of National Câncer Institute, envolvendo 1300 voluntários e seus hábitos alimentares, sugere que o consumo regular de brócolis e couve-flor reduz o risco do homem desenvolver formas agressivas de câncer de próstata. Outra pesquisa realizada no mesmo país revelou que o consumo regular de alho, cru ou cozido, pode diminuir pela metade o risco de câncer de estômago. Os sucos de frutas e de hortaliças podem ser uma excelente forma para evitar os problemas do mal de Alzheimer, doença neurológica, progressiva e incurável que causa perda de memória e pode levar à morte. Os últimos estudos em animais evidenciam que os antioxidantes poli fenóis, presentes na casca de hortaliças e frutas, neutralizam as decadências intelectual e física, típicas do envelhecimento. De acordo com médicos naturalistas, a berinjela é excelente para a pressão alta, ajuda a regular os níveis de colesterol e triglicerídeos, além de outras propriedades terapêuticas. Para baixar a pressão, recomenda-se bater no liquidificador uma berinjela pequena com um copo de água, coar e tomar em jejum todos os dias; essa receita ainda é indicada para quem faz regime de emagrecimento podendo-se, neste caso, acrescentar suco de laranja.
  • 15. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 15 Berinjela e cebola: excelentes para regular o colesterol. Agrião, alho e rúcula: indicados para diabete. Beterraba: essencial para o combate da anemia.
  • 16. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 16 6.6 Terapias Ocupacionais Cada vez mais tem sido importante que as pessoas de todas as idades tenham uma ocupação para assim viverem mais e melhor. A horta, quando conduzida com prazer, é uma terapia eficiente para afastar problemas como estresse, depressão e outros. A violência e a dependência química podem começar com a ociosidade – especialistas que trabalham com meninos e meninas e seus relacionamentos com o crime acreditam que um período na escola é pouco para mantê-los longe da violência e dos vícios, no resto do dia é preciso ocupá-los com atividade saudáveis. A ocupação do tempo ocioso na condução de uma horta em instituições de caridade, penitenciárias, instituições de saúde e outros é essencial para as pessoas sentirem-se úteis e melhorarem sua autoestima. Segundo especialistas, o contato com plantas funciona muito bem como terapia ocupacional porque a grande dificuldade, especialmente do idoso, é não ter o que fazer. Quando assume a responsabilidade de cuidar de uma planta, a pessoa se sente muito bem porque vê os resultados. O fato de preparar o solo, semear, observar o crescimento, colher e consumir hortaliças e frutas frescas, saudáveis, sem adubos químicos e agrotóxicos, é uma experiência fantástica.
  • 17. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 17 7. O MODO CORRETO DE FAZER UMA HORTA ORGÂNICA Criar sua própria horta é uma experiência recompensadora que lhe ajuda a economizar dinheiro e, ao mesmo tempo, dar mais beleza ao seu jardim. Se você trabalhar com esforço e fizer o que for necessário para criar seus próprios legumes, você terá uma grande satisfação à colhê-los e saboreá-los no jantar. Apesar de ter uma horta ser provavelmente mais fácil do que você pensa, existem algumas coisas que você precisa considerar ao criá-la pela primeira vez. Tais como:  Entender o Clima: Escolha um local que receba pelo menos seis horas de luz solar direta por dia. A maioria dos legumes requer muita luz solar para serem saudáveis, mas você pode variar a proporção de sol e sombra do jardim para poder plantar alguns legumes que precisam de mais sombra. No entanto, se seus legumes não receberem sol suficiente, eles irão produzir menos e serão mais suscetíveis a pragas. É melhor pensar em que plantas você quer criar antes de escolher um local. Você pode cultivar vegetais escuros e folhosos como brócolis e espinafre em lugares da horta que não recebam tanto sol. Se você viver em um local com pouco sol, não se desanime. Você ainda pode ter uma bela horta, mas terá provavelmente que deixar alguns legumes, como tomate, de lado. Por outro lado, se você viver em um clima extremamente quente, você pode usar algo para cobrir parcialmente alguns dos legumes para protegê-los do calor extremo. Por exemplo, grãos que crescem em estações mais frias podem se beneficiar da sombra parcial.  Preparar a Área de Plantação: Escolha a base da horta. Decida se você quer plantar a horta diretamente no chão ou em uma caixa com terra, para poder deixá-la acima do chão. Você também pode querer plantar todos os legumes, cada um em um vaso. Sua decisão deve depender da qualidade do solo e a tendência da área escolhida de ficar alagada. Se você tem solo de má qualidade e com pouca drenagem, pode ser melhor construir um canteiro suspenso para a horta. Pense no tamanho que você quer que o canteiro tenha. Dependendo do tipo de legumes que você plantar, você precisará se certificar de que a caixa é larga e funda o bastante. Faça uma pesquisa sobre os legumes que você está plantando para ver o espaço
  • 18. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 18 necessário para que eles cresçam. Os brócolis, por exemplo, precisam de bastante espaço para crescer, enquanto cenouras só precisam de espaço para baixo. Para fazer um canteiro suspenso, você pode usar madeira (comum ou sintética), plástico, pedras ou tijolo. No entanto, normalmente se recomenda fazer com tábuas de cedro, pois elas não apodrecem no contato com a água. Tenha em mente que sua horta precisará de água diariamente, e algumas madeiras mais fracas como compensado não duram muito quando são encharcadas constantemente. Deixe a parte central do canteiro mais alta que as bordas, para aumentar a superfície a ser plantada. Para isso, ponha terra a mais para que o meio fique um pouco acima do nível das bordas. Ponha uma barreira entre a horta e o chão para prevenir o crescimento de ervas daninha. Você pode usar plástico, algum tipo de esteira ou várias camadas de jornal e/ou papelão para diminuir a chance de elas aparecerem.  Preparar o solo: A maioria dos legumes precisa de um solo rico, fértil e macio para crescer bem. Use uma enxada de qualidade e/ou uma pá para quebrar bem a terra e deixá-la pronta para o plantio. Você pode evitar este trabalho optando por fazer uma horta suspensa e enchê-la com terra pronta. Certifique-se de que a área de plantio não tem pedras ou pedaços duros de terra, para que as raízes possam se expandir e as plantas possam crescer saudáveis. Sempre remova qualquer erva ou planta indesejada do local da horta. Elas só irão competir com suas plantas por espaço e podem trazer pragas. Teste o pH do solo. O pH do solo é baseado em uma escala de 1 a 14, com 7 sendo neutro, qualquer valor abaixo de 7 sendo acídico e qualquer valor acima de 7 sendo alcalino. A maioria dos vegetais prefere o solo levemente ácido, entre 6,0 e 6,5. Um
  • 19. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 19 solo ácido demais irá danificar as raízes da planta e diminuir a capacidade dos seus legumes. Teste o pH do solo visitando alguma loja ou organização agropecuária local e obtendo as instruções e materiais necessários. Você também pode pagar para que alguém teste o pH do solo. O pH do solo diz se é necessário adicionar calcário a ele para chegar ao valor adequado. Essa pedra é barata e eficiente para melhorar o solo. Avalie os níveis de cálcio e magnésio do solo para determinar que tipo de calcário você deve adicionar ao solo. Se o solo tiver pouco magnésio, adicione calcário dolomítico. Se tiver muito magnésio, adicione calcário calcítico. Adicione o calcário de dois a três meses antes de plantar para permitir que o solo absorva. Depois disso, confira o pH novamente. Você provavelmente terá que adicionar calcário ao solo todo ano ou de dois em dois anos para manter o nível adequado de pH.  Fertilizar o solo: A maioria dos legumes gosta de solo rico em matéria orgânica. Você pode aumentar a fertilidade do solo adicionando turfa, adubo, farinha de sangue, emulsão de peixe, etc. Os fertilizantes mais comuns recomendados especificamente são nitrogênio, fósforo e potássio. Experimente uma dessas composições de fertilizantes na sua horta: meio quilo de fertilizante 10-10-10 ou um quilo de fertilizante 5-10-5 para cada 30 metros de jardim. O primeiro número se refere à porcentagem por peso do nitrogênio; o segundo, a porcentagem por peso do fósforo; e o terceiro, a porcentagem por peso do potássio. No entanto, nitrogênio em excesso pode danificar as plantas, causando uma redução na produção. Da mesma forma, fósforo em excesso pode aumentar a chance de clorose. Você também pode adicionar ferro, cobre, manganês e zinco em quantidades pequenas para nutrir o solo.  Aguar bem o solo. A maioria dos legumes não se dá bem em tempos de seca. Não se esqueça de aguar o solo antes de plantar suas sementes ou brotos, e mantenha o canteiro úmido durante todo o processo de cultivação.  Saber quando plantar: A maioria dos vegetais é plantada do lado de fora durante o fim da primavera, e colhidos entre o meio do verão e o fim do outono. Veja as instruções específicas para cada tipo de legume que você irá plantar. Para ter uma grande variedade de vegetais durante todo o ano, plante legumes que fiquem prontos para a colheita em épocas diferentes do ano. Assim, você nunca ficará sem legumes frescos.
  • 20. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 20  Saber quanto plantar: Muitas vezes, novos jardineiros se empolgam demais com seu novo hobby e acabam plantando mais do que podem comer ou cuidar. Lembre que algumas plantas, como tomates, pimentas e abóbora dão o ano todo, e outras como cenouras, rabanetes e milho, apenas uma vez. Para melhores resultados, plante uma mistura de legumes perenes e não perenes na sua horta. Geralmente, você pode plantar menos dos legumes perenes e mais dos não perenes para ter um bom equilíbrio no jardim. Lembre-se de dar a cada planta espaço suficiente para se desenvolver e florescer na horta. Você pode precisar aparar algumas delas durante o crescimento para evitar que elas fiquem apertadas. Dicas  Remover as ervas daninhas o mais cedo possível é muito importante, pois elas roubam luz, água e nutrientes que deveriam ir para as suas plantas.  Nos primeiros dias de uma horta, todas as suas plantas estão vulneráveis a ataque, plante em grande quantidade para garantir que algumas sobrevivam, e tome precauções contra pragas.  Você pode usar telas de proteção para impedir que animais comam as plantas.
  • 21. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 21 8. VALORES NUTRICIONAIS Hortaliças Propriedades Medicinais Parte Utilizada/uso Agrião raquitismo, falta de vitaminas B, C, E, cálcio e ferro, afecções da pele e pulmão, limpeza do sangue, rins e fígado dos cálculos, ácido único, diabete, tosse, diurético, bronquite, cicatrizante e expectorante Folhas/suco, chá e salada Alface Calmante, insônia, palpitação do coração. Folhas/salada Alho Bronquite, gripe, diabete, colesterol, pressão alta. Dentes de alho com leite Almeirão Digestivo, laxativo e fortificante. Folhas/salada Batata Úlcera e dores de estômago Suco/tubérculos ralados Batata-Doce Falta de vitamina E, fósforo e potássio. Raiz/salada Raiz/suco Beterraba Anemia, problemas dos rins, tônico e diurético. Raiz Berinjela Pressão alta, colesterol, cálculos da bexiga, insônia, gota, reumatismo, diabete, artrite, doenças hepáticas. Frutos/salada e suco Brócolis Falta de vitaminas B, C, cálcio, potássio. Flor/salada Cebola Gases, cólica, mau hálito, asma, tosse, catarro. Cebola/salada Cebola com mel Cenoura Fraqueza geral e visual, prisão de ventre, epilepsia, amarelão. Cenoura/salada Cenoura com mel Chuchu Pressão alta, calmante. Folhas/chá Frutos/salada Couve Ulcera e vermífugo. Folhas Folhas/suco Couve de Bruxelas Falta de vitamina C e ácido fólico. Cabeça/salada Espinafre Tônico, anemia, laxante, calmante. Folhas/salada Melancia Diurética, gases e pressão alta. Frutos Melão Icterícia e cálculos renais, calmante e febre, vermífugo. Frutos/sucos/sementes Morango Azia, colesterol, inflamações dos rins, e bexiga, desinteria, gota, reumatismo e retenção de urina. Raízes e folhas Chá Frutos Rúcula Estimulante, depurativo e diurético. Folhas/salada/chá
  • 22. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 22
  • 23. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 23 9. COMO O CULTIVO AJUDA O MEIO AMBIENTE Uma pesquisa recente afirma que a vegetação desempenha um papel maior do que o pensado na limpeza da atmosfera. Graças a observações, estudos de expressão gênica e modelagem por computador, os pesquisadores puderam demonstrar que as plantas caducifólias absorvem cerca de um terço mais poluentes químicos atmosféricos de do que se pensava anteriormente. Segundo os cientistas, as plantas ativamente consumem certos tipos de poluentes. A equipe focou em uma classe de substâncias químicas conhecidas como compostos orgânicos voláteis oxigenados, que podem ter um impacto em longo prazo sobre o ambiente e a saúde humana. Os compostos se formam abundantemente na atmosfera, a partir de hidrocarbonetos e outras substâncias químicas que são emitidas de fontes naturais, incluindo plantas, e fontes relacionadas às atividades humanas, incluindo veículos e materiais de construção. Esses compostos ajudam a formar quimicamente a atmosfera e influenciam o clima. Eventualmente, alguns evoluem para pequenas partículas no ar, conhecidas como aerossóis, que têm efeitos importantes sobre as nuvens e a saúde humana. Ao medir os níveis dos poluentes em vários ecossistemas, os pesquisadores determinaram que as plantas caducifólias parecem absorver os compostos a uma taxa inesperadamente rápida, até quatro vezes mais rápida do que se pensava. Essa captação é especialmente rápida em florestas densas, e mais evidente perto do topo das copas das florestas. Tal absorção é responsável por 97% do consumo de poluentes observado no estudo. Mas como as plantas absorvem essas grandes quantidades de substâncias químicas? A equipe descobriu que quando as árvores estão sob estresse, por causa de um ferimento físico ou devido à exposição à poluição por ozônio, por exemplo, elas começam a aumentar drasticamente a sua absorção de poluentes. Ao mesmo tempo, ocorrem mudanças nos níveis de expressão de determinados genes que indicam elevada atividade metabólica nas árvores. Os pesquisadores concluíram então que o consumo de poluentes parece ser parte de um ciclo metabólico maior. As plantas podem produzir substâncias químicas para se proteger de poluentes irritantes e repelir invasores, da mesma forma que o corpo humano pode aumentar sua produção de glóbulos brancos em reação a uma infecção. Mas estes produtos químicos, se produzidos em grande quantidade, podem tornar-se tóxicos para a planta. A fim de metabolizar estes produtos químicos, as plantas
  • 24. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 24 começam a aumentar os níveis de enzimas que transformam os produtos químicos em substâncias menos tóxicas. Sendo assim, a planta acaba consumindo também os poluentes do ar, que podem ser metabolizados pelas enzimas. De forma resumida, as plantas podem realmente ajustar seu metabolismo e aumentar a sua absorção de produtos químicos atmosféricos como uma resposta a vários tipos de estresse, o que acaba tendo o efeito colateral de “limpar a atmosfera”. Os resultados da pesquisa indicaram que, em um nível global, as plantas estão absorvendo 36% mais poluentes do que já havia sido contabilizado anteriormente. Além disso, já que as plantas estão diretamente removendo esses poluentes, menos compostos estão evoluindo para aerossóis. [National Science Foundation] A fitorremediação é uma tecnologia onde se usa plantas para minimizar poluentes do meio ambiente. As plantas auxiliam na remoção de contaminantes como metais, pesticidas e até óleos do ambiente ou local degradado. Uma vez que as plantas removem estes contaminantes do ambiente, elas ajudam para que os mesmos não sejam transportados por vento e chuva, não deixando acontecer a dispersão do poluente para outras áreas. Portanto fitorremediação é o nome dado a tecnologia que utiliza plantas para limpar locais contaminados. O termo fitorremediação (phyto=plantas) é muito recente, sendo surgido na década de 1990. Grande parte dos conhecimentos sobre fitorremediação que hoje conhecemos, provém de estudos realizados em diversas áreas, sendo que desta forma, aos poucos foi se verificando a eficiência das plantas na remoção de metais pesados e outros contaminantes. Atualmente o termo é usado amplamente nas diversas áreas de pesquisa ao redor do mundo. As aplicações da fitorremediação são classificadas dependendo do tipo de contaminante, como por exemplo: degradação, armazenamento, extração e a mistura de todos estes. A fitorremediação também pode ser classificada em decorrer do seu tipo de utilização. A fitorremediação possui um melhor funcionamento em locais que possuem baixas e médias concentrações de poluentes. As plantas poderão remover químicos do solo, por meio das raízes. As raízes podem crescer muito dentro do solo e desta forma podem penetrar e alcançar poluentes em áreas profundas do solo. Uma vez que o poluente entra no sistema interno das plantas, eles podem ficar armazenados nas raízes, caule e folhas. Podem também causar mudanças químicas no poluente, fazendo com que este apresente posteriormente um baixo perigo. Os poluentes podem ser transformados em gases através do processo de respiração das plantas. Fitoextração: Este processo funciona através da absorção dos contaminantes pelas raízes. Podem ser utilizados para contaminantes como os metais (Cd, Ni, Cu, Zn, Pb), podendo também serem usadas para compostos inorgânicos (Se) e compostos orgânicos.
  • 25. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 25 Algumas espécies de plantas que podem ser usadas na técnica de fitoextração: Alyssum bertolonii, Aeolanthus biformifolius, Thlaspi caerulescens. Fitoestabilização: Neste caso os contaminante orgânicos e inorgânicos são incorporados na lignina da parede vegetal ou ao húmus do solo. Fitoestimulação: As raízes em crescimento promovem a proliferação de microrganismos de degradação na rizosfera, que usam os metabólitos exudados da planta como fonte de carbono e energia. Fitodegradação: Os contaminantes orgânicos são degradados ou mineralizados dentro das células vegetais por enzimas específicas. Uma forma de utilizar a fitorremediação, é utilizar plantas como o água pé. O funcionamento é através de um pequeno lago, formado para receber o efluente que possui os contaminantes que se deseja remover. Desta forma o efluente quando chega ao local que possui o cultivo da água pé, ficará por um determinado tempo (tempo de residência), que consiste do tempo necessário para que a concentração seja minimizada até a saída do mesmo para um corpo receptor ou outro tipo de sistema de tratamento integrado. No caso da água pé, este irá absorver os contaminantes através de sua raiz, armazenando em seu corpo. O aguapé é capaz de retirar quantidades consideráveis de fenóis, metais pesados e outras substâncias tais como Cd ou Ni. Podem ser usados também da mesma forma, lagoas de sistemas de tratamento baseadas em macrófitas, rabanetes, beterraba, cenoura, sendo que cada qual será específico para um tipo de poluente, como é o caso de fitorremediação com cenoura, que é importante e recomendada para áreas com grande concentração de matéria orgânica. A fitorremediação com rabanetes é importante, pois esta planta possui ótima capacidade de remoção de Fe, Mg, Zn e Cu. Portanto a fitorremediação é uma ferramenta no avanço da biotecnologia que busca minimizar os efeitos antropogênicos em solos e em corpos aquáticos. É viável, pois se comparada com outras técnicas de remoção de contaminantes é menos invasiva e de baixo custo econômico, possuindo muitas vantagens e diversas aplicações para diversos contaminantes.
  • 26. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 26 10. CURIOSIDADES: PLANTAS QUE LIMPAM O AR. Plantas, nas antigas civilizações, especialmente os indígenas norte-americanos, eram chamadas de "Povo-em-Pé", pela sua grandiosa capacidade de doação. 1 - LÍRIO DA PAZ (Spathiphyllum wallisii) - Esta planta é considerada A RAINHA DAS DESPOLUIDORAS. Ela requer pouco sol, pouca ventilação e bastante água. Devora o tricloroetileno, o benzeno e o xileno, o formaldeído e o amoníaco. Um Lírio da paz dura mais de 10 anos. 2 - GÉRBERAS (gérbera jamesonii) - PARA ABSORVER A FUMAÇA DO CIGARRO, limpando inclusive a toxicidade contida nas roupas. A Gérbera combate o tricloroetileno, o benzeno, o formaldeído e o tolueno. 3 - ANTÚRIOS (Anthurium andreanum) - NA COZINHA E NO BANHEIRO, o Antúrio adora a umidade. Atua principalmente no combate ao amoníaco dos detergentes e contra o xileno.
  • 27. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 27 4 - CRISÂNTEMOS (hrysanthemum morifolium) - NOS CANTOS DAS JANELAS - Essas lindas flores absorvem muito bem o formaldeído – que costuma estar em todos os aposentos -, o benzeno e o amoníaco. 5 - RÁFIS (Raphis excelsa) - Fica bonito em qualquer espaço da casa . CONTRA O AMONÍACO DOS DETERGENTES, também é uma opção nas Cozinha e Banheiro, onde costumam ficar guardados os produtos de limpeza. Planta que cresce muito, precisa de espaço, não requer muita luz e combate o formaldeído e o xileno.
  • 28. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 28 6 - FILODENDRO-ROXO (Philodendrum erubescens) - Combate muito bem o tricloroetileno e o formaldeído – poluente abundante nos móveis de madeira compensada. Não tolera baixas temperaturas. Lugares úmidos são o local ideal. 7 - CLORÓFITO (Chlorophytum comosum) - PARA APOSENTOS COM AQUECIMENTO, onde haja queima de gás (banheiro, cozinha) ou de madeira (lareiras). Absorve o benzeno, o tolueno, o monóxido de carbono, o xileno e o formaldeído. 8 - HERAS INGLESAS (Hedera helix) - EM QUALQUER APOSENTO, incluindo os recém-pintados, digere o formaldeído, o benzeno e o tetracloroetileno. Indicado especialmente para escritórios, creches, casas de repouso, onde costumam existir materiais compostos de plástico (cheios de benzeno).
  • 29. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 29 9 - PALMEIRA-BAMBU (Chamaedorea seifrizii) - ESPECIALMENTE AO LADO DE ARMÁRIOS para neutralizar o benzeno e o formaldeído, além do tricloroetileno, abundante em roupas recém-chegadas da tinturaria. Precisa de muita luz e abrigo. 10 - FÊNIX (Phoenix roebelenii) - NOS ESPAÇOS LUMINOSOS, a Fênix é especialmente ativa contra o xileno e o formaldeído. Suporta bem o calor dos ambientes internos.
  • 30. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 30 11. BIBLIOGRAFIA SILVA, A.C.F. da; DELLA BRUNA, E. Cultive uma horta e um pomar orgânico: sementes e mudas para preservar a biodiversidade. Florianópolis: Epagri, 2009. 312p. http://hypescience.com/plantas-desempenham-papel-mais-importante-do-que-se- pensava-na-limpeza-da-atmosfera/ http://www.nsf.gov/news/news_summ.jsp?cntn_id=117919&WT.mc_id=USNSF_51& WT.mc_ev=click http://www.infoescola.com/meio-ambiente/fitorremediacao/ Dinardi, A. L. et al. (2003). Fito remediação. II fórum de estudos contábeis. pp. 15 http://www.clu-in.org/download/citizens/citphyto.pdf http://www.cluin.org/download/remed/introphyto.pdf http://compromissoconsciente.blogspot.com.br/2012/08/plantas-que-purificam-nossas- casas.html : http://www.sitiodomoinho.com/organicos/a-horta-organica https://pt.wikipedia.org/wiki/Horta_(agricultura) https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Horta ↑http://www.eatingwell.com/food_news_origins/seasonal_local/gardening/how_to_start _a_vegetable_garden ↑ http://www.bhg.com/gardening/vegetable/vegetables/planning-your-first-vegetable- garden/ ↑ http://www.organicgardening.com/learn-and-grow/7-secrets-high-yield-vegetable- garden ↑ http://msucares.com/lawn/garden/vegetables/soil/ph.html ↑ http://www.ext.colostate.edu/pubs/garden/07611.html ↑ http://www.bhg.com/gardening/vegetable/vegetables/planning-your-first-vegetable- garden/ ↑ http://www.organicgardening.com/learn-and-grow/7-secrets-high-yield-vegetable- garden?page=0,1 http://pt.wikihow.com/Fazer-uma-Horta
  • 31. Coronel Fabriciano, Minas Gerais Setembro de 2015 31 12. CONCLUSÃO Todo o dia vemos exemplos ou novas atitudes sendo tomadas em prol da sustentabilidade, da preservação ao meio ambiente, à saúde, à vida, etc. Devemos todos nós, fazer algo novo para contribuir com a melhoria de nossa própria qualidade de vida. Abandonar velhos hábitos e cultivar novos, a fim de nos reeducarmos, no que diz respeito ao nosso relacionamento com a natureza. Dessa forma, podemos abrir caminho para que outras pessoas sejam incentivadas a, da mesma forma, mudar seus hábitos. O tempo de mudar é hoje. Precisamos aprender a viver em harmonia, respeitando o que o nosso planeta tem a nos oferecer e a horta orgânica é uma das formas de melhorar a nossa saúde e colaborar com a sustentabilidade do planeta. Citando Sachs em seu livro: “A humanidade precisa evitar guerras, tiranias, pobrezas, assim como degradação da biosfera e destruição da diversidade biológica e ecológica. Tratar-se de obter qualidade de vida para o homem e para a biosfera que não seja conseguida principalmente à custa do futuro”.