O documento descreve o Iluminismo, um movimento intelectual e filosófico que surgiu no século XVII defendendo o uso da razão sobre a visão teocêntrica da Idade Média. Os ideais iluministas pregavam a liberdade de pensamento e que o homem deveria ser o centro das atenções, buscando respostas racionais. O auge do movimento foi no século XVIII, conhecido como Século das Luzes.
2. Introdução
Este movimento surgiu na França do século XVII
e defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica
que dominava a Europa desde a Idade Média. Segundo
os filósofos iluministas, esta forma de pensamento tinha
o propósito de iluminar as trevas em que se encontrava
a sociedade.
3. Os ideais iluministas
Os pensadores que defendiam estes ideais
acreditavam que o pensamento racional deveria ser
levado adiante substituindo as crenças religiosas e o
misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a
evolução do homem. O homem deveria ser o centro e
passar a buscar respostas para as questões que, até
então, eram justificadas somente pela fé.
4. A busca pelo saber e a liberdade de pensamento: duas
premissas do Iluminismo.
5. Século das Luzes
A apogeu deste movimento foi atingido no
século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o
Século das Luzes. O Iluminismo foi mais intenso na
França, onde influenciou a Revolução Francesa
através de seu lema: Liberdade, igualdade e
fraternidade. Também teve influência em outros
movimentos sociais como na independência das
colônias inglesas na América do Norte e na
Inconfidência Mineira, ocorrida no Brasil.
6. Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém,
era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Eles acreditavam que
se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a
felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, eles eram contra as
imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contrários ao
absolutismo do rei, além dos privilégios dados a nobreza e ao clero.
Os burgueses foram os principais interessados nesta filosofia, pois,
apesar do dinheiro que possuíam, eles não tinham poder em questões
políticas devido a sua forma participação limitada. Naquele período, o Antigo
Regime ainda vigorava na França, e, nesta forma de governo, o rei detinha
todos os poderes. Uma outra forma de impedimento aos burgueses eram as
práticas mercantilistas, onde, o governo interferia ainda nas questões
econômicas.
No Antigo Regime, a sociedade era dividida da seguinte forma: Em
primeiro lugar vinha o clero, em segundo a nobreza, em terceiro a burguesia e
os trabalhadores da cidade e do campo. Com o fim deste poder, os burgueses
tiveram liberdade comercial para ampliar significativamente seus negócios,
uma vez que, com o fim do absolutismo, foram tirados não só os privilégios de
poucos (clero e nobreza), como também, as práticas mercantilistas que
impediam a expansão comercial para a classe burguesa.
7. Principais filósofos iluministas
Os principais filósofos do Iluminismo foram:
John Locke (1632-1704), ele acreditava que o homem
adquiria conhecimento com o passar do tempo
através do empirismos; Voltaire (1694-1778), ele
defendia a liberdade de pensamento e não poupava
crítica a intolerância religiosa; Jean-Jacques
Rousseau (1712-1778), ele defendia a idéia de um
estado democrático que garanta igualdade para
todos; Montesquieu (1689-1755), ele defendeu a
divisão do poder político em Legislativo, Executivo e
Judiciário; Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond
d´Alembert (1717-1783), juntos organizaram uma
enciclopédia que reunia conhecimentos e
pensamentos filosóficos da época.
8. Ideais dos filósofos
Os principais pensadores iluministas são:
René Descartes: filósofo, matemático, cientista e considerado um dos pioneiros do
iluminismo. Descartes afirma que o ato de duvidar permite ao homem comprovar sua própria
existência pensando.
Isaac Newton: físico, astrônomo e matemático foi um dos fundadores do iluminismo.
Formulou a lei da gravitação universal que foi uma importante descoberta.
John Locke: político, religioso, defendia a liberdade civil e se dedicava a vida pública.
Contribuiu para o combate ao absolutismo.
Voltaire: escritor, crítico que se destacou por criticar violentamente os abusos do clero e da
igreja que segundo ele oprimia as pessoas.
Montesquieu: jurista, filósofo e escritor. Apresentava problemas políticos e sugeria
soluções. Em seu livro “O espírito das leis” expôs sua teoria dos poderes legislativo, executivo
e judiciário a fim de impedir abusos de poder.
Rousseau: filósofo, democrático e popular. Pregava liberdade, igualdade e fraternidade.
Dizia que “o homem nasce bom, é a sociedade que o corrompe”.
9. Despotismo esclarecido
O despotismo esclarecido foi uma forma de governo adotada pelos
Reis, no século XVII, como uma alternativa para a Monarquia Absolutista
que estava em crise, devido às idéias Iluministas.
Até então, acreditava-se que o monarca era escolhido por Deus. Sem
serem questionados, os monarcas exerciam seu poder de forma
centralizada, absoluta. No entanto, desde o século XVII as idéias dos
filósofos iluministas ganhavam espaço por toda a Europa. O Iluminismo foi
um movimento filosófico, político, social, econômico e cultural, que defendia
o uso da razão sobre a visão teocêntrica que vigorou por toda a Idade
Média. De acordo com a divisão da sociedade naquela época, pode-se
dizer que o Iluminismo foi um movimento iniciado pela burguesia.
Alguns monarcas sofreram influências das idéias iluministas, e
realizaram algumas reformas em seus reinos, reformas estas que
contribuíram para o desenvolvimento de suas nações. Esses monarcas
ficaram conhecidos como Déspotas Esclarecidos, ou seja, como Reis
Absolutos Iluminados.
10. Os principais déspotas esclarecidos
foram:
• Catarina II da Rússia – a partir das idéias iluministas, sobretudo de Voltaire e D’Alembert, a
imperatriz limitou a interferência da igreja, pois passou a aceitar todas as crenças religiosas;
construiu escolas e modernizou a administração, assim como reformou algumas cidades. O filósofo
iluminista Diderot esteve na Rússia, a convite de Catarina II.
• José II, da Áustria – Apesar de não ter se aproximado dos filósofos iluministas, provavelmente por
ser católico, José II realizou grandes reformas a partir das idéias iluministas na Áustria. Aboliu a
tortura e a servidão, passou a cobrar impostos do clero e da nobreza, antes poupados, fundou
escolas, construiu hospitais, reformou a legislação e permitiu todas as crenças religiosas.
• Frederico II da Prússia: Foi o monarca mais próximo dos filósofos iluministas, tendo inclusive, os
acolhido quando os mesmos sofreram perseguições na França. Frederico II aboliu as torturas,
fundou escolas, reformulou o sistema penal passou a aceitar todas as crenças religiosas.
• Marquês de Pombal – Não era um monarca, e sim um conde português, ministro do Rei D. José,
de Portugal. Pombal expulsou os jesuítas das terras portuguesas (Portugal e suas colônias) e
reformou a estrutura administrativa (educacional, econômica, social e do exército), desenvolvendo,
dessa forma, o comércio colonial.
As idéias iluministas adotadas pelos Déspotas Esclarecidos foram somente aquelas que não
prejudicavam a manutenção da forma de governo que os mantinha, ou seja, que não eram contra a
Monarquia Absolutista.
11. Escola de Ensino Fundamental e Médio
Antonio Sabino Guerra
Disciplina de História
Professor: Vagno Barbosa
Muito obrigado !