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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
                SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
 Transplante pulmonar:        início da década de 60.
  Maus resultados iniciais.

 Era pós-Ciclosporina (década de 80) :

  consolidação como uma modalidade terapêutica

   segura.
  Primeiro transplante bem sucedido em 1983, no

   Canadá.
   Dentre os órgãos sólidos, o pulmão permanece
    sendo o de preservação mais difícil
   Resultados a longo prazo inferiores aos dos demais
    órgãos
   Sobrevidas globais em um, cinco e dez anos em
    torno de 80%, 50% e 28%, respectivamente.
   19.792 procedimentos, computados até 2008 (25
    anos).
   Média: 792 transplantes/ano.
   153 centros cadastrados
   Problemas:
   Baixa oferta de órgãos
   Resultado ainda inferior ao observado nos transplantes de rim,
    coração e fígado
   Peculiaridades do órgão que o tornam menos propício ao
    transplante:
     É o órgão menos resistente à isquemia e o que mais facilmente
       desenvolve injúria de reperfusão.
     É mais suscetível a episódios de rejeição.
     É o único órgão transplantado que permanece em contato com o
       ambiente, tornando-o mais vulnerável às infecções oportunistas.
   Pneumopatia terminal
   Severa limitação funcional
   Expectativa de vida < 18 meses
   Sem alternativas terapêuticas
   Sem co-morbidades
   Menos de 65 anos de idade
   Adequada condição psicossocial e familiar
   Boa motivação para viver.
   VEF1 < 20% previsto, pós-broncodilatador
   Hipoxemia de repouso (PaO2 < 55 – 60 mmHg)
   Hipercapnia (PaCO2 > 50 mmHg)
   Hipertensão pulmonar secundária importante (PMAP >
    35 mmHg ou PSist. AP > 45 mmHg)
   Declínio importante do VEF1
   Internações freqüentes, sugerindo perda de controle da
    doença.
   Presença de hipoxemia que se acentua com
    exercício;
   Capacidade vital menor do que 60% do previsto;
   Piora progressiva apesar do tratamento clínico;
   Indícios de hipertensão pulmonar secundária.
   Indicações Primárias:
     Hipertensão severa sem resposta satisfatória a vasodilatadores.

     Portadores de HP associada a defeito cardíaco corrigível

      cirurgicamente (correção do defeito + transplante uni ou
      bilateral de pulmão).

     Candidatos ao uso de vasodilatadores, mas que por razões não

      médicas não têm a droga disponível.
 Indicação secundária:

  Pacientes que apresentam intolerância ao uso de

   vasodilatadores.

  Respondedores ab initio que deixaram de

   responder depois de algum tempo.
   VEF1 < 20% previsto pós-BD
   Hipoxemia de repouso (PaO2 < 55 – 60 mmHg)
   Hipercapnia (PaCO2 > 50 mmHg)
   Hipertensão pulmonar secundáriaimportante (PMAP >
    35 mmHg ou PSist.AP > 45 mmHg)
   Perda de peso de difícil controle
   Internações freqüentes, sugerindo perda de controle da
    doença
   Infecção extrapulmonar ativa.
   Disfunção de órgãos-alvo.
   Neoplasia tratada há menos de 3 anos.
   Infecção por HIV.
   Positividade para antígeno da hepatite B.
   Hepatite C com dano hepático comprovado (bx).
   Coronariopatia intratável com angioplastia ou disfunção de VE
   Tabagismo ativo.
   Ausência de adequada estrutura social e familiar de apoio.
   Analfabetismo.
   Dependência de corticóide. (>20 mg/dia)
   Osteoporose sintomática ou assintomática
   Ventilação mecânica (alto risco de infecção no
    enxerto)
   Colonização por germes resistentes e fungos
   Unilateral
   Bilateral
   Lobar ou Bilobar
   Cardiopulmonar
 Transplante unilateral

   Enfisema puro

   Enfisema pulmonar em pacientes com mais de 50

   anos de idade

   Fibrose pulmonar idiopática ou secundária

   Hipertensão pulmonar (?)
   Transplante bilateral

     Fibrose cística

     Bronquiectasias

     DPOC infectada

     Enfisema em pacientes jovens (<50 anos)

     Hipertensão pulmonar primária ou secundária.
   Transplante lobar ou bilobar
   Transplante cardiopulmonar
 Principal Indicação: a fibrose pulmonar

 idiopática ou secundária.
 Outras: Enfisema difuso .

   ▪ Observação: a maior durabilidade do enxerto e o
     previsível melhor desempenho funcional do transplante
     duplo têm estimulado sua indicação em pacientes mais
     jovens
   Doença supurativa bilateral: a necessidade de
    transplante duplo é inquestionável.
   Enfisema Difuso em paciente jovem.
   Enfisema com bolhas grandes (Risco de
    Hiperinsuflação do pulmão nativo).
   Hipertensão Pulmonar (bilateral melhor que
    unilateral e cardiopulmonar).
   Pioneiro: Starnes (1991)
   Problema: dificuldade de obter órgãos de tamanho
    adequado para receptores muito pequenos ante
    uma demanda crescente.
   O transplante lobar, a partir de doadores familiares,
    se apresentou como uma proposta ousada e
    inteligente.
   O transplante deve ser bilobar (lobos inferiores)
   Lobo único não oferece parênquima suficiente para suportar
    as exigências do pós-operatório
   Incapacidade de tolerar perdas funcionais relacionadas com
    complicações freqüentes:

     Injúria de reperfusão

     Rejeição aguda

     Infecção
   Os episódios de rejeição aguda são freqüentes
   Podem ser assimétricos ( 2 doadores diferentes)
   Rejeição crônica é rara

     Semelhança imunológica decorrente do

      parentesco entre receptor e doadores (pai, mãe,
      eventualmente tios)
   Considerada no início dos anos 80, a técnica mais
    adequada para tratar pneumopatias terminais.
   Pressuposto: Alta associação com algum grau de
    disfunção cardíaca.
   Na prática:
   Rejeições raramente sincrônicas (pulmão > coração)
   Constatou-se que as alterações cardíacas secundárias a
    pneumopatia eram reversíveis com o transplante
    apenas dos pulmões.
   Outras complicações frequentes: Bronquiolite
    obliterante
   Indicação atual: cardiopatias congênitas incorrigíveis
    cirurgicamente, e associados à hipertensão pulmonar
    severa.
   Remoção de um órgão = injúria isquêmica

     Disfunção temporária ou permanente do órgão após o

      implante.
   O papel da preservação pulmonar :

     Minimizar os efeitos da isquemia, mantendo a integridade

      funcional e morfológica do pulmão, resultando em uma
      função pulmonar otimizada após o implante.
   Resfriamento tópico ou a simples imersão
    hipotérmica (até 5 horas).
   Resfriamento do doador em circulação
    extracorpórea (até 4 horas):
      ▪ Colocar o doador em CEC (uma cânula na 14
        aorta ascendente e outra cânula no átrio direito)
        e resfriá-lo até 10 °C.
      ▪ Problema do método: Complexidade.
   Perfusão anterógrada da artéria pulmonar (single
    flush perfusion): método mais usado atualmente
    (até 6 horas).
      ▪ Infusão de aproximadamente 60 ml/kg de uma solução
        de preservação a 4 °C através de uma cânula introduzida
        no tronco da artéria pulmonar.
      ▪ Simplicidade e facilidade de execução
      ▪ Permite um resfriamento rápido, eficiente e uniforme
        dos pulmões.
      ▪ Perfusato + Prostaglandina E1
passa através de um ventilados
                                   Os pulmões são
                             filtrocom leucócitos e
                                    de um respirador UTI
                             uma padrão. E as pressões na AP e
                                     membrana de
                                         O perfusato
                             troca de gás são
                                   AD              monitorizadas
                                         circula através de
                                   continuamente.
                                         uma bomba
                                         centrífuga

Fluxo da artéria pulmonar
é controlada pela bomba
centrífuga e medido
usando um medidor de
fluxo electromagnético
       Um aquecedor
       refrigerador está ligado
       à membrana para
       manter o perfusato a 37
       ºC
   Primeira descrição em 2000 (captação pós-PCR).
    Suécia – Steen.
   2005: Primeiro Tx com pulmões marginais. Suécia –
    Steen.
   2009: Série de 6 casos (sobrevida de 100% em 3
    meses e 67% em 2 anos)
   12 a 24 horas.
 Objetivo:
     Aumento do aproveitamento dos órgãos doados.
     Diminuição do tempo de espera pelo transplante.
   Steen et al
     Conceito de "recondicionamento pulmonar“:
      ▪ Os pulmões extraídos são reaquecidos
        lentamente e submetidos a uma perfusão de
        baixo fluxo com uma solução desenvolvida pelo
        próprio autor.
 Essa perfusão de baixo fluxo com solução paucicelular

  hiperoncótica mostrou-se capaz de reverter o edema
  pulmonar e de melhorar as trocas gasosas ao mesmo
  tempo em que preserva os pulmões.

 O recondicionamento pulmonar permite que a equipe de

  transplante avalie a performance pulmonar do enxerto
  antes do implante.
 Vantagens adicionais:
  Períodos mais extensos de isquemia, permitindo a
   realização de todos os testes de compatibilidade
   do enxerto com o receptor
  Realização dos transplantes em horários diurnos e
   programáveis
  Aumento substancial da disponibilidade de órgãos
   para transplante.
   Estudos evidenciaram desempenho pulmonar superior após
    o transplante se comparada à perfusão convencional com
    solução preservadora e armazenamento hipotérmico.
      ▪ Partindo-se da premissa de que 80% dos órgãos doados são
        considerados inadequados para o transplante, uma parcela desse
        manancial de órgãos poderá ser recondicionada e transplantada.
   Rx do tórax: diâmetros longitudinais compatíveis
    com os do receptor e sem infiltrados.
   Gasometria arterial: PaO2 superior a 300mmHg em
    FiO2 de 100%
   Fibrobroncoscopia: árvore brônquica normal, sem
    sinais de infecção grosseira
   Contra-indicação relativa:

      ▪ Idade superior a 50 anos.

      ▪ História clínico-radiológica de pneumopatia
       prévia.

      ▪ História de tabagismo < 10 anos.

      ▪ Período de ventilação mecânica > 3 dias.
   Contra-indicação absoluta:


      ▪ Sepse.

      ▪ História de neoplasia maligna com
       comprometimento pulmonar secundário.

      ▪ História de asma brônquica.
   Tipagem sanguínea e compatibilização
    (Histocompatibilidade cruzada)
   Tamanho do órgão
   Pacientes com indicação de tx bilateral tem prioridade.
   Se disputa entre 2 candidatos:

     Mais jovem > menor expectativa de vida > Maior

      tempo na lista de espera.
   Disfunção Primária do enxerto:
     Início nas primeiras 72 horas pós-Tx

     30% dos óbitos nos primeiros 30 dias pós-Tx

     Principal causa: Lesão de Isquemia-Reperfusão

   Rejeição Aguda
   Infecção por CMV (>50%): Profilaxia com
    Ganciclovir
   Infecção fúngica (Aspergillus e Candida)
   Estenose ou deiscência de anastomose brônquica
   Bronquiolite Obliterante (complicação tardia mais
    temida)
1.   Cardoso, P.F.G. J. bras. pneumol. vol.35 no.11 São Paulo Nov. 2009
2.   Camargo, J.J. Revista AMRIGS, Porto Alegre, 47 (1): 7-13, jan.-mar.
     2003
3.   Cypel,M.,Keshavjee, S. Frontiers in Bioscience E4, 2226-2232, January
     1, 2012
4.   Medeiros, I.L. Comparação entre as soluções de preservação pulmonar
     Perfadex® e LPD-G nacional em pulmões humanos com um modelo de
     perfusão pulmonar ex vivo. Tese(doutorado)--Faculdade de Medicina
     da Universidade de São Paulo. Programa de Cirurgia Torácica e
     Cardiovascular. 2011.

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Transplante pulmonar

  • 1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
  • 2.  Transplante pulmonar: início da década de 60.  Maus resultados iniciais.  Era pós-Ciclosporina (década de 80) :  consolidação como uma modalidade terapêutica segura.  Primeiro transplante bem sucedido em 1983, no Canadá.
  • 3. Dentre os órgãos sólidos, o pulmão permanece sendo o de preservação mais difícil  Resultados a longo prazo inferiores aos dos demais órgãos  Sobrevidas globais em um, cinco e dez anos em torno de 80%, 50% e 28%, respectivamente.
  • 4. 19.792 procedimentos, computados até 2008 (25 anos).  Média: 792 transplantes/ano.  153 centros cadastrados  Problemas:  Baixa oferta de órgãos
  • 5. Resultado ainda inferior ao observado nos transplantes de rim, coração e fígado  Peculiaridades do órgão que o tornam menos propício ao transplante:  É o órgão menos resistente à isquemia e o que mais facilmente desenvolve injúria de reperfusão.  É mais suscetível a episódios de rejeição.  É o único órgão transplantado que permanece em contato com o ambiente, tornando-o mais vulnerável às infecções oportunistas.
  • 6.
  • 7. Pneumopatia terminal  Severa limitação funcional  Expectativa de vida < 18 meses  Sem alternativas terapêuticas  Sem co-morbidades  Menos de 65 anos de idade  Adequada condição psicossocial e familiar  Boa motivação para viver.
  • 8. VEF1 < 20% previsto, pós-broncodilatador  Hipoxemia de repouso (PaO2 < 55 – 60 mmHg)  Hipercapnia (PaCO2 > 50 mmHg)  Hipertensão pulmonar secundária importante (PMAP > 35 mmHg ou PSist. AP > 45 mmHg)  Declínio importante do VEF1  Internações freqüentes, sugerindo perda de controle da doença.
  • 9. Presença de hipoxemia que se acentua com exercício;  Capacidade vital menor do que 60% do previsto;  Piora progressiva apesar do tratamento clínico;  Indícios de hipertensão pulmonar secundária.
  • 10. Indicações Primárias:  Hipertensão severa sem resposta satisfatória a vasodilatadores.  Portadores de HP associada a defeito cardíaco corrigível cirurgicamente (correção do defeito + transplante uni ou bilateral de pulmão).  Candidatos ao uso de vasodilatadores, mas que por razões não médicas não têm a droga disponível.
  • 11.  Indicação secundária:  Pacientes que apresentam intolerância ao uso de vasodilatadores.  Respondedores ab initio que deixaram de responder depois de algum tempo.
  • 12. VEF1 < 20% previsto pós-BD  Hipoxemia de repouso (PaO2 < 55 – 60 mmHg)  Hipercapnia (PaCO2 > 50 mmHg)  Hipertensão pulmonar secundáriaimportante (PMAP > 35 mmHg ou PSist.AP > 45 mmHg)  Perda de peso de difícil controle  Internações freqüentes, sugerindo perda de controle da doença
  • 13. Infecção extrapulmonar ativa.  Disfunção de órgãos-alvo.  Neoplasia tratada há menos de 3 anos.  Infecção por HIV.  Positividade para antígeno da hepatite B.  Hepatite C com dano hepático comprovado (bx).  Coronariopatia intratável com angioplastia ou disfunção de VE  Tabagismo ativo.  Ausência de adequada estrutura social e familiar de apoio.
  • 14. Analfabetismo.  Dependência de corticóide. (>20 mg/dia)  Osteoporose sintomática ou assintomática  Ventilação mecânica (alto risco de infecção no enxerto)  Colonização por germes resistentes e fungos
  • 15. Unilateral  Bilateral  Lobar ou Bilobar  Cardiopulmonar
  • 16.  Transplante unilateral  Enfisema puro  Enfisema pulmonar em pacientes com mais de 50 anos de idade  Fibrose pulmonar idiopática ou secundária  Hipertensão pulmonar (?)
  • 17. Transplante bilateral  Fibrose cística  Bronquiectasias  DPOC infectada  Enfisema em pacientes jovens (<50 anos)  Hipertensão pulmonar primária ou secundária.  Transplante lobar ou bilobar  Transplante cardiopulmonar
  • 18.  Principal Indicação: a fibrose pulmonar idiopática ou secundária.  Outras: Enfisema difuso . ▪ Observação: a maior durabilidade do enxerto e o previsível melhor desempenho funcional do transplante duplo têm estimulado sua indicação em pacientes mais jovens
  • 19.
  • 20.
  • 21. Doença supurativa bilateral: a necessidade de transplante duplo é inquestionável.  Enfisema Difuso em paciente jovem.  Enfisema com bolhas grandes (Risco de Hiperinsuflação do pulmão nativo).  Hipertensão Pulmonar (bilateral melhor que unilateral e cardiopulmonar).
  • 22. Pioneiro: Starnes (1991)  Problema: dificuldade de obter órgãos de tamanho adequado para receptores muito pequenos ante uma demanda crescente.  O transplante lobar, a partir de doadores familiares, se apresentou como uma proposta ousada e inteligente.
  • 23. O transplante deve ser bilobar (lobos inferiores)  Lobo único não oferece parênquima suficiente para suportar as exigências do pós-operatório  Incapacidade de tolerar perdas funcionais relacionadas com complicações freqüentes:  Injúria de reperfusão  Rejeição aguda  Infecção
  • 24. Os episódios de rejeição aguda são freqüentes  Podem ser assimétricos ( 2 doadores diferentes)  Rejeição crônica é rara  Semelhança imunológica decorrente do parentesco entre receptor e doadores (pai, mãe, eventualmente tios)
  • 25.
  • 26. Considerada no início dos anos 80, a técnica mais adequada para tratar pneumopatias terminais.  Pressuposto: Alta associação com algum grau de disfunção cardíaca.  Na prática:  Rejeições raramente sincrônicas (pulmão > coração)
  • 27. Constatou-se que as alterações cardíacas secundárias a pneumopatia eram reversíveis com o transplante apenas dos pulmões.  Outras complicações frequentes: Bronquiolite obliterante  Indicação atual: cardiopatias congênitas incorrigíveis cirurgicamente, e associados à hipertensão pulmonar severa.
  • 28. Remoção de um órgão = injúria isquêmica  Disfunção temporária ou permanente do órgão após o implante.  O papel da preservação pulmonar :  Minimizar os efeitos da isquemia, mantendo a integridade funcional e morfológica do pulmão, resultando em uma função pulmonar otimizada após o implante.
  • 29. Resfriamento tópico ou a simples imersão hipotérmica (até 5 horas).  Resfriamento do doador em circulação extracorpórea (até 4 horas): ▪ Colocar o doador em CEC (uma cânula na 14 aorta ascendente e outra cânula no átrio direito) e resfriá-lo até 10 °C. ▪ Problema do método: Complexidade.
  • 30. Perfusão anterógrada da artéria pulmonar (single flush perfusion): método mais usado atualmente (até 6 horas). ▪ Infusão de aproximadamente 60 ml/kg de uma solução de preservação a 4 °C através de uma cânula introduzida no tronco da artéria pulmonar. ▪ Simplicidade e facilidade de execução ▪ Permite um resfriamento rápido, eficiente e uniforme dos pulmões. ▪ Perfusato + Prostaglandina E1
  • 31.
  • 32. passa através de um ventilados Os pulmões são filtrocom leucócitos e de um respirador UTI uma padrão. E as pressões na AP e membrana de O perfusato troca de gás são AD monitorizadas circula através de continuamente. uma bomba centrífuga Fluxo da artéria pulmonar é controlada pela bomba centrífuga e medido usando um medidor de fluxo electromagnético Um aquecedor refrigerador está ligado à membrana para manter o perfusato a 37 ºC
  • 33.
  • 34.
  • 35. Primeira descrição em 2000 (captação pós-PCR). Suécia – Steen.  2005: Primeiro Tx com pulmões marginais. Suécia – Steen.  2009: Série de 6 casos (sobrevida de 100% em 3 meses e 67% em 2 anos)  12 a 24 horas.
  • 36.  Objetivo:  Aumento do aproveitamento dos órgãos doados.  Diminuição do tempo de espera pelo transplante.  Steen et al  Conceito de "recondicionamento pulmonar“: ▪ Os pulmões extraídos são reaquecidos lentamente e submetidos a uma perfusão de baixo fluxo com uma solução desenvolvida pelo próprio autor.
  • 37.  Essa perfusão de baixo fluxo com solução paucicelular hiperoncótica mostrou-se capaz de reverter o edema pulmonar e de melhorar as trocas gasosas ao mesmo tempo em que preserva os pulmões.  O recondicionamento pulmonar permite que a equipe de transplante avalie a performance pulmonar do enxerto antes do implante.
  • 38.  Vantagens adicionais:  Períodos mais extensos de isquemia, permitindo a realização de todos os testes de compatibilidade do enxerto com o receptor  Realização dos transplantes em horários diurnos e programáveis  Aumento substancial da disponibilidade de órgãos para transplante.
  • 39. Estudos evidenciaram desempenho pulmonar superior após o transplante se comparada à perfusão convencional com solução preservadora e armazenamento hipotérmico. ▪ Partindo-se da premissa de que 80% dos órgãos doados são considerados inadequados para o transplante, uma parcela desse manancial de órgãos poderá ser recondicionada e transplantada.
  • 40. Rx do tórax: diâmetros longitudinais compatíveis com os do receptor e sem infiltrados.  Gasometria arterial: PaO2 superior a 300mmHg em FiO2 de 100%  Fibrobroncoscopia: árvore brônquica normal, sem sinais de infecção grosseira
  • 41. Contra-indicação relativa: ▪ Idade superior a 50 anos. ▪ História clínico-radiológica de pneumopatia prévia. ▪ História de tabagismo < 10 anos. ▪ Período de ventilação mecânica > 3 dias.
  • 42. Contra-indicação absoluta: ▪ Sepse. ▪ História de neoplasia maligna com comprometimento pulmonar secundário. ▪ História de asma brônquica.
  • 43. Tipagem sanguínea e compatibilização (Histocompatibilidade cruzada)  Tamanho do órgão  Pacientes com indicação de tx bilateral tem prioridade.  Se disputa entre 2 candidatos:  Mais jovem > menor expectativa de vida > Maior tempo na lista de espera.
  • 44. Disfunção Primária do enxerto:  Início nas primeiras 72 horas pós-Tx  30% dos óbitos nos primeiros 30 dias pós-Tx  Principal causa: Lesão de Isquemia-Reperfusão  Rejeição Aguda
  • 45. Infecção por CMV (>50%): Profilaxia com Ganciclovir  Infecção fúngica (Aspergillus e Candida)  Estenose ou deiscência de anastomose brônquica  Bronquiolite Obliterante (complicação tardia mais temida)
  • 46. 1. Cardoso, P.F.G. J. bras. pneumol. vol.35 no.11 São Paulo Nov. 2009 2. Camargo, J.J. Revista AMRIGS, Porto Alegre, 47 (1): 7-13, jan.-mar. 2003 3. Cypel,M.,Keshavjee, S. Frontiers in Bioscience E4, 2226-2232, January 1, 2012 4. Medeiros, I.L. Comparação entre as soluções de preservação pulmonar Perfadex® e LPD-G nacional em pulmões humanos com um modelo de perfusão pulmonar ex vivo. Tese(doutorado)--Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Programa de Cirurgia Torácica e Cardiovascular. 2011.