Introdução à Epidemiologia I - Estatística e medidas de análise epidemiológicas
1+aula+saúde+pública+e+epidemiologia
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AnhangueraAnhanguera
Disciplina: SaDisciplina: Saúúde Pde Púública e Epidemiologiablica e Epidemiologia
ProfProfaa: Vanessa: Vanessa IndioIndio
Ementa: processo saúde/doença, quantificação em epidemiologia. Estudos epidemiológicos.
Epidemiologia e profilaxia das doenças de maior importância coletiva. Abordagem sobre a
vigilância epidemiológica e seu papel no Sistema Único de Saúde (SUS). Farmacoepidemiologia
Objetivos: 1.Estudar os padrões da ocorrência de doenças em populações humanas e os fatores
determinantes destes padrões; 2.Conhecer métodos de intervenção no âmbito da saúde pública.
3.Conhecer procedimentos de pesquisas epidemiológicas aplicadas à Farmácia.
CONTEÚDO DA DISCIPLINA:
- Aulas expositivas ou impressas
-AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:
-Provas (P1: 10,0 ; P2: 10,0)
2. 2
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Disciplina: SaDisciplina: Saúúde Pde Púública e Epidemiologiablica e Epidemiologia
ProfProfaa: Vanessa: Vanessa IndioIndio
Aula Data Tema
1° 28/02/13 Apresentação do Plano de Ensino da Disciplina. Breve histórico da Epidemiologia. Geral e da
Epidemiologia aplicada à Farmácia.
2° 07/03/13 Epidemiologia: história natural e prevenção de doenças.
3° 14/03/13 Epidemiologia descritiva aplicada à Farmácia: o processo epidêmico.
4° 21/03/13 Elementos da metodologia para pesquisa epidemiológica em Farmácia.
5° 23/03/13
Aula não presencial
Elementos da metodologia para pesquisa epidemiológica em Farmácia.
6° 28/03/13
Desenho de pesquisas epidemiológicas em Farmácia. Estudo de caso: análise de uma
pesquisa epidemiológica aplicada à Farmácia.
7° 04/04/13
Análise de dados epidemiológicos. Análise de dados epidemiológicos. Benefícios gerados
com o estudo farmacoepidemiológico
3. 3
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Disciplina: SaDisciplina: Saúúde Pde Púública e Epidemiologiablica e Epidemiologia
ProfProfaa: Vanessa: Vanessa IndioIndio
Aula Data Tema
8° 11/04/13 1° Avaliação: Prova escrita
9° 18/04/13
Procedimentos operacionais na farmacoepidemiologia
10° 25/04/13
Doenças transmissíveis e modos de transmissão: conceitos básicos e doenças mais
frequentes.
11° 02/05/13 Doenças transmissíveis e modos de transmissão: doenças emergentes e reemergentes.
12° 09/05/13 Doenças crônicas não transmissíveis: bases epidemiológicas
13° 11/05/13
Aula não presencial
Vigilância Epidemiológica.
14° 16/05/13 Vigilância Sanitária.
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Feriado30/05/13
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Disciplina: SaDisciplina: Saúúde Pde Púública e Epidemiologiablica e Epidemiologia
ProfProfaa: Vanessa: Vanessa IndioIndio
Aula Data Tema
15° 23/05/13 Reforma Sanitária e os Modelos Assistenciais.
16° 06/06/13 Reforma Sanitária e os Modelos Assistenciais.
17° 08/06/13
Aula não presencial
Reforma Sanitária e os Modelos Assistenciais.
18° 13/06/13 2° Avaliação: Prova escrita
19° 20/06/13 Revisão e vistas na avaliação
20° 27/06/13 Prova Substitutiva
5. SaSaúúdede
“Saúde é um estado de completo bem-
estar físico, mental e social e não
apenas a mera ausência de doença”.
Organização Mundial de Saúde, 1948
6. EpidemiologiaEpidemiologia
“O estudo da distribuição e dos determinantes de
estados ou eventos relacionados à saúde em
populações específicas, e sua aplicação na prevenção e
controle dos problemas de saúde”
Last JM. A dictionary of epidemiology, 4th ed. Oxford, Oxford University Press, 2001.
9. Epidemiologia
Breve histBreve históóricorico
•Hipócrates (460-370 a.C.)
– Descreveu como os fatores ambientais influenciavam as
doenças.
•John Graunt (1662)
– Foi o primeiro a quantificar os padrões de nascimento, morte
e ocorrência de doença, ressaltando as diferenças entre
homens e mulheres, mortalidade infantil elevada, diferenças
das doenças nas áreas urbanas e rurais e variações sazonais.
10. Epidemiologia
Breve histBreve históóricorico
•William Farr (1850)
– Reuniu dados de John Graunt sistematicamente e criou o
registro anual de mortalidade e morbidade para a Inglaterra
e o País de Gales, assim com a criação dos sistemas de
informação de saúde.
•John Snow (1854) “pai da Epidemiologia”
– Descobriu os mecanismos de transmissão hídrica e o agente
microbiano do cólera
19. Saúde Pública
Exemplos:
Varíola
Envenenamento por metilmercúrio
Febre reumática e doença cardíaca reumática
Distúrbios por deficiência de iodo
Tabagismo, asbesto e câncer de pulmão
Fratura de quadril
HIV/AIDS
Síndrome da Angústia respiratória
20. EpidemiologiaEpidemiologia
Quantifica a ocorrência de doenças e eventos
relacionados à saúde em populações
Estabelece a existência de associação entre uma
determinada exposição e uma determinada doença
ou outro desfecho de interesse
26. Vieses
Erros sistemáticos
Viés de seleção: distorção resultante dos procedimentos
utilizados para selecionar indivíduos e de fatores que influenciam
a participação do estudo
Viés de informação: resulta de definições imperfeitas das
variáveis de estudo e/ou falhas nos procedimentos de coleta de
dados
Viés de memória: relacionado como a informação de
exposição é lembrada ou relatada por casos que
experimentaram um desfecho adverso de sáude e por controles
que não experimentaram esse desfecho.
27. Confundimento
Uma associação não causal entre uma exposição e
um desfecho é observada devido a influência de
outra variável
Exposição Desfecho
Variável de confundimento
29. Papel do acaso
• Sempre que se examina uma amostra de uma população, o
dado pode ser ao acaso.
• Em estudos epidemiológicos, um importante pressuposto é
que podemos fazer inferências sobre a experiência de uma
população inteira, com base na avaliação da amostra.
30. Pode ser causal?
• Sequência temporal
• A exposição deve anteceder a ocorrência do desfecho,
respeitando o período de latência.
• Efeito dose-resposta
• A frequência da doença ou evento relacionado a sáude
aumenta ou diminui com a dose ou o nível de exposição,
isso é evidência de relação causal.
31. Pode ser causal?
• Plausibilidade biológica
• Conhecimento cientifico sobre o problema analisado
• Consistência dos achados
• Repetibilidade de observações em estudos
epidemiológicos
32. Estudos epidemiológicos
Estudos experimentais:
Ensaio clínico
Ensaio de campo
Estudos observacionais:
Descritivos
Estudo de casos ou de séries de casos
Estudo transversal
Estudo ecológico
Analíticos
Caso-controle
Coorte
37. PREVALPREVALÊÊNCIA =NCIA = nn°° casos existentescasos existentes/n/n°° totaltotal da populada populaçãçãoo nono mesmo pontomesmo ponto do tempodo tempo
38. INCIDINCIDÊÊNCIANCIA == nn°° casos novoscasos novos/n/n°° dede indindííviduosviduos nono ininííciocio dodo acompanhamentoacompanhamento
Figura 5: Gráfico de linhas da incidência de sífilis congênita por 1.000 nascidos
vivos, município do Rio de Janeiro, 1999 a 2006
(http://www.saude.rio.rj.gov.br/media/dstaids_Grafico3_sifilis.pdf)
41. • Ao testar uma hipótese epidemiológica
quantificamos a associação entre a exposição e o
desfecho
• Assume-se que um evento (exposição) afeta o
outro (desfecho)
• Quando a probabilidade de ocorrência de uma
variável depende da presença de outra variável
Medidas de associação
42. Sexo altera a probabilidade de gostar de chocolate?
Sexo N
total
N
Gostam de
chocolate
Homens 640 320
Mulheres 300 100
Medidas de associação
43. • Determinam a força da relação estatística entre a
exposição e o desfecho;
• Refletem uma comparação entre as medidas de
frequência de duas ou mais categorias de
exposição
Medidas de associação
44. • Tipo razão
– Comparação pode ser através do cálculo da
razão entre as medidas de frequência dos
desfechos nos dois grupos
– Indica a probabilidade do desfecho nos
indíviduos expostos em relação aos não
expostos
– A magnitude de associação estatística entre a
exposição e o desfecho
Medidas de associação
45. Tipo razão
• Risco relativo (RR) é utilizado, de forma genérica,
para referir qualquer medida de associação do
tipo razão
– Incidência cumulativa
– Taxas de incidência
– Taxas de mortalidade
– Prevalência
– Chance (Odds ratio)
Medidas de associação
47. Tipo diferença
• A comparação entre as medidas de frequência
dos expostos e dos não expostos pode ser
realizada através do cálculo da diferença entre as
medidas dos dois grupos
• Informa o efeito absoluto da exposição nos
indivíduos expostos em comparação com os não
expostos
Medidas de associação
48. Tipo diferença
• Risco atribuível aos expostos
• Risco atribuível na população
Medidas de associação
49. Risco
• Avaliação de riscos
• Avaliação no impacto na saúde
• Manejo de risco
• Avaliação do impacto ambiental
50. • Causa de 2 milhões de internações e uma das principais causas de
morte nos EUA (100.000)
Lararou et al., 1998
• Aproximadamente 4% de todos os medicamentos lançados no
mercado são retirados de circulação devido às reações adversas
Jefferys et al, 1998
• Aumentam o tempo de internação em 6,5 dias devido às reações
adversas
Davies et al., 2006
• No Brasil, 6,5% das internações hospitalares acontecem por
problemas com medicamentos
INFARMA, 2009
REAÇÕES ADVERSAS E SAÚDE PÚBLICA
52. ENSAIOS DE FARMACOLOGIA CLÍNICA
– Fase I
• Primeiro estudo em seres humanos (20 a 50 voluntários
sadios).
Avaliação de segurança e perfil farmacocinético.
– Fase II
• Primeira administração a pacientes (50 a 300).
Avaliação de potencial terapêutico e de efeitos colaterais.
Estabelecimento de relações dose-resposta para emprego em
ensaios terapêuticos mais específicos.
53. ENSAIOS DE FARMACOLOGIA CLÍNICA
– Fase III
• Estudos terapêuticos multicêntricos (usualmente 3000/4000
pacientes). Avaliação de eficácia e segurança. Comparação
com placebo ou fármacos já aprovados para o mesmo uso
terapêutico. Caracterização das reações adversas mais
freqüentes.
– Fase IV
• Estudos de vigilância pós-comercialização, com base nas
indicações autorizadas. Avaliação do valor terapêutico, de
novas reações adversas e/ou confirmação da freqüência das
já conhecidas.
54. LIMITAÇÕES DOS ENSAIOS CLÍNICOS
-Número restrito de indivíduos (< 5000);
-Impossibilita verificar Reações com incidência 1:100000
-Curta duração - não retrata os efeitos tardios
-Grupo não representativo da população em geral - não incluem
idosos, crianças, gestantes, lactantes, hepatopatas e doentes renais
crônicos;
-Não avalia interações medicamentosas
-Não avalia questões étnicas
(WHO, 2002; OMS,2005; CLEOPHAS,2000; COLLET,2000)