O documento discute a importância da linguagem na educação infantil e os mitos em torno do ensino e aprendizagem da linguagem oral e escrita. Aprender a falar, ler e escrever é um processo de construção de conhecimento, não de mera aquisição de informações. A psicogênese da língua escrita explica como as crianças constroem entendimento sobre a escrita em diferentes níveis.
2. Considerações sobre Educação Infantil e a
linguagem:
A aprendizagem da linguagem oral e escrita é um dos
elementos importantes para as crianças ampliarem
suas possibilidades de inserção e de participação nas
diversas práticas sociais.
3. A educação infantil, ao promover experiências
significativas de aprendizagem da língua, por meio de
um trabalho com a linguagem oral e escrita, se
constitui em um dos espaços de ampliação das
capacidades de comunicação e expressão e de
acesso ao mundo letrado pelas crianças.
5. Mitos - FALAR E ESCUTAR
A linguagem é considerada apenas como um conjunto
de palavras para nomeação de objetos, pessoas e ações.
Para boas condições de aprendizagem é necessário
criar situações em que o silêncio e a homogeneidade
imperem.
Rodas de conversa = Apesar de serem organizadas com
a intenção de desenvolver a conversa, se caracterizam,
em geral, por um monólogo com o professor, em uma
ação totalmente centrada no adulto.
6. MITOS – LER E ESCREVER
A ideia de prontidão para a alfabetização;
Ensino de cópia das vogais e consoantes;
Aprendizagem da linguagem escrita, exclusivamente,
como a aquisição de um sistema de codificação que
transforma unidades sonoras em unidades gráficas.
7. Novas direções no que se refere ao ensino e à
aprendizagem da linguagem oral e escrita,
considerando a perspectiva da criança que aprende:
Ao se considerar as crianças ativas na
construção de conhecimentos e não
receptoras passivas de informações há uma
transformação substancial na forma de
compreender como elas aprendem a falar, a
ler e a escrever.
8. A partir do intenso contato com diferentes atos de
leitura e escrita, as crianças começam a elaborar
hipóteses sobre a escrita.
9. Um processo de construção de conhecimento pelas
crianças por meio de práticas que têm como ponto de
partida e de chegada o USO DA LINGUAGEM E A
PARTICIPAÇÃO NAS DIVERSAS PRÁTICAS SOCIAIS DE
ESCRITA.
11. A constatação de que as crianças constroem
conhecimentos sobre a escrita muito antes do que se
supunha e de que elaboram hipóteses originais na
tentativa de compreendê-la amplia as possibilidades de
a instituição de educação infantil enriquecer e dar
continuidade a esse processo.
12. Como saber o que sabem meus alunos sobre a
construção da escrita ?
A Psicogênese da Língua escrita.
13. JEAN PIAGET
DESENVOLVIMENTO
COGNITIVO
ANA
EMÍLIA FERREIRO TEBEROSKY
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA
ESCRITA
14. PSICOGÊNESE ...
PSICOGENIA =Estudo da origem e desenvolvimento dos
processos mentais ou psicológicos.
PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA
= é uma abordagem psicológica de como a criança se
apropria da língua escrita e não um método de ensino.
15. O trabalho pedagógico deverá estar orientado para ajudar a
criança a responder duas questões:
O que a escrita representa?
Qual é a estrutura da escrita?
Mudança do enfoque do “COMO SE ENSINA?” para
“COMO SE APRENDE?”.
Substituição da questão da educação infantil, numa visão
tradicional ligada aos aspectos da coordenação viso-
auditivo-motora, por aspectos linguísticos, que envolvem a
concepção da criança sobre a leitura e a escrita.
16. É preciso considerar:
A caracterização de cada nível não é determinante,
podendo a criança estar em um nível ainda com
características do nível anterior.
Podemos nos deparar com conflito cognitivo, ou seja,
contradições na conduta da criança e nos quais se
percebe a perda de estabilidade do nível anterior e a
não estabilidade no nível seguinte.
17. Pré- silábica:
-não estabelece vínculo entre
fala e escrita;
- demonstra intenção de
escrever através de traçado
linear com formas diferentes;
- usa letras do próprio nome
ou letras e números na
mesma palavra;
- usa muitas e variadas letras;
- tem leitura global e
instável do que escreve;
18. Silábica sem valor sonoro:
• Cada letra ou símbolo
corresponde a uma sílaba
falada;
• O que se escreve ainda não
tem correspondência com o
som convencional daquela
sílaba;
• A leitura é silabada;
19. Silábica com valor sonoro:
-Cada letra corresponde a uma
sílaba falada
- O que se escreve tem
correspondência com o som
convencional daquela sílaba,
em geral representada pela
vogal, mas não
exclusivamente.
- A leitura é silabada.
20. Silábica alfabética:
-marca a transição do aluno
da hipótese silábica para a
hipótese alfabética.
- Ora escreve atribuindo a
cada sílaba uma letra, ora
representando as unidades
sonoras menores, os
fonemas.
21. Alfabética:
-O aluno já compreendeu
o sistema de escrita,
-Entendeu que cada um
dos caracteres da palavra
corresponde a um valor
sonoro menor do que a
sílaba.
-falta-lhe dominar as
convenções ortográficas.
22. Bibliografia
Brasil. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação
Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /
Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação
Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Ensino Fundamental.
Programa de formação de professores alfabetizadores. Brasília:
MEC/SEF, 2001.