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RELATIVISMO CULTURAL
ETNOCENTRISMO
ESTEREÓTIPOS
1. Relativismo cultural e etnocentrismo
o É a visão de que crenças, costumes e ética
são relativos ao indivíduo no seu próprio
contexto sócio – cultural.
o “Certo" e "errado" dependem de cada cultura,
o que é considerado moral em uma sociedade
pode ser considerado imoral em outra.
o Não existe um padrão universal de cultura,
ninguém tem o direito de julgar os costumes de
uma outra sociedade.
2. Relativismo e diversidade cultural
o Conhecer as culturas e sua diversidade
permite superar expressões como bárbaro,
selvagem, exótico, civilizado.
o As culturas são complexas e devem ser
compreendidas na capacidade humana de
criar, reinventar, adaptar – se e inserir – se na
natureza.
3. Etnocentrismo
Etnia: Identidade cultural de um povo
(aspectos biológicos, língua, religião, tradições)
o Quando uma cultura ou um grupo se coloca
como padrão, colocando seus valores, ideias e
comportamento como corretos.
o Qualquer outro grupo que seja diferente será
considerado bárbaro, selvagem, exótico.
[...] a antiguidade confundia tudo o que não participava da
cultura grega, (depois greco – romana) sob o nome de
bárbaro; em seguida, a civilização ocidental utilizou o termo
de selvagem no mesmo sentido. Recusa-se a admitir a
diversidade cultural; preferimos repetir da cultura tudo
o que esteja conforme a norma sob a qual se vive.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história.
Etnocentrismo, preconceito, discriminação:
o O etnocentrismo constrói uma visão de mundo
baseada no preconceito e na discriminação.
o Uma visão difícil de ser superada, pois cremos
que o que somos e fazemos é o melhor.
o Um grupo diferente é visto como ameaça de
perda de coesão e identidade ao grupo que é
tido como superior.
4. Eurocentrismo e etnocentrismo
o No séc. XIX a Antropologia construiu teorias que
afirmavam uma Europa civilizada e superior.
o A expansão imperialista colocava as potências
capitalistas em busca de mercados (matérias –
primas e mercados), dominando África e Ásia.
o Foi difundida a ideia que tais continentes eram
cheios de tribos selvagens, bárbaras e carentes
de progresso e civilização.
Culturas diferentes:
o Qualquer cultura é resultado de um processo
que envolve intervenção, criação, reinvenção
dos homens na natureza.
o Tal conclusão vale pra qualquer etnia, seja na
África, Ásia ou na floresta amazônica.
o Esse processo civilizacional coloca grupos
humanos em estágios culturais diferentes.
VACA NA ÍNDIA
VACA NO BRASIL
MULHER MUÇULMANA
“Civilizado” X “Selvagem”:
o Rotular um grupo de bárbaro, selvagem ou
exótico é assumir uma visão etnocêntrica.
o Quando o etnocêntrico convive com o não igual,
que não é simétrico, há uma relação de conflito
em que o diferente é assimilado ou destruído
pelo que se considera superior.
o A Europa “civilizada” construiu uma hierarquia
entre europeus e os outros.
Sobre os Índios:
“São ociosos, preguiçosos, de pouco trabalho,
melancólicos, covardes, sujos, de má
condição, rústicos, bestiais e vegetam como a
umidade dos trópicos, são infelizes, pois vivem
na escuridão das florestas.”
(Hans Staden – séc. XVI)
Sobre os Índios:
“As pessoas aqui são nuas, bonitas,
de pele escura e corpo elegante, são
mansos e vivem em condições de
igualdade, são cordiais e amáveis.”
(Bartolomé de Las Casas – Frei Espanhol)
Etnocentrismo na prática:
o Culturas diferentes encontraram – se na história.
o Ações e reações foram guiadas pela intenção
na preservação de valores em relação ao outro,
visto como ameaça, um inimigo a ser vencido.
o O conflito foi inevitável, já que o superior teve
uma visão e uma intenção ao tentar destruir o
inferior para preservar – se.
Conquista da América
Quando espanhóis e portugueses “descobriram” a
América trataram os pré – colombianos como bárbaros
e selvagens. O Império Asteca foi conquistado e
Tenochtitlán, sua capital, destruída.
A cidade do México foi construída em moldes
europeus, numa intenção de impor a superioridade
da civilização europeia sobre a ameríndia.
Etnocentrismo e aculturação:
o Quando, em vez de aniquilar um povo “inferior”,
um grupo impõe valores, visão de mundo e seu
comportamento, ocorre a aculturação.
o A violência ocorre com a negação da alteridade
e sua identidade, obrigando o outro a ser igual
ao dominador.
o Exemplo dos jesuítas impondo o catolicismo ao
catequisar os índios brasileiros.
Um exemplo de ação etnocêntrica é atuação de
evangélicos levando a “salvação” aos índios do Mato
Grosso, Pará e Amazonas. A aproximação ocorre de
forma semelhante a dos portugueses católicos,
com muitos presentes, envolvendo e seduzindo – os.
Estereótipos – atitude etnocêntrica:
oEstereótipos são imagens e/ou conceitos
preconcebidos (rótulos) que as pessoas fazem
sobre comportamentos e condutas.
oEstereótipo é um conceito infundado sobre algo,
um clichê geralmente depreciativo, baseado no
senso comum, tomado como verdadeiro.
oO Estereótipo alimenta o bullying, o racismo, a
xenofobia, a intolerância e o preconceito.
Somente para judeus
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Relativismo cultural etnocentrismo estereótipos 2020

  • 2. 1. Relativismo cultural e etnocentrismo o É a visão de que crenças, costumes e ética são relativos ao indivíduo no seu próprio contexto sócio – cultural. o “Certo" e "errado" dependem de cada cultura, o que é considerado moral em uma sociedade pode ser considerado imoral em outra. o Não existe um padrão universal de cultura, ninguém tem o direito de julgar os costumes de uma outra sociedade.
  • 3.
  • 4.
  • 5. 2. Relativismo e diversidade cultural o Conhecer as culturas e sua diversidade permite superar expressões como bárbaro, selvagem, exótico, civilizado. o As culturas são complexas e devem ser compreendidas na capacidade humana de criar, reinventar, adaptar – se e inserir – se na natureza.
  • 6.
  • 7.
  • 8. 3. Etnocentrismo Etnia: Identidade cultural de um povo (aspectos biológicos, língua, religião, tradições) o Quando uma cultura ou um grupo se coloca como padrão, colocando seus valores, ideias e comportamento como corretos. o Qualquer outro grupo que seja diferente será considerado bárbaro, selvagem, exótico.
  • 9.
  • 10. [...] a antiguidade confundia tudo o que não participava da cultura grega, (depois greco – romana) sob o nome de bárbaro; em seguida, a civilização ocidental utilizou o termo de selvagem no mesmo sentido. Recusa-se a admitir a diversidade cultural; preferimos repetir da cultura tudo o que esteja conforme a norma sob a qual se vive. LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e história.
  • 11. Etnocentrismo, preconceito, discriminação: o O etnocentrismo constrói uma visão de mundo baseada no preconceito e na discriminação. o Uma visão difícil de ser superada, pois cremos que o que somos e fazemos é o melhor. o Um grupo diferente é visto como ameaça de perda de coesão e identidade ao grupo que é tido como superior.
  • 12. 4. Eurocentrismo e etnocentrismo o No séc. XIX a Antropologia construiu teorias que afirmavam uma Europa civilizada e superior. o A expansão imperialista colocava as potências capitalistas em busca de mercados (matérias – primas e mercados), dominando África e Ásia. o Foi difundida a ideia que tais continentes eram cheios de tribos selvagens, bárbaras e carentes de progresso e civilização.
  • 13. Culturas diferentes: o Qualquer cultura é resultado de um processo que envolve intervenção, criação, reinvenção dos homens na natureza. o Tal conclusão vale pra qualquer etnia, seja na África, Ásia ou na floresta amazônica. o Esse processo civilizacional coloca grupos humanos em estágios culturais diferentes.
  • 16.
  • 17.
  • 19.
  • 20.
  • 21. “Civilizado” X “Selvagem”: o Rotular um grupo de bárbaro, selvagem ou exótico é assumir uma visão etnocêntrica. o Quando o etnocêntrico convive com o não igual, que não é simétrico, há uma relação de conflito em que o diferente é assimilado ou destruído pelo que se considera superior. o A Europa “civilizada” construiu uma hierarquia entre europeus e os outros.
  • 22. Sobre os Índios: “São ociosos, preguiçosos, de pouco trabalho, melancólicos, covardes, sujos, de má condição, rústicos, bestiais e vegetam como a umidade dos trópicos, são infelizes, pois vivem na escuridão das florestas.” (Hans Staden – séc. XVI)
  • 23. Sobre os Índios: “As pessoas aqui são nuas, bonitas, de pele escura e corpo elegante, são mansos e vivem em condições de igualdade, são cordiais e amáveis.” (Bartolomé de Las Casas – Frei Espanhol)
  • 24.
  • 25. Etnocentrismo na prática: o Culturas diferentes encontraram – se na história. o Ações e reações foram guiadas pela intenção na preservação de valores em relação ao outro, visto como ameaça, um inimigo a ser vencido. o O conflito foi inevitável, já que o superior teve uma visão e uma intenção ao tentar destruir o inferior para preservar – se.
  • 26. Conquista da América Quando espanhóis e portugueses “descobriram” a América trataram os pré – colombianos como bárbaros e selvagens. O Império Asteca foi conquistado e Tenochtitlán, sua capital, destruída. A cidade do México foi construída em moldes europeus, numa intenção de impor a superioridade da civilização europeia sobre a ameríndia.
  • 27. Etnocentrismo e aculturação: o Quando, em vez de aniquilar um povo “inferior”, um grupo impõe valores, visão de mundo e seu comportamento, ocorre a aculturação. o A violência ocorre com a negação da alteridade e sua identidade, obrigando o outro a ser igual ao dominador. o Exemplo dos jesuítas impondo o catolicismo ao catequisar os índios brasileiros.
  • 28. Um exemplo de ação etnocêntrica é atuação de evangélicos levando a “salvação” aos índios do Mato Grosso, Pará e Amazonas. A aproximação ocorre de forma semelhante a dos portugueses católicos, com muitos presentes, envolvendo e seduzindo – os.
  • 29.
  • 30. Estereótipos – atitude etnocêntrica: oEstereótipos são imagens e/ou conceitos preconcebidos (rótulos) que as pessoas fazem sobre comportamentos e condutas. oEstereótipo é um conceito infundado sobre algo, um clichê geralmente depreciativo, baseado no senso comum, tomado como verdadeiro. oO Estereótipo alimenta o bullying, o racismo, a xenofobia, a intolerância e o preconceito.
  • 31.
  • 32.
  • 33. Somente para judeus Porcos judeus que suas mãos apodreçam
  • 34.
  • 35.