O documento discute o uso de bioindicadores para avaliação ambiental. Apresenta princípios para o desenho experimental com bioindicadores, como a caracterização do sistema biológico, definição do bioindicador e tipo de resposta esperada. Também discute abordagens comuns de análise como apresentação gráfica, estatística e uso de índices. Aponta erros como não formular hipótese e não delinear corretamente o experimento.
1. Bioindicadores de Qualidade
Ambiental
Dr. Júlio N. C. Louzada
Universidade Federal de Lavras
Depto. de Biologia
2. Objetivos do terceiro dia:
• Discutir o trabalho com bioindicadores
• Discutir o planejamento do trabalho
• Planejar uma amostragem
• Apresentar as abordagens de análise mais
comuns
• Apresentar e discutir os erros mais comuns
em trabalhos com bioindicador
3. Trabalhando com bioindicador
• De maneira empírica
– Direcionando nossa interpretação da natureza
– Fornecendo informações sobre as maneiras
tradicionais de lidar com o ambiente
• Cientificamente
– Na avaliação de agentes estressores
– No monitoramento da condição e recuperação
do ambiente
4. Princípios do desenho experimental
O desenho experimental de um trabalho com bioindicadores
precisa levar em consideração os seguintes aspectos:
1. Necessidade de caracterizar o sistema biológico
afetado pelo agente estressor e o sistema referência
para comparação
2. Definição do bioindicador
3. Tipo de resposta esperada – hipótese de trabalho
4. Montagem do experimento ou observação
5. Princípios do desenho experimental
1. Escolha do nível de abordagem bioindicadora:
i. Se espécie, sua relevância ecológica e econômica, o
conhecimento biológico acumulado etc
ii. Se comunidades e ecossistemas, sua estrutura e
funcionamento
6. Princípios do desenho experimental
• Qual o tipo de resposta é esperada?
– Construa uma hipótese de trabalho
Categorias Contínuos de resposta
7. Princípios do desenho experimental
• Montagem do experimento ou da observação
– Repetição de medidas
– Independência
– Precisão
8. Quais abordagens de análise são
mais comuns?
• Apresentação gráfica 120
100
80
sp1
60
sp2
40 sp3
20
0
T1 T2 T3 T4
9. Quais abordagens de análise são
mais comuns?
• Apresentação gráfica
• Abordagem estatística
25
– Análise de regressão 20
Resposta biológica
15
10
5
0
0 5 10 15 20 25 30
Nível de ação do agente stressor
10. Quais abordagens de análise são
mais comuns?
• Apresentação gráfica
• Abordagem estatística 2D Graph 4
– Análise de regressão 50
Resposta biológica (média e desvio)
40
– Análise de variância 30
20
10
0
Categorias de exposição do agente estressor
11. Quais abordagens de análise são
mais comuns?
• Apresentação gráfica S
ni ni
H = −∑ ⋅ ln
'
i =1 N N
• Abordagem estatística
Diversidade de Shannon
– Análise de regressão
– Análise de variância
Qs = 2c/(a+b)
– Uso de índices
Similaridade de Soernsen
• Diversidade
• Similaridade
• Dominância E’ = H’/lnS
• Cobertura florestal Equitatividade de Pielou
12. Quais são os erros mais comuns?
• Não formular uma hipótese
– Falta de conhecimento suficiente
– Falta de treino
• Não delinear o experimento corretamente
– Repetição
– Independência
• Não usar a abordagem de análise correta
• Não obedecer os pressupostos da análise
13. Etapas de trabalho - resumo
R e c o m e n d a ç õ e s d e tra b a lh o
C a r a c t e r iz e a a m p lit u d e n o r m a l e a v a r ia b ilid a d e
e m t o r n o d a r e s p o s t a b io ló g ic a
D e t e r m in e a e s p e c ific id a d e d e r e s p o s t a a o s
v á r io s t ip o s d e e s t r e s s o r e s p r e s e n t e s
D ia g n o s t iq u e a s d ife r e n t e s fo n t e s d e s t r e s s
e m s is t e m a s a fe t a d o s p o r m u lt ip lo s e s t r e s s o r e s
E s t a b e le ç a r e la ç õ e s c a u s a is e n t r e o s a g e n t e s
e s t r e s s o r e s e a r e s p o s t a b io in d ic a d o r a
I n s ir a a r e s p o s t a b io in d ic a d o r a e m u m a
p e s r s p e c it v a d e a n á lis e d e r is c o a m b ie n t a l
14. Cenas do próximo capítulo:
• Bioindicador para avaliar a degradação da
restinga
• Bioindicador para avaliar a agricultura