SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 95
Violência, Cidadania e Ciência: O desenvolvimento de valores éticos na
infância.
Ou “Porque investir na primeira infância?”
João Augusto Figueiró
Instituto Zero a Seis
www.zeroaseis.org.br
XL Reunião Anual da sociedade Brasileira de Psicologia
Curitiba
Violência
Barbárie
Animal
Instinto
Egoísmo
Indiferença
Infantil
Imaturo
Infelicidade
Cidadania
Civilização
Humano
Sublimação
Cooperativismo
Empatia
Adulto
Maduro
Felicidade
?
C
I
Ê
N
C
I
A
“Dado que a guerra
começa na mente do
homem, é na mente* do
homem que devemos
edificar a defesa para
paz” – Unesco.
*Cérebro?
Contribuições das ciências
• Convergência das ciências sociais com as neurociências nos
últimos 10 anos:
– Maior intercâmbio entre as diferentes áreas;
– Saímos do inferencial para a objetivação do observado.
Violência e Cidadania
Saúde e Doença
Felicidade e Infelicidade
Multideterminadas
Um recorte possível
CiênciaNovo recorte
"A melhor maneira de tornar as
crianças boas é torná-las felizes“.
(Oscar Wilde)
Mente Criminal – Século XXI
Novidade: aumento do reconhecimento de que fatôres genéticos,
neuro e sociobiológicos são igualmente importantes na
modelagem do comportamento criminoso.
Século XX: Pobreza, desigualdade social e más companias.
Mapa da Violência – 2010
Instituto Sangari - SP
• Taxa homicídios dos 5.564 municípios brasileiros (1997 e 2007):
– Total de assassinatos entre jovens de 14 e 16 anos
aumentou 30% - o maior crescimento entre todas as faixas
etárias.
300 milhões
70 milhões
OS CÉREBROS FICARAM MAIORES – e cada vez mais, ao longo do tempo,
energeticamente exigentes. O cérebro humano moderno responde por 10 a 12% da demanda
de energia de um corpo em repouso, comparada ao cérebro do australopiteco
Representação de embriões presente no trabalho de Ernst Haeckel - 1866.
Henri Milne-Edwards, Louis Agassiz
Classificação da biodiversidade através da descendência
• Pacientes neurológicos com danos córtex pré-frontal
exibem:
• Comportamento desinibido
• Tipo psicopático
• Embotamento emocional
• Embotamento autonômico
• Tomada de decisão inadequada.
Damasio, AR, 1994
1823 –1860
Phineas Gage
Porque investir prioritariamente na primeira
infância
Cada dólar investido no programa deu um retorno de nove dólares para a sociedade.
Programa de
educação com
crianças envolvendo
os seus pais.
James Heckman
Nobel Economia, 2000.
A atividade do cérebro pode ser medida através de impulsos elétricos. Cores "quentes" como o vermelho
ou laranja indicam maior atividade, e cada coluna mostra um tipo diferente de atividade cerebral.
As crianças institucionalizadas em condições precárias demonstram atividade muito menor do que o esperado.
0 Age
Rateofr
capital
Preschool programs
Schooling
Job training
0-3 4-5
Preschoo
l
School Post-school
Programs targeted towards the earliest
years
Rates of Return to Human Capital Investment at Different Ages:
Return to an Extra Dollar at Various Ages
James Heckman
Nobel Economia, 2000.
01/29/15
Dois importantes programas na primeira infância com fatores de eficácia:
O Perry Preschool Project e Abecedarians Project, mostram uma
a variabilidade de retornos significativos aos participantes e à sociedade para
cada dólar investido.
Redução da criminalidade, da utilização da assistência social, custos educacionais e de
reabilitação. Aumento das receitas fiscais sobre rendimentos mais elevados para os participantes
de programas de primeira infância, quando chegaram à idade adulta.
IBGE – BID - Senado
• Cada dólar investido em políticas públicas para a primeira
infância gera economia de sete dólares que teriam de ser
investidos em assistência social, atendimento a doenças
mentais, manutenção de sistemas prisionais, repetência e
evasão escolar. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
• 13 milhões de crianças de zero a seis, pertencentes a
famílias carentes, estão fora de qualquer equipamento
ou programa primeira infância. Agencia Senado
Abrinq – Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD) - 2009
• 80% das crianças brasileiras (13,6 milhões de crianças de 0 a 4
anos) de 0 a 3 anos estão fora das creches;
• O levantamento mostra ainda que, em relação a 2008, houve
um aumento no número de crianças atendidas muito pequeno -
81,9% das crianças nessa faixa etária não freqüentavam creches.
Setembro de 2010 - Agência Estado
Estimativas IBGE
Celso Simões
• Cerca da metade das crianças do Brasil - 48,8% é considerada
pobre ou miserável, pois nasce e cresce em domicílios cuja
renda per capita não ultrapassa meio salário mínimo;
• Em 2000, as estimativas do IBGE apontavam que no Brasil em
torno de 20% das crianças de até um ano de idade não
tinham sequer registro de nascimento, que é considerado o
primeiro documento de cidadania.
Indicadores – Creches.
• Nas creches, cresceram todos os indicadores de desigualdade
entre os anos de 2005 e 2007:
– Relação entre o número de crianças negras/pardas e
brancas,
– Atendimento na zona rural em relação à zona urbana,
– Atendimento em regiões mais ricas sobre as mais pobres,
– 20% mais pobres da população sobre os 20% mais ricos;
UNESCO, “Strong Foundations: Early Childhood Care and Education.
EFA Global Monitoring Report 2007”, 2006, Appendix Table 12.
Evans D, and K Kosec, “Access to Early Child Education in Brazil”
Desenvolvimento do Cérebro.
• Construção inicia na quinta semana de gestação;
• 100 bilhões de neurônios antes da 20 semana de gestação;
• Produção máxima entre a 12ª. e 16ª. Semana;
• Ritmo de produção de 5 mil por segundo;
12 semanasQuinta Semana
•Desenvolvimento resulta da interação genes
e experiências;
•As experiências iniciais afetam a forma
como os cérebros se desenvolvem;
•Existem janelas de oportunidades: períodos
preciosos que demandam ambiente propício.
A Commentary on the United Nations
Convention on the Rights of the Child, 2006
Eide, and W. B. Eide, “Article 24. The Right to Health”, in A. Alen, J. Vande Lanotte; E. Verhellen; F. And; E. Berghmans
and M. Verheyde (eds), A Commentary on the United Nations Convention on the Rights of the Child, Leiden, Martinus
Nijhoff Publishers, 2006. at 33-34
Está bem documentado que o crescimento fetal será
limitado por um ambiente nutricional inadequado no
útero que redundará em um recém-nascido que não
atingiu o seu potencial de crescimento. Essas crianças
estão, portanto, em desvantagem, antes de entrar no
mundo.
Evolução do Cérebro
• Recém-nascido a termo 300 gramas
• 18 meses 800 gramas
• 3 anos 1 110 gramas
• 6 anos 80-90% - quatrilhões sinapses
• Adulto 1 400 gramas
• Aumento de quatro vezes no período;
• Meio que pode ser de hospitalidade ou de hostilidade.
• Após o nascimento, a conexão entre os neurônios (sinapses)
é que vai proporcionar o aumento do volume cerebral.
Cérebro como construção
• O cérebro é construído dentro de um modelo
homeostático (família/sociedade/ambiente);
• O período intra-uterino é o período de maior
crescimento;
• De acordo com experiências (físicas e afetivas,
positivas ou negativas) pós-natais se formarão os
novos caminhos neuronais.
PNAD - 2004
O período mais adequado para influenciar o caráter de uma criança é cerca
de uma centena de anos antes dela nascer.
William Ralph Inge – Cambridge - (1860-1954)
PNAD - 2004
Adversidades Econômicas:
• Afetam o controle das funções executivas emergentes;
• Não somente retardo no início, mas também redução na
progressão.
Linda Nayers, Michael Crowley e James McPartland
National Institute of Child Health and Human Development Study
Perspectivas favoráveis.
• O cérebro que é vulnerável aos efeitos adversos do ambiente
é igualmente susceptível aos efeitos positivos de ambientes
ricos e equilibrados de aprendizagem e à boas relações de
cuidado;
• Intervenções educativas baseadas em evidências (controle
comportamento e impulsos) – 40 atividades focalizadas em melhorar funções
executivas - podem ajudar crianças em desvantagem à alcançar
sucesso acadêmico e cognitivo;
Deborah Leong e Elena Dodrova
Tools of the Mind, Denver
Baseado em Vygotsky
Desenvolvimento
do cérebro humano
Formação de sinapses
e arborizaçao
dendrítica
Relação com estimulação
mesesmeses
concepção
anos
mielinização
sinaptogênese
neurulação
Proliferação
Celular
Migração
Córtex
pré-frontal
Córtex
de
associação
parietal e
tem
poral
Córtex
sensório
m
otor
Erasmo Barbante Casella – Neuropediatra – HC-FMUSPErasmo Barbante Casella – Neuropediatra – HC-FMUSP
Pobreza e Atenção Seletiva:
• Déficit em habilidades do Córtex pré-frontal relacionadas à atenção
seletiva;
• Uso de mais energia para as mesmas atividades;
• Necessitam trabalhar muito mais para obter os mesmos resultados,
dificultando focalização no professor e nas tarefas;
• Submetidas a mais estresse doméstico e baixa escolaridade dos
pais.
Amadeo D’Angiulli
Neuropsychology, vol 22, no. 3, 2008
Helen Neville,
Developmental Science, vol 12, no. 4, 2009
Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET)
Imagens seccionais do cérebro vivo
Usa cores para representar diferentes graus de atividade.
1973 - Universidade de Washington em St. Louis, EUA
Imagens PET do cérebro de uma pessoa normal (esquerda), um assassino com história
de privação na infância (centro) e um assassino sem história de privação (direita).
As áreas em vermelho e amarelo mostram uma atividade metabólica mais alta, e em preto
e azul, uma atividade metabólica mais baixa.
O cérebro de um sociopata (direita) tem uma atividade muito baixa em muitas áreas.
Fonte: Imagens de Adrian Raine, University of Southern California, Los Angeles, USA
Infância e Estresse
“Live fast” - “High Speed Shopping”
Folha de São Paulo de 12/12/07
Primeira Página.
Manchete: “Remoção de favela
provoca congestionamento
recorde”.
Reintegração de posse – Capão Redondo, Zona Sul de SP, 24/08/09
Adaptado de: Arborelius L, et al. J Endocrinol. 1999;160:1-12.
Modelo da Ativação Crônica de
Resposta ao Estresse
ACTH
Adrenalina
Noradrenalina
Glicocorticóides
Noradrenalina
FATOR ESTRESSANTE
Hipocampo
Hipófise
Hiperatividade
do Eixo HPA
Locus
coeruleus
CRF
Respostas
metabólicas
Respostas autonômicas
Respostas
comportamentais
Respostas
eletrofisiológicas
Prof. Kalil Dualibi - Unisa - SP
O Estresse e a Morte Celular
ESTRESSE
Glicocorticóides
BDNF
Sobrevivência
normal e
crescimento
BDNF=fator neurotrófico derivado do cérebro.
Sapolsky RM. Arch Gen Psychiatry. 2000;57:925-935.
Duman RS, et al. Biol Psychiatry. 2000;48:732-739.
Atrofia/morte
dos neurônios
Ramificação dendrítica
Prof. Kalil Dualibi - Unisa - SP
A medida que o número de experiências adversas na primeira infância se acumula,
o risco de atrasos de desenvolvimento aumenta
O relato de adultos de experiências adversas cumulativas na primeira infância correlaciona-se com
parâmetros de saúde física e mental – neste caso, doenças cardíacas.
Proporcionar relações de apoio e ambientes seguros pode melhorar os resultados para
todas as crianças, mas especialmente para aquelas mais vulneráveis.
Entre 75 e 130 de cada 1.000 crianças americanas menores de 5 anos vivem em lares
onde pelo menos um dos três precipitantes comuns do estresse tóxico possa afetar
negativamente o seu desenvolvimento
Medo persistente e ansiedade crônica podem afetar:
a capacidade de aprendizado e o desenvolvimento infantil
Garantir que as crianças tenham ambientes seguros para crescer, aprender, e desenvolver
cérebros e corpos saudáveis não só é bom para as crianças em si, mas também constrói
uma base sólida para uma sociedade próspera.
A ciência demonstra que a exposição precoce a situações que produzem medo persistente e
ansiedade crônica pode ter conseqüências ao longo da vida por perturbar o
desenvolvimento da arquitetura cerebral.
Cérebro Moral
Principais componentes e suas subdivisõesPrincipais componentes e suas subdivisões
Moll J, Zahn R, Oliveira-Souza R, Krueger F,
Grafman J. Nature Rev Neurosc, 2005
Modelo ‘EFEC’: Event-Feature-Emotion ComplexModelo ‘EFEC’: Event-Feature-Emotion Complex
Unidade de Neurociência Cognitiva e
Comportamental
Rede LABS – D’Or Hospitais
Compaixão
 Elementos
perceptuais (expressão
facial de tristeza)
 Elementos
semânticos abstratos
(desamparo de uma
criança órfã)
 Estados
motivacionais básicos
(tristeza, empatia
afetiva)
 Predição do futuro
(chances de adoção
sao baixas)
Criança que pode ou não ser adotada.
Oliveira-Souza and Moll, Neurology (Suppl.), 2000;
Moll J, Oliveira-Souza R, Eslinger J, Arq Neuropsiq, 2001
Moral Factual
Conteúdo moral ⇑ ⇓
Valência
emocional
⇑ ⇓
Dificuldade do
julgamento ≈ ≈
Cenário social yes no
Córtex frontopolar (BA 10)
Sulco temporal superior (STS)
Córtex temporal anterior
Julgamento moral
Julgamento moral vs. factualJulgamento moral vs. factual
Componentes-chave do cérebro moral:
The neural basis of human moral cognition.
Moll J, Zahn R, Oliveira-Souza R, Krueger F, Grafman J. Nature Reviews
Neuroscience, 2005
aPFC: córtex pré-frontal anterior (frontopolar e órbito-frontal)
Event Frequency Modulates the processing of daily life activities in human medial PFC.
Krueger F, Moll J, Zahn R, Heinecke A, Grafman J. Cerebral Cortex, 2007
aTC: córtex temporal anterior (superior)
Social concepts are represented in the superior
anterior temporal cortex.
Zahn R, Moll J, Krueger F, Huey ED, Garrido G,
Grafman J. Proc Natl Acad Sci, 2007
R
STS (sulco temporal superior) & estruturas límbicas
Moll J, Oliveira-Souza R, Eslinger PJ, et al. (2002).
The neural correlates of moral sensitivity: a
functional magnetic resonance imaging
investigation of basic and moral emotions.
Journal of Neuroscience, 2002
The self as a moral agent: linking the neural bases
of social agency and moral sensitivity.
Moll J, de Oliveira-Souza R, Garrido G, Zahn R, et
al. Social Neuroscience, 2007
Non-kin
Baseado
cultura:
Afiliação à
terceiros
mediada por
valores comuns
Aversões
culturalmente-
mediadas
Kin
Maior estímulo à
cooperação (além
da reciprocidade)
Estudo de caso-controle: 15 pacientes da
amostra comunitária com altos escores no
PCL:SV comparados a 15 controles normais
• Psychopathy Checklist, screening version (PCL:SV)
• Hipótese: reduções focais da substância cinzenta em uma rede
distribuída de regiões previamente associadas à sensibilidade e
julgamento moral
Caprichosa combinação de alterações anatômicas distribuídas levando
à perda da sensibilidade moral?
• “Cérebro moral” (Moll et al., 2003, 2005)
Reduções da
substância cinzenta:
Pacientes vs.
Controles.
Psicopatia
comunitária
Análise categórica:
alterações nas estruturas
componentes do “cérebro
moral”
FPC/OFC medial STS
 Correlação (ANCOVA, corrigido para
volume cerebral total) com PCL:SV (F1):
áreas de redução focal
 Córtex frontopolar (FPC), órbito-frontal
(OFC) medial e sulco temporal superior
(STS) correlacionados (r = 0.62 – 0.68,
p<0.005) com a Parte 1 do PCL (frieza
emocional, falta de empatia)
 Não houve correlação significativa com
a Parte 2 (F2, componente
comportamental, mais ligado a fatores
ambientais)
Análise dimensional: Estaria o grau de psicopatia
refletido no grau de redução da substância
cinzenta?
Estudos Funcionais – PetScan
• Assassinos e infratores impulsivos violentos mostram redução
do metabolismo da glicose no córtex pré-frontal;
• Sugere que esta região age como um “freio de emergência”
para emoções desenfreadas geradas por estruturas límbicas;
• Corroboram estudos neuropsicológicos, neurológicos e
psicofisiológicos, indicando robustez dos achados.
Raine, Buchsbaum, LaCasse, Biol. Psychiatry, 1997;42:495-508.
E: Pessoa normal faz julgamentos morais, ativam-se as reas pr -frontais (á é laranja e roxo),
respons veis pelos aspectos cognitivos - frios e racionais - do julgamento. Tamb m s oá é ã
ativados o hipot lamo (á azul), relacionado s emo es b sicas, como raiva e medo, e o loboà çõ á
temporal anterior (vermelho), ligado s emo es morais, tipicamente humanas.à çõ
D: Psicopata: diminui sensivelmente a ativa o das reas relacionadas tanto s emo esçã á à çõ
prim rias (á azul) quanto s morais (à vermelho) e aumenta a atividade nas reas pr -frontaisá é
(laranja e roxo), ligadas aos circuitos cognitivos, de raz o pura.ã
APEAMENTO DAS EMO ES:ÇÕ
Indiv duos normais e psicopatasí
comunit rios submetidos ao testeá
Bateria de Emo es Morais (BEM) eçõ
resson ncia magn tica funcional.â é
De sua própria natureza;
Das figuras parentais;
Da família;
Dos grupos sociais em que vive;
Da escola;
Da cultura e sociedade com:
valores,
crenças,
normas e
práticas.
O adolescente e o adulto resultam:
Ambiente Social
• Processos psicossociais são essenciais;
• Influências ambientais no início do desenvolvimento podem
alterar diretamente a expressão do gene, por sua vez
alterando a estrutura e o funcionamento cerebral e
resultando em diferentes comportamentos;
• Influências ambientais precoces podem alterar a expressão
gênica, o que então origina a cascata de eventos de
comportamentos cerebrais;
Epigenética
Patrimônio
genético
Anormalidades
estruturais
cerebrais
Anormalidades Funcionais:
•Emocionais
•Cognitivas
•Comportamentais
Predispõem
comportamento
anti-social
Epigenética
Fatôres:
• Ambientais
• Culturais
• Sociais
• Alimentares
• Químicos
Ato
Fatôres:
• Ambientais
• Culturais
• Sociais
• Alimentares
• Químicos
Resposta ao Estresse Tóxico: Os fatos.
Recursos modernos explicam como experiências precoces penetram
o corpo e modificam a expressão genética com conseqüências definitivas
em órgãos em desenvolvimento, incluindo o cérebro.
Experiências precoces podem alterar a expressão genética e afetar
definitivamente o desenvolvimento.
National Scientific Council on the Developing Child (2010).
Early Experiences Can Alter Gene Expression and Affect Long-Term Development
Working Paper No. 10. Retrieved from www.developingchild.harvard.edu
Nature and Nurture
• Biologia não é destino;
• É possível modular os fatores de risco neurobiológicos;
Liu, J. Am J Psychiatry. 2004;161:2005-13.
1970 British Cohort Study
(BCS70)
• O 1970 British Cohort Study (BCS70) é um estudo
longitudinal multidisciplinar contínuo que tem como
sujeitos todos os nascidos na Inglaterra, Escócia e Gales
em uma determinada semana de Abril de 1970.
Informações sobre o British Cohort Study em:
http://www.cls.ioe.ac.uk/studies.asp?section=000100020002
Prevenção da Violência
• 80% da violência é transgeracional;
• É possível prevenir esta violência;
• Apego seguro é a “vacina”,
• Desenvolvimento da empatia depende de uma
base segura e da resiliência;
• A privação social dificulta o desenvolvimento da
sintonia afetiva.
Richard Rhodes/ Dorothy Lewis - EUA
• Richard Rhodes - Estudou criminosos e observou que todos
falavam sobre sua primeira infância na qual passaram
dificuldades, algumas até caóticas, como violência física,
sexual e negligência.
Dorothy Lewis - Estudou jovens criminosos e chegou à
conclusão similar; todos tinham tido uma primeira infância
muito carente e problemática.
Ruther (Inglaterra), Werner (E.U.),
Cyrulnik (França)
• Muitos seres humanos conseguem se adaptar à vida apesar de
todos os fatores estressantes;
• Essa capacidade não é inata, nem mágica e se convencionou
chamar de resiliência.
• E pode ser adquirida pelas ações de políticas integradas e com
significativa participação da comunidade, suas lideranças,
organizações culturais e políticas.
•A ciência tem comprovado a enorme importância da educação
e dos cuidados de qualidade durante os primeiros anos de uma
criança para o seu sucesso como cidadão;
•O período que vai da gestação até o sexto ano de vida, e
particularmente de 0 a 3 anos incluindo o gestacional, são os
mais importantes na preparação dos alicerces das competências,
habilidades emocionais e cognitivas futuras;
•É neste período que a criança aprende, com mais intensidade, a
fazer, a se relacionar, a ser, e a desenvolver importantes valores
a partir de suas relações na família, na escola e na comunidade.
O que diz a ciência?
Particularmente do nascimento até os três anos de idade, vive-
se um período crucial no qual se forma a maior parte das
conexões cerebrais graças à interação do bebê com os
estímulos do ambiente;
O que as pesquisas informam?
Todas as pesquisas, pesquisadores e ciências posteriores
ratificam a importância vital destas primeiras interações
precoces no desenvolvimento futuro do ser humano;
“Pá de cal” sobre as teorias “fixistas” desenvolvidas há mais de
2500 anos, com suas terríveis conseqüências ideológicas,
políticas, morais e éticas.
Evidências de Convergência:
nature + nurture
• O homem é um animal imaturo, prematuro e totalmente
dependente ao nascer que, através dos mecanismos de
apego, epigenética e neuroplasticidade, irá promover a
construção e constituição do sujeito e seu ingresso normal ou
patológico na cultura;
• Ressalta-se neste processo o fundamental papel parental, de
seus substitutos e da sociedade na apresentação do mundo, o
papel das identificações e do aprendizado no controle e
atenuação dos impulsos.
Inclinações Construídas
• O temperamento de uma pessoa e a forma desta
conduzir-se na sociedade não é mais um “destino”
inexorável resultante de “traços inatos”, mas dependente
de inclinações construídas em um meio ecológico e
histórico socialmente determinados principalmente pelo
entorno afetivo e valores que cada um de nós encontra
em seu meio social.
Conclusão
• Diferentes paradigmas clínicos da neurociência estão
começando a convergir para a mesma conclusão:
– Há uma significativa base cerebral no comportamento anti-social,
violento, criminoso, transgressor, agressivo;
– Estes processos neurocomportamentais são relevantes para entender
a violência cotidiana na sociedade contemporânea.
Raine, A. Rev. Psiquiatr RS. 2008;30(1):5-8.
Informações oriundas de fontes científicas de conhecimento e
suas implicações no comportamento do futuro indivíduo, não
podem mais ser desprezadas na elaboração de qualquer
política pública que vise à redução da violência e à construção
da cidadania e de uma cultura de paz sustentada pelo diálogo
e na resolução pacífica de conflitos.
Contribuições da Ciência
•“Quando se trata da saúde mental da criança, a sociedade poderá
pagar agora ou irá pagar mais tarde”.
•20% das crianças americanas necessitam serviços de saúde mental –
US Public Health Services, 2010.
•As pesquisas mostram que quando o estado ou os planejadores de
políticas públicas investem em educação pré-natal, cuidados para
primeira infância de qualidade disponível, desenvolvimento emocional e
social precoce, prevenção e tratamento baseado em evidências a
sociedade economiza dinheiro em educação especial e despesas com
a justiça (adolescentes e adultos) mais tarde.
Quem e quando pagar a conta?
Donald Wertlieb – Tufts Univesity
Society for Research in Child Development
Saúde da Criança e Social:
Uma “Receita”!
• Comida
• Proteção
• Estimulação
• Afeto
• Ambiente Seguro
• Redução Pobreza
• Violência doméstica
• Desnutrição
• Estresse pré-natal e infantil
Sujeito Final
Genes
Cultura
(Ciência
Tecnologia)
Consumidor
Cidadão construtivo
Colaborador produtivo
Podemos criar este contexto favorável?
•É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.
Constituição Federal – 5/10/1988
Artigo 227
Paulo Freire
Pedagogia da Indignação Unesp 2000
• “O discurso da impossibilidade da mudança para a melhora do mundo não
é o discurso da constatação da impossibilidade, mas o discurso ideológico
da inviabilização do possível”.
•Crianças com risco para violência crônica:
•Como lidar com impulsos;
•Negociar disputas;
•Ensinou pais a lidar com a raiva e modelos de auto-controle.
•Seguidos até vida adulta:
•Menos visitas à salas de emergências;
•48% redução prisão por violência grave
(assassinato e estupro);
•52% redução transtornos de conduta.
Kenneth A Dodge
Center for Child and Family Policy - Duke University
É hora dos políticos, governantes, indivíduos
e a sociedade como um todo incluírem a ‘compaixão social’ nas
suas pautas e agendas de trabalho.
“Lugar de Criança é no orçamento”
Temos
excelentes
modelos
nacionais.
É impossível hoje falar em desenvolvimento de uma
nação como o Brasil, sem considerar a importância
do cumprimento de políticas públicas voltadas para a
promoção de uma infância saudável.
O ponto-chave:
Instituto Primeira Infância
e Cultura de Paz
www.zeroaseis.org.br
figueiro@zeroaseis.org.br
contato@zeroaseis.org.br

Weitere ähnliche Inhalte

Andere mochten auch

O Poder da mente
O Poder da menteO Poder da mente
O Poder da menteDielma
 
O poder da mente humana
O poder da mente humanaO poder da mente humana
O poder da mente humanaAmadeu Wolff
 
O CÓRTEX CEREBRAL E AS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBRO
O CÓRTEX CEREBRAL E AS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBROO CÓRTEX CEREBRAL E AS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBRO
O CÓRTEX CEREBRAL E AS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBROMarcondys Almeida
 
Neuropsicologia da consciência, funções executivas e inteligência
Neuropsicologia da consciência, funções executivas e inteligência Neuropsicologia da consciência, funções executivas e inteligência
Neuropsicologia da consciência, funções executivas e inteligência Paulo Pedro P. R. Costa
 

Andere mochten auch (8)

Desenvolvimento humano
Desenvolvimento humanoDesenvolvimento humano
Desenvolvimento humano
 
O Poder da mente
O Poder da menteO Poder da mente
O Poder da mente
 
O poder da mente humana
O poder da mente humanaO poder da mente humana
O poder da mente humana
 
O CÓRTEX CEREBRAL E AS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBRO
O CÓRTEX CEREBRAL E AS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBROO CÓRTEX CEREBRAL E AS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBRO
O CÓRTEX CEREBRAL E AS FUNÇÕES INTELECTUAIS DO CÉREBRO
 
Aspectos funcionais do córtex cerebral
Aspectos funcionais do córtex cerebralAspectos funcionais do córtex cerebral
Aspectos funcionais do córtex cerebral
 
Neuropsicologia da consciência, funções executivas e inteligência
Neuropsicologia da consciência, funções executivas e inteligência Neuropsicologia da consciência, funções executivas e inteligência
Neuropsicologia da consciência, funções executivas e inteligência
 
Cérebro e Funções Cognitivas
Cérebro e Funções CognitivasCérebro e Funções Cognitivas
Cérebro e Funções Cognitivas
 
Evolução Humana
Evolução HumanaEvolução Humana
Evolução Humana
 

Ähnlich wie Zero a seis curitiba - xl reuniao sbp

Zero a seis senado 2010
Zero a seis   senado 2010Zero a seis   senado 2010
Zero a seis senado 2010figueiro2040
 
Seminário Internacional Mais Infância Ceará: Mary young
Seminário Internacional Mais Infância Ceará: Mary youngSeminário Internacional Mais Infância Ceará: Mary young
Seminário Internacional Mais Infância Ceará: Mary youngGoverno do Estado do Ceará
 
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro LeiteSeminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro LeiteGoverno do Estado do Ceará
 
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017Governo do Estado do Ceará
 
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...Van Der Häägen Brazil
 
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptxcad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptxMiltonFernandes41
 
Slide.
Slide. Slide.
Slide. Ped55
 
Cartilha para fases da crianças 1
Cartilha para fases da crianças 1Cartilha para fases da crianças 1
Cartilha para fases da crianças 1Kátia Rumbelsperger
 
Relacionamento da Criança com os Adultos, Luísa Baptista (FT1)
Relacionamento da Criança com os Adultos, Luísa Baptista (FT1)Relacionamento da Criança com os Adultos, Luísa Baptista (FT1)
Relacionamento da Criança com os Adultos, Luísa Baptista (FT1)efaesan
 
Gradientes socioeconomicos no desenvolvimento cognitivo da primeira infância ...
Gradientes socioeconomicos no desenvolvimento cognitivo da primeira infância ...Gradientes socioeconomicos no desenvolvimento cognitivo da primeira infância ...
Gradientes socioeconomicos no desenvolvimento cognitivo da primeira infância ...Maureen Coité
 
Intervenção precoce na infância
Intervenção precoce na infânciaIntervenção precoce na infância
Intervenção precoce na infânciaBertilia Madeira
 
Cartilha do Educador: Educando com a ajuda das Neurociências
Cartilha do Educador: Educando com a ajuda das NeurociênciasCartilha do Educador: Educando com a ajuda das Neurociências
Cartilha do Educador: Educando com a ajuda das Neurociênciasnoritadastre
 
Gravidez na adolescência - Apresentação.
Gravidez na adolescência - Apresentação.Gravidez na adolescência - Apresentação.
Gravidez na adolescência - Apresentação.FrancisFrancis68
 
Br competencias para_a_vida
Br competencias para_a_vidaBr competencias para_a_vida
Br competencias para_a_vidaMilbrasil
 
O GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃO
O GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃOO GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃO
O GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃOVan Der Häägen Brazil
 

Ähnlich wie Zero a seis curitiba - xl reuniao sbp (20)

Zero a seis senado 2010
Zero a seis   senado 2010Zero a seis   senado 2010
Zero a seis senado 2010
 
Seminário Internacional Mais Infância Ceará: Mary young
Seminário Internacional Mais Infância Ceará: Mary youngSeminário Internacional Mais Infância Ceará: Mary young
Seminário Internacional Mais Infância Ceará: Mary young
 
Fundamentos para Priorização da Primeira Infância
Fundamentos para Priorização da Primeira InfânciaFundamentos para Priorização da Primeira Infância
Fundamentos para Priorização da Primeira Infância
 
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro LeiteSeminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
Seminário Internacional - Palestra de Álvaro Madeiro Leite
 
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
Seminário Internacional Mais Infância Ceará - 30/03/2017
 
Neurociencias (4)
Neurociencias (4)Neurociencias (4)
Neurociencias (4)
 
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
Crescer normal, salto de qualidade na fase infantil juvenil adolescente signi...
 
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptxcad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
cad-6-PPT 1 - abordando o desenvolvimento infantil.pptx
 
Slide.
Slide. Slide.
Slide.
 
Cartilha para fases da crianças 1
Cartilha para fases da crianças 1Cartilha para fases da crianças 1
Cartilha para fases da crianças 1
 
Relacionamento da Criança com os Adultos, Luísa Baptista (FT1)
Relacionamento da Criança com os Adultos, Luísa Baptista (FT1)Relacionamento da Criança com os Adultos, Luísa Baptista (FT1)
Relacionamento da Criança com os Adultos, Luísa Baptista (FT1)
 
Gradientes socioeconomicos no desenvolvimento cognitivo da primeira infância ...
Gradientes socioeconomicos no desenvolvimento cognitivo da primeira infância ...Gradientes socioeconomicos no desenvolvimento cognitivo da primeira infância ...
Gradientes socioeconomicos no desenvolvimento cognitivo da primeira infância ...
 
Intervenção precoce na infância
Intervenção precoce na infânciaIntervenção precoce na infância
Intervenção precoce na infância
 
Educacao
EducacaoEducacao
Educacao
 
Reunião sobre Primeira Infância: Pastoral da Criança
Reunião sobre Primeira Infância: Pastoral da CriançaReunião sobre Primeira Infância: Pastoral da Criança
Reunião sobre Primeira Infância: Pastoral da Criança
 
Cartilha do Educador: Educando com a ajuda das Neurociências
Cartilha do Educador: Educando com a ajuda das NeurociênciasCartilha do Educador: Educando com a ajuda das Neurociências
Cartilha do Educador: Educando com a ajuda das Neurociências
 
Dinamicas papo jovem (1)
Dinamicas papo jovem (1)Dinamicas papo jovem (1)
Dinamicas papo jovem (1)
 
Gravidez na adolescência - Apresentação.
Gravidez na adolescência - Apresentação.Gravidez na adolescência - Apresentação.
Gravidez na adolescência - Apresentação.
 
Br competencias para_a_vida
Br competencias para_a_vidaBr competencias para_a_vida
Br competencias para_a_vida
 
O GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃO
O GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃOO GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃO
O GENESIS DO CRESCIMENTO INFANTO JUVENIL É PARCEIRO DA COGNIÇÃO
 

Kürzlich hochgeladen

A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Centro Jacques Delors
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 

Kürzlich hochgeladen (20)

A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
Apresentação | Eleições Europeias 2024-2029
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 

Zero a seis curitiba - xl reuniao sbp

  • 1. Violência, Cidadania e Ciência: O desenvolvimento de valores éticos na infância. Ou “Porque investir na primeira infância?” João Augusto Figueiró Instituto Zero a Seis www.zeroaseis.org.br XL Reunião Anual da sociedade Brasileira de Psicologia Curitiba
  • 3. “Dado que a guerra começa na mente do homem, é na mente* do homem que devemos edificar a defesa para paz” – Unesco. *Cérebro?
  • 4. Contribuições das ciências • Convergência das ciências sociais com as neurociências nos últimos 10 anos: – Maior intercâmbio entre as diferentes áreas; – Saímos do inferencial para a objetivação do observado.
  • 5. Violência e Cidadania Saúde e Doença Felicidade e Infelicidade Multideterminadas Um recorte possível CiênciaNovo recorte "A melhor maneira de tornar as crianças boas é torná-las felizes“. (Oscar Wilde)
  • 6.
  • 7. Mente Criminal – Século XXI Novidade: aumento do reconhecimento de que fatôres genéticos, neuro e sociobiológicos são igualmente importantes na modelagem do comportamento criminoso. Século XX: Pobreza, desigualdade social e más companias.
  • 8. Mapa da Violência – 2010 Instituto Sangari - SP • Taxa homicídios dos 5.564 municípios brasileiros (1997 e 2007): – Total de assassinatos entre jovens de 14 e 16 anos aumentou 30% - o maior crescimento entre todas as faixas etárias.
  • 10. OS CÉREBROS FICARAM MAIORES – e cada vez mais, ao longo do tempo, energeticamente exigentes. O cérebro humano moderno responde por 10 a 12% da demanda de energia de um corpo em repouso, comparada ao cérebro do australopiteco
  • 11. Representação de embriões presente no trabalho de Ernst Haeckel - 1866. Henri Milne-Edwards, Louis Agassiz Classificação da biodiversidade através da descendência
  • 12.
  • 13.
  • 14. • Pacientes neurológicos com danos córtex pré-frontal exibem: • Comportamento desinibido • Tipo psicopático • Embotamento emocional • Embotamento autonômico • Tomada de decisão inadequada. Damasio, AR, 1994
  • 16.
  • 17.
  • 18. Porque investir prioritariamente na primeira infância Cada dólar investido no programa deu um retorno de nove dólares para a sociedade. Programa de educação com crianças envolvendo os seus pais. James Heckman Nobel Economia, 2000.
  • 19. A atividade do cérebro pode ser medida através de impulsos elétricos. Cores "quentes" como o vermelho ou laranja indicam maior atividade, e cada coluna mostra um tipo diferente de atividade cerebral. As crianças institucionalizadas em condições precárias demonstram atividade muito menor do que o esperado.
  • 20. 0 Age Rateofr capital Preschool programs Schooling Job training 0-3 4-5 Preschoo l School Post-school Programs targeted towards the earliest years Rates of Return to Human Capital Investment at Different Ages: Return to an Extra Dollar at Various Ages James Heckman Nobel Economia, 2000. 01/29/15
  • 21. Dois importantes programas na primeira infância com fatores de eficácia: O Perry Preschool Project e Abecedarians Project, mostram uma a variabilidade de retornos significativos aos participantes e à sociedade para cada dólar investido. Redução da criminalidade, da utilização da assistência social, custos educacionais e de reabilitação. Aumento das receitas fiscais sobre rendimentos mais elevados para os participantes de programas de primeira infância, quando chegaram à idade adulta.
  • 22. IBGE – BID - Senado • Cada dólar investido em políticas públicas para a primeira infância gera economia de sete dólares que teriam de ser investidos em assistência social, atendimento a doenças mentais, manutenção de sistemas prisionais, repetência e evasão escolar. Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). • 13 milhões de crianças de zero a seis, pertencentes a famílias carentes, estão fora de qualquer equipamento ou programa primeira infância. Agencia Senado
  • 23. Abrinq – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) - 2009 • 80% das crianças brasileiras (13,6 milhões de crianças de 0 a 4 anos) de 0 a 3 anos estão fora das creches; • O levantamento mostra ainda que, em relação a 2008, houve um aumento no número de crianças atendidas muito pequeno - 81,9% das crianças nessa faixa etária não freqüentavam creches. Setembro de 2010 - Agência Estado
  • 24. Estimativas IBGE Celso Simões • Cerca da metade das crianças do Brasil - 48,8% é considerada pobre ou miserável, pois nasce e cresce em domicílios cuja renda per capita não ultrapassa meio salário mínimo; • Em 2000, as estimativas do IBGE apontavam que no Brasil em torno de 20% das crianças de até um ano de idade não tinham sequer registro de nascimento, que é considerado o primeiro documento de cidadania.
  • 25. Indicadores – Creches. • Nas creches, cresceram todos os indicadores de desigualdade entre os anos de 2005 e 2007: – Relação entre o número de crianças negras/pardas e brancas, – Atendimento na zona rural em relação à zona urbana, – Atendimento em regiões mais ricas sobre as mais pobres, – 20% mais pobres da população sobre os 20% mais ricos;
  • 26. UNESCO, “Strong Foundations: Early Childhood Care and Education. EFA Global Monitoring Report 2007”, 2006, Appendix Table 12.
  • 27. Evans D, and K Kosec, “Access to Early Child Education in Brazil”
  • 28. Desenvolvimento do Cérebro. • Construção inicia na quinta semana de gestação; • 100 bilhões de neurônios antes da 20 semana de gestação; • Produção máxima entre a 12ª. e 16ª. Semana; • Ritmo de produção de 5 mil por segundo; 12 semanasQuinta Semana •Desenvolvimento resulta da interação genes e experiências; •As experiências iniciais afetam a forma como os cérebros se desenvolvem; •Existem janelas de oportunidades: períodos preciosos que demandam ambiente propício.
  • 29. A Commentary on the United Nations Convention on the Rights of the Child, 2006 Eide, and W. B. Eide, “Article 24. The Right to Health”, in A. Alen, J. Vande Lanotte; E. Verhellen; F. And; E. Berghmans and M. Verheyde (eds), A Commentary on the United Nations Convention on the Rights of the Child, Leiden, Martinus Nijhoff Publishers, 2006. at 33-34 Está bem documentado que o crescimento fetal será limitado por um ambiente nutricional inadequado no útero que redundará em um recém-nascido que não atingiu o seu potencial de crescimento. Essas crianças estão, portanto, em desvantagem, antes de entrar no mundo.
  • 30. Evolução do Cérebro • Recém-nascido a termo 300 gramas • 18 meses 800 gramas • 3 anos 1 110 gramas • 6 anos 80-90% - quatrilhões sinapses • Adulto 1 400 gramas • Aumento de quatro vezes no período; • Meio que pode ser de hospitalidade ou de hostilidade. • Após o nascimento, a conexão entre os neurônios (sinapses) é que vai proporcionar o aumento do volume cerebral.
  • 31. Cérebro como construção • O cérebro é construído dentro de um modelo homeostático (família/sociedade/ambiente); • O período intra-uterino é o período de maior crescimento; • De acordo com experiências (físicas e afetivas, positivas ou negativas) pós-natais se formarão os novos caminhos neuronais.
  • 32. PNAD - 2004 O período mais adequado para influenciar o caráter de uma criança é cerca de uma centena de anos antes dela nascer. William Ralph Inge – Cambridge - (1860-1954)
  • 34. Adversidades Econômicas: • Afetam o controle das funções executivas emergentes; • Não somente retardo no início, mas também redução na progressão. Linda Nayers, Michael Crowley e James McPartland National Institute of Child Health and Human Development Study
  • 35. Perspectivas favoráveis. • O cérebro que é vulnerável aos efeitos adversos do ambiente é igualmente susceptível aos efeitos positivos de ambientes ricos e equilibrados de aprendizagem e à boas relações de cuidado; • Intervenções educativas baseadas em evidências (controle comportamento e impulsos) – 40 atividades focalizadas em melhorar funções executivas - podem ajudar crianças em desvantagem à alcançar sucesso acadêmico e cognitivo; Deborah Leong e Elena Dodrova Tools of the Mind, Denver Baseado em Vygotsky
  • 36.
  • 37. Desenvolvimento do cérebro humano Formação de sinapses e arborizaçao dendrítica Relação com estimulação mesesmeses concepção anos mielinização sinaptogênese neurulação Proliferação Celular Migração Córtex pré-frontal Córtex de associação parietal e tem poral Córtex sensório m otor Erasmo Barbante Casella – Neuropediatra – HC-FMUSPErasmo Barbante Casella – Neuropediatra – HC-FMUSP
  • 38.
  • 39.
  • 40. Pobreza e Atenção Seletiva: • Déficit em habilidades do Córtex pré-frontal relacionadas à atenção seletiva; • Uso de mais energia para as mesmas atividades; • Necessitam trabalhar muito mais para obter os mesmos resultados, dificultando focalização no professor e nas tarefas; • Submetidas a mais estresse doméstico e baixa escolaridade dos pais. Amadeo D’Angiulli Neuropsychology, vol 22, no. 3, 2008 Helen Neville, Developmental Science, vol 12, no. 4, 2009
  • 41. Tomografia por Emissão de Pósitrons (PET) Imagens seccionais do cérebro vivo Usa cores para representar diferentes graus de atividade. 1973 - Universidade de Washington em St. Louis, EUA
  • 42. Imagens PET do cérebro de uma pessoa normal (esquerda), um assassino com história de privação na infância (centro) e um assassino sem história de privação (direita). As áreas em vermelho e amarelo mostram uma atividade metabólica mais alta, e em preto e azul, uma atividade metabólica mais baixa. O cérebro de um sociopata (direita) tem uma atividade muito baixa em muitas áreas. Fonte: Imagens de Adrian Raine, University of Southern California, Los Angeles, USA
  • 44. “Live fast” - “High Speed Shopping”
  • 45. Folha de São Paulo de 12/12/07 Primeira Página. Manchete: “Remoção de favela provoca congestionamento recorde”. Reintegração de posse – Capão Redondo, Zona Sul de SP, 24/08/09
  • 46. Adaptado de: Arborelius L, et al. J Endocrinol. 1999;160:1-12. Modelo da Ativação Crônica de Resposta ao Estresse ACTH Adrenalina Noradrenalina Glicocorticóides Noradrenalina FATOR ESTRESSANTE Hipocampo Hipófise Hiperatividade do Eixo HPA Locus coeruleus CRF Respostas metabólicas Respostas autonômicas Respostas comportamentais Respostas eletrofisiológicas Prof. Kalil Dualibi - Unisa - SP
  • 47. O Estresse e a Morte Celular ESTRESSE Glicocorticóides BDNF Sobrevivência normal e crescimento BDNF=fator neurotrófico derivado do cérebro. Sapolsky RM. Arch Gen Psychiatry. 2000;57:925-935. Duman RS, et al. Biol Psychiatry. 2000;48:732-739. Atrofia/morte dos neurônios Ramificação dendrítica Prof. Kalil Dualibi - Unisa - SP
  • 48. A medida que o número de experiências adversas na primeira infância se acumula, o risco de atrasos de desenvolvimento aumenta
  • 49. O relato de adultos de experiências adversas cumulativas na primeira infância correlaciona-se com parâmetros de saúde física e mental – neste caso, doenças cardíacas.
  • 50. Proporcionar relações de apoio e ambientes seguros pode melhorar os resultados para todas as crianças, mas especialmente para aquelas mais vulneráveis. Entre 75 e 130 de cada 1.000 crianças americanas menores de 5 anos vivem em lares onde pelo menos um dos três precipitantes comuns do estresse tóxico possa afetar negativamente o seu desenvolvimento
  • 51. Medo persistente e ansiedade crônica podem afetar: a capacidade de aprendizado e o desenvolvimento infantil Garantir que as crianças tenham ambientes seguros para crescer, aprender, e desenvolver cérebros e corpos saudáveis não só é bom para as crianças em si, mas também constrói uma base sólida para uma sociedade próspera. A ciência demonstra que a exposição precoce a situações que produzem medo persistente e ansiedade crônica pode ter conseqüências ao longo da vida por perturbar o desenvolvimento da arquitetura cerebral.
  • 52.
  • 54. Principais componentes e suas subdivisõesPrincipais componentes e suas subdivisões Moll J, Zahn R, Oliveira-Souza R, Krueger F, Grafman J. Nature Rev Neurosc, 2005 Modelo ‘EFEC’: Event-Feature-Emotion ComplexModelo ‘EFEC’: Event-Feature-Emotion Complex Unidade de Neurociência Cognitiva e Comportamental Rede LABS – D’Or Hospitais
  • 55.
  • 56. Compaixão  Elementos perceptuais (expressão facial de tristeza)  Elementos semânticos abstratos (desamparo de uma criança órfã)  Estados motivacionais básicos (tristeza, empatia afetiva)  Predição do futuro (chances de adoção sao baixas) Criança que pode ou não ser adotada.
  • 57. Oliveira-Souza and Moll, Neurology (Suppl.), 2000; Moll J, Oliveira-Souza R, Eslinger J, Arq Neuropsiq, 2001 Moral Factual Conteúdo moral ⇑ ⇓ Valência emocional ⇑ ⇓ Dificuldade do julgamento ≈ ≈ Cenário social yes no Córtex frontopolar (BA 10) Sulco temporal superior (STS) Córtex temporal anterior Julgamento moral Julgamento moral vs. factualJulgamento moral vs. factual
  • 58. Componentes-chave do cérebro moral: The neural basis of human moral cognition. Moll J, Zahn R, Oliveira-Souza R, Krueger F, Grafman J. Nature Reviews Neuroscience, 2005 aPFC: córtex pré-frontal anterior (frontopolar e órbito-frontal) Event Frequency Modulates the processing of daily life activities in human medial PFC. Krueger F, Moll J, Zahn R, Heinecke A, Grafman J. Cerebral Cortex, 2007 aTC: córtex temporal anterior (superior) Social concepts are represented in the superior anterior temporal cortex. Zahn R, Moll J, Krueger F, Huey ED, Garrido G, Grafman J. Proc Natl Acad Sci, 2007 R STS (sulco temporal superior) & estruturas límbicas Moll J, Oliveira-Souza R, Eslinger PJ, et al. (2002). The neural correlates of moral sensitivity: a functional magnetic resonance imaging investigation of basic and moral emotions. Journal of Neuroscience, 2002 The self as a moral agent: linking the neural bases of social agency and moral sensitivity. Moll J, de Oliveira-Souza R, Garrido G, Zahn R, et al. Social Neuroscience, 2007
  • 59. Non-kin Baseado cultura: Afiliação à terceiros mediada por valores comuns Aversões culturalmente- mediadas Kin Maior estímulo à cooperação (além da reciprocidade)
  • 60.
  • 61.
  • 62. Estudo de caso-controle: 15 pacientes da amostra comunitária com altos escores no PCL:SV comparados a 15 controles normais • Psychopathy Checklist, screening version (PCL:SV) • Hipótese: reduções focais da substância cinzenta em uma rede distribuída de regiões previamente associadas à sensibilidade e julgamento moral Caprichosa combinação de alterações anatômicas distribuídas levando à perda da sensibilidade moral? • “Cérebro moral” (Moll et al., 2003, 2005)
  • 63. Reduções da substância cinzenta: Pacientes vs. Controles. Psicopatia comunitária Análise categórica: alterações nas estruturas componentes do “cérebro moral”
  • 64. FPC/OFC medial STS  Correlação (ANCOVA, corrigido para volume cerebral total) com PCL:SV (F1): áreas de redução focal  Córtex frontopolar (FPC), órbito-frontal (OFC) medial e sulco temporal superior (STS) correlacionados (r = 0.62 – 0.68, p<0.005) com a Parte 1 do PCL (frieza emocional, falta de empatia)  Não houve correlação significativa com a Parte 2 (F2, componente comportamental, mais ligado a fatores ambientais) Análise dimensional: Estaria o grau de psicopatia refletido no grau de redução da substância cinzenta?
  • 65. Estudos Funcionais – PetScan • Assassinos e infratores impulsivos violentos mostram redução do metabolismo da glicose no córtex pré-frontal; • Sugere que esta região age como um “freio de emergência” para emoções desenfreadas geradas por estruturas límbicas; • Corroboram estudos neuropsicológicos, neurológicos e psicofisiológicos, indicando robustez dos achados. Raine, Buchsbaum, LaCasse, Biol. Psychiatry, 1997;42:495-508.
  • 66. E: Pessoa normal faz julgamentos morais, ativam-se as reas pr -frontais (á é laranja e roxo), respons veis pelos aspectos cognitivos - frios e racionais - do julgamento. Tamb m s oá é ã ativados o hipot lamo (á azul), relacionado s emo es b sicas, como raiva e medo, e o loboà çõ á temporal anterior (vermelho), ligado s emo es morais, tipicamente humanas.à çõ D: Psicopata: diminui sensivelmente a ativa o das reas relacionadas tanto s emo esçã á à çõ prim rias (á azul) quanto s morais (à vermelho) e aumenta a atividade nas reas pr -frontaisá é (laranja e roxo), ligadas aos circuitos cognitivos, de raz o pura.ã APEAMENTO DAS EMO ES:ÇÕ Indiv duos normais e psicopatasí comunit rios submetidos ao testeá Bateria de Emo es Morais (BEM) eçõ resson ncia magn tica funcional.â é
  • 67. De sua própria natureza; Das figuras parentais; Da família; Dos grupos sociais em que vive; Da escola; Da cultura e sociedade com: valores, crenças, normas e práticas. O adolescente e o adulto resultam:
  • 68. Ambiente Social • Processos psicossociais são essenciais; • Influências ambientais no início do desenvolvimento podem alterar diretamente a expressão do gene, por sua vez alterando a estrutura e o funcionamento cerebral e resultando em diferentes comportamentos; • Influências ambientais precoces podem alterar a expressão gênica, o que então origina a cascata de eventos de comportamentos cerebrais;
  • 70. Patrimônio genético Anormalidades estruturais cerebrais Anormalidades Funcionais: •Emocionais •Cognitivas •Comportamentais Predispõem comportamento anti-social Epigenética Fatôres: • Ambientais • Culturais • Sociais • Alimentares • Químicos Ato Fatôres: • Ambientais • Culturais • Sociais • Alimentares • Químicos
  • 71.
  • 72. Resposta ao Estresse Tóxico: Os fatos. Recursos modernos explicam como experiências precoces penetram o corpo e modificam a expressão genética com conseqüências definitivas em órgãos em desenvolvimento, incluindo o cérebro. Experiências precoces podem alterar a expressão genética e afetar definitivamente o desenvolvimento. National Scientific Council on the Developing Child (2010). Early Experiences Can Alter Gene Expression and Affect Long-Term Development Working Paper No. 10. Retrieved from www.developingchild.harvard.edu
  • 73.
  • 74. Nature and Nurture • Biologia não é destino; • É possível modular os fatores de risco neurobiológicos; Liu, J. Am J Psychiatry. 2004;161:2005-13.
  • 75. 1970 British Cohort Study (BCS70) • O 1970 British Cohort Study (BCS70) é um estudo longitudinal multidisciplinar contínuo que tem como sujeitos todos os nascidos na Inglaterra, Escócia e Gales em uma determinada semana de Abril de 1970. Informações sobre o British Cohort Study em: http://www.cls.ioe.ac.uk/studies.asp?section=000100020002
  • 76. Prevenção da Violência • 80% da violência é transgeracional; • É possível prevenir esta violência; • Apego seguro é a “vacina”, • Desenvolvimento da empatia depende de uma base segura e da resiliência; • A privação social dificulta o desenvolvimento da sintonia afetiva.
  • 77. Richard Rhodes/ Dorothy Lewis - EUA • Richard Rhodes - Estudou criminosos e observou que todos falavam sobre sua primeira infância na qual passaram dificuldades, algumas até caóticas, como violência física, sexual e negligência. Dorothy Lewis - Estudou jovens criminosos e chegou à conclusão similar; todos tinham tido uma primeira infância muito carente e problemática.
  • 78. Ruther (Inglaterra), Werner (E.U.), Cyrulnik (França) • Muitos seres humanos conseguem se adaptar à vida apesar de todos os fatores estressantes; • Essa capacidade não é inata, nem mágica e se convencionou chamar de resiliência. • E pode ser adquirida pelas ações de políticas integradas e com significativa participação da comunidade, suas lideranças, organizações culturais e políticas.
  • 79. •A ciência tem comprovado a enorme importância da educação e dos cuidados de qualidade durante os primeiros anos de uma criança para o seu sucesso como cidadão; •O período que vai da gestação até o sexto ano de vida, e particularmente de 0 a 3 anos incluindo o gestacional, são os mais importantes na preparação dos alicerces das competências, habilidades emocionais e cognitivas futuras; •É neste período que a criança aprende, com mais intensidade, a fazer, a se relacionar, a ser, e a desenvolver importantes valores a partir de suas relações na família, na escola e na comunidade. O que diz a ciência?
  • 80. Particularmente do nascimento até os três anos de idade, vive- se um período crucial no qual se forma a maior parte das conexões cerebrais graças à interação do bebê com os estímulos do ambiente; O que as pesquisas informam? Todas as pesquisas, pesquisadores e ciências posteriores ratificam a importância vital destas primeiras interações precoces no desenvolvimento futuro do ser humano; “Pá de cal” sobre as teorias “fixistas” desenvolvidas há mais de 2500 anos, com suas terríveis conseqüências ideológicas, políticas, morais e éticas.
  • 81. Evidências de Convergência: nature + nurture • O homem é um animal imaturo, prematuro e totalmente dependente ao nascer que, através dos mecanismos de apego, epigenética e neuroplasticidade, irá promover a construção e constituição do sujeito e seu ingresso normal ou patológico na cultura; • Ressalta-se neste processo o fundamental papel parental, de seus substitutos e da sociedade na apresentação do mundo, o papel das identificações e do aprendizado no controle e atenuação dos impulsos.
  • 82. Inclinações Construídas • O temperamento de uma pessoa e a forma desta conduzir-se na sociedade não é mais um “destino” inexorável resultante de “traços inatos”, mas dependente de inclinações construídas em um meio ecológico e histórico socialmente determinados principalmente pelo entorno afetivo e valores que cada um de nós encontra em seu meio social.
  • 83. Conclusão • Diferentes paradigmas clínicos da neurociência estão começando a convergir para a mesma conclusão: – Há uma significativa base cerebral no comportamento anti-social, violento, criminoso, transgressor, agressivo; – Estes processos neurocomportamentais são relevantes para entender a violência cotidiana na sociedade contemporânea. Raine, A. Rev. Psiquiatr RS. 2008;30(1):5-8.
  • 84. Informações oriundas de fontes científicas de conhecimento e suas implicações no comportamento do futuro indivíduo, não podem mais ser desprezadas na elaboração de qualquer política pública que vise à redução da violência e à construção da cidadania e de uma cultura de paz sustentada pelo diálogo e na resolução pacífica de conflitos. Contribuições da Ciência
  • 85. •“Quando se trata da saúde mental da criança, a sociedade poderá pagar agora ou irá pagar mais tarde”. •20% das crianças americanas necessitam serviços de saúde mental – US Public Health Services, 2010. •As pesquisas mostram que quando o estado ou os planejadores de políticas públicas investem em educação pré-natal, cuidados para primeira infância de qualidade disponível, desenvolvimento emocional e social precoce, prevenção e tratamento baseado em evidências a sociedade economiza dinheiro em educação especial e despesas com a justiça (adolescentes e adultos) mais tarde. Quem e quando pagar a conta? Donald Wertlieb – Tufts Univesity Society for Research in Child Development
  • 86. Saúde da Criança e Social: Uma “Receita”! • Comida • Proteção • Estimulação • Afeto • Ambiente Seguro • Redução Pobreza • Violência doméstica • Desnutrição • Estresse pré-natal e infantil Sujeito Final Genes Cultura (Ciência Tecnologia) Consumidor Cidadão construtivo Colaborador produtivo
  • 87. Podemos criar este contexto favorável?
  • 88. •É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Constituição Federal – 5/10/1988 Artigo 227
  • 89. Paulo Freire Pedagogia da Indignação Unesp 2000 • “O discurso da impossibilidade da mudança para a melhora do mundo não é o discurso da constatação da impossibilidade, mas o discurso ideológico da inviabilização do possível”.
  • 90. •Crianças com risco para violência crônica: •Como lidar com impulsos; •Negociar disputas; •Ensinou pais a lidar com a raiva e modelos de auto-controle. •Seguidos até vida adulta: •Menos visitas à salas de emergências; •48% redução prisão por violência grave (assassinato e estupro); •52% redução transtornos de conduta. Kenneth A Dodge Center for Child and Family Policy - Duke University
  • 91. É hora dos políticos, governantes, indivíduos e a sociedade como um todo incluírem a ‘compaixão social’ nas suas pautas e agendas de trabalho. “Lugar de Criança é no orçamento”
  • 92.
  • 94. É impossível hoje falar em desenvolvimento de uma nação como o Brasil, sem considerar a importância do cumprimento de políticas públicas voltadas para a promoção de uma infância saudável. O ponto-chave:
  • 95. Instituto Primeira Infância e Cultura de Paz www.zeroaseis.org.br figueiro@zeroaseis.org.br contato@zeroaseis.org.br

Hinweis der Redaktion

  1. Key Point Chronic activation of the stress-response system causes a variety of adverse effects in the brain and mediates many of the physiologic and behavioral responses in depression Background Since the advent of antidepressant pharmacotherapy in the 1950s, the pathophysiologic model of depression has shifted from one based on maladaptive psychologic processes to one based on neurobiologic processes Stress, particularly early-life stress, has been associated with an increased vulnerability to depressive disorders in adulthood A majority of depressed patients exhibit signs of hypothalamic-pituitary-adrenal (HPA) axis hyperactivity, reflecting either a dysregulation or disinhibition of the stress-response system This schematic representation depicts the hypothesis that the stress-response system appears to mediate not only the neuroendocrine response, but also the autonomic, behavioral, and electrophysiologic responses to stress Evidence suggests that corticotropin-releasing factor (CRF) is hypersecreted in depression, resulting in HPA hyperactivity and elevations of plasma cortisol concentrations This increase in CRF neuronal activity is also believed to mediate some of the behavioral symptoms of depression involving sleep and appetite disturbances, reduced libido, and psychomotor changes An area of emerging interest is the exploration of the association of prolonged stress activation with neurotoxicity and atrophy in the central nervous system Reference Arborelius L, et al. J Endocrinol. 1999;160:1-12.
  2. Key Point Stress and depression result in neuronal atrophy and cell death Background Neuronal atrophy and death are thought to occur as a result of hyperactivity of the stress-response system in depressed patients, which increases adrenal glucocorticoid release and decreases brain-derived neurotrophic factor (BDNF) levels, a factor critical for the survival and function of neurons in the adult brain The damaging effects of prolonged stress/depressive symptoms could contribute to the selective loss of volume of the hippocampus (a structure essential to learning and memory, contextual fear conditioning, and neuroendocrine regulation) observed in patients with depression. These morphologic changes have been shown to persist long after the depressive symptoms have resolved In theory, antidepressants that affect serotonin and/or norepinephrine activity may affect neuronal survival and growth by decreasing glucocorticoid levels and increasing BDNF levels Reference Duman RS, et al. Biol Psychiatry. 2000;48:732-739.
  3. Estas três imagens referem-se a ativação de regiões associadas ao julgamento moral? Poderia explicar um pouquinho o quadro com as setinhas?
  4. O que é Psicopatia comunitária? O que as imagens de ambos os campos informam?