O documento descreve a evolução da participação dos usuários comuns na internet ao longo do tempo, desde os anos 80 até o presente. Inicialmente, a internet era usada principalmente por técnicos, mas aos poucos os problemas de velocidade e custo diminuíram e ferramentas como blogs e redes sociais permitiram que mais pessoas participassem ativamente na troca de informações e formação de comunidades online.
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A evolução da participação do utilizador “comum” na internet e a sua importância no desenvolvimento da mesma.
1. A evolução da participação do utilizador
“comum” na internet e a sua importância no
desenvolvimento da mesma.
Fernando Ribeiro, Pós-graduação Web Design, 2012, ESAD
2. Nos primórdios da internet
Existiam problemas para o utilizador comum (velocidade,
custos, ...)
A internet era um espaço livre e infinto para armazenar
informação. Tinha um potencial imenso para a troca da
mesma
Os artistas que utilizavam a internet eram técnicos da
área.
Nos anos 80, o fluxo comunicacional tinha só uma
direção, do emissor para o recetor. Nesta altura o
utilizador comum apenas acedia à internet para procurar
informação.
Já nos anos 80 formaram-se comunidades como a
ARTEX em que os artistas comunicavam entre si, apenas
através de texto.
Fernando Ribeiro, Pós-graduação Web Design, 2012, ESAD
3. Nos anos 90
No inicio dos anos 90 os sites ainda eram construídos sem
pensar no utilizador.
Passados já alguns anos, os problemas de velocidade e
custo foram diminuindo.
O aparecimento dos blogs no fim dos anos 90, facilitou a
troca de informação entre os utilizadores.
Finalmente, a internet deixava de ser um espaço utilizado
apenas por técnicos e passava a ser utilizado por todos,
formando-se assim comunidades que participavam
ativamente em interesses públicos.
Começaram então a criar-se relações sociais entre os
emissores e recetores.
Em 1998 acontece então o despontar do design de
interfaces, os sites começam a ser construídos pensando
na ótica de quem os visita
Fernando Ribeiro, Pós-graduação Web Design, 2012, ESAD
4. Do Flash ao minimalismo
Em 2002 começam a surgir as páginas construídas em
flash
Apesar de se pensar que este seria o futuro da web, o
flash trazia problemas de usabilidade.
Com o aparecimento de novas ferramentas, que não
traziam esses problemas, o flash começa a ser posto de
parte.
Passamos então para uma era em que o minimalismo
começa a ganhar grande força. “Less is better”.
Os websites começam a ser construidos de forma a
serem o mais funcionais possível e a ir de encontro aos
reais interesses dos utilizadores.
Fernando Ribeiro, Pós-graduação Web Design, 2012, ESAD
5. Plataformas Online e Crowdsourcing
Estes já não eram sites em que o autor colocava
informação. Essa informação era colocada por todos os
utilizadores, e assim, o site vivia dos mesmos.
Tenta-se captar as maiores necessidades dos utilizadores
e assim criar um novo mundo “paralelo”.
Surge entretanto um novo modelo de produção, um mode-
lo que utiliza os conhecimentos coletivos e voluntários das
pessoas, o Crowdsourcing.
Começa-se então a desenvolver “ecossistemas”, bases em
que os utilizadores entram e constroem.
Fernando Ribeiro, Pós-graduação Web Design, 2012, ESAD
6. Smartphones
O aparecimento dos smartphones veio potenciar ainda
mais a participação das pessoas na internet.
O “Weddar é uma aplicação cuja informação em vez
de se basear em fatos científicos, baseia-se na opinião
das pessoas. O seu model de construção é exemplo de
Crowdsourcing
“it doesn’t make sense that we still depend on old,
machine-based, general area location and innacurate
Public Weather Report Services.” - weddar.com
Criou-se aqui mais uma comunidade em que os
utilizadores se ajudam mutuamente e ao mesmo tempo
têm vontade de participar pois fazem parte da sua
construção.
Esta aplicação passa a valorizar mais a opinião pessoal,
as emoções das pessoas, do que simplesmente as
leituras feitas por uma máquina.
Fernando Ribeiro, Pós-graduação Web Design, 2012, ESAD
7. No presente... e o futuro?
Vivemos numa era em que a falta da internet já nos trás
desconforto. Sentimo-nos isolados com a falta dela.
“We live in a world of screens” (Wilson Miner) e no futuro,
vamos ser “inundados” por esses ecrãs.
Já era visivel esta ideia de possivel futuro no filme de
2002 Minority Report.
No presente, o mundo criado é uma realidade paralela na
qual somos diferentes do mundo real. Penso que no futuro
isso não vai acontecer... a internet vai ser uma extensão
de nós próprios, mais transparente
Fernando Ribeiro, Pós-graduação Web Design, 2012, ESAD
8. “Imagine-se cada gadget único a agir como uma carrinha da Google Street
View, gravando as informações de cada experiência humana.”
E como toda a evolução, pode-se pensar positivamente ou negativemente sobre o assunto.
A verdade é que por um lado o controlo sobre as pessoas será muito maior. Por outro lado,
a ideia da internet ser uma extensão de nós próprios, algo que nos faz chegar a todo o lado
a qualquer hora, de presenciar grandes eventos ao mesmo tempo que eles acontecem, a
ideia de nos tornarmos omnipresentes e omniscientes, pode ser, de certa maneira, positivo.
Fernando Ribeiro, Pós-graduação Web Design, 2012, ESAD