2. Guerra do Afeganistão
- INVASÃO SOVIÉTICA
o 1953 – Gen. Mohammed Daoud Khan é eleito Primeiro
Ministro. Dez anos depois o Gen. Khan promove um golpe
de estado e torna o país numa República, se aproximando
dos países exportadores de petróleo.
o 1973 – É deposto em um Golpe de Estado e depois
assassinado
3. o O Partido Democrático do Povo do Afeganistão é apoiado
pela URSS e assume o governo após o golpe,
indicando para presidente o liberal Nur Mohammed
Taraki e tendo como Primeiro Ministro; Hafizullah Amin.
o Em 1979, Amin encomenda a morte de Taraki e inicia uma
disputa interna no partido. Quando o próprio Amin é morto, a
URSS invade o Afeganistão e indica para presidente Babrak
Karmal.
o Karmal enfrenta a resistência dos mujahedins
(guerrilheiros islâmicos) que, com o apoio dos EUA
conseguem fazer com que Gorbachev retire as
tropas soviéticas em 1988.
4. o Os mujahedins insistem na guerrilha após a retirada soviética,
pois não concordam com o governo de Mohammad Najibullah
Após sua queda as lutas continuam, agora étnicas.
o Os Talibãs eram vistos como uma alternativa às disputas
étnicas (união religiosa) e buscavam um Estado Islâmico
“puro” a partir do uso da sharia (a lei islâmica).
o Em 1996 o Talibã assume o controle da capital, Cabul e é
reconhecido como governo do Afeganistão.
o 1998. O governo afegão é acusado de apoiar
o grupo Al Qaeda de Osama Bin Laden que,
por sua vez era responsabilizado por ataques
a embaixadas americanas no Oriente Médio.
5. o 2001. O governo Talibã passa a destruir monumentos que não
se identificassem com a fé islâmica.
o No dia 11 de setembro os EUA sofrem o pior ataque em seu
território.
6. o Osama Bin Laden é acusado de ser o responsável pelo ataque
e os EUA empreendem um ataque descomunal ao Afeganistão
em retaliação.
o A capital Cabul é atingida severamente.
o Em novembro cai o
governo Talibã e um novo
governo de transição é
indicado com grande
apoio político dos diversos
grupos étnicos.
7. Irã X EUA
o A revolução iraniana, iniciada em 1978, foi acima de
tudo uma reação ao governo do Xá (rei) Reza Pahlevi,
visto como fraco, corrupto e vendido aos interesses
americanos pela maior parte das lideranças religiosas
do Irã, incluindo o Imã Khomeini, que posteriormente
seria líder supremo do país.
8. o 1978, a população iraniana, toma as ruas e derruba o regime
do Xá. Khomeini volta do exílio e declara o Irã um Estado
Islâmico, regido totalmente pela sharia e dominado pela
facção xiita.
o Em 1979, os revoltosos invadem a embaixada americana,
fazendo seus funcionários de reféns por quase um ano,
levando a uma crise diplomática intensa entre Irã e Estados
Unidos.
o Em 1980, com a revolução já bem consolidada, o presidente
iraquiano Saddam Hussein, instigado pelos Estados Unidos,
invade o território iraniano, dando início à Guerra Irã-Iraque,
que deixou um saldo de cerca de 1 milhão de mortos e durou
até 1988, sem um claro vitorioso.
9. Escândalo Irã- Contras
o Em 1986, a CIA (Agência Central de Inteligência, dos Estados
Unidos), obedecendo aos objetivos estratégicos e aos ditames
da administração conservadora do então presidente Ronald
Reagan, tentava derrubar o governo sandinista da Nicarágua.
Um escândalo internacional, que viria a ser conhecido como
Irã-Contras ou Irã-Gate, veio à tona em 5 de outubro de 1986.
Descobriu-se que a CIA vendia ilegalmente armas para o Irã.
Naquela altura, o governo dos aiatolás do Irã era um inimigo
dos Estados Unidos. Note-se, porém, que estavam em vigor à
época leis votadas pelo Congresso que proibiam o governo
norte-americano tanto de fornecer armas para o Irã quanto de
financiar a guerrilha antissandinista na Nicarágua.
As armas partiam de Israel e chegavam ao Irã. O lucro desta
operação ilegal era depositado em contas secretas dos
rebeldes nicaraguenses - chamados de Contras. Aos
israelenses, interessava fortalecer o Exército do aiatolá
Khomeini contra o seu inimigo mais próximo, o Iraque de
Saddam Hussein.
10. Guerra do Golfo
o A Guerra do Golfo iniciou-se após as tropas iraquianas terem invadido o
Kuwait
o Um dos motivos da invasão alegado pelo presidente iraquiano, Saddam
Hussein, foi que o Kuwait estava prejudicando o Iraque no comércio de
petróleo, vendendo o produto por um preço muito baixo.
o
A ONU condenou a invasão e ordenou a imediata retirada das tropas
Iraquianas. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos deslocaram tropas e
aviões para a Arábia Saudita, preparando-se para uma ação militar. Como
o Iraque não retirou seu exército do Kuwait, a ONU autorizou a invasão
militar do Iraque por um grupo de países (Inglaterra, França, Egito, Síria,
Arábia Saudita), liderados pelos Estados Unidos. O Iraque foi derrotado e
teve que retirar suas tropas do vizinho Kuwait, além de sofrer com o
embargo econômico imposto pela ONU. O presidente dos EUA George Bush
(o pai) queria manter a guerra até a queda de Hussein, mas não conseguiu
apoio para isso.
11. Guerra do Iraque (Segunda Guerra do Golfo)
o Em 20 de março de 2003, os Estados Unidos invadiram o
Iraque com apoio do Reino Unido. O governo de George W.
Bush acusou Saddam Hussein de ligação com os atentados
de 11 de Setembro e de possuir armas de destruição em
massa, fatos que nunca foram comprovados. Segundo
especialistas, o real motivo da guerra seria garantir o
controle das reservas de petróleo.
o Em um ataque extremamente rápido, no melho estilo
blitzkrieg, o exército do EUA invadem o Iraque e depõem o
governo de HUssein que foge, mas é capturado ao final de
2003 e condenado à morte por enforcamento em dezembro
de 2006.
12. Primavera Árabe
o Primavera Árabe É o nome dado à onda de protestos,
revoltas e revoluções populares contra governos do
mundo árabe que eclodiu em 2011. A raiz dos protestos
é o agravamento da situação dos países, provocado pela
crise econômica e pela falta de democracia. A
população sofre com as elevadas taxas de desemprego
e o alto custo dos alimentos e pede melhores condições
de vida.
o Países envolvidos Egito, Tunísia, Líbia, Síria, Iêmem e
Barein.
13. o A onda de protestos e revoltas já provocou a queda de vários
governantes. Enquanto os presidentes da Tunísia e do Egito
deixaram o poder sem oferecer grande resistência, Muammar
Kadafi, da Líbia, foi morto por uma rebelião interna com ação
militar decisiva da Otan. No Iêmen, o presidente Ali Saleh resistiu
às manifestações por vários meses, até transferir o poder a um
governo provisório.
o Tunísia e Egito realizaram eleições em 2011, vencidas por partidos
islâmicos moderados. A Tunísia é apontada como o país com as
melhores chances de adotar com sucesso um regime democrático.
No Egito, os militares comandam o conturbado processo de
transição, e a população pede a sua saída imediata do poder.
14. o Os Estados Unidos eram aliados de ditaduras árabes,
buscando garantir interesses geopolíticos e econômicos na
região, que abriga as maiores reservas de petróleo do
planeta. A Primavera Árabe põe em cheque a política externa
tradicional de Washington para a região. A Liga Árabe,
liderada pela Arábia Saudita e pelo Catar, assume um papel
de destaque na mediação das crises e dos conflitos
provocados pela Primavera Árabe.
15. Síria
o O mais recente conflito no Oriente Médio é a questão da
Síria.
o Trata-se de um desdobramento das questões vistas na
Primavera Árabe, porém com muitos interesses
antagônicos na região.
o Entrega de armas, apoio financeiro, lutas diplomáticas
secretas: desde a guerra do Líbano nos anos 80, nenhum
país concentrou ao mesmo tempo tal nível de violência e
tantas lutas de influência por parte das potências
regionais e internacionais.
16. ESTADOS UNIDOS: da tentação de bombardear a uma
retirada progressiva
oO governo americano exigiu durante muito tempo a
saída do presidente sírio Bashar al-Assad.
oA pressão de Estados Unidos, França e Grã-Bretanha foi
aumentando sem pausa, e chegou ao seu auge em
agosto de 2013, após o ataque químico realizado perto
de Damasco.
oNo entanto, no último momento, o presidente americano
Barack Obama preferiu não fazê-lo. Desde então, os
Estados Unidos parecem ter abandonado a opção militar
e matizam suas críticas ao regime de Assad.
17. RÚSSIA: a recuperação da influência no Oriente Médio
oA crise síria permitiu à Rússia a recuperação de um
papel de protagonista no cenário internacional.
oNo auge da crise, quando as potências ocidentais
estiveram a um passo de bombardear Damasco,
Putin conseguiu impor a todo o mundo, em setembro
de 2013, um acordo para o desmantelamento do
arsenal químico da Síria sob a supervisão da ONU.
18. MONARQUIAS DO GOLFO: confrontos através dos grupos
rebeldes
oNa linha de frente do apoio à oposição síria, os países
árabes se enfrentam através dos grupos rebeldes.
oGrandes financiadoras da oposição, as monarquias
sunitas da Arábia Saudita, Catar e Kuwait, estiveram na
liderança árabe dos esforços contra Assad, em especial
dentro da Liga Árabe.
oNo entanto, paralelamente, as monarquias petroleiras
travam entre elas uma guerra de influência. Fora da
Síria pelo controle das instâncias de representação da
oposição (Catar contra Arábia Saudita), e no próprio
campo de batalha sírio entre grupos rebeldes.
19. IRÃ: o "padrinho" xiita do regime de Assad
oPotência regional e aliado da Rússia, o Irã, cujo
convite à conferência Genebra II provocou a ira da
oposição, é o padrinho do regime sírio..
oIrã e Síria são a pedra fundamental do arco xiita no
Oriente Médio. A família Assad (o pai Hafez e o filho
Bashar) permitiu ao Irã ter influência no Líbano,
onde a milícia xiita Hezbollah é sua principal aliada.
20. Negociações de paz
Como nenhum dos lados da guerra conseguiu uma
vitória decisiva sobre o outro, a comunidade
internacional vem buscando um esforço para
negociar a paz na Síria
Em maio de 2013, Estados Unidos e Rússia
começaram a trabalhar em formas de implantar o
Comunicado de Genebra de 2012.
Os diálogos só começaram formalmente em janeiro
de 2014. Mas após apenas duas rodadas, a
negociação fracassou.