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FIBROSE CÍSTICA
                Balduino Frota Andrade

       UFT
     Medicina
       2010
Incidência
   Mucoviscidose:
    exocrinopatia
    autossômica recessiva;
   letal em homozigotos.
   Mais comum entre
    caucasiano;
   Brancos: 1:2000 a 1:2500
    RN vivos;
   Negros: 1:17.000;
   Orientais: 1:90.000;
   Expectativa de vida é
    cerca de 30 anos.
Patogênese
   Mutações no gene FC promovem alterações na
    expressão e na função da proteína CFTR (cystic fibrosis
    transmembrane conductance regulator):
   V classes: ausência total a apenas disfunção;
   Aumento da viscosidade das secreções das glândulas
    mucosas:
     • obstrução dos ductos e canalículos;
     • perda de função;
     • inflamação e fibrose progressiva

   Predisposição à infecções respiratórias agudas e
    crônicas (S. aureaus, P. aeruginosa, Burkholderia
    cepacia e Stenotrophomonas maltophilia;
   Concentrações anormais de eletrólitos no suor (Na+ e
Classes de Mutações no Gene CFTR
O Gene da CFTR

O  gene da fibrose
 cística localiza-se no
 braço longo do
 cromossomo 7;

 Codifica   proteína
 CFTR.
Proteína CFTR
   •Na proteína CFTR há sítios de
   ligação de ATP localizados na
   regiões NBDs(1 e 2) que
   possibilitam a hidrólise do
   mesmo e conseqüentemente
   induz uma mudança
   conformacional na proteína,
   possibilitando a passagem de
   íons cloreto por esse canal.




   •O sítio regulador(domínio R)
   apresenta sítios de fosforilação
   das proteínas cinases A (PKA)
   e C (PKC).
Disfunções da proteína CFTR
       nos principais tecidos
Manifestações Clínicas
O diagnóstico se baseia em pelo menos dois dos 4 critérios clínico-
laboratoriais:
  - história familiar;
  - insuficiência pancreática;
                               Manifestações clínicas: (0 a 2 anos)
  - doença pulmonar obstrutiva    -íleo meconial 10 a 15%
  supurativa crônica              -icterícia obstrutiva
  - níveis elevados de cloro e    -hipoproteinemia/ anemia
  sódio no suor                   -prostração ao calor/
                                  hiponatremia
                                  -esteatorréia (insuficiência
                                  pancreática) 85%
                                  -prolapso retal 20%
                                  -bronquite/ bronquiolite
                                  -pneumonia estafilocócica
                                  -sangramentos
Manifestações Clínicas

Entre 2 a 12 anos               Acima de 13 anos
  -má absorção intestinal 85%      -DPOC
  -pneumonia/ bronquite 60%        -baqueteamento digital
  -Pólipos nasais 20%              -tolerância à glicose anormal
  -intussepção 1 a 5%              -DM
                                   -obstrução intestinal crônica
                                   -pancreatite recorrente
                                   -cirrose biliar focal
                                   -hipertensão portal
                                   -cálculos biliares
                                   -aspermia
 Disfunção   das glândulas Exócrinas.
Manifestações Clínicas
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Manifestações Clínicas
Pólipos Nasais
Manifestações Clínicas
Pólipos Nasais
Diagnóstico
    •   Critérios diagnósticos de FC:
    •   (mínimo 1 de A e 1 de B)
                                         B
A
       Características fenotípicas (1        Cloro no suor> 60mEq/L em
        ou +)                                 2 dosagens
         • doença sinusal ou             OU
           pulmonar crônica                   identificação de 2 mutações
         • alterações gastrintestinais        p/ FC
           e nutricionais                OU
         • síndrome da perda salina           demonstração de alteração
         • anormalidades urogenitais          no transporte iônico no
       OU                                    epitélio nasal
         • hx de irmão com FC
       OU
         • Teste de triagem neonatal
           +
Diagnóstico
Diag. Radiológico:
   caráter progressivo
   acentuação de
      espessamento de paredes
      brônquicas
      hiperinsuflação (50%)
      infiltrado difuso
      zonas de atelectasia (10%)

Diag. Laboratorial:
   Teste do suor (98% +)
       -cloro e sódio > 60mEq/ L
   Teste de diagnóstico nenonatal
       TIR (tripsina sérica imunorreativa) + específico
       repetir com 15 a 30 dias
Diagnóstico
 Estudo Genético
   • elemento de diagnóstico e prognóstico

  • identificação de 2 alelos do gene CFTR
   (autossômica recessiva)

 Avaliação microbiológica
  • no 1 ano S. aureus --> P. aeruginosa (50 a
    80%)
  • culturas periódicas do escarro ou esfregaço de
    orofaringe
Diagnóstico
    • Avaliação da função pulmonar

    • Avaliação da função pancreática

    • Função hepatobiliar
DDX:                                     - doenças neuro-musculares
  - Síndrome do Lactente chiador         - TB
  - Asma e Alergias                      - bronquiolite obliterante
  - infecções virais                     - cardiopatias congênitas
  - hiperresponsividade brônquica pós-   - imudeficiências
  viral
  - fumante passivo
  - aspiração por RGE
  - Parasitose com ciclo pulmonar
  - sequelas de patologias neonatais
  (aspiração, atelectasia, infecção,
  displasia pulmonar)
Tratamento
   FISIOTERAPIA: Ajuda a liberar a secreção que bloqueia os
    pulmões;

   ATIVIDADE FÍSICA: Exercícios estimulam a tosse e
    melhoram o batimento ciliar, os quais removem a secreção;

   ANTIBIOTICOTERAPIA e ANTIBIOTICOPROFILAXIA: + usados
    --> Gentamicina, Tobramicina, Amicacina e Colistina
    inalatórios (Staphylococcus e Pseudomonas);

   INALOTERAPIA: SF, broncodilatadores e/ou mucolíticos;

   BOMBA DE O2: Utilizada por alguns, principalmente a noite;
Tratamento
   ENZIMAS: Suplementação de enzimas pancreáticas para
    auxiliar a digestão; (ex: Ultrase MT12);
   VITAMINAS: Reposição das vitaminas lipossolúveis
    A,D,E,K:

   DIETA MODIFICADA: Mais calorias, proteínas, gorduras
    e muito líquido; os pacientes com FC têm necessidades
    calóricas elevadas, pelo próprio metabolismo, trabalho
    respiratório, infecção bacteriana e má absorção;

   REPOSIÇÃO DE MICRONUTRIENTES: sódio, cálcio,
    fósforo e magnésio e ainda Ferro e Zinco
Tratamento
   Tratamento da doença hepática:

    • ácido ursodesoxicólico (Ursacal®) em altas doses
      (20mg/Kg/dia)
Complicações
   Pacientes mais velhos:
     • sinusopatia e polipose nasal
     • atelectasias
     • pneumotórax
     • hemoptise
     • bronquiectasias localizadas
     • aspergilose broncopulmonar alérgicas
     • cor pulmonale
     • RGE
     • DM
     • intolerância à glicose
     • síndrome da obstrução intestinal distal
     • hemorragia digestiva
     • osteoporose
     • vasculites
     • prolapso retal
Prognóstico

- Sobrevida de 30 a 40 anos
- Relação entre mutação e gravidade ainda não foi
estabelecida
- Incurável
Obrigado!

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Fibrose cistica Medicina UFT

  • 1. FIBROSE CÍSTICA Balduino Frota Andrade UFT Medicina 2010
  • 2. Incidência  Mucoviscidose: exocrinopatia autossômica recessiva;  letal em homozigotos.  Mais comum entre caucasiano;  Brancos: 1:2000 a 1:2500 RN vivos;  Negros: 1:17.000;  Orientais: 1:90.000;  Expectativa de vida é cerca de 30 anos.
  • 3. Patogênese  Mutações no gene FC promovem alterações na expressão e na função da proteína CFTR (cystic fibrosis transmembrane conductance regulator):  V classes: ausência total a apenas disfunção;  Aumento da viscosidade das secreções das glândulas mucosas: • obstrução dos ductos e canalículos; • perda de função; • inflamação e fibrose progressiva  Predisposição à infecções respiratórias agudas e crônicas (S. aureaus, P. aeruginosa, Burkholderia cepacia e Stenotrophomonas maltophilia;  Concentrações anormais de eletrólitos no suor (Na+ e
  • 4. Classes de Mutações no Gene CFTR
  • 5. O Gene da CFTR O gene da fibrose cística localiza-se no braço longo do cromossomo 7;  Codifica proteína CFTR.
  • 6. Proteína CFTR •Na proteína CFTR há sítios de ligação de ATP localizados na regiões NBDs(1 e 2) que possibilitam a hidrólise do mesmo e conseqüentemente induz uma mudança conformacional na proteína, possibilitando a passagem de íons cloreto por esse canal. •O sítio regulador(domínio R) apresenta sítios de fosforilação das proteínas cinases A (PKA) e C (PKC).
  • 7. Disfunções da proteína CFTR nos principais tecidos
  • 8. Manifestações Clínicas O diagnóstico se baseia em pelo menos dois dos 4 critérios clínico- laboratoriais: - história familiar; - insuficiência pancreática; Manifestações clínicas: (0 a 2 anos) - doença pulmonar obstrutiva -íleo meconial 10 a 15% supurativa crônica -icterícia obstrutiva - níveis elevados de cloro e -hipoproteinemia/ anemia sódio no suor -prostração ao calor/ hiponatremia -esteatorréia (insuficiência pancreática) 85% -prolapso retal 20% -bronquite/ bronquiolite -pneumonia estafilocócica -sangramentos
  • 9. Manifestações Clínicas Entre 2 a 12 anos Acima de 13 anos -má absorção intestinal 85% -DPOC -pneumonia/ bronquite 60% -baqueteamento digital -Pólipos nasais 20% -tolerância à glicose anormal -intussepção 1 a 5% -DM -obstrução intestinal crônica -pancreatite recorrente -cirrose biliar focal -hipertensão portal -cálculos biliares -aspermia
  • 10.  Disfunção das glândulas Exócrinas.
  • 25. Diagnóstico • Critérios diagnósticos de FC: • (mínimo 1 de A e 1 de B) B A  Características fenotípicas (1 Cloro no suor> 60mEq/L em ou +) 2 dosagens • doença sinusal ou OU pulmonar crônica identificação de 2 mutações • alterações gastrintestinais p/ FC e nutricionais OU • síndrome da perda salina demonstração de alteração • anormalidades urogenitais no transporte iônico no  OU epitélio nasal • hx de irmão com FC  OU • Teste de triagem neonatal +
  • 26. Diagnóstico Diag. Radiológico: caráter progressivo acentuação de espessamento de paredes brônquicas hiperinsuflação (50%) infiltrado difuso zonas de atelectasia (10%) Diag. Laboratorial: Teste do suor (98% +) -cloro e sódio > 60mEq/ L Teste de diagnóstico nenonatal TIR (tripsina sérica imunorreativa) + específico repetir com 15 a 30 dias
  • 27. Diagnóstico  Estudo Genético • elemento de diagnóstico e prognóstico • identificação de 2 alelos do gene CFTR (autossômica recessiva)  Avaliação microbiológica • no 1 ano S. aureus --> P. aeruginosa (50 a 80%) • culturas periódicas do escarro ou esfregaço de orofaringe
  • 28. Diagnóstico • Avaliação da função pulmonar • Avaliação da função pancreática • Função hepatobiliar DDX: - doenças neuro-musculares - Síndrome do Lactente chiador - TB - Asma e Alergias - bronquiolite obliterante - infecções virais - cardiopatias congênitas - hiperresponsividade brônquica pós- - imudeficiências viral - fumante passivo - aspiração por RGE - Parasitose com ciclo pulmonar - sequelas de patologias neonatais (aspiração, atelectasia, infecção, displasia pulmonar)
  • 29. Tratamento  FISIOTERAPIA: Ajuda a liberar a secreção que bloqueia os pulmões;  ATIVIDADE FÍSICA: Exercícios estimulam a tosse e melhoram o batimento ciliar, os quais removem a secreção;  ANTIBIOTICOTERAPIA e ANTIBIOTICOPROFILAXIA: + usados --> Gentamicina, Tobramicina, Amicacina e Colistina inalatórios (Staphylococcus e Pseudomonas);  INALOTERAPIA: SF, broncodilatadores e/ou mucolíticos;  BOMBA DE O2: Utilizada por alguns, principalmente a noite;
  • 30. Tratamento  ENZIMAS: Suplementação de enzimas pancreáticas para auxiliar a digestão; (ex: Ultrase MT12);  VITAMINAS: Reposição das vitaminas lipossolúveis A,D,E,K:  DIETA MODIFICADA: Mais calorias, proteínas, gorduras e muito líquido; os pacientes com FC têm necessidades calóricas elevadas, pelo próprio metabolismo, trabalho respiratório, infecção bacteriana e má absorção;  REPOSIÇÃO DE MICRONUTRIENTES: sódio, cálcio, fósforo e magnésio e ainda Ferro e Zinco
  • 31. Tratamento  Tratamento da doença hepática: • ácido ursodesoxicólico (Ursacal®) em altas doses (20mg/Kg/dia)
  • 32. Complicações  Pacientes mais velhos: • sinusopatia e polipose nasal • atelectasias • pneumotórax • hemoptise • bronquiectasias localizadas • aspergilose broncopulmonar alérgicas • cor pulmonale • RGE • DM • intolerância à glicose • síndrome da obstrução intestinal distal • hemorragia digestiva • osteoporose • vasculites • prolapso retal
  • 33. Prognóstico - Sobrevida de 30 a 40 anos - Relação entre mutação e gravidade ainda não foi estabelecida - Incurável

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