O documento discute o uso de mapas colaborativos para o manejo de Sistemas Socioecológicos. Analisa trabalhos anteriores que utilizaram mapas para entender a interação entre populações humanas e o meio ambiente, mas tiveram limitações como o uso de tecnologias proprietárias e não envolveram as populações locais no processo. O autor propõe o desenvolvimento de mapas participativos usando ferramentas livres, envolvendo as populações como colaboradores constantes. Como estudo de caso, apresenta o desenvolvimento
O uso de mapas como instrumento para o manejo colaborativo de Sistemas Socioecólogicos - por Maira Begalli
1. O uso de mapas como instrumento
para o manejo colaborativo de
Sistemas Socioecólogicos
Maira Begalli
Laboratório de Cartografias e Geoprocessamento
Doutoranda pela UFABC em Planejamento e Gestão do Território
Colaboradorxs: Rogério Rodrigues, Pedro Yukas, Guilherme Frizzi,
Camila Brito, Sabrina Nascimento
Junho/2015
2. Introdução
* No século XX: práticas de mapeamento tornaram-se quase que
onipresentes
*Visualização dos fenômenos espaciais, fotografia aérea,
sensoriamento remoto
* Tecnologias digitais e internet estão possibilitando a
concepção de mapas cada vez mais especializados, tanto em
estilos estéticos quanto em interatividade
3. Introdução
MAS... Mapas de quem? Mapas pra quem? Feitos com o que?
Disponibilizados como?
Mapas podem detalhar interdependência entre “cenários ambientais” e
“cenários de vulnerabilidade”, correlacionando dados sobre
disponibilidade e qualidade das águas nas bacias hidrográficas, o
aumento do nível do mar, uso e ocupação do solo, alterações climáticas,
condições atmosféricas e qualidade do ar, aos dados demográficos,
econômicos, políticos, culturais e institucionais
4. Revisão de alguns trabalhos
5 artigos (2003-2013), abordagem socioecológica (uso de mapas e a interação de
populações humanas)
Mineração dos trabalhos, termos (em português e inglês): “cartografia”, “colaborativo”,
“populações humanas”, “manejo”, “conservação”, “socioambiental”, “socioecológico”.
Variáveis para análise:
* Trabalho : nome, área geográfica do estudo, ano de publicação;
*Revista : nome da publicação, área do conhecimento, número de citações no
Google Acadêmico, nota Qualis
*Autor : área de pesquisa acadêmica e número de citações da publicação
Ferramentas, processos atrelados às novas tecnologias e plataformas de
Compartilhamentos:
* Produto: análise do uso de sistemas, softwares e processos digitais citados
para a concepção dos mapas, base interativa, disponibilização e
compartilhamento do processo, licenças livres ou proprietárias;
*Processo: colaboratividade, inclusão de populações locais no processo,
abrangência de diferentes esferas;
8. Revisão de alguns trabalhos
→ A maioria utilizou de softwares e tecnologias proprietárias para a confecção
dos mapas;
→ Nenhum estudo disponibilizou seus resultados em plataformas de
compartilhamento e não atribuíram licenças livres de uso e compartilhamento
aos estudos
→ A maioria dos trabalhos contou com o conhecimento ecológico local de
populações humanas para confeccionar mapas envolvendo contextos
socioecológicos.
MAS... QUANDO os autores quando foram a campo já possuiam um objeto e
uma metodologia pré-estabelecida, considerando os indivíduos como esforço
amostral e não como colaboradores.
O mapeamento dessas áreas de estudo poderia ter se apropriado das práticas
da Ciência Cidadã, ou seja agregar o conhecimento de cientistas (vinculados ou
não a instituições de pesquisas) a dos voluntários, como colaboradores, com o
objetivo de aprimorar metodologias, desenvolver protótipos e ampliar a
capacidade da análise de dados (Cohn, 2008).
9. A proposta
Processos participativos e não apenas na coleta de dados pontuais
Abordar as populações locais como colaboradores e não como esforço
amostral
Não apresentar metodologias pré-estabelecidas, uma vez que a maioria desses
trabalhos busca romper com as práticas “top down”.
Pesquisas e projetos acadêmicos envolvendo cartografias colaborativas usando
sistemas livres e o conhecimento ecológico de populações locais ainda não são
aplicados em larga escala.
Desafio: abordagem inter e transdisciplinar, UTILIZANDO ferramentas deDesafio: abordagem inter e transdisciplinar, UTILIZANDO ferramentas de
geolocalização como instrumento para o manejo colaborativo frente aosgeolocalização como instrumento para o manejo colaborativo frente aos
desafios e incertezas dos SSE's na atualidade. MAS sob tecnologiasdesafios e incertezas dos SSE's na atualidade. MAS sob tecnologias
livres, tornando a cartografia não um produto em si, mas em um processolivres, tornando a cartografia não um produto em si, mas em um processo
constante e interativo para populações e territórios.constante e interativo para populações e territórios.
14. O estamos fazemos?
Fase 1: Primeiro Semestre
*Desenvolvimento de uma cartografia base para o Riacho Grande usando Qgis
* Plataforma colaborativa Neblina (JEO//PimentaLab)
* Minidocumentário do território
Fase 2: Segundo Semestre
* Oficinas de Cartografia
* Trabalho/paper: Cartografias experimentais e Apropriação Crítica de
Tecnologias