SOCIAL REVOLUTIONS, THEIR TRIGGERS FACTORS AND CURRENT BRAZIL
Matriz energética da bahia e seus impactos sociais, econômicos e ambientais
1. FÓRUM SOCIAL TEMÁTICO - ENERGIA
Salvador, 18/07/2014
MATRIZ ENERGÉTICA DA BAHIA E
SEUS IMPACTOS SOCIAIS,
ECONÔMICOS E AMBIENTAIS
Engo. e Prof. FERNANDO ALCOFORADO
3. BALANÇO OFERTA-DEMANDA DE
ENERGIA- BAHIA 1994/2000/2010
Item 1994 2000 2010
Demanda Total de Energia- 103 tep
(a)
13.182 14.887 17.728
Consumo Final- 103 tep 11.887 12.801 14.724
Perdas- 103 tep (1) 1.295 2.086 3.004
Produção de Energia Primária- 103
tep (2) (b)
9.456 8.534 10.859
Autossuficiência de Energia- 103 tep
(b-a)
-3.726 -6.353 -6.869
Autossuficiência de Energia- 103 tep
(b/a)
71,7% 57,3% 61,3%
4. EMISSÕES DE CO2 NA BAHIA (Toneladas
de Carbono por tEP)
Setores 1980 1994
Residencial 122 321
Agropecuário 32 67
Industrial 1.736 2.055
Transporte 870 978
Comércio e
Público
34 10
Energético 281 98
Total 3.075 3.529
5. EMISSÕES DE CO2 NA BAHIA
(Toneladas de Carbono por tEP)
• Se considerarmos que a relação
entre as emissões de CO2 e a
demanda de energia seja
equivalente à de 1994, pode-se
afirmar que em 2000, as emissões
de CO2 seriam de 3.985 toneladas
de carbono por tep e em 2010,
4.746 toneladas de carbono por tep.
6. CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA E
PIB NA BAHIA (2006)Consumo Consumo
Território de E. Elétrica E. Elétrica PIB PIB
Identidade (MWh) (% BA) (Reais) % BA
Irecê 191.659 1,85 1.095,33 1,13
Velho Chico 154.764 1,5 1.071,71 1,11
Chapada Diamantina 136.046 1,32 1.295,29 1,34
Sisal 182.510 1,78 1.647,74 1,71
Litoral Sul 601.390 5,83 4.391,61 4,55
Baixo Sul 130.960 1,27 1.187,71 1,23
Extremo Sul 534.719 5,19 4.674,51 4,84
Itapetinga 146.982 1,42 922,6 0,09
Vale do Jiquiriçá 111.791 1,08 1.053,70 1,09
Sertão de São Francisco 389.889 3,78 2.464,80 2,55
Oeste Baiano 374.689 3,63 3.287,35 3,4
Bacia do Paramirim 38.740 0,37 402,66 0,42
Sertão Produtivo 294.264 2,85 1.623,06 1,68
Piemonte do Paraguaçu 120.054 1,16 869,32 0,09
Bacia do Jacuípe 70.641 0,07 593,53 0,06
Piemonte da Diamantina 80.050 0,08 729,21 0,07
Semi-árido Nordeste II 125.634 1,21 1.094,81 1,13
Agreste de Alagoinhas/Litoral Norte 398.836 3,9 3.915,98 4,05
Portal do Sertão 657.088 6,37 4.913,22 5,09
Vitória da Conquista 324.253 3,15 3.234,58 3,35
Recôncavo 469.314 4,55 9.011,16 9,34
Médio Rio de Contas 185.296 1,8 1.827,79 1,89
Bacia do Rio Corrente 95.417 0,09 869,16 0,09
Itaparica 101.588 0,098 1.673,80 1,73
Piemonte Norte do Itapicuru 119.828 1,16 1.108,78 1,14
Metropolitana de Salvador 4.269.990 41,43 41.561,29 43,06
TOTAL BAHIA 10.306.392 96.520,70
8. OUTRAS FONTES DE ENERGIA CAPAZES DE SEREM UTILIZADAS
NA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA BAHIA
• Energia solar fotovoltaica
• Energia termossolar
• PCHs- Pequenas Centrais Hidrelétricas
• Usinas Eólicas
• Usinas termelétricas a gás natural
• Cogeração com o uso de resíduos ou biomassa
• Usinas termelétricas com a incineração de material
de aterro sanitário
• Usinas termelétricas com o uso do biogás de aterros
sanitários
• Usinas termonucleares
10. PCHS- PEQUENAS CENTRAIS
HIDRELÉTRICAS
• Em 2002, havia 914 MW de potencial
inventariado de PCHs no Estado da Bahia,
distribuídos entre 87 centrais
• As PCHs recebem o mesmo tratamento
das grandes hidrelétricas no
licenciamento ambiental
• As PCHs poderão exercer um papel de
indutor de crescimento em regiões mais
isoladas
• As PCHs colaboram na redução das
perdas nas linhas de transmissão de
energia do sistema interligado
11. POTENCIAL DE ENERGIA EÓLICA NO BRASIL
Atlas de Energia Eólica – Cepel / Eletrobras
13. USINAS EÓLICAS
•O potencial eólico da Bahia é estimado em 40
GW
•Os ventos da Bahia são considerados os
melhores do mundo, por serem unidirecionais e
constantes, características que permitem uma
excelente capacidade de geração de energia
eólica
•A energia eólica cria oportunidades de trabalho
e de geração de renda no interior da Bahia
•A Bahia concentra boa parte de seu potencial
eólico ao longo de toda margem direita do Rio
São Francisco, desde a Serra do Espinhaço até
Juazeiro
•As turbinas eólicas produzem nível elevado de
poluição sonora, impacto visual negativo e
impactos sobre a fauna e sobre o uso de terras
16. USINAS TERMELÉTRICAS A GÁS NATURAL
•A demanda de gás natural no Brasil em 2012 foi de 134
milhões de m3/dia e a produção interna foi de 72,9
milhões de m3/dia com um déficit de 61,1 milhões de m3
que foi suprido com importações da Bolívia (30 milhões
de m3/dia) e importações de GNL (31,1 milhões de m3/dia)
•O Campo de Manati - Localizado na Baía de Camamu,
aumentou a sua capacidade para 6 a 8 milhões de m3 por
dia e o terminal de Regaseificação da Bahia terá
capacidade para regaseificar 14 milhões de m³/dia de GNL
•A potência instalada de termelétricas a gás natural na
Bahia totaliza 952.211 MW
•Nas centrais de geração termelétrica há grande consumo
de água
•Impacto ambiental provocado pela elevação na
temperatura de cursos naturais d’água pelo seu sistema
de refrigeração
•Um outro impacto ambiental também considerado muito
importante são as emissões de gases, muitos deles de
efeito estufa
17. COGERAÇÃO COM O USO DE RESÍDUOS OU
BIOMASSA
•O potencial estimado de geração de energia elétrica no
Estado da Bahia através do aproveitamento de cana-de-açúcar
está entre 200 a 1.000 GWh/ano, resíduos agrícolas entre 50 a
500 GWh/ano, resíduos de madeira entre 200 e 500 GWh/ano e
o aproveitamento de óleos vegetais entre 2 a 10 GWh/ano
• Há duas áreas promissoras na Bahia para cogeração:i) O
Oeste do Estado: Formosa do Rio Preto pode produzir 318.147
MWh/ano, ou em 3 municípios próximos que, com algodão,
soja e arroz, produziriam 204.172 MWh/ano;e, ii) O Litoral Norte
com o uso de resíduos do coco-da-baía, produzindo 313.172
MWh/ano
•Com a utilizaçao de resíduos do algodão, arroz, coco-da-baia,
milho, café e soja produzidos na Bahia é possivel gerar de
2.792 GWh/ano a 3.909 GWh/ano de energia elétrica com uma
potência na faixa de 531 MW a 744 MW
•As centrais elétricas de cogeração podem provocar a emissão
de poluentes aéreos, elevado consumo de água e elevações na
temperatura de cursos naturais d’água devido a seu sistema
de refrigeração
18. USINAS TERMELÉTRICAS COM A INCINERAÇÃO
DE MATERIAL DE ATERRO SANITÁRIO
• A tecnologia de obtenção de energia a partir da
combustão de lixo vem sendo usada em mais de 30
países, especialmente na Europa, existindo hoje mais de
800 usinas desse tipo no mundo em funcionamento,
utilizando 300 mil t de resíduos sólidos por dia
• A usina pode ter capacidade de processar até 1 mil t de
resíduos por dia para gerar constantes 30 MW -
suficientes para abastecer uma cidade com 200 mil
habitantes
• Todos os tipos de incineradores criam riscos
consideráveis para a saúde e para o ambiente físico das
comunidades próximas, bem como para a população em
geral. Mesmo os que são construídos segundo as mais
avançadas inovações tecnológicas liberam milhares de
elementos poluentes que contaminam o ar, o solo e a
água
19. USINAS TERMELÉTRICAS COM O USO DO
BIOGÁS DE ATERROS SANITÁRIOS
• O gás de lixo ou gasolixo produzido por meio da ação
de bactérias, nos aterros sanitários urbanos ou lixões
pode ser reaproveitado para a produção de biogás e
para a geração de energia elétrica
• A instalação da usina de geração de energia elétrica
beneficia financeiramente as prefeituras municipais
com a comercialização do biogás, além da
comunidade, com a diminuição da taxa de limpeza
urbana e da taxa de iluminação pública pela energia
elétrica gerada
• O metano é um gás de efeito estufa que gera odores
desagradáveis e oferece riscos de explosão.
20. USINAS TERMONUCLEARES
• Com reservas de 100 mil toneladas do minério,
Caetité produz anualmente 400 toneladas de
concentrado de urânio, que, depois de passar
por diversos processos industriais, é utilizado na
geração de energia elétrica para as usinas
nucleares brasileiras
• Possibilidade de implantação de uma central
nuclear em Chorrochó ou Rodelas na Bahia que
pode provocar impactos ambientais sobre o
meio ambiente, especialmente nas margens do
Rio São Francisco com o risco de acidentes
nucleares, além do problema não solucionado
da disposição final do lixo nuclear
21. POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
NA BAHIA (SEM O USO DA ENERGIA SOLAR)
• O consumo de energia elétrica na Bahia em 2013 = 463,740 mil
GWh
• O potencial total de geração de energia elétrica na Bahia=
356,413 mil GWh (76,85% do consumo em 2013)
• O potencial eólico da Bahia é estimado em 40 GW= 350,400 mil
GWh
• O potencial estimado de cogeração de energia elétrica no
Estado da Bahia através do aproveitamento de:
• cana-de-açúcar está entre 200 a 1.000 GWh/ano =1 mil GWh
• resíduos agrícolas entre 50 a 500 GWh/ano= 0,5 mil GWh
• resíduos de madeira entre 200 e 500 GWh/ano = 0,5 mil GWh
• óleos vegetais entre 2 a 10 GWh/ano= 0,01 mil GWh
• O potencial de PCH: 914 MW= 8006640 MWh= 4,003 mil GWh
22. POTENCIAL DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NA
BAHIA (APENAS COM O USO DA ENERGIA SOLAR)
• Como exercício teórico, consideremos o suprimento
do consumo de energia elétrica da Bahia em 2013
(463,740 mil GWh) com a utilização apenas da energia
solar fotovoltaica.
• Admitindo o potencial de energia solar de 8
KWh/m2/dia, em 365 dias seriam produzidos 2.920
KWh/m2 (8 KWh x 365 dias/m2= 2.920 KWh/m2).
• A quantidade em Km2 de painéis voltaicos
necessários seria de 158,8 Km2 (463.740.000.000
KWh/ 2.920 KWh/m2= 158.815.068 m2= 158,8 Km2).
• Esta quantidade em Km2 seria correspondente a
2,83% da área do Estado da Bahia de 560.000 Km2
(158,8 km2/560.000 Km2).
23. CUSTO DA GERAÇÃO DE ENERGIA
ELÉTRICA
• Biomassa: R$ 102/MWh
• PCH: R$ 116/ MWh
• Energia hidroelétrica: R$ 118/ MWh
• GNL: R$ 126/ MWh
• Carvão importado: R$ 128/ MWh
• Carvão nacional: R$ 135/ MWh
• Nuclear: R$ 139/ MWh
• Gás natural: R$ 140,00/ MWh
• Energia eólica: R$ 197/MWh
• Biogás: R$ 191/ MWh
• Óleo combustível: R$ 330/ MWh
• Óleo diesel: R$ 491/ MWh
Fonte: ESTUDO DE UTILIZAÇÃO DA ENERGIA EÓLICA COMO FONTE GERADORA DE ENERGIA NO
BRASIL de MURILO VILL MAGALHÃES, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA, 2009.
24. EVOLUÇÃO FUTURA DOS CUSTOS DE
PRODUÇÃO DE ELETRICIDADE
• Energia eólica- se situa entre 50 e 95 US$/MWh, podendo
atingir US$ 30/MWh no ano 2030
• Energia fotovoltaica- se situa entre 500 e 1.160
US$/MWh, podendo alcançar US$ 40 MWh no ano 2030;
• Energia termossolar- se situa entre 220 e 730 US$/MWh,
podendo alcançar US$ 60/MWh no ano 2030
• Biomassa- se situa entre 45 e 105 US$/MWh podendo
alcançar US$ 50/MWh no ano 2030
• PCH- se situa atualmente entre 35 e 145 US$/MWh.
• Todos estes números foram calculados considerando-se
uma taxa de retorno de 15% ao ano e a vida útil de 20
anos.
25. OUTRAS FONTES DE ENERGIA CAPAZES DE
SEREM UTILIZADAS COMO COMBUSTÍVEIS
ALTERNATIVOS AO PETRÓLEO E GÁS
NATURAL NO ESTADO DA BAHIA
• Etanol
• Biodiesel
• Xisto
26. ETANOL
• A Bahia possui 120 municípios produtores de cana-de-
açúcar com área plantada de 92.947 ha e produtividade
estimada em 5.592.921 t de cana (IBGE, 2005), produzidas
em mais de 7.000 estabelecimentos espalhados em treze
polos produtivos
• A produção dos derivados da cana-de-açúcar no Estado
da Bahia conta com 7.000 estabelecimentos, que geram
cerca de 35.000 empregos diretos
• A produção de etanol da Bahia em 2019 será de 0,222
bilhões de litros e a demanda de 2,068 bilhões de litros. O
déficit em 2019 será de 1,846 bilhões de litros. Este
déficit indica a necessidade de criar incentivos para a
produção interna de álcool no estado da Bahia
• A produção de etanol impacta sobre o meio ambiente
desde a produção da cana de açúcar até a sua
fabricação afetando o solo agrícola, o meio hídrico e o ar
27. BIODIESEL
•A Bahia é responsável por 5% da produção nacional de biodiesel.
A produção em 2011 foi de 132 mil m³ e, em 2010, de 92 mil m³
com uma variação de 43%
•Há três unidades de produção de biodiesel hoje na Bahia. Uma é
a Petrobrás Biocombustíveis (PBIO), em Candeias. Outra é a
Brasilecodiesel, em Iraquara. E a terceira é a Comanche, em
Simões Filho
•O Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB)
não está funcionando bem na Bahia porque a produção da
agricultura familiar na Bahia está muito pequena
• Entre as alternativas em discussão está a expansão da produção
de dendê no Brasil. A cultura do dendê tem reais possibilidades
de crescer na Bahia. A mamona da Bahia, apesar de não ser
competitiva na produção de biodiesel, vive um bom momento com
preços altos e remuneração recorde para o produtor
•Um dos principais atributos do biodiesel é a sua capacidade de
reduzir a emissão de poluentes atmosféricos em comparação com
o óleo diesel, contribuindo para a redução do efeito estufa com
melhorias na qualidade de vida e da saúde pública
•Existem impactos de cunho negativos que estão sendo bastante
debatidos. Um deles e o mais antigo é sobre a questão da
produção de energia versus a produção de alimentos
28. XISTO
• A ANP está desenvolvendo estudos para a exploração
do gás de xisto no Mato Grosso, na Bahia, no
Maranhão e no Piauí que deverão estar concluídos em
2014
• A insuficiência de gás natural no Brasil para atender a
demanda torna uma exigência a produção de gás de
xisto no País
• O processo de destilação fracionada para obtenção do
gás de xisto é poluente. O fraturamento hidráulico
(fracking) suscita preocupações ambientais como, por
exemplo, a contaminação dos lençóis aquíferos
subterrâneos
• A utilização do gás natural a partir do xisto vem
encontrando opositores em várias partes do mundo
alegando que o método fracking pode envenenar
reservas subterrâneas de água e até provocar
terremotos
29. O SISTEMA ENERGÉTICO SUSTENTÁVEL
• Em um sistema de energia sustentável, no ano 2030, a
produção mundial de petróleo deveria ser reduzida à
metade e a de carvão de 90%, enquanto a de fontes
de energia renováveis deveria crescer quase 4 vezes.
• As energias renováveis deveriam ser da ordem de
70% da produção total de energia do planeta.
• Quadruplicar a produção mundial de energia
renovável é essencial para se obter um sistema de
energia sustentável no futuro.
• Isso requererá o uso da biomassa e da energia
hidroelétrica, especialmente em países de grande
potencial, como é o caso do Brasil. Exigirá, também,
que a energia solar, eólica e geotérmica faça parte do
“mix” energético do mundo.
30. CONSUMO MUNDIAL DE ENERGIA E EMISSÃO DE CO2
PARA UM SISTEMA ENERGÉTICO SUSTENTÁVEL
Fonte de
Energia
1989 2030
Energia
(Mtep)
CO2
(milhões de
ton.)
Energia
(Mtep)
CO2
(milhões de
ton.)
Petróleo 3.098 2.393 1.500 1.160
Carvão 2.231 2.396 240 430
Gás Natural 1.707 975 1.750 1.000
Renováveis 1.813 - 7.000 -
Nuclear 451 - 0 0
Total 9.300 5.764 10.490 2.590
31. NOVA POLÍTICA ENERGÉTICA PARA A BAHIA
A política de suprimento de energia elétrica requerida para a
Bahia deveria contemplar o seguinte
• Implantar PCH´s (pequenas centrais hidrelétricas) e
hidrelétricas de médio porte em várias regiões da Bahia.
• Implantar usinas eólicas e sistemas híbridos (solar e eólico)
nas localidades mais apropriadas.
• Implantar sistemas de energia solar fotovoltaica ou
termossolar onde justificar sua implantação.
• Produzir energia com o uso do biogás proveniente dos aterros
sanitários.
• Implantar sistema de cogeração na indústria para produzir
vapor e eletricidade utilizando resíduos da produção
industrial e o gás natural.
• Abandonar as centrais nucleares como alternativa energética
por ser de alto custo e apresentar problemas de segurança.
• Economizar energia em todos os setores da atividade da
Bahia.
32. NOVA POLÍTICA ENERGÉTICA PARA A BAHIA
A política requerida para o setor de petróleo e gás natural da Bahia deveria
contemplar o seguinte:
• Reduzir o consumo de derivados de petróleo promovendo a utilização de
substitutos para a gasolina e o óleo diesel no setor de transporte e para o óleo
combustível na indústria. Entre os substitutos da gasolina e do óleo diesel no
setor de transporte podem ser citados o etanol e o biodiesel em curto prazo e o
hidrogênio a médio e longo prazo. O substituto do óleo combustível mais
apropriado na indústria seria o gás natural pelo fato de ser a fonte fóssil mais
limpa entre os combustíveis fósseis.
• Reduzir o consumo de combustíveis fósseis com a adoção de políticas visando a
execução de programas que contribuam para impedir as mudanças climáticas
catastróficas em nosso planeta promovendo sua substituição por outros recursos
energéticos na Bahia. Neste sentido, é preciso efetuar a: 1) substituição da
gasolina pelo etanol e do diesel pelo biodiesel em curto prazo no setor de
transporte; 2) substituição do óleo combustível pelo gás natural e biomassa na
indústria; 3) substituição do carvão mineral pelo gás natural na indústria; 4)
substituição do óleo diesel pela biomassa e gás natural no setor energético; e, 5)
substituição do GLP pelo gás natural no setor residencial e de serviços.
• Reduzir o consumo de petróleo através de ações de economia de energia. Estas
políticas são as seguintes: 1) produzir vapor e eletricidade na indústria com o uso
de sistemas de cogeração; 2) expandir os sistemas ferroviários e hidroviários para
o transporte de carga em substituição aos caminhões; 3) expandir o sistema de
transporte coletivo, sobretudo o transporte de massa de alta capacidade como o
metrô ou VLT para reduzir o uso de automóveis nas cidades; 4) restringir o uso de
automóveis nos centros e em outras áreas das cidades; e, 5) utilizar derivados de
petróleo para fins não energéticos, sobretudo como matéria prima industrial.
33. NOVA POLÍTICA ENERGÉTICA PARA A BAHIA
• Para executar estas políticas, deveria haver um grande esforço no sentido de elevar a
produção de substitutos para o petróleo e gás natural com o incremento da produção
de biocombustíveis (etanol e biodiesel) no Estado da Bahia, bem como para superar
sua dependência na importação etanol e biodiesel. Esta iniciativa traria a vantagem
de promover o desenvolvimento da produção interna de etanol como substituto da
gasolina e de biodiesel como substituto do diesel do petróleo gerando emprego e
renda nas regiões produtoras, além de contribuir para a preservação do meio
ambiente.
• Adicionalmente, deveria haver grande esforço para o aproveitamento das
potencialidades existentes de fontes alternativas de energia na Bahia (Energia Solar
Fotovoltaica, Energia Termossolar, PCHs- Pequenas Centrais Hidrelétricas, Usinas
Eólicas, Cogeração com o Uso de Resíduos ou Biomassa e Usinas Termelétricas com o
Uso do Biogás de Aterros Sanitários) para complementar a geração do sistema
interligado e reduzir os riscos de “black outs” no suprimento de eletricidade.
• Esta necessidade se impõe porque a capacidade de geração do sistema elétrico do
Nordeste brasileiro se aproxima do limite segundo o Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS) que decidiu acionar a carga máxima de energia a partir de usinas
termelétricas na região para preservar um volume de água nos reservatórios acima
do nível crítico. O sistema elétrico brasileiro é um dos maiores do mundo, mas tem
registrado diminuição de confiabilidade com os sucessivos apagões. Desde janeiro de
2011, até o dia 4 de fevereiro de 2014, foram registrados 181 apagões.