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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS DE UNIÃO DA VITÓRIA
FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS
COLEGIADO DE GEOGRAFIA
FABIANE SNICER
O ESPAÇO URBANO E O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS
CIDADES: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO REALIZADO
NA CIDADE DE PAULA FREITAS, PARANÁ.
UNIÃO DA VITÓRIA – PR
2015
1
Fabiane Snicer
O ESPAÇO URBANO E O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS
CIDADES: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO REALIZADO
NA CIDADE DE PAULA FREITAS, PARANÁ.
Trabalho Final de Estágio Supervisionado (TFES)
apresentado ao Colegiado de Geografia da
Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras
de União da Vitória (UNESPAR/FAFIUV) como
requisito parcial para a obtenção do grau de
Licenciado em Geografia.
Orientadora: Prof.ª Ms: Maricler W. Kovalzcuk
União da Vitória
2015
2
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho á minha família, em especial ao
meu pai Ivo e minha mãe Carmen, aos meus amigos
de faculdade, que estiveram ao meu lado em todos
os momentos.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me concedido a vida, a saúde, e sempre
estar guiando meus passos, para que hoje pudesse estar concluindo mais uma
etapa da minha vida.
Agradeço a minha família pelo apoio, pela compreensão, em especial, pai e
mãe, que em nenhum momento mediram esforços para me ajudar no que
precisava.
Agradeço a minha orientadora Professora Maricler, que esteve direcionando
esse trabalho pra que fosse concluído da melhor forma possível, e pelo enorme
incentivo.
Agradeço aos meus amigos que estiveram apoiando, e por jamais me deixarem
desistir, agradeço pelos momentos vividos em todos esses anos, pela confiança,
pela amizade, que vamos levar sempre em nossos corações.
E de forma geral a todo corpo docente do colegiado de Geografia que sempre
estavam dispostos a nós ajudar.
4
CONQUISTANDO O IMPOSSÍVEL
Jamily
Acredite é hora de vencer
Essa força vem de dentro de você
Você pode até tocar o céu se crer
Acredite que nenhum de nós
Já nasceu com jeito pra super-herói
Nossos sonhos a gente é quem constrói
É vencendo os limites
Escalando as fortalezas
Conquistando o impossível pela fé
Campeão, vencedor
Deus dá asas faz teu vôo
Campeão, vencedor
Essa fé que te faz imbatível
Te mostra o teu valor
É vencendo os limites
Escalando as fortalezas
Conquistando o impossível pela fé.
5
O ESPAÇO URBANO E O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS CIDADES: UMA REFLEXÃO A
PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO REALIZADO NA CIDADE DE PAULA FREITAS – PR.
Fabiane Snicer (Graduação em Geografia – UNESPAR/FAFIUV)
Orientadora: Prof.ª Ms. Maricler Wollinger Kovalczuk (Geografia – UNESPAR/FAFIUV)
RESUMO:
Neste trabalho foi realizado um levantamento de dados sobre o espaço urbano da pequena cidade de
Paula Freitas, como ocorreu sua urbanização e a forma em que ocorre o seu desenvolvimento, bem
como as conceituações básicas de cidade, pequeno cidade e o surgimento das mesmas. Trás um
breve relato sobre a história de Paula Freitas, uma cidade ainda bastante nova com apenas 51 anos
de existência, vendo sendo desenvolvida aos poucos, fazendo com que seu crescimento populacional
também seja bastante lento. As primeiras civilizações começaram a se levantar com força a partir da
década de 70, antes disso Paula Freitas tinha uma grande importância no setor ferroviário, onde na
cidade se encontrava a estação Paula Freitas, construída para facilitar o transporte da madeira. Paula
Freitas é umas das menores cidade da Macrozona de União da Vitória, e o menor município
pertencente a região Amsulpar, que é composta por nove municípios da região sul do Paraná. O
trabalho aborda também o processo de aprendizagem no ensino da Geografia, as possibilidades de
se trabalhar com essa temática no ensino, e suas múltiplas maneiras de aplicá-la em sala de aula,
através dos recursos didáticos.
Palavras Chaves: Pequena Cidade, Espaço Urbano, Urbanização, Desenvolvimento.
6
LISTA DE IMAGENS
IMAGEM 01- ESTAÇÃO PAULA FREITAS....................................................... 20
IMAGEM 02- PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES........................................................ 21
IMAGEM 03- DENSIDADE DEMOGRÁFICA DE PAULA FREITAS................. 27
IMAGEM 04- COMPARTIMENTAÇÃO URBANA.............................................. 28
IMAGEM 05- FOTO AÉREA DA CIDADE DE PAULA FREITAS (1)................. 33
IMAGEM 06- FOTO AÉREA DA CIDADE DE PAULA FREITAS (2)................. 33
7
LISTA DE MAPAS
MAPA 01: MAPA DO BRASIL............................................................................. 22
MAPA 02: MAPA DO PARANÁ........................................................................... 22
MAPA 03: MAPA DE PAULA FREITAS............................................................... 22
8
LISTA DE TABELAS
TABELA 01: DEMONSTRATIVO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA....................... 18
TABELA 02: COORDENADAS UTM DOS PONTOS EXTREMOS....................... 23
TABELA 03: POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PAULA FREITAS, 1970-
2000........................................................................................................................ 25
TABELA 04: POPULAÇÃO DE PAULA FREITAS – PROJEÇÃO 2012-2017.... 25
TABELA 05: PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO URNANA 2012-2017...................... 26
TABELA 06:COMPARTIMENTOS MUNICIPAIS DE PAULA FREITAS.............. 29
TABELA 07: CARACTERÍSTICAS DOS COMPARTIMENTOS URBANOS......... 30
TABELA 08: DEMANDA DE SOLO URBANO 2007-2017.................................... 32
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 10
1. DEFINIÇÕES E CONCEITUAÇÕES DE CIDADE..................................... 11
1.1. PEQUENAS CIDADES............................................................................... 13
1.2. SURGIMENTO DAS CIDADES.................................................................. 16
1.3. HISTÓRIAS DE PAULA FREITAS.............................................................. 19
1.4. LOCALIZAÇÃO........................................................................................... 22
2. PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO EM
PAULA FREITAS.................................................................................................. 25
2.1. COMPARTIMENTAÇÃO MUNICIPAL........................................................ 28
2.2. COMPARTIMENTAÇÃO URBANA............................................................. 29
2.3. PERÍMETRO URBANO.............................................................................. 31
2.4. DENSIDADE DE OCUPAÇÃO URBANA.................................................... 31
3. GEOGRAFIA E ENSINO............................................................................ 34
3.1. O ENSINO DA GEOGRAFIA NO BRASIL.................................................. 34
3.2. PROCESSO DE APRENDIZAGEM E RELAÇÃO PROFESSOR /
ALUNO.................................................................................................................. 36
3.3. A RELAÇÃO DA TEMÁTICA COM A REALIDADE SO
ALUNO................................................................................................................... 37
3.4. RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO DA GEOGRAFIA......................... 38
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 41
CONSULTAS ELETRÔNICAS............................................................................... 44
RELATÓRIO DE ESTÁGIO................................................................................... 45
INTRODUÇÃO....................................................................................................... 46
PROCESSO DE APRENDIZAGEM, RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO E A
IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA GEOGRAFIA................................................... 48
CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 52
ANEXOS 01 – (PLANOS DE AULA)...................................................................... 53
ANEXOS 02 – (TERMO DE ENCAMINHAMENTODE ESTÁGIO).......................
10
INTRODUÇÃO
As pequenas cidades são inúmeras em todo território brasileiro, por suas
características humanas e físicas, consideradas algumas vezes como “cidades do
interior” ou “cidades rurais”, porém não deixando de seremurbanas, pois existe toda
uma estrutura arquitetônica de edificações, casas, ruas, avenidas, praças; entre
outras inúmeras características que alegam as singularidades das pequenas
cidades.
As pequenas cidades normalmente são definidas pelos aspectos
populacionais e extensão territorial de forma geral. Porém existe uma grande
dificuldade em relação à definição do conceito ou classificação de pequena cidade,
pois diversos autores adotam uma linha de pesquisa diferente, cada qual com suas
singularidades, não existindo um consenso entre os autores. Porém o objetivo do
presente trabalho é abordar as principais ideias, e assim classificando e
conceituando de forma ampla uma pequena cidade.
A proposta do presente trabalho é identificar o espaço urbano das pequenas
cidades, sua composição a relação com o meio social e o processo de
desenvolvimento das mesmas. Para atingir os principais objetivos que foram
propostos no trabalho, o mesmo foi dividido em três capítulos, para melhor o
entendimento e esclarecimento das principais ideias.
O primeiro capítulo se refere aos pressupostos teórico-conceituais de
cidades, pequenas cidades e urbanização, com reflexões fundamentais a respeito
dos temas abordados, também nesse capitulo trás a história da cidade abordada na
pesquisa e sua localização.
O segundo capítulo com base nos dados do Plano Diretor Municipal de
Paula Freitas vem tratar do processo de formação de desenvolvimento urbano em
Paula Freitas, as compartimentações municipais e urbanas, também abrange o
perímetro urbano a densidade de ocupação urbana.
O terceiro capítulo se refere ao ensino da geografia no Brasil, o processo de
aprendizagem e a relação professor/aluno, também vem trazer sobre a relação da
temática com a realidade do aluno, ou seja, sobre o espaço urbano das pequenas
cidades, dessa forma trazendo o modo em que se pode trabalhar esse conteúdo
dentro das salas de aula relacionando-os com os mais distintos recursos didáticos
no ensino da geografia.
11
1. DEFINIÇÕES E CONCEITUALIZAÇÕES DE CIDADE
Manfio e Benaduce (2011, p.73) apud Moreira (2007)
A cidade nasce a partir de uma divisão social do trabalho, que surge com o
aperfeiçoamento das técnicas, possibilitando um aumento da produtividade
do trabalho, com a geração dos excedentes na produção, parte da
população se disponibiliza para a realização de atividades agrícolas.
(MANFIO E BENADUCE, 2011, p.73) apud (MOREIRA, 2007).
Com base na citação do autor, entende-se que a cidade nasce a partir da
divisão do trabalho, onde uma população se concentra em determinado território,
para a realização de atividades, para o próprio sustento, partindo do território físico,
uma área delimitada.
Segundo Manfio e Benaduce (2011, p.74) apud Carlos (1992) a cidade é um
aglomerado de pessoas e de objetos como prédios, casas, ruas; porém a cidade não
pode ser pensada somente por esse ângulo, pois dentro do conteúdo social, a
cidade envolve varias dimensões, como economia, política e cultura, desde a sua
estruturação e desenvolvimento desses aspectos.
A cidade é uma realização humana com a criação que vai se constituindo
ao longo do processo histórico e que ganha materialização concreta e
diferenciada em função de determinações históricas específicas. (MANFIO
E BANADUCE, 2011, p.73-74) apud (CARLOS, 1992).
Ou seja, a cidade entra num aspecto físico e social, onde ela é concreta e
ao mesmo tempo invisível, pensando nos processos sociais, como os sentimentos e
a rotina da vida no dia-a-dia.
Manfio e Benaduce (2011, p.74) apud (Carlos 1992) ainda cita:
A cidade é um modo de viver, de pensar, mas também de sentir. O modo de
vida urbano produz ideias, comportamentos, valores, conhecimento, formas
de lazer, e também uma cultura.
Em sua definição Carlos é bastante retórico, onde é necessário que existam
um conjunto de aspectos, para que se possa definir uma cidade, ele parte do
pressuposto social, além do pressuposto físico, onde fala das aglomerações
concretas, da estrutura arquitetônica, como casas, prédios, ruas, praças; nesse
aspecto entra a parte da gestão política, onde é necessários alguns órgãos públicos,
como prefeitura, postos de saúde, escolas etc.; Também a economia em que se
12
embasa a cidade, como setor industrial, ou setor agropecuário. Dessa forma a
definição se torna mais completa, na abordagem dos mais específicos aspectos,
num âmbito geral físico e humano.
Geiser (1995, p.23) Afirma que: A cidade é um objeto conceitual abstrato,
embora construído sobre uma base material formada por edificações, arruamentos,
monumentos, etc.
Entende-se assim que Geiser em seu ponto de vista, é muito complexo
delimitar um conceito propriamente único para cidade, tendo em vista os múltiplos
aspectos relacionados entre si, como destaca Carlos, Geiser em sua perspectiva
delimita cidade como uma base material, porém em uma outra ocasião ele trás a
área social de uma cidade onde delimita como município, fazendo parte desse
contexto, as relações humanas. [...] “Os municípios brasileiros, bem como suas
sedes, variam ao extremo quanto ao conteúdo, dimensão e população, etc.”.
(Geiser, 1963, p. 7)
[...] A cidade é formada por: “estruturas morfológicas, arranjos organizados
de volumes e sub-parcelamentos que expressam formas de acesso e
propriedade, situados em um determinado suporte físico [...] A cidade flui
por seus espaços vazios. A cidade é o espaço da rua, vista como centro e
cenário da vida cotidiana. A rua é um ponto de fixação do homem ao seu
universo urbano, ponto de onde vivencia a cidade, seu espaço concreto e
familiar. E essa rua, apesar de aparentemente ser um espaço bastante
ordinário, dependendo de sua dimensão ou de seu calçamento, ou de seu
uso, pode variar enormemente. Uma rua estreita e sinuosa, repleta de
veículos, pessoas, sons e odores difere de uma avenida larga e bem
arborizada. A maneira como percorremos essa rua, como pedestres ou de
automóvel, a que hora do dia também nos trará uma noção diferente desse
espaço. Às edificações e aos espaços livres, associam-se o suporte físico, a
vegetação e os elementos de publicidade, que concorrem para a
estruturação e qualificação do ambiente (LADIM, 2004, p.26-28).
Nas as citações de Ladim, percebe-se que a autora conceitua cidade a partir
de estrutura morfológica, onde a população se organiza em determinado território,
onde o espaço é moldado e urbanizado, podendo considerar assim que só pode ser
considerada cidade, quando a urbanização desse espaço, formando assim uma
cidade urbanizada.
[...]ela é uma imagem, uma criação mental e social; está na mente das
pessoas, nas relações de uso que se estabelecem entre os cidadãos, e
entre estes e os elementos citados. A paisagem não é formada apenas de
volumes, mas também de cores, movimentos, odores e sons. (LADIM,
2004, p. 29).
13
Na teoria parece fácil definir cidade: Um local com forte densidade humana,
com formações estruturais arquitetônicas. Mas com a expansão da urbanização e a
modernização nos meios rurais, ficou mais difícil de definir e distinguir esses dois
fatos geográficos, cidade e campo. Porém foram estabelecidos alguns critérios para
definição de cidade, os principais são: Número total de habitantes, densidade
populacional, critério morfológico e critério funcional.
Como no Brasil a criação de cidades é um ato político, transformando
aglomerações em sedes municipais, vê-se nesse conjunto aquelas com
complexidade mínima de atividades, acrescida das funções administrativas
mediante as prefeituras e câmaras municipais. Mas, dependendo de suas
localizações, estas sempre estarão na periferia do sistema urbano
(SANTOS, 1982, p. 74).
Santos coloca que são necessárias algumas exigências mínimas, para que
seja viável a criação de uma cidade, além de aglomerações de construções, são
necessários que exista funções administrativas básicas, como por exemplo,
prefeitura, câmara municipal, atendimento de saúde, escolas.
1.1 PEQUENAS CIDADES
Pensar em pequena cidade, primeiramente deve-se partir dos seus
principais conceitos, o que define uma pequena cidade, dentre os aspectos físicos e
humanos. Assim como o conceito de cidade se têm uma grande dificuldade de
delimitar, acontece o mesmo com conceito de pequena cidade.
Como cita o autor Endlich (2006, p.85).
O conceito de pequenas cidades é daquelesde difícil elaboração. As
localidades assim denominadas oferecem elementos para se discutir não só
o conceito de pequenas cidades como o próprio conceito de cidade [...]
ENDLICH (2006, p.85).
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa) uma
pequena cidade é definida por conter até 100 mil habitantes, com base nesse dado,
segundo o IBGE, no Brasil, das 5,507 cidades, 4,646 são consideradas pequenas, e
dentro do estado do Paraná, das 399 cidades, 323, são pequenas cidades (IBGE
2000).
14
Santos (1979, p.71) aponta que:
A cidade local é a dimensão mínima a partir da qual as aglomerações
deixam de servir às necessidades da atividade primária para servir as
necessidades inadiáveis da população com verdadeira especialização do
espaço.
Santos (1993) cita as cidades pequenas com no máximo 20 mil habitantes,
embora entenda que só pode ser definido a partir de um certo estágio de
desenvolvimento. Sobre o conceito de pequena cidade, existe uma grande
dificuldade, pelo simples fato das suas especificidades e heterogeneidades.
Cabe, todavia, levantar uma questão: podemos classificar as cidades com
mais de 20.000 habitantes como médias? Um dos problemas que se
apresentam nas ciências humanas é o do uso e interpretação das séries
estatísticas, pois o número, em momentos distintos, possui significado
diferente. O que chamávamos de cidade média em 1940/50, naturalmente
não é cidade média dos anos 1970/80. No primeiro momento, uma cidade
com mais de 20.000 habitantes poderia ser classificada como média, mas
hoje, para ser cidade média uma aglomeração deve ter população em torno
dos 100.000 habitantes. Isto não invalida o uso de quadros estatísticos, mas
sugere cautela em sua interpretação (SANTOS, 1993, p. 70-71).
As pequenas cidades são vistas como lugares mais calmos, com índices de
violência bastante baixos, onde normalmente a vizinhança toda se conhece, com
uma riqueza de simplicidade não vista em grandes cidades. A paisagem de uma
pequena cidade é diferenciada, normalmente é raro prédios de vários andares,
condomínios fechados e sim é normal casas simples e aconchegantes, com
arquitetura simples e sofisticada, nas ruas e nas praças é presentes grande números
de árvores, gramas e flores, com aspecto de cidade do interior. A economia de uma
pequena cidade é normalmente baseada na agropecuária e pequenas indústrias e
comércio local, devido esse fator, é grande o numero de desemprego nas pequenas
cidades, fazendo com que normalmente os jovens, vão em busca de emprego em
cidades vizinhas e maiores. Alguns fatores fazem com que a infraestrutura das
pequenas cidades sejam pobres, como por exemplo, saúde e educação.
Normalmente não existem hospitais de grande porte para tratamentos e
aparelhagem modernas, fazendo com que os cidadãos vão em busca de melhor
estrutura em cidades maiores. O mesmo acontece com a educação, onde a
pequena cidade oferece apenas a educação básica, não existem universidades para
os jovens continuarem os estudos, então eles saem das cidades onde nasceram e
vão para uma cidade maior em busca de emprego e uma instituição de ensino.
15
Dessa forma é indiscutível que nas pequenas cidades existem fatores tanto
positivos como negativos, o mesmo acontece nas cidades de médio porte e nos
grandes centros urbanos. Simplificando a cidade é um lugar de vivência de um
aglomerado de pessoas, onde são realizadas atividades econômicas pra
manutenção da cidade e geração de empregos.
Os pequenos centros urbanos não são iguais entre - si, pois possuem
conteúdos diferentes que em alguns casos geram relações hierárquicas
entre elas. Cidades com atividades comerciais e equipamentos de serviços
públicos e privados um pouco mais diversificados funcionam como pólos
microrregionais (Endlich, 2006, p.52).
Além de surgirem várias polêmicas sobre o conceito de pequena cidade, a
outro fator que intriga muitos dos autores, quando tentam responder sobre a
classificação de urbano e rural, visando que os municípios têm suas sedes bastante
pequenas. Sendo assim, segundo José Eli da Veiga, a qualificação de cidades deve-
se ir além de números de habitantes, e, sobretudo o critério desse contexto está
ligado as relações dessa localidade no modo de vivência, definindo então se urbano
ou rural. Como por exemplo, o modo que a população emprega seu tempo nas
atividades que são realizadas no dia-a-dia, hábitos urbanos, valores urbanos. As
pequenas sedes de cidades perderam o caráter de vida campestre, de vida não
agitada, que não existe violência, poluição, áreas periféricas, pois são problemas
não específicos somente de grandes metrópoles, e problemas estes, que cada vez
mais estão se alastrando por todo território em escala nacional. Os números de
cidades pequenas no país é bastante relevante, visando também que toda cidade
nasce pequena, porém, os poderes públicos não dão um incentivo convincente a
essas pequenas cidades que surgem tão necessitadas de um olhar específico.
[...] a célula-máster que atende às necessidades de uma população; tais
necessidades variam em função da densidade demográfica, das
comunicações e da economia da região, bem como do comportamento
sócio - econômico de seus habitantes. Porém, cada uma dessas cidades
constitui um caso específico quando se leva em conta sua função principal.
(SANTOS, 1981, p. 15).
Santos (1988, p. 46) esclarece que “as cidades pequenas ou grandes,
enquanto lugares, são singulares e uma situação não é semelhante a outra, e cada
lugar combina de maneira particular variáveis que podem ser comuns a vários
16
lugares”. As cidades pequenas podem ser mais bem administradas e planejadas,
pois apesar de se encontrarem em uma dimensão de espaço isolada, são muitas
das vezes relacionadas ás transformações do modelo de consumo.
As transformações verificadas no campo alteraram o padrão desses
pequenos lugares centrais, criando pelo menos quatro caminhos ao longo
dos quais evoluíram: I – Prósperos lugares centrais em áreas agrícolas nas
quais a modernização não afetou radicalmente aestrutura fundiária e o
quadro demográfico [...] II – Pequenos centros especializados. [...] III –
Pequenos centros transformados em reservatórios de força de trabalho ou
que assim nasceram [...] IV – Pequenos centros em áreas econômica e
demograficamente esvaziadas por um processo migratório que desequilibra
ainda maisuma estrutura etária, afetando ainda a proporção dos sexos
(CORRÊA, 2004, p. 75-76).
Roberto Lobato Corrêa (1991, p.14) mostra que as cidades com população
entre 10.000 e 15.000 mil habitantes, tem suas atividades voltadas às atividades
rurais, e poucas atividades urbanas.
1.2 SURGIMENTO DAS CIDADES
O surgimento das cidades é bastante antigo, apesar de não existir uma data
precisa, autores apontam que tenha sido por volta de 3500 a.C. A explicação da
origem das cidades se dá a partir de uma ordem geográfica natural, nas regiões com
predomínio de climas semi áridos, os grupos tiveram a necessidade de se fixarem
em lugares próximos aos rios, como rio de Eufrates e rio Nilo, para terem acesso
rápido e fácil a água, e por ser áreas várzeas que eram propícias ao
desenvolvimento da agricultura.
Lopes (2009, p.02,03) apud (Sjoberg 1972) define que:
Foi a aproximadamente 5.500 anos que o homem começou a viver em
núcleos, tendo as primeiras cidades se formado por volta do ano 3.500 a C,
na região situada entre os rios Tigre e Eufrates. Ali, a existência de solo
fértil, grande oferta de água um cruzamento de estradas permitiram o
desenvolvimento e a comunicação entre povosde diferentes
culturas,contribuindo para o crescimento e a transformação de povoados
em cidades. (LOPES (2009), p.02,03) apud (SJOBERG, 1972)
As primeiras cidades surgiram na mesopotâmia, (hoje Iraque) foi onde
ocorreu o centro da difusão do fato urbano para o Egito antigo, em seguida surgiram
17
às cidades do vale do Rio Nilo, e do Indo, da região mediterrânea e na Europa, por
fim então, as cidades da China e do Novo mundo. No continente americano,
desencadeou a sua urbanização a partir da Mesopotâmia, surgiram cidades, perto
de 500 a.C., as quais atingiu se auge no primeiro milênio d.C.
Apesar das primeiras cidades tenham surgidos há mais de 3.500 anos a.C.,
o processo de urbanização moderno teve inicio no século XVIII, em consequência da
Revolução Industrial que teve inicio no continente europeu. A Inglaterra foi o primeiro
país a se urbanizar na chamada Era moderna, no ano de 1850, aproximadamente
50% da população pertencia à área urbana, já outros países a urbanização só
aconteceu a partir da segunda metade do século XIX, através do aceleramento e
crescimento do setor industrial.
Do ponto de vista histórico, trata-se de um fenômeno recente. Todavia,
neste curto espaço de tempo, a segunda metade do século passado, a
população urbana passou de 19 milhões para 138 milhões, com uma taxa
de crescimento média anual de 4,1%. A cada ano, em média, foram
acrescidos 2.378.291 habitantes às cidades, fazendo com que a população
urbana, em meio século, apenas, aumentasse 7,3 vezes. No período inicial
do processo de urbanização acelerado, a taxas de fecundidade ainda
estavam relativamente altas e, certamente foram fundamentais para o seu
ritmo, apesar do seu declínio ter se iniciado logo na segunda metade da
década de sessenta. Sem dúvida, foram as migrações internas as grandes
responsáveis pela grande aceleração do processo de urbanização. Estima-
se que, entre 1960 e o final dos anos oitenta, auge do ciclo migratório,
saíram do campo para as cidades quase 43 milhões de pessoas,
considerando, inclusive os “efeitos indiretos da migração”, ou seja, os filhos
tidos pelos migrantes rurais nas cidades. (BRITO, Fausto. PINHO, Breno,
2012. Pg. 07)
No Brasil o processo de urbanização ocorreu principalmente na segunda
metade do século XX, através da expansão da economia cafeeira, e com o
acelerado surto da industrialização. Neste período os principais fatores que
contribuíram para o processo de urbanização, foi o grande ciclo de migrações
internas, principalmente a rural-urbano. Com a chegada da Revolução Industrial no
final do século XIX, principalmente na região de São Paulo e Rio de Janeiro, com a
inserção de fábricas de tecidos e calçados, de mão de obra fácil, onde os principais
trabalhadores eram imigrantes da Itália. Nesse período o aumento da população
brasileira foi bastante notório como se pode observar na TABELA 01. Esse aumento
populacional contribuiu de maneira bastante relevante para o processo de
urbanização no Brasil.
18
Tabela 01: Demonstrativo da População Brasileira:
Brasil, População Total e Urbana e Grau de Urbanização –Médio Anual da
População Urbana, 1940-1970.
Período Total Urbana Grau de Urbanização
1940 41.236.315 12.880.182 31,24
1950 51.944.397 18.782.891 36.16
1960 69.930.293 312.214.700 44,64
1970 93.139.037 52.084.984 55,92
1980 119.502.716 80.436.419 67.31
1991 146.825.475 110.990.990 75,59
2000 169.544.443 137.697.439 81,22
2010 190.755.799 160.925.792 84,36
FONTE: IBGE, Censo Demográfico de 1940,1950, 1960, 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010.
Nas primeiras décadas da colonização foram fundadas inúmeras vilas em
Pernambuco, na Bahia e São Paulo. Então em 1549 o Rei de Portugal veio ao Brasil
para construir a primeira cidade, e determinou que as vilas que fossem atingindo
certo nível de desenvolvimento, receberia o título de cidade. A partir da república,
todas as vilas passavam a serem chamadas de cidade, no caso as sedes
municipais, e o território tanto urbano como o rural, ficou designado por município.
No Brasil a primeira cidade fundada foi a de Salvador no dia 29 de março de 1549,
inclusive foi a capital brasileira de 1549 a 1763, pois era a principal parada de
embarcações vindas de Portugal, uma das razões que levou Salvador a ser capital
do Brasil.
1.3 HISTÓRIA DA CIDADE DE PAULA FREITAS
O Município de Paula Freitas até o século XVII era habitado por índios da
família Caigangue, que viviam próximo ao Rio Iguaçu, e sobreviviam principalmente
da pesca, caça e colheita de frutos. No inicio do século XVII e XVIII, os índios foram
afugentados pelas expedições de imigrantes que chegavam à região, através do Rio
Iguaçu que era o único meio que dava acesso a região.
19
O Rio Iguaçu faz parte da história do município de Paula Freitas, pois foi um
grande aliado para o povoamento da cidade, foi através dele que a região começou
a ser habitada, após a descoberta do vau. O vau foi descoberto em União da Vitória
pelo tropeiro Pedro Siqueira Cortes, no dia 12 de abril de 1842, durante uma
expedição rumo aos campos de Palmas, tornando assim possível a travessia dos
rebanhos bovinos que vinham do Rio Grande do Sul e tinham como destino a cidade
de Sorocaba São Paulo, tornando a viagem mais rápida e mais fácil.
O tropeirismo contribuiu de forma significativa para o povoamento da região,
pois durante as viagens que duravam meses, os tropeiros pernoitavam em fazendas
com locais de pastagens e açudes para os animais se alimentarem e beber água. A
região do Ronda, hoje atual Rondinha era a principal parada dos tropeiros que ali se
recompunham da viagem.
Os primeiros moradores da região conhecida por Estácios na época, no
século XIX, estabeleceram-se próximo ao Rio Iguaçu, Rio Macaco, Rio Jararaca e
Rio Vargem Grande. O primeiro morador do distrito foi Manuel Estácio de Paula, que
era um grande proprietário de terras na região.
As principais atividades econômicas na época eram extração da erva-mate,
a exploração da madeira e a pecuária. Em 1905, com a chegada da estrada de ferro,
foi construída no distrito uma estação ferroviária (imagem 01) chamada Estação
Paula Freitas, em homenagem á Antonio de Paula Freitas, que foi o engenheiro que
projetou a estação.
20
IMAGEM 01- Estação Paula Freitas
Estação de Paula Freitas, inaugurada em 26 de fevereiro de 1905. Acervo Antonio Lara.
(WWW.estacoesferroviarias.com.br) acesso em 07 de setembro de 2015.
Por este motivo depois de algum tempo o distrito de Estácios passa a ser
chamado de Paula Freitas. Nessa época também se instalou a primeira serraria para
beneficiamento da madeira, próximo a margem do Rio Iguaçu e também próximo a
estação, para facilitar o transporte. A partir da década de 20, fixaram-se as primeiras
famílias , que auxiliaram no desenvolvimento da região, são elas; Marés de Souza,
Gasparin, Lara, Cordeiro, Marques, Afonso, Campos, Bueno, Schwartz, Gabardo,
Hermann, entre outras.
À medida que o distrito foi se desenvolvendo, criaram-se novas atividades
econômicas, como os primeiros comércios, armazéns e moinhos. O distrito de
Carazinho foi criado em 1917, por meio da Lei nº 1.724, que pertencia ao município
de União da Vitória. Em 1921, o antigo distrito de Carazinho passa a ser
denominado distrito judiciário de Estácios.
No dia 20 de outubro de 1938, de acordo com a Lei nº 7.573, então foi
elevado oficialmente a categoria de vila, chamada de Paula Freitas. Em 30 de
novembro de 1963, a vila foi elevada a categoria de município através da Lei
municipal nº 4.788. Então se oficializou o nome de município de Paula Freitas,
21
juridicialmente subordinado ao município de União da Vitória. A data de posse do
primeiro prefeito foi em 08 de dezembro de 1964, que é data comemorada o dia do
município. Nos dias atuais o município possui 21 localidades e é conhecida como a
capital da melancia.
IMAGEM 02 – Primeiras civilizações na cidade de Paula Freitas
FONTE: acervo pessoal Mauro Feliz dos Santos
22
1.4 LOCALIZAÇÃO CIDADE DE PAULA FREITAS
23
Paula Freitas é um município tem uma população estimada de 5.737
habitantes segundo censo de 2014, é uma área de aproximadamente 421,409 km²,
que pertence à Mesorregião Sudeste Paranaense, cujos 17.010 km² são repartidos
em 21 municípios, sendo habitados por 398 mil paranaenses. Dentre as quatro
microrregiões que formam o Sudeste, Paula Freitas ocupa a microrregião de União
da Vitória, da qual ocupa o extremo leste. É ainda o único município dessa
microrregião situado a leste da capital regional (União da Vitória), confrontando com
a parte sul da microrregião de Irati; a fronteira sul do município é o Rio Iguaçu, que
aí separa os estados do Paraná e de Santa Catarina.
A cidade de Paula Freitas está localizada no cruzamento do paralelo,
26º12´30” Sul com o meridiano 50º56´17'' Oeste, com altitude de 754 metros. O
município estende-se entre os pontos extremos cujas coordenadas constam na
Tabela 02.
Tabela 02: Coordenadas UTM dos pontos extremos:
Coordenadas UTM dos Pontos Extremos do Município de Paula Freitas
Ponto extremo Coordenadas X Coordenadas Y
Norte 510.402 7.118.037
Sul 509.929 7.092.311
Leste 500.689 7.103.092
Oeste 530.370 7.104.205
Fonte: Calculado pela consultoria sobre base cartográfica fornecida pela Copel – Plano Diretor
Municipal de Paula Freitas, 2008.
O município de Paula Freitas está localizado na várzea do Rio Iguaçu,
ocupando terrenos, exceto no extremo noroeste,onde estão os primeiros
contrafortes da Serra da Esperança, nos quais se situa o ponto mais alto do
município, com a cota 1.184m. A região serrana, no entanto, ocupa pouco mais de
10% do território municipal (cerca de 45 km², num total de 429 km²)
A economia do município de Paula Freitas apresenta uma ruralidade muito
forte, sendo o setor primário da economia do município. As principais produções,
24
são culturas mecanizadas de grãos, principalmente soja e milho, a partir da década
de 1990 também teve um grande avanço na fumicultura. E também teve a instalação
das indústrias de madeiras, mas ainda são números bastante pequenos.
25
2. PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO EM PAULA
FREITAS PARANÁ
Apesar do município de Paula Freitas tenha sido criado na década de 1960,
mas somente começou a comparecer como ente independente a partir de 1970,
sendo o primeiro censo a divulgar dados do município.
A população total se manteve estacionada, nas ultimas três décadas do
século XX, como mostra a tabela 03, depois começou a crescer num ritmo bem
lento.
Tabela 03: População do Município de Paula Freitas, 1970 - 2000
População: 1970 1980 1991 2000
Urbana N.D 650 1.470 2.200
Rural N.D 3.869 3.195 2.860
Total 4.695 4.519 4.665 5.060
N.D= Dado não disponível.
Fonte: IPEA, ipeadata. Consulta no site: www.ipea.gov.br em abril de 2007.
Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008.
Levando em consideração as taxas de crescimento geométricos apontados
na última tabela, pode-se estimar uma tendência populacional para 5.911 habitantes
no ano de 2017, na tabela a seguir pode-se observar a evolução anual da
população.
Tabela 04: População do Município de Paula Freitas, projeção 2012 á 2017.
População 2012 2013 2014 2015 2016 2017
Urbana 3.182 3.263 3.344 3.426 3.508 3.590
Rural 2.468 2.438 2.408 2.379 2.350 2.321
Total 5.650 5.701 5.753 5.805 5.858 5.911
Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008.
Uma vistoria realizada in loco, pela consultoria do Plano Diretor Municipal de
Paula Freitas em junho de 2007, contatou que o centro urbano de Paula Freitas
juntamente com as áreas periféricas, como loteamentos, existe 605 moradias, onde
pode-se considerar uma população efetivamente urbana, e todo crescimento
26
populacional é absorvido pelos núcleos urbanos do município. Na tabela 05, pode-se
observar a projeção populacional e a taxa de urbanização do município.
Tabela 05: Projeção da população urbana do município de Paula Freitas, 2012-
2017 e taxa de urbanização.
Ano 2007 2012 2017
População 2.776 3.182 3.590
Taxa de
urbanização
51,4% 56,3% 60,7%
Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008.
Paula Freitas deverá continuar a permanecer no rol de pequenos municípios
do sudeste do Paraná, sendo o município menor da microrregião de União da
Vitória, que têm 21 municípios. Tudo indica que as localidades de Rondinha e
Vargem Grande tendem a ter um crescimento populacional maior em relação à
cidade-sede de Paula Freitas, podendo até incluí-las na rede urbana da microrregião
de União da Vitória.
Como mostra na tabela 04, a população entre rural e urbana vai sofrer
bastante os reflexos desse aglutinado crescimento, com respeito aos perímetros
urbanos e de expansão urbana.
27
IMAGEM 03: Densidade demográfica de Paula Freitas
Fonte: Plano Diretor Municipal de Paula Freitas,2008 (Prancha 12)
f
Paula Freitas tem uma densidade média de 12,6 hab./km², é notável que as
regiões próximas ao Rio Iguaçu, tem uma diminuição na sua densidade, e ocorre
uma concentração próximaà linha que representada pelo antigo traçado da PTR –
153. Na localidade da Rondinha, a densidade fica acima de 147 hab./km².
28
2.1COMPARTIMENTAÇÃO MUNICIPAL
Tendo em vista a ocupação humana da cidade de Paula Freitas, pode-se
atribuir três grandes macrozonas habitadas e mais uma macrozona pouco povoada,
mais de grande importância ambiental.
IMAGEM 04 - Compartimentos Municipais – Síntese Municipal
Fonte: Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008. (Prancha 31)
29
Na tabela a seguir será relacionado às comunidades ás macrozonas.
Tabela 06: Compartimentos Municipais de Paula Freitas
Compartimentação Comunidades Pertencentes
Oeste São Carlos, Paula Freitas, Maria Anisia, Rondinha, Canudos,
Luzia, Colônia Macacos, Cachoeira
Centro Poço Preto, Faxinal, Palmital, Palmital Jararaca, Bela Vista
Leste Carazinho, Ronda Jararaca, Cerro do Leão, Rio das Antas, Linha
D’ Ana, Vargem Grande
Serra da Esperança Morro do Taió
Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008.
É notável que a macrozona sudeste abriga a imensa maioria da população
urbana com atividades econômicas variadas, já as demais regiões são visivelmente
rurais.
2.1COMPARTIMENTAÇÃO URBANA
A população urbana de Paula Freitas tem pouco mais de 2500 pessoas,
tornando uma das menores cidades do estado do Paraná, sua organização espacial
forma uma rede de núcleos urbanos interligados, o que possibilita identificarmos
cinco compartimentos urbanos distintos.
A rede de áreas urbanas de Paula Freitas estrutura-se ao longo da PRT –
153 rodovia que dá acesso á sede municipal, dando continuidade a Rua Gustavo
Schwartz, no sentido nordeste - sudoeste. Nessa forma de rede fica bastante notável
a separação espacial entre os núcleos dependentemente entre os usos existentes
nas áreas de caráter urbano.
No sentido nordeste pela rodovia encontra-se a vila de Vargem Grande,
originária de uma antiga estação ferroviária que há anos esta desativada e também
é o centro da região colonial de Paula Freitas. Essa vila possui grande importância
histórica e na sociedade de Paula Freitas.
No sentido sudoeste, cerca de 3 km de ocupação rural, surge uma pequena
concentração de residências ao longo da rodovia, que tem denominação Canudos,
30
que vai se estendendo por mais 2 km até chegar na comunidade de Rondinha.
Rondinha é um conjunto habitacional urbano estritamente ligado a rodovia, é uma
ocupação de caráter ordenado, e um conjunto social promovido pela cohapar.
Logo adiante próximo ao núcleo urbano de Paula Freitas, o loteamento
Maria Anísia, cerca de 2,5 km da BR 476 e pela Rua Gustavo Schwartz onde
concentram-se boa parte das atividades industriais e prestação de serviços públicos.
O conjunto urbano Maria Anísia pertence ao conjunto urbano da cidade de Paula
Freitas num ponto de vista institucional, onde a comunidade usufrui dos serviços
urbanos locados na sede, apesar de estar á 2 km da sede municipal. Na região
localizada nos fundos do loteamento, localizam-se as unidades de habitação social
com as residências de casas populares.
Entre Maria Anísia e a cidade de Paula Freitas, habita um número pequeno
de famílias, do qual pertencem ao contexto urbano da sede.
No núcleo urbano de Paula Freitas, são existentes pouco mais de 800
habitantes, onde se concentra boa parte do comércio, prestação de serviços e os
serviços públicos municipais.
Ligada ao centro encontra-se o compartimento São Carlos, ocupação
alongada junto ao eixo da avenida com mesmo nome do compartimento, assim
como Maria Anísia, esse compartimento é totalmente dependente dos serviços do
núcleo de Paula Freitas.
Tabela 07: Características dos compartimentos urbanos de Paula Freitas
Compartimento: Área Urbana: Domicílios: População: Densidade:
Macrozona- Paula Freitas 42 ha 215 820 19 hab./ha
Macrozona- São Carlos 15 ha 65 236 16 hab./ha
Macrozona- Maria Anísia 29 ha 120 414 14 hab./ha
Macrozona- Rondinha 30 ha 150 585 19 hab./ha
Macrozona- Vargem Grande 17 ha 55 205 12 hab./ha
133 ha 605 2.260 17 hab./ha
Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008.
31
2.3 PERÍMETRO URBANO
A estrutura das populações urbanas de Paula Freitas seguindo um eixo
rodoviário tende a formação de uma grande ocupação linear e une os diferentes
núcleos com a expansão da malha viária. Por ser bastante reduzida a população nos
núcleos urbanos e as relativas grandes distancia que os separam impossibilitam que
ocorra o fenômeno chamado conurbação, é um termo que designa a unificação
dasmalhas urbanas de duas ou mais cidades, que passama formar um aglomerado
urbano contínuo, mantendo, entretanto, suas autonomias político-administrativas.
Paula Freitas comporta quatro perímetros urbanos isolados: Paula Freitas
(sede), São Carlos, Maria Anísia, Rondinha e Vargem Grande; e uma área de
transição urbano-rural ao longo da parte mais consolidada da rede, da Av. São
Carlos até a Rondinha, onde se pode encontrar atividades industriais e agricultura
urbana previstas nos projetos estruturantes.
2.4 DENSIDADE DE OCUPAÇÃO URBANA
A análise da densidade urbana de uma cidade é feita a partir da existência
de uma densidade legal, que é obtida a partir do perímetro urbano legalmente
constituído e a existência de uma densidade efetiva, considerando as áreas com uso
efetivamente urbano, e também não podem ser consideradas a expansão urbana
futuras.
Em Paula Freitas pode-se verificar uma situação bastante comum entre os
municípios da região, onde o perímetro urbano legal é bastante superior às
necessidades de expansão urbana, obtendo-se assim, uma densidade muito baixa.
Na sede Paula Freitas juntamente com a Av. São Carlos a densidade fica em média
9,5 hab./há, já em Rondinha a densidade fica próxima aos padrões de ocupações
rurais densas, em torno de 1hab/há.
Na tabela 07, pode-se observar que as densidades efetivas das ocupações
urbanas são bastante parecidas entre si, e não atingem a faixa de 20 hab./há e 30
hab./ha que é a média comum entre as cidades do sudeste paranaense. Dessa
maneira pode-se dizer que todas as áreas analisadas possuem densidades muito
baixas, o que resulta na grande quantidade de terrenos e lotes vazios.
32
Em função da pequena população urbana de Paula Freitas, e seu vagaroso
crescimento que foi projetado para os próximos 10 anos, não existe preocupação
pela demanda de áreas para que esse crescimento urbano possa se concretizar,
pois essa grande área de terrenos vazios é capaz de comportaro novo contingente
populacional.
Tabela 08: Estimativa de demanda de solo urbano de Paula Freitas, 2007- 2017.
Ano
Estimativa
Pop. Urbana
Número de
Domicílios
Demanda por
Área (2007)
(densidade efetiva
média)
Demanda por
Área (2007)
(padrão de
parcelamento do
solo)
2007 2.776 743 --------------- --------------
2012 3.182 851 23,8 ha 13,9 ha
2017 3.590 960 47,9 ha 28,0 ha
Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008.
Na tabela acima se pode observar a demanda do uso do solo urbano para
os próximos 10 anos, com relação a inúmeros lotes vazios existentes, mantendo o
numero de uma família por lote padrão, a demanda para os 10 anos alcança 21% do
total das áreas efetivamente urbanas.
33
IMAGEM 05: Foto aérea da cidade de Paula Freitas, Fevereiro de 2014. (1)
FONTE: Acervo da Prefeitura Municipal de Paula Freitas,2014.
IMAGEM 06: Foto aérea da cidade de Paula Freitas, Fevereiro de 2014. (2)
FONTE: Acervo da Prefeitura Municipal de Paula Freitas,2014.
Nas imagens acima é possível observar a cidade de Paula Freitas nos dias
atuais, fotografada no ano de 2014.
34
3 GEOGRAFIA E ENSINO
3.1 O ENSINO DA GEOGRAFIA NO BRASIL
A geografia como disciplina nas escolas, surgiu precisamente em 1837, no
colégio Pedro II, com o objetivo de contribuir na formação do cidadão, numa
ideologia de nacionalismo patriótico. Então a disciplina da geografia ensinava as
riquezas naturais e humanas presentes no território brasileiro. Os primeiros
professores a ministrar as aulas de geografia vinham de outras profissões, como
advogados e até mesmo sacerdotes.
Alunos do 6° ano tinham conteúdos relacionados á América, mares, vulcões
da América em forma abrangente, depois o conteúdo delimitava-se ao Brasil e suas
regiões, só então era aplicados os conteúdos da Europa, Ásia, África e Oceania.
Em 1930, o ensino de geografia ganha uma nova dimensão, em 1929 é
fundado o curso livre Superior de Geografia, como principal objeto criar condições
para que o ensino da geografia buscasse seu verdadeiro papel na disciplina de
nacionalização. Alguns anos depois são formados os primeiros geógrafos no país.
Nesse período ocorreram fatos importantes para a geografia como:
Surgimento dos cursos superiores de geografia na USP em 1934 e também no
Distrito Federal UDF em 1935, a fundação da AGB (associação dos geógrafos
brasileiros) também em 1935, criação do conselho nacional de geografia em 1937 e
criação do IBGE em 1939. A partir de então a geografia ganha total força tanto como
disciplina escolar como ciência.
Com o passar do tempo, a geografia vai cada vez mais se aproximando da
geografia moderna em busca do verdadeiro método e objetivo, nesse período a
influencia vem da geografia de Vidal de La Blache, geografia essa que domina tanto
as escolas como as universidades, com um ensino sobre paisagens naturais e
humanizadas, o principal método usado era a descrição e a memorização dos
elementos que compõe a paisagem, onde a tarefa do aluno era descrever os fatos
sociais e naturais, associando o homem como o principal elemento nessa relação.
A partir de 1931, são introduzidos novos conteúdos nos anos iniciais como:
população, raças, línguas, religiões e a economia brasileira, onde na época era a
principalmente a agricultura o centro econômico do país.
35
Nessa fase também começa a produção dos livros didáticos, onde dois
principais autores se destacam: Miguel Delgado de Carvalho e Aroldo de Azevedo.
A geografia de Miguel Delgado de Carvalho contribuiu para o que se pode
denominar enobrecimento ou civilidade da mentalidade territorial no Brasil.
Seus trabalhos didáticos ofereceram aos que escolarizavam num país em
franca expansão e urbanização, e cheio de imigrantes, um elemento de
identidade territorial cívica nacional, uma identidade para além da roça, do
engenho de açúcar, da fazenda de café e gado, da aldeia, da província. Por
meio da ideia de um todo Histórico-geográfico, participou das discussões
que forneceram identidades macrorregionais, tudo isso como típicos
artefatos mentais de confecção pela cultura urbana central que procedia ás
representações do país quando procurava afirmar-se como nação.
(BARROS, 2008, p. 322).
Aroldo de Azevedo seguia o mesmo caminho. De 1940 a 1970 foi um dos
maiores influenciadores do ensino da geografia no Brasil. Alguns anos seguintes o
ensino da geografia passa por uma grande revolução, com a revisão de alguns
conteúdos, mas não deixando de lado os verdadeiros objetivos e a didática de
ensino. O objetivo ainda era o engrandecimento das riquezas do país e o método
era ainda a memorização.
A escola então se torna um centro de formação da mão de obra para as
indústrias, assim, a escola se reduz ao treinamento profissional. A partir da década
de 1970 o governo militar passa a considerar a disciplina perigosa na medida em
que contribuía na formação e pensamentos críticos e alunos contestadores, então
por isso em 1971 a geografia é excluída dos currículos oficiais e substituída pela
disciplina de estudos sociais, nas universidades a geografia começa a ganhar força,
passando a ser a ciência do espaço. Nos anos 80 a geografia influencia as
propostas curriculares voltadas para as quintas, sextas, sétimas e oitavas séries,
com conteúdos voltados a relação de trabalho e produção, onde o ensino era em
torno das ideologias políticas, econômicas e sociais na relação entre sociedade,
trabalho e natureza.
Segundo Clarice Cassab (2009), os professores na maioria dele formados
nas escolas clássicas de geografia, e num regime educacional em que tudo vinha
pronto, tanto currículo, metodologia e planejamento, tiveram grande dificuldade em
colocarem em prática o ensino de geografia.
A elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) serviu para
orientação no ensino da geografia, onde ficou oficializada uma geografia de
fundamentação fenomenológica e o ensino era a partir de teorias construtivas,
36
estimulando o aluno à habilidade de perceber o espaço através de referências
concreto.
3.2 PROCESSO DE APRENDIZAGEM E RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO
Segundo Vygotsky a uma distinção no sentido e no significado da palavra
contribuição em relação ao ensino, segundo Emerson (2002) a contribuição do
professor para com o aluno vai ser uma ferramenta fundamental para estimular o
processo de internalização com uma reconstrução interna, propondo uma
consciência individual, mas ao mesmo tempo podendo interferir no caráter social do
aluno.
Vygotskydiz que a aprendizagem é um elemento importante que intervêm a
relação do homem com o mundo, até mesmo podendo interferir no seu
desenvolvimento. Dentro da geografia essa aprendizagem requer um olhar atento
para a geografia cotidiana dos alunos, pois implica numa dimensão do conhecimento
geográfico e o espaço vivido com a prática social dos alunos.
Dentro desse parâmetro afetivo, Henri Wallon também trás contribuições
significativas para o processo ensino-aprendizagem. Abigail e Laurinda trazem
conceitos essenciais que Wallon prioriza na teoria do desenvolvimento como:
processos de interação, de concepção e evolução afetiva.
No processo de ensino-aprendizagem deve-se ter uma relação fundamental
com o papel da afetividade, a compreensão é um elemento importante para
aumentar a eficiência, assim fazendo com que o professor obtenha sucesso,
atingindo seus objetivos, sendo que um dos principais objetivos é desenvolver o
aluno na forma cognitiva e afetiva, preparando-o para á sociedade e a realidade em
que esta inserida.
[...] ainda que timidamente, já se percebe um movimento na direção de
novas práticas pedagógicas baseadas numa outra relação com o
conhecimento, em novas formas de relacionamento com os alunos e em
maneiras mais democráticas de avaliação, posto que mais abertas ao
diálogo (TRINDADE, 2007, p. 115).
Essa afirmação de Trindade (2007) faz com que possamos perceber a
importância do ensino da geografia nos dias atuais, tendo como um objetivo principal
37
a formação do cidadão. A geografia diferente das demais ciências engloba toda uma
conjuntura social e física, sendo uma disciplina totalmente indisciplinar uma vez que
o professor de geografia tem a missão de educar e preparar esse aluno, conforme o
seu espaço social.
A preocupação com a interdisciplinaridade deve trazer uma nova visão
didático-pedagógica do ensino de Geografia à forma-ação do ser humano.
Como interdisciplinar, o ensino de Geografia torna-se um espaço de
interação, integração e compartilhamento de competências e saberes
(SOUZA; CHIAPETTI, 2007, p. 235).
Portanto ao pensarmos geografia como ciência, podemos compreendê-la
como uma ciência que nos permite conhecer o mundo, estando então nas mãos dos
professores, a missão de tornando a sala de aula num laboratório, para que ele
consiga de forma lúdica e teórica ao mesmo tempo, adquirir esse conhecimento,
através das múltiplas formas que o professor pode ensinar, e o aluno aprender.
3.3 A RELAÇÃO DA TEMÁTICA COM A REALIDADE DO ALUNO
O tema abordado em sala de aula (Industrialização e Urbanização) pode ser
relacionado com a realidade cotidiana dos alunos. Santos (2000) cita que: “Os
lugares são, pois, o mundo, que eles reproduzem de modos específicos, individuais,
diversos. Eles são singulares, mas são também globais, manifestações da
totalidade-mundo, da qual são formas particulares.” (p.112). Entendemos que apesar
do ambiente escolar se dar em um determinado local, é possível fazer relação com a
convivência efetiva do aluno, fazendo a interação desses ambientes. Partindo desse
pressuposto é permitido fazer vinculação de certos temas discutidos dentro da
geografia. O tema sobre urbanização e industrialização, nós permite inúmeras
formas de se trabalhar dentro da sala de aula, é primordial que o professor
correlacione o espaço urbano em que o aluno está inserido, além de trabalhar, a
realidade em que o aluno não está inserido, para que ele consiga fazer a divergência
entre estes espaços. Como por exemplo: Um aluno que vive em uma pequena
cidade, ao trabalhar urbanização, o professor terá mais facilidade que lidar com as
temáticas relacionadas aos centros locais, podendo exemplificar com o próprio lugar
em que o aluno vive, porém é necessário que o professor tenha a engenhosidade de
38
uma didática alternativa, para que ele possa trabalhar sobre as grandes metrópoles,
já que não é a realidade do aluno, e assim reciprocamente.
Neste sentido, é relevante, ainda que não suficiente, para os professores de
Geografia enfrentar o desafio de se considerar, entre outras, a “cultura
geográfica” dos alunos. Na prática cotidiana, os alunos constroem
conhecimentos geográficos. É preciso considerar esses conhecimentos e a
experiência cotidiana dos alunos, suas representações, para serem
confrontados, discutidos e ampliados com o saber geográfico mais
sistematizado (que é a cultura escolar) (CAVALCANTI, 2005, p. 68).
De acordo com a citação de Cavalcanti (2005), podemos observar que a
prática cotidiana vai permitir que o aluno venha adquirir um conhecimento geográfico
mais amplo, fazendo com que o melhor método de ensino seja o espaço geográfico
vivido pelo aluno cotidianamente.
3.4 RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE GEOGRAFIA
Recursos didáticos são conceituados como um conjunto de materiais
utilizados para fins pedagógicos, que buscam uma melhor mediação de
conhecimento de conteúdos com os alunos podendo ser todo tipo de objeto material
(giz, livro didático, maquete, globo terrestre, entre outros) ou imaterial (tonalidade de
voz e expressões corporais); os recursos didáticos modernos são formados por
componentes eletrônicos e computacionais (FISCARELLI, 2008).
Fiscarelli (2008) também ressalta que a proposta curricular nacional,
incentiva o professor a utilizar os recursos didáticos, principalmente os relacionados
às novas tecnologias.
Sobre a expectativa da utilização dos recursos didáticos pelo professor, a
autora comenta que há receio na questão da viabilidade, adaptação ao conteúdo e à
realidade escolar. Para a prática em sala de aula, o professor necessita de maior
preparo e eficiência, pois assim como o recurso pode ajudar, ele também pode
atrapalhar o docente se ele não souber utilizá-lo corretamente.
Para que aja uma boa eficiência na utilização desses recursos tecnológicos,
são oferecidos aos professores cursos de capacitação, para que o professor se
adapte ao conteúdo e a realidade da sala de aula; esses cursos são de suma
39
importância, pois se esses recursos não forem utilizados corretamente, irá
“atrapalhar”, em vez de beneficiar ao aluno.
Alguns principais recursos didáticos usados dentro de sala de aula, e de que
forma são trabalhados como: Globo terrestre, bússolas, jogos, maquetes,
fotografiasetc.; Esses são alguns dos recursos que podem ser utilizados pelos
professores, tanto nos anos iniciais, ensino fundamental e até mesmo no médio.
Recursos que promovem o conhecimento do aluno de forma lúdica e interativa. O
professor deve estar atento antes de aplicar esse tipo de aula, dependendo da serie
deve-se ter cuidado redobrado na preparação da aula.
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por tudo o que foi visto nesse presente trabalho, pode-se concluir que o
espaço urbano da cidade de Paula Freitas vem ocorrendo pausadamente, seu
desenvolvimento e seu crescimento populacional é bastante peculiar visto que faz
seu desenvolvimento iniciou-se a pouco mais de 45 anos. Com relação ao conceito
de pequena cidade, é possível observar que Paula Freitas ainda está abaixo dessa
conceituação, pois segundo Santos (1993) uma cidade pequena pode ter até 20 mil
habitantes, o que está longe de ser a realidade da cidade de Paula Freitas.
Ao observarmos a história de Paula Freitas, podemos perceber que sua
localização foi intencionalmente econômica, quando nos primórdios o Rio Iguaçu era
único meio de transição dos tropeiros que faziam suas tropeadas até a cidade de
Sorocaba em São Paulo, e mais tarde a construção da estação ferroviária próximo
ao Rio Iguaçu, para facilitar o transporte.
Desde o início do seu desenvolvimento até os dias de hoje, o processo de
urbanização é bem lento, mas é possível observar que esse pregresso vem
evoluindo no decorrer dos anos, e esses números tende a aumentarem devido as
instalações de indústrias madeireiras e cerealistas, com isso a expectativa é o
aumento de geração de emprego e consequentemente o crescimento populacional.
Por fim podemos compreender que o processo das pequenas cidades em si
é bastante particular, mas a perspectivas é que nas próximas décadas, muitas
pequenas cidades, deixem de pertencer a essa escala, passando pra cidades
médias.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACELAR, W. K. de A. As pequenas cidades no Brasil e no Triângulo Mineiro.
Encontro de Geógrafos da América Latina 10. Anais..., São Paulo, 2005.
BARROS, Nilson Cortez Crocia de. Delgado de Carvalho e a Geografia no Brasil
como arte da educação liberal. Estudos Avançados, v.22, n.62, p.317-333, 2008.
BELO, Vanir de Lima. JUNIOR, Gilberto Souza Rodrigues. A importância do
trabalho de Campo no ensino de Geografia. In. Anais XVI Encontro Nacional dos
Geógrafos- Crise, práxis e autonomia: Espaços de resistência e de esperanças,
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43
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44
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HTTPS://www.ibge.gov.br Consulta em:06 Julho de 2015.
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Disponível em:<HTTPS://www.ibge.gov.br>Consulta em: 10 de Julho de 2015.
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<HTTPS://www.ibge.gov.br> Consulta em: 25de Julho de 2015.
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<HTTPS://www.ipardes.gov.br. Consulta em 28 de Agosto de 2015.
IPARDES. Municípios e Regiões. Disponível em: <HTTPS://www.ipardes.gov.br.>
Consulta em 10 de Setembro de 2015.
45
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
46
INTRODUÇÃO
Estágio realizado no Colégio Estadual do Campo João de Lara, localizado
na PR 153, bairro Rondinha na cidade de Paula Freitas PR. O estágio foi realizado
no 7º ano B, regido pela professora Sra. Ivoneide Montipó. As aulas foram
ministradas nas terças e quintas – feira, do dia 18 de agosto de 2015 á 10 de
setembro de 2015, no período vespertino, totalizando 12 aulas ministradas. O tema
abordado foi sobre urbanização e industrialização.
O colégio João de Lara foi fundado em 1964, obra realizada pelo Governo
Ney Braga, onde inicialmente funcionava de forma multisseriada, em uma pequena
estrutura, onde o professor realizava as funções da direção, orientação, serviços
gerais, além da docência. Seu primeiro nome foi Escola Isolada Rocha Pombo. Mais
tarde passou a ser chamada Casa Escolar João de Lara, em homenagem ao doador
do terreno, Senhor João de Lara Sobrinho. A partir de 1991, com a municipalização
das Series Iniciais na maioria das escolas do Estado, no mesmo prédio passou a
funcionar a Escola Municipal Paulo Ider Hermann, atendendo alunos do Pré-Escolar
e 1ª a 4ª série no período da tarde.
No ano de 1994 passou a ser chamada de Escola Estadual João de Lara -
Ensino Fundamental. A partir de 2008 a escola passou a ser chamada Colégio
Estadual João de Lara devido à implantação do Ensino Médio. Atualmente o Colégio
é dirigido pelo diretor Ivair José Montipó, eleito de forma democrática no mês de
novembro de 2008.
No turno matutino é oferecido o Ensino Fundamental e Médio para 144 alunos
regularmente matriculados.
No período vespertino temos 82 alunos matriculados. A equipe de trabalho é
composta por 26 professores sendo um diretor, duas pedagogas, uma secretária,
um agente educacional ll e 4 agentes educacionais l.
O colégio funciona em prédio próprio, fazendo uso, no período da manhã de
sete salas, e no período da tarde cinco salas, temos também uma pequena
biblioteca, um laboratório de informática com 12 computadores, sala dos
professores, almoxarifado, cozinha, uma lavanderia, 3 banheiros (1 feminino, 1
masculino e 1 para os professores). Uma sala adaptada para o funcionamento da
sala de recursos.
47
O espaço externo do Colégio é composto por áreas cobertas, em uma parte,
fica cinco mesas próximas á cozinha, nas quais as crianças fazem o lanche. Em
outra, há um pequeno palco utilizado para apresentações dos trabalhos dos alunos.
Ainda no espaço externo há uma quadra poliesportiva coberta.
Para melhorar a estrutura física, foram construídas no ano de 2007, duas novas
salas de aula pelo Governo do Estado.
No que diz respeito aos materiais, atualmente a escola possui 9 televisores, 16
computadores, 2 impressoras a laser, 2 multi funcional, sendo uma com fax e outra
scanner, 1 impressora matricial, 1 aparelho de fax, 1 aparelho de telefone sem fio, 3
micro-system, 2 mimeógrafos a álcool, 1 retroprojetor, 1 projetor de slides, mapas
variados, fitas de vídeo, CDs Room, globos e outros materiais próprios de cada
disciplina.
48
PROCESSO DE APRENDIZAGEM RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO E A
IMPORTANCIA DO ENSINO DA GEOGRAFIA
É necessário que exista uma comunicação clara dentro da sala de aula,
onde o professor trabalhe não só com o conceitual, mas também trabalhe com a
formação humana, considerando a primeira leitura, que vem de um âmbito familiar.
O tema abordado que foi trabalhado em sala de aula (Industrialização e
Urbanização) pode ser relacionado com os ensinamentos de Bronfenbrenner.
Bronfenbrenner se refere em seus discursos de um meio ambiente global em
que o individuo esta inserido e é nesse ambiente onde ocorrem os processos
desenvolvimentais. Nesse âmbito pode-se inserir o processo de industrialização e
urbanização, onde o meio ao longo do tempo, foi modificado e desenvolvido,
ocorrendo no século XIX a Revolução Industrial conseguintemente o grande
crescimento populacional formando então os grandes centros urbanos.
Bronfenbrenner identifica três pontos que são essenciais para o
desenvolvimento da criança, em relação à sua influencia no âmbito familiar; como o
trabalho dos pais, a rede de apoio social e a comunidade em que sua família esta
inserida. A partir dessa discussão podemos inserir no tema industrialização, onde
me primeiro momento a criança relaciona seu conhecimento familiar, o que se
aprendeu dentro de casa, um conhecimento empírico, embasado num recorte local,
normalmente na cidade em que reside. Bronfenbrenner ainda complementa dizendo
que a educação dos pais dada á criança, depende claramente da sociedade, da
cultura e das crenças da qual estão inseridos, contudo dentro da sala de aula, o
papel do professor é abranger uma escala maior desse conhecimento, começando
pela escala regional, nacional e por fim na escala universal.
O processo através do qual a pessoa desenvolvente adquire uma
concepção mais ampliada, diferenciada e válida do ambiente ecológico, e
se torna mais motivada e mais capaz de se envolver em atividades que
revelamsuas propriedades, sustentam ou reestruturam aquele ambiente em
níveis de complexidade semelhante ou maior de forma e conteúdo –
validade ecológica (BRONFENBRENNER, 2002, p. 23)
No estágio também foi trabalhado a respeito das cidades, trazendo um
recorte geográfico local. Nesse aspecto, Vygotsky aponta importantes apontamentos
sobre a formação de conceitos, no caso, o tema cidades, se trata de uma
49
abordagem bastante complexa, pois envolve um ponto de vista geográfico e um
sistema amplo de conceitos, e isso requer muita atenção na hora de transmitir essas
definições. Vygotsky cita que não se pode transmitir ao aluno um conjunto de
definições prontas, e que muitas das vezes o aluno relaciona esses conceitos com
outras cidades do mundo e do Brasil, e não conseguem relacionar essas definições
dentro das suas próprias cidades locais, e que algumas vezes essas abordagens
nem fazem parte do conteúdo curricular da escola.
A experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de conceitos
sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril. O professor que
envereda por esse caminho costuma não conseguir senão uma assimilação
vazia de palavras, um verbalismo puro e simples que estimula e imita a
existência dos respectivos conceitos na criança, mas na prática, esconde o
vazio. Em tais casos, a criança não assimila o conceito, mas a palavra,
capta mais de memória que de pensamento e sente-se impotente diante de
qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento assimilado. No
fundo, esse método de ensino de conceitos é a falha principal do rejeitado
método puramente escolástico de ensino, que substitui a apreensão do
conhecimento vivo pela apreensão de esquemas verbais mortos e vazios.
(VYGOTSKY, 2001, p. 247)
Ainda acordo com Vygotsky, os professores de geografia, precisam ter em
mente que essa disciplina foi inserida na história, como uma área cientifica onde tem
como pretensão de analisar a realidade geográfica, essa área pode ser entendida
como um conjunto de conceitos e teorias formando assim a linguagem geográfica.
Essa linguagem geográfica é entendida por Vygotsky não no sentido em que o aluno
só assimile essas informações, mas que ele forme um pensamento que permita com
que ele analise a sua própria realidade através de uma perspectiva geográfica, ou
seja, que ele relacione com seu cotidiano. Dentre alguns conceitos principais
Vygotsky também cita a degradação ambiental, tema esse que foi abordado nas
últimas aulas de estágio. Com base nas afirmações do autor, podemos observar a
importância de conceituar a degradação ambiental, e conduzir ao aluno para que ele
possa relacionar essa degradação em sua cidade, seu bairro; observando os
problemas urbanos que estão á sua volta, assim o aluno fará uma correlação no
espaço geográfico que está inserido. E não apenas fazer essa relação, mas quando
se trata de impactos ambientais, é necessário que o professor esteja preparado para
repassar ao seu aluno, a conscientização de se preservar e conservar com o
objetivo de que esse aluno cresça tendo em mente a importância de proteger o meio
em que ele vive.
50
No processo de ensino-aprendizagem Wallon orienta que se deve ter uma
relação fundamental com o papel da afetividade. A compreensão é um elemento
importante para aumentar a eficiência, assim fazendo com que o professor obtenha
sucesso, atingindo seus objetivos, sendo que um dos principais objetivos é
desenvolver o aluno na forma cognitiva e afetiva, preparando-o para á sociedade e a
realidade em que esta inserida,uma vez que o professor de geografia tem a missão
de educar e preparar esse aluno, conforme o seu espaço social.
Wallon também da ênfase para o desenvolvimento do aluno dentro do
contexto no qual o individuo está inserido, como por exemplo, o ambiente familiar.
O plano segundo o qual cada ser se desenvolve depende, portanto, de
disposições que ele tem desde o momento de sua primeira formação. A
realização desse plano é necessariamente sucessiva, mas pode não ser
total e, enfim, as circunstâncias modificam-na mais ou menos. Assim,
distinguiu-se do genótipo, o fenótipo, que consiste nos aspectos em que o
indivíduo se manifestou ao longo da vida. A história de um ser é dominada
pelo seu genótipo e constituída pelo seu fenótipo. (Wallon, 1995, pp. 49-50)
Ele coloca que a primeira formação da criança vem da família onde ela
cresceu, e a segunda formação acontece quando a criança chega ao ambiente
escolar, onde o professor tem o papel fundamental de moldar esses conceitos,
instigando o aluno a formar seu próprio pensamento crítico referente ao meio em
que está inserido. A geografia nos permite o estudo do espaço físico, abrangendo:
relevos, hidrografias, geologia, vegetação etc.; Porém vai além da área física
quando nos permite o estudo da sociedade humana em geral.
Portanto ao pensarmos geografia como ciência, podemos compreendê-la
como uma ciência que nos permite conhecer o mundo em que vivemos e sua
constante transformação, fazendo relação desde o surgimento do mundo, até os
dias atuais da moderna globalização.
51
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em um primeiro momento foi feito uma introdução, onde foi exposto sobre a
temática abordada no estágio supervisionado, relatando sobre o colégio escolhido
para a realização do mesmo, trazendo um breve relato da sua história e a atual
direção. Em sequencia foi abordado e correlacionado alguns autores com a temática
escolhida, tendo em vista suas perspectivas em relação ao tema e o dia-a-dia do
aluno.
O tema discutido em sala de aula, no estágio supervisionado, veio se
assemelhar com a temática do projeto de pesquisa TCC, onde ficou mais fácil e
claro trabalhar com os conteúdos.
O estágio supervisionado se tornou bastante construtivo, pois a prática torna
a teoria mais fielmente verdadeira, onde nos permite o conhecimento do dia-a-dia
dasala de aula, assim faz com que possamos entender e conhecer a realidade de
forma objetiva e dinâmica.
Em suma é possível concluir que a urbanização e industrialização permitem
ao educador múltiplas formas de metodologias para lecionar ao aluno, sendo que a
geografia consiste em uma ciência em que o objeto de estudo é o espaço em que
estamos inseridos, possibilitando diversas oportunidades de relacionar as questões
didáticas, com o dia-a-dia.
52
REFERÊNCIAS
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experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artmed, 2002.
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WALLON, H. (1959-1975). Psicologia e educação da infância. Liboa, Estampa
53
ANEXOS
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PLANO DE AULA 01
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ACADÊMICA: Fabiane Snicer
COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara
MUNICÍPIO: Paula Freitas
PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó
SÉRIE: 7º ano
DATA: 18/08/2015
NÚMERO DE AULAS: 01
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
- Industrialização e urbanização brasileira.
- A industrialização brasileira.
3. OBJETIVOS
3.1. OBJETIVO GERAL:
- Explicar como aconteceu a industrialização e urbanização no Brasil.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Apontar como e quando se iniciou a industrialização no Brasil;
- Explicar os principais processos que possibilitaram o desenvolvimento da
industrialização.
4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS
A aula teve início às 16h15min, com a minha apresentação á turma, e falando
sobre os conteúdos trabalhados nas próximas aulas, de início foi trabalhado com
eles sobre a industrialização e urbanização do Brasil, o início da industrialização
com a produção cafeeira, a vinda de imigrantes europeus, e o desenvolvimento
da infraestrutura, conforme a explanação as alunos iam interagindo com boa
participação em sala de aula.
7. BIBLIOGRAFIA
- Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon
Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
55
PLANO DE AULA 02
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ACADÊMICA: Fabiane Snicer
COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara
MUNICÍPIO: Paula Freitas
PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó
SÉRIE: 7º ano
DATA: 20/08/2015
NÚMERO DE AULAS: 02
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
- Industrialização e urbanização brasileira.
- Características da industrialização brasileira;
- Concentração e desconcentração industrial;
- A urbanização brasileira;
- População urbana do Brasil.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL:
- Explicar como aconteceu a industrialização e urbanização no Brasil.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Explicar sobre as principais características da industrialização brasileira;
- Explanar sobre a concentração e desconcentração das indústrias no Brasil;
- Relatar sobre o inicio da urbanização no Brasil;
- Explanar sobre a população urbana no Brasil.
4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS
A aula teve início às 15h: 20min, sendo duas aulas conjugadas, foi dado
seqüência ao conteúdo abordado, trabalhando sobre as principais
56
características das indústrias brasileiras, como a concentração e
desconcentração industrial, e iniciando um novo tema do livro didático sobre a
urbanização brasileira, as principais temáticas abordadas foram: A população
urbana no Brasil e a urbanização e industrialização, após feito a explanação
destes temas, foi passado aos alunos 9 questões do livro didático, referente ao
que foi estudado na aula passada e na presente aula, ele deram início para
terminarem na próxima aula.
5. BIBLIOGRAFIA
- Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/
levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
57
PLANO DE AULA 03
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ACADÊMICA: Fabiane Snicer
COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara
MUNICÍPIO: Paula Freitas
PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó
SÉRIE: 7º ano
DATA: 25/08/2015
NÚMERO DE AULAS: 01
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
- A industrialização e Urbanização brasileira.
- O que é cidade?
- A história da cidade de Paula Freitas.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL:
- Explicar como e quando aconteceu a industrialização e urbanização no
Brasil.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Trazer uma breve explicação do que são cidades;
- Relatar sobre a história do município de Paula Freitas.
4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS
A aula teve início às 16h: 15min, foi dado um tempo para que os alunos
concluíssem o trabalho que foi iniciado na semana passada, assim que todos
terminaram, iniciei outra temática, sobre o que é cidade, usei o auxilio do livro
didático, para melhor explicar, então entreguei a cada um, um resumo sobre a
história da cidade de Paula Freitas, trazendo algumas imagens antigas da
cidade. E foi feito então relatos de curiosidades com os alunos sobre a cidade.
58
5. BIBLIOGRAFIA
- Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/
levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
59
PLANO DE AULA 04
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ACADÊMICA: Fabiane Snicer
COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara
MUNICÍPIO: Paula Freitas
PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó
SÉRIE: 7º ano
DATA: 27/08/2015
NÚMERO DE AULAS: 02
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
- A industrialização e urbanização do Brasil.
- Rede e hierarquia Urbanas;
- Rede Urbana;
- Hierarquia Urbana;
- Conurbação;
- As Regiões metropolitanas;
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL:
- Explicar como e quando aconteceu a industrialização e Urbanização no
Brasil.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Abordar as principais redes urbanas no Brasil, e caracterizar suas hierarquias;
- Explicar o que conurbação;
- Abordar sobre as regiões metropolitanas e explanar sobre empresas de
planejamento.
4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS
A aula teve início às 15h: 20min e foi passado o conteúdosobre as principais
redes urbanas no Brasil e suas hierarquias. Os alunos acompanharam no livro
didático, e com a participação da leitura no livro, onde juntos foi feito a
60
explanação do conteúdo.
5. BIBLIOGRAFIA
- Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/
levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
61
PLANO DE AULA 05
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ACADÊMICA: Fabiane Snicer
COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara
MUNICÍPIO: Paula Freitas
PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó
SÉRIE: 7º ano
DATA: 01/09/2015
NÚMERO DE AULAS: 01
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
- A industrialização e Urbanização do Brasil.
- Problemas sociais e ambientais.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL:
- Explicar como aconteceu a urbanização no Brasil.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Abordar os principais problemas sociais e ambientais da cidade de Paula
Freitas.
4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS
A aula teve início às 16h: 15min, foi abordada a temática sobre os problemas
sociais e ambientais que ocorrem nos centros urbanos, foi passado a eles
algumas definições com o auxilio do livro didático, depois então foi feito um
debate com os alunos para vermos os problemas tanto ambientais e sociais que
acontecem na cidade de Paula Freitas, o debate foi bem proveitoso, onde todos
manifestaram suas opiniões.
62
5. BIBLIOGRAFIA
- Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/
levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
63
PLANO DE AULA 06
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ACADÊMICA: Fabiane Snicer
COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara
MUNICÍPIO: Paula Freitas
PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó
SÉRIE: 7º ano
DATA: 03/09/2015
NÚMERO DE AULAS: 02
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
-A industrialização e urbanização do Brasil.
- Representação da cidade de Paula Freitas em forma de desenho.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL:
- Explicar como e quando aconteceu a industrialização e urbanização no Brasil;
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Estimular a percepção e ludicidade, através da representação do centro urbano
da cidade de Paula Freitas através de desenho.
4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS
A aula teve início às 15h: 20min levei para a turma dois quadros de fotos aéreas
da cidade de Paula Freitas, uma imagem bastante antiga, de quando Paula
Freitas começou a se instalar as primeiras famílias na cidade, e outro quadro
recente, mostrando a atualidade. Entreguei a cada aluno duas folhas A4, na quais
eles fizeram o antes e depois da cidade em forma de desenho, foram bastante
caprichosos em seus desenhos e saiu trabalhos bem legais por parte da maioria.
64
5. BIBLIOGRAFIA
- Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon
Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
65
PLANO DE AULA 07
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ACADÊMICA: Fabiane Snicer
COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara
MUNICÍPIO: Paula Freitas
PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó
SÉRIE: 7º ano
DATA: 08/09/2015
NÚMERO DE AULAS: 01
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
-A industrialização e urbanização do Brasil.
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL:
- Explicar como e quando aconteceu a industrialização e a urbanização no
Brasil.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Realizar uma revisão de todos os conteúdos para realização da prova.
4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS
A aula teve início às 16h: 15min, nessa aula foi feito uma revisão de todo os
conteúdos que foram trabalhados nos decorrer das últimas aulas, para a
realização da prova na aula seguinte. No decorrer da aula os alunos iam
tirando suas dúvidas.
5. BIBLIOGRAFIA
- Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/
levonBoligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
66
PLANO DE AULA 08
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
ACADÊMICA: Fabiane Snicer
COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara
MUNICÍPIO: Paula Freitas
PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó
SÉRIE: 7º ano
DATA: 10/09/2015
NÚMERO DE AULAS: 02
2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
-A industrialização e urbanização do Brasil
3. OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL:
- Explicar como e quando aconteceu a industrialização e a urbanização no
Brasil;
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Através de uma avaliação, verificar os conhecimentos adquiridos sobre os
conteúdos aplicados nas ultimas aulas, sobre a industrialização e urbanização.
4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS
A aula teve início às 15h: 20minentão foi entregue a avaliação aos alunos, li as
perguntas com todos os alunos e então realizaram a prova utilizando as duas
aulas pra todos concluírem.
5. AVALIAÇÃO
- Avaliação com 10 questões, com peso 10,0 para obtenção de nota parcial
para soma de média do bimestre.
67
6. BIBLIOGRAFIA
- Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/
levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.

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O ESPAÇO URBANO E O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS CIDADES: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO REALIZADO NA CIDADE DE PAULA FREITAS, PARANÁ.

  • 1. 0 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PARANÁ – CAMPUS DE UNIÃO DA VITÓRIA FACULDADE ESTADUAL DE FILOSOFIA, CIÊNCIAS E LETRAS COLEGIADO DE GEOGRAFIA FABIANE SNICER O ESPAÇO URBANO E O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS CIDADES: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO REALIZADO NA CIDADE DE PAULA FREITAS, PARANÁ. UNIÃO DA VITÓRIA – PR 2015
  • 2. 1 Fabiane Snicer O ESPAÇO URBANO E O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS CIDADES: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO REALIZADO NA CIDADE DE PAULA FREITAS, PARANÁ. Trabalho Final de Estágio Supervisionado (TFES) apresentado ao Colegiado de Geografia da Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória (UNESPAR/FAFIUV) como requisito parcial para a obtenção do grau de Licenciado em Geografia. Orientadora: Prof.ª Ms: Maricler W. Kovalzcuk União da Vitória 2015
  • 3. 2 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho á minha família, em especial ao meu pai Ivo e minha mãe Carmen, aos meus amigos de faculdade, que estiveram ao meu lado em todos os momentos.
  • 4. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por ter me concedido a vida, a saúde, e sempre estar guiando meus passos, para que hoje pudesse estar concluindo mais uma etapa da minha vida. Agradeço a minha família pelo apoio, pela compreensão, em especial, pai e mãe, que em nenhum momento mediram esforços para me ajudar no que precisava. Agradeço a minha orientadora Professora Maricler, que esteve direcionando esse trabalho pra que fosse concluído da melhor forma possível, e pelo enorme incentivo. Agradeço aos meus amigos que estiveram apoiando, e por jamais me deixarem desistir, agradeço pelos momentos vividos em todos esses anos, pela confiança, pela amizade, que vamos levar sempre em nossos corações. E de forma geral a todo corpo docente do colegiado de Geografia que sempre estavam dispostos a nós ajudar.
  • 5. 4 CONQUISTANDO O IMPOSSÍVEL Jamily Acredite é hora de vencer Essa força vem de dentro de você Você pode até tocar o céu se crer Acredite que nenhum de nós Já nasceu com jeito pra super-herói Nossos sonhos a gente é quem constrói É vencendo os limites Escalando as fortalezas Conquistando o impossível pela fé Campeão, vencedor Deus dá asas faz teu vôo Campeão, vencedor Essa fé que te faz imbatível Te mostra o teu valor É vencendo os limites Escalando as fortalezas Conquistando o impossível pela fé.
  • 6. 5 O ESPAÇO URBANO E O DESENVOLVIMENTO DAS PEQUENAS CIDADES: UMA REFLEXÃO A PARTIR DE UM ESTUDO DE CASO REALIZADO NA CIDADE DE PAULA FREITAS – PR. Fabiane Snicer (Graduação em Geografia – UNESPAR/FAFIUV) Orientadora: Prof.ª Ms. Maricler Wollinger Kovalczuk (Geografia – UNESPAR/FAFIUV) RESUMO: Neste trabalho foi realizado um levantamento de dados sobre o espaço urbano da pequena cidade de Paula Freitas, como ocorreu sua urbanização e a forma em que ocorre o seu desenvolvimento, bem como as conceituações básicas de cidade, pequeno cidade e o surgimento das mesmas. Trás um breve relato sobre a história de Paula Freitas, uma cidade ainda bastante nova com apenas 51 anos de existência, vendo sendo desenvolvida aos poucos, fazendo com que seu crescimento populacional também seja bastante lento. As primeiras civilizações começaram a se levantar com força a partir da década de 70, antes disso Paula Freitas tinha uma grande importância no setor ferroviário, onde na cidade se encontrava a estação Paula Freitas, construída para facilitar o transporte da madeira. Paula Freitas é umas das menores cidade da Macrozona de União da Vitória, e o menor município pertencente a região Amsulpar, que é composta por nove municípios da região sul do Paraná. O trabalho aborda também o processo de aprendizagem no ensino da Geografia, as possibilidades de se trabalhar com essa temática no ensino, e suas múltiplas maneiras de aplicá-la em sala de aula, através dos recursos didáticos. Palavras Chaves: Pequena Cidade, Espaço Urbano, Urbanização, Desenvolvimento.
  • 7. 6 LISTA DE IMAGENS IMAGEM 01- ESTAÇÃO PAULA FREITAS....................................................... 20 IMAGEM 02- PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES........................................................ 21 IMAGEM 03- DENSIDADE DEMOGRÁFICA DE PAULA FREITAS................. 27 IMAGEM 04- COMPARTIMENTAÇÃO URBANA.............................................. 28 IMAGEM 05- FOTO AÉREA DA CIDADE DE PAULA FREITAS (1)................. 33 IMAGEM 06- FOTO AÉREA DA CIDADE DE PAULA FREITAS (2)................. 33
  • 8. 7 LISTA DE MAPAS MAPA 01: MAPA DO BRASIL............................................................................. 22 MAPA 02: MAPA DO PARANÁ........................................................................... 22 MAPA 03: MAPA DE PAULA FREITAS............................................................... 22
  • 9. 8 LISTA DE TABELAS TABELA 01: DEMONSTRATIVO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA....................... 18 TABELA 02: COORDENADAS UTM DOS PONTOS EXTREMOS....................... 23 TABELA 03: POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PAULA FREITAS, 1970- 2000........................................................................................................................ 25 TABELA 04: POPULAÇÃO DE PAULA FREITAS – PROJEÇÃO 2012-2017.... 25 TABELA 05: PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO URNANA 2012-2017...................... 26 TABELA 06:COMPARTIMENTOS MUNICIPAIS DE PAULA FREITAS.............. 29 TABELA 07: CARACTERÍSTICAS DOS COMPARTIMENTOS URBANOS......... 30 TABELA 08: DEMANDA DE SOLO URBANO 2007-2017.................................... 32
  • 10. 9 SUMÁRIO INTRODUÇÃO....................................................................................................... 10 1. DEFINIÇÕES E CONCEITUAÇÕES DE CIDADE..................................... 11 1.1. PEQUENAS CIDADES............................................................................... 13 1.2. SURGIMENTO DAS CIDADES.................................................................. 16 1.3. HISTÓRIAS DE PAULA FREITAS.............................................................. 19 1.4. LOCALIZAÇÃO........................................................................................... 22 2. PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO EM PAULA FREITAS.................................................................................................. 25 2.1. COMPARTIMENTAÇÃO MUNICIPAL........................................................ 28 2.2. COMPARTIMENTAÇÃO URBANA............................................................. 29 2.3. PERÍMETRO URBANO.............................................................................. 31 2.4. DENSIDADE DE OCUPAÇÃO URBANA.................................................... 31 3. GEOGRAFIA E ENSINO............................................................................ 34 3.1. O ENSINO DA GEOGRAFIA NO BRASIL.................................................. 34 3.2. PROCESSO DE APRENDIZAGEM E RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO.................................................................................................................. 36 3.3. A RELAÇÃO DA TEMÁTICA COM A REALIDADE SO ALUNO................................................................................................................... 37 3.4. RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO DA GEOGRAFIA......................... 38 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 40 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 41 CONSULTAS ELETRÔNICAS............................................................................... 44 RELATÓRIO DE ESTÁGIO................................................................................... 45 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 46 PROCESSO DE APRENDIZAGEM, RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO E A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA GEOGRAFIA................................................... 48 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................. 51 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................... 52 ANEXOS 01 – (PLANOS DE AULA)...................................................................... 53 ANEXOS 02 – (TERMO DE ENCAMINHAMENTODE ESTÁGIO).......................
  • 11. 10 INTRODUÇÃO As pequenas cidades são inúmeras em todo território brasileiro, por suas características humanas e físicas, consideradas algumas vezes como “cidades do interior” ou “cidades rurais”, porém não deixando de seremurbanas, pois existe toda uma estrutura arquitetônica de edificações, casas, ruas, avenidas, praças; entre outras inúmeras características que alegam as singularidades das pequenas cidades. As pequenas cidades normalmente são definidas pelos aspectos populacionais e extensão territorial de forma geral. Porém existe uma grande dificuldade em relação à definição do conceito ou classificação de pequena cidade, pois diversos autores adotam uma linha de pesquisa diferente, cada qual com suas singularidades, não existindo um consenso entre os autores. Porém o objetivo do presente trabalho é abordar as principais ideias, e assim classificando e conceituando de forma ampla uma pequena cidade. A proposta do presente trabalho é identificar o espaço urbano das pequenas cidades, sua composição a relação com o meio social e o processo de desenvolvimento das mesmas. Para atingir os principais objetivos que foram propostos no trabalho, o mesmo foi dividido em três capítulos, para melhor o entendimento e esclarecimento das principais ideias. O primeiro capítulo se refere aos pressupostos teórico-conceituais de cidades, pequenas cidades e urbanização, com reflexões fundamentais a respeito dos temas abordados, também nesse capitulo trás a história da cidade abordada na pesquisa e sua localização. O segundo capítulo com base nos dados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas vem tratar do processo de formação de desenvolvimento urbano em Paula Freitas, as compartimentações municipais e urbanas, também abrange o perímetro urbano a densidade de ocupação urbana. O terceiro capítulo se refere ao ensino da geografia no Brasil, o processo de aprendizagem e a relação professor/aluno, também vem trazer sobre a relação da temática com a realidade do aluno, ou seja, sobre o espaço urbano das pequenas cidades, dessa forma trazendo o modo em que se pode trabalhar esse conteúdo dentro das salas de aula relacionando-os com os mais distintos recursos didáticos no ensino da geografia.
  • 12. 11 1. DEFINIÇÕES E CONCEITUALIZAÇÕES DE CIDADE Manfio e Benaduce (2011, p.73) apud Moreira (2007) A cidade nasce a partir de uma divisão social do trabalho, que surge com o aperfeiçoamento das técnicas, possibilitando um aumento da produtividade do trabalho, com a geração dos excedentes na produção, parte da população se disponibiliza para a realização de atividades agrícolas. (MANFIO E BENADUCE, 2011, p.73) apud (MOREIRA, 2007). Com base na citação do autor, entende-se que a cidade nasce a partir da divisão do trabalho, onde uma população se concentra em determinado território, para a realização de atividades, para o próprio sustento, partindo do território físico, uma área delimitada. Segundo Manfio e Benaduce (2011, p.74) apud Carlos (1992) a cidade é um aglomerado de pessoas e de objetos como prédios, casas, ruas; porém a cidade não pode ser pensada somente por esse ângulo, pois dentro do conteúdo social, a cidade envolve varias dimensões, como economia, política e cultura, desde a sua estruturação e desenvolvimento desses aspectos. A cidade é uma realização humana com a criação que vai se constituindo ao longo do processo histórico e que ganha materialização concreta e diferenciada em função de determinações históricas específicas. (MANFIO E BANADUCE, 2011, p.73-74) apud (CARLOS, 1992). Ou seja, a cidade entra num aspecto físico e social, onde ela é concreta e ao mesmo tempo invisível, pensando nos processos sociais, como os sentimentos e a rotina da vida no dia-a-dia. Manfio e Benaduce (2011, p.74) apud (Carlos 1992) ainda cita: A cidade é um modo de viver, de pensar, mas também de sentir. O modo de vida urbano produz ideias, comportamentos, valores, conhecimento, formas de lazer, e também uma cultura. Em sua definição Carlos é bastante retórico, onde é necessário que existam um conjunto de aspectos, para que se possa definir uma cidade, ele parte do pressuposto social, além do pressuposto físico, onde fala das aglomerações concretas, da estrutura arquitetônica, como casas, prédios, ruas, praças; nesse aspecto entra a parte da gestão política, onde é necessários alguns órgãos públicos, como prefeitura, postos de saúde, escolas etc.; Também a economia em que se
  • 13. 12 embasa a cidade, como setor industrial, ou setor agropecuário. Dessa forma a definição se torna mais completa, na abordagem dos mais específicos aspectos, num âmbito geral físico e humano. Geiser (1995, p.23) Afirma que: A cidade é um objeto conceitual abstrato, embora construído sobre uma base material formada por edificações, arruamentos, monumentos, etc. Entende-se assim que Geiser em seu ponto de vista, é muito complexo delimitar um conceito propriamente único para cidade, tendo em vista os múltiplos aspectos relacionados entre si, como destaca Carlos, Geiser em sua perspectiva delimita cidade como uma base material, porém em uma outra ocasião ele trás a área social de uma cidade onde delimita como município, fazendo parte desse contexto, as relações humanas. [...] “Os municípios brasileiros, bem como suas sedes, variam ao extremo quanto ao conteúdo, dimensão e população, etc.”. (Geiser, 1963, p. 7) [...] A cidade é formada por: “estruturas morfológicas, arranjos organizados de volumes e sub-parcelamentos que expressam formas de acesso e propriedade, situados em um determinado suporte físico [...] A cidade flui por seus espaços vazios. A cidade é o espaço da rua, vista como centro e cenário da vida cotidiana. A rua é um ponto de fixação do homem ao seu universo urbano, ponto de onde vivencia a cidade, seu espaço concreto e familiar. E essa rua, apesar de aparentemente ser um espaço bastante ordinário, dependendo de sua dimensão ou de seu calçamento, ou de seu uso, pode variar enormemente. Uma rua estreita e sinuosa, repleta de veículos, pessoas, sons e odores difere de uma avenida larga e bem arborizada. A maneira como percorremos essa rua, como pedestres ou de automóvel, a que hora do dia também nos trará uma noção diferente desse espaço. Às edificações e aos espaços livres, associam-se o suporte físico, a vegetação e os elementos de publicidade, que concorrem para a estruturação e qualificação do ambiente (LADIM, 2004, p.26-28). Nas as citações de Ladim, percebe-se que a autora conceitua cidade a partir de estrutura morfológica, onde a população se organiza em determinado território, onde o espaço é moldado e urbanizado, podendo considerar assim que só pode ser considerada cidade, quando a urbanização desse espaço, formando assim uma cidade urbanizada. [...]ela é uma imagem, uma criação mental e social; está na mente das pessoas, nas relações de uso que se estabelecem entre os cidadãos, e entre estes e os elementos citados. A paisagem não é formada apenas de volumes, mas também de cores, movimentos, odores e sons. (LADIM, 2004, p. 29).
  • 14. 13 Na teoria parece fácil definir cidade: Um local com forte densidade humana, com formações estruturais arquitetônicas. Mas com a expansão da urbanização e a modernização nos meios rurais, ficou mais difícil de definir e distinguir esses dois fatos geográficos, cidade e campo. Porém foram estabelecidos alguns critérios para definição de cidade, os principais são: Número total de habitantes, densidade populacional, critério morfológico e critério funcional. Como no Brasil a criação de cidades é um ato político, transformando aglomerações em sedes municipais, vê-se nesse conjunto aquelas com complexidade mínima de atividades, acrescida das funções administrativas mediante as prefeituras e câmaras municipais. Mas, dependendo de suas localizações, estas sempre estarão na periferia do sistema urbano (SANTOS, 1982, p. 74). Santos coloca que são necessárias algumas exigências mínimas, para que seja viável a criação de uma cidade, além de aglomerações de construções, são necessários que exista funções administrativas básicas, como por exemplo, prefeitura, câmara municipal, atendimento de saúde, escolas. 1.1 PEQUENAS CIDADES Pensar em pequena cidade, primeiramente deve-se partir dos seus principais conceitos, o que define uma pequena cidade, dentre os aspectos físicos e humanos. Assim como o conceito de cidade se têm uma grande dificuldade de delimitar, acontece o mesmo com conceito de pequena cidade. Como cita o autor Endlich (2006, p.85). O conceito de pequenas cidades é daquelesde difícil elaboração. As localidades assim denominadas oferecem elementos para se discutir não só o conceito de pequenas cidades como o próprio conceito de cidade [...] ENDLICH (2006, p.85). Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa) uma pequena cidade é definida por conter até 100 mil habitantes, com base nesse dado, segundo o IBGE, no Brasil, das 5,507 cidades, 4,646 são consideradas pequenas, e dentro do estado do Paraná, das 399 cidades, 323, são pequenas cidades (IBGE 2000).
  • 15. 14 Santos (1979, p.71) aponta que: A cidade local é a dimensão mínima a partir da qual as aglomerações deixam de servir às necessidades da atividade primária para servir as necessidades inadiáveis da população com verdadeira especialização do espaço. Santos (1993) cita as cidades pequenas com no máximo 20 mil habitantes, embora entenda que só pode ser definido a partir de um certo estágio de desenvolvimento. Sobre o conceito de pequena cidade, existe uma grande dificuldade, pelo simples fato das suas especificidades e heterogeneidades. Cabe, todavia, levantar uma questão: podemos classificar as cidades com mais de 20.000 habitantes como médias? Um dos problemas que se apresentam nas ciências humanas é o do uso e interpretação das séries estatísticas, pois o número, em momentos distintos, possui significado diferente. O que chamávamos de cidade média em 1940/50, naturalmente não é cidade média dos anos 1970/80. No primeiro momento, uma cidade com mais de 20.000 habitantes poderia ser classificada como média, mas hoje, para ser cidade média uma aglomeração deve ter população em torno dos 100.000 habitantes. Isto não invalida o uso de quadros estatísticos, mas sugere cautela em sua interpretação (SANTOS, 1993, p. 70-71). As pequenas cidades são vistas como lugares mais calmos, com índices de violência bastante baixos, onde normalmente a vizinhança toda se conhece, com uma riqueza de simplicidade não vista em grandes cidades. A paisagem de uma pequena cidade é diferenciada, normalmente é raro prédios de vários andares, condomínios fechados e sim é normal casas simples e aconchegantes, com arquitetura simples e sofisticada, nas ruas e nas praças é presentes grande números de árvores, gramas e flores, com aspecto de cidade do interior. A economia de uma pequena cidade é normalmente baseada na agropecuária e pequenas indústrias e comércio local, devido esse fator, é grande o numero de desemprego nas pequenas cidades, fazendo com que normalmente os jovens, vão em busca de emprego em cidades vizinhas e maiores. Alguns fatores fazem com que a infraestrutura das pequenas cidades sejam pobres, como por exemplo, saúde e educação. Normalmente não existem hospitais de grande porte para tratamentos e aparelhagem modernas, fazendo com que os cidadãos vão em busca de melhor estrutura em cidades maiores. O mesmo acontece com a educação, onde a pequena cidade oferece apenas a educação básica, não existem universidades para os jovens continuarem os estudos, então eles saem das cidades onde nasceram e vão para uma cidade maior em busca de emprego e uma instituição de ensino.
  • 16. 15 Dessa forma é indiscutível que nas pequenas cidades existem fatores tanto positivos como negativos, o mesmo acontece nas cidades de médio porte e nos grandes centros urbanos. Simplificando a cidade é um lugar de vivência de um aglomerado de pessoas, onde são realizadas atividades econômicas pra manutenção da cidade e geração de empregos. Os pequenos centros urbanos não são iguais entre - si, pois possuem conteúdos diferentes que em alguns casos geram relações hierárquicas entre elas. Cidades com atividades comerciais e equipamentos de serviços públicos e privados um pouco mais diversificados funcionam como pólos microrregionais (Endlich, 2006, p.52). Além de surgirem várias polêmicas sobre o conceito de pequena cidade, a outro fator que intriga muitos dos autores, quando tentam responder sobre a classificação de urbano e rural, visando que os municípios têm suas sedes bastante pequenas. Sendo assim, segundo José Eli da Veiga, a qualificação de cidades deve- se ir além de números de habitantes, e, sobretudo o critério desse contexto está ligado as relações dessa localidade no modo de vivência, definindo então se urbano ou rural. Como por exemplo, o modo que a população emprega seu tempo nas atividades que são realizadas no dia-a-dia, hábitos urbanos, valores urbanos. As pequenas sedes de cidades perderam o caráter de vida campestre, de vida não agitada, que não existe violência, poluição, áreas periféricas, pois são problemas não específicos somente de grandes metrópoles, e problemas estes, que cada vez mais estão se alastrando por todo território em escala nacional. Os números de cidades pequenas no país é bastante relevante, visando também que toda cidade nasce pequena, porém, os poderes públicos não dão um incentivo convincente a essas pequenas cidades que surgem tão necessitadas de um olhar específico. [...] a célula-máster que atende às necessidades de uma população; tais necessidades variam em função da densidade demográfica, das comunicações e da economia da região, bem como do comportamento sócio - econômico de seus habitantes. Porém, cada uma dessas cidades constitui um caso específico quando se leva em conta sua função principal. (SANTOS, 1981, p. 15). Santos (1988, p. 46) esclarece que “as cidades pequenas ou grandes, enquanto lugares, são singulares e uma situação não é semelhante a outra, e cada lugar combina de maneira particular variáveis que podem ser comuns a vários
  • 17. 16 lugares”. As cidades pequenas podem ser mais bem administradas e planejadas, pois apesar de se encontrarem em uma dimensão de espaço isolada, são muitas das vezes relacionadas ás transformações do modelo de consumo. As transformações verificadas no campo alteraram o padrão desses pequenos lugares centrais, criando pelo menos quatro caminhos ao longo dos quais evoluíram: I – Prósperos lugares centrais em áreas agrícolas nas quais a modernização não afetou radicalmente aestrutura fundiária e o quadro demográfico [...] II – Pequenos centros especializados. [...] III – Pequenos centros transformados em reservatórios de força de trabalho ou que assim nasceram [...] IV – Pequenos centros em áreas econômica e demograficamente esvaziadas por um processo migratório que desequilibra ainda maisuma estrutura etária, afetando ainda a proporção dos sexos (CORRÊA, 2004, p. 75-76). Roberto Lobato Corrêa (1991, p.14) mostra que as cidades com população entre 10.000 e 15.000 mil habitantes, tem suas atividades voltadas às atividades rurais, e poucas atividades urbanas. 1.2 SURGIMENTO DAS CIDADES O surgimento das cidades é bastante antigo, apesar de não existir uma data precisa, autores apontam que tenha sido por volta de 3500 a.C. A explicação da origem das cidades se dá a partir de uma ordem geográfica natural, nas regiões com predomínio de climas semi áridos, os grupos tiveram a necessidade de se fixarem em lugares próximos aos rios, como rio de Eufrates e rio Nilo, para terem acesso rápido e fácil a água, e por ser áreas várzeas que eram propícias ao desenvolvimento da agricultura. Lopes (2009, p.02,03) apud (Sjoberg 1972) define que: Foi a aproximadamente 5.500 anos que o homem começou a viver em núcleos, tendo as primeiras cidades se formado por volta do ano 3.500 a C, na região situada entre os rios Tigre e Eufrates. Ali, a existência de solo fértil, grande oferta de água um cruzamento de estradas permitiram o desenvolvimento e a comunicação entre povosde diferentes culturas,contribuindo para o crescimento e a transformação de povoados em cidades. (LOPES (2009), p.02,03) apud (SJOBERG, 1972) As primeiras cidades surgiram na mesopotâmia, (hoje Iraque) foi onde ocorreu o centro da difusão do fato urbano para o Egito antigo, em seguida surgiram
  • 18. 17 às cidades do vale do Rio Nilo, e do Indo, da região mediterrânea e na Europa, por fim então, as cidades da China e do Novo mundo. No continente americano, desencadeou a sua urbanização a partir da Mesopotâmia, surgiram cidades, perto de 500 a.C., as quais atingiu se auge no primeiro milênio d.C. Apesar das primeiras cidades tenham surgidos há mais de 3.500 anos a.C., o processo de urbanização moderno teve inicio no século XVIII, em consequência da Revolução Industrial que teve inicio no continente europeu. A Inglaterra foi o primeiro país a se urbanizar na chamada Era moderna, no ano de 1850, aproximadamente 50% da população pertencia à área urbana, já outros países a urbanização só aconteceu a partir da segunda metade do século XIX, através do aceleramento e crescimento do setor industrial. Do ponto de vista histórico, trata-se de um fenômeno recente. Todavia, neste curto espaço de tempo, a segunda metade do século passado, a população urbana passou de 19 milhões para 138 milhões, com uma taxa de crescimento média anual de 4,1%. A cada ano, em média, foram acrescidos 2.378.291 habitantes às cidades, fazendo com que a população urbana, em meio século, apenas, aumentasse 7,3 vezes. No período inicial do processo de urbanização acelerado, a taxas de fecundidade ainda estavam relativamente altas e, certamente foram fundamentais para o seu ritmo, apesar do seu declínio ter se iniciado logo na segunda metade da década de sessenta. Sem dúvida, foram as migrações internas as grandes responsáveis pela grande aceleração do processo de urbanização. Estima- se que, entre 1960 e o final dos anos oitenta, auge do ciclo migratório, saíram do campo para as cidades quase 43 milhões de pessoas, considerando, inclusive os “efeitos indiretos da migração”, ou seja, os filhos tidos pelos migrantes rurais nas cidades. (BRITO, Fausto. PINHO, Breno, 2012. Pg. 07) No Brasil o processo de urbanização ocorreu principalmente na segunda metade do século XX, através da expansão da economia cafeeira, e com o acelerado surto da industrialização. Neste período os principais fatores que contribuíram para o processo de urbanização, foi o grande ciclo de migrações internas, principalmente a rural-urbano. Com a chegada da Revolução Industrial no final do século XIX, principalmente na região de São Paulo e Rio de Janeiro, com a inserção de fábricas de tecidos e calçados, de mão de obra fácil, onde os principais trabalhadores eram imigrantes da Itália. Nesse período o aumento da população brasileira foi bastante notório como se pode observar na TABELA 01. Esse aumento populacional contribuiu de maneira bastante relevante para o processo de urbanização no Brasil.
  • 19. 18 Tabela 01: Demonstrativo da População Brasileira: Brasil, População Total e Urbana e Grau de Urbanização –Médio Anual da População Urbana, 1940-1970. Período Total Urbana Grau de Urbanização 1940 41.236.315 12.880.182 31,24 1950 51.944.397 18.782.891 36.16 1960 69.930.293 312.214.700 44,64 1970 93.139.037 52.084.984 55,92 1980 119.502.716 80.436.419 67.31 1991 146.825.475 110.990.990 75,59 2000 169.544.443 137.697.439 81,22 2010 190.755.799 160.925.792 84,36 FONTE: IBGE, Censo Demográfico de 1940,1950, 1960, 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010. Nas primeiras décadas da colonização foram fundadas inúmeras vilas em Pernambuco, na Bahia e São Paulo. Então em 1549 o Rei de Portugal veio ao Brasil para construir a primeira cidade, e determinou que as vilas que fossem atingindo certo nível de desenvolvimento, receberia o título de cidade. A partir da república, todas as vilas passavam a serem chamadas de cidade, no caso as sedes municipais, e o território tanto urbano como o rural, ficou designado por município. No Brasil a primeira cidade fundada foi a de Salvador no dia 29 de março de 1549, inclusive foi a capital brasileira de 1549 a 1763, pois era a principal parada de embarcações vindas de Portugal, uma das razões que levou Salvador a ser capital do Brasil. 1.3 HISTÓRIA DA CIDADE DE PAULA FREITAS O Município de Paula Freitas até o século XVII era habitado por índios da família Caigangue, que viviam próximo ao Rio Iguaçu, e sobreviviam principalmente da pesca, caça e colheita de frutos. No inicio do século XVII e XVIII, os índios foram afugentados pelas expedições de imigrantes que chegavam à região, através do Rio Iguaçu que era o único meio que dava acesso a região.
  • 20. 19 O Rio Iguaçu faz parte da história do município de Paula Freitas, pois foi um grande aliado para o povoamento da cidade, foi através dele que a região começou a ser habitada, após a descoberta do vau. O vau foi descoberto em União da Vitória pelo tropeiro Pedro Siqueira Cortes, no dia 12 de abril de 1842, durante uma expedição rumo aos campos de Palmas, tornando assim possível a travessia dos rebanhos bovinos que vinham do Rio Grande do Sul e tinham como destino a cidade de Sorocaba São Paulo, tornando a viagem mais rápida e mais fácil. O tropeirismo contribuiu de forma significativa para o povoamento da região, pois durante as viagens que duravam meses, os tropeiros pernoitavam em fazendas com locais de pastagens e açudes para os animais se alimentarem e beber água. A região do Ronda, hoje atual Rondinha era a principal parada dos tropeiros que ali se recompunham da viagem. Os primeiros moradores da região conhecida por Estácios na época, no século XIX, estabeleceram-se próximo ao Rio Iguaçu, Rio Macaco, Rio Jararaca e Rio Vargem Grande. O primeiro morador do distrito foi Manuel Estácio de Paula, que era um grande proprietário de terras na região. As principais atividades econômicas na época eram extração da erva-mate, a exploração da madeira e a pecuária. Em 1905, com a chegada da estrada de ferro, foi construída no distrito uma estação ferroviária (imagem 01) chamada Estação Paula Freitas, em homenagem á Antonio de Paula Freitas, que foi o engenheiro que projetou a estação.
  • 21. 20 IMAGEM 01- Estação Paula Freitas Estação de Paula Freitas, inaugurada em 26 de fevereiro de 1905. Acervo Antonio Lara. (WWW.estacoesferroviarias.com.br) acesso em 07 de setembro de 2015. Por este motivo depois de algum tempo o distrito de Estácios passa a ser chamado de Paula Freitas. Nessa época também se instalou a primeira serraria para beneficiamento da madeira, próximo a margem do Rio Iguaçu e também próximo a estação, para facilitar o transporte. A partir da década de 20, fixaram-se as primeiras famílias , que auxiliaram no desenvolvimento da região, são elas; Marés de Souza, Gasparin, Lara, Cordeiro, Marques, Afonso, Campos, Bueno, Schwartz, Gabardo, Hermann, entre outras. À medida que o distrito foi se desenvolvendo, criaram-se novas atividades econômicas, como os primeiros comércios, armazéns e moinhos. O distrito de Carazinho foi criado em 1917, por meio da Lei nº 1.724, que pertencia ao município de União da Vitória. Em 1921, o antigo distrito de Carazinho passa a ser denominado distrito judiciário de Estácios. No dia 20 de outubro de 1938, de acordo com a Lei nº 7.573, então foi elevado oficialmente a categoria de vila, chamada de Paula Freitas. Em 30 de novembro de 1963, a vila foi elevada a categoria de município através da Lei municipal nº 4.788. Então se oficializou o nome de município de Paula Freitas,
  • 22. 21 juridicialmente subordinado ao município de União da Vitória. A data de posse do primeiro prefeito foi em 08 de dezembro de 1964, que é data comemorada o dia do município. Nos dias atuais o município possui 21 localidades e é conhecida como a capital da melancia. IMAGEM 02 – Primeiras civilizações na cidade de Paula Freitas FONTE: acervo pessoal Mauro Feliz dos Santos
  • 23. 22 1.4 LOCALIZAÇÃO CIDADE DE PAULA FREITAS
  • 24. 23 Paula Freitas é um município tem uma população estimada de 5.737 habitantes segundo censo de 2014, é uma área de aproximadamente 421,409 km², que pertence à Mesorregião Sudeste Paranaense, cujos 17.010 km² são repartidos em 21 municípios, sendo habitados por 398 mil paranaenses. Dentre as quatro microrregiões que formam o Sudeste, Paula Freitas ocupa a microrregião de União da Vitória, da qual ocupa o extremo leste. É ainda o único município dessa microrregião situado a leste da capital regional (União da Vitória), confrontando com a parte sul da microrregião de Irati; a fronteira sul do município é o Rio Iguaçu, que aí separa os estados do Paraná e de Santa Catarina. A cidade de Paula Freitas está localizada no cruzamento do paralelo, 26º12´30” Sul com o meridiano 50º56´17'' Oeste, com altitude de 754 metros. O município estende-se entre os pontos extremos cujas coordenadas constam na Tabela 02. Tabela 02: Coordenadas UTM dos pontos extremos: Coordenadas UTM dos Pontos Extremos do Município de Paula Freitas Ponto extremo Coordenadas X Coordenadas Y Norte 510.402 7.118.037 Sul 509.929 7.092.311 Leste 500.689 7.103.092 Oeste 530.370 7.104.205 Fonte: Calculado pela consultoria sobre base cartográfica fornecida pela Copel – Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008. O município de Paula Freitas está localizado na várzea do Rio Iguaçu, ocupando terrenos, exceto no extremo noroeste,onde estão os primeiros contrafortes da Serra da Esperança, nos quais se situa o ponto mais alto do município, com a cota 1.184m. A região serrana, no entanto, ocupa pouco mais de 10% do território municipal (cerca de 45 km², num total de 429 km²) A economia do município de Paula Freitas apresenta uma ruralidade muito forte, sendo o setor primário da economia do município. As principais produções,
  • 25. 24 são culturas mecanizadas de grãos, principalmente soja e milho, a partir da década de 1990 também teve um grande avanço na fumicultura. E também teve a instalação das indústrias de madeiras, mas ainda são números bastante pequenos.
  • 26. 25 2. PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO EM PAULA FREITAS PARANÁ Apesar do município de Paula Freitas tenha sido criado na década de 1960, mas somente começou a comparecer como ente independente a partir de 1970, sendo o primeiro censo a divulgar dados do município. A população total se manteve estacionada, nas ultimas três décadas do século XX, como mostra a tabela 03, depois começou a crescer num ritmo bem lento. Tabela 03: População do Município de Paula Freitas, 1970 - 2000 População: 1970 1980 1991 2000 Urbana N.D 650 1.470 2.200 Rural N.D 3.869 3.195 2.860 Total 4.695 4.519 4.665 5.060 N.D= Dado não disponível. Fonte: IPEA, ipeadata. Consulta no site: www.ipea.gov.br em abril de 2007. Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008. Levando em consideração as taxas de crescimento geométricos apontados na última tabela, pode-se estimar uma tendência populacional para 5.911 habitantes no ano de 2017, na tabela a seguir pode-se observar a evolução anual da população. Tabela 04: População do Município de Paula Freitas, projeção 2012 á 2017. População 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Urbana 3.182 3.263 3.344 3.426 3.508 3.590 Rural 2.468 2.438 2.408 2.379 2.350 2.321 Total 5.650 5.701 5.753 5.805 5.858 5.911 Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008. Uma vistoria realizada in loco, pela consultoria do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas em junho de 2007, contatou que o centro urbano de Paula Freitas juntamente com as áreas periféricas, como loteamentos, existe 605 moradias, onde pode-se considerar uma população efetivamente urbana, e todo crescimento
  • 27. 26 populacional é absorvido pelos núcleos urbanos do município. Na tabela 05, pode-se observar a projeção populacional e a taxa de urbanização do município. Tabela 05: Projeção da população urbana do município de Paula Freitas, 2012- 2017 e taxa de urbanização. Ano 2007 2012 2017 População 2.776 3.182 3.590 Taxa de urbanização 51,4% 56,3% 60,7% Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008. Paula Freitas deverá continuar a permanecer no rol de pequenos municípios do sudeste do Paraná, sendo o município menor da microrregião de União da Vitória, que têm 21 municípios. Tudo indica que as localidades de Rondinha e Vargem Grande tendem a ter um crescimento populacional maior em relação à cidade-sede de Paula Freitas, podendo até incluí-las na rede urbana da microrregião de União da Vitória. Como mostra na tabela 04, a população entre rural e urbana vai sofrer bastante os reflexos desse aglutinado crescimento, com respeito aos perímetros urbanos e de expansão urbana.
  • 28. 27 IMAGEM 03: Densidade demográfica de Paula Freitas Fonte: Plano Diretor Municipal de Paula Freitas,2008 (Prancha 12) f Paula Freitas tem uma densidade média de 12,6 hab./km², é notável que as regiões próximas ao Rio Iguaçu, tem uma diminuição na sua densidade, e ocorre uma concentração próximaà linha que representada pelo antigo traçado da PTR – 153. Na localidade da Rondinha, a densidade fica acima de 147 hab./km².
  • 29. 28 2.1COMPARTIMENTAÇÃO MUNICIPAL Tendo em vista a ocupação humana da cidade de Paula Freitas, pode-se atribuir três grandes macrozonas habitadas e mais uma macrozona pouco povoada, mais de grande importância ambiental. IMAGEM 04 - Compartimentos Municipais – Síntese Municipal Fonte: Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008. (Prancha 31)
  • 30. 29 Na tabela a seguir será relacionado às comunidades ás macrozonas. Tabela 06: Compartimentos Municipais de Paula Freitas Compartimentação Comunidades Pertencentes Oeste São Carlos, Paula Freitas, Maria Anisia, Rondinha, Canudos, Luzia, Colônia Macacos, Cachoeira Centro Poço Preto, Faxinal, Palmital, Palmital Jararaca, Bela Vista Leste Carazinho, Ronda Jararaca, Cerro do Leão, Rio das Antas, Linha D’ Ana, Vargem Grande Serra da Esperança Morro do Taió Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008. É notável que a macrozona sudeste abriga a imensa maioria da população urbana com atividades econômicas variadas, já as demais regiões são visivelmente rurais. 2.1COMPARTIMENTAÇÃO URBANA A população urbana de Paula Freitas tem pouco mais de 2500 pessoas, tornando uma das menores cidades do estado do Paraná, sua organização espacial forma uma rede de núcleos urbanos interligados, o que possibilita identificarmos cinco compartimentos urbanos distintos. A rede de áreas urbanas de Paula Freitas estrutura-se ao longo da PRT – 153 rodovia que dá acesso á sede municipal, dando continuidade a Rua Gustavo Schwartz, no sentido nordeste - sudoeste. Nessa forma de rede fica bastante notável a separação espacial entre os núcleos dependentemente entre os usos existentes nas áreas de caráter urbano. No sentido nordeste pela rodovia encontra-se a vila de Vargem Grande, originária de uma antiga estação ferroviária que há anos esta desativada e também é o centro da região colonial de Paula Freitas. Essa vila possui grande importância histórica e na sociedade de Paula Freitas. No sentido sudoeste, cerca de 3 km de ocupação rural, surge uma pequena concentração de residências ao longo da rodovia, que tem denominação Canudos,
  • 31. 30 que vai se estendendo por mais 2 km até chegar na comunidade de Rondinha. Rondinha é um conjunto habitacional urbano estritamente ligado a rodovia, é uma ocupação de caráter ordenado, e um conjunto social promovido pela cohapar. Logo adiante próximo ao núcleo urbano de Paula Freitas, o loteamento Maria Anísia, cerca de 2,5 km da BR 476 e pela Rua Gustavo Schwartz onde concentram-se boa parte das atividades industriais e prestação de serviços públicos. O conjunto urbano Maria Anísia pertence ao conjunto urbano da cidade de Paula Freitas num ponto de vista institucional, onde a comunidade usufrui dos serviços urbanos locados na sede, apesar de estar á 2 km da sede municipal. Na região localizada nos fundos do loteamento, localizam-se as unidades de habitação social com as residências de casas populares. Entre Maria Anísia e a cidade de Paula Freitas, habita um número pequeno de famílias, do qual pertencem ao contexto urbano da sede. No núcleo urbano de Paula Freitas, são existentes pouco mais de 800 habitantes, onde se concentra boa parte do comércio, prestação de serviços e os serviços públicos municipais. Ligada ao centro encontra-se o compartimento São Carlos, ocupação alongada junto ao eixo da avenida com mesmo nome do compartimento, assim como Maria Anísia, esse compartimento é totalmente dependente dos serviços do núcleo de Paula Freitas. Tabela 07: Características dos compartimentos urbanos de Paula Freitas Compartimento: Área Urbana: Domicílios: População: Densidade: Macrozona- Paula Freitas 42 ha 215 820 19 hab./ha Macrozona- São Carlos 15 ha 65 236 16 hab./ha Macrozona- Maria Anísia 29 ha 120 414 14 hab./ha Macrozona- Rondinha 30 ha 150 585 19 hab./ha Macrozona- Vargem Grande 17 ha 55 205 12 hab./ha 133 ha 605 2.260 17 hab./ha Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008.
  • 32. 31 2.3 PERÍMETRO URBANO A estrutura das populações urbanas de Paula Freitas seguindo um eixo rodoviário tende a formação de uma grande ocupação linear e une os diferentes núcleos com a expansão da malha viária. Por ser bastante reduzida a população nos núcleos urbanos e as relativas grandes distancia que os separam impossibilitam que ocorra o fenômeno chamado conurbação, é um termo que designa a unificação dasmalhas urbanas de duas ou mais cidades, que passama formar um aglomerado urbano contínuo, mantendo, entretanto, suas autonomias político-administrativas. Paula Freitas comporta quatro perímetros urbanos isolados: Paula Freitas (sede), São Carlos, Maria Anísia, Rondinha e Vargem Grande; e uma área de transição urbano-rural ao longo da parte mais consolidada da rede, da Av. São Carlos até a Rondinha, onde se pode encontrar atividades industriais e agricultura urbana previstas nos projetos estruturantes. 2.4 DENSIDADE DE OCUPAÇÃO URBANA A análise da densidade urbana de uma cidade é feita a partir da existência de uma densidade legal, que é obtida a partir do perímetro urbano legalmente constituído e a existência de uma densidade efetiva, considerando as áreas com uso efetivamente urbano, e também não podem ser consideradas a expansão urbana futuras. Em Paula Freitas pode-se verificar uma situação bastante comum entre os municípios da região, onde o perímetro urbano legal é bastante superior às necessidades de expansão urbana, obtendo-se assim, uma densidade muito baixa. Na sede Paula Freitas juntamente com a Av. São Carlos a densidade fica em média 9,5 hab./há, já em Rondinha a densidade fica próxima aos padrões de ocupações rurais densas, em torno de 1hab/há. Na tabela 07, pode-se observar que as densidades efetivas das ocupações urbanas são bastante parecidas entre si, e não atingem a faixa de 20 hab./há e 30 hab./ha que é a média comum entre as cidades do sudeste paranaense. Dessa maneira pode-se dizer que todas as áreas analisadas possuem densidades muito baixas, o que resulta na grande quantidade de terrenos e lotes vazios.
  • 33. 32 Em função da pequena população urbana de Paula Freitas, e seu vagaroso crescimento que foi projetado para os próximos 10 anos, não existe preocupação pela demanda de áreas para que esse crescimento urbano possa se concretizar, pois essa grande área de terrenos vazios é capaz de comportaro novo contingente populacional. Tabela 08: Estimativa de demanda de solo urbano de Paula Freitas, 2007- 2017. Ano Estimativa Pop. Urbana Número de Domicílios Demanda por Área (2007) (densidade efetiva média) Demanda por Área (2007) (padrão de parcelamento do solo) 2007 2.776 743 --------------- -------------- 2012 3.182 851 23,8 ha 13,9 ha 2017 3.590 960 47,9 ha 28,0 ha Dados retirados do Plano Diretor Municipal de Paula Freitas, 2008. Na tabela acima se pode observar a demanda do uso do solo urbano para os próximos 10 anos, com relação a inúmeros lotes vazios existentes, mantendo o numero de uma família por lote padrão, a demanda para os 10 anos alcança 21% do total das áreas efetivamente urbanas.
  • 34. 33 IMAGEM 05: Foto aérea da cidade de Paula Freitas, Fevereiro de 2014. (1) FONTE: Acervo da Prefeitura Municipal de Paula Freitas,2014. IMAGEM 06: Foto aérea da cidade de Paula Freitas, Fevereiro de 2014. (2) FONTE: Acervo da Prefeitura Municipal de Paula Freitas,2014. Nas imagens acima é possível observar a cidade de Paula Freitas nos dias atuais, fotografada no ano de 2014.
  • 35. 34 3 GEOGRAFIA E ENSINO 3.1 O ENSINO DA GEOGRAFIA NO BRASIL A geografia como disciplina nas escolas, surgiu precisamente em 1837, no colégio Pedro II, com o objetivo de contribuir na formação do cidadão, numa ideologia de nacionalismo patriótico. Então a disciplina da geografia ensinava as riquezas naturais e humanas presentes no território brasileiro. Os primeiros professores a ministrar as aulas de geografia vinham de outras profissões, como advogados e até mesmo sacerdotes. Alunos do 6° ano tinham conteúdos relacionados á América, mares, vulcões da América em forma abrangente, depois o conteúdo delimitava-se ao Brasil e suas regiões, só então era aplicados os conteúdos da Europa, Ásia, África e Oceania. Em 1930, o ensino de geografia ganha uma nova dimensão, em 1929 é fundado o curso livre Superior de Geografia, como principal objeto criar condições para que o ensino da geografia buscasse seu verdadeiro papel na disciplina de nacionalização. Alguns anos depois são formados os primeiros geógrafos no país. Nesse período ocorreram fatos importantes para a geografia como: Surgimento dos cursos superiores de geografia na USP em 1934 e também no Distrito Federal UDF em 1935, a fundação da AGB (associação dos geógrafos brasileiros) também em 1935, criação do conselho nacional de geografia em 1937 e criação do IBGE em 1939. A partir de então a geografia ganha total força tanto como disciplina escolar como ciência. Com o passar do tempo, a geografia vai cada vez mais se aproximando da geografia moderna em busca do verdadeiro método e objetivo, nesse período a influencia vem da geografia de Vidal de La Blache, geografia essa que domina tanto as escolas como as universidades, com um ensino sobre paisagens naturais e humanizadas, o principal método usado era a descrição e a memorização dos elementos que compõe a paisagem, onde a tarefa do aluno era descrever os fatos sociais e naturais, associando o homem como o principal elemento nessa relação. A partir de 1931, são introduzidos novos conteúdos nos anos iniciais como: população, raças, línguas, religiões e a economia brasileira, onde na época era a principalmente a agricultura o centro econômico do país.
  • 36. 35 Nessa fase também começa a produção dos livros didáticos, onde dois principais autores se destacam: Miguel Delgado de Carvalho e Aroldo de Azevedo. A geografia de Miguel Delgado de Carvalho contribuiu para o que se pode denominar enobrecimento ou civilidade da mentalidade territorial no Brasil. Seus trabalhos didáticos ofereceram aos que escolarizavam num país em franca expansão e urbanização, e cheio de imigrantes, um elemento de identidade territorial cívica nacional, uma identidade para além da roça, do engenho de açúcar, da fazenda de café e gado, da aldeia, da província. Por meio da ideia de um todo Histórico-geográfico, participou das discussões que forneceram identidades macrorregionais, tudo isso como típicos artefatos mentais de confecção pela cultura urbana central que procedia ás representações do país quando procurava afirmar-se como nação. (BARROS, 2008, p. 322). Aroldo de Azevedo seguia o mesmo caminho. De 1940 a 1970 foi um dos maiores influenciadores do ensino da geografia no Brasil. Alguns anos seguintes o ensino da geografia passa por uma grande revolução, com a revisão de alguns conteúdos, mas não deixando de lado os verdadeiros objetivos e a didática de ensino. O objetivo ainda era o engrandecimento das riquezas do país e o método era ainda a memorização. A escola então se torna um centro de formação da mão de obra para as indústrias, assim, a escola se reduz ao treinamento profissional. A partir da década de 1970 o governo militar passa a considerar a disciplina perigosa na medida em que contribuía na formação e pensamentos críticos e alunos contestadores, então por isso em 1971 a geografia é excluída dos currículos oficiais e substituída pela disciplina de estudos sociais, nas universidades a geografia começa a ganhar força, passando a ser a ciência do espaço. Nos anos 80 a geografia influencia as propostas curriculares voltadas para as quintas, sextas, sétimas e oitavas séries, com conteúdos voltados a relação de trabalho e produção, onde o ensino era em torno das ideologias políticas, econômicas e sociais na relação entre sociedade, trabalho e natureza. Segundo Clarice Cassab (2009), os professores na maioria dele formados nas escolas clássicas de geografia, e num regime educacional em que tudo vinha pronto, tanto currículo, metodologia e planejamento, tiveram grande dificuldade em colocarem em prática o ensino de geografia. A elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) serviu para orientação no ensino da geografia, onde ficou oficializada uma geografia de fundamentação fenomenológica e o ensino era a partir de teorias construtivas,
  • 37. 36 estimulando o aluno à habilidade de perceber o espaço através de referências concreto. 3.2 PROCESSO DE APRENDIZAGEM E RELAÇÃO PROFESSOR / ALUNO Segundo Vygotsky a uma distinção no sentido e no significado da palavra contribuição em relação ao ensino, segundo Emerson (2002) a contribuição do professor para com o aluno vai ser uma ferramenta fundamental para estimular o processo de internalização com uma reconstrução interna, propondo uma consciência individual, mas ao mesmo tempo podendo interferir no caráter social do aluno. Vygotskydiz que a aprendizagem é um elemento importante que intervêm a relação do homem com o mundo, até mesmo podendo interferir no seu desenvolvimento. Dentro da geografia essa aprendizagem requer um olhar atento para a geografia cotidiana dos alunos, pois implica numa dimensão do conhecimento geográfico e o espaço vivido com a prática social dos alunos. Dentro desse parâmetro afetivo, Henri Wallon também trás contribuições significativas para o processo ensino-aprendizagem. Abigail e Laurinda trazem conceitos essenciais que Wallon prioriza na teoria do desenvolvimento como: processos de interação, de concepção e evolução afetiva. No processo de ensino-aprendizagem deve-se ter uma relação fundamental com o papel da afetividade, a compreensão é um elemento importante para aumentar a eficiência, assim fazendo com que o professor obtenha sucesso, atingindo seus objetivos, sendo que um dos principais objetivos é desenvolver o aluno na forma cognitiva e afetiva, preparando-o para á sociedade e a realidade em que esta inserida. [...] ainda que timidamente, já se percebe um movimento na direção de novas práticas pedagógicas baseadas numa outra relação com o conhecimento, em novas formas de relacionamento com os alunos e em maneiras mais democráticas de avaliação, posto que mais abertas ao diálogo (TRINDADE, 2007, p. 115). Essa afirmação de Trindade (2007) faz com que possamos perceber a importância do ensino da geografia nos dias atuais, tendo como um objetivo principal
  • 38. 37 a formação do cidadão. A geografia diferente das demais ciências engloba toda uma conjuntura social e física, sendo uma disciplina totalmente indisciplinar uma vez que o professor de geografia tem a missão de educar e preparar esse aluno, conforme o seu espaço social. A preocupação com a interdisciplinaridade deve trazer uma nova visão didático-pedagógica do ensino de Geografia à forma-ação do ser humano. Como interdisciplinar, o ensino de Geografia torna-se um espaço de interação, integração e compartilhamento de competências e saberes (SOUZA; CHIAPETTI, 2007, p. 235). Portanto ao pensarmos geografia como ciência, podemos compreendê-la como uma ciência que nos permite conhecer o mundo, estando então nas mãos dos professores, a missão de tornando a sala de aula num laboratório, para que ele consiga de forma lúdica e teórica ao mesmo tempo, adquirir esse conhecimento, através das múltiplas formas que o professor pode ensinar, e o aluno aprender. 3.3 A RELAÇÃO DA TEMÁTICA COM A REALIDADE DO ALUNO O tema abordado em sala de aula (Industrialização e Urbanização) pode ser relacionado com a realidade cotidiana dos alunos. Santos (2000) cita que: “Os lugares são, pois, o mundo, que eles reproduzem de modos específicos, individuais, diversos. Eles são singulares, mas são também globais, manifestações da totalidade-mundo, da qual são formas particulares.” (p.112). Entendemos que apesar do ambiente escolar se dar em um determinado local, é possível fazer relação com a convivência efetiva do aluno, fazendo a interação desses ambientes. Partindo desse pressuposto é permitido fazer vinculação de certos temas discutidos dentro da geografia. O tema sobre urbanização e industrialização, nós permite inúmeras formas de se trabalhar dentro da sala de aula, é primordial que o professor correlacione o espaço urbano em que o aluno está inserido, além de trabalhar, a realidade em que o aluno não está inserido, para que ele consiga fazer a divergência entre estes espaços. Como por exemplo: Um aluno que vive em uma pequena cidade, ao trabalhar urbanização, o professor terá mais facilidade que lidar com as temáticas relacionadas aos centros locais, podendo exemplificar com o próprio lugar em que o aluno vive, porém é necessário que o professor tenha a engenhosidade de
  • 39. 38 uma didática alternativa, para que ele possa trabalhar sobre as grandes metrópoles, já que não é a realidade do aluno, e assim reciprocamente. Neste sentido, é relevante, ainda que não suficiente, para os professores de Geografia enfrentar o desafio de se considerar, entre outras, a “cultura geográfica” dos alunos. Na prática cotidiana, os alunos constroem conhecimentos geográficos. É preciso considerar esses conhecimentos e a experiência cotidiana dos alunos, suas representações, para serem confrontados, discutidos e ampliados com o saber geográfico mais sistematizado (que é a cultura escolar) (CAVALCANTI, 2005, p. 68). De acordo com a citação de Cavalcanti (2005), podemos observar que a prática cotidiana vai permitir que o aluno venha adquirir um conhecimento geográfico mais amplo, fazendo com que o melhor método de ensino seja o espaço geográfico vivido pelo aluno cotidianamente. 3.4 RECURSOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE GEOGRAFIA Recursos didáticos são conceituados como um conjunto de materiais utilizados para fins pedagógicos, que buscam uma melhor mediação de conhecimento de conteúdos com os alunos podendo ser todo tipo de objeto material (giz, livro didático, maquete, globo terrestre, entre outros) ou imaterial (tonalidade de voz e expressões corporais); os recursos didáticos modernos são formados por componentes eletrônicos e computacionais (FISCARELLI, 2008). Fiscarelli (2008) também ressalta que a proposta curricular nacional, incentiva o professor a utilizar os recursos didáticos, principalmente os relacionados às novas tecnologias. Sobre a expectativa da utilização dos recursos didáticos pelo professor, a autora comenta que há receio na questão da viabilidade, adaptação ao conteúdo e à realidade escolar. Para a prática em sala de aula, o professor necessita de maior preparo e eficiência, pois assim como o recurso pode ajudar, ele também pode atrapalhar o docente se ele não souber utilizá-lo corretamente. Para que aja uma boa eficiência na utilização desses recursos tecnológicos, são oferecidos aos professores cursos de capacitação, para que o professor se adapte ao conteúdo e a realidade da sala de aula; esses cursos são de suma
  • 40. 39 importância, pois se esses recursos não forem utilizados corretamente, irá “atrapalhar”, em vez de beneficiar ao aluno. Alguns principais recursos didáticos usados dentro de sala de aula, e de que forma são trabalhados como: Globo terrestre, bússolas, jogos, maquetes, fotografiasetc.; Esses são alguns dos recursos que podem ser utilizados pelos professores, tanto nos anos iniciais, ensino fundamental e até mesmo no médio. Recursos que promovem o conhecimento do aluno de forma lúdica e interativa. O professor deve estar atento antes de aplicar esse tipo de aula, dependendo da serie deve-se ter cuidado redobrado na preparação da aula.
  • 41. 40 CONSIDERAÇÕES FINAIS Por tudo o que foi visto nesse presente trabalho, pode-se concluir que o espaço urbano da cidade de Paula Freitas vem ocorrendo pausadamente, seu desenvolvimento e seu crescimento populacional é bastante peculiar visto que faz seu desenvolvimento iniciou-se a pouco mais de 45 anos. Com relação ao conceito de pequena cidade, é possível observar que Paula Freitas ainda está abaixo dessa conceituação, pois segundo Santos (1993) uma cidade pequena pode ter até 20 mil habitantes, o que está longe de ser a realidade da cidade de Paula Freitas. Ao observarmos a história de Paula Freitas, podemos perceber que sua localização foi intencionalmente econômica, quando nos primórdios o Rio Iguaçu era único meio de transição dos tropeiros que faziam suas tropeadas até a cidade de Sorocaba em São Paulo, e mais tarde a construção da estação ferroviária próximo ao Rio Iguaçu, para facilitar o transporte. Desde o início do seu desenvolvimento até os dias de hoje, o processo de urbanização é bem lento, mas é possível observar que esse pregresso vem evoluindo no decorrer dos anos, e esses números tende a aumentarem devido as instalações de indústrias madeireiras e cerealistas, com isso a expectativa é o aumento de geração de emprego e consequentemente o crescimento populacional. Por fim podemos compreender que o processo das pequenas cidades em si é bastante particular, mas a perspectivas é que nas próximas décadas, muitas pequenas cidades, deixem de pertencer a essa escala, passando pra cidades médias.
  • 42. 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACELAR, W. K. de A. As pequenas cidades no Brasil e no Triângulo Mineiro. Encontro de Geógrafos da América Latina 10. Anais..., São Paulo, 2005. BARROS, Nilson Cortez Crocia de. Delgado de Carvalho e a Geografia no Brasil como arte da educação liberal. Estudos Avançados, v.22, n.62, p.317-333, 2008. BELO, Vanir de Lima. JUNIOR, Gilberto Souza Rodrigues. A importância do trabalho de Campo no ensino de Geografia. In. Anais XVI Encontro Nacional dos Geógrafos- Crise, práxis e autonomia: Espaços de resistência e de esperanças, Espaço de Diálogos e Práticas. Porto Alegre, p. 1-11, AGB, 2010. BRANDÃO, Inêz de Deus Neiva; MELLO, Márcia Cristina de Oliveira. Principais recursos didáticos analisando no ensino de geografia do Brasil.Universidade Estadual Paulista – Campus Experimental de Ourinhos. FAPESP. 2013. BRITO, Fausto Alves de. PINHO, Breno Aloíso Duarte de. A dinâmica do processo de urbanização no Brasil, 1940-2010. Belo Horizonte: UFMG/CEDEPLAR, 2012. CASSAB, Clarice. Reflexão sobre o ensino da Geografia. In. Geografia: Ensino & Pesquisa, Santa Maria, v.13 n.1, p.43-50, 2009. CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e Construção de conhecimento. 18° Ed. São Paulo: Papirus Editora. CAVALCANTI, Lana de Souza. Ensino de geografiae diversidade: construção de conhecimentos geográficos escolares e atribuição de significados pelos diversos sujeitos do processo de ensino. In: CASTELLAR, Sonia (org.) Educação geográfica: teorias e práticas docentes. São Paulo: contexto, 2005. CORRÊA, Roberto Lobato. A rede urbana. São Paulo: Ática,1989. CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço Urbano. São Paulo: Ática, 2004 (Séries principais). COSTA, P.C.G. Geografia e Modernidade. São Paulo: HUCITEC, 1996. EMERSON, C. O mundo exterior e o discurso interior, Bakhtin, Vygotisky e a internalização da língua. In: DANIELS, H. (Org.). Uma introdução a Vygotsky. São Paulo: Loyola, 2002. ENDLICH, A. M. Pensando os Papéis e Significados das Pequenas Cidades do Noroeste do Paraná. 2006. 505f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista, Presidente Prudente, 2006. FISCARELLI, Rosilene Batista de Oliveira. Material didático: discurso e saberes. 2004. 202f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2004.
  • 43. 42 FRESCA, T. M. Em defesa dos estudos das cidades pequenas no ensino de geografia.Geografia, Londrina, vol. 10, n. 01, p. 27-34, jan/jun. 2001. GEIGER, P. P. A Urbanização Brasileira nos Novos Contextos Contemporâneos. In: GONÇALVES, M. F. (Org.) O Novo Brasil Urbano: Impasses, Dilemas, Perspectivas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1995. Pg. 23- 40. GEIGER, Pedro Pinchas. Evolução da rede urbana brasileira. Rio de Janeiro: Guanabara, centro. 1963. Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais, série VI – Sociedade e educação (coleção O Brasil Urbano). KIMURA, Shoko. Geografia no Ensino. São Paulo: Contexto, 2004. LADIM, Paula da Cruz. Desenho de paisagem: as cidades do interior paulista. São Paulo: UNESP, 2004. LEFEBVRE, Henri. O direito à cidade. São Paulo: Moraes, 1991. LOPES, Diva Maria Ferlin. O conceito de urbano e as pequenas cidades do seminário baiano: Novo Triunfo, Santa Brígida e Sítio do Quinto. 2005. Dissertação (Mestrado em Geografia Urbana e Regional) – UFBA, Salvador, 2005. MOREIRA, R. O pensamento geográfico brasileiro. São Paulo: Contexto, 2008. OLANDA, Elson Rodrigues. As pequenas cidades e o vislumbrar do urbano pouco conhecido da geografia. Ateliê geográfico, Goiânia- GO v2, n.4, ago/2008, p. 183-191 OLIVEIRA, Christian; SOUZA, Raimundo. As travessias da aula de campo na geografia escolar: A necessidade convertida para além da fábula. Educação e Pesquisa. São Paulo: Universidade Estadual do Paraná, 2009. Pg. 195-209. Paulo: Ícone; EDUSP, 1988. Plano Diretor Municipal de Paula Freitas – PR. Maio de 2008. Cedido pela Prefeitura Municipal. PONTUSCHKA, Nídia Nacib. O conceito de estudo do meio transforma-se. Em tempos diferentes, em escolas diferentes, com professores diferentes. In. VESENTINI, José William (org.). O ensino de Geografia no século XXI.Campinas: Papirus, 2004. SANTOS, Milton. Espaço e sociedade: ensaios. Petrópolis: Vozes, 1982. SANTOS, Milton.Espaço e sociedade: ensaios. Petrópolis: Vozes, 1982. SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993. SANTOS, Milton. Manual de Geografia Urbana. São Paulo: Hucitec, 1981. SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado. São Paulo: Hucitec, 1988.
  • 44. 43 SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos emetodológicos da geografia. São Paulo: Hucitec, 1988. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro. São Paulo: Record, 2000. SJOBERG, Gideon. Origem e evolução das cidades. In: Cidades: A urbanização da Humanidade. 2. Ed. Rio de Janeiro: Zalar, 1972. SOUZA, M. E. A. de S.; CHIAPETTI, R. J. N. O ensino de Geografia como um caminho para o desenvolvimento de competências. In: TRINDADE, G. A.; CHIAPETTI, J. N. (orgs). Discutindo Geografia: doze razões para se (re) pensar a formação do professor. Ilhéus: Editus, 2007. SPOSITO, Maria Encarnação Beltrão. Capitalismo e Urbanização. 15° ed. – 2ª reimpressão. São Paulo: Contexto, 2010. TRINDADE, G. A.; CHIAPETTI, R. J. N. Ensino, pesquisa e produção do conhecimento no âmbito da licenciatura em Geografia. In: TRINDADE, G. A.; CHIAPETTI, J. N. (orgs). Discutindo Geografia: doze razões para se (re) pensar a formação do professor. Ilhéus: Editus, 2007. VYGOTSKY, L.S. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo. VYGOTSKY, L.S. Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VYGOTSKY, L.S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo: Ícone; EDUSP, 1988. VYGOTSKY, L.S. et al. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. São Paulo. VYGOTSKY, L.S. Formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes. WALLON, H. (1941-1995) A evolução psicológica da criança. Lisboa, Ed. 70. WALLON, H. (1959-1975) Psicologia e educação da infância. Lisboa, Estampa 1993.
  • 45. 44 CONSULTAS ELETRÔNICAS IBGE. Pesquisa de Informações Básicas Municipais, 2015. Disponível em: HTTPS://www.ibge.gov.br Consulta em:06 Julho de 2015. IBGE. Regiões de influência das cidades 2007. Rio de Janeiro: IBGE, 2008. Disponível em:<HTTPS://www.ibge.gov.br>Consulta em: 10 de Julho de 2015. IBGE. Cidades@. O Brasil Município por Município. Disponível em: <HTTPS://www.ibge.gov.br> Consulta em: 25de Julho de 2015. IPARDES. Perfil dos Municípios Paranaenses. Disponível em: <HTTPS://www.ipardes.gov.br. Consulta em 28 de Agosto de 2015. IPARDES. Municípios e Regiões. Disponível em: <HTTPS://www.ipardes.gov.br.> Consulta em 10 de Setembro de 2015.
  • 47. 46 INTRODUÇÃO Estágio realizado no Colégio Estadual do Campo João de Lara, localizado na PR 153, bairro Rondinha na cidade de Paula Freitas PR. O estágio foi realizado no 7º ano B, regido pela professora Sra. Ivoneide Montipó. As aulas foram ministradas nas terças e quintas – feira, do dia 18 de agosto de 2015 á 10 de setembro de 2015, no período vespertino, totalizando 12 aulas ministradas. O tema abordado foi sobre urbanização e industrialização. O colégio João de Lara foi fundado em 1964, obra realizada pelo Governo Ney Braga, onde inicialmente funcionava de forma multisseriada, em uma pequena estrutura, onde o professor realizava as funções da direção, orientação, serviços gerais, além da docência. Seu primeiro nome foi Escola Isolada Rocha Pombo. Mais tarde passou a ser chamada Casa Escolar João de Lara, em homenagem ao doador do terreno, Senhor João de Lara Sobrinho. A partir de 1991, com a municipalização das Series Iniciais na maioria das escolas do Estado, no mesmo prédio passou a funcionar a Escola Municipal Paulo Ider Hermann, atendendo alunos do Pré-Escolar e 1ª a 4ª série no período da tarde. No ano de 1994 passou a ser chamada de Escola Estadual João de Lara - Ensino Fundamental. A partir de 2008 a escola passou a ser chamada Colégio Estadual João de Lara devido à implantação do Ensino Médio. Atualmente o Colégio é dirigido pelo diretor Ivair José Montipó, eleito de forma democrática no mês de novembro de 2008. No turno matutino é oferecido o Ensino Fundamental e Médio para 144 alunos regularmente matriculados. No período vespertino temos 82 alunos matriculados. A equipe de trabalho é composta por 26 professores sendo um diretor, duas pedagogas, uma secretária, um agente educacional ll e 4 agentes educacionais l. O colégio funciona em prédio próprio, fazendo uso, no período da manhã de sete salas, e no período da tarde cinco salas, temos também uma pequena biblioteca, um laboratório de informática com 12 computadores, sala dos professores, almoxarifado, cozinha, uma lavanderia, 3 banheiros (1 feminino, 1 masculino e 1 para os professores). Uma sala adaptada para o funcionamento da sala de recursos.
  • 48. 47 O espaço externo do Colégio é composto por áreas cobertas, em uma parte, fica cinco mesas próximas á cozinha, nas quais as crianças fazem o lanche. Em outra, há um pequeno palco utilizado para apresentações dos trabalhos dos alunos. Ainda no espaço externo há uma quadra poliesportiva coberta. Para melhorar a estrutura física, foram construídas no ano de 2007, duas novas salas de aula pelo Governo do Estado. No que diz respeito aos materiais, atualmente a escola possui 9 televisores, 16 computadores, 2 impressoras a laser, 2 multi funcional, sendo uma com fax e outra scanner, 1 impressora matricial, 1 aparelho de fax, 1 aparelho de telefone sem fio, 3 micro-system, 2 mimeógrafos a álcool, 1 retroprojetor, 1 projetor de slides, mapas variados, fitas de vídeo, CDs Room, globos e outros materiais próprios de cada disciplina.
  • 49. 48 PROCESSO DE APRENDIZAGEM RELAÇÃO PROFESSOR/ALUNO E A IMPORTANCIA DO ENSINO DA GEOGRAFIA É necessário que exista uma comunicação clara dentro da sala de aula, onde o professor trabalhe não só com o conceitual, mas também trabalhe com a formação humana, considerando a primeira leitura, que vem de um âmbito familiar. O tema abordado que foi trabalhado em sala de aula (Industrialização e Urbanização) pode ser relacionado com os ensinamentos de Bronfenbrenner. Bronfenbrenner se refere em seus discursos de um meio ambiente global em que o individuo esta inserido e é nesse ambiente onde ocorrem os processos desenvolvimentais. Nesse âmbito pode-se inserir o processo de industrialização e urbanização, onde o meio ao longo do tempo, foi modificado e desenvolvido, ocorrendo no século XIX a Revolução Industrial conseguintemente o grande crescimento populacional formando então os grandes centros urbanos. Bronfenbrenner identifica três pontos que são essenciais para o desenvolvimento da criança, em relação à sua influencia no âmbito familiar; como o trabalho dos pais, a rede de apoio social e a comunidade em que sua família esta inserida. A partir dessa discussão podemos inserir no tema industrialização, onde me primeiro momento a criança relaciona seu conhecimento familiar, o que se aprendeu dentro de casa, um conhecimento empírico, embasado num recorte local, normalmente na cidade em que reside. Bronfenbrenner ainda complementa dizendo que a educação dos pais dada á criança, depende claramente da sociedade, da cultura e das crenças da qual estão inseridos, contudo dentro da sala de aula, o papel do professor é abranger uma escala maior desse conhecimento, começando pela escala regional, nacional e por fim na escala universal. O processo através do qual a pessoa desenvolvente adquire uma concepção mais ampliada, diferenciada e válida do ambiente ecológico, e se torna mais motivada e mais capaz de se envolver em atividades que revelamsuas propriedades, sustentam ou reestruturam aquele ambiente em níveis de complexidade semelhante ou maior de forma e conteúdo – validade ecológica (BRONFENBRENNER, 2002, p. 23) No estágio também foi trabalhado a respeito das cidades, trazendo um recorte geográfico local. Nesse aspecto, Vygotsky aponta importantes apontamentos sobre a formação de conceitos, no caso, o tema cidades, se trata de uma
  • 50. 49 abordagem bastante complexa, pois envolve um ponto de vista geográfico e um sistema amplo de conceitos, e isso requer muita atenção na hora de transmitir essas definições. Vygotsky cita que não se pode transmitir ao aluno um conjunto de definições prontas, e que muitas das vezes o aluno relaciona esses conceitos com outras cidades do mundo e do Brasil, e não conseguem relacionar essas definições dentro das suas próprias cidades locais, e que algumas vezes essas abordagens nem fazem parte do conteúdo curricular da escola. A experiência pedagógica nos ensina que o ensino direto de conceitos sempre se mostra impossível e pedagogicamente estéril. O professor que envereda por esse caminho costuma não conseguir senão uma assimilação vazia de palavras, um verbalismo puro e simples que estimula e imita a existência dos respectivos conceitos na criança, mas na prática, esconde o vazio. Em tais casos, a criança não assimila o conceito, mas a palavra, capta mais de memória que de pensamento e sente-se impotente diante de qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento assimilado. No fundo, esse método de ensino de conceitos é a falha principal do rejeitado método puramente escolástico de ensino, que substitui a apreensão do conhecimento vivo pela apreensão de esquemas verbais mortos e vazios. (VYGOTSKY, 2001, p. 247) Ainda acordo com Vygotsky, os professores de geografia, precisam ter em mente que essa disciplina foi inserida na história, como uma área cientifica onde tem como pretensão de analisar a realidade geográfica, essa área pode ser entendida como um conjunto de conceitos e teorias formando assim a linguagem geográfica. Essa linguagem geográfica é entendida por Vygotsky não no sentido em que o aluno só assimile essas informações, mas que ele forme um pensamento que permita com que ele analise a sua própria realidade através de uma perspectiva geográfica, ou seja, que ele relacione com seu cotidiano. Dentre alguns conceitos principais Vygotsky também cita a degradação ambiental, tema esse que foi abordado nas últimas aulas de estágio. Com base nas afirmações do autor, podemos observar a importância de conceituar a degradação ambiental, e conduzir ao aluno para que ele possa relacionar essa degradação em sua cidade, seu bairro; observando os problemas urbanos que estão á sua volta, assim o aluno fará uma correlação no espaço geográfico que está inserido. E não apenas fazer essa relação, mas quando se trata de impactos ambientais, é necessário que o professor esteja preparado para repassar ao seu aluno, a conscientização de se preservar e conservar com o objetivo de que esse aluno cresça tendo em mente a importância de proteger o meio em que ele vive.
  • 51. 50 No processo de ensino-aprendizagem Wallon orienta que se deve ter uma relação fundamental com o papel da afetividade. A compreensão é um elemento importante para aumentar a eficiência, assim fazendo com que o professor obtenha sucesso, atingindo seus objetivos, sendo que um dos principais objetivos é desenvolver o aluno na forma cognitiva e afetiva, preparando-o para á sociedade e a realidade em que esta inserida,uma vez que o professor de geografia tem a missão de educar e preparar esse aluno, conforme o seu espaço social. Wallon também da ênfase para o desenvolvimento do aluno dentro do contexto no qual o individuo está inserido, como por exemplo, o ambiente familiar. O plano segundo o qual cada ser se desenvolve depende, portanto, de disposições que ele tem desde o momento de sua primeira formação. A realização desse plano é necessariamente sucessiva, mas pode não ser total e, enfim, as circunstâncias modificam-na mais ou menos. Assim, distinguiu-se do genótipo, o fenótipo, que consiste nos aspectos em que o indivíduo se manifestou ao longo da vida. A história de um ser é dominada pelo seu genótipo e constituída pelo seu fenótipo. (Wallon, 1995, pp. 49-50) Ele coloca que a primeira formação da criança vem da família onde ela cresceu, e a segunda formação acontece quando a criança chega ao ambiente escolar, onde o professor tem o papel fundamental de moldar esses conceitos, instigando o aluno a formar seu próprio pensamento crítico referente ao meio em que está inserido. A geografia nos permite o estudo do espaço físico, abrangendo: relevos, hidrografias, geologia, vegetação etc.; Porém vai além da área física quando nos permite o estudo da sociedade humana em geral. Portanto ao pensarmos geografia como ciência, podemos compreendê-la como uma ciência que nos permite conhecer o mundo em que vivemos e sua constante transformação, fazendo relação desde o surgimento do mundo, até os dias atuais da moderna globalização.
  • 52. 51 CONSIDERAÇÕES FINAIS Em um primeiro momento foi feito uma introdução, onde foi exposto sobre a temática abordada no estágio supervisionado, relatando sobre o colégio escolhido para a realização do mesmo, trazendo um breve relato da sua história e a atual direção. Em sequencia foi abordado e correlacionado alguns autores com a temática escolhida, tendo em vista suas perspectivas em relação ao tema e o dia-a-dia do aluno. O tema discutido em sala de aula, no estágio supervisionado, veio se assemelhar com a temática do projeto de pesquisa TCC, onde ficou mais fácil e claro trabalhar com os conteúdos. O estágio supervisionado se tornou bastante construtivo, pois a prática torna a teoria mais fielmente verdadeira, onde nos permite o conhecimento do dia-a-dia dasala de aula, assim faz com que possamos entender e conhecer a realidade de forma objetiva e dinâmica. Em suma é possível concluir que a urbanização e industrialização permitem ao educador múltiplas formas de metodologias para lecionar ao aluno, sendo que a geografia consiste em uma ciência em que o objeto de estudo é o espaço em que estamos inseridos, possibilitando diversas oportunidades de relacionar as questões didáticas, com o dia-a-dia.
  • 53. 52 REFERÊNCIAS BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artmed, 2002. BRONFENBRENNER, U., MORRIS, P. The ecology of developmental process. In: Damon, W. Lerner, R.M. Handbook of child psychology: Theoretical models of human development . New York: John Wiley, 1998. p. 993-1028. VYGOTSKY, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. VYGOTSKY, L.S. O desenvolvimento psicológico na infância. São Paulo: Martins Fontes, 1999. WALLON, H. (1941-1995). A Evolução psicológica da criança. Lisboa, Edição 70. WALLON, H. (1959-1975). Psicologia e educação da infância. Liboa, Estampa
  • 55. 54 PLANO DE AULA 01 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA: Fabiane Snicer COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara MUNICÍPIO: Paula Freitas PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó SÉRIE: 7º ano DATA: 18/08/2015 NÚMERO DE AULAS: 01 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - Industrialização e urbanização brasileira. - A industrialização brasileira. 3. OBJETIVOS 3.1. OBJETIVO GERAL: - Explicar como aconteceu a industrialização e urbanização no Brasil. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Apontar como e quando se iniciou a industrialização no Brasil; - Explicar os principais processos que possibilitaram o desenvolvimento da industrialização. 4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS A aula teve início às 16h15min, com a minha apresentação á turma, e falando sobre os conteúdos trabalhados nas próximas aulas, de início foi trabalhado com eles sobre a industrialização e urbanização do Brasil, o início da industrialização com a produção cafeeira, a vinda de imigrantes europeus, e o desenvolvimento da infraestrutura, conforme a explanação as alunos iam interagindo com boa participação em sala de aula. 7. BIBLIOGRAFIA - Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
  • 56. 55 PLANO DE AULA 02 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA: Fabiane Snicer COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara MUNICÍPIO: Paula Freitas PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó SÉRIE: 7º ano DATA: 20/08/2015 NÚMERO DE AULAS: 02 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - Industrialização e urbanização brasileira. - Características da industrialização brasileira; - Concentração e desconcentração industrial; - A urbanização brasileira; - População urbana do Brasil. 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL: - Explicar como aconteceu a industrialização e urbanização no Brasil. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Explicar sobre as principais características da industrialização brasileira; - Explanar sobre a concentração e desconcentração das indústrias no Brasil; - Relatar sobre o inicio da urbanização no Brasil; - Explanar sobre a população urbana no Brasil. 4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS A aula teve início às 15h: 20min, sendo duas aulas conjugadas, foi dado seqüência ao conteúdo abordado, trabalhando sobre as principais
  • 57. 56 características das indústrias brasileiras, como a concentração e desconcentração industrial, e iniciando um novo tema do livro didático sobre a urbanização brasileira, as principais temáticas abordadas foram: A população urbana no Brasil e a urbanização e industrialização, após feito a explanação destes temas, foi passado aos alunos 9 questões do livro didático, referente ao que foi estudado na aula passada e na presente aula, ele deram início para terminarem na próxima aula. 5. BIBLIOGRAFIA - Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
  • 58. 57 PLANO DE AULA 03 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA: Fabiane Snicer COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara MUNICÍPIO: Paula Freitas PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó SÉRIE: 7º ano DATA: 25/08/2015 NÚMERO DE AULAS: 01 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - A industrialização e Urbanização brasileira. - O que é cidade? - A história da cidade de Paula Freitas. 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL: - Explicar como e quando aconteceu a industrialização e urbanização no Brasil. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Trazer uma breve explicação do que são cidades; - Relatar sobre a história do município de Paula Freitas. 4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS A aula teve início às 16h: 15min, foi dado um tempo para que os alunos concluíssem o trabalho que foi iniciado na semana passada, assim que todos terminaram, iniciei outra temática, sobre o que é cidade, usei o auxilio do livro didático, para melhor explicar, então entreguei a cada um, um resumo sobre a história da cidade de Paula Freitas, trazendo algumas imagens antigas da cidade. E foi feito então relatos de curiosidades com os alunos sobre a cidade.
  • 59. 58 5. BIBLIOGRAFIA - Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
  • 60. 59 PLANO DE AULA 04 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA: Fabiane Snicer COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara MUNICÍPIO: Paula Freitas PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó SÉRIE: 7º ano DATA: 27/08/2015 NÚMERO DE AULAS: 02 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - A industrialização e urbanização do Brasil. - Rede e hierarquia Urbanas; - Rede Urbana; - Hierarquia Urbana; - Conurbação; - As Regiões metropolitanas; 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL: - Explicar como e quando aconteceu a industrialização e Urbanização no Brasil. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Abordar as principais redes urbanas no Brasil, e caracterizar suas hierarquias; - Explicar o que conurbação; - Abordar sobre as regiões metropolitanas e explanar sobre empresas de planejamento. 4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS A aula teve início às 15h: 20min e foi passado o conteúdosobre as principais redes urbanas no Brasil e suas hierarquias. Os alunos acompanharam no livro didático, e com a participação da leitura no livro, onde juntos foi feito a
  • 61. 60 explanação do conteúdo. 5. BIBLIOGRAFIA - Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
  • 62. 61 PLANO DE AULA 05 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA: Fabiane Snicer COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara MUNICÍPIO: Paula Freitas PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó SÉRIE: 7º ano DATA: 01/09/2015 NÚMERO DE AULAS: 01 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS - A industrialização e Urbanização do Brasil. - Problemas sociais e ambientais. 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL: - Explicar como aconteceu a urbanização no Brasil. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Abordar os principais problemas sociais e ambientais da cidade de Paula Freitas. 4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS A aula teve início às 16h: 15min, foi abordada a temática sobre os problemas sociais e ambientais que ocorrem nos centros urbanos, foi passado a eles algumas definições com o auxilio do livro didático, depois então foi feito um debate com os alunos para vermos os problemas tanto ambientais e sociais que acontecem na cidade de Paula Freitas, o debate foi bem proveitoso, onde todos manifestaram suas opiniões.
  • 63. 62 5. BIBLIOGRAFIA - Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
  • 64. 63 PLANO DE AULA 06 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA: Fabiane Snicer COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara MUNICÍPIO: Paula Freitas PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó SÉRIE: 7º ano DATA: 03/09/2015 NÚMERO DE AULAS: 02 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS -A industrialização e urbanização do Brasil. - Representação da cidade de Paula Freitas em forma de desenho. 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL: - Explicar como e quando aconteceu a industrialização e urbanização no Brasil; 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Estimular a percepção e ludicidade, através da representação do centro urbano da cidade de Paula Freitas através de desenho. 4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS A aula teve início às 15h: 20min levei para a turma dois quadros de fotos aéreas da cidade de Paula Freitas, uma imagem bastante antiga, de quando Paula Freitas começou a se instalar as primeiras famílias na cidade, e outro quadro recente, mostrando a atualidade. Entreguei a cada aluno duas folhas A4, na quais eles fizeram o antes e depois da cidade em forma de desenho, foram bastante caprichosos em seus desenhos e saiu trabalhos bem legais por parte da maioria.
  • 65. 64 5. BIBLIOGRAFIA - Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
  • 66. 65 PLANO DE AULA 07 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA: Fabiane Snicer COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara MUNICÍPIO: Paula Freitas PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó SÉRIE: 7º ano DATA: 08/09/2015 NÚMERO DE AULAS: 01 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS -A industrialização e urbanização do Brasil. 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL: - Explicar como e quando aconteceu a industrialização e a urbanização no Brasil. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Realizar uma revisão de todos os conteúdos para realização da prova. 4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS A aula teve início às 16h: 15min, nessa aula foi feito uma revisão de todo os conteúdos que foram trabalhados nos decorrer das últimas aulas, para a realização da prova na aula seguinte. No decorrer da aula os alunos iam tirando suas dúvidas. 5. BIBLIOGRAFIA - Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levonBoligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.
  • 67. 66 PLANO DE AULA 08 1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ACADÊMICA: Fabiane Snicer COLÉGIO: Estadual do Campo João de Lara MUNICÍPIO: Paula Freitas PROFESSORA REGENTE: Ivoneide Montipó SÉRIE: 7º ano DATA: 10/09/2015 NÚMERO DE AULAS: 02 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS -A industrialização e urbanização do Brasil 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL: - Explicar como e quando aconteceu a industrialização e a urbanização no Brasil; 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: - Através de uma avaliação, verificar os conhecimentos adquiridos sobre os conteúdos aplicados nas ultimas aulas, sobre a industrialização e urbanização. 4. METODOLOGIA – PROCEDIMENTOS A aula teve início às 15h: 20minentão foi entregue a avaliação aos alunos, li as perguntas com todos os alunos e então realizaram a prova utilizando as duas aulas pra todos concluírem. 5. AVALIAÇÃO - Avaliação com 10 questões, com peso 10,0 para obtenção de nota parcial para soma de média do bimestre.
  • 68. 67 6. BIBLIOGRAFIA - Geografia: Espaço e vivência: A organização do espaço brasileiro, 7° ano/ levon Boligian.. [ET AL.] 4° edição. – São Paulo: Saraiva, 2012.