4. AGENDA DE LEITURA
SEGUNDA — Gn 2.18-24
• O casamento instituído por Deus
TERÇA — 1Co 7.25-36
• Recomendações aos jovens solteiros
QUARTA — Pv 30.18,20
• O mistério do encontro
QUINTA — 2Sm 13
• Os desatinos da paixão doentia e pecaminosa
SEXTA — Ct 7.6,7
• O verdadeiro amor entre homem e mulher
SÁBADO — 1Co 6.18-20
• Fugir de toda impureza
5. OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
• REFLETIR sobre os sentimentos e maturidade
afetiva;
• COMPREENDER a relação entre paixão e razão;
• RECONSIDERAR relacionamentos problemáticos.
6. TEXTO BÍBLICO
1 Coríntios 13.1-7.
1 — Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos
anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou
como o sino que tine.
2 — E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse
todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse
toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e
não tivesse amor, nada seria.
3 — E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para
sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo
para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me
aproveitaria.
7. 4 — O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o
amor não trata com leviandade, não se ensoberbece,
5 — não se porta com indecência, não busca os seus
interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 — não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 — tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8. INTRODUÇÃO
• Nos dias de hoje, há uma profunda crise de identidade,
agravada pela falta de maturidade e responsabilidade
afetiva.
9. • O que muitos jovens conhecem sobre afetividade,
sentimento e amor são extraídos dos péssimos e
pecaminosos modelos disseminados pelas novelas,
filmes e revistas sobre a vida dos famosos.
10. • Pouco se encontra na sociedade acerca de exemplos de
amor e relacionamentos afetivos corretos e bíblicos. Os
jovens não encontram bons e sadios exemplos de
masculinidade e, as jovens, muito pouco de
feminilidade. Nesta lição estudaremos a respeito dos
relacionamentos afetivos corretos e bíblicos.
11. • O relacionamento entre pessoas é a forma como eles se
tratam e se comunicam. Quando os indivíduos se
comunicam bem, e o gostam de fazer, diz-se que há um
bom relacionamento entre as partes. Quando os
indivíduos se tratam mal, e pelo menos um deles não
gosta de entrar em contato com os restantes, diz-se que
há um mau relacionamento.
12. • De acordo com as moralidades, todas as pessoas que
estiverem se encontrando propositalmente ou
acidentalmente devem, no mínimo, se respeitarem, ou
seja, tratar uma à outra com educação, e se não poder
ajudar o próximo, não o atrapalhar.
13. • O problema é que essas regras morais não são exatas e
podem ser burladas com certa facilidade, e quando um
indivíduo se sente injustamente denegrido por outro, há
um início de problema de relacionamento entre as
partes.
14. I. “O AMOR É LINDO!” (1Co 13)
1. Os sentimentos constituem o ser (Fp 2.2,5; 3.15,16).
2. A corrupção dos sentimentos (Rm 1.18-32).
3. Maturidade afetiva (1Co 13; Ef 5.1-6.9).
15. • O ser humano foi criado por Deus constituído de um
conjunto de sentimentos saudáveis e corretos que
espelhavam a natureza santa do próprio Senhor (Gn
1.26-28; 2.18-25).
Os sentimentos constituem o ser (Fp 2.2,5; 3.15,16).
16. • Foi no relacionamento amoroso, gracioso e acolhedor
de Deus com o homem no Éden, que a criatura humana
dimensionou o reflexo da imagem do Senhor em si
mesma.
17. • Ele era um ser integral e perfeito porque o seu Criador
assim o era (Gn 17.1; Dt 18.13). Deste modo, o homem
estava perfeitamente integrado ao Criador, consigo
mesmo, o outro e com a criação. Seus sentimentos
expressavam essa harmoniosa relação.
18. • Todavia, com a entrada do pecado no mundo (Rm 5.12),
o homem e a mulher passaram a experimentar
sentimentos conflitantes: cobiça e medo (Gn 3.6,10),
culpa e vergonha (Gn 3.11), egoísmo e desconfiança
(Gn 3.12,13).
2. A corrupção dos sentimentos (Rm 1.18-32).
19. • Afastados voluntariamente do Altíssimo, ambos
tornaram-se espiritualmente alienados (Rm 3.23) e
mutilados em seu caráter, personalidade e sentimentos
(Rm 1.18-32).
20. • Somente retornando a Deus por meio de Cristo (Cl 1.15;
Rm 8.29; Hb 1.3), o homem pode refletir o caráter e
sentimentos originários em Deus, ou seja, a
mesmíssima imagem refletida no Filho (Ef 4.24; 2Co
3.18; 2.14-16; Rm 5.12-21; 1Co 1.30-31).
21. • A dimensão afetiva no ser humano perpassa toda sua
existência, seja biológica, seja psíquica ou espiritual
(1Ts 5.23).
3. Maturidade afetiva (1Co 13; Ef 5.1-6.9).
22. • Certos especialistas atribuem à alma, ou ao nível
psíquico, as experiências afetivas emoções e
sentimentos, contudo é o sujeito inteiro que as
experimentam.
23. • Todo o ser é afetado e não apenas uma de suas
constituições. Deste modo, o amor deve animar e guiar
todos os relacionamentos, principalmente os
sentimentais (1Co 13.7).
24. • É o amor que nos conduz à maturidade de nossas
emoções, sentimentos e relacionamentos corretos (1Co
13.4-5). Ele nunca falha (v.8).
25. II. APAIXONADO, NÃO ILUDIDO
(Rm 14.13; 2Tm 2.22)
1. Paixão e razão (2Sm 13).
2. Os desatinos da paixão pecaminosa (2Sm 13; 1Ts
4.5).
3. Discernindo o amor e suas formas (1Co 13).
– a) Philia.
– b) Eros.
– c) Ágape.
26. • A paixão se caracteriza por um forte sentimento que se
manifesta na pessoa pelo desejo irrefreável de algo. Em
si mesma e em boa medida ela não é prejudicial, uma
vez que está presente nos relacionamentos
sentimentais.
1. Paixão e razão (2Sm 13).
27. • Todavia, a paixão tem como objetivo a satisfação que
procede da necessidade do próprio indivíduo e, por isso,
tende a ser egoísta, coisificar e instrumentalizar o outro,
como no caso de Amnom (2Sm 13).
28. • Fatores bioquímicos explicam a euforia, o humor,
ansiedade e obsessão pela pessoa a qual se está
apaixonado e a tendência de se perder a razão por
causa da atração (Gn 38.14-19; Jz 14.1-3). Por isso,
atender as orientações paternas ajuda a equilibrar as
emoções (Pv 4.1-10).
29. • Amnom estava obcecado
por Tamar, sua meia-irmã
(vv.1,4).
• Embora o termo original
“amou-a” ('āhab) tenha
vários sentidos (Gn 22.2;
24.26; 34.3), aqui se
refere ao forte afeto
emocional e ao desejo
sexual desenfreado
(vv.11-14).
2. Os desatinos da paixão pecaminosa (2Sm 13; 1Ts
4.5
30. • Nesse sentido, a paixão é considerada pecado (1Ts 4.5).
A angústia de Amnon (v.2) traduz o “aperto” e “aflição”
psicológicos que ele sofria pela impossibilidade de obter
Tamar (v.2).
31. • A trama hedionda incluía dissimulação, fingimento,
mentira (v.5) e, ironicamente, conforme o termo hebraico
(lebhibhoth), a preparação de bolos em formato de
coração (v.6). Depois de cumprir seu intento contra a
vontade da jovem, ele a desprezou (vv.15-16,22).
32. • Nem sempre é fácil discernir o amor verdadeiro de uma
mera atração, da paixão, da amizade ou do desejo. Isto,
porque em um relacionamento sentimental existe a
presença de cada um deles. Vejamos:
3. Discernindo o amor e suas formas (1Co 13).
33. • a) Philia. Designa a amizade sincera, na qual age o
amor interpessoal e o respeito de uma pessoa para com
a outra (Hb 13.1). É um amor que exige reciprocidade,
mas na qual também atua o interesse pelas qualidades
da outra.
34. • b) Eros. Refere-se ao amor como desejo, na qual pode
estar presente ou não o “desejo sexual”. Entendido
corretamente, eros não é por si mesmo pecaminoso (Gn
26.8).
35. • Ele está presente em várias situações da vida amorosa
de um casal (Ct 4). Contudo tende a ser egoísta e
desregrado, principalmente quando coisifica e
instrumentaliza a outra pessoa (2Sm 13; Gl 5.19; Pv 7.6-
27).
36. • c) Ágape. Trata-se do amor com que Deus ama, sendo
Ele próprio Amor (1Jo 4.16-21). É o amor sacrifical de
Cristo (Jo 15.13; 2Co 5.14) e o novo mandamento (Jo
15.12). O cristão vive esse amor de modo imperfeito,
pois somente o amor de Cristo é completamente gratuito
e perfeito (Ef 3.19).
37. • Deste modo, essas dimensões do amor são necessárias
ao amadurecimento do sujeito, mas devem coexistir em
equilíbrio para o fortalecimento das relações
sentimentais verdadeiras e sinceras.
38. • Storge: A afeição natural entre membros de um núcleo
familiar.
39. III. CORAÇÃO PARTIDO, ESPERANÇAS
DESPEDAÇADAS (Mt 7.9-11)
1. Atração fatal (Pv 7.6-27; 2Sm 13; Jz 16).
2. Reconstruindo o coração partido (2Sm 13.19-22; Pv
18.19).
3. Propósitos para além de um relacionamento.
40. • Sentir-se atraído pelo sexo oposto faz parte da
constituição humana e, corretamente entendido, é
saudável e necessário (Gn 2.24; Pv 30.18,19).
1. Atração fatal (Pv 7.6-27; 2Sm 13; Jz 16).
41. • Porém o erotismo pecaminoso e as modernas formas de
encontros sexuais e sentimentais mediados pela internet
têm sido “rede de pecado”, e “laço de morte” para os
jovens (Pv 13.14).
42. • Não são poucos aqueles que tiveram seus corações
partidos e as esperanças despedaçadas, e até mesmo
alguns que perderam suas vidas devido os encontros
marcados às escondidas dos pais. Fuja de toda forma
de impureza sexual! Seu corpo é templo do Espírito
Santo (1Co 6.18-20).
43. • Não caia no laço do Diabo (1Tm 3.7; Sl 116.3; 141.9).
“Amor” virtual é uma fantasia perigosa.
44. • Reconstruir um coração partido não é imediato. Leva-se
tempo, paciência e resignação. E dependendo do caso,
haveria necessidade de ajuda especializada. Portanto, é
melhor prevenir-se contra relacionamentos ruins e
esperar no Senhor (Sl 42.5; 43.5).
2. Reconstruindo o coração partido (2Sm 13.19-22; Pv
18.19).
45. • Veja o caso de Tamar, após o terrível “encontro”, sentiu-
se humilhada, rejeitada e ferida (v.19 ver 2Sm 14.27). A
cura das feridas emocionais leva tempo e as cicatrizes
permanecem por toda vida.
46. • Ninguém deseja um relacionamento afetivo que traga
dores sentimentais, rusgas familiares e às vezes até o
afastamento da pessoa dos amigos e da comunidade da
fé.
47. • Esses elementos são excelentes ingredientes para
avolumar os romances, instigar a leitura, favorecer a
trama e criar um best-seller, mas na vida que é real
causam decepções, tristezas e infindáveis desgostos.
Deixemos essas aventuras somente para a arte, a
literatura e para a ficção.
48. • Muitos jovens cristãos estão decididos a se casarem, ao
preço de suas vidas e virtudes. Andam atrás de sua
cara-metade nas redes sociais, e para isso criam
nicknames (apelidos), perfis falsos, perdem tempo com
chat de relacionamentos, entre outros recursos
mentirosos e fantasiosos (Pv 27.20).
3. Propósitos para além de um relacionamento.
49. • A possibilidade de magoarem-se e se ferirem é muito
maior do que a de conquistarem um amor duradouro e
verdadeiro. Isto não quer dizer que não seja possível
encontrar amigos e relacionamentos afetivos sérios nas
redes sociais.
50. • Sabe-se que a rede social tem sido um canal útil para
algumas pessoas encontrarem parceiros e amigos com
os mesmos gostos e afinidades e, a partir desse
conhecimento preliminar, desenvolverem um
relacionamento afetivo maduro e responsável.
51. • Todavia, é preciso tomar muito cuidado ao procurar nos
sites de relacionamentos alguém para compartilhar seus
segredos e sua vida. O perigo está sempre à espreita,
uma vez que do teclado à vida real existe muita
diferença, e se a pessoa não perceber rapidamente
esses perigos pode amargar por muito tempo.
52. • O perigo está sempre à espreita, uma vez que do
teclado à vida real existe muita diferença, e se a pessoa
não perceber rapidamente esses perigos pode amargar
por muito tempo.
53. • Assim, não considere que os relatos positivos sejam em
si mesmo um motivo a mais para “cair de cabeça”
nesses sites em busca de relacionamentos afetivos.
54. • Na maioria das vezes, as fotos dos perfis são melhores
do que o “original”, e as palavras virtuais doces e
românticas são laços e redes que escondem uma má
intenção.
55. • É preciso cuidado e discernimento! Espere no Senhor,
porque Ele deseja a tua felicidade! (Sl 128.1; 20.5).
56. CONCLUSÃO
• Os relacionamentos sentimentais que proveem da
bênção do Senhor sobre a vida do jovem cristão são
construtivos e levam à maturidade afetiva, ao
crescimento pessoal, e a comunhão com Cristo. Eles
são presentes divinos aos jovens que permanecem fiéis
ao Senhor (Sl 119.9).