3. O petróleo
No Brasil, a primeira sondagem foi
realizada no município de Bofete no
estado de São Paulo, entre 1892 e 1896,
por iniciativa Eugênio Ferreira de
Camargo. Foi responsável pela primeira
perfuração, até à profundidade de 488
metros, que teve como resultado apenas
água sulfurosa.
4. Em 1932 foi instalada a primeira refinaria
de petróleo do país, a Refinaria Rio-
grandense de Petróleo, em Uruguaiana, a
qual utilizava petróleo importado do
Chile, entre outros países.
6. Foi somente no ano de 1939 que foi
descoberto óleo em Lobato (Salvador),
no estado da Bahia.
Desde os anos 1930 o tema do petróleo
foi amplamente discutido no Brasil,
polarizado entre os que defendiam o
monopólio da União e os que defendiam
a participação da iniciativa privada na
exploração petrolífera.
7. Entretanto, naquele período, o país ainda
dependia das empresas privadas
multinacionais para todas as etapas da
exploração petrolífera, desde a extração,
refino até a distribuição de combustíveis.
Mossoró, segunda maior cidade do
estado do Rio Grande do Norte e o maior
produtor de petróleo em terra do Brasil.
8. Após a Segunda Guerra Mundial iniciou-se no
país um grande movimento em prol da
nacionalização da produção petrolífera.
Naquela época o Brasil era um grande
importador de petróleo e as reservas
brasileiras eram pequenas, quase
insignificantes. Mesmo assim diversos
movimentos sociais e setores organizados da
sociedade civil mobilizaram a campanha "O
petróleo é nosso!", que resultou na criação
da Petrobrás em 1953, no segundo Governo
de Getúlio Vargas.
9. Após a crise petrolífera de 1973, a Petrobrás
modificou sua estratégia de exploração
petrolífera, que até então priorizava parcerias
internacionais e a exploração de campos mais
rentáveis no exterior. Entretanto, naquela
época o Brasil importava 90% do petróleo que
consumia e o novo patamar de preços tornou
mais interessante explorar petróleo nas áreas
de maior custo do país, e a Petrobrás passou a
procurar petróleo em alto mar.
10. Em 1974 a Petrobrás descobre indícios
petróleo na Bacia de Campos,
confirmados com a perfuração do
primeiro poço em 1976. Desde então
esta região da Bacia de Campos tornou-
se a principal região petrolífera do país,
chegando a responder por mais de 2/3
do consumo nacional até o início dos
anos 1990, e ultrapassando 90% da
produção petrolífera nacional nos anos
2000.
11. Em 2007 a Petrobrás anunciou a descoberta
de petróleo na camada denominada Pré-sal,
que posteriormente verificou-se ser um grande
campo petrolífero, estendendo-se ao longo de
800 km na costa brasileira, do estado do
Espírito Santo ao de Santa Catarina, abaixo de
espessa camada de sal (rocha salina) e
englobando as bacias sedimentares do
Espírito Santo, de Campos e de Santos. O
primeiro óleo do pré-sal foi extraído em 2008 e
alguns poços como Tupi estão em fase de
teste, devendo iniciar a produção comercial
em 2010.
12.
13. O Carvão Mineral
O Carvão mineral é um minério não
metálico, considerado um combustível
fóssil. Sua formação aconteceu por meio
de antigas florestas que foram soterradas
por sedimentos há milhões de anos. O
carvão pode ter diversas classificações
(turfa, linhito, antracito e a hulha), fator
determinado pela condição ambiental e
da época de sua formação.
14. No território brasileiro esse minério é
encontrado em áreas restritas e limitadas,
além disso, o carvão extraído não possui
boa qualidade, pois apresenta baixo poder
calórico e quantidade de cinza elevada. Por
essa razão não possui viabilidade quanto à
sua utilização como fonte de energia e
matéria-prima nas siderúrgicas.
15. Diante disso, a produção brasileira é
insuficiente, portanto, o país importa 50%
do carvão consumido, oriundo dos
Estados Unidos, Austrália, África do Sul e
Canadá. No Brasil uma das principais
jazidas se encontra no Rio Grande do Sul,
como no vale do rio Jacuí, cuja produção
é consumida pelas usinas termelétricas
locais.
16. PROBLEMAS AMBIENTAIS
Apesar de o carvão ser visto com bons
olhos quando se trata de segurança
energética, também devem ser
considerados aspectos como problemas
ambientais e sociais, inerentes à
extração e ao uso de carvão mineral
como combustível.
17. POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
São notáveis os efeitos prejudiciais do
carvão mineral. Na medida em que
aumenta a concentração de gases na
atmosfera, são causados impactos
duplamente prejudiciais: favorecimento
do aquecimento global e danos a saúde
humana. Talvez seja esse o impacto
mais contraditório com os propósitos
do protocolo de Kyoto, e também o mais
desafiador. Serão as novas tecnologias
capazes de reduzir de forma
considerável todos esses poluentes?
18. POLUIÇÃO HIDRICA
Um problema bastante constante e de difícil
solução, é a ‘drenagem ácida’ que consiste
na combinação de carvão, vapor de água e
oxigênio formando o ácido sulfúrico ou
nítrico , responsável por danos à vegetação e
à vida aquática, sendo comum encontrar rios
com baixa qualidade de água a jusante de
zonas de lavras. Além do problema da
poluição dos recursos hídricos, a mineração
coloca em risco também sua disponibilidade
uma vez que utiliza enormes quantidades de
água para remover impurezas contidas no
carvão.
19. Existe também os problemas
ambientais decorrentes do carvão no
solo e as mudanças climáticas.
20. ENERGIA SOLAR
Quase todas as fontes de energia – hidráulica,
Energia Solar
biomassa, eólica, combustíveis fósseis e energia
dos oceanos – são formas indiretas de energia
solar.
Além disso, a radiação solar pode ser utilizada
diretamente como fonte de energia térmica,
para aquecimento de fluidos e ambientes e para
geração de potência mecânica ou elétrica. Pode
ainda ser convertida diretamente em energia
elétrica, através de efeitos sobre determinados
materiais, entre os quais se destacam o
termoelétrico e o fotovoltaico.
Entre os vários processos de aproveitamento
da energia solar, os mais usados atualmente
são o aquecimento de água e a geração
fotovoltaica de energia elétrica.
21.
22.
23.
24.
25.
26. O gás natural, assim como o petróleo, pode
ser encontrado em rochas porosas do
subsolo, entretanto nem sempre está
associado a campos petrolíferos.
Versátil, o gás natural pode ser utilizado
como fonte de geração de energia elétrica
(ao substituir o carvão e o óleo combustível),
tendo também aplicações automotivas
(usado no lugar da gasolina, do etanol e do
óleo diesel) e domésticas (em vez do GLP).
27. Ao acompanhar a tendência mundial de
aproveitamento de combustíveis mais limpos, o
Brasil tem investido na expansão do uso do gás
natural, que apresenta menor emissão de
poluentes no processo de combustão, além de
favorecer maior durabilidade aos equipamentos
que o utilizam. Por isso, este energético é
chamado de “combustível do futuro”.
28. De 2011 até 2015, a Petrobras vai investir R$
224,7 bilhões em atividades relacionadas à
produção de petróleo e gás natural, sendo que
desse total, R$ 13,2 bilhões serão exclusivos
para a área de Gás e Energia.
Atualmente, a produção nacional de gás
natural é de aproximadamente 64 milhões de
metros cúbicos por dia. A previsão da
Petrobras é de elevar a produção para 98
milhões de metros cúbicos, em 2015, já com
significativa participação do pré-sal, e para 178
milhões de metros cúbicos em 2020.
29. No período entre 2007 e 2011, empresa alocou
investimentos para o crescimento da malha de
transporte de gás, que passou de
aproximadamente seis mil para quase 10 mil
quilômetros, e para a implementação de dois
terminais de Gás Natural Liquefeito (GNL) do
Brasil, um na Baía de Guanabara (no Rio de
Janeiro) e outro no porto do Pecém (São
Gonçalo do Amarante – Ceará).
Neste meio tempo, foi votado e sancionado o
marco regulatório do setor, que institui regras
que possibilitam maior competitividade,
atratividade e transparência ao setor.
31. A partir da crise do petróleo, na
década de 1970, o Governo
brasileiro, numa atitude isolada
internacionalmente, criou o
programa Pró-álcool, e o etanol
novamente recebeu as atenções
como biocombustível de extrema
utilidade.
32. Enquanto o governo promovia estudos
econômicos para a sua produção em
grande escala, oferecendo tecnologia e
até mesmo subsídios às usinas
produtoras de açúcar e álcool, as
indústrias automobilísticas instaladas no
Brasil na época - Volkswagen, Fiat, Ford
e General Motors - adaptavam seus
motores para receber o álcool
combustível. Daí, surgiriam duas versões
no mercado: motor a álcool e a gasolina.
33. O primeiro carro a álcool lançado foi o Fiat
147 em 1978. Daí até 1986, o carro a álcool
ganhou o gosto popular dos brasileiros,
sendo que a quase totalidade dos veículos
saídos das montadoras brasileiras naquele
ano utilizava esse combustível.
34. A "crise do álcool“
A partir de então, o consumo de álcool
apresentou queda gradual. Os motivos
passam pela alta no preço internacional
do açúcar, o que desestimulou a
fabricação de álcool. Com o produto
escasseando no mercado, o Governo
brasileiro iniciou a importação de etanol
dos Estados Unidos, em 1991, ao tempo
que ia retirando, progressivamente, os
subsídios à produção, promovendo a
quase extinção do Pró-Álcool.
35. A queda no uso desse
biocombustível também se deveu,
ao longo da década de 1990, a
problemas técnicos nos motores
a álcool, incapazes de um bom
desempenho nos períodos frios,
principalmente.
36. Durante a década, com altas
inesperadas no preço do
petróleo, o álcool seria misturado
à gasolina, numa taxa em torno
de vinte por cento, como forma
de amenizar o preço da gasolina
ao consumidor.
37. O álcool hoje
No início do século XXI, na certeza de
escassez e de crescente elevação no
preço dos combustíveis fósseis,
priorizam-se novamente os
investimentos na produção de etanol
por um lado e, por outro, um amplo
investimento na pesquisa e criação de
novos biocombustiveis.
38. Diante de uma situação nacional antiga
e inconstante, justamente causada
pelas altas e baixas do petróleo, as
grandes montadoras brasileiras
aprofundaram-se em pesquisas e,
dessa forma, lançaram uma tecnologia
revolucionária: os carros dotados de
motor bicombustível, fabricados tanto
para o uso de gasolina quanto de
álcool.
39. Impactos Sócio-ambientais
Energia Solar
Uma das restrições técnicas à difusão de projetos de
aproveitamento de energia solar é a baixa eficiência dos
sistemas de conversão de energia, o que torna
necessário o uso de grandes áreas para a captação de
energia em quantidade suficiente para que o
empreendimento se torne economicamente viável.
Comparando-se, contudo, a outros recursos, como a
energia hidráulica, por exemplo, observa-se que a
limitação de espaço não é tão restritiva ao
aproveitamento da energia solar.
40. Energia Hidráulica
Características energéticas: disponibilidade de recursos,
facilidade de aproveitamento e, principalmente, seu
caráter renovável.
A energia hidráulica é proveniente da irradiação solar e da
energia potencial gravitacional, através da evaporação,
condensação e precipitação da água sobre a superfície
terrestre.
A participação da energia hidráulica na matriz energética
nacional é da ordem de 42%, gerando cerca de 90% de
toda a eletricidade produzida no país.
Apesar da tendência de aumento de outras fontes, devido
a restrições socioeconômicas e ambientais de projetos
hidrelétricos e os avanços tecnológicos no aproveitamento
de fontes não-convencionais, tudo indica que a energia
hidráulica continuará sendo, por muitos anos, a principal
fonte geradora de energia elétrica do Brasil.
41. Energia Hidráulica
O potencial hidrelétrico brasileiro é estimado
em cerca de 260 GW.
42. Tecnologias de Aproveitamento
Energia Hidráulica
Pequenos aproveitamentos diretos da energia hidráulica
para bombeamento de água, moagem de grãos e outras
atividades similares;
Aproveitamento da energia hidráulica através do uso de
turbinas hidráulicas, devidamente acopladas a um
gerador de corrente elétrica. Com eficiência que pode
chegar a 90%, as turbinas hidráulicas são atualmente as
formas mais eficientes de conversão de energia primária
em energia secundária.
43. Aspectos Sócio-ambientais
Energia Hidráulica
O aproveitamento de potenciais hidráulicos para a
geração de energia elétrica exigiu a formação de grandes
reservatórios e, conseqüentemente, a inundação de
grandes áreas. Na maioria dos casos, tratava-se de áreas
produtivas e (ou) de grande diversidade biológica,
exigindo a realocação de grandes contingentes de pessoas
e animais silvestres.
A formação de reservatórios de acumulação de água e
regularização de vazões provoca alterações no regime
das águas e a formação de microclimas, favorecendo
certas espécies (não necessariamente as mais
importantes) e prejudicando, ou até mesmo extinguindo,
outras.
44. Biomassa
Do ponto de vista energético, biomassa é toda matéria
orgânica (de origem animal ou vegetal) que pode ser
utilizada na produção de energia. Assim como a energia
hidráulica e outras fontes renováveis, a biomassa é uma
forma indireta de energia solar. A energia solar é
convertida em energia química, através da fotossíntese,
base dos processos biológicos de todos os seres vivos.
Uma das principais vantagens da biomassa é que,
embora de eficiência reduzida, seu aproveitamento pode
ser feito diretamente, através da combustão em fornos,
caldeiras, etc. Para aumentar a eficiência do processo e
reduzir impactos sócio-ambientais, tem-se desenvolvido e
aperfeiçoado tecnologias de conversão eficiente, como a
gaseificação e a pirólise.
48. Tecnologias de Aproveitamento
Biomassa
O aproveitamento da biomassa pode ser feito através
da combustão direta (com ou sem processos físicos de
secagem, classificação, compressão, corte/quebra etc.),
processos termoquímicos (gaseificação, pirólise,
liquefação e transesterificação) ou processos biológicos
(digestão anaeróbia e fermentação).
50. Energia Eólica
Seu aproveitamento ocorre através da conversão da
energia cinética de translação em energia cinética de
rotação, com o emprego de turbinas eólicas
(aerogeradores) para a geração de energia elétrica, ou
através de cataventos e moinhos para trabalhos mecânicos,
como bombeamento de água.
Geração de eletricidade: as primeiras tentativas surgiram
no final do Século XIX, mas somente um século depois,
com a crise do petróleo, é que houve interesse e
investimentos suficientes para viabilizar o
desenvolvimento e aplicação de equipamentos em escala
comercial.
Recentes desenvolvimentos tecnológicos têm reduzido
custos e melhorado o desempenho e a confiabilidade dos
equipamentos.
52. Aspectos Sócio-ambientais
Energia Eólica
Entre os principais impactos sócio-ambientais de usinas
eólicas destacam-se os sonoros e os visuais. Os impactos
sonoros são devidos ao ruído dos rotores e variam de
acordo com as especificações dos equipamentos
Os impactos visuais são decorrentes do agrupamento de
torres e aerogeradores, principalmente no caso de centrais
eólicas com um número considerável de turbinas, também
conhecidas como fazendas eólicas.
Outro impacto negativo de centrais eólicas é a
possibilidade de interferências eletromagnéticas, que
podem causar perturbações nos sistemas de comunicação e
transmissão de dados.
53. Petróleo e Derivados
A geração de energia elétrica a partir de derivados de
petróleo ocorre por meio da queima desses
combustíveis em caldeiras, turbinas e motores de
combustão interna.
O caso das caldeiras e turbinas é similar ao dos
demais processos térmicos de geração e mais usado
no atendimento de cargas de ponta e/ou
aproveitamento de resíduos do refino de petróleo.
Os grupos geradores Diesel são mais adequados ao
suprimento de comunidades e de sistemas isolados da
rede elétrica convencional.
54. Petróleo e Derivados
Com exceção de alguns poucos países da OCDE
(Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico) , o uso de petróleo para geração de
eletricidade tem sido decrescente desde os anos 1970.
O obsoletismo das plantas de geração, os
requerimentos de proteção ambiental e o aumento da
competitividade de fontes alternativas são os
principais responsáveis por isso.
Contudo, o petróleo continua sendo muito importante
na geração de energia elétrica nesses países,
principalmente no suprimento de cargas de pico e no
atendimento a sistemas isolados.
56. Gases causadores do efeito estufa no setor sucroalcooleiro
Atividades na Produção de Cana, Açúcar e Álcool kg CO2/ ton Cana
Atividade 1: Produção, Colheita e Transporte da Cana
Fixação (fotossíntese) de carbono da atmosfera + 694,7
Liberação de CO2 pelo uso de combustíveis (diesel) na lavoura – 4,7
Liberação de CO2 na queima do canavial (80% das pontas e folhas) – 198,0
Liberação de outros gases de efeito estufa na queima do canavial (principalmente metano) – 5,0
Liberação de N2O do solo pelo uso de adubação nitrogenada – 3,2
Liberação de CO2 na produção dos insumos da lavoura (mudas, herbicidas, pesticidas, etc.) – 6,7
Liberação de CO2 na fabricação dos equipamentos agrícolas que serão usados na lavoura – 2,4
Oxidação dos resíduos não totalmente queimados no campo – 49,5
Atividade 2: Produção de Açúcar e Álcool
Liberação de CO2 na fermentação alcoólica – 38,1
Liberação de CO2 na fabricação dos insumos da indústria(cal, , etc.) – 0,5
Liberação de CO2 na produção dos equipamentos e prédios, instalações industriais – 2,8
Liberação de CO2 na queima de todo o bagaço, substituindo óleo combustível, na produção de açúcar e álcool – 231,6
Emissão evitada de CO2, pelo uso de bagaço na produção de açúcar (somente), em vez de óleo combustível ou carvão + 104,0
Atividade 3: Uso do Açúcar e do Álcool
Em princípio, em médio prazo praticamente todo o carbono no açúcar é oxidado (metabolizado, etc.) e volta à atmosfera – 97,0
Liberação de CO2 na queima do etanol, em motores automotivos – 79,1
Liberação de CO2, pelo uso de etanol em motores automotivos, em vez de gasolina + 126,7
Total das Emissões Evitadas + 206,8