2. Num sentido político e social, intolerância é a ausência de disposição para aceitar pessoas com pontos-de-vista diferentes. Tolerância, por contraste, pode significar "discordar pacificamente". A emoção é um fator primário que diferencia intolerância de discordância respeitosa. A intolerância pode estar baseada no preconceito, podendo levar à discriminação. Formas comuns de intolerância incluem ações discriminatórias de controle social, como racismo, sexismo, homofobia, heterossexismo, etaísmo (discriminação por idade), intolerância religiosa e intolerância política. Todavia, não se limita a estas formas: alguém pode ser intolerante a quaisquer idéias de qualquer pessoa.
3. Em sua forma cotidiana, a intolerância é uma atitude expressa através de argumentação raivosa, menosprezando as pessoas por causa de seus pontos-de-vista ou características físicas e/ou culturais, retratando algo negativamente devido aos próprios preconceitos etc. Num nível mais extremo, pode levar à violência; em sua forma mais severa, ao genocídio. Possivelmente, o exemplo mais infame na cultura ocidental seja o Holocausto (martírio dos judeus).
4. O RACISMO é a tendência do pensamento, ou do modo de pensar em que se dá grande importância à noção da existência de raças humanas distintas e superiores umas às outras. Onde existe a convicção de que alguns indivíduos e sua relação entre características físicas hereditárias, e determinados traços de caráter e inteligência ou manifestações culturais, são superiores a outros. O racismo não é uma teoria científica, mas um conjunto de opiniões pré concebidas onde a principal função é valorizar as diferenças biológicas entre os seres humanos, em que alguns acreditam ser superiores aos outros de acordo com sua matriz racial. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada muitas vezes para justificar a escravidão, o domínio de determinados povos por outros, e os genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade e ao complexo de inferioridade, se sentindo, muitos povos, como sendo inferiores aos europeus.
5. Filosofia: O racismo é um preconceito contra um “grupo racial”, geralmente diferente daquele a que pertence o sujeito, e, como tal, é uma atitude subjetiva gerada por uma sequência de mecanismos sociais. Um grupo social dominante, seja em aspectos econômicos ou numéricos, sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razões históricas, possui tradições ou comportamentos diferentes. A partir daí, esse grupo dominante constrói um mito sobre o outro grupo, que pode ser relacionado à crença de superioridade ou de iniquidade.
6. História: Na Antiguidade, as relações entre povos eram sempre de vencedor e cativo. Estas existiam independentemente da raça, pois muitas vezes povos de mesma matriz racial guerreavam entre si e o perdedor passava a ser cativo do vencedor, neste caso o racismo se aproximava da xenofobia Na Idade Média, desenvolveu-se o sentimento de superioridade de origem religiosa. Quando houve os primeiros contatos entre conquistadores portugueses e africanos, no século XV, não houve atritos de origem racial. Os negros e outros povos da África entraram em acordos comerciais com os europeus, que incluíam o comércio de escravos que, naquela época, era uma forma aceite de aumentar o número de trabalhadores numa sociedade e não uma questão racial.
7. No entanto, quando os europeus, no século XIX, começaram a colonizar o Continente Negro e as Américas, encontraram justificações para impor aos povos colonizados as suas leis e formas de viver. Uma dessas justificações foi a idéia errônea de que os negros e os índios eram "raças" inferiores e passaram a aplicar a discriminação com base racial nas suas colônias, para assegurar determinados "direitos" aos colonos europeus. Àqueles que não se submetiam era aplicado o genocidio, que exacerbava os sentimentos racistas, tanto por parte dos vencedores, como dos submetidos, como os índios norte-americanos que chamavam os brancos de "Cara pálidas".
8. Formas de Racismo: 1 Racismo individual – Realça-se nos lugares mais estranhos, nas atitudes, nos comportamentos e até nos interesses pessoais que estão socializados entre várias raças. 2 Racismo institucional – demonstrado em dados oficiais, por exemplo aqueles que são discriminados no nosso sistema de trabalho, na Justiça, na Economia, na Política e nas instituições. 3 Racismo cultural – Manifesta-se nos valores, nas crenças, na religião, na língua, na música, na filosofia, na estética, entre outros. 4 Racismo primário – É um fenômeno emocional ou passional, sem qualquer elaboração ou justificações. 5 Racismo comunitarista ou diferencialista – É um racismo contemporâneo que se apropriou dos pontos centrais do anti-racismo, ou seja que raça não é natureza. 6 Racismo ecológico ou ambiental – É a forma ou subespécie mais recente de discriminação, contra a “Mãe Terra”.
12. GÊNERO - é uma construção social (família, costumes, cultura...) As caracterizações de gênero marcam muito profundamente a forma como nos fazemos reconhecer pelo outro e ocupamos um lugar no mundo. Cada cultura define como válida e normais, logo naturais, as maneira como um homem e uma mulher devem agir para serem reconhecidos conforme o sexo;
13. A partir da diferenciação anatômica dos sexos e dos padrões culturais assumidos como normais, é que construímos nossos conceitos do que é masculino e do que é feminino e buscamos caracterizar as maneiras como cada um pode se expressar e se comportar;
14. A criança desde o nascimento é educada de acordo com o sexo biológico essa transformação é significada e transformada por cada pessoa a partir de suas experiências afetivas, de suas identificações e pela maneira como ela vive os encontros que ocorrem em sua vida;
15. “O homem é racional, a mulher é o sexo frágil” , definições como essa tem sido questionadas a medida que, com a mudança da dinâmica social, homem e mulher passam a ocupar lugares diferentes dos que ocupavam em momentos históricos anteriores;
16. Como trabalhar essa transformação no processo educativo? A escola precisa incorporar a discussão de sexualidade, gênero e raça, por meio de material didático, reuniões com os pais, palestras com o especialista do assunto e que atue na educação.
18. Fundamentalismo é um movimento que objetiva voltar ao que é considerado princípios fundamental (ou vigente na fundação) da religião". Especificamente, refere-se a qualquer enclave religioso que intencionalmente resista a identificação com o grupo religioso maior do qual diverge quanto aos princípios fundamentais dos quais imputa ao grupo religioso maior ter-se desviado ou corrompido pela adoção de princípios alternativos hostis ou contraditórios à identidade original.
19. Os fundamentalistas acreditam que a sua causa é de grave e cósmica importância. Eles vêem a si mesmo como protetores de uma única e distinta doutrina, modo de vida e de salvação. Fundamentalismo Religioso está presente em todas as religiões, durante todas as épocas da primavera da humildade. Os Fundamentalistas são os mais conservadores e literais seguidores de uma religião, chegando, por vezes, a se desenvolverem militarmente. Existem várias correntes fundamentalistas religiosas entre os adeptos do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo, além de outras.
20. Filosofia: O Fundamentalista acredita em seus dogmas como verdade absoluta, indiscutível, sem abrir-se, portanto, à premissa do diálogo inter-religioso. Por este motivo, o fundamentalismo religioso se revela como fonte de intolerância, na qual o outro é analisado sob a ótica de ameaça, símbolo do mal, que pode fragilizar as "muralhas de verdade" construídas pelo fundamentalista em seu discurso. (Gravura: Bin Lader – Fundamentalismo religioso e o terrorismo nos EUA – torres gêmeas)
21. Cristianismo é uma religião monoteísta centrada na vida e nos ensinamentos de Jesus de Nazaré, tais como são apresentados no Novo Testamento. A religião cristã tem três vertentes principais: * Catolicismo * Ortodoxia Oriental (separada do catolicismo em 1054) * protestantismo (que surgiu durante a Reforma Protestante do século XIV). O cristianismo acredita que a fé em Jesus Cristo proporciona aos seres humanos a salvação e a vida eterna.
22. “Pois Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16)
23. No cristianismo, fundamentalismo foi uma reação contra o modernismo que estava começando a se espalhar nas igrejas dos Estados Unidos e uma afirmação na inspiração divina da Bíblia e ressurreição e retorno de Jesus Cristo, doutrinas consideradas fundamentais do Evangelho (daí o nome fundamentalista)
24. O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a aparecer na história. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus. Para os judeus, Deus fez um acordo com os hebreus, fazendo com que eles se tornassem o povo escolhido e prometendo-lhes a terra prometida (Moisés). Livro sagrado (acreditam que foi revelado diretamente por Deus): Torá ou Pentateuco.. Cultos judaicos são realizados num templo chamado de sinagoga e são comandados por um sacerdote conhecido por rabino. Símbolo sagrado do judaísmo: memorá, candelabro com sete braços. Os homens judeus usam a kippa, pequena touca, que representa o respeito a Deus no momento das orações. Festas judaicas: Purim, Páscoa, Shavuót, .YomKipur - entre outras.
25. No judaísmo eles são os judeus Haredique se julgam os "verdadeiros judeus da Torah" que se alimentam, se vestem e enfim vivem estritamente no modo religioso. Com suas críticas, os fundamentalistas judaicos objetivam atrair e converter os religiosos da comunidade maior, tentando convencê-los de que eles não estão experimentando a versão autêntica da religião professada.
26. ISLAMISMO O fundador do islamismo foi MOHAMMAD nascido em 571 da nossa era. O pai morreu antes de seu nascimento e a mãe quando ele tinha 7 anos. Mohammad foi educado pelo tio, que era comerciante. Casou-se aos 25 anos com uma viúva a qual prestou serviços. Teve uma visão do Anjo Gabriel trazendo a mensagem de Allah. Quando Mohammad entrou na cidade árabe de Medina dizendo que os deuses eram falsos ídolos e que o único Deus era Allah os árabes não gostaram pois Medina era um centro de homenagens aos deuses e os comerciantes ganhavam um bom dinheiro vendendo coisas aos visitantes foi então que tentaram eliminar o profeta que fugiu a tempo (Hégira) De Medina, Mohammad foi para Meca, que se tornou a cidade sagrada para os mulçumanos. Liderando um grupo de homens armados, Mohammad invadiu a cidade de Meca e assumiu o controle (momento conhecido como Guerra Santa). Mas tarde, retorna vitorioso a Medina e ordenou a destruição de todos os ídolos da antiga religião politeísta e construiu a mesquita (local de reunião dos mulçumanos). Mohhamad faleceu em 632, pouco depois seus discípulos organizaram seus pensamentos no livro sagrado do Islamismo: o Alcorão. O Islamismo reconhece a Bíblia pois admite como profetas Adão, Noé, Abrãao, Moisés, JESUS CRISTO e Mohammad.
27. As mesquitas são apenas lugares especiais de reunião para as pessoas rezarem. O imã é a pessoa que orienta as orações dos crentes mas ele não é sacerdote pois os mulçumanos tem relação direta com Allah. Obrigações: não podem beber nada alcoólico nem comer carne de porco, devem ajudar os irmãos pobres e rezar várias vezes por dia e, um dia, visitar a cidade de Meca. Crença: acreditam que um dia, todos os mortos irão renascer para serem julgados. Os bons irão para o paraíso que é um maravilhoso oásis cheio de mel, leite e vinho. Cada homem terá lindas mulheres á disposição. Os maus serão punidos no inferno.
28. No islamismo eles são jama'at que em linguagem árabe significam enclaves (religiosos) com conotações de irmandade fechada) ego-conscientemente flertam com o jihad na luta contra a cultura ocidental que suprime o Islam autêntico que implica submissão ao modo de vida prescrito na (determinação divina) contida na Charia.
29.
30. Ecumenismo (ou eucumenismo) é o processo de busca da unidade. O termo provém da palavra grega "oikos" (casa), designando "toda a terra habitada". Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões ou, mesmo, da humanidade. Neste último sentido, emprega-se também o termo "macro-ecumenismo". Do ponto de vista do Cristianismo, pode-se dizer que o ecumenismo é um movimento entre diversas denominações cristãs na busca do diálogo e cooperação comum, buscando superar as divergências históricas e culturais. Segundo a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, o termo ecumênico quer representar que a Igreja de Cristo vai além das diferenças geográficas, culturais e políticas entre diversas igrejas. Nos ambientes cristãos, a relação com outras religiões costuma-se denominar diálogo inter-religioso.
31. Mas afinal, qual o limite da tolerância? É possível ser tolerante com o intolerável? Tolerância não significa tolerar o intolerável, o que seria a própria negação da tolerância, sendo que esta consiste na aceitação mínima do diferente como tradução da coexistência pacífica. E Em termos concretos, com que atitude enfrentar as ações do braço de terrorismo do fundamentalismo religioso e político? O recurso às armas da intolerância comprovou-se historicamente como gerador de mais violência, portanto o exercício da tolerância exige o difícil equilíbrio entre razão e emoção e o dialogo entre as parte.
32. Que atitude, então, enfrentar o fundamentalismo? O caminho que se vislumbra racionalmente é o do diálogo incessante, do acordo justo e transparente e parece não haver outro meio sensato. Leonardo Boff, afirma em seu livro, “Fundamentalismo: a globalização e o futuro da humanidade”, ser necessário dialogar até a exaustão, “negociar até o limite intransponível da razoabilidade”, na esperança de que o fundamentalismo venha a reconhecer o outro e o seu direito de existência.
33. Exemplo maior: ... quando convidou seu discípulo a baixar a espada ao cortar a orelha do soldado, recolocando a orelha do romano no lugar de origem.
34. SEM DISCRIMINAÇÃO Banda Canela de Cachorro Seu jeito de pensar não tem nada a ver E sua maneira de agir é difícil de entender Somos todos iguais, seja eu, seja você Então tire da cabeça essa idéia de que você É melhor do que os outros E não importa a cor Ou condição social Todos tem o direito de ser tratado igual Se você pensa diferente esta em tempo de mudar Pois quando a gente morre Vai para o mesmo lugar
35. Trechos da música “Racismo é burrice” de Gabriel, o pensador. Racismo, preconceito e discriminação em geral;É uma burrice coletiva sem explicação Racismo é burrice Não seja um imbecilNão seja um ignoranteNão se importe com a origem ou a cor do seu semelhante Nasceram os brasileiros, cada um com a sua corUns com a pele clara, outros mais escuraMas todos viemos da mesma misturaEntão presta atenção nessa sua babaquicePois como eu já disse racismo é burriceDê a ignorância um ponto final:
36. Racismo é burrice O racismo é burrice mas o mais burro não é o racista é o que pensa que o racismo não existe o pior cego é o que não quer verE o racismo está dentro de vocêPorque o racista na verdade é um tremendo babaca, que assimila os preconceitos porque tem cabeça fracaE desde sempre não pára pra pensarNos conceitos que a sociedade insiste em lhe ensinarE de pai pra filho o racismo passaEm forma de piadas que teriam bem mais graça se não fossem o retrato da nossa ignorância transmitindo a discriminação desde a infânciaE o que as crianças aprendem brincando É nada mais nada menos do que a estupidez se propagandoNenhum tipo de racismo - eu digo nenhum tipo de racismo - se justifica .
37. CANÇÃO ECUMENICA PADRE ZEZINHO Que todos nós que acreditamos em deusSaibamos viver em paz e dialogarQue todos nós que cremos que deus é paiSaibamos nos respeitar e nos abraçarFilhos do universoFilhos do mesmo amorSaibamos amar uns aos outrosOuvir o que o outro nos tem à dizerE sem combaterSem desmerecerPrimeiro escutarDepois discordarPor fim, celebrar e orarE adorar e servir a deusE ajudar e ajudar as pessoasE respeitar os ateus