2. DEFINIÇÃO
É uma doença genética rara cuja manifestação
principal é a produção de ossos "extra" em locais
onde eles não deveriam se formar. Seus músculos,
tendões e ligamentos se transformam em ossos e
se seu corpo forma um segundo esqueleto por cima
daquele que você já tem.
A fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP) é um
distúrbio autossômico dominante do tecido
conjuntivo, caracterizado pela malformação
congênita dos dedos maiores dos pés e
ossificações heterotópicas progressivas que se
desenvolvem em padrões anatômicos e temporais
previsíveis, levando à imobilidade progressiva.
3. BIOGRAFIA
Inicialmente, a doença recebeu o nome de
“miosite ossificante progressiva”, significando
uma inflamação muscular que gradualmente
se transformava em ossos. Contudo, o
processo afeta não apenas músculos, mas
também outras partes moles, como as
cápsulas articulares e ligamentos (figura 1).
Por causa disso, o seu nome foi mudado
para “fibrodisplasia ossificante progressiva”
por Victor McKusick, em 1970.
4. EPIDEMIOLOGIA
Acredita-se que a FOP afete por volta de 2.500
pessoas em todo o mundo, ou aproximadamente
uma em cada dois milhões de pessoas.
Se um grande estádio de futebol comporta 100.000
pessoas, seria preciso encher perto de 20 estádios
para encontrar uma pessoa que tenha FOP.
Apesar do fato de que a maioria dos relatos
descreve pacientes caucasianos, ela afeta todos os
grupos étnicos, atingindo igualmente ambos os
sexos.
6. CARACTERÍSTICAS DO
PORTADOR
A formação de ossos extras
quase sempre começa no
pescoço, na espinha dorsal e
nos ombros. Só depois
começa a atacar as outras
juntas. Um grande inchaço de
repente começa a se formar
no corpo e cresce muito
rápido. É quente, vermelho e
dolorido. Depois que o
inchaço pára de doer, ele
diminui e se transforma em
um osso.
7. CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR
Esses inchaços se chamam
surtos, e eles aparecem
durante a vida inteira de uma
pessoa com FOP. Os médicos
nem sempre sabem ao certo o
que os causa, mas sabem que
qualquer tipo de lesão pode
causar um surto. Se uma
pessoa com FOP bate o
cotovelo ou joelho, um osso
pode começar a crescer nesse
lugar e impedir o movimento do
braço ou da perna. Uma
simples injeção ou vacina pode
resultar na formação de novos
ossos.
8. CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR
Características clínicas
Os pacientes afetados com FOP
podem ser reconhecidos mais
tardiamente na vida pela formação
de dois esqueletos: um esqueleto
normotópico, durante a
embriogênese, e um esqueleto
heterotópico, desenvolvido após o
nascimento. O esqueleto
normotópico é basicamente normal,
exceto pelos dedos maiores dos pés,
colos femorais e coluna cervical, que
são malformados. As malformações
dos dedos maiores dos pés são
documentadas em 95% dos
pacientes.
9. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico de FOP é baseado em três
critérios(3). Eles incluem:
1) Malformação congênita dos dedos
maiores dos pés.
2) Ossificação endocondral heterotópica
(ossos heterotópicos que gradualmente se
formam a partir da cartilagem).
3) Progressão da doença em padrões
anatômicos e temporais bem definidos.
10. DIAGNÓSTICO
Os testes laboratoriais de rotina não contribuem
para o diagnóstico, mas, durante as
agudizações, podem ser observados discretos
aumentos no exame de velocidade de
hemossedimentação dos eritrócitos (VHS).
É de extrema importância salientar que, nesses
pacientes, as biópsias são perigosas. As
biópsias não são necessárias para estabelecer
o diagnóstico e inevitavelmente irão piorar as
agudizações e o desenvolvimento de novas
ossificações.
12. TRATAMENTO
Infelizmente, a FOP não melhora com o tempo.
A letra P da palavra FOP se refere à palavra
“Progressiva”. Isto quer dizer que a FOP
vai progredir, ou piorar, conforme a pessoa for
envelhecendo.
Conseguiu-se identificar o gene que, quando sofre
uma mutação, causa a doença, porém, até o
presente momento ainda não existe nenhum
tratamento efetivo na cura ou controle da FOP. Em
outras palavras, não há nenhuma droga capaz de
remover os ossos “extras” já formados ou prevenir
a formação de novos ossos “extra”.
13. PREVENÇÃO DE
COMPLICAÇÕES
Todo tipo de trauma acidental ou provocado
deve ser prevenidos. Estes incluem:
Evitar biopsias ósseas.
Prevenção e cuidado com acidentes que
possam causar lesões ósseas,quedas.
A surdez é possível, provavelmente pela fusão
dos ossículos do ouvido. Exames auditivos
periódicos são recomendados para as crianças
com FOP, de forma a prevenir
comprometimento relativo ao aprendizado
escolar.
14. PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES
Cirurgias para remoção do osso heterotópico.
Elas são absolutamente contra-indicadas, já que
podem causar o desenvolvimento de mais
ossificação heterotópica, pelo trauma tecidual.
Injeções intramusculares, incluindo imunizações
intramusculares e bloqueios mandibulares para
procedimentos dentais.
Manipulação das articulações ou fisioterapia
agressiva.
Esportes de contato físico.
15. EVOLUÇÃO
A progressão da FOP é tipicamente: axial para
apendicular (exemplo: pescoço e ombros afetados
antes dos membros); cranial para caudal (exemplo:
ombros e cotovelos são afetados antes dos quadris
e dos joelhos); proximal para distal (exemplo: os
ombros são afetados antes dos cotovelos e punhos;
os quadris são afetados antes dos joelhos e dos
tornozelos).
O risco aumentado de envolvimento dos quadris,
punhos e joelhos aumenta com a idade, sendo a
mandíbula tipicamente uma das últimas áreas
envolvidas.
17. CURIOSIDADE
A FOP pode causar a morte?
A FOP por si só não causa a morte. A média de
vida das pessoas com a doença é de
aproximadamente 45 anos, mas há vários
pacientes já em sua sétima década de vida.
A morte de quem tem FOP pode ocorrer por
complicações pulmonares - como pneumonias e
insuficiência cardíaca - devida ao surgimento
dos ossos "extra" que impedem a expansão do
tórax durante a respiração, comprimindo assim
os órgãos em seu interior.
18. CURIOSIDADE
É hereditário?
Como a doença está relacionada aos
genes, há a possibilidade de que o
doente transmita o gene que sofreu
mutação para seus filhos. Uma pessoa
com FOP tem 50% de chance de
passar a doença para um de seus
filhos.
19. REFERÊNCIAS
http://medicinaextra.blogspot.com/2008/11/quimerismo.html
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