SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 20
Downloaden Sie, um offline zu lesen
DEFINIÇÃO
   É uma doença genética rara cuja manifestação
    principal é a produção de ossos "extra" em locais
    onde eles não deveriam se formar. Seus músculos,
    tendões e ligamentos se transformam em ossos e
    se seu corpo forma um segundo esqueleto por cima
    daquele que você já tem.
   A fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP) é um
    distúrbio autossômico dominante do tecido
    conjuntivo, caracterizado pela malformação
    congênita dos dedos maiores dos pés e
    ossificações heterotópicas progressivas que se
    desenvolvem em padrões anatômicos e temporais
    previsíveis, levando à imobilidade progressiva.
BIOGRAFIA
   Inicialmente, a doença recebeu o nome de
    “miosite ossificante progressiva”, significando
    uma inflamação muscular que gradualmente
    se transformava em ossos. Contudo, o
    processo afeta não apenas músculos, mas
    também outras partes moles, como as
    cápsulas articulares e ligamentos (figura 1).
    Por causa disso, o seu nome foi mudado
    para “fibrodisplasia ossificante progressiva”
    por Victor McKusick, em 1970.
EPIDEMIOLOGIA

   Acredita-se que a FOP afete por volta de 2.500
    pessoas em todo o mundo, ou aproximadamente
    uma em cada dois milhões de pessoas.
    Se um grande estádio de futebol comporta 100.000
    pessoas, seria preciso encher perto de 20 estádios
    para encontrar uma pessoa que tenha FOP.
   Apesar do fato de que a maioria dos relatos
    descreve pacientes caucasianos, ela afeta todos os
    grupos étnicos, atingindo igualmente ambos os
    sexos.
CARACTERÍSTICAS DO
PORTADOR
CARACTERÍSTICAS DO
PORTADOR
   A formação de ossos extras
    quase sempre começa no
    pescoço, na espinha dorsal e
    nos ombros. Só depois
    começa a atacar as outras
    juntas. Um grande inchaço de
    repente começa a se formar
    no corpo e cresce muito
    rápido. É quente, vermelho e
    dolorido. Depois que o
    inchaço pára de doer, ele
    diminui e se transforma em
    um osso.
CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR
 Esses inchaços se chamam
 surtos, e eles aparecem
 durante a vida inteira de uma
 pessoa com FOP. Os médicos
 nem sempre sabem ao certo o
 que os causa, mas sabem que
 qualquer tipo de lesão pode
 causar um surto. Se uma
 pessoa com FOP bate o
 cotovelo ou joelho, um osso
 pode começar a crescer nesse
 lugar e impedir o movimento do
 braço ou da perna. Uma
 simples injeção ou vacina pode
 resultar na formação de novos
 ossos.
CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR
   Características clínicas
    Os pacientes afetados com FOP
    podem ser reconhecidos mais
    tardiamente na vida pela formação
    de dois esqueletos: um esqueleto
    normotópico, durante a
    embriogênese, e um esqueleto
    heterotópico, desenvolvido após o
    nascimento. O esqueleto
    normotópico é basicamente normal,
    exceto pelos dedos maiores dos pés,
    colos femorais e coluna cervical, que
    são malformados. As malformações
    dos dedos maiores dos pés são
    documentadas em 95% dos
    pacientes.
DIAGNÓSTICO
   O diagnóstico de FOP é baseado em três
    critérios(3). Eles incluem:
   1) Malformação congênita dos dedos
    maiores dos pés.
   2) Ossificação endocondral heterotópica
    (ossos heterotópicos que gradualmente se
    formam a partir da cartilagem).
   3) Progressão da doença em padrões
    anatômicos e temporais bem definidos.
DIAGNÓSTICO
   Os testes laboratoriais de rotina não contribuem
    para o diagnóstico, mas, durante as
    agudizações, podem ser observados discretos
    aumentos no exame de velocidade de
    hemossedimentação dos eritrócitos (VHS).
   É de extrema importância salientar que, nesses
    pacientes, as biópsias são perigosas. As
    biópsias não são necessárias para estabelecer
    o diagnóstico e inevitavelmente irão piorar as
    agudizações e o desenvolvimento de novas
    ossificações.
.
.
TRATAMENTO
   Infelizmente, a FOP não melhora com o tempo.
   A letra P da palavra FOP se refere à palavra
    “Progressiva”. Isto quer dizer         que a FOP
    vai progredir, ou piorar, conforme a pessoa for
    envelhecendo.
   Conseguiu-se identificar o gene que, quando sofre
    uma mutação, causa a doença, porém, até o
    presente momento ainda não existe nenhum
    tratamento efetivo na cura ou controle da FOP. Em
    outras palavras, não há nenhuma droga capaz de
    remover os ossos “extras” já formados ou prevenir
    a formação de novos ossos “extra”.
PREVENÇÃO DE
COMPLICAÇÕES
   Todo tipo de trauma acidental ou provocado
    deve ser prevenidos. Estes incluem:
   Evitar biopsias ósseas.
   Prevenção e cuidado com acidentes que
    possam causar lesões ósseas,quedas.
   A surdez é possível, provavelmente pela fusão
    dos ossículos do ouvido. Exames auditivos
    periódicos são recomendados para as crianças
    com FOP, de forma a prevenir
    comprometimento relativo ao aprendizado
    escolar.
PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES
   Cirurgias para remoção do osso heterotópico.
    Elas são absolutamente contra-indicadas, já que
    podem causar o desenvolvimento de mais
    ossificação heterotópica, pelo trauma tecidual.
   Injeções intramusculares, incluindo imunizações
    intramusculares e bloqueios mandibulares para
    procedimentos dentais.
   Manipulação das articulações ou fisioterapia
    agressiva.
   Esportes de contato físico.
EVOLUÇÃO
   A progressão da FOP é tipicamente: axial para
    apendicular (exemplo: pescoço e ombros afetados
    antes dos membros); cranial para caudal (exemplo:
    ombros e cotovelos são afetados antes dos quadris
    e dos joelhos); proximal para distal (exemplo: os
    ombros são afetados antes dos cotovelos e punhos;
    os quadris são afetados antes dos joelhos e dos
    tornozelos).
   O risco aumentado de envolvimento dos quadris,
    punhos e joelhos aumenta com a idade, sendo a
    mandíbula tipicamente uma das últimas áreas
    envolvidas.
.
.
CURIOSIDADE
   A FOP pode causar a morte?
    A FOP por si só não causa a morte. A média de
    vida das pessoas com a doença é de
    aproximadamente 45 anos, mas há vários
    pacientes já em sua sétima década de vida.
    A morte de quem tem FOP pode ocorrer por
    complicações pulmonares - como pneumonias e
    insuficiência cardíaca - devida ao surgimento
    dos ossos "extra" que impedem a expansão do
    tórax durante a respiração, comprimindo assim
    os órgãos em seu interior.
CURIOSIDADE
   É hereditário?
    Como a doença está relacionada aos
    genes, há a possibilidade de que o
    doente transmita o gene que sofreu
    mutação para seus filhos. Uma pessoa
    com FOP tem 50% de chance de
    passar a doença para um de seus
    filhos.
REFERÊNCIAS
   http://medicinaextra.blogspot.com/2008/11/quimerismo.html
   1. Kaplan F.S., Glaser D.L., Shore E.M., Emerson S., Mitchell D., Delai P.L.R., The Fop Clinical Consortium: Medical management of fibrodysplasia
    ossi- ficans progressiva: current treatment considerations. Clin Proc Third Intl Symp FOP 1: 1-52, 2001.
   2. Kaplan F.S., Shore E.M., Connor J.M.: “Fibrodysplasia ossificans progressiva”. In: Royce P.M., Steinmann B. (ed.): Connective tissue and its
    heritable disorders: molecular, genetic, and medical aspects. 2nd ed., Wiley-Liss, p. 827-840, 2002.
   3. Kaplan F.S., Delatycki M., Gannon F.H., Rogers J.G., Smith R., Shore E.M.: “Fibrodysplasia ossificans progressiva”. In: Emery A.E.H.:
    Neuromuscular disorders: clinical and molecular genetics. Chichester, John Wiley & Sons Ltd., p. 290-321, 1998.
   4. Connor J.M., Evans D.A.P.: Genetic aspects of fibrodysplasia ossificans progressiva. J Med Genet 19: 35-39, 1982.
   5. McKusick V.: Heritable disorders of connective tissue. Saint Louis, Mosby, p. 687-706, 1972.
   6. Bridges A.J., Hsu K.C., Singh A., et al: Fibrodysplasia (myositis) ossificans progressiva. Semin Arthritis Rheum 24: 155-164, 1994.
   7. Shafritz A.B., Shore E.M., Gannon F.H., et al: Overexpression of an osteo- genic morphogen in fibrodysplasia ossificans progressiva. N Engl J Med
    335: 555-561, 1996.
   8. Roush W.: Protein builds second skeleton. Science 273: 1170, 1996.
   9. Ahn J., Serrano De La Peña L., Shore E.M., Kaplan F.S.: Paresis of a bone morphogenetic protein-antagonist response in a genetic disorder of
    hetero- topic skeletogenesis. J Bone Joint Surg [Am] 85: 667-674, 2003.
   10. Schroeder H.W. Jr., Zasloff M.A.: The hand and foot malformations in fi- brodysplasia ossificans progressiva. John Hopkins Med J 147: 73-78, 1980.
   11. Connor J.M., Evans D.A.P.: Fibrodysplasia ossificans progressiva: the clin- ical features and natural story of 34 patients. J Bone Joint Surg [Br] 64:
    76- 83, 1982.
   12. Moriatis J.M., Gannon F.H., Shore E.M., Bilker W., Zasloff M.A., Kaplan F.S.: Limb swelling in patients who have fibrodysplasia ossificans progres-
    siva (FOP). Clin Orthop 336: 247-253, 1997.
   13. Janoff H.B., Zasloff M.A., Kaplan F.S.: Submandibular swelling in patients with fibrodysplasia ossificans progressiva. Otolaryngol Head Neck Surg
    114: 599-604, 1996.
   14. Levy C.E., Lash A.T., Janoff H.B., Kaplan F.S.: Conductive hearing loss in individuals with fibrodysplasia ossificans progressiva. Am J Audiol 8: 29-
    33, 1999.
   15. Gannon F.H., Kaplan F.S., Olmsted E., Finkel G.C., Zasloff M.A., Shore E.M.: Bone morphogenetic protein 2/4 in early fibromatous lesions of fibro-
    dysplasia ossificans progressiva. Hum Pathol 3: 339-343, 1997.
   16. Kaplan F.S., Shore E.M.: Perspective: progressive osseous heteroplasia. J Bone Miner Res 11: 2084-2094, 2000.
   17. Shore E.M., Ahn J., De Beur S.J., et al: Paternally inherited inactivating mutations of the GNAS1 gene in progressive osseous heteroplasia. N Engl J
    Med 346: 99-106, 2002.
   18. Eddy M.C., De Beur S.M.J., Yandow S.M., et al: Deficiency of the α-sub- unit of the stimulatory G protein and severe extraskeletal ossification. J
    Bone Miner Res 11: 2074-2083, 2000.
   19. Yeh G.L., Mathur S., Wivel A., et al: GNAS1 mutation and Cbfa1 misex- pression in a child with severe congenital platelike osteoma cutis. J Bone
    Miner Res 11: 2063-2073, 2000.
   20. Gannon F.H., Glaser D., Caron R., Thompson L.D.R., Shore E.M., Kaplan F.S.: Mast cell involvement in fibrodysplasia ossificans progressiva.
    Human Pathol 8: 842-848, 2001.
   21. Glaser D.L., Economides A.N., Wang L., et al: In vivo somatic cell gene transfer of an engineered Noggin mutein prevents BMP4-induced hetero-
    topic ossification. J Bone Joint Surg [Am] 85: 2332-2342, 2003.
Agradecimentos




            www.guida.com.br

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Was ist angesagt? (20)

Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David Sadigursky
Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David SadigurskyAula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David Sadigursky
Aula Tratamento da Osteoartrose do Joelho - Dr David Sadigursky
 
Bifosfonatos e osteonecrose
Bifosfonatos e osteonecroseBifosfonatos e osteonecrose
Bifosfonatos e osteonecrose
 
Doenças ósseas metabólicas
Doenças ósseas metabólicasDoenças ósseas metabólicas
Doenças ósseas metabólicas
 
Osteoartrite 2020
Osteoartrite 2020Osteoartrite 2020
Osteoartrite 2020
 
Crescer infantil juvenil adolescente comprimento coluna vertebral superior co...
Crescer infantil juvenil adolescente comprimento coluna vertebral superior co...Crescer infantil juvenil adolescente comprimento coluna vertebral superior co...
Crescer infantil juvenil adolescente comprimento coluna vertebral superior co...
 
As doenças reumáticas e seu impacto na saúde
As doenças reumáticas e seu impacto na saúdeAs doenças reumáticas e seu impacto na saúde
As doenças reumáticas e seu impacto na saúde
 
Fisioterapia na Gonartrose
Fisioterapia na GonartroseFisioterapia na Gonartrose
Fisioterapia na Gonartrose
 
Espondiloartrite 2020
Espondiloartrite 2020Espondiloartrite 2020
Espondiloartrite 2020
 
Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017Osteoartrite 2017
Osteoartrite 2017
 
Osteoartrite 2014
Osteoartrite 2014Osteoartrite 2014
Osteoartrite 2014
 
Osteoartrose
Osteoartrose Osteoartrose
Osteoartrose
 
Doença Degenerativa Articular
Doença Degenerativa ArticularDoença Degenerativa Articular
Doença Degenerativa Articular
 
Relato de caso oa
Relato de caso oaRelato de caso oa
Relato de caso oa
 
Osteoporose 2013
Osteoporose 2013Osteoporose 2013
Osteoporose 2013
 
Osteoartrose Na Terceira Idade
Osteoartrose Na Terceira IdadeOsteoartrose Na Terceira Idade
Osteoartrose Na Terceira Idade
 
Caso clínico Osteoporose e Doença Celíaca
Caso clínico Osteoporose e Doença CelíacaCaso clínico Osteoporose e Doença Celíaca
Caso clínico Osteoporose e Doença Celíaca
 
Gonartrose - revisão bibliográfica
Gonartrose - revisão bibliográficaGonartrose - revisão bibliográfica
Gonartrose - revisão bibliográfica
 
Monoartrite à esclarecer rc
Monoartrite à esclarecer rcMonoartrite à esclarecer rc
Monoartrite à esclarecer rc
 
Aij 2015
Aij 2015Aij 2015
Aij 2015
 
Radiologia Ortópédica Pediátrica
Radiologia Ortópédica PediátricaRadiologia Ortópédica Pediátrica
Radiologia Ortópédica Pediátrica
 

Ähnlich wie Fribrodisplasisa ossidificante

Os ossos leonor, anabela e rebeca (1)
Os ossos leonor, anabela e rebeca (1)Os ossos leonor, anabela e rebeca (1)
Os ossos leonor, anabela e rebeca (1)
aasf
 
Blog tecido osseo histologia pronto
Blog tecido osseo histologia prontoBlog tecido osseo histologia pronto
Blog tecido osseo histologia pronto
samuelalves
 

Ähnlich wie Fribrodisplasisa ossidificante (20)

Os ossos leonor, anabela e rebeca (1)
Os ossos leonor, anabela e rebeca (1)Os ossos leonor, anabela e rebeca (1)
Os ossos leonor, anabela e rebeca (1)
 
Duchenne
DuchenneDuchenne
Duchenne
 
UM CRESCIMENTO ESTATURAL, NO ENTANTO, NÃO SIGNIFICA QUE UMA CRIANÇA TENHA UM ...
UM CRESCIMENTO ESTATURAL, NO ENTANTO, NÃO SIGNIFICA QUE UMA CRIANÇA TENHA UM ...UM CRESCIMENTO ESTATURAL, NO ENTANTO, NÃO SIGNIFICA QUE UMA CRIANÇA TENHA UM ...
UM CRESCIMENTO ESTATURAL, NO ENTANTO, NÃO SIGNIFICA QUE UMA CRIANÇA TENHA UM ...
 
Mesmo crescendo você pode ter baixa estatura
Mesmo crescendo você pode ter baixa estaturaMesmo crescendo você pode ter baixa estatura
Mesmo crescendo você pode ter baixa estatura
 
Prever o Crescimento Estatural Facilita e Direciona a Tomada de Decisões Tera...
Prever o Crescimento Estatural Facilita e Direciona a Tomada de Decisões Tera...Prever o Crescimento Estatural Facilita e Direciona a Tomada de Decisões Tera...
Prever o Crescimento Estatural Facilita e Direciona a Tomada de Decisões Tera...
 
Osteopenia
OsteopeniaOsteopenia
Osteopenia
 
Variantes genéticas individuais externas à placa de crescimento que causam di...
Variantes genéticas individuais externas à placa de crescimento que causam di...Variantes genéticas individuais externas à placa de crescimento que causam di...
Variantes genéticas individuais externas à placa de crescimento que causam di...
 
Avaliação:Crescimento Ósseo Infantil, Juvenil
Avaliação:Crescimento Ósseo Infantil, JuvenilAvaliação:Crescimento Ósseo Infantil, Juvenil
Avaliação:Crescimento Ósseo Infantil, Juvenil
 
Osteocondroma cervical
Osteocondroma cervicalOsteocondroma cervical
Osteocondroma cervical
 
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdf
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdfOsteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdf
Osteoporose tudo o que precisa de saber sobre esta doença óssea silenciosa.pdf
 
MENOPAUSA PREMATURA, QUAIS CONDIÇÕES CAUSAM MENOPAUSA PREMATURA? CAUSAS MÉDIC...
MENOPAUSA PREMATURA, QUAIS CONDIÇÕES CAUSAM MENOPAUSA PREMATURA? CAUSAS MÉDIC...MENOPAUSA PREMATURA, QUAIS CONDIÇÕES CAUSAM MENOPAUSA PREMATURA? CAUSAS MÉDIC...
MENOPAUSA PREMATURA, QUAIS CONDIÇÕES CAUSAM MENOPAUSA PREMATURA? CAUSAS MÉDIC...
 
Sim exercícios físicos orientados potencializam o crescer de criança, infanti...
Sim exercícios físicos orientados potencializam o crescer de criança, infanti...Sim exercícios físicos orientados potencializam o crescer de criança, infanti...
Sim exercícios físicos orientados potencializam o crescer de criança, infanti...
 
OSTEOPOROSE, É MAIS FREQUENTE EM MULHERES.
OSTEOPOROSE, É MAIS FREQUENTE EM MULHERES.OSTEOPOROSE, É MAIS FREQUENTE EM MULHERES.
OSTEOPOROSE, É MAIS FREQUENTE EM MULHERES.
 
61700575 caso-clinico
61700575 caso-clinico61700575 caso-clinico
61700575 caso-clinico
 
trabalho de Reumato.pptx
trabalho de Reumato.pptxtrabalho de Reumato.pptx
trabalho de Reumato.pptx
 
Patologias
PatologiasPatologias
Patologias
 
Fracturas - Generalidades.pptx
Fracturas - Generalidades.pptxFracturas - Generalidades.pptx
Fracturas - Generalidades.pptx
 
Blog tecido osseo histologia pronto
Blog tecido osseo histologia prontoBlog tecido osseo histologia pronto
Blog tecido osseo histologia pronto
 
Uma nova visão do crescimento de criança, infantil, juvenil e adolescente;esp...
Uma nova visão do crescimento de criança, infantil, juvenil e adolescente;esp...Uma nova visão do crescimento de criança, infantil, juvenil e adolescente;esp...
Uma nova visão do crescimento de criança, infantil, juvenil e adolescente;esp...
 
Aula de patologia do sistema locomotor
Aula de patologia do sistema locomotorAula de patologia do sistema locomotor
Aula de patologia do sistema locomotor
 

Mehr von GEDRBRASIL_ESTUDANDORARAS

Doença de Huntington
Doença de HuntingtonDoença de Huntington
Doença de Huntington
GEDRBRASIL_ESTUDANDORARAS
 

Mehr von GEDRBRASIL_ESTUDANDORARAS (20)

Doenças Raras 2 parte
Doenças  Raras 2 parte Doenças  Raras 2 parte
Doenças Raras 2 parte
 
Doenças Raras Apreentação 1
Doenças Raras Apreentação 1Doenças Raras Apreentação 1
Doenças Raras Apreentação 1
 
Resumo Cidades do GEDRBRASIL
Resumo Cidades do GEDRBRASIL Resumo Cidades do GEDRBRASIL
Resumo Cidades do GEDRBRASIL
 
Doença de Huntington
Doença de HuntingtonDoença de Huntington
Doença de Huntington
 
Gedr2
Gedr2Gedr2
Gedr2
 
Aula o.i. sonia
Aula  o.i. soniaAula  o.i. sonia
Aula o.i. sonia
 
Palestra pospolio
Palestra pospolioPalestra pospolio
Palestra pospolio
 
Purpura
PurpuraPurpura
Purpura
 
Proteus
ProteusProteus
Proteus
 
Projeria
ProjeriaProjeria
Projeria
 
Prader willi
Prader williPrader willi
Prader willi
 
Polidactilia
PolidactiliaPolidactilia
Polidactilia
 
Pick
PickPick
Pick
 
Paget
PagetPaget
Paget
 
Neurofibromatose
NeurofibromatoseNeurofibromatose
Neurofibromatose
 
Necrose avascular
Necrose avascularNecrose avascular
Necrose avascular
 
Munchausen
MunchausenMunchausen
Munchausen
 
Mirizzi
MirizziMirizzi
Mirizzi
 
Leucinose
LeucinoseLeucinose
Leucinose
 
Insensibilidade congenita
Insensibilidade congenitaInsensibilidade congenita
Insensibilidade congenita
 

Fribrodisplasisa ossidificante

  • 1.
  • 2. DEFINIÇÃO  É uma doença genética rara cuja manifestação principal é a produção de ossos "extra" em locais onde eles não deveriam se formar. Seus músculos, tendões e ligamentos se transformam em ossos e se seu corpo forma um segundo esqueleto por cima daquele que você já tem.  A fibrodisplasia ossificante progressiva (FOP) é um distúrbio autossômico dominante do tecido conjuntivo, caracterizado pela malformação congênita dos dedos maiores dos pés e ossificações heterotópicas progressivas que se desenvolvem em padrões anatômicos e temporais previsíveis, levando à imobilidade progressiva.
  • 3. BIOGRAFIA  Inicialmente, a doença recebeu o nome de “miosite ossificante progressiva”, significando uma inflamação muscular que gradualmente se transformava em ossos. Contudo, o processo afeta não apenas músculos, mas também outras partes moles, como as cápsulas articulares e ligamentos (figura 1). Por causa disso, o seu nome foi mudado para “fibrodisplasia ossificante progressiva” por Victor McKusick, em 1970.
  • 4. EPIDEMIOLOGIA  Acredita-se que a FOP afete por volta de 2.500 pessoas em todo o mundo, ou aproximadamente uma em cada dois milhões de pessoas. Se um grande estádio de futebol comporta 100.000 pessoas, seria preciso encher perto de 20 estádios para encontrar uma pessoa que tenha FOP.  Apesar do fato de que a maioria dos relatos descreve pacientes caucasianos, ela afeta todos os grupos étnicos, atingindo igualmente ambos os sexos.
  • 6. CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR  A formação de ossos extras quase sempre começa no pescoço, na espinha dorsal e nos ombros. Só depois começa a atacar as outras juntas. Um grande inchaço de repente começa a se formar no corpo e cresce muito rápido. É quente, vermelho e dolorido. Depois que o inchaço pára de doer, ele diminui e se transforma em um osso.
  • 7. CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR Esses inchaços se chamam surtos, e eles aparecem durante a vida inteira de uma pessoa com FOP. Os médicos nem sempre sabem ao certo o que os causa, mas sabem que qualquer tipo de lesão pode causar um surto. Se uma pessoa com FOP bate o cotovelo ou joelho, um osso pode começar a crescer nesse lugar e impedir o movimento do braço ou da perna. Uma simples injeção ou vacina pode resultar na formação de novos ossos.
  • 8. CARACTERÍSTICAS DO PORTADOR  Características clínicas Os pacientes afetados com FOP podem ser reconhecidos mais tardiamente na vida pela formação de dois esqueletos: um esqueleto normotópico, durante a embriogênese, e um esqueleto heterotópico, desenvolvido após o nascimento. O esqueleto normotópico é basicamente normal, exceto pelos dedos maiores dos pés, colos femorais e coluna cervical, que são malformados. As malformações dos dedos maiores dos pés são documentadas em 95% dos pacientes.
  • 9. DIAGNÓSTICO  O diagnóstico de FOP é baseado em três critérios(3). Eles incluem:  1) Malformação congênita dos dedos maiores dos pés.  2) Ossificação endocondral heterotópica (ossos heterotópicos que gradualmente se formam a partir da cartilagem).  3) Progressão da doença em padrões anatômicos e temporais bem definidos.
  • 10. DIAGNÓSTICO  Os testes laboratoriais de rotina não contribuem para o diagnóstico, mas, durante as agudizações, podem ser observados discretos aumentos no exame de velocidade de hemossedimentação dos eritrócitos (VHS).  É de extrema importância salientar que, nesses pacientes, as biópsias são perigosas. As biópsias não são necessárias para estabelecer o diagnóstico e inevitavelmente irão piorar as agudizações e o desenvolvimento de novas ossificações.
  • 11. . .
  • 12. TRATAMENTO  Infelizmente, a FOP não melhora com o tempo.  A letra P da palavra FOP se refere à palavra “Progressiva”. Isto quer dizer que a FOP vai progredir, ou piorar, conforme a pessoa for envelhecendo.  Conseguiu-se identificar o gene que, quando sofre uma mutação, causa a doença, porém, até o presente momento ainda não existe nenhum tratamento efetivo na cura ou controle da FOP. Em outras palavras, não há nenhuma droga capaz de remover os ossos “extras” já formados ou prevenir a formação de novos ossos “extra”.
  • 13. PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES  Todo tipo de trauma acidental ou provocado deve ser prevenidos. Estes incluem:  Evitar biopsias ósseas.  Prevenção e cuidado com acidentes que possam causar lesões ósseas,quedas.  A surdez é possível, provavelmente pela fusão dos ossículos do ouvido. Exames auditivos periódicos são recomendados para as crianças com FOP, de forma a prevenir comprometimento relativo ao aprendizado escolar.
  • 14. PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES  Cirurgias para remoção do osso heterotópico. Elas são absolutamente contra-indicadas, já que podem causar o desenvolvimento de mais ossificação heterotópica, pelo trauma tecidual.  Injeções intramusculares, incluindo imunizações intramusculares e bloqueios mandibulares para procedimentos dentais.  Manipulação das articulações ou fisioterapia agressiva.  Esportes de contato físico.
  • 15. EVOLUÇÃO  A progressão da FOP é tipicamente: axial para apendicular (exemplo: pescoço e ombros afetados antes dos membros); cranial para caudal (exemplo: ombros e cotovelos são afetados antes dos quadris e dos joelhos); proximal para distal (exemplo: os ombros são afetados antes dos cotovelos e punhos; os quadris são afetados antes dos joelhos e dos tornozelos).  O risco aumentado de envolvimento dos quadris, punhos e joelhos aumenta com a idade, sendo a mandíbula tipicamente uma das últimas áreas envolvidas.
  • 16. . .
  • 17. CURIOSIDADE  A FOP pode causar a morte? A FOP por si só não causa a morte. A média de vida das pessoas com a doença é de aproximadamente 45 anos, mas há vários pacientes já em sua sétima década de vida. A morte de quem tem FOP pode ocorrer por complicações pulmonares - como pneumonias e insuficiência cardíaca - devida ao surgimento dos ossos "extra" que impedem a expansão do tórax durante a respiração, comprimindo assim os órgãos em seu interior.
  • 18. CURIOSIDADE  É hereditário? Como a doença está relacionada aos genes, há a possibilidade de que o doente transmita o gene que sofreu mutação para seus filhos. Uma pessoa com FOP tem 50% de chance de passar a doença para um de seus filhos.
  • 19. REFERÊNCIAS  http://medicinaextra.blogspot.com/2008/11/quimerismo.html  1. Kaplan F.S., Glaser D.L., Shore E.M., Emerson S., Mitchell D., Delai P.L.R., The Fop Clinical Consortium: Medical management of fibrodysplasia ossi- ficans progressiva: current treatment considerations. Clin Proc Third Intl Symp FOP 1: 1-52, 2001.  2. Kaplan F.S., Shore E.M., Connor J.M.: “Fibrodysplasia ossificans progressiva”. In: Royce P.M., Steinmann B. (ed.): Connective tissue and its heritable disorders: molecular, genetic, and medical aspects. 2nd ed., Wiley-Liss, p. 827-840, 2002.  3. Kaplan F.S., Delatycki M., Gannon F.H., Rogers J.G., Smith R., Shore E.M.: “Fibrodysplasia ossificans progressiva”. In: Emery A.E.H.: Neuromuscular disorders: clinical and molecular genetics. Chichester, John Wiley & Sons Ltd., p. 290-321, 1998.  4. Connor J.M., Evans D.A.P.: Genetic aspects of fibrodysplasia ossificans progressiva. J Med Genet 19: 35-39, 1982.  5. McKusick V.: Heritable disorders of connective tissue. Saint Louis, Mosby, p. 687-706, 1972.  6. Bridges A.J., Hsu K.C., Singh A., et al: Fibrodysplasia (myositis) ossificans progressiva. Semin Arthritis Rheum 24: 155-164, 1994.  7. Shafritz A.B., Shore E.M., Gannon F.H., et al: Overexpression of an osteo- genic morphogen in fibrodysplasia ossificans progressiva. N Engl J Med 335: 555-561, 1996.  8. Roush W.: Protein builds second skeleton. Science 273: 1170, 1996.  9. Ahn J., Serrano De La Peña L., Shore E.M., Kaplan F.S.: Paresis of a bone morphogenetic protein-antagonist response in a genetic disorder of hetero- topic skeletogenesis. J Bone Joint Surg [Am] 85: 667-674, 2003.  10. Schroeder H.W. Jr., Zasloff M.A.: The hand and foot malformations in fi- brodysplasia ossificans progressiva. John Hopkins Med J 147: 73-78, 1980.  11. Connor J.M., Evans D.A.P.: Fibrodysplasia ossificans progressiva: the clin- ical features and natural story of 34 patients. J Bone Joint Surg [Br] 64: 76- 83, 1982.  12. Moriatis J.M., Gannon F.H., Shore E.M., Bilker W., Zasloff M.A., Kaplan F.S.: Limb swelling in patients who have fibrodysplasia ossificans progres- siva (FOP). Clin Orthop 336: 247-253, 1997.  13. Janoff H.B., Zasloff M.A., Kaplan F.S.: Submandibular swelling in patients with fibrodysplasia ossificans progressiva. Otolaryngol Head Neck Surg 114: 599-604, 1996.  14. Levy C.E., Lash A.T., Janoff H.B., Kaplan F.S.: Conductive hearing loss in individuals with fibrodysplasia ossificans progressiva. Am J Audiol 8: 29- 33, 1999.  15. Gannon F.H., Kaplan F.S., Olmsted E., Finkel G.C., Zasloff M.A., Shore E.M.: Bone morphogenetic protein 2/4 in early fibromatous lesions of fibro- dysplasia ossificans progressiva. Hum Pathol 3: 339-343, 1997.  16. Kaplan F.S., Shore E.M.: Perspective: progressive osseous heteroplasia. J Bone Miner Res 11: 2084-2094, 2000.  17. Shore E.M., Ahn J., De Beur S.J., et al: Paternally inherited inactivating mutations of the GNAS1 gene in progressive osseous heteroplasia. N Engl J Med 346: 99-106, 2002.  18. Eddy M.C., De Beur S.M.J., Yandow S.M., et al: Deficiency of the α-sub- unit of the stimulatory G protein and severe extraskeletal ossification. J Bone Miner Res 11: 2074-2083, 2000.  19. Yeh G.L., Mathur S., Wivel A., et al: GNAS1 mutation and Cbfa1 misex- pression in a child with severe congenital platelike osteoma cutis. J Bone Miner Res 11: 2063-2073, 2000.  20. Gannon F.H., Glaser D., Caron R., Thompson L.D.R., Shore E.M., Kaplan F.S.: Mast cell involvement in fibrodysplasia ossificans progressiva. Human Pathol 8: 842-848, 2001.  21. Glaser D.L., Economides A.N., Wang L., et al: In vivo somatic cell gene transfer of an engineered Noggin mutein prevents BMP4-induced hetero- topic ossification. J Bone Joint Surg [Am] 85: 2332-2342, 2003.
  • 20. Agradecimentos www.guida.com.br