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HISTÓRICO


George Huntington (1872) primeira descrição - Coréia
hereditária - 1º Sintoma (dançar)



T. Meynert (1877) demonstrou que os sintomas da DH
estão associadas com alterações no núcleo caudado;



Anton (1896) e Alzheimer (1911) demonstraram que a
DH atinge todo o estriado que corresponde ao núcleo
caudado e putâmen



Gusella,(1983) conseguiu localizar o gene responsável
pela síndrome de Huntington
EPIDEMIOLOGIA


5 a 10 por 100.000 indivíduos



Regiões de alta prevalência: Tasmânia
e lago Maracaibo na Venezuela



Regiões de baixa prevalência: Japão,
China, Finlândia
DH


Doença degenerativa do Sistema Nervoso
Central
 Causada pela perda marcante de células
nos Glânglios de Base
 Afeta a capacidade cognitiva, movimentos
e equilíbrio emocional
 Sintomas aparecem entre os 30 e 50 anos ,
mas pode aparecer em crianças ou idosos
(10%)
NORMAL
A DH causa
neurodegeneração no
cérebro do paciente
As perdas no córtex
provocam problemas
emocionais,
cognitivos e
psiquiátricos
normal

DH 3
DH 4
GENÉTICA

Alteração neste gene pode conduzir a desordens
nas células em determinadas áreas celebrais
TIPO DE HERENÇA


Autossômica dominante, com penetrância
completa;
 Todo indivíduo afetado possui um genitor
afetado;
 Distribuição
igual entre homens e
mulheres;
 Todo
indivíduo afetado transmite a
característica para metade de sua prole;
Caso você herde o gene,
então desenvolverá a doença.
Se não herdá-lo, você não
terá.
SINTOMAS MOTORES
















Contrações Musculares
Agitação excessiva
Mudança de escrita
Coréia: Troco, membros e cabeça
Movimentos oculares anormais
Anormalidades de marcha e equilíbrio
Incapacidade de movimentos
voluntários
Tremores
Dificuldade para deglutir
Dificuldade para falar
Dificuldade para engolir
SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS


















depressão, mania
irritabilidade
psicose
• abstinência social
• desilusões
• indiferença emocional
• perda de vontade
apatia
problemas de comportamento
• falta de iniciativa
• julgamento ruim
• indiferença no afeto
• egocentrismo
• inflexibilidade
• ansiedade
• idealização do suicídio
• compulsões
Coréia


É o sinal motor mais notável da doença,
estando presente em cerca de 90% dos
afetados;


As manifestações coreiformes na face são
representadas por contrações da bochecha,
franzimento das sobrancelhas, movimentos
labiais e nistagmo;


Pode haver envolvimento do pescoço;
Coréia
Nos

membros, há envolvimento de múltiplas
articulações;
Num

estágio avançado pode haver o
aparecimento de movimentos semelhantes ao
balismo;
Os
Em

movimentos estão continuamente presentes;

geral, a coréia inicia-se distalmente e, com a
evolução,
torna-se
generalizada,
podendo
interromper os movimentos voluntários.
Alterações na marcha



Os distúrbios da marcha tornam-se mais
pronunciados com a progressão da doença;



Os pacientes podem apresentar quedas
freqüentes.
Alterações da fala
A

disartria, lentidão e a falta de
iniciativa perturbam a fluência e
a fala espontânea. Entretanto, a
estrutura
semântica,
o
vocabulário e a compreensão do
discurso estão preservados até
os estágios tardios da doença.
Disfagia


A asfixia e a aspiração decorrentes da disfagia
são causas comuns de morbidade



Ocorre tardiamente na DH
Incontinência
urinária e fecal


Raras
entre
os
diagnosticados;



Acometem 20% dos pacientes em fase terminal;

doentes

recentemente
Diminuição da Memória


Freqüente redução da capacidade de
memorização, inicialmente afetando a
memória visual, espacial e auditiva;
 A
memória verbal é secundariamente
afetada;
 A orientação em tempo e espaço é
preservada até as fases finais da doença;
Déficit de atenção e
concentração


Presentes no estágio inicial da doença, e
estão relacionados com alteração da
percepção visual dos pacientes;
Demência


É o sintoma inicial em 10% dos casos;



90% dos pacientes desenvolvem durante o
curso da doença;



A lentidão do pensamento
observada precocemente;

pode

ser
Mudanças no humor
e afeto


A depressão é o principal sintoma
psiquiátrico e acomete 40% dos doentes;



Maior taxa de suicídio;



Distúrbios de conduta: apatia, ansiedade,
agressividade, desinibição sexual e
alcoolismo;


Cerca de 50% dos pacientes com
DH em estágio avançado
apresentam pensamentos
ilusórios;



Na fase terminal, podem ser
observados distúrbios do sono e
inversão do ritmo circadiano;
DH juvenil


5,4% dos casos;



Manifesta-se
inicialmente
com
parkinsonismo progressivo, demência e
convulsões, sendo menos freqüente a
coréia, diferentemente da forma adulta;



Deterioramento clínico mais acelerado;
PROGNÓSTICO


A pneumonia por aspiração é a
causa mais comum de morte na fase
terminal da doença;



A duração da doença entre o início e
a morte do paciente é de 15 a 20
anos na DH do adulto e de 8 a 10
anos na variante juvenil;
PROGNÓSTICO


A pneumonia por aspiração é a
causa mais comum de morte na fase
terminal da doença;



A duração da doença entre o início e
a morte do paciente é de 15 a 20
anos na DH do adulto e de 8 a 10
anos na variante juvenil;
Diagnóstico
 Clínico

 Imagético

 Genético
Teste genético para pacientes
sintomáticos


Sintomas neurológicos compatíveis com DH;



Diagnóstico diferencial de outras doenças que
se
apresentam
com
manifestações
coreiformes;



Se o paciente apresentar a expansão do
trinucleotídeo e não tiver história familiar
positiva
Investigar paternidade
Teste genético em pacientes
assintomáticos


Filhos de pais portadores de DH;



50% de chance de desenvolver a doença;



Perspectivas de trabalho, planejamento pessoal e
familiar;



Alterações psiquiátricas ao saber que irá
desenvolver uma doença assustadora que evoluirá
para o óbito;
Aconselhamento genético
Proposto pela “International Huntington Association” e
pela “World Federation of Neurology”.

“Guidelines” sobre as recomendações que devem ser
dadas aos pacientes que procuram os laboratórios de
genética.

Recomendações baseadas nos princípios éticos, no
conhecimento da DH e nas técnicas de genética molecular.
Aconselhamento genético
1) Todo indivíduo que quiser realizar o teste deve receber
informações atualizadas e relevantes, para dar seu consentimento
voluntário.
2) Fazer o teste é uma decisão única e exclusiva do indivíduo
interessado. Não devem ser consideradas solicitações de terceiros.
3) O participante deve ser encorajado a escolher uma pessoa
para acompanhá-lo em todas as etapas do teste.
4) O teste e o aconelhamento devem ser realizados em
unidades especializadas, preferencialmente em um departamento
universitário.
Diagnóstico pré-natal






Cordocentese
Amniocentese
Análise de vilosidades coriônicas

Muitos centros de genética não realizam, pois além
de ser um método invasivo, causa um grande
impacto nos pais e não implica em nenhuma
estratégia terapêutica. Tais centros preferem
apenas o aconselhamento.
Diagnóstico diferencial
Grupos em que o diagnóstico é
difícil:


Pacientes com quadro clínico de coréia, mas sem
história familiar positiva;



Pacientes com risco de desenvolver coréia e que se
encontram com sintomas psiquiátricos, mas sem
coréia;



Pacientes com coréia provocada por outra doença;
Tratamento


A DH é uma enfermidade incurável;



O tratamento é puramente sintomático, com
drogas
bloqueadoras
dos
receptores
dopaminérgicos
(fenotiazinas
ou
Haloperidol);



Esses fármacos podem induzir um quadro de
discinesia tardia superposta ao distúrbio
crônico
Conclusão
A doença de Huntington é a mais comum doença
neurodegenerativa hereditária. Os mecanismos moleculares
envolvidos na gênese desse distúrbio ainda não foram
suficientemente esclarecidos.
As manifestações clínicas da DH são severas e comprometem
dramaticamente a qualidade de vida dos doentes.
O diagnóstico genético, por sua vez, envolve aspectos
complexos que devem ser analisados e discutidos tanto com o
doente quanto com os seus familiares.
Por fim, é imperiosa a necessidade uma atitude efetiva da
equipe médica com o objetivo de otimizar o diagnóstico e manejo de
pacientes com DH.
DEPOIMENTO
APOIO


Associação Brasil Huntington - ABH
OBRIGADA!!
ESTUDANDO DOENÇAS RARAS
Cláudia Fonseca
Estudante de Psicologia 6º sem
Agradecimentos

www.guida.com.br

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Doença de Huntington

  • 1.
  • 2. HISTÓRICO  George Huntington (1872) primeira descrição - Coréia hereditária - 1º Sintoma (dançar)  T. Meynert (1877) demonstrou que os sintomas da DH estão associadas com alterações no núcleo caudado;  Anton (1896) e Alzheimer (1911) demonstraram que a DH atinge todo o estriado que corresponde ao núcleo caudado e putâmen  Gusella,(1983) conseguiu localizar o gene responsável pela síndrome de Huntington
  • 3. EPIDEMIOLOGIA  5 a 10 por 100.000 indivíduos  Regiões de alta prevalência: Tasmânia e lago Maracaibo na Venezuela  Regiões de baixa prevalência: Japão, China, Finlândia
  • 4. DH  Doença degenerativa do Sistema Nervoso Central  Causada pela perda marcante de células nos Glânglios de Base  Afeta a capacidade cognitiva, movimentos e equilíbrio emocional  Sintomas aparecem entre os 30 e 50 anos , mas pode aparecer em crianças ou idosos (10%)
  • 5.
  • 6.
  • 7. NORMAL A DH causa neurodegeneração no cérebro do paciente As perdas no córtex provocam problemas emocionais, cognitivos e psiquiátricos normal DH 3
  • 9. GENÉTICA Alteração neste gene pode conduzir a desordens nas células em determinadas áreas celebrais
  • 10. TIPO DE HERENÇA  Autossômica dominante, com penetrância completa;  Todo indivíduo afetado possui um genitor afetado;  Distribuição igual entre homens e mulheres;  Todo indivíduo afetado transmite a característica para metade de sua prole;
  • 11. Caso você herde o gene, então desenvolverá a doença. Se não herdá-lo, você não terá.
  • 12. SINTOMAS MOTORES             Contrações Musculares Agitação excessiva Mudança de escrita Coréia: Troco, membros e cabeça Movimentos oculares anormais Anormalidades de marcha e equilíbrio Incapacidade de movimentos voluntários Tremores Dificuldade para deglutir Dificuldade para falar Dificuldade para engolir
  • 13. SINTOMAS PSIQUIÁTRICOS                  depressão, mania irritabilidade psicose • abstinência social • desilusões • indiferença emocional • perda de vontade apatia problemas de comportamento • falta de iniciativa • julgamento ruim • indiferença no afeto • egocentrismo • inflexibilidade • ansiedade • idealização do suicídio • compulsões
  • 14. Coréia  É o sinal motor mais notável da doença, estando presente em cerca de 90% dos afetados;  As manifestações coreiformes na face são representadas por contrações da bochecha, franzimento das sobrancelhas, movimentos labiais e nistagmo;  Pode haver envolvimento do pescoço;
  • 15. Coréia Nos membros, há envolvimento de múltiplas articulações; Num estágio avançado pode haver o aparecimento de movimentos semelhantes ao balismo; Os Em movimentos estão continuamente presentes; geral, a coréia inicia-se distalmente e, com a evolução, torna-se generalizada, podendo interromper os movimentos voluntários.
  • 16.
  • 17. Alterações na marcha  Os distúrbios da marcha tornam-se mais pronunciados com a progressão da doença;  Os pacientes podem apresentar quedas freqüentes.
  • 18. Alterações da fala A disartria, lentidão e a falta de iniciativa perturbam a fluência e a fala espontânea. Entretanto, a estrutura semântica, o vocabulário e a compreensão do discurso estão preservados até os estágios tardios da doença.
  • 19. Disfagia  A asfixia e a aspiração decorrentes da disfagia são causas comuns de morbidade  Ocorre tardiamente na DH
  • 20. Incontinência urinária e fecal  Raras entre os diagnosticados;  Acometem 20% dos pacientes em fase terminal; doentes recentemente
  • 21. Diminuição da Memória  Freqüente redução da capacidade de memorização, inicialmente afetando a memória visual, espacial e auditiva;  A memória verbal é secundariamente afetada;  A orientação em tempo e espaço é preservada até as fases finais da doença;
  • 22. Déficit de atenção e concentração  Presentes no estágio inicial da doença, e estão relacionados com alteração da percepção visual dos pacientes;
  • 23. Demência  É o sintoma inicial em 10% dos casos;  90% dos pacientes desenvolvem durante o curso da doença;  A lentidão do pensamento observada precocemente; pode ser
  • 24. Mudanças no humor e afeto  A depressão é o principal sintoma psiquiátrico e acomete 40% dos doentes;  Maior taxa de suicídio;  Distúrbios de conduta: apatia, ansiedade, agressividade, desinibição sexual e alcoolismo;
  • 25.  Cerca de 50% dos pacientes com DH em estágio avançado apresentam pensamentos ilusórios;  Na fase terminal, podem ser observados distúrbios do sono e inversão do ritmo circadiano;
  • 26. DH juvenil  5,4% dos casos;  Manifesta-se inicialmente com parkinsonismo progressivo, demência e convulsões, sendo menos freqüente a coréia, diferentemente da forma adulta;  Deterioramento clínico mais acelerado;
  • 27. PROGNÓSTICO  A pneumonia por aspiração é a causa mais comum de morte na fase terminal da doença;  A duração da doença entre o início e a morte do paciente é de 15 a 20 anos na DH do adulto e de 8 a 10 anos na variante juvenil;
  • 28. PROGNÓSTICO  A pneumonia por aspiração é a causa mais comum de morte na fase terminal da doença;  A duração da doença entre o início e a morte do paciente é de 15 a 20 anos na DH do adulto e de 8 a 10 anos na variante juvenil;
  • 30. Teste genético para pacientes sintomáticos  Sintomas neurológicos compatíveis com DH;  Diagnóstico diferencial de outras doenças que se apresentam com manifestações coreiformes;  Se o paciente apresentar a expansão do trinucleotídeo e não tiver história familiar positiva Investigar paternidade
  • 31. Teste genético em pacientes assintomáticos  Filhos de pais portadores de DH;  50% de chance de desenvolver a doença;  Perspectivas de trabalho, planejamento pessoal e familiar;  Alterações psiquiátricas ao saber que irá desenvolver uma doença assustadora que evoluirá para o óbito;
  • 32. Aconselhamento genético Proposto pela “International Huntington Association” e pela “World Federation of Neurology”. “Guidelines” sobre as recomendações que devem ser dadas aos pacientes que procuram os laboratórios de genética. Recomendações baseadas nos princípios éticos, no conhecimento da DH e nas técnicas de genética molecular.
  • 33. Aconselhamento genético 1) Todo indivíduo que quiser realizar o teste deve receber informações atualizadas e relevantes, para dar seu consentimento voluntário. 2) Fazer o teste é uma decisão única e exclusiva do indivíduo interessado. Não devem ser consideradas solicitações de terceiros. 3) O participante deve ser encorajado a escolher uma pessoa para acompanhá-lo em todas as etapas do teste. 4) O teste e o aconelhamento devem ser realizados em unidades especializadas, preferencialmente em um departamento universitário.
  • 34. Diagnóstico pré-natal     Cordocentese Amniocentese Análise de vilosidades coriônicas Muitos centros de genética não realizam, pois além de ser um método invasivo, causa um grande impacto nos pais e não implica em nenhuma estratégia terapêutica. Tais centros preferem apenas o aconselhamento.
  • 35. Diagnóstico diferencial Grupos em que o diagnóstico é difícil:  Pacientes com quadro clínico de coréia, mas sem história familiar positiva;  Pacientes com risco de desenvolver coréia e que se encontram com sintomas psiquiátricos, mas sem coréia;  Pacientes com coréia provocada por outra doença;
  • 36. Tratamento  A DH é uma enfermidade incurável;  O tratamento é puramente sintomático, com drogas bloqueadoras dos receptores dopaminérgicos (fenotiazinas ou Haloperidol);  Esses fármacos podem induzir um quadro de discinesia tardia superposta ao distúrbio crônico
  • 37. Conclusão A doença de Huntington é a mais comum doença neurodegenerativa hereditária. Os mecanismos moleculares envolvidos na gênese desse distúrbio ainda não foram suficientemente esclarecidos. As manifestações clínicas da DH são severas e comprometem dramaticamente a qualidade de vida dos doentes. O diagnóstico genético, por sua vez, envolve aspectos complexos que devem ser analisados e discutidos tanto com o doente quanto com os seus familiares. Por fim, é imperiosa a necessidade uma atitude efetiva da equipe médica com o objetivo de otimizar o diagnóstico e manejo de pacientes com DH.
  • 40. OBRIGADA!! ESTUDANDO DOENÇAS RARAS Cláudia Fonseca Estudante de Psicologia 6º sem