Práticas no processo de ensino aprendizagem da criança com deficiência
1. Práticas no
processo de ensino
aprendizagem da
criança com
deficiência
Palestrantes: Elaine Cristina Trindade Faria
Layse Alves Santiago
2. O que é deficiência?
Deficiência é
o termo usado para definir a ausência ou a
disfunção de uma estrutura psíquica, fisiológica ou anatômica.
Diz respeito à atividade exercida pela biologia da pessoa.
Este conceito foi definido pela Organização Mundial de
Saúde.
A
pessoa com deficiência geralmente precisa de atendimento
especializado, seja para fins educacionais, terapêuticos, como
fisioterapia ou estimulação motora, seja para que possa
aprender a lidar com a deficiência e a desenvolver as
potencialidades.
3. Como tudo começa....
Quando uma criança nasce com uma deficiência começa para ela e sua
família uma longa história de dificuldades. Não é apenas a deficiência que
torna difícil a sua existência, mas a atitude das pessoas e da sociedade
diante de sua condição.
Durante muito tempo acreditou-se que as pessoas com deficiência mental
não aprendiam os conteúdos acadêmicos ensinados na escola. Por essa
razão, a sua educação era pautada na crença de que só teriam acesso a
aprendizagens relacionadas a atividades da vida diária (auto-cuidado e
segurança), algumas habilidades sociais, de lazer e de trabalho
supervisionado, ou pouco mais.
Felizmente, a ideia e a vergonha do deficiente foram sendo substituídas
pela esperança e possibilidade de aprendizagem. Portanto, vamos aprender
um pouco mais sobre a importância de desenvolver um trabalho eficaz
com a criança com deficiência a fim de que ela tenha sucesso no processo
ensino-aprendizagem!
4. Dia a dia escolar...
Existem
fatores que prejudicam o processo ensinoaprendizagem da criança com deficiência no ambiente
escolar, seja ele interno ou externo, tais como:
Preconceito – Baixa auto-estima – Falta de estímulos – Metodologias
Portanto cabe ao professor uma melhor reflexão sobre sua
imprescindível tarefa no processo de construção do
conhecimento. Sendo assim, o professor tem que se
predispor a criar novas aprendizagens, aceitar este novo
desafio, e, acima de tudo amar sua tarefa de educar e
participar ativamente do processo de aprender a aprender.
5. As brincadeiras como recurso
pedagógico
As
atividades lúdicas possuem
grandes vantagens para o
trabalho com a criança com
deficiência, pois essas
vivenciam muitas situações de
fracasso no seu dia a dia e o
uso da ludicidade pode
contribuir para aliviar as
pressões em relação aos seus
resultados.
6. Ao
brincar diversas habilidades estarão sendo estimulada:
Atenção, memorização, coordenação motora, linguagem.
No brincar a criança se interage com o meio, e muitas vezes,
com o outro. Neste sentido aprende como ser e agir no
mundo. Aprende sobre as coisas, sobre as regras, aprende a
cooperar, a compartilhar experiências, interesses e
necessidades.
O jogo pode ser transformado numa ferramenta pedagógica,
sendo um meio fundamental para o desenvolvimento
integral, pois envolve a sensorialidade, a percepção, o afeto,
a coordenação motora, o pensamento, a imaginação, etc.
o jogo é necessário para o desenvolvimento cognitivo
principalmente nos cinco primeiros anos de vida.
8. Deficiente Intelectual
Característica:
Limitações significativas no funcionamento
intelectual da pessoa e no seu comportamento adaptativo.
Equívoco principal: Infância eterna e falta de capacidade
de aprendizagem.
Dificuldade natural: Dificuldade de abstração e
compreensão.
Algumas dicas: Priorize instruções curtas e objetivas;
demonstrações de sequencia das atividades; valorize seus
acertos e não enfatize as dificuldades; estimule o
pensamento: de quem é a vez? O que fazer agora?; feedback
estimula a memória; atenção ao planejar!
9. Dado do tempo
Boneco articulado
Boliche
Muitos alunos com Deficiência Intelectual também possui limitações
motoras, portanto cuidado ao planejar atividades que exijam essas
funções, não no sentido de eliminá-las, mas de criar estratégias que
não prejudiquem sua atuação.
10. Deficiência motora
-Característica
- Variedade de condições não sensoriais
que afetam o individuo em termos de mobilidade, de
coordenação motora geral ou da fala.
Equívoco- Ser confundida com deficiente intelectual.
Dificuldade natural- Limitação em seus movimentos.
Algumas dicas- Atividades que ofereçam a oportunidade
de sentir seu próprio corpo e seus movimentos; cuidado
com a postura do aluno; utilizar lápis mais grosso ou adaptálos; evitar o uso de cadernos que são difíceis de fixar na
mesa, preferindo a folha solta fixando-a em uma prancha.
16. Deficiência auditiva
Característica-
Perda parcial ou total das possibilidades
sonoras.
Equívoco- Mudo? Mudinho? Não! Simplesmente surdo!
Dificuldade natural- Assimilação do português escrito.
Algumas dicas- valorize o espaço visual: materiais
coloridos, tamanhos e formas diferentes, facilita a atenção;
instruções simples e com pistas visuais; atividades em duplas
facilita a comunicação e o entendimento.
17. Vamos testar a nossa capacidade
de comunicação sem usar a fala?
18. Deficiência visual
Características-
Perda da visão não podendo ser
corrigida por tratamento clinico/cirúrgico, pode ser
cegueira ou uma baixa visão.
Equívoco- correr? Subir em arvore? Jogar bola? Isso é
possível?
Dificuldade natural- Atenção e concentração/
audição aguçada.
Algumas dicas- Comando verbal do professor; evite
palavras aqui ou ali; ensinar conceitos espaciais;
estimulo a memória, aos sentidos, ao equilíbrio;
percepção tátil; conhecer o aluno.
20. Criança autista
Característica- Inabilidade para interagir socialmente, padrão de
comportamento restritivo e repetitivo e dificuldade de comunicar-se.
Equívoco- as crianças autistas são mais “birrentas”?
Dificuldade natural- A linguagem comprometida.
Algumas dicas- É fundamental descobrir um meio ou técnica, que
possibilitem estabelecer algum tipo de comunicação com o autista;
Autistas têm dificuldade de lidar com mudanças, por isso é
importante manter o seu mundo organizado e dentro da rotina;
Apesar da tendência atual ser a inclusão de alunos com deficiência
em escolas regulares, as limitações que o distúrbio provoca devem
ser respeitadas. Há casos em que o melhor é procurar uma
instituição que ofereça atendimento mais individualizado;
* Autistas de bom rendimento podem apresentar desempenho em
determinadas áreas do conhecimento com características de
genialidade.
21. Músicas que estimule o contato físico
Previsibilidade das aulas /
quadro de rotina
Combinações de regras
22. Alunos talentos – Altas
Habilidades
Característica- Altas habilidades referem-se aos
comportamentos observados e/ou relatados que confirmam a
expressão de ‘traços consistentemente superiores’ em relação
a uma média (por exemplo: idade, produção ou série escolar)
em qualquer campo do saber ou do fazer.
Equívoco- São superdotados? Não!
Dificuldade natural- Rótulos: “aluno problema”, aluno
hiperativo, aluno inquieto,
Algumas dicas- Cuidado para que as relações estabelecidas
em sala de aula não sejam vistas pelo aluno com altas
habilidades como algo negativo. Não deixar o aluno se sentir
diferente “melhor”. Cuidado com a introversão do aluno. É
necessário troca de experiência “conviver com o outro”.
23. Xadrez
Tangram
Sudoku
Uma alarmante possibilidade é ser absorvido por grupos ativos
em organizações anti-sociais, situações onde seu potencial é
estimulado e desenvolvido, mas na direção contrária ao
desejável para a sua realização pessoal e contribuição efetiva à
sociedade
24. Fica a dica!
É compreensível que o desconhecido provoque
medo e incertezas na prática docente com os
alunos com deficiência. No entanto, esse fator
não pode influenciar no trabalho do professor,
que deve buscar estratégias, recursos e orientação
em relação à educação desses alunos. Pois a cada
dia que passa, as salas de aula, estão cada vez mais
heterogêneos, pois cada um apresenta uma
particularidade em especial e ninguém é igual a
ninguém!
25. Referencias Bibliográficas
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Especial. Diretrizes gerais para o atendimento educacional
dos alunos portadores de altas habilidades/superdotação e
talentos. Brasília: MEC/SEESP, 1995.
Zapparoli, Kelen. Estratégias lúdicas para o ensino da criança
com deficiência: ed.Wak ,1ª ed.
http:www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/175610Desafios.