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Roteiro da aula
1. Estrutura da Placa motora
2. Estrutura dos receptores nicotínicos
3. Bloqueadores neuromusculares e seus mecanismos
4. Principais vias de absorção, distribuição e metabolismo dos fármacos
bloqueadores neuromusculares
5. Perfil de escolha dos fármacos neuromusculares na clínica
6. Principais aplicações terapêuticas
7. Perfil toxicológico dos fármacos bloqueadores das junções
neuromusculares
8. Intervenções para reversão de efeitos tóxicos
Estrutura da placa motora
Estrutura do receptor
nicotínico
FÁRMACOS BLOQUEADORES
NEUROMUSCULARES - CONCEITO
- São drogas capazes de bloquear a contração
muscular através da ação na junção neuromuscular.
- As pesquisas sobre estas drogas tiveram início com a
descoberta do curare.
- TURBOCURARINA: princípio ativo do curare.
Precursor dos medicamentos desta classe utilizados
clinicamente na atualidade.
Curare
Bloqueadores Neuromusculares
Classificação
 Despolarizantes: aqueles que produzem seus
efeitos a partir da despolarização sustentada da
placa motora.
 Competitivos: aqueles cujos efeitos advêm da
inibição competitiva da ligação da acetilcolina ao
receptor nicotínico juncional, impedindo a
despolarização da placa motora.
DESPOLARIZANTES NÃO- DESPOLARIZANTES
Curta ação (min) Curta ação (min)
Suxametônio (6 – 11)
Decametônio Mivacúrio (15 – 21)
Ação intermediária (min)
Atracurônio (45)
Vecurônio (40 – 45)
Rocurônio (36 – 73)
Ação prolongada (min)
D-tubocurarina (80)
Pancurônio (85 – 100)
BLOQUEADORES MUSCULARES DESPOLARIZANTES
NÃO- DESPOLARIZANTES
Bloqueadores Neuromusculares
Relações de estrutura e atividade
 Todos os bloqueadores neuromusculares
são compostos de amônio quaternários para
poderem se assemelhar a molécula de
acetilcolina (Ach) que possui um nitrogênio
quaternário, que é o responsável pela
atração da Ach pelo receptor nicotínico.
IMPORTÂNCIA FARMACOLÓGICA DOS BLOQUEADORES
NEUROMUSCULARES
Substâncias capazes de causar relaxamento:
Usadas para grandes cirurgias abdominais;
Relaxamento suficiente para intubação endotraqueal;
Para manter o paciente imóvel durante procedimentos cirúrgicos, etc.
Co-adjuvantes em anestesiologia;
Unidade de terapia intensiva;
Situações de espasticidade;
Bloqueadores neuromusculares
Relaxantes musculares
Medicina
Bloqueadores competitivos
EFEITOS DOS BLOQUEADORES
COMPETITIVOS
- Paralisia motora
- Ação nos músculos:
- olhos, face, membros e faringe
- músculos respiratórios
- A consciência e percepção da dor
permanecem normais.
USOS TERAPÊUTICOS DOS
BLOQUEADORES COMPETITIVOS
- Adjuvantes anestésicos: permitem menor dose da
anestesia
FARMACOCINÉTICA
- Via Intravenosa
- Diferem na velocidade de início e duração da
ação
- Não atravessam BHE
- Não são absorvidos no TGI
REVERSÃO DO BLOQUEIO NÃO
DESPOLARIZANTE
- Inibidores da colinesterase
 D-tubocurarina
◦ bloqueio ganglionar   PA  Taquicardia
◦ liberação histamina
 hipotensão
 Broncoconstrição
 Secreção brônquica
 Salivação excessiva
 Galamina
◦ bloqueio muscarínico (taquicardia, hipertensão)
 Pancurônio
◦ bloqueio ganglionar  PA  Taquicardia
EFEITOS INDESEJÁVEIS
FÁRMACO Velocidade
de início
Duração de
ação
Principais
efeitos col.
d-Tubocurarina Lenta > 5 min Prolongada
(1-2h)
Hipotensão (bloqueio
ganglionar + lib hist.)
broncoconstrição
Galamina Lenta Prolongada Taquicardia
(antag musc)
Pancurônio Intermediária
(2-3 min)
Prolongada Taquicardia discreta
Vecurônio Intermediária Intermediária
(30-40 min)
Poucos efeitos
colaterais
Atracúrio Intermediária Intermediária
(< 30 min)
Hipotensão transitória
(liberação histamina)
Mivacúrio Rápida
(2 min)
Curta
(15 min)
Hipotensão transitória
(liberação histamina)
EFEITOS ADVERSOS DOS BNM
COMPETITIVOS
Bloqueadores
despolarizantes
EFEITOS DOS BLOQUEADRES
DESPOLARIZANTES
- Fasciculações iniciais e consequente
bloqueio da contração muscular
USOS TERAPÊUTICOS
- Facilita a
intubação
endotraqueal
FARMACOCINÉTICA
- Possui ação rápida e curta duração;
- Rapidamente hidrolisados pela colinesterase
plasmática;
- Não atravessam BHE.
 Bradicardia
 Liberação K+ (arritmias)
◦ queimados, traumatismos
 Aumento pressão intra-ocular
◦ contratura musculatura extra-ocular
 Paralisia prolongada
◦ chE geneticamente modificada
◦ antichE (organofosforados, glaucoma)
◦ Hepatopatias
 Hipertermia maligna (congênita rara)
◦ espasmo muscular e aumento súbito To
corporal
EFEITOS INDESEJÁVEIS
 Inibidores da colinesterase
◦ reversão dos efeitos dos BNM não despolarizantes
◦ prolongamento dos efeitos dos despolarizantes
 Anestésicos gerais
◦ ação estabilizadora da junção neuromuscular
 (p. ex. halotano)
 Antibióticos aminoglicosídeos
◦ Inibem a liberação de Ach (sinergismo com os BNM
competitivos) (competição com o Ca++)
 (p. ex. gentamicina, tobramicina)
 Bloqueadores do canal de Ca++
◦ bloqueio ganglionar (taquicardia)
INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS DOS BNM
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  • 1.
  • 2.
  • 3. Roteiro da aula 1. Estrutura da Placa motora 2. Estrutura dos receptores nicotínicos 3. Bloqueadores neuromusculares e seus mecanismos 4. Principais vias de absorção, distribuição e metabolismo dos fármacos bloqueadores neuromusculares 5. Perfil de escolha dos fármacos neuromusculares na clínica 6. Principais aplicações terapêuticas 7. Perfil toxicológico dos fármacos bloqueadores das junções neuromusculares 8. Intervenções para reversão de efeitos tóxicos
  • 5.
  • 7.
  • 8. FÁRMACOS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES - CONCEITO - São drogas capazes de bloquear a contração muscular através da ação na junção neuromuscular. - As pesquisas sobre estas drogas tiveram início com a descoberta do curare. - TURBOCURARINA: princípio ativo do curare. Precursor dos medicamentos desta classe utilizados clinicamente na atualidade.
  • 10. Bloqueadores Neuromusculares Classificação  Despolarizantes: aqueles que produzem seus efeitos a partir da despolarização sustentada da placa motora.  Competitivos: aqueles cujos efeitos advêm da inibição competitiva da ligação da acetilcolina ao receptor nicotínico juncional, impedindo a despolarização da placa motora.
  • 11. DESPOLARIZANTES NÃO- DESPOLARIZANTES Curta ação (min) Curta ação (min) Suxametônio (6 – 11) Decametônio Mivacúrio (15 – 21) Ação intermediária (min) Atracurônio (45) Vecurônio (40 – 45) Rocurônio (36 – 73) Ação prolongada (min) D-tubocurarina (80) Pancurônio (85 – 100) BLOQUEADORES MUSCULARES DESPOLARIZANTES NÃO- DESPOLARIZANTES
  • 12.
  • 13.
  • 14. Bloqueadores Neuromusculares Relações de estrutura e atividade  Todos os bloqueadores neuromusculares são compostos de amônio quaternários para poderem se assemelhar a molécula de acetilcolina (Ach) que possui um nitrogênio quaternário, que é o responsável pela atração da Ach pelo receptor nicotínico.
  • 15.
  • 16. IMPORTÂNCIA FARMACOLÓGICA DOS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Substâncias capazes de causar relaxamento: Usadas para grandes cirurgias abdominais; Relaxamento suficiente para intubação endotraqueal; Para manter o paciente imóvel durante procedimentos cirúrgicos, etc. Co-adjuvantes em anestesiologia; Unidade de terapia intensiva; Situações de espasticidade; Bloqueadores neuromusculares Relaxantes musculares Medicina
  • 18. EFEITOS DOS BLOQUEADORES COMPETITIVOS - Paralisia motora - Ação nos músculos: - olhos, face, membros e faringe - músculos respiratórios - A consciência e percepção da dor permanecem normais.
  • 19.
  • 20. USOS TERAPÊUTICOS DOS BLOQUEADORES COMPETITIVOS - Adjuvantes anestésicos: permitem menor dose da anestesia
  • 21. FARMACOCINÉTICA - Via Intravenosa - Diferem na velocidade de início e duração da ação - Não atravessam BHE - Não são absorvidos no TGI
  • 22. REVERSÃO DO BLOQUEIO NÃO DESPOLARIZANTE - Inibidores da colinesterase
  • 23.  D-tubocurarina ◦ bloqueio ganglionar   PA  Taquicardia ◦ liberação histamina  hipotensão  Broncoconstrição  Secreção brônquica  Salivação excessiva  Galamina ◦ bloqueio muscarínico (taquicardia, hipertensão)  Pancurônio ◦ bloqueio ganglionar  PA  Taquicardia EFEITOS INDESEJÁVEIS
  • 24.
  • 25. FÁRMACO Velocidade de início Duração de ação Principais efeitos col. d-Tubocurarina Lenta > 5 min Prolongada (1-2h) Hipotensão (bloqueio ganglionar + lib hist.) broncoconstrição Galamina Lenta Prolongada Taquicardia (antag musc) Pancurônio Intermediária (2-3 min) Prolongada Taquicardia discreta Vecurônio Intermediária Intermediária (30-40 min) Poucos efeitos colaterais Atracúrio Intermediária Intermediária (< 30 min) Hipotensão transitória (liberação histamina) Mivacúrio Rápida (2 min) Curta (15 min) Hipotensão transitória (liberação histamina) EFEITOS ADVERSOS DOS BNM COMPETITIVOS
  • 27. EFEITOS DOS BLOQUEADRES DESPOLARIZANTES - Fasciculações iniciais e consequente bloqueio da contração muscular
  • 28. USOS TERAPÊUTICOS - Facilita a intubação endotraqueal
  • 29. FARMACOCINÉTICA - Possui ação rápida e curta duração; - Rapidamente hidrolisados pela colinesterase plasmática; - Não atravessam BHE.
  • 30.  Bradicardia  Liberação K+ (arritmias) ◦ queimados, traumatismos  Aumento pressão intra-ocular ◦ contratura musculatura extra-ocular  Paralisia prolongada ◦ chE geneticamente modificada ◦ antichE (organofosforados, glaucoma) ◦ Hepatopatias  Hipertermia maligna (congênita rara) ◦ espasmo muscular e aumento súbito To corporal EFEITOS INDESEJÁVEIS
  • 31.  Inibidores da colinesterase ◦ reversão dos efeitos dos BNM não despolarizantes ◦ prolongamento dos efeitos dos despolarizantes  Anestésicos gerais ◦ ação estabilizadora da junção neuromuscular  (p. ex. halotano)  Antibióticos aminoglicosídeos ◦ Inibem a liberação de Ach (sinergismo com os BNM competitivos) (competição com o Ca++)  (p. ex. gentamicina, tobramicina)  Bloqueadores do canal de Ca++ ◦ bloqueio ganglionar (taquicardia) INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS DOS BNM