David Hume foi um filósofo escocês do século XVIII que desenvolveu teorias influentes sobre o conhecimento e a indução. Ele argumentou que todo conhecimento deriva da experiência sensorial e questionou a validade do raciocínio indutivo, afirmando que repetições passadas não garantem conclusões futuras. Sua obra teve grande impacto e levantou problemas fundamentais sobre a natureza do conhecimento científico.
3. • David Hume (1711-1776) foi um filósofo e ensaísta
escocês, um dos mais importantes
representantes do empirismo. Sofreu críticas da
igreja por suas posições, mas influenciou muitos
filósofos posteriores a ele.
• David Hume (1711-1776) nasceu em Edimburgo,
na Escócia, no dia 7 de maio de 1711. Ingressou
na Universidade de Edimburgo. Em 1734, viajou
para a França, onde escreveu três anos depois,
o “Tratado da Natureza Humana" e “As Cartas
Inglesas”. Mas é a publicação do livro “Ensaios
Morais e Políticos” que lhe traz algum renome.
Em 1751, publica o primeiro volume da
“Enciclopédia”. No ano de 1754, surge o primeiro
volume da “História da Inglaterra”.
4. • Os livros de Hume foram condenados
pela igreja católica, sendo colocados
no índice de livros proibidos. Isto
aconteceu por que o filósofo
acreditava que a moralidade
humana não era fruto da ordem
divina preexistente, mas oriunda da
criação humana. Foi acusado de
heresia e de ateísmo.
• Apesar da rejeição da igreja e recusa
do mundo acadêmico, Hume foi
grande influenciador de filósofos e
pensadores como Kant, John Mill, e
Augusto Conte.
• David Hume morreu em Edimburgo,
na Escócia, no dia 25 de agosto de
1776.
5. • Na obra Investigação sobre o entendimento
humano, Hume formulou a sua teoria do
conhecimento.
• Dividiu, primeiramente, tudo aquilo que
percebemos em impressões e ideias:
• IMPRESSÕES: referem-se aos dados
fornecidos pelos sentidos, como por
exemplo, as impressões visuais, auditivas e
táteis.
• IDEIAS: referem-se as representações
mentais (memória, imaginação, etc)
derivadas das impressões.
6. • Assim, toda ideia é uma
re(a)presentação de alguma
impressão.
• Essa representação pode possuir
deferentes graus de fidelidade.
Alguém que nunca teve uma
impressão visual, um cego de
nascença, por exemplo, jamais
poderá ter uma ideia de cor,
ainda que seja uma ideia não
muito fiel.
7. CRÍTICA AO RACIOCÍNIO INDUTIVO
• O raciocínio indutivo vai do particular para o geral.
• As conclusões indutivas são produzidas, portanto, pelo seguinte
processo mental:
• Partindo de percepções repetidas que nos chegam da
experiência sensorial, saltamos para uma conclusão geral, da
qual não temos experiência sensorial.
• Hume argumentou que, a conclusão indutiva, por maior que seja o
número de percepções repetidas do mesmo fato, não possui
fundamento lógico.
• Será sempre um salto de raciocínio impulsionado pela crença ou
hábito, isto é, as repetidas percepções de um fato, nos levam a
confiar em que aquilo que se repetiu até hoje irá se repetir amanhã.
8. CRÍTICA AO RACIOCÍNIO INDUTIVO
Assim, por exemplo,
cremos que o Sol
nascerá amanhã porque
até hoje ele sempre
nasceu. Mas nada pode
garantir essa certeza em
termos lógicos.
9. CRÍTICA AO RACIOCÍNIO INDUTIVO
Ao questionar a validade lógica do
raciocínio indutivo, o valor da obra de
Hume foi deixar um importante problema
para os teóricos do conhecimento.
Afinal, é ou não possível partirmos de
experiências particulares para chegarmos a
conclusões gerais, representadas pelas leis
científicas?
10. CRÍTICA AO RACIOCÍNIO INDUTIVO
Enquanto o senso comum acredita que por meio de
observações repetidas, realizadas no passado, podemos
justificar nossas expectativas futuras, Hume sustenta que a
repetição de um fato não nos permite concluir, em termos
lógicos, que ele continuará a repetir-se da mesma forma,
indefinidamente.