Este documento discute o conceito de periferia urbana em três frases:
1) A periferia é definida como áreas afastadas do centro da cidade, geralmente ocupadas por populações de baixa renda com falta de infraestrutura.
2) Condomínios de luxo também podem ser considerados periferias quando isolados do resto da cidade.
3) Há diferentes tipos de periferias que variam em termos de consolidação e acesso a serviços públicos.
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Periferia conceito, e dicotomia
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINAGRANDE – UFCG
CENTRO DE HUMANIDADES – CH
UNIDADE ACADÊMICA DE GEOGRAFIA – UAG
CURSO: GEOGRAFIA TURNO: DIURNO
DISCIPLINA: FUDAMENTOS PARA ESTUDOS EM GEOGRAFIA URBANA
PROFESSORA: REBECAAGUIAR
EQUIPE: DIOGO SOARES NUNES
EPÍDIO ARAÚJO DE SOUSA
Periferia
2. Objetivos do Trabalho
Discutir o conceito de Periferia
Comparar a relação de periferia e bairros de luxos a partir do seu
conceito
3. Roteiro
- Conceito
- Condomínios como periferia
- Dicotomia do Conceito
- Periferia como problema
- Centro-Periferia
- Tipos de periferia
- Relações entre periferia e subúrbio
- Considerações finais
4. O que é Periferia?
“ A periferia mede-se pelo grau de afastamento
ao centro”. Álvaro Domingues
“As parcelas do território da cidade que têm
baixa renda diferencial, pois, assim, este
conceito ganha maior precisão e vincula,
concreta e objetivamente, a ocupação do
território urbano à estratificação
social”. (BONDUKI; ROLNIK, 1979b: 147).
5. Mais Porque?
Periferia carrega em si um sentido estigmatizador,
sinônimo de rejeição, de marginalidade, no limite,
de exclusão.
Populações pobres, que encontrariam nas periferias
espaços mais condizentes com sua situação
econômica e social. Na grande maioria das vezes,
esses espaços, ainda inabitados, seriam loteados
e/ou ocupados de forma “ilegal”, sendo justamente a
completa ausência de infraestrutura e regularização.
6. Os Condomínios
Uma inversão de valores na questão de periferia onde essas pessoas são
conquistadas por propagandas que prometem felicidade, tranquilidade e
acima de tudo segurança, o que associados a uma busca incessante por
“status” e de conviver entre iguais e separado dos diferentes, segundo Silva
(2008)
8. Periferia como Problema
56 milhões vivem nas periferias urbanas.
A noção de uma periferia uniforme, ocupada por um grupo
socialmente homogêneo – “os pobres” –, marcada pela ausência
de equipamentos e serviços urbanos.
A periferia não é um câncer da
sociedade, a periferia só quer
educação, cultura, lazer, saúde,
respeito, dignidade...
Kaab Al Qadir
9. Centro - Periferia
Não dá para pensar em periferia sem pensar em centro. É um par
dialético que faz parte dos fundamentos da teoria do desenvolvimento
econômico"
Periferia 1
(Zonas de
Fragilidades)
Periferia 2
(Condomínios)
Centro
10. Dados: 2001 revista veja,
a qual podemos notar
embora há relação
centro–periferia também
há uma enorme
diferença.
11. Tipos de periferias :
1. Hiperperiferia: Pode ser caracterizada, de modo preliminar, por aquelas áreas de
periferia que, ao lado das características mais típicas destes locais – pior acesso à
infraestrutura, menor renda da população, maiores percursos para o trabalho, etc.
2. Periferia Consolidada: Periferia consolidada seriam os bairros com nível satisfatório de
serviços públicos e de infraestrutura urbana (serviços de saúde e de educação, transporte
público, asfaltamento, redes de água, esgoto e eletricidade, entre outros).
3. Periferia não-consolidada: Periferia não consolidada (ou fronteira urbana) seria
caracterizada pela precariedade da existência desses serviços.
4. Periferia metropolitana: periferia metropolitana três formas de organização do espaço
são evidenciadas: os loteamentos populares e a autoconstrução, os conjuntos
habitacionais do Estado e as favelas
15. ARTIGO: DA IDEALIZAÇÃO DO SUBÚRBIO À CONSTRUÇÃO DA
PERIFERIA ESTUDO DA EXPANSÃO SUBURBANA NO SÉCULO XX, EM
SALVADOR-BA
Angela Maria Gordilho Souza
Seguindo os ideários fundados na América do Norte e na Europa,
a expansão urbana para os subúrbios na América Latina ocorreu
no início do século XX, manifestando-se com dinâmicas próprias
atreladas às questões culturais, ambientais e socioeconômicas
das diferentes localidades onde ocorreu.
O processo de renovação urbana, a privatização de terras, o
desenvolvimento da tecnologia dos transportes e o início de
normatizações da legislação urbanística moderna promoveram a
implementação dos primeiros projetos de loteamentos fora da
área urbana central, através de empreendimentos imobiliários.
16. ARTIGO: QUALIFICAÇÃO DAS PERIFERIAS
Álvaro Domingues
O subúrbio (e os suburbanos) originaram uma longuíssima
produção científica e ideológica (da sociologia ao
urbanismo, da política à economia, da fotografia, da
literatura, ao cinema). Como muitas vezes ocorre, as
palavras e os conceitos descolaram da realidade mutante
daquilo que supostamente designam.
Subúrbio transformou-se uma palavra fetiche que designa,
para lá dos significantes, significados e revelações que,
entretanto se lhes atribui e que vão mudando. Uma
espécie de encantamento negativo, por oposição a
fetiches positivos ou deslumbramentos que abundam no
léxico urbanístico de hoje (p.e. velocidade, inovação,
criatividade, master plan, etc.).
20. ARTIGO: A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA REPRESENTAÇÃO DA
PERIFERIA CARIOCA E O PAPEL DOS FESTIVAIS DE CINEMA NA SUA
CONSOLIDAÇÃO
Cláudia Seldin, Raquel Ribeiro Martins, Rosa Richter Diaz Rocha
Os espaços “opacos” são aqueles que se opõem aos
espaços “luminosos”, modernizados, de rápida
mobilização, dotados de infraestrutura e de uma
racionalidade extrema e que representam a cidade
informada.
São os espaços onde habitam, circulam e sobrevivem as
classes economicamente não hegemônicas, “onde os
tempos são lentos, adaptados às infraestruturas
incompletas ou herdadas do passado” (Santos, 1994, p.
39) e que aparecem como “zonas de resistência”, em
especial de resistência cultural.
21. São recortes espaciais e sociais marcados pela ação, “a
começar pela ação de pensar” (Santos, 1994, p. 42). É
neles que observamos transformações que propõe
modificar os padrões culturais homogêneos dominantes
na vida urbana contemporânea.
Por fim, podemos concluir que, em meio às disputas
simbólicas em torno das imagens que vivenciamos nos
tempos contemporâneos, essa nova representação
surge como uma forma de afirmação da periferia como
parte integral da cidade e, mais do que isso, como uma
forma de resistência – uma resistência baseada na
(trans) formação da imagem em um processo em que os
festivais de cinema que seguem o modelo dos aqui
estudados servem como agentes estratégicos para
auxiliar na visibilidade dos numerosos pontos luminosos
existentes nos espaços opacos.
22. ARTIGO: Favelas, Periferias: uma reflexão sobre conceitos e
dicotomias
Thaís Troncon Rosa
Nesse contexto, as cidades passariam a ser compostas de uma
versão formal, legislada, conhecida e exposta, e de outra informal,
ilegal, invisível. A produção e a apropriação do espaço nesta
“cidade informal” – a periferia – estaria pautada, principalmente,
pelo binômio loteamentos clandestinos– autoconstrução, através
dos quais, com a conivência do Estado, a própria população
arcaria com todos os custos de sua inserção e permanência no
espaço urbano, devendo “construir sua própria cidade através de
múltiplos conflitos e à margem da legislação em vigor, ou seja, na
ilegalidade”.
23. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cada cidadão tem vastas associações com alguma parte de
sua cidade, e a imagem de cada um está impregnada de
lembranças e significados. Os elementos móveis de uma
cidade e, em especial, as pessoas e suas atividades, são tão
importantes quanto as partes físicas estacionárias. Não
somos meros observadores do espetáculo, mas parte dele;
compartilhamos o mesmo palco com os outros participantes
(LYNCH, 2010, p. 01-02).
24. Referências Bibliográficas
- CARLOS, A. F. A. A natureza do espaço fragmentado. In SANTOS, M., SILVEIRA,
M., SOUZA, M. (orgs.) Território, globalização e fragmentação. São Paulo: Hucitec
ANPUR, 1996 – 1997
O espaço urbano: Novos escritos sobre a cidade. São Paulo: Contexto, 2004.
JORDÃO, Larissa C. S. Novas Periferias urbanas: A expansão de São Carlos através de
Condomínios Fechados. São Carlos, 2010
A periferia como fronteira de expansão do capital”. In: Csaba Deák e Sueli Shiffer
(orgs.), O processo de urbanização no Brasil, Fupam/Edusp, São Paulo, 1999, p.245-
259.
Pacheco, Suzana M.M. - Produção e Reprodução de Loteamentos na Periferia do rio de
Janeiro. Tese de Mestrado. Departamento de Geografia, UFRJ, 1984.