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José Saramago
José de Sousa Saramago




Nasceu em Azinhaga, Golegã, em Novembro
 de 1922, no distrito de Santarém, na
 província geográfica do Ribatejo.
   Foi escritor, argumentista,
    teatrólogo, ensaista, jornalisa,
    dramaturgo, contista, etc.



   Saramago, conhecido pelo
    seu ateísmo e iberismo, foi
    membro do Partido
    Comunista Português e foi
    director-adjunto do Diário de
    Notícias
ATEISMO
Numa entrevista Saramago diz:
   •O meu ateísmo facilitou, e muito, na criação do Evangelho. Se fosse
   católico, teria que aceitar as versões bíblicas, sem me opor a nada.
   Como ateu, leio os Evangelhos de um ponto de vista mais livre, como
   se fosse um grande livro de história. O meu ateísmo não é destrutivo,
   mas sim crítico.
   •Sou ateu, mas não sou tolo! A sociedade onde cresci e onde vivemos
   não se concebe sem Deus. Na arte, na linguagem, na cultura popular e
   erudita a religião cristã está presente. Eu não creio em Deus. Mas se
   uma pessoa que está ao pé de mim acredita em Deus, então Deus
   existe para mim através da realidade que é essa pessoa.
Saramago foi considerado o responsável
pelo efectivo reconhecimento
internacional da prosa em língua
portuguesa.
 Foi, em 1992, um dos 
 fundadores da Frente 
 Nacional para a Defesa da 
 Cultura (FNDC) 
Casado, em segundas
núpcias, com
a espanhola Pilar del
Río, Saramago viveu na
ilha espanhola de
Lanzarote, nas Ilhas
Canárias, onde faleceu
em 2010.
OBRAS
As súas obras mais importantes são, “Levantado do Chão”
(1980) “Memorial do Convento” (1982),  “O Ano da Morte
de Ricardo Reis” (1984), “História do Cerco de Lisboa”
(1989), “O Evangelho segundo Jesus Cristo” (1991),
“Ensaio sobre A Cegueira” (1995), “As Intermitências da
Morte” (2005), “Poesía Completa” (2005).
Memorial do Convento
Memorial do Convento, é
um romance histórico ,
conhecido internacionalmente,
publicado pela primeira vez em
Outubro de 1982.
Nesta obra, Saramago retrata a
personalidade do rei D. João V
e narra também a vida de vários
operários anónimos que
contribuíram
na quixotesca construção do
Convento de Mafra.
E estructura da obra e a seguinte:
     •   A obra é composta por 25 capitulos. Para além da sua divisão em capítulos, da
         obra destacam-se ainda 3 planos:

          1. Plano da Historia.
               •    Portugal no século XVIII.
               •    Reinado de D. João.
               •    Construção do Convento de Mafra.
               •    Inquisição, autos de fé, casamento dos infantes.

          2. Plano da ficção da História.
               •   O narrador molda as personagens históricas, transformando-as.
               •    D. João e D. Ana caricaturados.

          3. Plano do fantástico.
               •    Construção da Passarola.
               •    Dom de Blimunda.
CONVENTO DE MAFRA
FRAGMENTO COMEÇO DA OBRA

D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua
mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para
dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou. Já se murmura na
corte, dentro e fora do palácio, que a rainha, provavelmente, tem a madre seca,
insinuação muito resguardada de orelhas e bocas delatoras e que só entre íntimos se
confia. Que caiba a culpa ao rei. Nem pensar, primeiro porque a esterilidade não é
mal dos homens, das mulheres sim, por
isso são repudiadas tantas vezes, e segundo, material prova, se necessária ela fosse,
porque abundam no reino bastardos da real semente e ainda agora a procissão vai
na praça. Além disso, quem se extenua a implorar ao céu um filho não é o rei, mas
a rainha, e também por duas razões. A primeira razão é que um rei, e ainda mais
se de Portugal for, não pede o que unicamente está em seu poder dar, a segunda
razão porque sendo a mulher, naturalmente, vaso de receber , há-de ser
naturalmente suplicante, tanto em novenas
organizadas como em orações ocasionais.
O Evangelho segundo Jesus Cristo
Foi publicado em Novembro do ano 1991.
O livro conta uma história humanizada da vida de Jesus e
alude a uma sua eventual relação com Maria
Madalena. Ao adoptar essa perspectiva,
de humanização de Cristo, distante da representação
tradicional do Evangelho e evidenciando o seu caráter
frágil e vulnerável, colocase a propaganda história da
crucificação de Jesus, de acordo com a sua visão de
mundo, segundo a qual “por causa e em nome de Deus é
que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o
mais horrendo e cruel", e que, "no fundo, o problema não
é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama.
Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à
Humanidade. São palavras duras, mas há que dizê-
las". Isso levou a que o livro fosse considerado ofensivo
por diversos sectores da comunidade católica, e que
Sousa Lara, vetasse este livro de uma lista de romances
portugueses candidatos a um prémio literário europeu por
"atentar contra a moral cristã".
A principal crítica feita contra a obra é a da livre interpretação dos textos
sagrados, desvirtuando de forma abusiva os Evangelhos canônicos.
Quando saiu a público, o Evangelho Segundo Jesus Cristo suscitou reações
polémicas de parte dos católicos. Entre elas, a do arcebispo de Braga, D. Eurico
Dias Nogueira, proferida em maio de 1992: 
    •Um escritor português, ateu confesso e comunista impenitente, como ele
    mesmo se apresenta, resolveu elaborar uma delirante vida de Cristo, na
    perspectiva da sua ideologia político-religiosa e distorcida por aqueles
    parâmetros. A apregoada beleza literária, a existir nesta obra, longe de
    atenuante e muito menos dirimente, constitui circunstância agravante da
    culpabilidade do réu, seu autor.
O Ano da Morte de Ricardo Reis
É um romance escrito em 1984 cujo
protagonista é o heterónimo Ricardo
Reis de Fernando Pessoa.
Após a morte de Pessoa, José Saramago
aventurou-se a terminar a história de
Ricardo Reis, o que acha que "sábio é
aquele que se contenta com o espectáculo
do mundo". O autor cria a sua versão
alternativa da história, a que poderia ter
sido, fazendo uso de informações oficiais e
misturando-as com fontes oficiosas.
O personagem que empresta o nome à obra
retorna a Lisboa em 1936, após uma
ausência de 16 anos, e aí se instala
observando e testemunhando o desenrolar
de um ano trágico, através do qual o leitor é
levado a sentir o clima sombrio em que
o fascismo se afirma na sociedade,
antevendo-se um futuro negro na história
de Portugal, Espanha e Europa.
História do Cerco de Lisboa
É um romance de  que funde duas histórias. A
primeira história é a de um revisor de provas que
tem como trabalho verificar as correcções de uma
obra intitulada "História do cerco de Lisboa". Este
homem é tentado a fazer uma alteração
ao texto introduzindo a palavra "não" quando
existe a aceitação por parte dos cruzados de
ajudarem o rei português a tomar a cidade. Assim a
obra ficaria adulterada, uma vez que os cruzados
passam a não ajudar o rei a tomar a cidade aos
muçulmanos. A outra história é a da tomada
de Lisboa aos Muçulmanos, que o revisor acabará
por recontar imaginando que os cruzados não
ajudavam os portugueses.
Nesta segunda história, que no livro decorre em
simultâneo com a primeira, a obra assume carácter
de romance histórico, mostrando Saramago a sua
maestria na descrição medieval do
mundo islâmico e cristão.
Ensaio sobre A Cegueira
Ensaio sobre a Cegueira é um romance ,
publicado em 1995. A obra se tornou
uma das mais famosas de seu autor.


Saramago diz do livro, "Este é um livro
francamente terrível com o qual eu quero
que o leitor sofra tanto como eu sofri ao
escrevê-lo. Nele se descreve uma longa
tortura. É um livro brutal e violento e é
simultaneamente uma das experiências
mais dolorosas da minha vida. São 300
páginas de constante aflição. Através da
escrita, tentei dizer que não somos bons e
que é preciso que tenhamos coragem para
reconhecer isso."
É uma crítica aos valores sociais, expondo o caos a que se chega quando a
maioria da população cega. Revela traços da sociedade portuguesa
contemporânea, vislumbrando a maneira como as pessoas vivem através
de suas descrições das casas, dos utensílios, das roupas. As personagens
não têm nomes, sendo descritas por características próprias. O primeiro
cego, o médico, a mulher do primeiro cego, a rapariga de óculos, etc.
Uma epidemia se alastra a partir de um homem que cega esperando o
semáforo abrir. Inexplicável é a imunidade da mulher do médico,
parecendo que sua bondade, sua preocupação com o marido, mesmo
convivendo entre os cegos sem medo de cegar, a impede de contrair a
moléstia. Mas a solidariedade da mulher do médico estende-se, ainda,
àqueles de convívio mais estrito, sendo verdadeiro anjo de guarda dos que
dividem com ela a enfermaria do hospício abandonado em que são
confinados os primeiros a contrair o mal.
FILME
Numa cidade grande, o trânsito é subitamente atrapalhado quando um motorista de origem
japonesa, não consegue dirigir e diz ter ficado cego. Ele é ajudado a chegar em casa por um
homem, que acaba por roubar seu carro. No dia seguinte ele e a mulher vão consultar um
oftalmologista, que não descobre nada de errado com os olhos do primeiro cego. Esse diz ainda
que uma "luz branca" impede a sua visão. Pouco tempo depois, todas as pessoas que tiveram
contato com o primeiro cego - sua esposa, o ladrão, o médico e os pacientes da sala de espera do
consultório - também ficam cegas. O governo trata a doença como uma epidemia e imediatamente
coloca de quarentena os doentes, em uma instalação vigiada o tempo todo por soldados armados.
A mulher do oftalmologista é a única que não é afetada, mas finge estar com a doença para
acompanhar o marido em seu confinamento.
O filme foi rodado em Toronto, no Canadá, em São Paulo e Osasco no Brasil e
em Montevidéu no Uruguai.
FRAGMENTO COMEÇO DA OBRA
O disco amarelo iluminou-se. Dois dos automóveis da frente aceleram antes
que o sinal vermelho aparecesse. Na passadeira de peões surgiu o desenho do
homem verde. A gente que esperava começou a atravessar a rua pisando as
faixas brancas pintadas na capa negra do asfalto, não há nada que menos se
pareça com uma zebra, porém assim lhe chamam. Os automobilistas,
impacientes, com o pe no pedal de embraiagem, mantinham em tensão os
carros, avançando, recuando, como cavalos nervosos que sentissem vir no ar a
chibata. Os peões já acabaram de passar, mas o sinal de caminho livre para os
carros vai tardar ainda alguns segundos, há quem sustente que esta demora,
aparentemente tão insignificante, se a multiplicarmos pelos milhares de
semáforos existentes na cidade e pelas mudanças sucessivas das três cores de
cada um, é ima das causas mais consideráveis dos engorgiamentos da
circulação automóvel, ou engarrafamentos, se quisermos usar o termo
corrente.
POESÍA
A poesía de Saramago, é escasa. Está composta por
tres livros, “Os poemas possíveis”, “Provavelmente Alegria”,
e “ O Ano de 1993”.
Até ao sabugo
Primeiro poema da obra “Os Poemas Possíveis”

     Dirão outros, em verso, outras razões,
     Quem sabe se mais úteis, mais urgentes.
     Deste, cá, não mudou a natureza
     Suspensa entre duas negações.
     Agora, inventar arte e maneira
     De juntar o acaso e a certeza,
     Leve nisso, ou não leve, a vida inteira.


     Assim como quem rói as unhas rentes.
 Foi galardoado com 
  o Nobel de 
  Literatura de 1998.

 Também ganhou o 
  Prémio Camões, um 
  dos mais importantes 
  em literatura 
  portuguesa em 1995.
FIM

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José Saramago, o escritor português

  • 2. José de Sousa Saramago Nasceu em Azinhaga, Golegã, em Novembro de 1922, no distrito de Santarém, na província geográfica do Ribatejo.
  • 3. Foi escritor, argumentista, teatrólogo, ensaista, jornalisa, dramaturgo, contista, etc.  Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, foi membro do Partido Comunista Português e foi director-adjunto do Diário de Notícias
  • 4. ATEISMO Numa entrevista Saramago diz: •O meu ateísmo facilitou, e muito, na criação do Evangelho. Se fosse católico, teria que aceitar as versões bíblicas, sem me opor a nada. Como ateu, leio os Evangelhos de um ponto de vista mais livre, como se fosse um grande livro de história. O meu ateísmo não é destrutivo, mas sim crítico. •Sou ateu, mas não sou tolo! A sociedade onde cresci e onde vivemos não se concebe sem Deus. Na arte, na linguagem, na cultura popular e erudita a religião cristã está presente. Eu não creio em Deus. Mas se uma pessoa que está ao pé de mim acredita em Deus, então Deus existe para mim através da realidade que é essa pessoa.
  • 5. Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa.
  • 7. Casado, em segundas núpcias, com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu na ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias, onde faleceu em 2010.
  • 9. As súas obras mais importantes são, “Levantado do Chão” (1980) “Memorial do Convento” (1982),  “O Ano da Morte de Ricardo Reis” (1984), “História do Cerco de Lisboa” (1989), “O Evangelho segundo Jesus Cristo” (1991), “Ensaio sobre A Cegueira” (1995), “As Intermitências da Morte” (2005), “Poesía Completa” (2005).
  • 10. Memorial do Convento Memorial do Convento, é um romance histórico , conhecido internacionalmente, publicado pela primeira vez em Outubro de 1982. Nesta obra, Saramago retrata a personalidade do rei D. João V e narra também a vida de vários operários anónimos que contribuíram na quixotesca construção do Convento de Mafra.
  • 11. E estructura da obra e a seguinte: • A obra é composta por 25 capitulos. Para além da sua divisão em capítulos, da obra destacam-se ainda 3 planos: 1. Plano da Historia. • Portugal no século XVIII. • Reinado de D. João. • Construção do Convento de Mafra. • Inquisição, autos de fé, casamento dos infantes. 2. Plano da ficção da História. • O narrador molda as personagens históricas, transformando-as. • D. João e D. Ana caricaturados. 3. Plano do fantástico. • Construção da Passarola. • Dom de Blimunda.
  • 13. FRAGMENTO COMEÇO DA OBRA D. João, quinto do nome na tabela real, irá esta noite ao quarto de sua mulher, D. Maria Ana Josefa, que chegou há mais de dois anos da Áustria para dar infantes à coroa portuguesa e até hoje ainda não emprenhou. Já se murmura na corte, dentro e fora do palácio, que a rainha, provavelmente, tem a madre seca, insinuação muito resguardada de orelhas e bocas delatoras e que só entre íntimos se confia. Que caiba a culpa ao rei. Nem pensar, primeiro porque a esterilidade não é mal dos homens, das mulheres sim, por isso são repudiadas tantas vezes, e segundo, material prova, se necessária ela fosse, porque abundam no reino bastardos da real semente e ainda agora a procissão vai na praça. Além disso, quem se extenua a implorar ao céu um filho não é o rei, mas a rainha, e também por duas razões. A primeira razão é que um rei, e ainda mais se de Portugal for, não pede o que unicamente está em seu poder dar, a segunda razão porque sendo a mulher, naturalmente, vaso de receber , há-de ser naturalmente suplicante, tanto em novenas organizadas como em orações ocasionais.
  • 14. O Evangelho segundo Jesus Cristo Foi publicado em Novembro do ano 1991. O livro conta uma história humanizada da vida de Jesus e alude a uma sua eventual relação com Maria Madalena. Ao adoptar essa perspectiva, de humanização de Cristo, distante da representação tradicional do Evangelho e evidenciando o seu caráter frágil e vulnerável, colocase a propaganda história da crucificação de Jesus, de acordo com a sua visão de mundo, segundo a qual “por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o mais horrendo e cruel", e que, "no fundo, o problema não é um Deus que não existe, mas a religião que o proclama. Denuncio as religiões, todas as religiões, por nocivas à Humanidade. São palavras duras, mas há que dizê- las". Isso levou a que o livro fosse considerado ofensivo por diversos sectores da comunidade católica, e que Sousa Lara, vetasse este livro de uma lista de romances portugueses candidatos a um prémio literário europeu por "atentar contra a moral cristã".
  • 15. A principal crítica feita contra a obra é a da livre interpretação dos textos sagrados, desvirtuando de forma abusiva os Evangelhos canônicos. Quando saiu a público, o Evangelho Segundo Jesus Cristo suscitou reações polémicas de parte dos católicos. Entre elas, a do arcebispo de Braga, D. Eurico Dias Nogueira, proferida em maio de 1992:  •Um escritor português, ateu confesso e comunista impenitente, como ele mesmo se apresenta, resolveu elaborar uma delirante vida de Cristo, na perspectiva da sua ideologia político-religiosa e distorcida por aqueles parâmetros. A apregoada beleza literária, a existir nesta obra, longe de atenuante e muito menos dirimente, constitui circunstância agravante da culpabilidade do réu, seu autor.
  • 16. O Ano da Morte de Ricardo Reis É um romance escrito em 1984 cujo protagonista é o heterónimo Ricardo Reis de Fernando Pessoa. Após a morte de Pessoa, José Saramago aventurou-se a terminar a história de Ricardo Reis, o que acha que "sábio é aquele que se contenta com o espectáculo do mundo". O autor cria a sua versão alternativa da história, a que poderia ter sido, fazendo uso de informações oficiais e misturando-as com fontes oficiosas. O personagem que empresta o nome à obra retorna a Lisboa em 1936, após uma ausência de 16 anos, e aí se instala observando e testemunhando o desenrolar de um ano trágico, através do qual o leitor é levado a sentir o clima sombrio em que o fascismo se afirma na sociedade, antevendo-se um futuro negro na história de Portugal, Espanha e Europa.
  • 17. História do Cerco de Lisboa É um romance de  que funde duas histórias. A primeira história é a de um revisor de provas que tem como trabalho verificar as correcções de uma obra intitulada "História do cerco de Lisboa". Este homem é tentado a fazer uma alteração ao texto introduzindo a palavra "não" quando existe a aceitação por parte dos cruzados de ajudarem o rei português a tomar a cidade. Assim a obra ficaria adulterada, uma vez que os cruzados passam a não ajudar o rei a tomar a cidade aos muçulmanos. A outra história é a da tomada de Lisboa aos Muçulmanos, que o revisor acabará por recontar imaginando que os cruzados não ajudavam os portugueses. Nesta segunda história, que no livro decorre em simultâneo com a primeira, a obra assume carácter de romance histórico, mostrando Saramago a sua maestria na descrição medieval do mundo islâmico e cristão.
  • 18. Ensaio sobre A Cegueira Ensaio sobre a Cegueira é um romance , publicado em 1995. A obra se tornou uma das mais famosas de seu autor. Saramago diz do livro, "Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida. São 300 páginas de constante aflição. Através da escrita, tentei dizer que não somos bons e que é preciso que tenhamos coragem para reconhecer isso."
  • 19. É uma crítica aos valores sociais, expondo o caos a que se chega quando a maioria da população cega. Revela traços da sociedade portuguesa contemporânea, vislumbrando a maneira como as pessoas vivem através de suas descrições das casas, dos utensílios, das roupas. As personagens não têm nomes, sendo descritas por características próprias. O primeiro cego, o médico, a mulher do primeiro cego, a rapariga de óculos, etc. Uma epidemia se alastra a partir de um homem que cega esperando o semáforo abrir. Inexplicável é a imunidade da mulher do médico, parecendo que sua bondade, sua preocupação com o marido, mesmo convivendo entre os cegos sem medo de cegar, a impede de contrair a moléstia. Mas a solidariedade da mulher do médico estende-se, ainda, àqueles de convívio mais estrito, sendo verdadeiro anjo de guarda dos que dividem com ela a enfermaria do hospício abandonado em que são confinados os primeiros a contrair o mal.
  • 20. FILME Numa cidade grande, o trânsito é subitamente atrapalhado quando um motorista de origem japonesa, não consegue dirigir e diz ter ficado cego. Ele é ajudado a chegar em casa por um homem, que acaba por roubar seu carro. No dia seguinte ele e a mulher vão consultar um oftalmologista, que não descobre nada de errado com os olhos do primeiro cego. Esse diz ainda que uma "luz branca" impede a sua visão. Pouco tempo depois, todas as pessoas que tiveram contato com o primeiro cego - sua esposa, o ladrão, o médico e os pacientes da sala de espera do consultório - também ficam cegas. O governo trata a doença como uma epidemia e imediatamente coloca de quarentena os doentes, em uma instalação vigiada o tempo todo por soldados armados. A mulher do oftalmologista é a única que não é afetada, mas finge estar com a doença para acompanhar o marido em seu confinamento. O filme foi rodado em Toronto, no Canadá, em São Paulo e Osasco no Brasil e em Montevidéu no Uruguai.
  • 21. FRAGMENTO COMEÇO DA OBRA O disco amarelo iluminou-se. Dois dos automóveis da frente aceleram antes que o sinal vermelho aparecesse. Na passadeira de peões surgiu o desenho do homem verde. A gente que esperava começou a atravessar a rua pisando as faixas brancas pintadas na capa negra do asfalto, não há nada que menos se pareça com uma zebra, porém assim lhe chamam. Os automobilistas, impacientes, com o pe no pedal de embraiagem, mantinham em tensão os carros, avançando, recuando, como cavalos nervosos que sentissem vir no ar a chibata. Os peões já acabaram de passar, mas o sinal de caminho livre para os carros vai tardar ainda alguns segundos, há quem sustente que esta demora, aparentemente tão insignificante, se a multiplicarmos pelos milhares de semáforos existentes na cidade e pelas mudanças sucessivas das três cores de cada um, é ima das causas mais consideráveis dos engorgiamentos da circulação automóvel, ou engarrafamentos, se quisermos usar o termo corrente.
  • 22.
  • 24. A poesía de Saramago, é escasa. Está composta por tres livros, “Os poemas possíveis”, “Provavelmente Alegria”, e “ O Ano de 1993”.
  • 25. Até ao sabugo Primeiro poema da obra “Os Poemas Possíveis” Dirão outros, em verso, outras razões, Quem sabe se mais úteis, mais urgentes. Deste, cá, não mudou a natureza Suspensa entre duas negações. Agora, inventar arte e maneira De juntar o acaso e a certeza, Leve nisso, ou não leve, a vida inteira. Assim como quem rói as unhas rentes.
  • 26.  Foi galardoado com  o Nobel de  Literatura de 1998.  Também ganhou o  Prémio Camões, um  dos mais importantes  em literatura  portuguesa em 1995.
  • 27. FIM