O documento discute os desafios do autismo e possibilidades de intervenção. Apresenta informações sobre definições, incidência, prevalência, causas e sintomas do transtorno do espectro autista. Também aborda estratégias de avaliação, programação educacional e terapias comportamentais como a ABA. O objetivo é auxiliar professores na inclusão de crianças autistas na escola.
4. CID 10- Transtornos Globais do Desenvolvimento
DSM V TR: Transtorno do Espectro Autista
Transtorno Autista, Transtorno Desintegrativo da Infância,
Transtorno de Asperger e Transtorno Invasivo do
Desenvolvimento Sem Outra Especificação.
5. Incidência populacional: Brasil, estima-se que 1 a cada 100
crianças; EUA - 1 a cada 68 crianças (Lahmiei, UFScar, 2014).
Prevalência por sexo: é maior em meninos (por isso, Azul é a cor
do autismo).
Uso de medicação: não há um remédio específico para autismo,
usam-se medicações conforme os sintomas apresentados.
Causas: existem muitas teorias, mas as causas ainda são
indefinidas.
8. “No Autismo o contato social é sempre
prejudicado, não necessariamente porque
estão desinteressados, mas porque não
sabem e não aprenderam a arte de interagir e
manter vínculos.”
(Silva, Gaiato e Reveles 2012).
9. - Pouco ou nenhum contato visual;
- Frequentemente não respondem quando são
chamadas;
-Possuem dificuldades em interpretar sinais
(expressões faciais e expressões verbais).
-Dificuldades de entender as intenções dos outros.
-Dificuldades em compartilhar momentos ou
situações.
10. - Podem usar pessoas como instrumentos para obter
o que desejam.
- Podem apresentar risos ou choros fora do
contexto.
- Resistência ao contato físico.
- Podem ter habilidades específicas bem
desenvolvidas ou ilhotas de habilidades.
- Preferências por brincadeiras relacionadas a
enfileirar ou empilhar coisas, giros ou balanços.
11.
12.
13. - Crianças com TEA apresentam prejuízos na
comunicação verbal e não verbal.
- Os prejuízos são variados, desde crianças
totalmente não verbais, até pessoas que
conseguem estabelecer uma conversa com
relativa limitação ( Ex: Asperger).
- Ecolalias Imediatas e Ecolalias Tardias
(guardadas na memória).
14. - Apresentam dificuldades em usar a primeira
pessoa (EU), falando mais na terceira pessoa.
- Ex: Bruna está com fome, Dá o brinquedo
para Maria.
- Fala monotônica (sem ênfase, sem variações
no tom).
- Fala monotemática: falar sobre as mesmas
coisas.
15. - Apresentam pouca curiosidade social: não
costumam perguntar sobre como foi o dia
das pessoas, como elas se sentem...
- Gostam de monologar (falar com si mesmos)
- Não compreendem ironias, metáforas,
piadas...
- Dificuldades para expressar necessidades.
16. - Dividir a experiência em relação a objetos ou
eventos com outras pessoas, utilizando
gestos, visão e a fala (expressando e
compreendendo).
- Dificuldades em manter e em sustentar a
atenção por longos períodos de tempo.
17.
18. Comportamentos Motores Estereotipados e
repetitivos: pular, balançar, fazer caretas,
bater palmas
Comportamentos Disruptivos: rituais, rotinas,
interesses restritos, aderência a regras rígidas
- Interesses restritos
apego a rotinas (rejeição às mudanças);
19.
20. aversão a barulhos alto (hipersensibilidade);
instabilidade de humor;
- limiares de dor elevados;
podem andar nas pontas dos pés;
- autoagressão (morder e bater em si
mesmo) – comportamento autolesivo.
21.
22. - Intelecto ou cognição: memória, organizar e
processar informações, resolução de
problemas.
- Pessoas com autismo podem apresentar
variados graus de deficiência intelectual (leve,
moderado, severo)--- não verbais.
- Algumas crianças podem não apresentar
nenhum comprometimento intelectual.
23. Autismo e Hiperatividade são duas condições
neurológicas diferentes.
Autismo e comportamento hiperativo podem
coexistir.
Crianças com autismo podem ter: Sindrome
de Down, diabetes, deficiência auditiva e
outros quadros clínicos coexistentes.
25. -Intervenção Multiprofissional: neurologistas,
psicólogos, terapeutas ocupacionais,
fonoaudiólogos, pedagogos, professores...
- A Associação de Psiquiatria Americana (APA),
recomenda um tratamento de quarenta horas
semanais, ou seja, oito horas diárias.
28. Crianças com TEA possuem necessidades
educacionais especiais devido às condições
clínicas, comportamentais,cognitivas, de
linguagem e de adaptação social que
apresentam.
Precisam, muitas vezes, de adaptações
curriculares e de estratégias de manejo
adequadas.
29. Autoconhecimento de cada indivíduo:
Por que eu vou escolher ser professor(a)
desse aluno (a)?
Responsabilidade, Comprometimento,
Dedicação e Tolerância a Frustração.
31. 1-Entrevista Estruturada com a mãe, pai, babá,
outros cuidadores e profissionais envolvidos.
2-Observação Não Sistemática
3-Observação Sistemática
4-Definição dos Programas de Ensino
5-Registros
6- Avaliações Continuadas
32. - Investigar as habilidades e dificuldades do
aluno nas áreas de INTERAÇÃO SOCIAL,
COMUNICAÇÃO E COMPORTAMENTOS.
- Come sozinho? Usa o banheiro? Possui
comunicação alternativa? Autolesivos?
Heteroagressividade? Sensibilidade a algum
estímulo?
34. Senso –Percepção
-Visual, auditiva,
gustativa, olfativa,
tátil.
Comportamento
Exploratório
Procura de Objetos
Uso Funcional de
BrinquedosImitação
Motora
Emparelhamento
Atividades de Vida
Diária: Autocuidado,
pedir para ir ao
banheiro, uso do vaso
sanitário
Reconhecer
e Expressar
Sentimentos
35. Compreensão
verbal
Expressão
Verbal
- Atendimento de
ordens
- Identificação de
objetos
- Identificação de partes
do corpo, pessoas e
ações
-Imitação Oral de
palavras
-Nomeação de Pessoas,
objetos e ações
-Expressão gestual de
desejos e necessidades
-Sim/Não
37. -Para se trabalhar com ABA, é imprescindível
ter conhecimento sobre a Análise do
Comportamento (Sistema Teórico proposto por
B. F. Skinner).
- Brasil: Clínica Gradual, ITCR, Grupo Conduzir,
Núcleo Paradigma.
38. - O comportamento é uma ação ou atividade
do organismo e não uma característica.
Comportamento Rótulo
Bater nos colegas Agressivo
Não responde a
cumprimentos
Mal educado
Fala sobre o mesmo assunto Chato
39. 1-Entende o comportamento como uma
relação entre eventos:
2-Para que haja modificação do comportamento é
necessário que haja intervenção e mudança no
ambiente (antecedentes e comportamentos)
Antecedentes Comportamento Consequência
A B C
41. Antecedente Resposta Consequência
Profª dá instrução
para Fábio fazer a
tarefa
Fábio faz a tarefa A profª deu
parabéns a Fábio e
deixou ele montar
quebra-cabeças.
Profª dá instrução
para Bruno fazer a
tarefa
Bruno levanta da
mesa e sai
A professora
redireciona Bruno à
tarefa
42. Antecedente Resposta Consequência
Duas alunas
estavam tocando e
falando alto perto
de Joana
Joana se balança
repetidamente na
cadeira
Profª pede que as
alunas se afastem
Profª lê um texto
em voz alta
Rodrigo fala alto
em hora
incoveniente
Profª para de ler
para ouvir Rodrigo
Um aluno fez uma
pergunta ao
professor
João interrompe
incovenientement
Aluno para de
perguntar e deixa
João falar
43. 3- Para analisar um comportamento, observe o
que acontece antes e depois dele.
4- Deve-se reforçar imediatamente os
comportamentos adequados.
5- Não se deve reforçar um comportamento
inadequado (Limites e regras). Quando ele ocorrer,
deve-se mostrar para a criança o comportamento
adequado.
44. -É a adição de “algo” que resulte no fortalecimento
do comportamento pelas consequências positivas
que ele produz.
Reforçadores sociais –elogios variados, beijos,
abraços, pular, sorrir, pater palmas.
Reforçadores Atividades – brincar de bola, montar
quebra-cabeças, brincar de massinha, correr,
caminhar, bolhas de sabão
Refrçadores brinquedos e brindes: Carrinhos,
figuras, adesivos...
45. 1-Selecione o comportamento desejado, seja
específico. Deixe claro o comportamento que
está sendo reforçado.
2-O reforço, inicialmente deve ser usado logo
após o comportamento ocorrer. Depois,
gradualmente, deve-se ir atrasando-o.
3-Tenha atenção e sensibilidade para observar
quais reforços são mais adequados e
preferidos para a criança.
46. 4- O tom da voz deve ser consistente com a
mensagem (Elogio- alegre, Tente outra vez-
neutra, Não pode- mais grave e firme).
5-Varie as frases, o tom da voz e os
reforçadores (Parabéns, muito bem, jóia, legal)
6-Associe recompensas a elogios
(sensibilidade ao reforço social)
47. 7-Reforce repostas aproximadas ao
comportamento desejado. Não espere 100% de
êxito para mostrar sua aprovação. (Ex: a
criança pode demorar muito a ficar totalmente
calma, reforçe a redução do choro)
8-Muito Cuidado! Reforço pode ensinar
comportamentos adequados e inadequados
também.
48. 9- A criança só deve ter acesso ao reforçador
se cumprir o objetivo.
10-Temos que reforçar comportamentos
adequados e a ausência de comportamentos
inadequados.
49. “Imagine chegar em um país onde você não entende a língua
e não conhece os costumes – e ninguém entende o que você
quer ou precisa. Você,na tentativa de se organizar e entender
esse ambiente, provavelmente apresentará comportamentos
que os nativos acharão estranhos.
Imagine agora que você tenha sorte e consiga um professor
que seja paciente, organizado e motivado a gastar todo o
tempo necessário para trabalhar individualmente com você e
ajudá-lo a dominar a língua e aprender os costumes desse
país estranho. É isso que um bom programa de ABA pode
fazer.”
Help Us Learn, 2004.
50.
51.
52. Manejo comportamental de crianças com Transtornos do Espectro
do Autismo em condição de inclusão escolar : guia de orientação a
professores [livro eletrônico]. -- São Paulo : Memnon, 2014.
1.004,23 Kb ; PDF;Vários colaboradores.Bibliografia.ISBN 978-85-
7954-053-0