Aborda aspectos relativos a empresa de cosméticos Natura, sua linha Ekos e a utilização de matérias primas de origem da flora dos principais biomas brasileiros, em especial da Amazônia, contribuindo para a sustentabilidade.
4. A marca Natura Ekos possui um modelo pioneiro de fazer negócios de forma
sustentável. Desenvolvemos produtos que ajudam a manter a floresta em pé,
em parceria com 23 comunidades rurais*, envolvendo um total de 2.731
famílias*. São 14 ativos da biodiversidade brasileira, cujo fornecimento e
repartição de benefícios já geraram recursos de mais de R$ 20 milhões.
Dessa forma, Natura Ekos apoia o desenvolvimento social, o fortalecimento
da economia, a inclusão social e a sustentabilidade ambiental de todas as
comunidades envolvidas, construindo uma rede em que todo mundo ganha.
Clique em algumas das comunidades parceiras da Natura para saber mais:
Fundada no ano 2000 e localizada ao sul da Bahia, a comunidade cultiva
cacau orgânico em sistemas agroflorestais. A missão da cooperativa é o
fomento à agricultura sustentável nas propriedades dos cooperados.
Esta comunidade do Pará é parceira no cultivo de priprioca e estoraque. O
relacionamento entre Campo Limpo – Natura existe desde 2003, e com esta
parceria a comunidade conseguiu desenvolver e incrementar sua produção
sustentável.
Localizada no Pará, é a cooperativa pioneira no fornecimento para a linha
Natura Ekos, que inovou nos padrões de qualidade para a venda de açaí
orgânico.
Fica na Ilha de Cotijuba, próximo a Belém do Pará, cultiva priprioca e se
orgulha de fazer parte do Movimento das Mulheres das Ilhas de Belém
(MMIB), que busca novos referenciais socioeconômicos para a região e
respeito à diversidade como base para a construção da cidadania e do
desenvolvimento sustentável.
A cooperativa fica no município de Laranjal do Jari, no Amapá e é especialista
em castanha-do-brasil e breu-branco. Nela trabalham 32 famílias, que têm na
coleta e processamento da castanha sua principal atividade econômica.
A noroeste de Rondônia está a comunidade responsável pelo cupuaçu. Os
agricultores da Reca recuperam áreas desmatadas da floresta com espécies
locais, criando sistemas agroflorestais, que eles gostam de chamar de
florestas de alimentos.
*Dados atualizados em Dezembro de 2011.
5. Matérias primas da
biodiversidade brasileira
Os produtos da linha Natura Ekos buscam na biodiversidade brasileira as
matérias-primas que compõem suas fórmulas. Assim, folhas, frutos,
amêndoas, sementes e raízes da flora mais diversa do planeta passam a ser
conhecidos como ativos, pois se tornam os principais ingredientes de
shampoos, condicionadores, sabonetes, hidratantes, óleos e frescores do vasto
portfólio da marca.
Mas não só isso. Através dos ativos de Natura Ekos, nos reconectamos com a
natureza. Suas cores, sabores e aromas evocam a exuberância das matas e
florestas e a diversidade de espécies de nosso país, cada uma com suas
qualidades e virtudes únicas. Os ativos também contam histórias, falam de
costumes nacionais, como o gosto por banhos diários e refrescantes,
descrevem paisagens e biomas do Brasil, religam-nos às tradições orais do
interior e narram a vida das populações que souberam preservar os tesouros
naturais desse vasto território.
Aqui você conhece um pouco mais sobre a tradição de cada um dos 14 ativos
da linha.
Rico em vitaminas, este fruto de rubros tons traz saúde para os povos da
floresta. É sinônimo de alimentação, cuidado e sabor. O óleo de açaí contém
um extrato aromático com propriedades emolientes e hidratantes para a pele.
A andiroba é conhecida como o “santo remédio da floresta”. De sua árvore,
aproveitam-se casca, folhas e o óleo das sementes para diversos fins
medicinais.
É uma resina de odor natural, agradável e fresco, que nasce do núcleo do
tronco de uma árvore de mesmo nome, nativa da floresta Amazônica. Sua
fragrância surpreende pelo frescor.
6. Típico do Cerrado, tudo se aproveita desse fruto: caule, palha e polpa. A
polpa do buriti é bastante utilizada na culinária para fazer doce, geléia,
bolos e suco. Também é dela que se extrai um óleo avermelhado rico em
betacaroteno.
Esse fruto é muito valorizado por suas sementes guardarem uma
manteiga preciosa e exclusiva com propriedades excepcionais. O poder
surpreendente de hidratação nesta polpa é popularmente reconhecido.
A tradição reserva às mulheres a função de ralar e espremer a castanha,
transformando-a em um leite nutritivo que alimenta e fortalece as
pessoas das comunidades da floresta. O óleo de castanha tem
propriedades hidratantes e emolientes.
O cupuaçu é fonte primária na alimentação das populações locais. De sua
polpa cremosa e de sabor exótico são feitos doces e suco, além de poder
ser produzido um extrato aromático utilizado para perfumação.
Originário da África e cultivado do norte ao sudeste do Brasil, o
estoraque se adapta a regiões ensolaradas e quentes.
Com sabor de ponta azeda e poder calmante, a polpa do maracujá serve
como alimento, enquanto seu óleo, retirado das sementes, é utilizado em
cosméticos de textura leve e fragrância refrescante.
Com grande poder de adstringência, o mate verde, originário da Mata
Atlântica, mais exatamente da região Sul do País, promove uma suave
sensação de frescor na pele.
Ricas em canais aromáticos, as folhas de pitanga são popularmente
colocadas em cestos ou usadas em procissões para que seu perfume
fresco contagie o ambiente.
É o principal ingrediente de um bom banho de cheiro. Seu óleo essencial
é extraído da raiz, gerando uma pequena quantidade do líquido raro e de
aroma único.
7. Biomas brasileiros
Segundo a definição do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), o bioma é um conjunto de espécies
animais e vegetais que vivem em formações vegetais
vizinhas em um território que possui condições climáticas
similares e história compartilhada de mudanças ambientais,
o que resulta em uma diversidade biológica própria.
O bioma pode ser nomeado em função da vegetação
predominante (caso da amazônia, cerrado e mata
atlântica), relevo (pantanal), condições climáticas (exemplo
da caatinga no semiárido nordestino) ou meio físico (bioma
zonas costeira e marinha).
No mapa de biomas brasileiros, lançado pelo IBGE em
2004, um mesmo bioma contém paisagens distintas da
vegetação dominante. É o caso dos campos e manchas de
cerrado existentes na amazônia. Ao considerar
ecossistemas distintos do predominante em um mesmo
bioma, tenta-se mostrar que eles precisam ser tratados de
maneira integrada. O que afeta um ecossistema provoca
impactos em outros ecossistemas vizinhos, mesmo que o
primeiro não seja a paisagem preponderante.
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9. Amazônia
Com 4,2 milhões de quilômetros quadrados, a amazônia é o maior
bioma brasileiro, representando 49% do território nacional. A
vegetação dominante é a floresta amazônica, tropical úmida, com
árvores de médio e grande porte que mantêm suas folhas o ano
inteiro.
É por causa da amazônia que o Brasil ocupa a posição de país mais
megadiverso. Só nesse bioma há quase 30 mil espécies de plantas,
ou metade das espécies vegetais existentes no país e 20% das
espécies de plantas da Terra. A fauna compreende 4.211 espécies,
80% das espécies animais do Brasil e 9% do total mundial. Sua rica
fauna e flora comprovam a importância da amazônia para a
conservação da biodiversidade no globo terrestre.
Outro serviço ambiental estratégico para o planeta é prestado na
área climática. Boa parte das chuvas que caem nas regiões Centro-
Oeste, Sudeste e Sul do Brasil e na Argentina, Paraguai e Uruguai
tem origem no sistema de evaporação e transpiração das plantas e
árvores amazônicas. A relação do bioma com o clima também
ocorre na limpeza de dióxido de carbono (CO2) da atmosfera,
contribuindo para atenuar o aquecimento global.
Da amazônia vêm dez ativos usados nos produtos Natura
Ekos: açaí, andiroba, breu branco, cacau, castanha, cupuaçu,
estoraque, maracujá, murumuru e priprioca.
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14. Cerrado
O cerrado hospeda as nascentes dos principais rios
brasileiros. Apenas essa informação já é suficiente para
justificar a necessidade de conservação da vegetação,
que retém no solo as águas das chuvas, ajudando na
reposição de água nas nascentes. A cobertura vegetal
também protege o solo das enxurradas.
O cerrado típico possui árvores baixas de troncos
tortuosos e galhos retorcidos que se encontram esparsas
em meio a arbustos e a um tapete de gramíneas.
Profundas, as raízes das árvores atingem de 15 a 20
metros, condição que lhes permite absorver água do
lençol freático e sobreviver na estação quente e seca.
Do cerrado vem um ativo usado nos produtos Natura
Ekos: o buriti.
15. Mata Atlântica
A mata atlântica é um dos biomas com maior diversidade
de espécies vegetais e animais do planeta. É, também, um
dos que possui as mais elevadas taxas de endemismo
(espécies que são exclusivas de um bioma). Ela esparrama-
se por 17 Estados, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande
do Sul, acompanhando o litoral brasileiro, com diversos
tipos de vegetação, clima, relevo, ecossistemas e fauna.
Calor intenso e chuvas volumosas favorecem o
desenvolvimento de plantas e animais em abundância. Das
cerca de 20 mil espécies de planta lá conhecidas, oito mil
são endêmicas (40% do total). Entre árvores de destaque
no bioma, estão o jequitibá-rosa, o pinheiro-do-paraná, o
cedro, as figueiras, os ipês, a braúna e o pau-brasil.
Observando a fauna atlântica como um todo, a taxa de
endemismo continua bastante elevada. Das 1.361 espécies
animais, 567 habitam apenas no bioma atlântico, de acordo
com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis (Ibama).
Da mata atlântica vêm quatro ativos usados nos produtos
Natura Ekos: cacau, capim-limão, maracujá e pitanga.
16. Caatinga
A vegetação da Caatinga adaptou-se ao clima semiárido
do sertão nordestino (quente e seco) com arbustos e
árvores baixas de folhas finas ou inexistentes, o que
diminui a perda de água por evaporação. As chuvas são
irregulares, tornando os rios intermitentes e pouco
volumosos, e o solo, raso e pedregoso.
Apesar de ser o único bioma exclusivamente brasileiro, a
caatinga não foi reconhecida como patrimônio nacional
na Constituição promulgada em 1988, como ocorreu
com a floresta amazônica, o pantanal, a mata atlântica e
a zona costeira. É um dos biomas com menor proporção
de áreas protegidas, 6% de sua área total.
17. Pampas
O único bioma brasileiro situado nos limites de um único
Estado são os pampas, que ocupam a metade sul do Rio
Grande do Sul, ou 63% do território gaúcho. Predomina no
bioma a vegetação de campos, onde há muitos arbustos e
gramíneas.
Por não ser uma formação florestal, os pampas não têm
sido tratados como área prioritária para a conservação.
Menos de 1% de seu território está protegido por Unidades
de Conservação (UCs). A biodiversidade dos pampas tem
declinado bastante desde o começo da década de 1970 em
virtude da expansão acelerada da atividade agropecuária e,
nos últimos anos, pelo plantio de eucalipto.
Dos pampas vem um ativo usado nos produtos Natura
Ekos: o mate verde.
18. Pantanal
Estudo recente de um grupo de organizações não-
governamentais apontou que perto de 15% de sua
vegetação foi removida ou degradada, mas restam 85%
de mata intacta. O dado foi um dos resultados do
mapeamento da bacia do Alto Paraguai, onde está
localizada a planície pantaneira, concluído em 2009
pelas organizações Avina, Conservação Internacional,
Ecoa, SOS Mata Atlântica e WWF-Brasil.
Como seu solo é pobre e anualmente, durante a estação
chuvosa, o bioma é pouco propício à agricultura
comercial e à ocupação humana em larga escala. Uma
das maiores áreas alagadas do planeta, o pantanal
possui cerca de 140 mil quilômetros quadrados
distribuídos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
19. Zona Costeira e Marinha
Os oceanos desempenham papel fundamental no clima
da Terra, ao absorver um quarto do gás carbônico
lançado na atmosfera pela queima de carvão e derivados
de petróleo na geração de energia e pela destruição das
florestas. Sem isso, o efeito estufa seria muito mais
intenso com impactos ainda mais danosos à vida na
Terra.
Embora não constem no mapa de biomas do IBGE,
organizações não-governamentais, cientistas e órgãos
ambientais atuam nas zonas costeira e Marinha como se
fossem um bioma. Sua área de 4,5 milhões de
quilômetros quadrados equivale a mais de 50% do
território brasileiro, o que levou a Marinha a chamá-la de
Amazônia Azul.