SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 22
Teorias da Comunicação
Estudos Culturais Ingleses – I
Prof. Ms. Elizeu Silva
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
A perspectiva cultural inglesa surge no início dos anos 1960, na
Universidade de Birmingham, com a criação do Center for
Contemporary Cultural Studies (CCCS).
Desde o início estabelece uma linha interdisciplinar de investigação,
interessada em pensar as relações entre cultura e sociedade.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
A tradição do pensamento até então vigente nos estudos sobre
sociedade e cultura na Inglaterra apresentava uma visão
conservadora e elitista da cultura – lamentando o impacto da
Revolução Industrial sobre a cultura nacional. Na perspectiva desses
estudos, a industrialização comprometia a cultura.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Para Frank Raymond Leavis (1895-1978), defensor dos valores
culturais tradicionais, a cultura de massa industrialmente produzida
degrada a cultura nacional. Em 1932 ele funda a revista Scrutiny
como “tribuna de uma cruzada moral e intelectual contra o
‘embrutecimento’ praticado pela mídia e pela publicidade”, com
objetivo de deter a degenerescência da cultura.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Os estudos culturais inaugurados pelo CCCS participa do debate
relacionado ao papel da cultura nas sociedades, mas optam por uma
abordagem que incluía estudos sobre produção, consumo e
construção de sentidos dos bens culturais no seio das classes
populares. Representa, dessa forma, uma mudança de paradigma.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Três eixos fundadores do CCCS, estabelecidos nos
anos 1960, vão se opor frontalmente à perspectiva
elitista dos estudos da cultura até então
predominantes na Inglaterra:
Richard Hoggart defende em “As utilizações da
cultura” (1957) que a classe trabalhadora apresenta
um universo cultural próprio, não sendo adequado,
portanto, estudar este universo na perspectiva da
cultura de elite.
Richard Hoggart (1918-2014)
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Hoggart mostrou como a classe operária cria, no seu “encontro”
com os processos de industrialização e urbanização, formas
culturais específicas e, ao fazê-lo, mostrou que a produção e o
consumo culturais expressam as relações sociais básicas, as formas
de vida de uma dada sociedade. A cultura é vista como expressão
dos processos sociais básicos.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Hoggart interessa-se pelo modo como o desenvolvimento
industrial e tecnológico estavam transformando a cultura
como um todo.
Ele lamenta os efeitos dessa relação entre sociedade
industrial e cultura, mas rejeita uma postura determinista
sobre as relações entre cultura de massa e cultura da classe
operária.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Raymond Williams, em “Cultura e Sociedade”
(1958) defende que a cultura deve ser pensada
como todo um modo de vida, não se limitando a
aspectos como modo de morar, de se vestir ou de
ocupar o tempo de lazer.
Williams amplia a noção de cultura no intuito de
refletir sobre (e valorizar) a cultura da classe
trabalhadora.
Raymond Williams
(1921-1988)
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Para Williams, a cultura da classe trabalhadora é, antes de tudo,
social (no sentido em que cria instituições) do que individual
(ligada ao trabalho intelectual e imaginativo).
Considerada no contexto da sociedade, essa cultura representa uma
realização criadora notável.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Em 1969 a direção do CCCS é entregue ao
teórico cultural e sociólogo jamaicano Stuart
Hall, radicado em Londres desde 1951.
Stuart Hall permanece na direção do Centro até
1979, quando transfere a direção para Richard
Johnson.
As bases teóricas do CCCS foram, desde o
princípio, o marxismo, o estruturalismo e a
semiologia/semiótica.
Stuart Hall (1932-2014)
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
A teoria marxista vê a organização da vida social a partir das relações
entre a base e a superestrutura.
Por BASE (ou ESTRUTURA) referem-se às forças produtivas e às
relações sociais de produção. São as formas como os sujeitos se
organizam para conseguir os bens de que precisam para viver.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
A SUPERESTRUTURA diz respeito à dimensão ideológica que atua
como pano de fundo para as atividades da estrutura. Dela fazem parte
instituições políticas, concepções religiosas, sistemas culturais,
códigos morais e estéticos, sistemas legais, conhecimentos filosóficos
e científicos, e representações coletivas.
As ideias formadas na SUPERESTRUTURA adquirem efetividade na
BASE/ESTRUTURA.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Os Estudos Culturais assumem o modelo BASE-
SUPERESTRUTURA visando destacar a importância da
economia (e do capitalismo) na organização social.
Contudo, eles relativizam o papel da SUPERESTRUTURA
como determinante da cultura. Para eles, a cultura deve ser
pensada a partir de sua autonomia relativa: sofre, sim,
influência das relações econômicas, mas não pode ser
entendida como mero reflexo delas.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Inspirados no ESTRUTURALISMO, os teóricos de Birmingham
entendem a sociedade como uma totalidade complexa, cujas partes
se interligam em relação de dependência mútua.
A cultura, uma das partes da totalidade social, também é vista
como estrutura complexa que deve ser analisada a partir de suas
interconexões (internas e externas).
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Defendem que ela está relacionada à dimensão econômica da
sociedade, mas que deve ser pensada a partir de sua autonomia
relativa.
Na SEMIOLOGIA buscam referências para a compreensão da
cultura a partir das linguagens e da produção simbólica,
reconhecendo a heterogeneidade e a multiplicidade dos
significados.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Rejeitam a perspectiva Hipodérmica norteamericana baseada
na ideia de estímulo-resposta e na passividade das audiências.
Particularmente sob Stuart Hall, o CCCS como o campo da
cultura oferecia, ao mesmo tempo, instrumentos de dominação
pelas classes dominantes e recursos para a resistência e a luta.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Ao mesmo tempo em que olhavam para a opressão dos textos
(produtos culturais), os pesquisadores percebiam
possibilidades de resistência através de subculturas, de
condutas desviantes, de sociabilidades operárias.
Além de se dedicarem a essa perspectiva política da cultura,
os pesquisadores também ao papel do contexto sócio-histórico
na configuração dos produtos culturais.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
As pesquisas demonstram especial interesse para com a
recepção dos produtos culturais, considerando a subjetividade
das leituras e as estratégias interpretativas das audiências.
Destacam, dessa forma, aspectos das identidades, das
subjetividades, e das leituras que os sujeitos fazem dos
produtos culturais.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Os estudos de Birmingham vão gerar desdobramentos em
vários outros países, com destaque para os EUA, Austrália, no
Brasil e em outros países latino-americanos.
O interesse pela análise dos textos midiáticos, pelos estudos
de recepção, e pelos processos de construção de identidades
foi adotado por muitos estudiosos brasileiros.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Análises sobre televisão, cinema, rádio, jornal, envolvendo
discursos e recepção, bem como os contextos em que esses
meios se inserem surgiram no país a partir de contribuições da
perspectiva inglesa.
ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I
Bibliografia recomendada
FRANÇA, Vera V.; SIMÕES, Paula G. Curso básico de teorias da comunicação.
Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2016.
HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte:
Editora UFMG; Brasília: Representação da Unesco no Brasil, 2003.
SANTOS, J. L. O que é cultura. São Paulo, Col. Primeiros Passos, 16ª edição,
Ed. Brasiliense, 1996
WOLF, Mauro. Teorias da comunicação. Lisboa, Ed. Presença, 1999

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Pesquisa norte-americana - Teorias da comunicação
Pesquisa norte-americana - Teorias da comunicaçãoPesquisa norte-americana - Teorias da comunicação
Pesquisa norte-americana - Teorias da comunicaçãoLaércio Góes
 
Teoria Culturológica
Teoria CulturológicaTeoria Culturológica
Teoria Culturológicananasimao
 
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E GatekeeperAula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E GatekeeperRTimponi
 
Aula4 Pesquisa Norte Americana Modelo De Lasswell
Aula4 Pesquisa Norte Americana Modelo De LasswellAula4 Pesquisa Norte Americana Modelo De Lasswell
Aula4 Pesquisa Norte Americana Modelo De LasswellValéria da Costa
 
Teoria crítica - teorias da comunicação
Teoria crítica - teorias da comunicaçãoTeoria crítica - teorias da comunicação
Teoria crítica - teorias da comunicaçãoLaércio Góes
 
Cap.16: Sociologia da Comunicação
Cap.16: Sociologia da ComunicaçãoCap.16: Sociologia da Comunicação
Cap.16: Sociologia da Comunicaçãoroberto mosca junior
 
Panorama das Teorias das Comunicação
Panorama das Teorias das ComunicaçãoPanorama das Teorias das Comunicação
Panorama das Teorias das ComunicaçãoMarcelo Freire
 
Teoria hipodérmica outras abordagens
Teoria hipodérmica outras abordagensTeoria hipodérmica outras abordagens
Teoria hipodérmica outras abordagensrodcassio
 
Aula 10 Escola de Toronto e a Perspectiva Tecnológica
Aula 10   Escola de Toronto e a Perspectiva TecnológicaAula 10   Escola de Toronto e a Perspectiva Tecnológica
Aula 10 Escola de Toronto e a Perspectiva TecnológicaElizeu Nascimento Silva
 
Cultura da Internet - segundo M. Castells
Cultura da Internet - segundo M. CastellsCultura da Internet - segundo M. Castells
Cultura da Internet - segundo M. CastellsLuiz Agner
 
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01Elizeu Nascimento Silva
 
Os estudos da comunicação na américa latina
Os estudos da comunicação na américa latinaOs estudos da comunicação na américa latina
Os estudos da comunicação na américa latinaVirginia Gabriele
 
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva CulturológicaAula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva CulturológicaElizeu Nascimento Silva
 
Aula 12 Guy Debord - A sociedade do espetáculo
Aula 12 Guy Debord - A sociedade do espetáculoAula 12 Guy Debord - A sociedade do espetáculo
Aula 12 Guy Debord - A sociedade do espetáculoElizeu Nascimento Silva
 

Was ist angesagt? (20)

Pesquisa norte-americana - Teorias da comunicação
Pesquisa norte-americana - Teorias da comunicaçãoPesquisa norte-americana - Teorias da comunicação
Pesquisa norte-americana - Teorias da comunicação
 
Teoria Culturológica
Teoria CulturológicaTeoria Culturológica
Teoria Culturológica
 
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E GatekeeperAula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
Aula 3 Teoria Ii Agenda, Newsmaking E Gatekeeper
 
Aula 13 - Folkcomunicação
Aula 13 - FolkcomunicaçãoAula 13 - Folkcomunicação
Aula 13 - Folkcomunicação
 
Aula4 Pesquisa Norte Americana Modelo De Lasswell
Aula4 Pesquisa Norte Americana Modelo De LasswellAula4 Pesquisa Norte Americana Modelo De Lasswell
Aula4 Pesquisa Norte Americana Modelo De Lasswell
 
Teoria crítica - teorias da comunicação
Teoria crítica - teorias da comunicaçãoTeoria crítica - teorias da comunicação
Teoria crítica - teorias da comunicação
 
A teoria do agendamento ou agenda
A teoria do agendamento ou agendaA teoria do agendamento ou agenda
A teoria do agendamento ou agenda
 
Cap.16: Sociologia da Comunicação
Cap.16: Sociologia da ComunicaçãoCap.16: Sociologia da Comunicação
Cap.16: Sociologia da Comunicação
 
Panorama das Teorias das Comunicação
Panorama das Teorias das ComunicaçãoPanorama das Teorias das Comunicação
Panorama das Teorias das Comunicação
 
Teoria hipodérmica outras abordagens
Teoria hipodérmica outras abordagensTeoria hipodérmica outras abordagens
Teoria hipodérmica outras abordagens
 
Aula 10 Escola de Toronto e a Perspectiva Tecnológica
Aula 10   Escola de Toronto e a Perspectiva TecnológicaAula 10   Escola de Toronto e a Perspectiva Tecnológica
Aula 10 Escola de Toronto e a Perspectiva Tecnológica
 
Cultura da Internet - segundo M. Castells
Cultura da Internet - segundo M. CastellsCultura da Internet - segundo M. Castells
Cultura da Internet - segundo M. Castells
 
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01Aula 05   escola de frankfurt e teoria crítica 01
Aula 05 escola de frankfurt e teoria crítica 01
 
Mediação ou mediatização?
Mediação ou mediatização?Mediação ou mediatização?
Mediação ou mediatização?
 
Os estudos da comunicação na américa latina
Os estudos da comunicação na américa latinaOs estudos da comunicação na américa latina
Os estudos da comunicação na américa latina
 
Teoria da influência [efeitos limitados]
Teoria da influência [efeitos limitados]Teoria da influência [efeitos limitados]
Teoria da influência [efeitos limitados]
 
Teoria Critica e Escola de Frankfurt
Teoria Critica e Escola de FrankfurtTeoria Critica e Escola de Frankfurt
Teoria Critica e Escola de Frankfurt
 
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva CulturológicaAula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
Aula 09_Edgar Morin e a Perspectiva Culturológica
 
Aula 12 Guy Debord - A sociedade do espetáculo
Aula 12 Guy Debord - A sociedade do espetáculoAula 12 Guy Debord - A sociedade do espetáculo
Aula 12 Guy Debord - A sociedade do espetáculo
 
Cibercultura
CiberculturaCibercultura
Cibercultura
 

Ähnlich wie Aula 9B_Estudos Culturais Ingleses

Teoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VTeoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VHarutchy
 
Material 7 - Cultura e Antropologia.pptx
Material 7 -  Cultura e Antropologia.pptxMaterial 7 -  Cultura e Antropologia.pptx
Material 7 - Cultura e Antropologia.pptxWillianVieira54
 
Cultura e ideologia unidade 6 capitulo 18
Cultura e ideologia unidade 6 capitulo 18Cultura e ideologia unidade 6 capitulo 18
Cultura e ideologia unidade 6 capitulo 18Péricles Penuel
 
tcestudosculturais-150401100449-conversion-gate01.pptx
tcestudosculturais-150401100449-conversion-gate01.pptxtcestudosculturais-150401100449-conversion-gate01.pptx
tcestudosculturais-150401100449-conversion-gate01.pptxJooVictorBarroso2
 
SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaritabonadio
 
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSi sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaritabonadio
 
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...UNEB
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
Sociologia EJA CULTURA_aula_1
Sociologia  EJA CULTURA_aula_1Sociologia  EJA CULTURA_aula_1
Sociologia EJA CULTURA_aula_1Miro Santos
 
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)Leandro Lopes
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.pptMARIADAASSUNOSIMOESF
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.pptAleTavares2
 
Trabalho de sociologia
Trabalho de sociologiaTrabalho de sociologia
Trabalho de sociologiaEdvilson Itb
 
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educaçãoReflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educaçãoProfessor Gilson Nunes
 
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASSA CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASSDomingosJunior22
 

Ähnlich wie Aula 9B_Estudos Culturais Ingleses (20)

Teoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VTeoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade V
 
Cultura e vida social
Cultura e vida socialCultura e vida social
Cultura e vida social
 
Material 7 - Cultura e Antropologia.pptx
Material 7 -  Cultura e Antropologia.pptxMaterial 7 -  Cultura e Antropologia.pptx
Material 7 - Cultura e Antropologia.pptx
 
Cultura e ideologia unidade 6 capitulo 18
Cultura e ideologia unidade 6 capitulo 18Cultura e ideologia unidade 6 capitulo 18
Cultura e ideologia unidade 6 capitulo 18
 
Estudos Culturais
Estudos CulturaisEstudos Culturais
Estudos Culturais
 
Sociologia v
Sociologia vSociologia v
Sociologia v
 
tcestudosculturais-150401100449-conversion-gate01.pptx
tcestudosculturais-150401100449-conversion-gate01.pptxtcestudosculturais-150401100449-conversion-gate01.pptx
tcestudosculturais-150401100449-conversion-gate01.pptx
 
SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
SI sobre cultura popular tradicional e música folclórica
 
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclóricaSi sobre cultura popular tradicional e música folclórica
Si sobre cultura popular tradicional e música folclórica
 
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...Entre a fé  e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990  ...
Entre a fé e a folia festas de reis realizadas em conceição do coité (1990 ...
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
Sociologia EJA CULTURA_aula_1
Sociologia  EJA CULTURA_aula_1Sociologia  EJA CULTURA_aula_1
Sociologia EJA CULTURA_aula_1
 
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
Estudos culturais ana carolina escosteguy (Willian)
 
CCM. CULTURA E IDENTIDADE
CCM. CULTURA E IDENTIDADECCM. CULTURA E IDENTIDADE
CCM. CULTURA E IDENTIDADE
 
CULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIA
CULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIACULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIA
CULTURA, DOMINAÇÃO E IDEOLOGIA
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
 
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
1.-A-educacao-como-objeto-de-estudo-sociologico.ppt
 
Trabalho de sociologia
Trabalho de sociologiaTrabalho de sociologia
Trabalho de sociologia
 
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educaçãoReflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
Reflexão epistemológica dos estudos culturais numa perspectiva da educação
 
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASSA CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
A CRÍTICA DE NIETZSCHE À CULTURA DE MASS
 

Mehr von Elizeu Nascimento Silva

Aula 14 Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
Aula 14   Armand Mattelart - Globalização da ComunicaçãoAula 14   Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
Aula 14 Armand Mattelart - Globalização da ComunicaçãoElizeu Nascimento Silva
 
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasAula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasElizeu Nascimento Silva
 
Aula 07 teorias do jornalismo jornalismo de dados
Aula 07   teorias do jornalismo jornalismo de dadosAula 07   teorias do jornalismo jornalismo de dados
Aula 07 teorias do jornalismo jornalismo de dadosElizeu Nascimento Silva
 
Aula 02 Edição de Revistas - Público-alvo
Aula 02   Edição de Revistas - Público-alvoAula 02   Edição de Revistas - Público-alvo
Aula 02 Edição de Revistas - Público-alvoElizeu Nascimento Silva
 
Aula 04 ética e legislação Jornalismo
Aula 04   ética e legislação JornalismoAula 04   ética e legislação Jornalismo
Aula 04 ética e legislação JornalismoElizeu Nascimento Silva
 

Mehr von Elizeu Nascimento Silva (20)

Unidade 03 Ainda a tal objetividade
Unidade 03 Ainda a tal objetividadeUnidade 03 Ainda a tal objetividade
Unidade 03 Ainda a tal objetividade
 
Unidade02 quem fala no jornalismo
Unidade02 quem fala no jornalismoUnidade02 quem fala no jornalismo
Unidade02 quem fala no jornalismo
 
Aula 15 A Sociedade em Rede
Aula 15   A Sociedade em RedeAula 15   A Sociedade em Rede
Aula 15 A Sociedade em Rede
 
Aula 14 Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
Aula 14   Armand Mattelart - Globalização da ComunicaçãoAula 14   Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
Aula 14 Armand Mattelart - Globalização da Comunicação
 
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneasAula 06   teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
Aula 06 teorias do jornalismo hipóteses contemporâneas
 
Aula 07 teorias do jornalismo jornalismo de dados
Aula 07   teorias do jornalismo jornalismo de dadosAula 07   teorias do jornalismo jornalismo de dados
Aula 07 teorias do jornalismo jornalismo de dados
 
Aula 03 - Fórmula Editorial
Aula 03 - Fórmula EditorialAula 03 - Fórmula Editorial
Aula 03 - Fórmula Editorial
 
Aula 02 Edição de Revistas - Público-alvo
Aula 02   Edição de Revistas - Público-alvoAula 02   Edição de Revistas - Público-alvo
Aula 02 Edição de Revistas - Público-alvo
 
Aula 01 edição de revistas
Aula 01   edição de revistasAula 01   edição de revistas
Aula 01 edição de revistas
 
Aula 03 ética e legislação jor
Aula 03   ética e legislação jorAula 03   ética e legislação jor
Aula 03 ética e legislação jor
 
Aula 04 ética e legislação Jornalismo
Aula 04   ética e legislação JornalismoAula 04   ética e legislação Jornalismo
Aula 04 ética e legislação Jornalismo
 
Aula 05 Briefing
Aula 05   BriefingAula 05   Briefing
Aula 05 Briefing
 
Aula 04 - Infodesign - Alfabeto-padrão
Aula 04 - Infodesign - Alfabeto-padrãoAula 04 - Infodesign - Alfabeto-padrão
Aula 04 - Infodesign - Alfabeto-padrão
 
Aula 03 - Infodesign - Cor-padrão
Aula 03 - Infodesign - Cor-padrãoAula 03 - Infodesign - Cor-padrão
Aula 03 - Infodesign - Cor-padrão
 
Aula 02 impressão de dados variáveis
Aula 02   impressão de dados variáveisAula 02   impressão de dados variáveis
Aula 02 impressão de dados variáveis
 
Aula 02 infodesign
Aula 02   infodesignAula 02   infodesign
Aula 02 infodesign
 
Aula 01 Infodesign
Aula 01   InfodesignAula 01   Infodesign
Aula 01 Infodesign
 
Aula 06 linguagem visual
Aula 06   linguagem visualAula 06   linguagem visual
Aula 06 linguagem visual
 
Aula 05 linguagem visual
Aula 05   linguagem visualAula 05   linguagem visual
Aula 05 linguagem visual
 
Aula 07 impressão 3 d
Aula 07   impressão 3 dAula 07   impressão 3 d
Aula 07 impressão 3 d
 

Kürzlich hochgeladen

Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxFlviaGomes64
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdfmarlene54545
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxMARIADEFATIMASILVADE
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfHELENO FAVACHO
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...HELENO FAVACHO
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*Viviane Moreiras
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Maria Teresa Thomaz
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...marcelafinkler
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfcomercial400681
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptxJssicaCassiano2
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxTailsonSantos1
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxReinaldoMuller1
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do séculoBiblioteca UCS
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAssuser2ad38b
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptxGÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
GÊNERO CARTAZ - o que é, para que serve.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptxOs editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
Os editoriais, reportagens e entrevistas.pptx
 
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptxSeminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
Seminário Biologia e desenvolvimento da matrinxa.pptx
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do séculoSistema de Bibliotecas UCS  - Cantos do fim do século
Sistema de Bibliotecas UCS - Cantos do fim do século
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVAEDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
 

Aula 9B_Estudos Culturais Ingleses

  • 1. Teorias da Comunicação Estudos Culturais Ingleses – I Prof. Ms. Elizeu Silva
  • 2. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I A perspectiva cultural inglesa surge no início dos anos 1960, na Universidade de Birmingham, com a criação do Center for Contemporary Cultural Studies (CCCS). Desde o início estabelece uma linha interdisciplinar de investigação, interessada em pensar as relações entre cultura e sociedade.
  • 3. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I A tradição do pensamento até então vigente nos estudos sobre sociedade e cultura na Inglaterra apresentava uma visão conservadora e elitista da cultura – lamentando o impacto da Revolução Industrial sobre a cultura nacional. Na perspectiva desses estudos, a industrialização comprometia a cultura.
  • 4. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Para Frank Raymond Leavis (1895-1978), defensor dos valores culturais tradicionais, a cultura de massa industrialmente produzida degrada a cultura nacional. Em 1932 ele funda a revista Scrutiny como “tribuna de uma cruzada moral e intelectual contra o ‘embrutecimento’ praticado pela mídia e pela publicidade”, com objetivo de deter a degenerescência da cultura.
  • 5. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Os estudos culturais inaugurados pelo CCCS participa do debate relacionado ao papel da cultura nas sociedades, mas optam por uma abordagem que incluía estudos sobre produção, consumo e construção de sentidos dos bens culturais no seio das classes populares. Representa, dessa forma, uma mudança de paradigma.
  • 6. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Três eixos fundadores do CCCS, estabelecidos nos anos 1960, vão se opor frontalmente à perspectiva elitista dos estudos da cultura até então predominantes na Inglaterra: Richard Hoggart defende em “As utilizações da cultura” (1957) que a classe trabalhadora apresenta um universo cultural próprio, não sendo adequado, portanto, estudar este universo na perspectiva da cultura de elite. Richard Hoggart (1918-2014)
  • 7. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Hoggart mostrou como a classe operária cria, no seu “encontro” com os processos de industrialização e urbanização, formas culturais específicas e, ao fazê-lo, mostrou que a produção e o consumo culturais expressam as relações sociais básicas, as formas de vida de uma dada sociedade. A cultura é vista como expressão dos processos sociais básicos.
  • 8. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Hoggart interessa-se pelo modo como o desenvolvimento industrial e tecnológico estavam transformando a cultura como um todo. Ele lamenta os efeitos dessa relação entre sociedade industrial e cultura, mas rejeita uma postura determinista sobre as relações entre cultura de massa e cultura da classe operária.
  • 9. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Raymond Williams, em “Cultura e Sociedade” (1958) defende que a cultura deve ser pensada como todo um modo de vida, não se limitando a aspectos como modo de morar, de se vestir ou de ocupar o tempo de lazer. Williams amplia a noção de cultura no intuito de refletir sobre (e valorizar) a cultura da classe trabalhadora. Raymond Williams (1921-1988)
  • 10. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Para Williams, a cultura da classe trabalhadora é, antes de tudo, social (no sentido em que cria instituições) do que individual (ligada ao trabalho intelectual e imaginativo). Considerada no contexto da sociedade, essa cultura representa uma realização criadora notável.
  • 11. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Em 1969 a direção do CCCS é entregue ao teórico cultural e sociólogo jamaicano Stuart Hall, radicado em Londres desde 1951. Stuart Hall permanece na direção do Centro até 1979, quando transfere a direção para Richard Johnson. As bases teóricas do CCCS foram, desde o princípio, o marxismo, o estruturalismo e a semiologia/semiótica. Stuart Hall (1932-2014)
  • 12. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I A teoria marxista vê a organização da vida social a partir das relações entre a base e a superestrutura. Por BASE (ou ESTRUTURA) referem-se às forças produtivas e às relações sociais de produção. São as formas como os sujeitos se organizam para conseguir os bens de que precisam para viver.
  • 13. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I A SUPERESTRUTURA diz respeito à dimensão ideológica que atua como pano de fundo para as atividades da estrutura. Dela fazem parte instituições políticas, concepções religiosas, sistemas culturais, códigos morais e estéticos, sistemas legais, conhecimentos filosóficos e científicos, e representações coletivas. As ideias formadas na SUPERESTRUTURA adquirem efetividade na BASE/ESTRUTURA.
  • 14. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Os Estudos Culturais assumem o modelo BASE- SUPERESTRUTURA visando destacar a importância da economia (e do capitalismo) na organização social. Contudo, eles relativizam o papel da SUPERESTRUTURA como determinante da cultura. Para eles, a cultura deve ser pensada a partir de sua autonomia relativa: sofre, sim, influência das relações econômicas, mas não pode ser entendida como mero reflexo delas.
  • 15. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Inspirados no ESTRUTURALISMO, os teóricos de Birmingham entendem a sociedade como uma totalidade complexa, cujas partes se interligam em relação de dependência mútua. A cultura, uma das partes da totalidade social, também é vista como estrutura complexa que deve ser analisada a partir de suas interconexões (internas e externas).
  • 16. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Defendem que ela está relacionada à dimensão econômica da sociedade, mas que deve ser pensada a partir de sua autonomia relativa. Na SEMIOLOGIA buscam referências para a compreensão da cultura a partir das linguagens e da produção simbólica, reconhecendo a heterogeneidade e a multiplicidade dos significados.
  • 17. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Rejeitam a perspectiva Hipodérmica norteamericana baseada na ideia de estímulo-resposta e na passividade das audiências. Particularmente sob Stuart Hall, o CCCS como o campo da cultura oferecia, ao mesmo tempo, instrumentos de dominação pelas classes dominantes e recursos para a resistência e a luta.
  • 18. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Ao mesmo tempo em que olhavam para a opressão dos textos (produtos culturais), os pesquisadores percebiam possibilidades de resistência através de subculturas, de condutas desviantes, de sociabilidades operárias. Além de se dedicarem a essa perspectiva política da cultura, os pesquisadores também ao papel do contexto sócio-histórico na configuração dos produtos culturais.
  • 19. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I As pesquisas demonstram especial interesse para com a recepção dos produtos culturais, considerando a subjetividade das leituras e as estratégias interpretativas das audiências. Destacam, dessa forma, aspectos das identidades, das subjetividades, e das leituras que os sujeitos fazem dos produtos culturais.
  • 20. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Os estudos de Birmingham vão gerar desdobramentos em vários outros países, com destaque para os EUA, Austrália, no Brasil e em outros países latino-americanos. O interesse pela análise dos textos midiáticos, pelos estudos de recepção, e pelos processos de construção de identidades foi adotado por muitos estudiosos brasileiros.
  • 21. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Análises sobre televisão, cinema, rádio, jornal, envolvendo discursos e recepção, bem como os contextos em que esses meios se inserem surgiram no país a partir de contribuições da perspectiva inglesa.
  • 22. ESTUDOS CULTURAIS INGLESES – I Bibliografia recomendada FRANÇA, Vera V.; SIMÕES, Paula G. Curso básico de teorias da comunicação. Belo Horizonte: Editora Autêntica, 2016. HALL, Stuart. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da Unesco no Brasil, 2003. SANTOS, J. L. O que é cultura. São Paulo, Col. Primeiros Passos, 16ª edição, Ed. Brasiliense, 1996 WOLF, Mauro. Teorias da comunicação. Lisboa, Ed. Presença, 1999