DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
Pesquisa células tronco2
1. CURSO WEB 2.0 – TURMA2
Projeto de Aprendizagem: Células - tronco
Membros da Equipe: Andrea da Rosa Luz
Elisete Ap. De Arruda Branco
Rosélis Regina Wegne
1.QUESTÃO NORTEADORA: Quais são as pesquisas em relação às células-tronco no Brasil?
2.O que já sabemos sobre o assunto:
a) Células -tronco são células que tem a capacidade de originar outros tecidos e órgãos.
b) Estas células são encontradas no cordão umbilical, na medula, no embrião.
c) Já existem experiências realizadas para a cura de doenças cardíacas.
3.Produção do Mapa Conceitual a partir das palavras-chaves do item 2.
4. O que queremos saber sobre este assunto?
a) Já existem pesquisas com células-tronco relacionadas à Fibrose Cística em nosso país?
(Roséles)
b) Como se encontram as pesquisas sobre a cura da diabetes com células-tronco? (Elisete)
c) Existem pesquisas relacionadas à reconstituição de cartilagens com células-tronco?
(Andréa)
Andréa:
Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biologia Molecular em Cartilagem da Faculdade de
Ciências Médicas (FCM) da Unicamp conseguiu diferenciar, a partir de células-tronco do sangue
do cordão umbilical, as células responsáveis pela formação da cartilagem. A pesquisa, coordenada
pelo médico reumatologista e professor do Departamento de Clínica Médica da FCM Ibsen Bellini
2. Coimbra, abre novas perspectivas para o tratamento da artrose, hérnia de disco e lesões em
atletas.
Em 2002, com a criação do Laboratório de Biologia Molecular em Cartilagem, pesquisadores
começaram a estudar os condrócitos, células que compõem a cartilagem. Para isso, os cientistas
começaram a analisar a influência das diferentes citocinas presentes no sangue de pacientes com
artrose para entender como esses fatores atuavam nas células. As citocinas são proteínas que
modulam a função de outras células – ou da própria célula que as geraram. Esta foi a primeira linha
de pesquisa do Laboratório.
"A artrose é uma doença sem nenhum tratamento específico que modifique sua evolução.
Por isso, diversas pesquisas no Brasil e no Exterior buscam entender o funcionamento das células
para desenvolver novos tratamentos", observa Ibsen.
Ibsen é muito cauteloso quanto às previsões sobre o uso imediato das células-tronco. O
próximo passo da pesquisa será o estudo clínico para a sua aplicação no reparo da artrose. A
idéia é induzir a doença em camundongos e tratar da lesão com a implantação das células-tronco
de seres humanos nesse tipo de vetor biológico.
(Disponível em 30/09/11 às 7h 50 m: http://wulgacao/2008/05/05/celulas-tronco-viram-celulas-que-
formam-cartilagem).ww.unicamp.br/unicamp/div
célula-trnco
As pesquisas sobre a cura da diabetes com células-tronco trazem resultados surpreendentes como se
observa na pesquisa abaixo colacionada de autoria de Pablo de Moraes, de 13/05/2009, podendo ser
encontrada em : http://www.endocrino.org.br/pesquisas-com-celulas-tronco-no-tratamento-do-
diabetes/. Acessado em 30 de set. de 2011.
Vejamos:
Pesquisas com Células-tronco no Tratamento do Diabetes
Descobertas recentes e estudos bem sucedidos estão fazendo a ciência mundial voltarem os olhos para o
Brasil. É que uma equipe de cientistasda Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, tem conseguido
resultados surpreendentes em pesquisas com células-tronco e, devido ao sucesso, mereceram destaque
em importantes periódicos mundiais, entre eles o Jama (Journal of the American Medical Association).
As novidades foram apresentadas recentemente, durante palestra no Instituto Estadual de Diabetes e
Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), no Rio de Janeiro, feita pelo Dr. Eduardo Couri, um dos
líderesdas pesquisas.
Células-tronco Hematopoéticas
Um dos protocolos apresentados foi o “Transplante Autólogo de Células-tronco Hematopoéticas em
Pacientes com DM1 Recém-Diagnosticado”. De acordo o Dr. Eduardo Couri, é feita inicialmente uma coleta
de células-troncohematopoéticas e, em seguida, elas são congeladas. Após duas semanas, faz-se a
imunossupressão severa com o intuito de destruir completamente o sistema imunológico “defeituoso”da
pessoa com diabetes.
3. “É como se fosse um desligamento do sistema imunológico, com quimioterapia, em ambiente
hospitalar, usando drogas como ciclofosfamida e globulina antitimocitária endovenosas, durante cinco dias”,
explica o doutor.
Segundo ele, depois o sistema imunológico é “religado” com o usodas células-tronco hematopoéticas do
próprio paciente. “Ocorre o que chamamos de ‘reset imunológico’, fazendo com que o sistema
imunológico pare de agredir as células-beta pancreáticas. Assim, o restantedas células-beta, que ainda
não foram destruídas, tendem a produzir insulina de forma adequada novamente”, afirma. “É por isso que
trabalhamos apenas com pessoas no início do diabetes, com idade entre 12 e 35 anos, com menos de seis
semanas de diagnóstico”, completa.
O método apresentou ótimos resultados:das 23 pessoas que participaram do processo, 20 deixaram de
usar insulina em algum momento, sendo que 12 mantiveram a liberdade continuamente e 8
transitoriamente. “Elas não estão curadas, mas sim controladas e livresda insulina. Elas passaram por
uma reeducação alimentar e atualmente monitoram a glicemia diariamente e praticam atividades físicas
constantemente”, diz o doutor.
Segue uma entrevista com o prof, Dr.Milton C. Foss sobre a diferença entre a diabete tipo 1 e a
diabete tipo 2 e como obter células-tronco para a utilização em pesquisas.
Entrevista:
Jornal Dia a Dia: Inicialmente, como definir células tronco?
Prof. Dr. Milton C. Foss: Células tronco são também conhecidas como células mãe ou células
progenitoras. São assim chamadas porque apresentam duas propriedades básicas, a capacidade
de se dividir indefinidamente produzindo uma população de células idênticas e a capacidade de
diferenciarem-se em células de outras linhagens com características diversas das células mãe.
JDD: Como obter células tronco para utilização em pesquisas?
MCF: O local clássico e mais estudado onde se pode evidenciar a presença das células tronco é o
embrião. Vale ressaltar que, a partir de uma única célula embrionária, desenvolve-se o organismo
adulto completo, composto de inúmeros tecidos. Sabe-se que as células tronco também são
encontradas no cordão umbilical, placenta e órgãos adultos, como o pâncreas, o fígado, o baço e
a medula óssea. Todas essas células são atualmente alvo universal de pesquisas.
JDD: Que se espera de seu uso para pacientes com diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2?
MCF: O uso principal dessas células destina-se ao tratamento do diabetes mellitus tipo 1 onde
há uma destruição auto imune das células pancreáticas produtoras de insulina. O principal
objetivo da utilização de células tronco no diabetes tipo 1 é a possibilidade de manter os
pacientes sob bom controle da glicemia, sem necessidade de aplicações diárias de insulina.
No caso do diabetes mellitus tipo 2, o principal defeito está em que a insulina produzida pelo
organismo não consegue atuar convenientemente nas células do organismo, promovendo a
entrada da glicose para o interior das células. O principal fator precipitante do diabetes tipo 2 no
ser humano é a obesidade. Portanto, o tratamento mais importante e mais eficaz consiste, e
sempre consistirá, na prevenção. Isto se alcança por meio da adoção de hábitos de vida
saudáveis, como alimentação adequada e atividade física regular.
JDD: Quais pacientes estão sendo estudados na FMRP- USP: os já diabéticos ou os pré-
diabéticos?
MCF: Estão sendo estudados indivíduos diabéticos tipo 1 com no máximo 6 semanas de
diagnóstico, recém diagnosticados portanto e indivíduos com diabetes mellitus tipo 1,
independente da data do diagnóstico, desde que estejam em fase de lua-de-mel, ou sejam,
aqueles que necessitam doses bastante baixas de insulina para atingir o bom controle glicêmico.
JDD: São muitos no mundo os centros de pesquisa envolvidos nesse tipo de estudo?
MCF: Atualmente, os países que estão se utilizando terapias com células tronco em diabéticos
são o Brasil, no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto - USP e a Argentina. Entretanto, estudos
promissores em animais vêm sendo realizados em outras partes do mundo.
4. JDD: Do ponto de vista dos pacientes diabéticos, é possível se estimar o tempo para que a
utilização prática desses estudos seja viável?
MCF: Para se validar estudos científicos em seres humanos, para se avaliar a eficácia e a
segurança de alguma nova terapia proposta, são necessários anos de investigação. É certo que
as expectativas em torno da terapia com células tronco são imensas. Entretanto, tudo precisa ser
amplamente testado e comparado com as terapias convencionais para que se avalie se os custos
e riscos associados a uma nova modalidade terapêutica realmente valem a pena.
Só o tempo e os resultados dirão se isto acontecerá.
*Mais detalhes em - http://www.diabetes.org.br/reportagens_online
**http://www.diabetes.org.br/diabeteshoje Acessado em 30/09/2011.
Mapa Conceitual 2ª versão