Jogo de Rimas - Para impressão em pdf a ser usado para crianças
Apostila cipa
1. NR – 05.
Lei N º 6514 de 22 de Dezembro de 1977.
Portaria 3214 de 8 de Junho de 1978.
Portaria Nº. 8 de 23 de Fevereiro de 1999.
2. INDICE
A EVOLUÇÃO DO HOMEM E A SUA PREVENÇÃO .................................................................................................... 06
PRINCIPAIS CAUISAS .......................................................................................................................................... 06
COMO SE DESENVOLVEU A HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO ................................................................... 07
FINDAMENTAÇÃO LEGAL ..................................................................................................................................... 08
A CIPA ................................................................................................................................................................ 08
O papel do Cipeiro.................................................................................................................................. 08
A cipa sob o ponto de vista legal.............................................................................................................. 09
ACORDO COLETIVO............................................................................................................................................. 09
CONSTITUIÇÃO................................................................................................................................................... 09
ORGANIZAÇÃO.................................................................................................................................................... 09
ATRIBUIÇÕES...................................................................................................................................................... 10
Atribuições do Presidente........................................................................................................................ 10
Atribuições do Vice-Presidente................................................................................................................. 10
Atribuições em conjunto.......................................................................................................................... 10
Atribuições do Secretário (a) ................................................................................................................... 10
FUNCIONAMENTO................................................................................................................................................ 11
Reuniões ordinárias......................................................................... ...................................................... 11
Reuniões extraordinárias......................................................................... ............................................... 11
As reuniões......................................................................... ................................. ................................ 11
Seqüência sugerida.......................................................................... ................................. ................... 11
TREINAMENTO........................................................................ ................................. ......................................... 12
PROCESSO ELEITORAL......................................................................... ................................. ............................. 12
Procedimentos......................................................................... ................................. ............................ 12
Que providências devemos tomar em casos de anulação do processo eleitoral............................................. 13
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS......................................................................... ...................................... 13
Um cipeiro pode ser demitido? ......................................................................... ...................................... 14
C.L.T. – Consolidação das Leis do Trabalho............................................................................................... 14
ACIDENTE DE TRABALHO......................................................................... ................................. ........................ 14
Conceito legal......................................................................... ................................. .............................. 14
Conceito prevencionista......................................................................... .................................................. 14
DOENÇA OCUPACIONAL......................................................................... ................................. .......................... 15
Doença profissional......................................................................... ................................. ....................... 15
Doença do trabalho......................................................................... ................................. ...................... 15
ACIDENTE DE TRAJETO......................................................................... ................................. ........................... 15
ACIDENTE POR ATO DE TERCEIRO......................................................................... ................................. ........... 16
ACIDENTE POR FORÇA MAIOR......................................................................... ................................. ................. 16
ACIDENTE FORA DO LOCAL DE TRABALHO......................................................................... ................................. 16
CAT- COMUNCAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO................................................................................................ 16
CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE DO TRABALHO................................................................................................. 17
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES......................................................................... .......................................... 17
Atos inseguros......................................................................... ................................. ............................. 17
Condições inseguras......................................................................... ................................. ..................... 18
Causas imprevisíveis......................................................................... ................................. .................... 18
PORQUE OS ACIDENTES OCORREM......................................................................... ........................................... 18
ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO NO BRASIL.............................................................................................. 19
TODOS PERDEM COM A OCORRÊNCIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO.................................................................. 19
Empresas......................................................................... ................................. .................................... 19
Governo......................................................................... ................................. ...................................... 20
Acidentado......................................................................... ................................. .................................. 20
Colegas de trabalho......................................................................... ....................................................... 20
Família......................................................................... ................................. ........................................ 20
RISCOS AMBIENTAIS......................................................................... ................................. ............................... 21
RISCOS FÍSICOS......................................................................... ................................. ..................................... 21
RUÍDOS......................................................................... ................................. .................................................. 21
Tipos de ruídos......................................................................... ................................. ............................ 21
Equipamentos utilizados para a medição de ruído em dB (A) ...................................................................... 21
VIBRAÇÕES......................................................................... ................................. ............................................ 22
RADIAÇÕES IONIZANTES......................................................................... ................................. ......................... 22
Par iônico......................................................................... ................................. .................................... 22
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES......................................................................... ................................................... 23
CALOR......................................................................... ................................. ................................. ................... 24
FRIO......................................................................... ................................. ................................. ..................... 24
UMIDADE......................................................................... ................................. ................................................ 24
PRESSÕES HIPERBÁRICAS......................................................................... ................................. ....................... 25
RISCOS QUÍMICOS......................................................................... ................................. .................................. 25
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE
3. POEIRAS......................................................................... ................................. ................................. ............... 26
FUMOS......................................................................... ................................. ................................. ................. 26
NÉVOAS......................................................................... ................................. ................................................. 26
NEBLINAS......................................................................... ................................. .............................................. 27
GASES......................................................................... ................................. ................................. .................. 27
VAPORES......................................................................... ................................. ............................................... 28
RISCOS BIOLÓGICOS......................................................................... ................................. .............................. 28
RISCOS ERGONÔMICOS......................................................................... ................................. .......................... 29
ESFORÇO FÍSICO INTENSO......................................................................... ....................................................... 30
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESO.............................................................................................. 30
TRANSPORTE DE MATERIAIS......................................................................... ................................. ................... 30
EXIGÊNCIA DE POSTURA INADEQUADA......................................................................... ...................................... 30
CONTROLE RÍGIDO DE PRODUTIVIDADE......................................................................... ................................... 31
IMPOSIÇÃO DE RITMOS EXCESSIVOS......................................................................... ........................................ 32
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO......................................................................... ........................................... 32
MOVIMENTO REPETITIVO......................................................................... ................................. ....................... 32
JORNADA DE TRABALHO PROLONGADA......................................................................... ..................................... 33
MONOTONIA E REPETITIVIDADE......................................................................... ................................. ............. 33
ILUMINAÇÃO INADEQUADA......................................................................... ................................. ..................... 33
RISCOS DE ACIDENTES......................................................................... ................................. ........................... 34
ARRANJO FÍSICO INADEQUADO......................................................................... ................................................ 34
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM PROTEÇÃO......................................................................... .......................... 34
FERRAMENTAS INADEQUADAS OU DEFEITUOSAS......................................................................... ....................... 34
ELETRICIDADE......................................................................... ......................................................................... 35
PROBABILIDADE DE INCÊNDIO OU EXPLOSÃO......................................................................... ........................... 35
ANIMAIS PEÇONHENTOS......................................................................... ................................. ......................... 36
MAPA DE RISCOS......................................................................... ................................. ................................... 36
Etapas do Mapa de Riscos......................................................................... ............................................ 37
Elaboração – Planejamento e Levantamento de dados............................................................................. 37
Execução – transformar dados obtidos em informações............................................................................ 37
Acompanhamento......................................................................... ................................. ...................... 37
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO......................................................................... ................................................. 37
Responsabilidades quanto ao EPI......................................................................... ................................. 38
Cabe ao empregador ......................................................................... .................................. 38
Cabe ao empregado......................................................................... .................................... 38
Cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego............................................................................. 38
TIPOS DE EPIS......................................................................... ................................. ........................................ 39
INSPEÇÃO DE SEGURANÇA......................................................................... ................................. ...................... 40
Tipos de inspeção de Segurança......................................................................... ................................... 40
Etapas da inspeção......................................................................... ................................. .................... 40
Planejamento......................................................................... ................................. ............ 40
Observação......................................................................... ................................. .............. 40
Informação......................................................................... ................................. ............... 41
Registro......................................................................... ................................. ................... 41
Encaminhamento......................................................................... ......................................... 41
Implantação......................................................................... ................................. .............. 41
Acompanhamento......................................................................... ........................................ 41
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES......................................................................... ................................. 42
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES DO CIPEIRO NA INVESTIGAÇÃO E ANALISE DE ACIDENTES............................... 42
ETAPAS DA INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTES......................................................................................... 42
Planejamento......................................................................... ................................. ............................ 42
Levantamento de dados......................................................................... ............................................... 42
Diagnóstico da ocorrência......................................................................... ............................................ 42
Elaboração de medidas preventivas......................................................................... .............................. 42
Acompanhamento......................................................................... ................................. ...................... 43
SIPAT......................................................................... ....................................................................................... 43
AIDS – SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA....................................................................................... 43
Tratamento da AIDS......................................................................... .................................................... 44
Como saber se é portador(a) da doença? ............................................................................................... 44
AIDS e a sociedade......................................................................... ................................. ................................. 44
Transmissão da doença......................................................................... ................................. .............. 44
Estatísticas da AIDS......................................................................... ................................. ................... 45
NOÇÕES BÁSICAS DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO................................................................... ............. 46
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIO......................................................................... ................................. ................ 46
O TETRAEDRO DO FOGO......................................................................... ................................. ......................... 46
Combustível sólido......................................................................... ................................. ..................... 46
Combustível líquido......................................................................... ................................. .................... 46
CALOR – maneiras com a qual se adquire o calor......................................................................... ........................ 47
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE
4. TRANSMISSÃO DE CALOR......................................................................... ................................. ........................ 47
Irradiação......................................................................... ................................. ................................. 47
Condução......................................................................... ................................. .................................. 47
Convecção......................................................................... ................................. ................................. 47
EXTINÇÃO DO FOGO......................................................................... ................................. ............................... 48
CAUSA DE INCÊNDIOS......................................................................... ................................. ............................ 48
Causas Humanas......................................................................... ................................. ....................... 48
Causas Naturais......................................................................... ................................. ......................... 48
Causas Acidentais......................................................................... ................................. ...................... 48
Elétricas......................................................................... ................................. .................................... 48
Mecânicas......................................................................... ................................. ................................. 48
Químicas......................................................................... ................................. ................................... 48
Radioativas......................................................................... ................................. ................................ 48
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS......................................................................... ................................. ............. 49
APARELHOS EXTINTORES PORTÁTEIS......................................................................... ........................................ 50
Introdução......................................................................... ................................. ................................. 50
Eficácia......................................................................... ................................. ...................................... 50
Identificação......................................................................... ................................. .............................. 50
Selo para aparelhos extintores......................................................................... .................................... 50
Inspeção e manutenção......................................................................... ................................. ........... 50
Classificação de extintores......................................................................... ......................................... 51
Água Pressurizada......................................................................... ..................................... 51
Água Pressão Injetada......................................................................... ............................... 51
Espuma Mecânica......................................................................... ...................................... 51
Pó Químico seco......................................................................... ....................................... 51
Dióxido de Carbono......................................................................... ................................. 52
Compostos Halogenados (Hallon) ....................................................................................... 52
Pó Químico ABC......................................................................... ....................................... 52
SELEÇÃO DOS EXTINTORES SEGUNDO O RISCO A PROTEGER............................................................................ 52
HIDRANTE......................................................................... ................................. ........................................... 53
Guarnição de hidrantes com três Bombeiros......................................................................................... 53
INFORMAÇÕES GERAIS......................................................................... ................................. ......................... 53
Corpo de Bombeiros......................................................................... ................................. ............... 53
Princípio de Incêndio......................................................................... ................................................ 54
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE
5. A EVOLUÇÃO DO HOMEM E A SUA PREVENÇÃO
Nossa Evolução está dividida em Pré-História e História.
Durante a Pré-História, há mais ou menos um milhão de anos, o homem passa por diversas fases e
transformações. E logo no início percebe a necessidade de se proteger, prevenir acidentes,
procurando morar em cavernas, e também desenvolvendo suas armas. Embora muito rudes, pouco
a pouco vai se aprimorando e consegue melhorar sua condição fazendo assim sua segurança e
dessa forma preservar a raça humana.
Na verdade, os riscos e probabilidades de acidentes e infortúnios sempre acompanharam o homem
em todas as épocas até os dias de hoje.
Gradativamente o mundo sofre modificações em seus costumes e formas de vida. Após grandes
descobertas, como a roda, a máquina de tear, o tear mecânico, a máquina a vapor, o descaroçador
de algodão, o navio a vapor, e posteriormente o motor movido à eletricidade, grandes mudanças
ocorreram na vida do homem, causadas principalmente pela Revolução Industrial. A partir de 1930
cresceu assustadoramente o número de acidentes e mortes no trabalho por causas diversas, tanto
no Brasil como em todos os países envolvidos no processo.
PRINCIPAIS CAUSAS
a) Origem agrícola.
b) Não havia uma cultura prevencionista.
c) Processo acelerado na industrialização.
d) Desejo de lucro imediato.
e) Necessidade de reconstruir rapidamente o que a guerra dizimou.
f) Ineficiência na fiscalização das condições de trabalho.
No Brasil, a partir de 1975 passamos a vivenciar uma nova realidade
prevencionista com a formação de profissionais na área de Segurança e
Medicina do Trabalho e desenvolvimento de programas de formação de cipeiros.
1990 – Predomina, através de Normas Internacionais não governamentais, o conceito de qualidade
total de produtos, satisfação total do cliente. Associa-se à qualidade de produtos e prestação de
serviços à qualidade de vida e saúde do trabalhador.
Normas e procedimentos de segurança no trabalho passam a ser escritos de modo tripartite, pelas
mãos de Governo Federal, Empresários e Trabalhadores (1999).
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 6
6. A partir do ano 2000, até a presente data, felizmente vemos que todos os esforços nesse sentido
vêm tomando mais corpo dentro da sociedade mundial, onde passam a incorporar um intercâmbio
industrial e comercial desenvolvendo uma tecnologia de ponta atrelada a um perfil de saúde e
segurança no trabalho, além dos limites de suas empresas e um respeito com o meio ambiente.
Dentro de uma atuação responsável procura-se um desenvolvimento sustentado visando uma real
qualidade de vida.
Enquanto cipeiros e cidadãos, somos responsáveis por manter um ambiente de trabalho seguro
para todos. Nós, brasileiros, somos ainda adolescentes nessa caminhada, porém temos um
potencial para sermos num futuro breve motivo de orgulho para as nações.
COMO SE DESENVOLVEU A HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO?
1700 - Na Itália o médico Bernardino Ramazzini edita o livro “De Morbis
Artificium Diatriba” (As doenças dos trabalhadores), onde foram agrupados os
sintomas clínicos e relacionados mais de cinqüenta profissões. Descobre-se
então a relação doença-trabalho.
1760 – Inglaterra . Tem início a Revolução Industrial, cujas características
principais foram a mão de obra formada por mulheres e crianças, horário de
trabalho sem limites, falta de higiene, e um grande acúmulo de acidentes do
trabalho e doenças infecto contagiosas.
1802 – Surge a “Lei de Saúde Moral dos Aprendizes” que limita a jornada de
trabalho para 12 horas, proíbe o trabalho noturno e obriga os empregadores a lavar as paredes das
fábricas duas vezes por semana e melhorar a ventilação.
1830 – Dr.Robert Baker, recomenda aos empregadores a contratação de um médico que visite as
fábricas para verificar a influência do trabalho nas crianças. Surge assim, o primeiro Serviço Médico
Industrial.
1834 –“Lei das Fábricas”, proíbe o trabalho noturno para menores de 18 anos, restringe o trabalho
do menor a 12 horas por dia e 69 horas por semana. Exige escola nas fábricas para todos os
menores de 13 anos, limita a idade mínima para o trabalho em 9 anos. Obriga a apresentação de
um atestado médico para comprovar que o desenvolvimento físico das crianças corresponde à sua
idade cronológica.
1919 – É criada a O.I.T. - Organização Internacional do Trabalho a partir de um Tratado de Paz,
após a primeira guerra mundial, o Tratado de Versalhes. Entidade essa vinculada a ONU –
Organização das Nações Unidas . Possui a incumbência de estipular parâmetros de legislação
trabalhista a serem observados pelos países filiados, inclusive no que se refere a Segurança e
Medicina do Trabalho.
INÍCIO DAS MEDIDAS À PROTEÇÃO DOS TRABALHADORES BRASILEIROS:
1923 – decreto Nº. 16.027, criando o Conselho Nacional do Trabalho.
1930 – Início da Revolução Industrial em nosso país.
Criação do Ministério do Trabalho, Educação e Cultura.
Criação de Sindicatos.
Auxílio às Indústrias.
1934 – É promulgada a Constituição em nosso país.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 7
7. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
1943- No governo Getúlio Vargas foi criada a C.L.T. Consolidação das
Leis do Trabalho, através do decreto-lei 5452 em primeiro de Maio,
reunindo em um só Diploma Legal todas as Leis Trabalhistas até então
existentes.
1944-Através do decreto-lei 7036 de 10 de novembro, é instituída a
obrigatoriedade da criação da CIPA em todas as empresas que
admitem trabalhadores como empregados, considerando-se então o
marco zero na prevenção de acidentes no Brasil.
1975- Primeira formação de profissionais na Área de Segurança e Medicina do Trabalho.
1977- Lei Nº. 6 514 de 22 de Dezembro estabelece as normas regulamentadoras.
1978- Portaria 3214 de 8 de Junho institui as Normas Regulamentadoras do trabalho urbano, e
dessa forma regulamentam os artigos 154 a 201 da CLT ( Especificamente Artigos 163 à 165 que
embasam a NR-05 CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes).
1994- Em Dezembro, ocorreram alterações legais importantes nas normas: NR 7 – PCMSO
(Programa de Controle Médico da Saúde Ocupacional) e na NR 9 – PPRA (Programa de
Prevenção de Riscos Ambientais) onde se institui também o Mapa de Riscos.
1999- Portaria de Nº. 8 de 23 de fevereiro modifica e atualiza NR - 5.
A CIPA
CONCEITOS DA CIPA - COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES.
COMISSÃO: Grupo de pessoas formado por representantes
do empregador e empregado, com o objetivo de prevenção
de acidentes e doenças do trabalho.
INTERNA: Seu campo de atuação está restrito a própria
empresa.
PREVENÇÃO: Antecipar-se a situações de riscos quando
nos deparamos com elas, dando exemplos de pró -atividade e trabalho correto.
ACIDENTE: Qualquer ocorrência inesperada que interfere no andamento normal do trabalho
causando danos materiais, perda de tempo ou lesão ao trabalhador.
O papel do CIPEIRO
Cipeiro tem autoridade?
O cipeiro não tem autoridade para executar, controlar, dirigir ou comprar.
Atividades principais do cipeiro:
a) Identificar os riscos.
b) Elaborar Mapa de Riscos e Plano de Trabalho
c) Verificações, inspeções e avaliações.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 8
8. Atividades participativas:
a) Participar.
b) Colaborar.
c) Divulgar.
d) Orientar.
A função de cipeiro é de esclarecimento. O cipeiro é um professor de adultos. Não tem autoridade
segundo a Lei, mas conquista a confiança através da autoridade moral, baseada no exemplo e na
prestação de serviço no trabalho. Sua atividade é de ensinar.
A CIPA sob o ponto de vista Legal
CIPA e Legislação se relacionam em:
• Existência jurídica através dos Artigos 163 a 165 da C.L.T.
• Constituição Federal.
• Código penal.
• Código cível.
• Normas Regulamentadoras.
• Acordo Coletivo.
• Normas Internas para Segurança do Trabalho.
ACORDO COLETIVO
Observação: Prevalece em relação a outras leis obedecendo a Constituição. Esta permite livre
negociação entre as partes.
Importante: O “Acordo Coletivo” só é promulgado quando acrescenta direitos.
CONSTITUIÇÃO
• Toda empresa pública ou privada deverá constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la
em regular funcionamento com o objetivo de assegurar aos trabalhadores um ambiente
saudável e seguro.
ORGANIZAÇÃO
• A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, na mesma
quantidade, e de acordo com dimensionamento previsto no Quadro I da NR 5
• Os representantes do empregador serão indicados pelo empregador.
• Os representantes do empregado serão eleitos pelos empregados, garantindo-se a
confidencialidade do processo ( voto secreto ).
• Quando a empresa não se enquadrar no Quadro I, a empresa designará um responsável
para manter e fazer cumprir as normas de Segurança do Trabalho.
• O mandato dos membros da CIPA terá a duração de 1 ano, permitida uma reeleição.
• O cipeiro não poderá sofrer dispensa arbitrária desde o registro de sua candidatura até um
ano após o final do seu mandato, salvo o exposto nos artigos 482 ou 158 da CLT.
• Os membros da CIPA serão empossados no 1º dia útil após o término do mandato anterior.
• Serão indicados de comum acordo com os membros da CIPA um secretário (a) e seu
substituto (a).
• Deverá ser protocolada em até 10 dias úteis no MTE, os seguintes documentos: ata de
eleição e de posse e calendário anual das reuniões ordinárias.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 9
9. ATRIBUIÇÕES
• Identificar os riscos do processo de trabalho e elaborar o mapa de riscos ambientais.
• Elaborar um Plano de Trabalho visando à prevenção de acidentes de trabalho.
• Participar da implementação e do controle de qualidade das medidas preventivas sugeridas.
• Realizar periodicamente inspeções de segurança.
• Realizar a cada reunião uma avaliação do cumprimento das metas fixadas no plano de
trabalho.
• Divulgar informações referentes a Segurança do Trabalho.
• Participar com o SESMT das reuniões, referentes a alterações no ambiente de trabalho.
• Requerer ao SESMT, quando houver, paralisação das máquinas, quando existir risco grave
e iminente.
• Colaborar no desenvolvimento do PPRA e do PCMSO.
• Divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras.
• Participar das análises das causas de doenças e acidentes de trabalho, propondo soluções.
• Requisitar e analisar informações de questões que tenham interferido na segurança do
trabalhador.
• Requisitar a empresa cópias das CAT’s emitidas.
• Promover anualmente em conjunto com o SESMT, a SIPAT – Semana Interna de Prevenção
de Acidentes do Trabalho.
• Participar anualmente em conjunto com a empresa de Campanhas de Prevenção à AIDS.
ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE
• Convocar os membros para as reuniões da CIPA.
• Coordenar as reuniões.
• Manter o empregador informado sobre as decisões da CIPA.
• Coordenar e supervisionar as atividades da secretária(o).
• Delegar atribuições ao Vice-Presidente.
ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE
• Executar as atribuições que lhe forem delegadas.
• Substituir o Presidente nos seus impedimentos eventuais e nos seus afastamentos
temporários.
ATRIBUIÇÕES EM CONJUNTO
• Cuidar para que a CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus
trabalhos.
• Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA, zelando para que seus objetivos sejam
alcançados.
• Delegar atribuições aos membros da CIPA.
• Promover o relacionamento da CIPA com o SESMT.
• Divulgar as decisões da CIPA a todos os trabalhadores do estabelecimento.
• Encaminhar os pedidos de reconsideração da CIPA.
• Constituir Comissão Eleitoral.
ATRIBUIÇÕES DA SECRETÁRIA (O)
• Cargo fundamental para o bom desenvolvimento da CIPA.
• Redigir a ata, que deverá ser bem clara em relação ao que foi discutido
e acordado.
• Preparar correspondência.
• Elaborar relatórios estatísticos.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 10
10. FUNCIONAMENTO
A CIPA terá reuniões ordinárias mensais de acordo com o calendário pré-estabelecido e poderão ser
realizadas reuniões extraordinárias em situações específicas.
REUNIÕES ORDINÁRIAS
• Serão realizadas durante o expediente normal da
empresa.
• Terão atas assinadas pelos presentes que deverão
permanecer no estabelecimento, para qualquer
eventualidade ou auditoria fiscal.
• Na ausência de titulares nas reuniões será
convocado, inicialmente o 1º suplente, em seguida o
2º suplente e assim por diante,
• O membro titular perderá o mandato, sendo
substituído pelo suplente, quando faltar a mais de
quatro reuniões ordinárias sem justificativas.
• No caso de afastamento definitivo do Presidente, a empresa indicará o substituto em dois
dias úteis, preferencialmente entre membros da CIPA.
• No caso de afastamento definitivo do Vice-Presidente, os membros titulares da
representação dos empregados, escolherão o substituto entre seus titulares, em dois dias
úteis.
REUNIÕES EXTRAORDINÁRIAS
As reuniões extraordinárias ocorrerão em situações específicas:
• Acidentes de trabalho grave ou fatal.
• Denúncia de risco grave e iminente.
• Quando houver solicitação expressa de uma das representações.
AS REUNIÕES
• Devem ser coordenadas pelo Presidente, ou seja, abertas, conduzidas e encerradas por
este e na ausência deste, a abertura e encerramento será feita pelo Vice-Presidente.
• Deverá ser respeitado calendário pré-estabelecido.
• Tratar exclusivamente de assuntos da CIPA.
• Realizada em horário normal de trabalho, descrito no calendário.
• Reunir-se em local adequado, conforme calendário.
• Execução do Plano de Trabalho.
• Utilização adequada do tempo.
SEQUÊNCIA SUGERIDA
• Abertura (Presidente).
• Leitura da ata da reunião anterior – secretário (a).
• Avaliar as pendências e suas soluções.
• Sugestões de medidas preventivas.
• Determinação dos responsáveis e prazos para realização das medidas preventivas.
• Discussão das Inspeções de Segurança.
• Avaliação do cumprimento das metas fixadas.
• Encerramento (Presidente)
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11. TREINAMENTO
A empresa deverá promover treinamento para os membros da CIPA, titulares e suplentes antes da
posse.
O Treinamento deverá contemplar, no mínimo os
seguintes itens:
a) Estudo do ambiente, das condições de trabalho, bem
como dos riscos originados do processo produtivo.
b) Metodologia de investigação e análise de acidentes e
doenças do trabalho.
c) Noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos riscos existentes na
empresa.
d) Noções sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, e medidas de prevenção.
e) Noções sobre as legislações trabalhistas e previdenciárias relativas à segurança e saúde no
trabalho.
f) Princípios gerais de higiene do trabalho e de medidas de controle dos riscos.
g) Organização da CIPA e outros assuntos necessários ao exercício das atribuições da Comissão.
PROCESSO ELEITORAL
Compete ao empregador convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados.
Prazos: Mínimo de 60 (sessenta) dias antes do término do mandato em curso.
Comissão Eleitoral – o presidente e o vice-presidente da CIPA constituirão
dentre seus membros, no prazo mínimo de 55 (cinqüenta e cinco) dias antes
do término do mandato em curso, a comissão eleitoral.
A Comissão Eleitoral será responsável pela organização e acompanhamento do
processo eleitoral.
PROCEDIMENTOS
a) Publicação do edital de convocação em local de fácil acesso e visualização em 55 dias antes do
término do mandato em curso.
b) Inscrição de candidatura por no mínimo 15 dias c/ fornecimento de comprovante para os
candidatos, permitindo liberdade de inscrição para todos os interessados,
c) Garantia de emprego para todos os candidatos até o dia da eleição.
d) Realização da eleição no prazo mínimo de 30 dias antes do término do mandato da CIPA,
quando houver.
e) Realização da eleição em dia normal de trabalho, respeitando os horários que possibilite a
participação da maioria dos empregados.
f) Voto secreto
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 12
12. g) Apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de representantes
do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela comissão eleitoral.
h) Faculdade de eleição por meios eletrônicos.
i) Guarda pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um período mínimo de
cinco anos.
QUE PROVIDÊNCIAS DEVEMOS TOMAR EM CASOS DE ANULAÇÃO DO PROCESSO
ELEITORAL.
• Havendo participação inferior a 50 % dos empregados na votação, o pleito será anulado, e
providenciar-se-á em 10 dias nova eleição.
• Denúncias sobre o processo deverão ser protocoladas no MTE, até 30 dias após a data da
posse.
• Cabe ao MTE a anulação da eleição em caso de fraude.
• O empregador deverá providenciar a eleição em 5 dias a contar da data de ciência do fato,
e garantir as inscrições anteriores.
• Quando a anulação se der antes da posse, será garantida a prorrogação do mandato
anterior, até a complementação do processo eleitoral.
• Assumirão a condição de membros titulares e suplentes, os candidatos mais votados.
• Em caso de empate, assumirá aquele que tiver maior tempo de serviço no estabelecimento.
• Os candidatos votados e não eleitos deverão ser relacionados em ordem decrescente de
votos na ata de eleição, para que possam assumir em caso de possível vacância.
• A definição de cargos será de acordo com o número de votos obtidos na eleição.
• O Presidente da CIPA será indicado pelo empregador e o vice-presidente será escolhido
dentre os eleitos pelos empregados.
• Os membros serão empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
• Serão protocoladas no Ministério do Trabalho as atas de Eleição, Instalação e Posse e
calendário anual das reuniões. Recomenda-se também, enviar ao Delegado (DRT), carta de
rosto da empresa.
DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS
1. Quando se tratar de empreiteiras ou empresas prestadoras de
serviços, considera-se estabelecimento, para fins de aplicação
da NR-5, o local em que seus empregados estiverem
exercendo suas funções.
2. Sempre que houver duas ou mais empresas em um mesmo
estabelecimento, a Empresa Contratante deverá definir
mecanismos de integração e participação de todos os trabalhadores em relação às decisões
das CIPAS ou designados existentes no seu estabelecimento.
3. Contratante e contratadas em um mesmo estabelecimento deverão articular-se em um só
programa de prevenção, para garantir um mesmo nível de proteção em matéria de
segurança e saúde.
4. É de responsabilidade da contratante, informar as demais empresas que lhe prestam
serviços, sobre os riscos presentes no ambiente de trabalho, bem como as medidas de
proteção adequadas.
5. Será também de responsabilidade da contratante, exigir das contratadas que cumpram e
façam cumprir as normas e procedimentos para segurança e saúde no trabalho.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 13
13. UM CIPEIRO PODE SER DEMITIDO? SIM.
a) Quando faltar em mais de 4 reuniões sem justificativa
b) Quando se enquadrar no art. 482 da C.L.T.
c) Quando se enquadrar no art. 158 da C.L.T.
C.L.T. – Consolidação das Leis do Trabalho.
Artigo 482 – Constitui justa causa para rescisão do contrato pelo empregador quando ocorrer :
1. Ato de improbidade: roubo, falsificar documentos, furto, etc.
2. Incontinência de conduta ou mau procedimento, por exemplo, assédio sexual.
3. Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador.
Concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço.
4. Desrespeito às normas de segurança da empresa, correr, brincadeiras, etc.
5. Desídia no desempenho das respectivas funções, como grande redução na produção.
6. Embriaguez em serviço.
7. Violação de segredo da empresa.
8. Ato de indisciplina ou de insubordinação, como brigas e desrespeito aos superiores.
9. Abandono de emprego.
10. Jogos de azar em horário de trabalho (inclusive no horário de almoço) dentro do recinto da
empresa.
Artigo 158 – Recusa injustificada à observância das instruções pelo empregador e ao uso de EPI –
Equipamentos de Proteção Individual, fornecidos pela empresa.
ACIDENTE DE TRABALHO
• Típico
• Trajeto
• Doenças do trabalho
• Doenças Profissionais
CONCEITO LEGAL
“Acidente de Trabalho” – É o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais provocando lesão
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução,
permanente ou temporária da capacidade para o trabalho”.
CONCEITO PREVENCIONISTA
“Acidente do Trabalho é toda ocorrência não programada que interfere
no andamento normal do trabalho, dos quais resultam, separadamente
ou em conjunto, lesões, danos materiais ou perda de tempo”.
Esse enunciado nos traz uma visão de que acidente não é só aquele que
causa uma lesão no trabalhador, mas sim qualquer tipo de ocorrência
inesperada, que hoje ocasiona perda de tempo, danos materiais e
financeiros. Porém, no futuro, poderá transforma-se até em acidente
grave com lesão.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 14
14. DOENÇA OCUPACIONAL
Deverá ter seu nexo causal comprovado, através de atestado médico, pelo
profissional em Medicina do Trabalho da empresa, e também confirmada
pela perícia médica do INSS.
DOENÇA PROFISSIONAL
Assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada
atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e Previdência
Social.
Ex.: Tendinite nos digitadores.
DOENÇA DO TRABALHO
Assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais no ambiente
de trabalho, e com ele se relacione diretamente, e constante da relação mencionada no item
anterior.
Ex.: Surdez em digitadores que trabalhem em ambientes ruidosos.
ACIDENTE DE TRAJETO
É quando o empregado sofre um acidente no percurso da sua residência para o trabalho ou do
trabalho para sua residência.
Residência..................................................................................................Trabalho
NÃO IMPORTANDO
a) o meio de locomoção
b) o caminho
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 15
15. O QUE PODE DESCARACTERIZAR O ACIDENTE DE TRAJETO
a) Exceder o tempo habitual
Realização do percurso além do tempo habitual
b) Se ocorrer uma parada entre esses dois pontos (residência / trabalho – trabalho
/ residência) o acidente de trajeto poderá ser descaracterizado, sendo de responsabilidade do
acidentado e não da empresa, qualquer despesa salvo, se em jurisprudência for decidido em
contrário.
ACIDENTE POR ATO DE TERCEIRO:
Quando outra pessoa “provoca o acidente”.
Culposo - sem intenção, por negligência, imprudência.
Doloso – Com intenção, por sabotagem, ofensa física.
ACIDENTE POR FORÇA MAIOR:
Oriunda de fenômenos da natureza,incêndios, inundações, descargas elétricas (raios), desde que
ocorridas no local e horário de trabalho.
ACIDENTE FORA DO LOCAL DE TRABALHO:
Cumprimento de Ordem de Serviço, sob autoridade da empresa.
Ex.: Viagens a serviço, sob qualquer meio de locomoção.
CAT – COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO
A empresa deverá registrar os acidentes de trabalho no impresso CAT.
Esse documento deverá ser emitido em 6 (seis) vias:
1. Via –INSS - Instituto Nacional de Seguro Social.
2. Via – Para o emitente.
3. Via – Para o segurado ou seu dependente.
4. Via - Sindicato de Classe do Trabalhador.
5. Via – SUS - Sistema Único de Saúde.
6. Via – DRT – Delegacia Regional do Trabalho.
Obs.: A CAT, é um documento muito importante. Além de ser um meio de registro de acidentes,
serve também como um controle estatístico, e mais importante ainda, é o cadastro oficial da
Previdência Social, o que permite o pagamento dos benefícios ao segurado, nos casos de
afastamento por período maior que 15 dias.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 16
16. O acidentado tem estabilidade?
Sim, o acidentado que ficar afastado por um período maior que 15 dias e der entrada na CAT no
INSS, não poderá ser demitido até um ano após o seu retorno.
Quem será responsável pelo pagamento do acidentado, quando afastado?
• Até 15 dias, a empresa efetua o pagamento.
• A partir do 16º dia o pagamento é feito pelo INSS.
CARACTERÍSTICAS DO ACIDENTE DE TRABALHO
a) Acidente com afastamento: O funcionário não retorna para suas atividades no dia seguinte.
b) Acidentes sem afastamento: O funcionário retorna para suas atividades no mesmo dia ou no dia
seguinte.
c) Acidentes sem vítimas: Somente danos materiais.
Prazos para emissão da CAT.
SITUAÇÕES EMISSÃO DA CAT
Acidentes com afastamento 24 horas após acidente
Acidentes sem afastamento 24 horas após acidente
Acidentes sem vítimas Não haverá emissão da CAT
Morte Comunicar imediatamente às autoridades.
PRINCIPAIS CAUSAS DE ACIDENTES
1. Atos Inseguros.
2. Condições Inseguras.
3. Ato + Condição Insegura.
ATOS INSEGUROS
São atitudes, atos, ações ou comportamentos do trabalhador contrários às
normas de segurança.
Exemplos:
1. Não usar o EPI.
2. Deixar materiais espalhados pelo corredor.
3. Operar máquinas e equipamentos sem habilitação.
4. Distrair-se ou realizar brincadeiras durante o trabalho.
5. Utilizar ferramentas inadequadas.
6. Manusear, misturar ou utilizar produtos químicos sem
conhecimento.
7. Trabalhar sob efeito de álcool e/ou drogas.
8. Usar ar comprimido para realizar limpeza em uniforme ou no próprio corpo.
9. Carregar peso superior ao recomendado ou de modo a dificultar visão.
10. Desligar dispositivos de proteção coletiva de máquinas e/ou equipamentos.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 17
17. CONDIÇÕES INSEGURAS
São deficiências, defeitos ou irregularidades técnicas nas instalações físicas, máquinas e
equipamentos que presentes no ambiente podem causar acidentes de trabalho.
Exemplos:
1. Falta de corrimão em escadas.
2. Falta de guarda-corpo em patamares.
3. Arranjos inadequados.
4. Piso irregular.
5. Escadas inadequadas.
6. Equipamentos mal posicionados.
7. Falta de sinalização.
8. Falta de proteção em partes móveis de máquinas e equipamentos.
9. Ferramentas defeituosas.
10. Falta de treinamento.
CAUSAS IMPREVISÍVEIS
São causas de acidentes de difícil prevenção, geralmente ligados a fatores da natureza.
1. Descarga elétrica de um raio em quantidade superior a dimensionada pelo dispositivo de
pára-raios da empresa, provocando choque elétrico em funcionários.
2. Excesso de chuvas, provocando inundação e suas conseqüências.
3. Vendaval, quando o telhado não suporta a força do vento, que lança telhas e atingem
funcionários.
PORQUE OS ACIDENTES OCORREM.
CAUSAS IMPREVISÍVEIS
CONDIÇÕES CAUSAS PREVISÍVEIS
ATOS CONDIÇÕES FENÔMENOS DA
ORIGEM
INSEGUROS INSEGURAS NATUREZA
HUMANO AMBIENTE X
FATOR DE ORIGEM
PERCENTUAL 70 % 30 % X
INCIDÊNCIAS 98 % DOS ACIDENTES 2 % DOS ACIDENTES
Fonte: BEAT e INSS.
Os percentuais acima são aproximados.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 18
18. ACIDENTES E DOENÇAS DO TRABALHO NO BRASIL
ANO TRABALHADORES ACIDENTES DOENÇAS TOTAL ÓBITOS
Por Por
Típico Trajeto
ano dia
1986 22.163.827 1.129.152 72.693 6.014 1.207.859 4.578 13
1987 22.617.787 1.065.912 64.830 6.382 1.137.124 5.738 16
1988 23.661.579 926.354 60.202 5.025 991.581 4.616 13
1989 24.486.553 825.081 58.524 4.838 888.443 4.554 12
1990 23.198.656 632.012 56.343 5.217 693.572 5.355 15
1991 23.004.264 579.362 46.679 6.281 632.322 4.527 12
1992 22.272.843 490.916 33.299 8.299 532.514 3.516 10
1993 23.165.027 374.167 22.709 15.417 412.293 3.110 9
1994 23.667.241 350.210 22.824 15.270 388.304 3.129 9
1995 23.755.736 374.700 28.791 20.646 424.137 3.967 11
1996 23.830.312 325.870 34.696 34.889 395.455 4.448 12
1997 24.104.428 347.482 37.213 36.648 421.343 3.469 10
1998 24.491.635 347.738 36.114 30.489 414.341 3.793 10
1999 24.993.265 326.404 37.513 23.903 387.820 3.896 11
2000 25.456.158 287.500 37.362 19.134 343.996 3.094 9
2001 25.999.568 282.965 38.799 18.487 340.251 2753 7
2002 26.659.251 323.879 46.881 22.311 393.071 2968 8
2003 27.125.898 319.903 49.069 21.202 390.180 2582 7
Observando os valores apresentados nas tabelas anteriores, podemos avaliar o quanto é
importante a atuação da CIPA, nos diversos ambientes de trabalho, e também termos a noção da
abrangência das perdas que acometem nossa sociedade.
TODOS PERDEM COM A OCORRÊNCIA DOS ACIDENTES DE TRABALHO
EMPRESAS
1. Com o pagamento salarial aos trabalhadores acidentados durante os
15 primeiros dias seguintes ao do acidente.
2. Reflexos negativos no ambiente de trabalho onde ocorreu o
acidente, com conseqüente queda de produtividade.
3. Danos ou avarias nos equipamentos, máquinas ou ferramentas que
porventura estejam sendo utilizados pelo trabalhador vitimado.
4. Paralisação de uma máquina ou equipamento componente da linha
de produção, podendo afetar o processo produtivo como um todo,
até que proceda o reparo ou substituição da máquina ou equipamento danificado.
5. Atendimento ao acidentado com os primeiros socorros e transporte do mesmo.
6. Reflexos negativos na boa imagem da empresa, variável essa que dependerá da gravidade
do acidente e do grau de repercussão causado à comunidade.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 19
19. GOVERNO
1. Pagamento através do INSS de benefícios previdenciários ao trabalhador acidentado ou a
seus dependentes, tais como:
• Auxílio doença.
• Auxílio acidente.
• Aposentadoria por invalidez.
• Pensão por morte.
2. Pagamento de despesas médico-hospitalares no tratamento do acidentado.
3. Despesas com reabilitação profissional do trabalhador acidentado, inclusive com o
fornecimento de aparelhos de prótese, conforme a necessidade.
ACIDENTADO
1. Sofrimento físico, dor, lesão incapacitante, parcial ou total, temporária ou permanente, ou
até mesmo a morte.
2. Reflexos psicológicos negativos decorrentes de eventuais seqüelas acidentárias, inclusive
podendo gerar distúrbios familiares, dependendo do grau de incapacidade.
3. Redução salarial decorrente da percepção de benefícios previdenciários.
COLEGAS DE TRABALHO
1. Cobrança para aumento de ritmo de trabalho devido a prazo de produção, podendo gerar
novos acidentes de trabalho.
2. Abalo emocional da equipe, gerando baixa produtividade e stress, por haver uma pessoa
próxima lesionada, podendo ter ocorrido a morte do acidentado, o que agrava ainda mais a
situação.
3. Insegurança em executar as tarefas por receio de se acidentar também.
FAMÍLIA
1. Reflexos emocionais, por haver uma pessoa próxima lesionada e afastada de suas
atividades. Em caso de morte, perda afetiva irreparável.
2. Dificuldades financeiras, pois, parte ou toda renda familiar ficará comprometida.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 20
20. RISCOS AMBIENTAIS
São situações, condições e substâncias que conforme sua natureza, tempo de exposição,
intensidade ou concentração, são capazes de causar danos à saúde ou a integridade física do
trabalhador.
Os riscos ambientais são classificados em 5 grandes grupos, de acordo com a sua origem.
RISCOS FÍSICOS
Agentes Físicos são diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais
como ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações
não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
RUÍDOS
O ruído está sempre presente em todos os locais. Nas ruas, sirenes de ambulância, aglomerações,
urbanas, etc. Porém se ficarmos expostos a níveis de ruídos elevados, poderemos adquirir danos
irreversíveis à nossa saúde, por isso é muito importante identificarmos as fontes mais ruidosas em
nosso ambiente de trabalho. A unidade de medida de intensidade do ruído é o decibel (dB).
TIPOS DE RUÍDOS
Contínuo: Ocorrência de impactos simultâneos em numero superior a 60 por minuto. Ex:
Motosserra.
Intermitente: Apresentam duração superior a um segundo e intervalos inferiores a um segundo.
Ex: Martelete Pneumático.
Impacto: Apresentam picos de energia acústica de duração inferior a um segundo e a intervalos
superiores a um segundo Ex: Explosões.
Equipamentos utilizados para a medição de ruído em dB (A):
Decibelímetro Dosímetro
O limite de tolerância para exposição ao ruído é de 85 dB (A).
A partir desse índice deverá ser utilizado o equipamento de proteção auricular.
Recomenda-se, por medida preventiva, o uso da proteção a partir de 80 dB (A).
Conseqüência: Surdez, Stress, cansaço, irritação, pressão alta, problemas digestivos e até
impotência sexual, decorrente do stress.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 21
21. Prevenção:
Uso de Equipamentos de proteção auditiva:
Protetor auricular Protetor Protetor Protetor auricular concha
espuma moldável auricular de auricular tipo acoplado com o capacete
de inserção silicone concha e viseira
VIBRAÇÕES
São observadas principalmente pelo uso de máquinas e equipamentos em que podemos destacar o
martelete pneumático e a moto-serra.
Essa figura nos mostra o monitoramento da vibração de
um martelete.
Entre as principais conseqüências para a saúde do
funcionário, as mais comuns, são dores nas costas,
problemas renais e circulatórios, e comprometimento das
articulações. A vibração normalmente vem associada a
um outro risco ambiental, o ruído. Portanto somam-se os
efeitos sintomáticos dos riscos.
Quando falamos em vibração, temos que atentar que
estas se dividem em dois grupos, de acordo com sua
incidência e abrangência no corpo humano, tais como:
totais e parciais. Um exemplo clássico de vibração total é
a britadeira (martelete pneumático). Ao ser ligada sua energia vibratória é transmitida para o corpo
todo.
Uma outra situação que está bem próxima de nós exemplifica a
vibração parcial. Quem de nós, nunca utilizou uma furadeira, para
colocar um quadro na parede? Quando ligamos, a vibração é
transmitida, na sua maior porção, somente para o nosso braço, que
está em contato direto com o equipamento. Uma forma de prevenir
a vibração, seja, total ou parcial, é utilizando equipamentos com
amortecedores, somando-se ao uso de luvas de borracha que
também tem seu efeito amortecedor.
RADIAÇÕES IONIZANTES
São formas de energia que possuem potencial para provocar alteração em uma célula, ou seja, a
energia é tão grande que tem poder de subdividir o átomo em duas partes, energizando-os
eletricamente, formando pares iônicos.
PAR IÔNICO
As figuras ao lado, mostram a configuração de um par iônico,
gerados por um átomo que se subdividiu em dois, gerando uma
radiação ionizante.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 22
22. Exemplos de radiações ionizantes:
• Raio Alfa.
• Raio Beta.
• Raio Gama.
• Raio X.
Conseqüências: As pessoas atingidas por uma radiação ionizante estarão sujeitas a :
1. Mutações genéticas. Que acarreta câncer à vítima. O que poderá ser hereditário aos filhos.
2. Anemia.
3. Leucemia.
4. Catarata.
5. Câncer.
Prevenção: Proteção com enclausuramento feito de placas espessas de chumbo (coletes e
anteparos).
Obs: O princípio da radiação ionizante também é utilizado de forma medicinal, para destruir células
cancerígenas.
RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES
São formas de energia que não possuem potencial para alterar uma
célula. Porém, são de alguma forma, prejudiciais ao organismo humano.
Exemplos de serviços que envolvem radiações não ionizantes:
1. Em serviços de soldagens elétricas e oxiacetilênicas.
2. Trabalhos com radiofreqüência e microondas.
3. Trabalhos com laser na Medicina.
4. Trabalhos em telecomunicações.
Seus efeitos dependem da intensidade, duração, condições de absorção, de reflexão do local e do
equipamento de trabalho.
Riscos prováveis:
1. Queimaduras.
2. Câncer de pele.
3. Lesões oculares.
4. Conjuntivite.
5. Inflamação da córnea.
6. Catarata.
Prevenção: Utilização de equipamentos de proteção individual ou coletivo conforme a
necessidade. Máscaras com proteção para o rosto e lentes filtrantes adequadas ao tipo de trabalho
e intensidade luminosa. Proteger as partes do corpo que possam ser atingidas com textura em
couro de raspa e/ou outros materiais técnicos específicos, bem como calçados adequados.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 23
23. CALOR
A temperatura ideal no local de trabalho deve ficar entre
20 ºC e 23ºC.
O calor excessivo provoca em nós sensação de exaustão,
aumento da pulsação, cansaço, pele seca, desidratação,
cãibras, fadiga térmica, prostração térmica, choque térmico e
hipertensão.
Exemplo de pessoas que ficam expostas ao efeito do calor:
1. Operadores de fornos.
2. Operadores de caldeira.
3. Forjarias.
4. Siderúrgicas.
5. Altos-fornos, etc.
FRIO
Como vimos no item anterior, a temperatura ideal está entre 20 e
23ºC. Assim os trabalhos com baixa temperatura, ou seja, a partir
de 15ºC (artificial), diminuem a concentração das pessoas,
provocando também as seguintes situações:
1. Vaso constrição periférica.
2. Queda da freqüência de pulso.
3. Queda de pressão arterial.
4. Tremor incontrolável.
5. Hipotermia (inibição dos mecanismos do sistema nervoso central). Evoluindo para a
sonolência e coma.
6. Falta de concentração;
Exemplos de exposição a baixas temperaturas:
1. Trabalhos em câmaras frigoríficas.
2. Depósitos onde tenha temperatura controlada em graus muito baixos.
Prevenção: Usar roupas térmicas.
UMIDADE
As atividades ou operações executadas em locais alagados ou
encharcados, com umidade excessiva, serão capazes de produzir danos à
saúde dos trabalhadores.
Influi na troca térmica entre o corpo humano e o ambiente, pelo
mecanismo da evaporação.
Conseqüência: Doenças do aparelho respiratório e dermatoses.
Exemplos de trabalhos:
1. Limpeza e lavagem de modo geral.
2. Ambientes que possuam umidade relativa do ar com mais de 75 %.
3. Lavagem de automóveis.
4. Todos os trabalhos que possuam contato com água.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 24
24. Prevenção :
1. Uso de roupas impermeáveis.
2. Botas de PVC.
3. Aventais de PVC.
4. Macacões tipo tyvec (corpo inteiro).
5. Luvas adequadas.
6. Etc.
PRESSÕES HIPERBÁRICAS
Variações acentuadas de pressões atmosféricas. Há profissões que estão
expostas a pressões atmosféricas altas (mergulhadores) e baixas
(alpinistas e aeronautas).
Conseqüências:
1. Embolia pulmonar. O ar que os mergulhadores de profundidade
respiram se dissolve no sangue formando uma solução. Se o
mergulhador sobe muito rapidamente, o ar sai da solução,
formando bolhas no sangue, uma condição perigosa, conhecida
como embolia. Tanto pode afetar os pulmões, como o coração.
2. Ruptura do tímpano.
3. Dores abdominais.
4. Dor de dente.
5. Exoftalmia (saliência exagerada do globo ocular).
6. Obstrução dos vasos sanguíneos.
7. Intoxicação por oxigênio e gás carbônico.
8. Doença descompressiva.
Trabalhos com pressões anormais:
1. Mergulhadores.
2. Alpinistas.
3. Mineradores, e trabalhos subterrâneos em caixões pneumáticos.
Prevenção:
1. Utilizar equipamentos adequados para esse tipo de trabalho.
2. Cuidadoso trabalho em câmaras de descompressão.
3. Ser devidamente treinado e acompanhado por especialistas nessa área.
4. Seguir os procedimentos de segurança.
RISCOS QUÍMICOS
“Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória,
nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou
vapores, ou o que, pela natureza da atividade de exposição, possam
ter contato ou ser absorvido pelo organismo através da pele ou por
ingestão. (NR- 9.1.5.2).
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 25
25. POEIRAS
São pequenas partículas suspensas no ar decorrentes de um material sólido.
Poeiras minerais, vegetais, alcalinas, e incômodas. São aerodispersóides. Ficam
em suspensão no ar do ambiente de trabalho, podendo causar vários tipos de
doenças nos trabalhadores.
Tipos de doenças:
1. Silicose ( pó de sílica).
2. Bissinose ou bagaçose (bagaço do algodão e da cana).
3. Enfisema pulmonar (Pó de calcário).
4. Doenças obstrutivas crônicas (fumos metálicos).
Trabalhos que geram poeiras:
1. Uso de lixadeiras.
2. Polimentos, escavações, explosões em mineração e pedreiras, e certos tipos de
colheitas.
Prevenção:
1. Uso de EPI. Máscara com filtro mecânico adequado para atividade exercida.
FUMOS
São partículas suspensas no ar, decorrentes de condensações de
vapores, geralmente provenientes da volatização de metais em fusão
e quase sempre acompanhada de oxidação. Não se difundem e
tendem a flocular-se e depositar-se, sendo seu tamanho, menor que
as partículas de poeiras.
1. Trabalhos : Operações de soldagem ou fusões de metais,
onde haja concentração no ambiente.
Prevenção:
1. Uso de EPI( máscara c/ filtro ou c/ linha de ar mandado, ou ventilação local exaustora (EPC).
NÉVOAS
São partículas líquidas que se assemelham as gotículas resultantes da condensação de vapores
sobre certos núcleos.
Encontradas nos processos de Indústrias Químicas, pintura, pulverização
de plantações, etc.
1. Pulverização química de gás clorídrico.
2. Anidrido sulfúrico, e outros produtos químicos,
Podem ser:
Irritantes (Ácido clorídrico, ácido sulfúrico, amônia, soda cáustica, e cloro).
1. Asfixiantes (Gases como hidrogênio, nitrogênio, hélio, argônio, metano, acetileno, etc.)
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 26
26. 2. Anestésicos (solventes orgânicos – benzeno, butano, propano, acetona, xileno, tolueno,
óxido nitroso, etc.).
Conseqüências:
1. Atacam o sistema nervoso central.
2. Depressões ou euforias.
3. Problemas pulmonares.
4. Dermatites.
5. Câncer.
6. Diversas doenças respiratórias e gastro-intestinais.
Prevenção:
1. Uso de EPC – Ventilação local exaustora.
2. Controle do ambiente de trabalho referente à concentração na atmosfera (monitorar).
3. Uso de EPI – como máscara com filtros químicos adequados ao agente presente no
ambiente.
4. Uso de roupas p/ corpo inteiro quando necessário.
5. Uso de máscara de fuga, para eventual emergência.
6. Máscara com ar mandado em caso de adentrar em ambiente confinado.
NEBLINAS
São partículas líquidas resultantes de um processo de dispersão mecânica,
produzidas geralmente pela passagem de ar ou gás através de um líquido
ou em conseqüência de ocorrências como, por exemplo, respingo. Não se
difundem e apresentam tendência à deposição, quando não se evaporam.
Exemplos:
1. Cozimento de produtos alimentícios.
2. Fenômenos meteorológicos.
Conseqüências:
1. Irritação dos olhos.
2. Problemas alérgicos na pele.
3. Complicações respiratórias.
Prevenção: Uso de EPI adequado e cuidados semelhantes ao item anterior.
GASES
Não apresentam forma nem volume definidos. Tendem a ocupar todo o
volume disponível e se dispersam com facilidade. São altamente difusíveis
podendo ser mais leve ou pesado que o ar, e não alteram o seu estado gasoso
se expostos a temperaturas elevadas.
Exemplo: Monóxido de carbono, cloro, etc.
Prevenção: Uso de EPI adequado e cuidados especiais, como nos itens anteriores.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 27
27. VAPORES
Constituem o estado aeriforme de certas substâncias que, nas
condições usuais, de temperatura e pressão se encontram em estado
líquido ou sólido. Dispersam com facilidade, podendo apresentar
densidade maior ou menor que o ar.
Exemplos:
1. Vapores de Benzeno.
2. Vapores de Metanol, etc.
Conseqüências:
1. Problemas respiratórios.
2. E outras conseqüências graves ao organismo humano, dependendo do agente químico em
questão e sua toxicidade.
Prevenção:
1. Todos os cuidados descritos nos itens anteriores.
2. Uso de EPI adequado à operação.
3. Monitoramento constante no ambiente, com explosímetro, para garantir prevenção a
explosões.
4. Obedecer a normas e procedimentos de segurança conforme respectiva NBR (ABNT) e
Petrobrás.
RISCOS BIOLÓGICOS
Agentes biológicos são aqueles constituídos por seres vivos capazes de afetar a
saúde do trabalhador, como os microorganismos (vírus, bactérias,
protozoários, bacilos, fungos, etc.). Estes podem causar doenças de
natureza distinta, que em muitos casos se transmitem de outros animais ao
homem, como as zoonozes.
Em geral, os maiores riscos biológicos são aqueles ligados à cria e o cuidado de
animais (em estábulos e cavalariças), à manipulação de produtos de origem
animal (resíduos deteriorados de animais), serviços de limpeza pública (lixo urbano), serviços de
exumação de corpos em cemitérios, trabalhos em laboratórios biológicos e clínicos, em hospitais,
em unidades de emergência, em esgotos (galerias e tanques).
As medidas preventivas contra esses grupos de riscos biológicos são:
1. Vacinação.
2. Esterilização.
3. Higiene pessoal.
4. Ventilação adequada.
5. Controle médico.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 28
28. RISCOS ERGONÔMICOS
São determinados pela falta de adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas do trabalhador.
A expressão Lesões por Esforços Repetitivos – LER ganhou dimensão a
partir das Resoluções Nºs. 180 e 197, de 1992, da Secretaria Estadual de
Saúde de São Paulo, uma vez que a situação começava a fugir do
controle, devido ao crescente “atendimento aos estágios evolutivos das
LER’s”.
Atualmente, a terminologia LER está sendo substituída por alguns especialistas e entidades, por
DORT – “Doenças Osteomusculares Relacionadas com Trabalho”, que incorpora dimensões
ergonômicas e psicossociais e nos remete a fazer uma reflexão sobre novas formas de trabalho.
Conseqüências:
1. Bursite – Inflamação das bursas (pequenas bolsas localizadas entre os ossos e os tendões
das articulações dos ombros).
2. Epicondilite lateral – ( tennis elbow), é a inflamação dos músculos responsáveis pela
extensão e supinação do antebraço. A dor manifesta-se no cotovelo, chegando às mãos e
ombro.
3. Síndrome cervicobronquial – compressão dos nervos da coluna cervical, devido a
compressão do feixe neurovascular ao atravessar os músculos do pescoço, causando dor.
4. Síndrome do túnel do carpo – lesões nos punhos, devido à compressão do nervo
mediano ao nível do punho.
5. Tendinite
• Inflamação da porção larga do bíceps. Geralmente ocorre nas operações em que o braço é
mantido em elevação por longos períodos.
• Inflamação da estrutura osteomuscular do antebraço, por movimentos repetitivos de
supinação do mesmo.
6. Tenossinovite
• Inflamação dos extensores dos dedos, por suas contrações excessivas. Ocorrem
normalmente por operações com mouse e digitação.
• Inflamação dos tendões da face ventral do antebraço e punho, e flexores dos dedos.
Ocorrem devido a grande intensidade e velocidade na digitação, movimentação veloz dos
dedos e operação estática com mouse, de forma a causar todos esses males.
Sintomas:
1. Calor localizado.
2. Choques.
3. Dor.
4. Dormência.
5. Formigamento.
6. Fisgadas.
7. Inchações.
8. Pele avermelhada e perda de força muscular.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 29
29. Prevenção:
1. Rodízios nas tarefas mais críticas.
2. Reciclar conteúdo das tarefas.
3. Organizar-se no trabalho.
4. Rever monotonia.
5. Estudar postos de trabalho.
6. Verificar mobiliário.
7. Rever equipamentos e ferramentas.
8. Ginástica laboral.
ESFORÇO FÍSICO INTENSO
O que vai além da força que cada um pode executar. Imprimir força
maior do que o corpo permita.
Prevenção: Automação do processo ou atividade exercida por mais
de um trabalhador.
LEVANTAMENTO E TRANSPORTE MANUAL DE PESO
Muitos problemas nas costas se desenvolvem quando se levanta um peso.
Freqüentemente isto acontece quando se carrega um peso ao mesmo tempo em que se
curva ou se torce as costas.
Conseqüências: problemas com a coluna como lombalgias e hérnias de disco.
Prevenção: Técnicas de levantamento de peso e respeitar o limite do corpo.
TRANSPORTE DE MATERIAIS
O transporte de materiais também é outro fator que tem um impacto muito grande
no organismo. Ao transportar materiais com carrinhos, poucos sabem, porém, o
impacto seria bem menor se empurrarmos um carrinho. Além disso, seria melhor
se as manoplas fossem verticais, proporcionando um maior conforto , evitando
dobrar o pulso ao transportar o material.
EXIGÊNCIA DE POSTURA INADEQUADA
Quando falamos de postura, precisamos sempre lembrar que devemos nos preocupar com ela a
todo momento, isto implica dizer, tanto no trabalho como em outros locais como: casa e carro.
Diferente do que a maioria pensa, quando trabalhamos sentados, a coluna fica exposta a uma
sobrecarga muscular maior do que quando estamos em pé. Para minimizar os efeitos desta
sobrecarga, devemos reconhecer nossa postura no dia a dia, corrigi-la e mantê-la. Com as dicas
abaixo, percebemos que é muito fácil ter uma coluna saudável:
1. Sente-se com as costas apoiadas no encosto da cadeira que deve ter regulagem de altura.
Ajuste a altura do apoio lombar de forma a lhe proporcionar conforto sem forçar qualquer
ponto da coluna. O encosto da cadeira deverá ter um ângulo de 100 º.
2. Os pés deverão estar bem apoiados, de forma estar com a planta dos pés inteiramente
apoiada.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 30
30. 3. As pernas devem estar num ângulo de 90 º com os
pés, da mesma forma em relação às coxas.
4. A cabeça e pescoço devem estar alinhados às costas.
5. Os braços deverão trabalhar na vertical, os antebraços
devem estar na horizontal e os punhos apoiados.
6. Nunca use o teclado longe do corpo ou torcido, para
tanto, atente a posição dos braços, se estiverem junto
ao corpo na vertical, a posição estará correta.
7. Mantenha os olhos no mesmo nível do topo da tela do
computador. Não deixe a cabeça tombar par frente, se
necessário coloque um suporte no monitor para
auxiliar na manutenção da altura ideal.
8. Coloque o monitor de vídeo de lado para as janelas (nunca de frente, nem de costas).
9. Posicione o mouse junto do teclado.
10. Procure arranjar um suporte para documentos e coloca-lo ao lado do monitor na altura dos
olhos, isto evitará os movimentos repetitivos do pescoço.
11. É recomendado apoio para os punhos, de forma que estes permaneçam descansados e
num ângulo adequado de no máximo 90 º.
Exemplos de trabalhos:
1. Escritórios.
2. Posturas ao sentar nas cadeiras.
3. Utilização de micro-computadores.
Prevenção:
1. Utilização de mobiliários ergonômicos.
2. Acessórios de apoio.
3. Reeducação postural.
4. Ginástica laboral.
CONTROLE RÍGIDO DE PRODUTIVIDADE
A demanda da produção é cada vez maior, com isso muitas vezes faz-se
necessário o aumento do ritmo de trabalho e juntamente com este a cobrança.
Os efeitos psicológicos desta cobrança chamamos de controle rígido de
produtividade.
Exemplo de exposição:
1. Linhas de produção.
2. Áreas de telemarketing.
3. Áreas de vendas por comissão.
Prevenção:
1. Contratação de pessoal.
2. Reorganização do Trabalho.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 31
31. IMPOSIÇÃO DE RITMOS EXCESSIVOS
Este risco geralmente vem aliado ao controle rígido de produção, falta de
algum funcionário na produção, enfim, é a implementação de um ritmo de
trabalho mais rápido que pode ocasionar acidentes uma vez que há uma
exigência maior do ser humano.
Exemplos:
1. Área de produção em série.
2. Telemarketing.
3. Digitação, etc.
Prevenção:
1. Contratação de pessoal.
2. Reorganização do trabalho.
3. Respeito ao limite de produção individual.
4. Adequação do perfil do funcionário ao ritmo do trabalho.
TRABALHO EM TURNO E NOTURNO
Nosso organismo está adaptado para trabalhar durante o dia. O trabalho
noturno, exige um desgaste maior do indivíduo. Mesmo em horários como 12
X 36 horas, não há tempo hábil para recuperação e adaptação do organismo.
Exemplos:
1. Segurança patrimonial por 24 horas.
2. Trabalhos em enfermagens de hospitais, etc.
MOVIMENTO REPETITIVO
O movimento repetitivo é um dos principais fatores de LER/DORT e os
encontramos em diversas atividades de trabalho, seja na fábrica como no
escritório.
O digitador, por exemplo, ao digitar está exposto a danos à sua saúde, isto
não quer dizer que digitar seja prejudicial, mas, digitar excessivamente e com
muita rapidez, isso sim, é prejudicial.
Um exemplo clássico de movimento repetitivo é aquele apresentado no filme “Tempos Modernos”
de Charles Chaplin onde mostra um trabalhador na qual sua função é parafusar peças. Esse tipo de
atividade deve ser minimizada através de rodízio de hora em hora por movimentos diferentes ao
anterior acompanhado de exercícios próprios.
Nesse tempo, o profissional precisa fazer exercícios de relaxamento, automassagem, como o do-in,
alongar os dedos das mãos, pés, braços e movimentar o pescoço e as pernas. Esses movimentos
exercitam o que ficou parado, irrigando os tecidos.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 32
32. JORNADA DE TRABALHO PROLONGADA
Muitas vezes presenciamos casos em que há a necessidade de realização de
Jornada de trabalho além do horário previsto, algumas vezes isto se faz
necessário, mas teremos um problema quando se torna freqüente, pois trará
algumas conseqüências desagradáveis ao organismo e riscos de acidentes
devido à fadiga causada.
Exemplo:
1. Necessidade de realização de horas extras constantes.
Conseqüências: Stress, cansaço físico.
Prevenção: Rever a necessidade de jornada de trabalho prolongada.
MONOTONIA E REPETITIVIDADE
Muitos dos acidentes ocorrem por desatenção do funcionário ao seu
processo de trabalho ou fadiga que muitas vezes é gerada pela
monotonia da atividade.
Veja, à medida que realizamos tarefas, várias situações diferentes se
apresentam, fazendo com que nosso cérebro exercite.
Exemplo:
Entre dirigir em uma estrada plana e reta e numa estrada com curvas, a probabilidade de um
motorista dormir na primeira é muito maior, pois há uma acomodação natural do cérebro que leva
a sonolência. Ocorre que quando realizamos uma tarefa monótona, há a tendência de sentirmos
sonolência, fato que provoca acidentes.
ILUMINAÇÃO INADEQUADA
A iluminação é outro fator importante que devemos considerar na questão
ergonômica, pois, tanto a deficiência de iluminação quanto a iluminação
excessiva, causam danos à saúde do trabalhador.
Nosso aparelho visual é muito delicado e necessita de uma quantidade de
iluminância adequada para poder formar a imagem na retina. Ocorre que se
esta for deficitária a imagem não se formará nítida e o aparelho visual
automaticamente necessitará de mais iluminação para a formação da imagem com nitidez na
retina.
Esta “procura” por mais iluminação, quando feita por várias vezes, forçará as estruturas internas do
globo ocular, causando dores de cabeça, dificuldades para enxergar e problemas visuais futuros.
Da mesma forma a iluminação excessiva irá ferir as estruturas internas do globo ocular, causando
dores de cabeça, dificuldades para enxergar, ofuscamento e problemas visuais futuros.
PRÓ-ATIVIDADE - ATITUDE INTELIGENTE 33
33. RISCOS DE ACIDENTES
Agentes nocivos de acidentes do trabalho são todas as ocorrências não programadas, estranhas ao
andamento normal do trabalho, das quais poderão resultar danos físicos, e/ ou funcionais, ou
morte do trabalhador e danos materiais e econômicos à empresa.
ARRANJO FÍSICO INADEQUADO
O espaço físico existente para o trabalho deve ser modelado de forma
a dar ao indivíduo conforto e segurança, assim devemos utilizar um
espaço adequadamente, respeitando sua metragem e disposição.
Exemplos:
1. Uma sala com quatro mesas, mas que pelo projeto
comporta somente duas mesas.
2. Máquinas mal distribuídas no chão de fábrica.
Prevenção: Rever o projeto e reorganizar a distribuição da mobília na área.
MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM PROTEÇÃO
Todas as máquinas e equipamentos devem estar em perfeito estado de funcionamento, com
manutenção em dia, inclusive com todos os itens de segurança em ordem, conforme o PPRPS.
Exemplos:
1. Prensas com partes móveis desprotegidas.
2. Falta de manutenção periódica nos equipamentos.
Conseqüências:
1. Acidentes graves.
2. Mutilações.
3. Morte.
Prevenção:
1. Proteções adequadas nas partes móveis das máquinas.
2. Melhorar dispositivos de segurança nos equipamentos.
3. Manutenção periódica e lubrificação.
FERRAMENTAS INADEQUADAS OU DEFEITUOSAS
Toda ferramenta antes de ser projetada é exaustivamente estudada quanto a
sua utilidade, manuseio e conforto que trará ao usuário, mesmo assim muitas
vezes nos defrontamos com situações em que o usuário utiliza ferramentas
defeituosas ou para atividades em que as mesmas não foram projetadas.
Exemplos:
1. Utilização de facas em vez de chave de fenda.
2. Ferramentas com cabos defeituosos.
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