Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Avaliação da adesão ao tratamento anti-hipertensivo por meio de análise toxicológica de urina em pacientes com hipertensão resistente
1. Eduardo Henrique Costa Tibali
R3 Nefrologia
Resistant hypertension? Assessment of
adherence by
toxicological urine analysis
Universidade Federal de São Paulo
Escola Paulista de Medicina - Disciplina de
Nefrologia
2. Introdução
Prevalência de HAS: 25% da população
adulta
HAS refratária
Maior prevalência de HAS secundária
12-15% dos pacientes com HAS
Definição
Uso de pelo menos 3 anti-hipertensivos
sem adequado controle pressórico (1
diurético) ou
Uso de 4 classes de drogas e PA fora da
meta
3. Introdução
HAS refratária
Principal causa: má aderência
Preocupação
Risco cardiovascular
Comprometimento renal
Médicos superestimam a aderência dos
doentes!
4. Materiais e métodos
A) Pacientes
Hipertensão do avental branco = MAPA
Medidas ambulatoriais de PA
Otimização de PA segundo guidelines
internacionais
5. Materiais e métodos
B) Desenho do estudo
Prospectivo de coortes
Local: Departamento de Nefrologia do
Hospital Universitário de Goethe
(Frankfurt)
Inclusão: revisão dos prontuários dos
pacientes encaminhados a especialistas
por HAS refratária.
Período: 01/jan/2004 a 31/dez/2011
HAS
PA no consultório > 140x90 mmHg ou
MAPA com média > 130x80 mmHg
6. Materiais e métodos
Exclusão
Hipertensão incidente
Doença psiquiátrica
Dependência de drogas ilícitas
7. Materiais e métodos
Variáveis
Idade
Sexo
Peso
Altura
IMC
Duração da
hipertensão
Doença
arterial
coronariana
Doença
cerebrovascul
ar
Classes de
drogas
utilizadas
Fatores de
risco
cardiovascula
r conhecidos
Tabagismo
DM
Dislipidemia
Lesão de
órgão-alvo
Proteinúria
Microalbuminú
ria
TFG
Hipertrofia
de VE no
ecocardiogra
ma
8. Materiais e métodos
C) Análise de amostras de urina
para drogas anti-hipertensivas
usando espectrometria de massa
com cromatografia de líquidos de
alta performance.
12. Resultados
Características dos pacientes com HAS
resistente inexplicada
Todos da raça branca
Homens (57,9%)
Média de idade: 58 anos
Idade do diagnóstico: mediana=12 anos
antes do referenciamento ao serviço de
Nefrologia.
A maior parte dos pacientes com HAS
estágio II ou III na ocasião do
diagnóstico.
13. Resultados
Características dos pacientes com HAS
resistente inexplicada
IMC ≥ 30 em 92,1% dos casos
Outros dados frequentemente encontrados
Doença cardiovascular
DM
Lesões de órgãos-alvo
Média de uso de 5 drogas por paciente
A maioria com comprimidos que
combinam anti-hipertensivos (71,1%)
Todos com diuréticos
14. Resultados
Resultados do screening toxicológico
de urina para as drogas anti-
hipertensivas ou seus metabólitos
Total de 388 anti-hipertensivos prescritos
(cumulativo) para os 76 pacientes com
HAS resistente inexplicada
Análise realizada para 368 drogas
Exclusão da lercanidipina e dos nitratos
16. Resultados
7
16
3
2
Gráfico 4. Pacientes com má aderência parcial
identificados no exame toxicológico de urina
(N=28)
< 25% das drogas
prescritas
26-50% das drogas
prescritas
51-75% das drogas
prescritas
18. Resultados
Após serem informados sobre o
resultado do exame de urina, 87,5% dos
pacientes classificados como mal
aderentes (N=40) pelo exame de urina
afirmaram não ter usado a medicação
pelo menos de modo regular.
Contraste com a
informação inicial
fornecida por eles
20. Discussão
Hipertensão resistente
Pobre adesão às drogas (40-90%)
Difícil de ser avaliada
Estudo recente sugere que 70% dos
casos é, na verdade, HAS não tratada.
Questionamento: fármacos
inadequados ou má aderência?
21. Discussão
Adesão aos fármacos
Pacientes submetidos ao exame de urina
85% dos “não aderentes” usavam menos
de 50% das drogas prescritas
Obs: alta acurácia do screening toxicológico
urinário (93,4%)
Conclusão
Dados clínicos e a impressão médica
NÃO SÃO CONFIÁVEIS PARA AVALIAR A
ADESÃO!
22. Discussão
Adesão aos fármacos
Quanto à classe de anti-hipertensivos
Dados conflitantes na literatura
Beta-bloqueadores e diuréticos têm mais
efeitos colaterais que IECAs e BRAs →
menor adesão.
Uso de múltiplas drogas ou
comprimidos combinados → difícil de
avaliar a adesão.
Beta-bloqueadores dificilmente são usados
de modo combinado → maior adesão.
23. Discussão
Adesão aos fármacos
Outros fatores relacionados
Influência do médico
Crenças do paciente sobre o benefício da
medicação
Grau de instrução
24. Discussão
Análise urinária
Único método objetivo disponível
Custo alto, porém, viável.
Indicação precisa de procedimentos
invasivos (desnervação renal ou
estimulação do corpo carotídeo) →
redução de custos.
25. Discussão
Como melhorar a não-adesão
Aumentar o envolvimento do paciente no
tratamento
Oferecer maior suporte, como acesso à
medicação.
Educação
Monitorizar a adesão per se melhora a
adesão
26. Discussão
Críticas ao estudo
Pacientes melhoram a aderência nos 5
dias que precedem a consulta médica
Viés na interpretação dos resultados do
exame de urina
O estudo falha em identificar a adesão em
períodos prolongados
Não é multicêntrico
Hinweis der Redaktion
Não encontrei a definição de hipertensão incidente...
A hipertensão resistente é difícil de ser avaliada, pois é difícil determinar com precisão quais são os pacientes aderentes à terapêutica.