2. ecordioli@einstein.br 2
CONCEITO
85%
das
pacientes
tem
hipertensão,
15%
pressão
arterial
normal;
Quadro
Clínico:
mal
estado
geral,
dor
em
epigástrio,
quadrante
superior
direito
do
abdômen,
náusea
e
vômito,
icterícia
discreta;
Aparece
geralmente
após
28
semanas
ou
mesmo
após
o
parto;
Pode
aparecer
precocemente
na
gestação
em
gemelares,
pacientes
com
colagenoses,
trombofilias,
hiperJreoidismo,
doenças
renais
e
MHEG
composta.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (SIBAI, 1990)CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (SIBAI, 1990)
Hemólise
Esfregaço anormal do sangue periférico
(esquistocitose, anisocitose, equinocitose,
pecilocitose)
Bilirrubina total > 1.2 mg%
DHL > 600 U/l
Elevação das enzimas
hepáticas
TGO > 70 U/l
DHL > 600 U/l
Plaquetopenia Plaquetas < 100.000/mm3
sábado, 1 de novembro de 14
3. ecordioli@einstein.br 3
Abordagem Assistencial
12
Passos
de
Magann
e
MarJn,
1999.
– Antecipe-‐se
e
faça
o
diagnósJco;
– Avalie
as
condições
maternas;
– Avalie
as
condições
fetais;
– Controle
a
pressão
arterial;
– Previna
as
convulsões
com
sulfato
de
magnésio;
– Controle
líquidos
e
eletrólitos;
– Realize
hemoterapia
judiciosa;
– Gerencie
o
trabalho
de
parto
e
parto;
– OJmize
o
cuidado
perinatal;
– Trate
a
paciente
intensivamente
após
o
parto;
– Permaneça
alerta
para
o
desenvolvimento
de
falência
de
múlJplos
órgãos;
– Aconselhe
sobre
a
gestação
futura.
sábado, 1 de novembro de 14
4. ecordioli@einstein.br 4
Antecipe-se e faça o diagnóstico
DiagnósJco
nem
sempre
fácil
=
sintomas
inespecíficos:
– 90
%
queixa
de
mal-‐estar;
– 85%
hipertensão;
– 65%
queixa
de
dor
epigástrica;
– 30%
náusea
e
vômito;
– 30%
cefaléia;
– 30%
edema
Média
do
tempo
do
início
dos
sintomas
e
diagnósJco
final
=
8
dias.
Apenas
1
a
cada
7
pacientes
que
procuram
pronto
atendimento
tem
o
diagnósJco
imediato.
Schröder
W,
Heyl
W.
HELLP-‐syndrome.
DifficulJes
in
diagnosis
and
therapy
of
a
severe
form
of
preeclampsia.
Clin
Exp
Obstet
Gynecol.
1993;20(2):88-‐94.
sábado, 1 de novembro de 14
5. ecordioli@einstein.br 5
Antecipe-se e faça o diagnóstico
Toda
hipertensa
deve
ser
rastreada
laboratorialmente
para
Hellp
síndrome,
principalmente
se
piora
de
sintomas
ou
da
pressão
arterial.
Toda
paciente
não
hipertensa,
mas
com
sintomas
inespecíficos
deve
ser
rastreada
para
Hellp
síndrome,
principalmente
com
mal-‐estar
e
desconforto
na
região
superior
do
abdômen
(realizar
exame
de
imagem
para
avaliar
kgado).
– Hemograma
completo
– Enzimas
HepáJcas
• DHL
• CreaJnina
/
Uréia
– Esquizócitos
– Glicemia
– TTPA
– Fibrinogênio
– Haptaglobina
Proteinúria
só
presente
em
30-‐35%
!!!!!
sábado, 1 de novembro de 14
6. ecordioli@einstein.br 6
Caso Clínico
Paciente
36
anos,
IG
OP,
grávida
de
gêmeos,
com
26
semanas
de
gestação,
procura
UPA
com
dor
abdominal
em
“peso”
há
1
dia
,
com
piora
importante
há
2
horas,
em
epigástrio
associada
a
náuseas
.
Dá
entrada
pela
UPA
cirurgia
geral,
PA
:
130
x
80mmHg,
P:
110bpm,
T:
36.8
oC
,
agitada,
score
de
dor
10/10.
sábado, 1 de novembro de 14
7. ecordioli@einstein.br 6
Caso Clínico
Paciente
36
anos,
IG
OP,
grávida
de
gêmeos,
com
26
semanas
de
gestação,
procura
UPA
com
dor
abdominal
em
“peso”
há
1
dia
,
com
piora
importante
há
2
horas,
em
epigástrio
associada
a
náuseas
.
Dá
entrada
pela
UPA
cirurgia
geral,
PA
:
130
x
80mmHg,
P:
110bpm,
T:
36.8
oC
,
agitada,
score
de
dor
10/10.
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8. ecordioli@einstein.br 7
Avalie as Condições Maternas
Classifique
a
doença:
– Baseando-‐se
no
número
de
plaquetas
(MarJn,
1990):
• Classe
I
–
plaquetas
<
50.000/mm3
• Classe
II
–
plaquetas
>
50.000
e
<
100.000/mm3
• Classe
III
–
plaquetas
>
100.000
e
<
150.00/mm3
– Baseando-‐se
nas
anormalidades
(Sibai,
1996):
• Completa
• Parcial
sábado, 1 de novembro de 14
9. ecordioli@einstein.br 8
Avalie as condições fetais
Ultrassom
obstétrico
com
Dopplerfluxometria
– Avaliação
arterial
fetal,
se
alterada,
proceder
o
estudo
venoso.
– Avaliação
peso
fetal,
líquido
amnióJco.
– Avaliação
criteriosa
da
placenta,
procurar
coágulos
(DPP
10%).
Key-‐points:
– Artéria
Uterina
ajuda
no
DD,
se
normal
considerar
outras
hipóteses
diagnósJcas,
porém
não
é
condição
sine
qua
non.
– Na
opção
pela
conduta
expectante,
observar
se
há
crescimento
fetal,
raro
o
crescimento
fetal
com
diástole
zero
ou
reversa
na
umbilical.
sábado, 1 de novembro de 14
10. ecordioli@einstein.br 9
Controle a Pressão Arterial
AnJ-‐hipertensivos
se
PA
≥
160
x
110
mmHg.
– Emergência
:
Hidralazina
5mg
–
EV
30/30
minutos
–
ACM
» Na
falta
de
hidralazina:
Nifedipina
V.O.
– Estabilizado,
se
conduta
expectante
introduzir
AlfameJldopa
ou
Pindolol.
– ObjeJvo
manter
PAD
entre
90-‐110
mmHg.
Na
conduta
expectante
,
é
muito
importante
manter
PA
sobre
controle.
sábado, 1 de novembro de 14
12. ecordioli@einstein.br 10
Sulfato de Magnésio
Deve
ser
sempre
considerado
nas
pacientes
com
Hellp
completa,
principalmente
nas
pacientes
com
cefaléia
ou
dor
epigástrica,
mesmo
sem
hipertensão.
sábado, 1 de novembro de 14
13. ecordioli@einstein.br 10
Sulfato de Magnésio
Deve
ser
sempre
considerado
nas
pacientes
com
Hellp
completa,
principalmente
nas
pacientes
com
cefaléia
ou
dor
epigástrica,
mesmo
sem
hipertensão.
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14. ecordioli@einstein.br 10
Sulfato de Magnésio
Deve
ser
sempre
considerado
nas
pacientes
com
Hellp
completa,
principalmente
nas
pacientes
com
cefaléia
ou
dor
epigástrica,
mesmo
sem
hipertensão.
Deve
ser
considerado
em
todas
as
pacientes
no
trabalho
de
parto
e
usar
no
pós-‐parto
por
24
horas,
mesmo
nas
pacientes
com
Hellp
parcial.
sábado, 1 de novembro de 14
15. ecordioli@einstein.br 10
Sulfato de Magnésio
Deve
ser
sempre
considerado
nas
pacientes
com
Hellp
completa,
principalmente
nas
pacientes
com
cefaléia
ou
dor
epigástrica,
mesmo
sem
hipertensão.
Deve
ser
considerado
em
todas
as
pacientes
no
trabalho
de
parto
e
usar
no
pós-‐parto
por
24
horas,
mesmo
nas
pacientes
com
Hellp
parcial.
sábado, 1 de novembro de 14
16. ecordioli@einstein.br 10
Sulfato de Magnésio
Deve
ser
sempre
considerado
nas
pacientes
com
Hellp
completa,
principalmente
nas
pacientes
com
cefaléia
ou
dor
epigástrica,
mesmo
sem
hipertensão.
Deve
ser
considerado
em
todas
as
pacientes
no
trabalho
de
parto
e
usar
no
pós-‐parto
por
24
horas,
mesmo
nas
pacientes
com
Hellp
parcial.
Use
ferramentas
de
apoio
a
decisão
sábado, 1 de novembro de 14
17. ecordioli@einstein.br 10
Sulfato de Magnésio
Deve
ser
sempre
considerado
nas
pacientes
com
Hellp
completa,
principalmente
nas
pacientes
com
cefaléia
ou
dor
epigástrica,
mesmo
sem
hipertensão.
Deve
ser
considerado
em
todas
as
pacientes
no
trabalho
de
parto
e
usar
no
pós-‐parto
por
24
horas,
mesmo
nas
pacientes
com
Hellp
parcial.
Use
ferramentas
de
apoio
a
decisão
– US
artéria
o|álmica
sábado, 1 de novembro de 14
19. ecordioli@einstein.br 12
Sulfato de magnésio deve ser utilizado por 2 vias em gestantes
com pré-eclâmpsia grave!
sábado, 1 de novembro de 14
20. ecordioli@einstein.br 12
Por via Endovenosa
Sulfato de magnésio deve ser utilizado por 2 vias em gestantes
com pré-eclâmpsia grave!
sábado, 1 de novembro de 14
21. ecordioli@einstein.br 12
Por via Endovenosa
Por via Intramuscular
Sulfato de magnésio deve ser utilizado por 2 vias em gestantes
com pré-eclâmpsia grave!
sábado, 1 de novembro de 14
22. ecordioli@einstein.br 13
Endovenoso (EV) contínuo:
1. 4,0g EV (8 ml MgSO4 (ampola 10ml-50%)+ 12 ml H2O
destilada) infundidos em cerca de 10 minutos
2. 2,0g EV a cada hora (50 g (5 ampolas) em 500 ml SG 5%
(44ml/h em BI)
Intramuscular (IM): (transporte)
1. 4,0g EV (8 ml MgSO4 + 12 ml H2O destilada) infundidos em
cerca de 10 minutos)10,0g IM profundo(5g em cada nádega)
2. 5,0g IM profundo a cada 4 horas (pelo menos 24h
SULFATO DE MAGNÉSIO
sábado, 1 de novembro de 14
23. ecordioli@einstein.br 14
Controle Líquidos e Eletrólitos
Cuidado
com
edema
agudo
de
pulmão
!
Cuidado
com
insuficiência
renal
!
– Volume
total
infundido
entre
100-‐150
ml/h
– ObjeJvo:
manter
débito
urinário
entre
25-‐40
ml/h
sábado, 1 de novembro de 14
24. ecordioli@einstein.br 15
Hemoterapia judiciosa
Pacientes
que
serão
submeJdos
ao
parto
cesáreo
e
apresentam
menos
de
50.000
plaq/mm3
devem
receber
transfusão
de
plaquetas.
(5-‐10
unidades)
Pacientes
que
terão
parto
vaginal
recebem
plaquetas
se
contagem
menor
que
20.000
plaq/mm3
.
(5-‐10
unidades)
Pacientes
com
CIVD
recebem
plasma
fresco
congelado.
Pacientes
com
Hb
<
7.0
g/dl
e
sintomáJcas
recebem
concentrado
de
glóbulos
vermelhos.
sábado, 1 de novembro de 14
25. ecordioli@einstein.br 16
Gerencie o trabalho de parto e parto
Parto
é
o
único
tratamento
definiJvo;
Preferencialmente
via
vaginal
se
vitalidade
fetal
preservada;
Anestesia
para
cesárea
ou
analgesia
de
parto:
– Avaliar
plaquetas:
• Plaquetas
>
100.000/mm3
=
BLOQUEIO
• Plaquetas
50-‐100.000/mm3
=
AVALIAR
COAGULAÇÃO
(TROMBOELASTOGRAMA)
• Plaquetas
<
50.000/mm3
=
GERAL
Ganem
EM,
CasJglia
YM.
[Anesthesia
in
pre-‐eclampsia.].
Rev
Bras
Anestesiol.
2002
Jul;52(4):481-‐97
sábado, 1 de novembro de 14
26. ecordioli@einstein.br 17
OTIMIZE O CUIDADO PERINATAL
Não
há
jusJficaJva
para
conduta
expectante
após
34
semanas
ou
se
paciente
na
classe
I
(<
50.000
plaq/mm3).
Se
paciente
na
classe
II
ou
III
e
idade
gestacional
entre
24
–
34
semanas
considerar
tratamento
expectante
por
pelo
menos
72
horas
para
ação
do
corJcoide
(betametasona),
se
não
houver
piora
clínica.
Considerar
tratamento
conservador
(+
72horas)
– Se
Hellp
parcial,
paciente
na
Categoria
II
ou
III
+
– Hipertensão
está
controlada
+
– Não
há
epigastralgia
ou
deterioração
da
função
hepáJca
ou
renal.
sábado, 1 de novembro de 14
27. ecordioli@einstein.br 18
Uso Dexametasona
Dexametasona
é
superior
para
melhora
dos
padrões
laboratoriais
(plaquetas)
do
que
betametasona.
Dose
de
10
mg
EV
12/12
horas
pelo
menos
4
doses,
podendo
ser
estendido
até
o
parto.
Não
há
diferença
no
desfecho
clínico
com
base
nos
trabalhos
atuais,
levar
em
consideração
baixo
n
para
uma
conclusão
mais
robusta
e
protocolos
diversos...
Porém
seu
uso
pode
ser
jusJficado
se
a
manutenção
dos
níveis
mais
altos
de
plaquetas
seja
interessante,
como
por
exemplo
opção
pela
via
alta
com
bloqueio
e
não
geral.
Woudstra
DM,
Chandra
S,
Hofmeyr
GJ,
Dowswell
T.
CorJcosteroids
for
HELLP
(hemolysis,
elevated
liver
enzymes,
low
platelets)
syndrome
in
pregnancy.
Cochrane
Database
Syst
Rev.
2010
Sep
8;(9)
sábado, 1 de novembro de 14
28. ecordioli@einstein.br 19
Trate a paciente intensivamente após o parto
Alerta para o desenvolvimento de falência de múltiplos órgãos
Realizar
pós-‐parto
em
semi-‐intensiva
ou
UTI
por
pelo
menos
24
horas
e
até
que:
– Melhora
clínica
evidente
– Melhora
laboratorial
evidente
• Melhor
marcador
DHL,
deve
melhorar
em
até
48
horas,
assim
como
TGO.
• Plaquetas
demoram
um
pouco
mais
para
normalizar,
geralmente
após
o
4º.
Dia.
• O
uso
de
dexametasona
no
pós-‐operatório
imediato
acelera
de
forma
evidente
os
padrões
laboratoriais,
principalmente
na
contagem
de
plaquetas,
porém
sem
diferença
no
desfecho
clínico.
– Hipertensão
controlada,
com
níveis
menores
que
160
x
110
mmHg.
– Diurese
>
100
ml/h
por
2
horas
consecuJvas.
Em
48
horas
pós-‐parto
manter
vigilância
para
diagnósJco
precoce
de
edema
agudo
de
pulmão,
insuficiência
hepáJca
ou
renal.
Se
falência
hepáJca
,
indicação
de
transplante.
sábado, 1 de novembro de 14
29. ecordioli@einstein.br 20
Aconselhamento futura gestação
Há
evidente
aumento
do
risco
de
recorrência
da
Hellp
ou
de
outro
desfecho
negaJvo.
Autor N Hellp
% PE
% Desfecho
negaJvo
%
Sullivan*,
1994 418 19-‐27 42-‐43 -‐
Sibai*,1995 314 3-‐5 19-‐75 4-‐40
Leeners,
2011 148 12 16% -‐
Langenveld
J**,
2010 2377 8 -‐ -‐
sábado, 1 de novembro de 14