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O desafio de implantar
métodos ágeis em uma
organização com processo
tradicional maduro
Eduardo Borges
Raquel Lara
Eduardo Habib B. Maia
Clarindo Pádua
Wilson de Pádua Paula Filho

Synergia – Departamento de ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais
Agenda







Contextualização
Motivadores para adoção de métodos ágeis
Descrição dos projetos
Resultados e lições aprendidas
Conclusões
Contextualização

UFMG
FUNDEP

Escolas

Institutos

Outros

ICB

Departamento
Estatística

ICEx

IGC

Departamento
Química

Departamento
Computação

Departamento
Física

SYNERGIA

Departamento
Matemática
Contextualização

 Synergia: Laboratório de Engenharia de
Software da UFMG/Brasil
– Equipe de cerca de 50 pessoas
– Desenvolvimento de software
• Instituições públicas
• Fundações
• Empresas privadas

 Processo formal baseado no Praxis
Contextualização
Contextualização

 Forte investimento em qualidade
– Formalismo nas especificações
– Revisões, inspeções e testes
 Cultura de forte valorização de processos
– Especificações formais de requisitos
– Modelagem e documentação detalhadas
– Alto investimento em revisões, inspeções e testes
 Resultados excelentes no controle e qualidade do
produto.
Motivações para adoção de métodos ágeis

 Ciclo de desenvolvimento longo
– 9 meses para desenvolver uma funcionalidade
– Mais de um ano para um produto ser entregue
 Dificuldade para lidar com alterações em requisitos
 Forte divisão de papéis
– Análise, desenho, implementação e testes
 Alto custo dos projetos
– 6 inspeções formais por requisito (50% do custo)
O processo Synergia-Ágil

 SCRUM + práticas XP
 Processo inicialmente aplicado em 2 projetos
piloto
– Amadurecimento do processo
– Antecipação de problemas
Descrição dos projetos piloto (1/2)

 Projetos:
– P1:
• Software front-end para algoritmos de otimização.

– P2:
• Plataforma colaborativa de criação de conteúdo.

 Características comuns:
– Desenvolvimento interno.
– Produtos de pequeno porte.
– Incertezas (adoção de novas tecnologias).
Descrição dos projetos piloto (2/2)

P1
Equipe de 10 integrantes
(estudantes de graduação)

Preparação

s1

Scrum
Master

Product
Owner

s2

s3

Consultor de
Usabilidade

Mentor
Técnico

Product
Owner

Mentor
Técnico

s4

2 meses

4 sprints de 4 semanas

P2
Equipe de 6 integrantes
(experientes no processo anterior)
s1

s2

s3

4 sprints de 4 semanas

s4

Scrum
Master
s5

s6

s7

s8

s9

s10 s11 s12 s13

9 sprints de 2 semanas
Resultados – P1

 Scrum Master era um papel desempenhado
pelo Mentor.
– Alterado a partir da segunda Sprint
 Produtividade muito baixa na primeira Sprint
– Inexperiência da equipe
– Autogerenciamento não funcionou muito bem
 Testador externo ao time forneceu uma visão
imparcial sobre o produto
Resultados – P1

 2 Residentes tiveram a iniciativa de se desligarem do
programa
 Avaliação de práticas XP
– Programação em pares, Prototipação, Integração
contínua
– TDD na prática não foi aplicada até a 3º Sprint.
 Avaliação e feedback ao fim do desenvolvimento
Resultados – P2

 Dificuldade de trocar a especificação formal
pela colaboração com o PO
– Introdução da pré-validação com o PO no
conceito de pronto
 Dificuldade de desenvolver a arquitetura ao
longo do projeto (e não a priori)
– Tecnologia nova e desconhecida pela equipe
– Muito retrabalho
Resultados – P2

 Dificuldade de desenvolver em pequenos
incrementos
– Dificuldade em dimensionar o esforço que
caberia nas Sprints

Burdown da primeira e da última Sprint
Resultados – P2

 Medidas tomadas para melhorar o planejamento
das Sprints
– Introdução do uso de Story Points
– Redução do tamanho das Sprints
– Maior rigor no aceite das histórias de usuário
 Dificuldade gerada devido à instabilidade do
escopo e incertezas de prazo
– Definição do Produto Mínimo Viável demorou
várias Sprints
Resultados – P1 e P2

 Scrum – maior aderência. Benefícios
observados:
– Visibilidade de progresso
– Entusiasmo e comprometimento da equipe e
dos interessados no projeto
– Foco nas funcionalidades de maior valor
 XP – algumas práticas não foram adotadas nos
2 projetos, sendo as mais relevantes:
– TDD
– P2: Programação em pares
Resultados – lições aprendidas

 Ambos: problemas de qualidade interna de código
– P1: equipe inexperiente
– P2: dificuldade em lidar com o desenho
incremental
 P1: Metodologia contribuiu para integração e
comprometimento da equipe
– Integrantes com baixo desempenho ou
comprometimento saíram voluntariamente
 P2: Dificuldade para mudar o paradigma
– Trocar especificação formal por comunicação
direta
– Desenvolver em pequenos incrementos
• Redução das sprints foi benéfica
Descrição dos Projetos migrados (1/2)

 Projetos:
– P3:
• Software front-end para algoritmos de otimização
e mais genérico do que P1
• Equipe inexperiente

– P4: Software front-end de grande porte em
manutenção evolutiva
• Equipe mais experiente
• Arquitetura estável
• Produto muito grande
Descrição dos Projetos migrados(2/2)

P3
Scrum
Master

Equipe de 8 integrantes
(estudantes de graduação)

s1

Preparação

s2

s3

Product
Owner

s4

s5

s6

Consultor de
Usabilidade

s7

s8

1 mês
10 sprints de 2 semanas

P4
Equipe de 10 integrantes
(experientes no processo anterior)
s1

s2

s3

s4

s5

s6

s7

Scrum
Master
s8

s9

Product
Owner
s10

10 sprints de 2 semanas

...

s9

Mentor
Técnico

s10
Resultados P3

 Maior aderência ao processo.
 Práticas XP adotadas efetivamente

 Criação de um Checklist de perguntas a serem
feitas ao PO
Resultados P4

 Dificuldades
– Especialização.
– Saída de pessoas chave do projeto
– Entendimento sobre o autogerenciamento
 Equipe motivada.
 Programação em pares adotada em casos
específicos
 Melhor difusão do conhecimento
 Problemas encontrados com mais antecedência
Conclusões

 Não foi simples adotar métodos ágeis
– Cultura de processos dificultou bastante
 Apesar das dificuldades, em todos os projetos
foram percebidos benefícios da adoção
 Resultados levaram o laboratório a decidir pela
transição para métodos ágeis em novos
projetos
– Adoção atingiu 100% dos projetos em
set/2013.
Obrigado!
Eduardo Habib (habib@dcc.ufmg.br)
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O desafio de implantar métodos ágeis em uma organização com processo tradicional maduro

  • 1. O desafio de implantar métodos ágeis em uma organização com processo tradicional maduro Eduardo Borges Raquel Lara Eduardo Habib B. Maia Clarindo Pádua Wilson de Pádua Paula Filho Synergia – Departamento de ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais
  • 2. Agenda      Contextualização Motivadores para adoção de métodos ágeis Descrição dos projetos Resultados e lições aprendidas Conclusões
  • 4. Contextualização  Synergia: Laboratório de Engenharia de Software da UFMG/Brasil – Equipe de cerca de 50 pessoas – Desenvolvimento de software • Instituições públicas • Fundações • Empresas privadas  Processo formal baseado no Praxis
  • 6. Contextualização  Forte investimento em qualidade – Formalismo nas especificações – Revisões, inspeções e testes  Cultura de forte valorização de processos – Especificações formais de requisitos – Modelagem e documentação detalhadas – Alto investimento em revisões, inspeções e testes  Resultados excelentes no controle e qualidade do produto.
  • 7. Motivações para adoção de métodos ágeis  Ciclo de desenvolvimento longo – 9 meses para desenvolver uma funcionalidade – Mais de um ano para um produto ser entregue  Dificuldade para lidar com alterações em requisitos  Forte divisão de papéis – Análise, desenho, implementação e testes  Alto custo dos projetos – 6 inspeções formais por requisito (50% do custo)
  • 8. O processo Synergia-Ágil  SCRUM + práticas XP  Processo inicialmente aplicado em 2 projetos piloto – Amadurecimento do processo – Antecipação de problemas
  • 9. Descrição dos projetos piloto (1/2)  Projetos: – P1: • Software front-end para algoritmos de otimização. – P2: • Plataforma colaborativa de criação de conteúdo.  Características comuns: – Desenvolvimento interno. – Produtos de pequeno porte. – Incertezas (adoção de novas tecnologias).
  • 10. Descrição dos projetos piloto (2/2) P1 Equipe de 10 integrantes (estudantes de graduação) Preparação s1 Scrum Master Product Owner s2 s3 Consultor de Usabilidade Mentor Técnico Product Owner Mentor Técnico s4 2 meses 4 sprints de 4 semanas P2 Equipe de 6 integrantes (experientes no processo anterior) s1 s2 s3 4 sprints de 4 semanas s4 Scrum Master s5 s6 s7 s8 s9 s10 s11 s12 s13 9 sprints de 2 semanas
  • 11. Resultados – P1  Scrum Master era um papel desempenhado pelo Mentor. – Alterado a partir da segunda Sprint  Produtividade muito baixa na primeira Sprint – Inexperiência da equipe – Autogerenciamento não funcionou muito bem  Testador externo ao time forneceu uma visão imparcial sobre o produto
  • 12. Resultados – P1  2 Residentes tiveram a iniciativa de se desligarem do programa  Avaliação de práticas XP – Programação em pares, Prototipação, Integração contínua – TDD na prática não foi aplicada até a 3º Sprint.  Avaliação e feedback ao fim do desenvolvimento
  • 13. Resultados – P2  Dificuldade de trocar a especificação formal pela colaboração com o PO – Introdução da pré-validação com o PO no conceito de pronto  Dificuldade de desenvolver a arquitetura ao longo do projeto (e não a priori) – Tecnologia nova e desconhecida pela equipe – Muito retrabalho
  • 14. Resultados – P2  Dificuldade de desenvolver em pequenos incrementos – Dificuldade em dimensionar o esforço que caberia nas Sprints Burdown da primeira e da última Sprint
  • 15. Resultados – P2  Medidas tomadas para melhorar o planejamento das Sprints – Introdução do uso de Story Points – Redução do tamanho das Sprints – Maior rigor no aceite das histórias de usuário  Dificuldade gerada devido à instabilidade do escopo e incertezas de prazo – Definição do Produto Mínimo Viável demorou várias Sprints
  • 16. Resultados – P1 e P2  Scrum – maior aderência. Benefícios observados: – Visibilidade de progresso – Entusiasmo e comprometimento da equipe e dos interessados no projeto – Foco nas funcionalidades de maior valor  XP – algumas práticas não foram adotadas nos 2 projetos, sendo as mais relevantes: – TDD – P2: Programação em pares
  • 17. Resultados – lições aprendidas  Ambos: problemas de qualidade interna de código – P1: equipe inexperiente – P2: dificuldade em lidar com o desenho incremental  P1: Metodologia contribuiu para integração e comprometimento da equipe – Integrantes com baixo desempenho ou comprometimento saíram voluntariamente  P2: Dificuldade para mudar o paradigma – Trocar especificação formal por comunicação direta – Desenvolver em pequenos incrementos • Redução das sprints foi benéfica
  • 18. Descrição dos Projetos migrados (1/2)  Projetos: – P3: • Software front-end para algoritmos de otimização e mais genérico do que P1 • Equipe inexperiente – P4: Software front-end de grande porte em manutenção evolutiva • Equipe mais experiente • Arquitetura estável • Produto muito grande
  • 19. Descrição dos Projetos migrados(2/2) P3 Scrum Master Equipe de 8 integrantes (estudantes de graduação) s1 Preparação s2 s3 Product Owner s4 s5 s6 Consultor de Usabilidade s7 s8 1 mês 10 sprints de 2 semanas P4 Equipe de 10 integrantes (experientes no processo anterior) s1 s2 s3 s4 s5 s6 s7 Scrum Master s8 s9 Product Owner s10 10 sprints de 2 semanas ... s9 Mentor Técnico s10
  • 20. Resultados P3  Maior aderência ao processo.  Práticas XP adotadas efetivamente  Criação de um Checklist de perguntas a serem feitas ao PO
  • 21. Resultados P4  Dificuldades – Especialização. – Saída de pessoas chave do projeto – Entendimento sobre o autogerenciamento  Equipe motivada.  Programação em pares adotada em casos específicos  Melhor difusão do conhecimento  Problemas encontrados com mais antecedência
  • 22. Conclusões  Não foi simples adotar métodos ágeis – Cultura de processos dificultou bastante  Apesar das dificuldades, em todos os projetos foram percebidos benefícios da adoção  Resultados levaram o laboratório a decidir pela transição para métodos ágeis em novos projetos – Adoção atingiu 100% dos projetos em set/2013.