SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 14
A Crônica Brasileira e o registro do cotidiano
Acadêmicas: Ana Claudia M. Ribeiro
Eduarda Müller
A crônica é um gênero narrativo, e narra fatos históricos de maneira
cronológica, e aborda temas da atualidade. Sua origem é grega e vem da
palavra Cronos - que é o deus grego do tempo. Uma das mais famosas
crônicas da história da literatura brasileira como "narração histórica” é a
“Carta de Achamento Do Brasil” de Pero Vaz de Caminha, na qual são
narrados ao rei português D. Manuel, o descobrimento do Brasil, e como
foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui.
Com o desenvolvimento da imprensa no século XIX, a crônica passou a
fazer parte dos jornais e apareceu pela primeira vez em 1799 no “Journal de
Débats”, publicado em Paris.
O nascimento da crônica
“Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É
dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as
pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente
sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos
atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua,
outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la
glace est rompue está começada a crônica. (...)” (Machado de Assis.
"Crônicas Escolhidas". São Paulo: Editora Ática, 1994).
A crônica se diferencia do jornal por não buscar exatidão na
informação, e também se difere da notícia que procura relatar os fatos
que acontecem, já a crônica os analisa, apresenta um colorido
emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista
por outro ângulo, singular. A preocupação com o leitor é que faz com
que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos
problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos
pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.
Na crônica, o leitor acompanha o acontecimento como uma
testemunha guiada pelo olhar do cronista, que tem a pretensão de
registrar de maneira pessoal o acontecimento. O autor dá a um fato
corriqueiro uma perspectiva, que o transforma em fato singular e
único.
Características das crônicas:
Narração curta;
Descreve fatos da vida cotidiana;
Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
Possui personagens comuns;
Segue um tempo cronológico determinado;
Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
Linguagem simples.
VILARINHO, Sabrina. "Crônica "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm>.
Acesso em 22 de dezembro de 2016.
O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais
próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas
etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial
demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e
a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
Alguns cronistas são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis
Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de
Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles,
Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial,
Arnaldo Jabor, dentre outros.
Classificação das Crônicas:
• Crônica Lírica: onde o autor descreve os fatos com nostalgia e sentimentalismo;
• Crônica Humorística: o autor faz graça com o cotidiano;
• Crônica-Ensaio: o cronista, ironicamente, tece uma crítica ao que acontece nas
relações sociais e de poder;
• Crônica Filosófica: o autor faz uma reflexão de um fato ou evento;
• Crônica Jornalística: o autor apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos que
podem ser: policiais, esportivos, políticos, etc.
MARTINS, Fábio C. 6 Dicas para escrever uma crônica. Folhetim Online, 2012. Disponível em:
<http://www.folhetimonline.com.br/2012/06/25/dicas-6-dicas-para-escrever-uma-cronica/> Acesso em: 19/12/2016
 A função da crônica não é a de informar, sua relação mais
próxima com o jornal está com o fato diário, fato este que se torna
mote do cronista. Cabe avaliar em cada cronista se este mote é o
que sufoca a crônica ao papel degradável do jornal. Quando
lemos este gênero buscamos uma leitura breve, agradável, com
fluência. Busca esta que encontramos também nos textos
jornalísticos, exceto pelo já exposto: informação.
 Segundo descreve o autor Eduardo Portella: “A crônica literária
brasileira sempre tem procurado ser uma crônica urbana: um
registro dos acontecimentos da cidade, a história da vida da
cidade, a cidade feita letra. Seria, portanto, um gênero dos mais
cosmopolitas. Mas nesse cosmopolitismo nada existe que se
possa confundir com descaracterizações nacionais. Há nos
cronistas, e nos referimos ao cronista da grande cidade, do Rio
por exemplo, um apego provinciano pela sua metrópole, que é,
aliás, um dos seus segredos. E é em nome desse apego que ele
protesta diante das deformações do progresso, que ele aplaude o
que a cidade possui de autenticamente seu. E, desta maneira, luta
para transcender com ela”. (Portella 1977: 85)
 A linguagem coloquial é um aspecto importantíssimo na
construção da crônica, pois através de “autores que abusam da
primeira pessoa, do comentário e da liberdade de adotarem um
idioma ora poético, ora jornalístico, ora irônico, ora perplexo,
quase sempre bem-humorado”.
O Pavão
Rubem Braga
Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo
imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do
pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se
fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o
mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a
simplicidade.
Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e
esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu
olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.
Rio, novembro, 1958
BRAGA, Rubem. O Pavão. Releituras, fevereiro 2017. Rio de Janeiro, nov. 1958. Disponível em: <
http://www.releituras.com/rubembraga_pavao.asp> Acesso em: 17 fev. 2017
Referências:
MARTINS, Fábio C. 6 Dicas para escrever uma crônica. Folhetim Online, 2012. Disponível em: <
http://www.folhetimonline.com.br/2012/06/25/dicas-6-dicas-para-escrever-uma-cronica/> Acesso em: 19/12/2016
MARTINS, Priscila Rosa. Revisitando a crônica brasileira. UEL, Londrina – dezembro de 2010. Disponível em:
<http://www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL6Art12.pdf> Acesso em: 16/12/2016
NERY, Alfredina. Crônica: gênero entre jornalismo e literatura. Uol, 31/07/2005. Disponível em:
<http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/cronica-genero-entre-jornalismo-e-literatura.htm> Acesso em:
20/12/2016
SABOR DA CRÔNICA. Crônicas – faça sua crônica. Alô escola, 2014. Disponível em:
<cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/facasuacronica.htm> Acesso: 16/12/2016
BRAGA, Rubem. O Pavão. Releituras, fevereiro 2017. Rio de Janeiro, nov. 1958. Disponível em: <
http://www.releituras.com/rubembraga_pavao.asp> Acesso em: 17 fev. 2017
VILARINHO, Sabrina. "Crônica "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm>. Acesso em 22 de
dezembro de 2016.

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Was ist angesagt? (20)

Crônicas
CrônicasCrônicas
Crônicas
 
Gênero Discursivo Crônicas - 9º Ano
Gênero Discursivo Crônicas - 9º AnoGênero Discursivo Crônicas - 9º Ano
Gênero Discursivo Crônicas - 9º Ano
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
Crónica literária
Crónica literáriaCrónica literária
Crónica literária
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
Cronica
CronicaCronica
Cronica
 
Crônica
CrônicaCrônica
Crônica
 
Apostila cronica
Apostila cronicaApostila cronica
Apostila cronica
 
Crônica
CrônicaCrônica
Crônica
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
A crônica
A crônicaA crônica
A crônica
 
Oficina cronica olp
Oficina  cronica   olpOficina  cronica   olp
Oficina cronica olp
 
Cronicas
CronicasCronicas
Cronicas
 
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia FagundesConto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
Conto contemporâneo - moacyr e Lygia Fagundes
 
O homem trocado
O homem trocadoO homem trocado
O homem trocado
 
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson MartinsTendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
Tendendências na literatura brasileira contemporânea, by Wilson Martins
 
Contemporaneidade
Contemporaneidade Contemporaneidade
Contemporaneidade
 
3ª fase – modernismo brasileiro
3ª fase – modernismo brasileiro3ª fase – modernismo brasileiro
3ª fase – modernismo brasileiro
 
Os rumos da prosa brasileira contemporânea
Os rumos da prosa brasileira contemporânea Os rumos da prosa brasileira contemporânea
Os rumos da prosa brasileira contemporânea
 
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
3373897 literatura-aula-26-modernismo-no-brasil-3-fase
 

Ähnlich wie Crônicas segunda versão Disciplina de Literatura Brasileira

3º ano crônica características
3º ano crônica características3º ano crônica características
3º ano crônica característicasUFC
 
Oficina Crônica - Mercês Gomes
Oficina Crônica - Mercês GomesOficina Crônica - Mercês Gomes
Oficina Crônica - Mercês GomesMariadasMerces
 
Olimpíada
OlimpíadaOlimpíada
Olimpíadakm1motta
 
Capitulo 1 jordan bruno - ufpi
Capitulo 1   jordan bruno - ufpiCapitulo 1   jordan bruno - ufpi
Capitulo 1 jordan bruno - ufpiJordan Bruno
 
Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014
Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014
Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014Umberto Neves
 
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2martinsramon
 
Viagem de bonde - as crônicas de Rachel de Queiroz na Revista O Cruzeiro.ppt
Viagem de bonde - as crônicas de Rachel de Queiroz na Revista O Cruzeiro.pptViagem de bonde - as crônicas de Rachel de Queiroz na Revista O Cruzeiro.ppt
Viagem de bonde - as crônicas de Rachel de Queiroz na Revista O Cruzeiro.pptEmanueleSales1
 
Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
 Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani  Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani Carol Segall
 
Gêneros textuais memória.ppt
Gêneros textuais memória.pptGêneros textuais memória.ppt
Gêneros textuais memória.pptssuser6fef02
 
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26   modernismo no brasil - 3ª faseAula 26   modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª faseJonatas Carlos
 
Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana
Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana
Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana Natalia Salgado
 
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_material
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_materialMemórias de um_sargento_de_milícias_-_material
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_materialrafabebum
 
3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicasProfFernandaBraga
 

Ähnlich wie Crônicas segunda versão Disciplina de Literatura Brasileira (20)

3º ano crônica características
3º ano crônica características3º ano crônica características
3º ano crônica características
 
Oficina Crônica - Mercês Gomes
Oficina Crônica - Mercês GomesOficina Crônica - Mercês Gomes
Oficina Crônica - Mercês Gomes
 
Olimpíada
OlimpíadaOlimpíada
Olimpíada
 
Capitulo 1 jordan bruno - ufpi
Capitulo 1   jordan bruno - ufpiCapitulo 1   jordan bruno - ufpi
Capitulo 1 jordan bruno - ufpi
 
CRÔNICA.pptx
CRÔNICA.pptxCRÔNICA.pptx
CRÔNICA.pptx
 
Cronica
CronicaCronica
Cronica
 
Cronicas de rubens
Cronicas de rubensCronicas de rubens
Cronicas de rubens
 
A crônica-2022.pdf
A crônica-2022.pdfA crônica-2022.pdf
A crônica-2022.pdf
 
Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014
Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014
Destaques Enciclopédicos 17 08-2014 a 23-08-2014
 
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
MemóRia De Um Sargento De MilíCias 2
 
Viagem de bonde - as crônicas de Rachel de Queiroz na Revista O Cruzeiro.ppt
Viagem de bonde - as crônicas de Rachel de Queiroz na Revista O Cruzeiro.pptViagem de bonde - as crônicas de Rachel de Queiroz na Revista O Cruzeiro.ppt
Viagem de bonde - as crônicas de Rachel de Queiroz na Revista O Cruzeiro.ppt
 
Memorias Sentimentais de João Miramar - 3ª A - 2011
Memorias Sentimentais de João Miramar - 3ª A - 2011Memorias Sentimentais de João Miramar - 3ª A - 2011
Memorias Sentimentais de João Miramar - 3ª A - 2011
 
Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
 Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani  Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
Alunas: Caroline Segall e Gabriela Rovani
 
Gêneros textuais memória.ppt
Gêneros textuais memória.pptGêneros textuais memória.ppt
Gêneros textuais memória.ppt
 
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26   modernismo no brasil - 3ª faseAula 26   modernismo no brasil - 3ª fase
Aula 26 modernismo no brasil - 3ª fase
 
Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana
Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana
Machado de Assis: pioneiro na descoberta da alma humana
 
Crônica1
Crônica1Crônica1
Crônica1
 
10 livros
10 livros10 livros
10 livros
 
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_material
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_materialMemórias de um_sargento_de_milícias_-_material
Memórias de um_sargento_de_milícias_-_material
 
3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas3° ano - Contos e crônicas
3° ano - Contos e crônicas
 

Kürzlich hochgeladen

Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Ilda Bicacro
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobremaryalouhannedelimao
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 

Crônicas segunda versão Disciplina de Literatura Brasileira

  • 1. A Crônica Brasileira e o registro do cotidiano Acadêmicas: Ana Claudia M. Ribeiro Eduarda Müller
  • 2. A crônica é um gênero narrativo, e narra fatos históricos de maneira cronológica, e aborda temas da atualidade. Sua origem é grega e vem da palavra Cronos - que é o deus grego do tempo. Uma das mais famosas crônicas da história da literatura brasileira como "narração histórica” é a “Carta de Achamento Do Brasil” de Pero Vaz de Caminha, na qual são narrados ao rei português D. Manuel, o descobrimento do Brasil, e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui. Com o desenvolvimento da imprensa no século XIX, a crônica passou a fazer parte dos jornais e apareceu pela primeira vez em 1799 no “Journal de Débats”, publicado em Paris.
  • 3. O nascimento da crônica “Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto, agitando as pontas do lenço, bufando como um touro, ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos, fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua, outras sobre a febre amarela, manda-se um suspiro a Petrópolis, e la glace est rompue está começada a crônica. (...)” (Machado de Assis. "Crônicas Escolhidas". São Paulo: Editora Ática, 1994).
  • 4. A crônica se diferencia do jornal por não buscar exatidão na informação, e também se difere da notícia que procura relatar os fatos que acontecem, já a crônica os analisa, apresenta um colorido emocional, mostrando aos olhos do leitor uma situação comum, vista por outro ângulo, singular. A preocupação com o leitor é que faz com que, dentre os assuntos tratados, o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano, do mundo contemporâneo, dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades.
  • 5. Na crônica, o leitor acompanha o acontecimento como uma testemunha guiada pelo olhar do cronista, que tem a pretensão de registrar de maneira pessoal o acontecimento. O autor dá a um fato corriqueiro uma perspectiva, que o transforma em fato singular e único.
  • 6. Características das crônicas: Narração curta; Descreve fatos da vida cotidiana; Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico; Possui personagens comuns; Segue um tempo cronológico determinado; Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens; Linguagem simples. VILARINHO, Sabrina. "Crônica "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm>. Acesso em 22 de dezembro de 2016.
  • 7. O texto é curto e de linguagem simples, o que o torna ainda mais próximo de todo tipo de leitor e de praticamente todas as faixas etárias. A sátira, a ironia, o uso da linguagem coloquial demonstrada na fala das personagens, a exposição dos sentimentos e a reflexão sobre o que se passa estão presentes nas crônicas.
  • 8. Alguns cronistas são: Fernando Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.
  • 9. Classificação das Crônicas: • Crônica Lírica: onde o autor descreve os fatos com nostalgia e sentimentalismo; • Crônica Humorística: o autor faz graça com o cotidiano; • Crônica-Ensaio: o cronista, ironicamente, tece uma crítica ao que acontece nas relações sociais e de poder; • Crônica Filosófica: o autor faz uma reflexão de um fato ou evento; • Crônica Jornalística: o autor apresenta aspectos particulares de notícias ou fatos que podem ser: policiais, esportivos, políticos, etc. MARTINS, Fábio C. 6 Dicas para escrever uma crônica. Folhetim Online, 2012. Disponível em: <http://www.folhetimonline.com.br/2012/06/25/dicas-6-dicas-para-escrever-uma-cronica/> Acesso em: 19/12/2016
  • 10.  A função da crônica não é a de informar, sua relação mais próxima com o jornal está com o fato diário, fato este que se torna mote do cronista. Cabe avaliar em cada cronista se este mote é o que sufoca a crônica ao papel degradável do jornal. Quando lemos este gênero buscamos uma leitura breve, agradável, com fluência. Busca esta que encontramos também nos textos jornalísticos, exceto pelo já exposto: informação.
  • 11.  Segundo descreve o autor Eduardo Portella: “A crônica literária brasileira sempre tem procurado ser uma crônica urbana: um registro dos acontecimentos da cidade, a história da vida da cidade, a cidade feita letra. Seria, portanto, um gênero dos mais cosmopolitas. Mas nesse cosmopolitismo nada existe que se possa confundir com descaracterizações nacionais. Há nos cronistas, e nos referimos ao cronista da grande cidade, do Rio por exemplo, um apego provinciano pela sua metrópole, que é, aliás, um dos seus segredos. E é em nome desse apego que ele protesta diante das deformações do progresso, que ele aplaude o que a cidade possui de autenticamente seu. E, desta maneira, luta para transcender com ela”. (Portella 1977: 85)
  • 12.  A linguagem coloquial é um aspecto importantíssimo na construção da crônica, pois através de “autores que abusam da primeira pessoa, do comentário e da liberdade de adotarem um idioma ora poético, ora jornalístico, ora irônico, ora perplexo, quase sempre bem-humorado”.
  • 13. O Pavão Rubem Braga Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d'água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas. Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com o mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade. Considerei, por fim, que assim é o amor, oh! minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz de teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico. Rio, novembro, 1958 BRAGA, Rubem. O Pavão. Releituras, fevereiro 2017. Rio de Janeiro, nov. 1958. Disponível em: < http://www.releituras.com/rubembraga_pavao.asp> Acesso em: 17 fev. 2017
  • 14. Referências: MARTINS, Fábio C. 6 Dicas para escrever uma crônica. Folhetim Online, 2012. Disponível em: < http://www.folhetimonline.com.br/2012/06/25/dicas-6-dicas-para-escrever-uma-cronica/> Acesso em: 19/12/2016 MARTINS, Priscila Rosa. Revisitando a crônica brasileira. UEL, Londrina – dezembro de 2010. Disponível em: <http://www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL6Art12.pdf> Acesso em: 16/12/2016 NERY, Alfredina. Crônica: gênero entre jornalismo e literatura. Uol, 31/07/2005. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/cronica-genero-entre-jornalismo-e-literatura.htm> Acesso em: 20/12/2016 SABOR DA CRÔNICA. Crônicas – faça sua crônica. Alô escola, 2014. Disponível em: <cmais.com.br/aloescola/literatura/cronicas/facasuacronica.htm> Acesso: 16/12/2016 BRAGA, Rubem. O Pavão. Releituras, fevereiro 2017. Rio de Janeiro, nov. 1958. Disponível em: < http://www.releituras.com/rubembraga_pavao.asp> Acesso em: 17 fev. 2017 VILARINHO, Sabrina. "Crônica "; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm>. Acesso em 22 de dezembro de 2016.