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A UTILIZAÇÃO DOS FIOS NA PRÁTICA ORTODÔNTICA.



Os fios tem sido fundamental para a prática ortodôntica. Se nos primórdios o ouro foi
quase uma exclusividade, a metalurgia progrediu muito em melhores ligas e no
domínio da qualidade mecânica.

Os metais, em número de 81, são os mais numerosos elementos químicos conhecidos.
São bons condutores de eletricidade e calor, além de apresentarem um brilho típico
chamado “brilho metálico”. Exibem som metálico quando percutidos e quando sólidos,
são mais densos e resistentes que outros elementos químicos. Podem ser reduzidos a
lâminas (maneabilidade) e podem ser reduzidos a fios (ductibilidade), apresentam
poucos elétrons (menos de quatro), na última camada; tendem a perder elétrons e são
todos sólidos à temperatura ambiente, com exceção do mercúrio que é
líquido.(ROSANI, G.A. , 2001).

Ter uma noção geral sobre todas as ligas dos fios existentes no mercado e mais,
conhecer bem o que se elege para a clínica, são desafios para todos nós. Isto se torna
particularmente importante com o advento de novos materiais, como fios
ortodônticos da liga níquel-titânio, os quais apresentam propriedades mecânicas que
diferem muito dos fios ortodônticos convencionais.

A mecânica ortodôntica é baseada no princípio da acumulação de energia elástica e
transformação dessa energia em trabalho mecânico, por meio da movimentação dos
dentes. Cada ajuste de aparelho armazena e controla o mecanismo de transferência e
distribuição de forças. Um ótimo controle do movimento dentário requer a aplicação
de um sistema de forças específico, que é devidamente guiado por meio de acessórios,
tais como os fios ortodônticos.(QUINTÃO & BRUNHARO,2010).

Até o início da década de 1930, a liga de ouro (tipo IV) foi a mais empregada na
fabricação de acessórios ortodônticos. O ouro de 14 a 18 quilates foi rotineiramente
utilizado, naquela época, para fios, bandas, ganchos e ligaduras, assim como as bandas
e os arcos de irídio-platina.
No Brasil, o aço inoxidável passou a ser utilizado para acessórios ortodônticos no
final da década de 40. Até essa época, os aparelhos ortodônticos fixos eram ainda
confeccionados em ouro.


Para o entendimento das particularidades de cada fio, torna-se fundamental o
conhecimento de algumas propriedades das ligas metálicas.


   1. CARGAXDEFLEXÃO: o fio ortodôntico se comporta segundo a liberação da
       quantidade de forças por milímetros de deformação. Seguindo a clássica lei de
       Hooke, se um fio for deflexionado para incluir no arco um dente que está
       desnivelado, haverá maior carga acumulada, quanto maior for a distância de
       deflexão. Então, para cada milímetro de aumento de ativação, o fio acumulará
       proporcionalmente mais carga. Entretanto há um limite para esta deflexão.
       Quando ocorre uma deflexão exagerada, o fio, principalmente o de aço, não
       volta mais à sua forma original, ocorrendo a chamada deformação plástica ou
       permanente. Essa deformação permanente acontece porque a carga exagerada
       imposta ao fio faz com que a sua deflexão ultrapasse o seu limite de
       elasticidade (fase elástica). A partir deste ponto, o fio não responderá mais com
       a mesma dissipação de carga, não retornando à sua forma original (fase
       plástica).
   2. MÓDULO DE ELASTICIDADE: compreende a razão da tensão pela deformação
       ou seja, quanto maior o módulo de elasticidade, mais rígido será o fio. Pode ser
       representado por: E= tensão/deformação (módulo de Young ou módulo de
       elasticidade). Esta propriedade avalia o quanto de força será liberado para cada
       milímetro de deformação para determinado tipo de liga.
   3. RIGIDEZ: como dito anteriomente, um fio com alto módulo de elasticidade
       acumula muita força para cada milímetro de ativação, sendo dessa forma um
       material muito rígido.
   4. RESILIÊNCIA: é a quantidade de energia acumulada por uma liga até o seu
       limite elástico. Algumas ligas apresentam uma fase elástica mais longa,
       podendo ser defletidas além do usual (suportando maior tensão), retornando à
       sua configuração original, sem que sofra uma deformação permanente.
5. SUPERELASTICIDADE OU PSEUDOELASTICIDADE: é o comportamento atípico
   da liga em relação à sua elasticidade apresentando duas fases estruturais que
   determinam um regime elástico e um regime plástico e em seguida, em função
   de possuir determinado comportamento atípico, exibe outro regime elástico e
   outro regime plástico. Sendo assim, um fio superelástico submetido à tensão
   apresentará um regime elástico e em seguida um regime plástico. Com a
   diminuição da tensão ele entrará novamente num regime elástico e depois
   noutro regime plástico.
6. FORMABILIDADE: um fio ortodôntico apresenta formabilidade quando
   dobrado ultrapassar seu limite elástico, entrando na fase plástica sem sofrer
   fratura permitindo o seu uso quando submetido a uma deflexão subseqüente.
7. MEMÓRIA DE FORMA: é a capacidade que os fios apresentam de retornarem a
   sua forma original, mesmo após uma tensão. Este conceito pode gerar
   confusão com o conceito de superelasticidade, pois os fios superelásticos
   apresentam mudanças drásticas de forma e estrutura, resultando em maiores
   amplitudes de deformação retornando posteriormente à sua forma original.
8. SOLDABILIDADE: é a capacidade da liga em receber soldas, sejam elas elétricas
   ou de prata.
9. ATRITO: ou resistência à fricção, é a resistência que a superfície de um material
   apresenta quando se movimenta sobre outra superfície de outro material. Em
   Ortodontia, observa-se o atrito em mecânicas de deslize. O atrito pode ser
   estático (no início da mecânica) e cinético (durante a movimentação).
10. BIOCOMPATIBILIDADE: o material utilizado em ortodontia, no caso os fios
   ortodôntidos devem ser biocompatíveis com os tecidos bucais e resistentes à
   corrosão no ambiente bucal.


                             OS FIOS ORTODÔNTICOS

A. AÇO INOXIDÁVEL:
   Os fios de aço inoxidável são produzidos por 18% de Cromo, 8% de Níquel, 0,08
   a 0,15% de Carbono e o restante por Ferro. Introduzidos na Ortodontia em
   1929 (Quintão & Brunharo, 2010), passou a ser utilizado no Brasil no final da
   década de 40. É conhecido como Aço 18-8 pelas pocentagens de Cromo e
Níquel na sua composição. É uma liga tradicional, com alta formabilidade,
  soldabilidade, baixo atrito e baixo custo. É uma liga empregada nos estágios de
  tratamento onde o contorno dos arcos deva ser mantido a fim de não se alterar
  as dimensões transversais. Também é utilizado na fase de fechamento de
  espaço pela combinação do baixo atrito que esta liga apresenta com a alta
  rigidez. Deve-se porém tomar cuidado nas fases iniciais de tratamento, pois
  esta alta rigidez apresentada pode comprometer a movimentação gerando
  forças excessivas.


B. AÇO INOXIDÁVEL TRANÇADO:
  Comercializados e denominados de Twist-flex foram, durante certo período,
  uma alternativa mais barata aos fios de Níquel-Titânio (NiTi). Atualmente são
  pouco utilizados em virtude da redução do custo e da facilidade de obtenção
  dos fios NiTi. São constituídos de números específicos de fios de secções
  reduzidas,   enrolados entre    si,   apresentando-se   como    redondos    ou
  retangulares, sendo que no primeiro caso podem ser utilizados em etapas
  iniciais de tratamento e no segundo caso em etapas de finalização.


C. CROMO-COBALTO:
  Os fios de Cromo-Cobalto foram introduzidos no mercado com o nome de
  Elgiloy pela Rocky Mountain Orthodontics na década de 60 e hoje existem
  vários similares no mercado. Apresentam propriedades muito similares às do
  aço, entretanto com maior formabilidade. É constituído por 40% de Cobalto,
  20% de Cromo, 15% de Níquel, 15,8% de Ferro, 7% de Molibdênio, 2% de
  Manganês, 0,16% de Carbono e 0,04% de Berílio. É fabricado em 4 têmperas e
  marcado com diferentes cores, onde o grau de formabilidade vai decrescendo
  do azul, passando para o amarelo, seguido do verde e vermelho. Dessa forma o
  clínico pode escolher o fio que melhor se adequa ao caso. Entretanto, para que
  o fio apresente uma resiliência ideal, deve-se proceder um tratamento térmico
  do fio por 5 horas à temperaturas de 480 graus centígrados, o que torna o seu
  uso inviável. Hoje o tempo pode ser reduzido para 7 a 12 minutos. Em
  comparação com o aço, apresenta um pouco mais de atrito.
D. NÍQUEL-TITÂNIO:
   Os fios de Níquel-Tinânio (NiTi) são compostos de 55% de Níquel e 45% de
   Titânio. Possuem uma elasticidade muito elevada e podem ser amplamente
   defletidas sem sofrer deformação plástica, pois possuem um baixo módulo de
   elasticidade, com liberação de forças leves e constantes (Martins ET AL, 1996).
   Temos o NiTi do grupo estável ou trabalhado a frio também chamado de M-
   NiTi, cuja principal característica é a boa elasticidade; e temos o NiTi ativo ou
   termoativado, trabalhado a altas temperaturas, chamado também de A-NiTi,
   cuja principal característica é a superelasticidade, que é uma singular vantagem
   em comparação com os M-NiTi. Os fios de NiTi não aceitam solda e ainda
   apresentam um elevado custo, porém quando comparados com o benefício
   que eles proporcionam, esse custo não é significativo. Alguns fios de Niti
   recebem a adição do Cobre, recebendo a denominação de Copper NiTi. Esses
   fios diferenciam-se segundo a temperatura em que o material exerce sua
   função. Temos os 27°C, 35°C, 37°C, 40°C, dependendo do fabricante.


E. BETA-TITÂNIO OU TITÂNIO MOLIBIDÊNIO
   Conhecidos como fios de TMA (Titanium Molybdenum Alloy), são compostos
   de 79% de Titânio, 11% de Molibidênio, 6% de Zircônio, 4% de Estanho.
   Idealizada por Burstone nos anos 80s, o objetivo era unir as vantagens elásticas
   do M-NiTi com a conformabilidade do Aço Inoxidável. Desta forma, os fios de
   TMA apresentam moderada formabilidae com certa resiliência, além de
   aceiterem a solda elétrica. Apresenta porém um alto atrito, cerca de 8 vezes
   maior que o aço.


F. TITÂNIO-NIÓBIO
   Composto pelas ligas de seu nome, os fios apresentam propriedades
   semelhantes ao TMA, com menor rigidez. Por não conter Níquel na sua
   composição, esses fios se tornam uma alternativa viável a pacientes com
   sensibilidade a este componente. Pouco indicado para mecânica de
   fechamento de espaço por deslize.
G. FIOS DE RESINA E FIBRA DE VIDRO
   Confeccionados em fibra cerâmica embebida numa matriz polimérica,
   apresentam boa compatibilidade com a coloração dos dentes, porém
   apresentam alto índice de fratura. Têm elasticidade semelhante ao NiTi, porém
   foram retirados do mercado por problemas com a fragilidade e com a
   hidratação da matriz polimérica necessitando de maiores estudos.
   Uma alternativa para a estética são os fios de NiTi com cobertura em teflon,
   que apresentam todas as propriedades do NiTi com maior segurança.




   Referências:


   Gurgel, ET AL. Fios Ortodônticos. R Dental Press Ortop Facial 6(4): 103-114.
   Martins ET AL. Utilização de Fios de Memória nas Fases de Nielamento e
   Fechamento de Espaço na Ortodontia Contemporânea. R Dental Press Ortop
   Facial 1(2):78-83.

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A utilização dos fios na prática ortodôntica resumo

  • 1. A UTILIZAÇÃO DOS FIOS NA PRÁTICA ORTODÔNTICA. Os fios tem sido fundamental para a prática ortodôntica. Se nos primórdios o ouro foi quase uma exclusividade, a metalurgia progrediu muito em melhores ligas e no domínio da qualidade mecânica. Os metais, em número de 81, são os mais numerosos elementos químicos conhecidos. São bons condutores de eletricidade e calor, além de apresentarem um brilho típico chamado “brilho metálico”. Exibem som metálico quando percutidos e quando sólidos, são mais densos e resistentes que outros elementos químicos. Podem ser reduzidos a lâminas (maneabilidade) e podem ser reduzidos a fios (ductibilidade), apresentam poucos elétrons (menos de quatro), na última camada; tendem a perder elétrons e são todos sólidos à temperatura ambiente, com exceção do mercúrio que é líquido.(ROSANI, G.A. , 2001). Ter uma noção geral sobre todas as ligas dos fios existentes no mercado e mais, conhecer bem o que se elege para a clínica, são desafios para todos nós. Isto se torna particularmente importante com o advento de novos materiais, como fios ortodônticos da liga níquel-titânio, os quais apresentam propriedades mecânicas que diferem muito dos fios ortodônticos convencionais. A mecânica ortodôntica é baseada no princípio da acumulação de energia elástica e transformação dessa energia em trabalho mecânico, por meio da movimentação dos dentes. Cada ajuste de aparelho armazena e controla o mecanismo de transferência e distribuição de forças. Um ótimo controle do movimento dentário requer a aplicação de um sistema de forças específico, que é devidamente guiado por meio de acessórios, tais como os fios ortodônticos.(QUINTÃO & BRUNHARO,2010). Até o início da década de 1930, a liga de ouro (tipo IV) foi a mais empregada na fabricação de acessórios ortodônticos. O ouro de 14 a 18 quilates foi rotineiramente utilizado, naquela época, para fios, bandas, ganchos e ligaduras, assim como as bandas e os arcos de irídio-platina.
  • 2. No Brasil, o aço inoxidável passou a ser utilizado para acessórios ortodônticos no final da década de 40. Até essa época, os aparelhos ortodônticos fixos eram ainda confeccionados em ouro. Para o entendimento das particularidades de cada fio, torna-se fundamental o conhecimento de algumas propriedades das ligas metálicas. 1. CARGAXDEFLEXÃO: o fio ortodôntico se comporta segundo a liberação da quantidade de forças por milímetros de deformação. Seguindo a clássica lei de Hooke, se um fio for deflexionado para incluir no arco um dente que está desnivelado, haverá maior carga acumulada, quanto maior for a distância de deflexão. Então, para cada milímetro de aumento de ativação, o fio acumulará proporcionalmente mais carga. Entretanto há um limite para esta deflexão. Quando ocorre uma deflexão exagerada, o fio, principalmente o de aço, não volta mais à sua forma original, ocorrendo a chamada deformação plástica ou permanente. Essa deformação permanente acontece porque a carga exagerada imposta ao fio faz com que a sua deflexão ultrapasse o seu limite de elasticidade (fase elástica). A partir deste ponto, o fio não responderá mais com a mesma dissipação de carga, não retornando à sua forma original (fase plástica). 2. MÓDULO DE ELASTICIDADE: compreende a razão da tensão pela deformação ou seja, quanto maior o módulo de elasticidade, mais rígido será o fio. Pode ser representado por: E= tensão/deformação (módulo de Young ou módulo de elasticidade). Esta propriedade avalia o quanto de força será liberado para cada milímetro de deformação para determinado tipo de liga. 3. RIGIDEZ: como dito anteriomente, um fio com alto módulo de elasticidade acumula muita força para cada milímetro de ativação, sendo dessa forma um material muito rígido. 4. RESILIÊNCIA: é a quantidade de energia acumulada por uma liga até o seu limite elástico. Algumas ligas apresentam uma fase elástica mais longa, podendo ser defletidas além do usual (suportando maior tensão), retornando à sua configuração original, sem que sofra uma deformação permanente.
  • 3. 5. SUPERELASTICIDADE OU PSEUDOELASTICIDADE: é o comportamento atípico da liga em relação à sua elasticidade apresentando duas fases estruturais que determinam um regime elástico e um regime plástico e em seguida, em função de possuir determinado comportamento atípico, exibe outro regime elástico e outro regime plástico. Sendo assim, um fio superelástico submetido à tensão apresentará um regime elástico e em seguida um regime plástico. Com a diminuição da tensão ele entrará novamente num regime elástico e depois noutro regime plástico. 6. FORMABILIDADE: um fio ortodôntico apresenta formabilidade quando dobrado ultrapassar seu limite elástico, entrando na fase plástica sem sofrer fratura permitindo o seu uso quando submetido a uma deflexão subseqüente. 7. MEMÓRIA DE FORMA: é a capacidade que os fios apresentam de retornarem a sua forma original, mesmo após uma tensão. Este conceito pode gerar confusão com o conceito de superelasticidade, pois os fios superelásticos apresentam mudanças drásticas de forma e estrutura, resultando em maiores amplitudes de deformação retornando posteriormente à sua forma original. 8. SOLDABILIDADE: é a capacidade da liga em receber soldas, sejam elas elétricas ou de prata. 9. ATRITO: ou resistência à fricção, é a resistência que a superfície de um material apresenta quando se movimenta sobre outra superfície de outro material. Em Ortodontia, observa-se o atrito em mecânicas de deslize. O atrito pode ser estático (no início da mecânica) e cinético (durante a movimentação). 10. BIOCOMPATIBILIDADE: o material utilizado em ortodontia, no caso os fios ortodôntidos devem ser biocompatíveis com os tecidos bucais e resistentes à corrosão no ambiente bucal. OS FIOS ORTODÔNTICOS A. AÇO INOXIDÁVEL: Os fios de aço inoxidável são produzidos por 18% de Cromo, 8% de Níquel, 0,08 a 0,15% de Carbono e o restante por Ferro. Introduzidos na Ortodontia em 1929 (Quintão & Brunharo, 2010), passou a ser utilizado no Brasil no final da década de 40. É conhecido como Aço 18-8 pelas pocentagens de Cromo e
  • 4. Níquel na sua composição. É uma liga tradicional, com alta formabilidade, soldabilidade, baixo atrito e baixo custo. É uma liga empregada nos estágios de tratamento onde o contorno dos arcos deva ser mantido a fim de não se alterar as dimensões transversais. Também é utilizado na fase de fechamento de espaço pela combinação do baixo atrito que esta liga apresenta com a alta rigidez. Deve-se porém tomar cuidado nas fases iniciais de tratamento, pois esta alta rigidez apresentada pode comprometer a movimentação gerando forças excessivas. B. AÇO INOXIDÁVEL TRANÇADO: Comercializados e denominados de Twist-flex foram, durante certo período, uma alternativa mais barata aos fios de Níquel-Titânio (NiTi). Atualmente são pouco utilizados em virtude da redução do custo e da facilidade de obtenção dos fios NiTi. São constituídos de números específicos de fios de secções reduzidas, enrolados entre si, apresentando-se como redondos ou retangulares, sendo que no primeiro caso podem ser utilizados em etapas iniciais de tratamento e no segundo caso em etapas de finalização. C. CROMO-COBALTO: Os fios de Cromo-Cobalto foram introduzidos no mercado com o nome de Elgiloy pela Rocky Mountain Orthodontics na década de 60 e hoje existem vários similares no mercado. Apresentam propriedades muito similares às do aço, entretanto com maior formabilidade. É constituído por 40% de Cobalto, 20% de Cromo, 15% de Níquel, 15,8% de Ferro, 7% de Molibdênio, 2% de Manganês, 0,16% de Carbono e 0,04% de Berílio. É fabricado em 4 têmperas e marcado com diferentes cores, onde o grau de formabilidade vai decrescendo do azul, passando para o amarelo, seguido do verde e vermelho. Dessa forma o clínico pode escolher o fio que melhor se adequa ao caso. Entretanto, para que o fio apresente uma resiliência ideal, deve-se proceder um tratamento térmico do fio por 5 horas à temperaturas de 480 graus centígrados, o que torna o seu uso inviável. Hoje o tempo pode ser reduzido para 7 a 12 minutos. Em comparação com o aço, apresenta um pouco mais de atrito.
  • 5. D. NÍQUEL-TITÂNIO: Os fios de Níquel-Tinânio (NiTi) são compostos de 55% de Níquel e 45% de Titânio. Possuem uma elasticidade muito elevada e podem ser amplamente defletidas sem sofrer deformação plástica, pois possuem um baixo módulo de elasticidade, com liberação de forças leves e constantes (Martins ET AL, 1996). Temos o NiTi do grupo estável ou trabalhado a frio também chamado de M- NiTi, cuja principal característica é a boa elasticidade; e temos o NiTi ativo ou termoativado, trabalhado a altas temperaturas, chamado também de A-NiTi, cuja principal característica é a superelasticidade, que é uma singular vantagem em comparação com os M-NiTi. Os fios de NiTi não aceitam solda e ainda apresentam um elevado custo, porém quando comparados com o benefício que eles proporcionam, esse custo não é significativo. Alguns fios de Niti recebem a adição do Cobre, recebendo a denominação de Copper NiTi. Esses fios diferenciam-se segundo a temperatura em que o material exerce sua função. Temos os 27°C, 35°C, 37°C, 40°C, dependendo do fabricante. E. BETA-TITÂNIO OU TITÂNIO MOLIBIDÊNIO Conhecidos como fios de TMA (Titanium Molybdenum Alloy), são compostos de 79% de Titânio, 11% de Molibidênio, 6% de Zircônio, 4% de Estanho. Idealizada por Burstone nos anos 80s, o objetivo era unir as vantagens elásticas do M-NiTi com a conformabilidade do Aço Inoxidável. Desta forma, os fios de TMA apresentam moderada formabilidae com certa resiliência, além de aceiterem a solda elétrica. Apresenta porém um alto atrito, cerca de 8 vezes maior que o aço. F. TITÂNIO-NIÓBIO Composto pelas ligas de seu nome, os fios apresentam propriedades semelhantes ao TMA, com menor rigidez. Por não conter Níquel na sua composição, esses fios se tornam uma alternativa viável a pacientes com sensibilidade a este componente. Pouco indicado para mecânica de fechamento de espaço por deslize.
  • 6. G. FIOS DE RESINA E FIBRA DE VIDRO Confeccionados em fibra cerâmica embebida numa matriz polimérica, apresentam boa compatibilidade com a coloração dos dentes, porém apresentam alto índice de fratura. Têm elasticidade semelhante ao NiTi, porém foram retirados do mercado por problemas com a fragilidade e com a hidratação da matriz polimérica necessitando de maiores estudos. Uma alternativa para a estética são os fios de NiTi com cobertura em teflon, que apresentam todas as propriedades do NiTi com maior segurança. Referências: Gurgel, ET AL. Fios Ortodônticos. R Dental Press Ortop Facial 6(4): 103-114. Martins ET AL. Utilização de Fios de Memória nas Fases de Nielamento e Fechamento de Espaço na Ortodontia Contemporânea. R Dental Press Ortop Facial 1(2):78-83.