O documento discute a pedagogia e didática de Allan Kardec hoje. Apresenta os principais conceitos pedagógicos de precursores como Comenius, Rousseau e Pestalozzi e como eles influenciaram as ideias de Kardec. Também descreve a visão de Kardec sobre a criança, enfatizando que ela é um espírito em evolução.
O CRISTÃO E O MEIO AMBIENTE: o homem como jardineiro
A Pedagogia e didática de Allan Kardec
1. A PEDAGOGIA E DIDÁTICAA PEDAGOGIA E DIDÁTICA
DEDE
ALLAN KARDEC HOJEALLAN KARDEC HOJE
A PEDAGOGIA E DIDÁTICAA PEDAGOGIA E DIDÁTICA
DEDE
ALLAN KARDEC HOJEALLAN KARDEC HOJE
Éder Freyre
Sociedade Espírita Amor e Caridade - SEAC
26/03/2010
2. “É pela EDUCAÇÃO, mais do que pela instrução,
que se transformará a HUMANIDADE”.
(Allan Kardec – Obras Póstumas)
“É pela EDUCAÇÃO, mais do que pela instrução,
que se transformará a HUMANIDADE”.
(Allan Kardec – Obras Póstumas)
“A educação, se bem entendida, é a chave do progresso
Moral(...)”.
(Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Comentários Q.917)
“A educação, se bem entendida, é a chave do progresso
Moral(...)”.
(Allan Kardec – O Livro dos Espíritos – Comentários Q.917)
3. O Paradigma do Espírito
• Racionalidade básica x sobrenatural, mistério;
• A realidade é inteligível;
• Fé e Razão lado a lado: fé raciocinada;
• Existência do Espírito x Niilismo;
• Pesquisas científicas sobre o Espírito (a partir do
século XIX).
4. Precursores da Pedagogia Cristã
• John Amos Comenius (1592-1670) – Morávia -
República Tcheca;
• Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) –
Genebra - Suíça;
• Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827 –
Zurique – Suíça.
5. Comenius
• Educação para cada um e para todos os povos;
• Defendia a criação de uma Organização
Internacional de Educação Pública (precursor da
UNESCO);
• Fundador do Sistema de Instrução Progressiva;
• Criou a didática moderna, lançando o primeiro
livro didático e ilustrado para crianças.
6. Princípios Pedagógicos de Comenius
• Respeitar em tudo a natureza;
• Abolir punições, métodos coercitivos e
autoritários;
• Tornar o ensino ativo, sensorial e concreto;
• Apelar para a racionalidade humana;
• Educar para a tolerância religiosa (Paz Mundial).
7. Rousseau
• Pai da Pedagogia Contemporânea (respeito à criança,
educação ativa e estimuladora, reconhecimento da
criança como um ser em desenvolvimento);
• Cristianismo sem Igreja;
• Religiosidade natural e imanente no homem;
• Concepção da Natureza Humana livre do pecado
hereditário.
8. Princípios Pedagógicos de Rousseau
• Não há mais hierarquia essencial do adulto sobre a
criança;
• A criança tem direitos e está em posição de
dependência física (e não submissão à tirania moral);
• Liberdade Humana desde sua primeira infância;
• Evolução Humana se deve unicamente ao homem, à
sua vontade e ao seu trabalho;
• O homem é essencialmente bom, mas torna-se mau
pelas instituições que o corrompem;
• “Cristo de Rousseau” é um grande exemplo e não um
mediador.
9. Pestalozzi
• Teoria dos Três Estados: natural (instância dos
instintos, gozo dos sentidos); social (repressão
dos desejos fundamentais para viver em
sociedade); moral (o homem canaliza e
sublima os instintos e o estado social se
santifica, pela ação moral espontânea e livre.
10. Princípios Pedagógicos de Pestalozzi
• Pedagogia do amor: atitude concreta do
educador, que respeita no educando um ser
inteiro e toca, amando-o, o fundo de sua
alma, onde se enraizam os dons divinos da
perfectibilidade humana;
• Tarefa da educação: processo de entrega,
não-violento, delicado e cuidadoso; educação
não massificada, homogeneizada e
padronizada.
11. Princípios Pedagógicos de Pestalozzi (2)
• Desafio da Educação: despertar o ser moral
para que ele empreenda sua autoconstrução;
• Vê a criança como uma força real, viva e ativa
por si mesma;
• Proposta educacional que conjuga
universalismo e individualização: autonomia e
liberdade com forte presença e estímulo do
educador. O AMOR como base.
13. Concepções Pedagógicas Rivail
• Herdou a visão filosófica e pedagógica de seu
mestre Pestalozzi;
• Em 1828 já postulava que “os meios próprios
para se educar a juventude são uma ciência
bem distinta que se deveria estudar para ser
educador, como se estuda a medicina para ser
médico.”
(RIVAIL, H.L.D. Textos pedagógicos)
14. Concepções Pedagógicas Rivail (2)
• “...a educação é uma arte particular, bem distinta de
todas as outras e que, por consequência, exige um
estudo especial; que não é aliás nem mais fácil de se
estudar e nem mais fácil de se estudar e nem a mais
fácil de se praticar; ela exige disposições e uma
vocação muito particulares; exige qualidades morais
que não são dadas a todos os homens, tais como uma
paciência e uma sabedoria à toda prova, uma firmeza
misturada à doçura...enfim, todas as qualidades que se
quer transmitir à juventude.”
(RIVAIL, H.L.D. Textos pedagógicos)
15. Revelações Espirituais
• “Vislumbrei naqueles fenômenos a chave do
problema do passado e do futuro da
Humanidade, tão confuso e tão controvertido,
a solução daquilo que eu havia buscado toda a
minha vida. Era, em suma, uma revolução
total nas ideias e nas crenças existentes.”
(KARDEC, Allan. Obras Póstumas)
16. Revolução Conceitual
• Kardec promove um desencantamento da religião e, mais
especificamente do Cristianismo, mas após arrancar alguns
de seus apetrechos místicos e irracionais, processo que já
vinha se dando historicamente, dá-lhe as bases mais sólidas
e lança-o para o campo da Educação do Espírito;
• A imortalidade perde, com a reencarnação, o seu caráter
de destino determinista, para inserir-se num transcorrer
pedagógico da alma;
• Interpretação de “erro-aprendizagem” que os pedagogos
nele haviam reconhecido;
• Sem erro não há acerto. Sem derrota não há vitória.
17. Revolução Conceitual (2)
• Para o Espiritismo a alma começa simples e
ignorante e deve promover-se através de
muitas vidas.
• A encarnação não é, de modo algum, uma
punição para o Espírito, mas uma condição
inerente à inferioridade do Espírito e um meio
de progredir.
(KARDEC, Allan. A Gênese, Cap.XI, item 26)
18. Um novo conceito de criança
• A criança é um ser reencarnado é Espírito antigo;
• As crianças são mais do que apenas seres biológicos
formados por hereditariedade e ambiente. Também
são seres espirituais que trazem consigo sua sabedoria
e experiência, reunidas em outras vidas sobre a Terra;
• Interpretação pedagógica da Reencarnação:
• “Encarnando-se com o fim de se aperfeiçoar, o Espírito é mais
acessível na infância às impressões que recebe e que podem
ajudar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os
que estão encarregados de sua educação.”
(KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos, item 383)
19. Um novo conceito de criança (2)
• Esclarece Herculano Pires: “A criança encarna o ser com
todas as suas potencialidades morais e espirituais, mas o
seu instrumento de manifestação, o corpo físico, não se
apresenta em condições imediatas de manifestar em
plenitude o seu estágio evolutivo. O ser está sujeito, às
condições biológicas da espécie. Só através do
desenvolvimento orgânico o ser vai se definindo em suas
características individuais e revelando a sua capacidade
de ajustamento social e cultural, como as suas
possibilidades de auto-superação moral e espiritual.
Compete à educação auxiliá-lo nesse desenvolvimento
progressivo e orientá-lo para novas conquistas em
futuras existências.”
20. Um novo conceito de criança (3)
• A infância é um momento privilegiado no processo
pedagógico do Espírito Imortal.
• “Vinde a mim os pequeninos e não os impeçais por
que deles é o Reino dos Céus” – JESUS. (Mt, 19:14)
21. O Cristo Pedagogo
• “Revelando um OTIMISMO INTRÍNSECO em sua
PREGAÇÃO e em sua AÇÃO, Jesus consegue
enxergar o fio de conexão com outro ser
humano, para chamá-lo à realização da vida
moral.”
(INCONTRI, Dora. Pedagogia Espírita: um Projeto Brasileiro e
suas Raízes Histórico-Filosóficas)
22. O Cristo Pedagogo (2)
• “Apelando para que cada qual aderisse ao seu
programa de EDUCAÇÃO INTERIOR, Cristo pretendia
mobilizar a racionalidade, o sentimento e vontade do
ser, para que ele ativamente se propusesse a se
realizar como ser divino.”
(INCONTRI, Dora. Pedagogia Espírita: um Projeto Brasileiro e suas
Raízes Histórico-Filosóficas)
23. A Pedagogia de Jesus
• Pedagogia da Esperança – oferece a todos a oportunidade de
salvação, porque a salvação está na EDUCAÇÃO;
• Didática Naturalista – fundada nas leis naturais, servindo
para o ensino espontâneo. Todas as lições de Jesus eram
dadas em termos comparativos, sem artifícios, com
simplicidade e naturalidade.
(PIRES, José Herculano. Pedagogia Espírita)
24. Pedagogia da Esperança
• “Quem já realizou em si a divindade intrínseca de
todas as criaturas, trabalha para despertá-la no
próximo, confiando na capacidade individual de
aperfeiçoamento autônomo.”
• Fora da Caridade, não há Salvação!
(INCONTRI, Dora. Pedagogia Espírita: um Projeto Brasileiro e
suas Raízes Histórico-Filosóficas)
25. A pedagogia Espírita
• A pedagogia espírita está entranhada nas
obras de Kardec e tem sua origem nos
antecessores do Espiritismo, mas a prática da
pedagogia espírita começou no Brasil com
Eurípedes Barsanulfo, em Minas Gerais, no
começo do Século XX, depois vieram outras
experiências e outros teóricos, entre eles
Herculano Pires, que foram dando suas
contribuições para a elaboração de um
pensamento pedagógico espírita.
26. A pedagogia Espírita (2)
• Formação de conceitos centrais de uma nova
pedagogia :
• O homem compreendido como ser em
evolução permanente;
• A criança compreendida como manifestação
da Lei de Progresso.
27. O Ensino de “O Livro dos
Espíritos”
• Novos conhecimentos;
• Nova concepção do homem;
• Nova concepção do universo;
• Sintonia do homem com Deus.
28. 1. A existência de Deus;
2. O exame do problema da criação;
3. O homem no contexto universal;
4. A natureza espiritual do homem;
5. A investigação do mundo espiritual;
6. A revelação da Lei de Reencarnação
7. O estudo das relações dos espíritos com os homens;
8. O descortinar da Lei de Adoração;
9. As penas e recompensas futuras;
10.Jesus como modelo de perfeição humana; e
11.A educação integral.
Estrutura Didática de
“O Livro dos Espíritos”
31. Processo de descentração
•A criança se afasta do egocentrismo;
•Aumenta o patrimônio do espírito;
•O espírito atinge gradativamente, o
ser universal.