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11.º Ano Turma H
Docente: Graça Matos
O turismo no concelho de Anadia
Agrupamento de Escolas de Anadia
Escola Básica e Secundária de Anadia
Curso Profissional de Técnico de Turismo
Geografia - Módulo A8 - Portugal – O Turismo no Mundo Atual
Ano letivo de 2017/2018
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Dedicatória
Dedicamos este trabalho à população do concelho de Anadia. Saudamos todos com o excerto de
um poema do poeta-cavador, Manuel Alves, uma forma de tecer um elogio a este anadiense que,
embora analfabeto, foi cantor e repentista.
Os alunos e a docente de Geografia, do 11.º H
Saudades da Pátria
(…)
Minha pátria, ó mãe querida,
Ó meu sagrado ideal,
Leva-me ao meu Portugal,
Juro por ti dar a vida!
Neste país sem guarida
Há um filho que te quer tanto…
Vem, Pátria, enxugar meu pranto
Consolar um peito humano:
Leva-me ao lar lusitano,
Ao meu berço sacrossanto.
(…)
Vem, ó Deus, ser meu barqueiro,
Leva-me à minha Lisboa
Ver de perto a alma boa
D'um povo que é marinheiro.
Leva-me ao real mosteiro,
Ao convento de Belém,
Leva-me, ó Deus, mais além,
Ao norte de Portugal,
A minha terra natal,
A casa da minha mãe!...
Manuel Alves, Versos dum Cavador, 1841 – 1901,
Vale de Boi, Moita (concelho de Anadia)
Os alunos, do 11.º Ano da Turma H.
Ana Miguel Almeida Teixeira, n.º 1
Catarina Barros Neves, n.º 2
Chelsea Mery Atibo, n.º 3
Emanuel Filipe Morais Cerveira Lopes, n.º 4
Francisco Diogo Jesus Almeida, n.º 5
Gabriela Sousa Duarte Roque, n.º 6
Joana Isabel Silva Costa, n.º 7
Jorge Gabriel Lopes Abreu, n.º 8
Mariana Ferreira Pedro, n.º 9
Sandra Vanessa Godinho Neves, n.º 10
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5
Resumo
Este trabalho tem como objetivo expor várias faces do turismo no concelho de Anadia, bem como
as perspetivas da população do município e os diversos aspetos que se lhes associam e possíveis
implicações na vida da população local.
Começaremos, antes de mais, por abordar o interesse demonstrado pela população do concelho,
depois introduziremos o tema propriamente dito, através do elencar e da apresentação dos locais
elegíveis como pontos turísticos do concelho, nomeadamente os motivos que nos levaram a eleger
esses mesmos lugares, seguido da apresentação de cada um deles. Ao longo do desenvolvimento do
trabalho abordaremos, ainda, os respetivos impactes, positivos e negativos, que consideramos
associadas aos mesmos (sociais, económicos e ambientais), entre outros aspetos de interesse.
Finalmente, faremos uma sintetização das ideias que desenvolvemos e iremos apresentar as
conclusões obtidas.
Abstract
This work aims to expose the various aspects of tourism in the municipality of Anadia, as well as
the perspectives of its population, the various aspects associated with the tourism and the possible
implications in the life of the local population.
Firstly, we will address the interest shown by the population of the municipality, then we will
introduce the theme itself, by listing and presenting the sites that are eligible as tourist sites of the
municipality, namely the reasons that led us to choose those places, followed by the presentation of
each one. Throughout the development, we will also address the respective positive and negative
impacts that we consider to be associated with them (social, economic and environmental).
Finally, we will summarise the ideas that were developed and present the conclusions we’ve
reached, among other aspects of interest.
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Agradecimentos
Quando nos foi proposto efetuar este trabalho criámos determinadas expetativas, muito embora
estivéssemos conscientes das dificuldades que se iam deparar. Findo o trabalho, gostaríamos de referir
que nos sentimos gratos e com imenso orgulho por tê-lo concretizado e congratulamo-nos por ter
conseguido atingir os objetivos a que nos propusemos. Todavia, este não ficaria completo se não
endereçássemos um agradecimento a todos quantos contribuíram, de um modo ou de outro, para
podermos concretizá-lo.
Assim, agradecemos a todos que, de forma tão simpática, se disponibilizaram a responder ao
nosso inquérito, cujos dados nos permitiram ter uma outra visão acerca do tema desenvolvido.
Agradecemos à Escola, nomeadamente à Direção, por também nos terem permitido a sua
consecução, nomeadamente por ter facultado um plafom especial para fotocópias e acesso à sala
2TIC05.
Gostaríamos de enaltecer a Câmara Municipal de Anadia e as Juntas de Freguesia, pelas suas
páginas de Internet, as quais nos proporcionaram um manancial de informação, que nos auxiliou
bastante na execução do nosso trabalho.
Frisar o contributo de todos os alunos da turma, do 11.º H, ao terem abraçado este projeto com
um espírito aberto ao conhecimento, à investigação e com a seriedade que um trabalho deste género
requer.
Agradecemos, muito particularmente, à nossa professora de Geografia, Dra. Graça Matos, que
nos incitou a trabalhar, embora sempre nos tenha apoiado de forma irrestrita, fazendo valer o que de
melhor há em nós.
Finalmente, gostaríamos de tecer um especial agradecimento aos nossos pais por apostarem de
forma incondicional na nossa formação e por nos orientarem na construção do nosso futuro.
Um bem-haja a todos pela colaboração!
8
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Índice
Introdução .....................................................................................................................................11
O concelho de Anadia....................................................................................................................13
Bairrada .........................................................................................................................................21
O turismo do concelho de Anadia visto pelas suas “gentes”........................................................23
Tipos de Turismo registados no concelho de Anadia....................................................................31
Lugares a visitar e eventos de interesse/ promotores do turismo ...............................................33
Transportes..................................................................................................................................121
Alojamento ..................................................................................................................................123
Gastronomia / Restauração.........................................................................................................125
Impactes do turismo no concelho de Anadia..............................................................................131
Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo em Anadia .................................................134
Anadia a Cidade Europeia do Desporto 2020..............................................................................136
Conclusão.....................................................................................................................................137
Bibliografia e Webgrafia ..............................................................................................................138
Anexos .........................................................................................................................................140
10
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Introdução
Anadia é um concelho localizado no Distrito de Aveiro. Pertence à região Centro (NUT II) e sub-
região de Aveiro (NUT III), com cerca de 30 000 habitantes.
Anadia tem uma localização privilegiada, entre duas importantes cidades nacionais, capitais de
distrito, Aveiro (a capital distrital) e Coimbra.
A cidade de Anadia é a sede do município, com uma área de 216,64 km² e obteve o estatuto de
cidade em 9 de dezembro de 2004, pela Lei n.º 4/2005, de 26 de janeiro. Para além disso, Anadia detém
o estatuto de capital da Região da Bairrada.
O concelho dispõe de infraestruturas, muito particularmente a nível desportivo, com especial
destaque para o complexo desportivo de Anadia e o Centro de Alto Rendimento (Velódromo Nacional)
– CAR. Anadia tem, para além do desporto, feito uma aposta em infraestruturas que promovem o bem-
estar da sua população, como serve, também, a população dos concelhos circunvizinhos. Assim, o
desenvolvimento social encontra-se bem patente em infraestruturas de sucesso como são a Biblioteca
Municipal, ou o Cineteatro.
Para além dos supramencionados, podemos referir outros pontos de interesse, que podem ser
potenciados e fomentadores do turismo do concelho, como acontece com os diversos museus, parques
naturais, património arquitetónico de relevo e os tradicionais ex-líbris que são o espumante e leitão.
Para além disso, são imensos os eventos que se realizam no concelho e aos quais iremos, também,
fazer referência.
12
13
O concelho de Anadia
O concelho de Anadia recebeu, em 1514, foral de D. Manuel I, de modo a atualizar os forais
medievais, e de legitimar as reais concelhias entretanto surgidas. O atual município foi criado em 1839
pela fusão de vários concelhos.
Figura n.º 1 – Foral de Anadia.
O Brasão de Anadia é um escudo negro composto por uma vide arrancada de prata, com dois
ramos passados em aspa, folhados de verde e frutados de dois cachos de uvas púrpura A sua coroa
mural de prata contém cinco torres e o listel é branco legendado a negro com a identificação do
concelho “Anadia”. Por sua vez, a bandeira é gironada1 de oito peças de branco e púrpura, com o
cordão e borlas de prata e púrpura e a sua haste e lança de ouro.
Figura n.º 2 – Símbolos heráldicos de Anadia: brasão e bandeira.
Quanto aos limites geográficos do concelho é delimitado a norte pelo município de Águeda, a
leste pelo de Mortágua, a sul pelo da Mealhada, a sul e oeste pelo de Cantanhede e a noroeste pelo
de Oliveira do Bairro.
O nome “Anadia”, segundo reza a lenda, deve-se a uma habitante local, Ana Dias, proprietária
de uma extensa vinha herdade dos seus pais. Segundo consta, o vinho produzido na sua propriedade
era de excelente qualidade e vendido por ela junto da muito conhecida estrada de Coimbra. A
qualidade dos seus vinhos era bem conhecida. Ora, aqueles que pretendiam adquirir o seu famoso
1
O termo gironada é utilizado em heráldica e refere-se a um escudo dividido em oito partes triangulares iguais.
14
vinho, em vez de mencionarem que iam à taberna da Ana Dias, abreviavam o dito para “vamos a Ana
Dias”, o que explica o nome da atual cidade e sede do concelho, pela abreviatura dada ao nome desta
famosa proprietária vinícola.
O concelho de Anadia é atualmente composto por 10 freguesias, definidas no âmbito da reforma
administrativa nacional, de 2013. Algumas das anteriores mantiveram-se, mas houve outras que são o
resultado da agregação de duas ou três freguesias.
Decidimos fazer o nosso estudo, partindo dessas mesmas freguesias, pelo que iremos proceder
a uma breve apresentação de cada uma delas.
Figura n.º 3 – Concelho de Anadia.
União das Freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e
Ancas
Tem 22,06 km² de área e, segundo os Censos de 2011, 2 675 habitantes. A sua densidade
populacional é de 121,3 hab/km².
Esta freguesia é composta pelas antigas freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e
Ancas. Sendo que Amoreira da Gândara fez, até 1928, parte da freguesia de Sangalhos. A sua
independência surgiu, supostamente, pela grande distância que a separa da igreja matriz de Sangalhos.
Desta freguesia fazia parte a Quinta de Amoreira da Gândara.
Figura n.º 4 – União das Freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas.
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Por sua vez, Paredes do Bairro, localizada no coração da Bairrada vinícola, era a freguesia mais
recente do Concelho de Anadia, datada de 11 de junho de 1985, embora tivesse foral concedido por
D. Manuel I, de 1519. Quer os Romanos e posteriormente os Árabes foram sensíveis às terras
produtivas de Paredes do Bairro.
Quanto à freguesia de Ancas está referenciada pelo documento originário do cartório de Santa
Cruz de Coimbra como “villa” de Enchas, Encas. A denominação de Ancas aparece em novembro 1143,
por D. Afonso Henriques, ano que este a doou a D. Marina Soares. Os limites identificados no citado
documento referem “locus dictus” e povoações como Sá (de Sangalhos), Mogofores, Paredes e S.
Lourenço.
Esta é a única terra, do atual concelho de Anadia, que consta do mais antigo mapa de Portugal,
datado de 1561. No século XVIII pertencia à Província da Beira, Bispado de Coimbra, Arcediago do
Vouga, Correição de Montemor, provedoria de Esgueira, termo da Vila de Recardães.
União das Freguesias de Arcos e Mogofores
Embora não seja a freguesia de maior dimensão, com 14,4 km² de área, é a que detém o maior
número de habitantes, segundo os dados dos censos de 2011, contém 6 331 habitantes e uma
densidade populacional de 439,7 hab/km². Esta freguesia agrega as antigas freguesias de Arcos e
Mogofores e a sua sede é em Anadia.
Figura n.º 5 – União das Freguesias de Arcos e Mogofores.
As anteriores freguesias, de Arcos e Mogofores detém respetivamente 5 511 e 820 habitantes,
distribuídos pelos, também respetivamente, 12,27 km² e 2,13 km² de área.
Mogofores, obteve foral de D. Manuel a 12 de novembro de 1514.
O topónimo desta terra é de origem árabe e a sua lenda conta-nos que todos os anos desaparecia
misteriosamente uma pessoa da localidade, como por encanto, que nunca mais era vista. A bruxa
Moga, que vivia na época em Mogofores foi tida como culpada pelo povo que, de forma desesperada,
lhe gritava: "Moga fora! Moga fora! Moga fora!"
16
Segundo esta lenda, estes ditos estarão na origem do nome de Mogofores. Porém, não conta o
que terá acontecido à bruxa Moga, pelo que não se sabe se foi, ou não, desterrada. O que resta da
lenda, é que os habitantes prometeram fazer, anualmente, uma peregrinação à Senhora do Beco. O
certo é que os desaparecimentos terminaram como se a magia da bruxa tivesse cessado. Atualmente,
estes votos permanecem e o povo de Mogofores, mantendo-se fiel ao prometido pelos seus
antepassados, continuando a fazer esta romaria anual.
Freguesia de Avelãs de Caminho
Esta freguesia teve a primeira referência, de que há registo, no tempo de César Augusto.
Aqui faz-se referência a "Avellañum", uma região da foz do Rio da Serra. Esta região, seria, por
altura da ocupação Romana, rica em Aveleiras o que lhe daria certamente aquela designação.
Os achados arqueológicos encontrados nesta freguesia permitem situar os romanos, e depois os
muçulmanos, nesta região.
Figura n.º 6 – Freguesia de Avelãs de Caminho.
Porém, apenas no século X aparece o topónimo Auleanas, que viria a transformar-se em
Avelanas, que abrangiam as terras que se localizam entre Boialvo e o rio Cértoma2 e com limite, a sul,
da serra da Câmbria. Em documentos datados dos séculos XII e XIII, já é visível a separação de “Avelanis
de Susanis” e “Avelanis de Jusanis”, designação para Avelãs de Cima e Avelãs de baixo. Em 1427 há
referência a “Avellãas de Caníjm”, que origina Avelãs do Caminho.
Certeza é a de que recebeu foral novo de D. Manuel, a 13 de novembro de 1514. O seu nome
teve, segundo consta, a ver com a existência de um grande número de aveleiras ao longo dos caminhos.
Freguesia de Avelãs de Cima
Esta freguesia é a maior freguesia do concelho, com 40,58 km² de área, mas, com os seus 2 185
habitantes, não é a mais populosa.
2
Rio Cértoma, ou Cértima
17
Figura n.º 7 – Freguesia de Avelãs de Cima.
A sua densidade populacional é de 53,8 hab/km². Esta foi vila e sede de concelho até ao início do
século XIX.
Figura n.º 8 – Foral de Avelãs de Cima.
Freguesia de Moita
É a freguesia mais extensa do concelho, embora não seja a maior. Possui uma área de 34,18 km²
de área, 2 484 habitantes (censos de 2011) e uma densidade populacional de 72,7 hab/km². Esta
constituiu, até ao início do século XIX, o concelho de Ferreiros.
Figura n.º 9 – Freguesia de Moita.
Freguesia de Sangalhos
Possui 16,9 km² de área. Os seus 4 068 habitantes (dados dos Censos 2011), conferem-lhe uma
densidade populacional de 240,7 hab/km². Esta vila já foi sede concelhia, desde a Idade Média, até à
18
primeira metade do século XIX. Este estatuto foi oficializado pela carta de foral de Dom Manuel I, em
1514.
Figura n.º 10 – Freguesia de Sangalhos.
Em Sangalhos foram identificados vestígios arqueológicos inequivocamente romanos e mesmo
de tempos precedentes. Os povos pré-romanos da região do Vouga eram já uma mistura de raças
europeias e mediterrânicas, sendo de destacar as ceitas e os túrdulos. Deve ser essa também a origem
do povoamento de Sangalhos.
A Vila de Sangalhos, propriamente dita, situa-se no cume duma encosta que domina o vale do
rio Cértoma, desfrutando, também, de amplo panorama que se estende, do lado Sul até à Serra do
Buçaco e, do Nascente, até ao cume da Serra da Caramulo.
Freguesia de São Lourenço do Bairro
Tem uma área de 15,38 km² e 2 414 habitantes (censos de 2011). A densidade populacional é de
157 hab/km².
Figura n.º 11 – Freguesia de São Lourenço do Bairro.
União das Freguesias de Tamengos, Aguim e Óis do Bairro
Detém uma área de 17,4 km² e, segundo os censos de 2011, possui 3 264 habitantes. A densidade
populacional é, tendo por base os dados referidos, de 187,6 hab/km².
19
Figura n.º 12 – União das Freguesias de Tamengos, Aguim e Óis do Bairro
Esta freguesia é composta pelas antigas freguesias de Tamengos, Óis do Bairro e Aguim.
Aguim já foi vila e sede de concelho entre 1238 e 1836. Este concelho era constituído pela
freguesia de Tamengos, onde antes estava incorporada Aguim. Até 11 de junho de 1993, a sua
designação oficial era Nossa Senhora do Ó de Aguim.
Óis do Bairro foi freguesia até à agregação ocorrida em 2013 e tinha uma área de 2,81 km² e 491
habitantes (censos 2011) e uma densidade populacional de 174,7 hab/km².
Tamengos foi freguesia também até 2013, e possuía uma área de 8,16 km², 1 602 habitantes
(censos de 2011) e uma densidade populacional de 196,3 hab/km².
Constituída pela agregação das antigas freguesias de Tamengos, Aguim e Óis do Bairro, a sua
sede encontra-se em Tamengos.
Freguesia de Vila Nova de Monsarros
Esta freguesia possui 23,72 km² de área, 1 713 habitantes (censos de 2011) e uma densidade
populacional de 72,2 hab/km². Obteve foral de D. Manuel I em 1514.
Figura n.º 13 – Freguesia de Vila Nova de Monsarros.
Existem duas versões para a atribuição do topónimo Monsarros. A primeira, que não é aceite por
todos, faz alusão ao monte existente em Monsarros. Segundo esta versão, este monte evoca a
expressão latina mons sacrus3
. Ou seja, o nome que os romanos atribuíam às elevações de terreno
3
Monte sagrado
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localizadas junto das povoações e nos quais se realizavam manifestações pagãs. A segunda versão, o
topónimo Monsarros é uma corruptela de musarab, que significa “meio árabe”.
Freguesia de Vilarinho do Bairro
Figura n.º 14 – Freguesia de Vilarinho do Bairro.
É constituída por 2 764 habitantes (dados dos censos de 2011), que se distribuem por uma área
de 25,56 km². A sua densidade populacional é de 108,1 hab/km².
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Bairrada
A origem da designação desta região prende-se com os Barrios, ou melhor “illos Barrios”, os solos
de tipo argiloso, ou barrento que nesta se encontram. Muitas foram as povoações da região bairradina
cujo nome provém, também, deste termo. São disso exemplo Óis do Bairro, Paredes do Bairro, S.
Lourenço do Bairro, Ventosa do Bairro e Vilarinho do Bairro.
Figura n.º 15 – Bairrada.
A Bairrada, região vinícola portuguesa que se localiza na Beira Litoral, estende-se de Águeda a
Coimbra e ao litoral Atlântico. A região tem a classificação DOC, Denominação de Origem Controlada,
destacando-se pelos seus vinhos tintos de cor densa, pela Baga, casta local, pelos vinhos brancos e
espumantes de elevada qualidade, que resultam de solos propícios à cultura da vinha.
Figura n.º 16 – Carta Vitícola da Bairrada.
22
O clima temperado mediterrâneo de feição atlântica, dada a proximidade ao Oceano Atlântico,
conferem a esta região um clima suave, ideal para a cultura da vinha e, consequente, produção vinícola.
Os dois tipos de solos, argilosos ou barrentos, os Barrios, e os solos arenosos que aqui se fazem sentir,
permitem a produção de vinhos diversificados.
Figura n.º 17 – Bairrada, Denominação de Origem Controlada.
A produção de vinho faz-se desde o século X, mas apenas no século XIX é que esta região passou
a ser uma região efetivamente produtora de vinhos de qualidade, desde os tintos, brancos e
espumantes.
Anadia é a capital desta região e localiza-se no seu coração.
23
O turismo do concelho de Anadia visto pelas suas “gentes”
Procedeu-se à elaboração de um inquérito (anexo 3), de modo a permitir tecer uma ideia mais
cabal sobre a realidade do concelho.
Foram realizados 84 inquéritos. Salienta-se que se teve o cuidado de fazer uma amostragem que
abrangesse a população de todas as freguesias do concelho, bem como de diferentes estratos sociais,
grupos etários e dos dois géneros. Para além disso, ficou decidido alargar o âmbito de ação do trabalho
e solicitar o parecer, através do preenchimento do referido inquérito, a indivíduos de outros concelhos.
Após a recolha dos dados procedeu-se ao tratamento estatístico dos mesmos (anexo 4), em
tabelas, o que nos permitiu fazer o respetivo tratamento gráfico, bem como as conclusões que se
apresentam de seguida.
Género e idade do inquirido
A maioria dos inquiridos é do sexo feminino. Este facto prende-se com a maior população deste
género, existente no concelho.
No que concerne à idade, a maioria dos respondentes situam-se na classe etária dos 36 aos 55
anos, seguida de indivíduos com mais de 66 anos, muito embora tivesse existido a preocupação de
abranger todas as classes etárias.
Figura n.º 18 – Distribuição do n.º de inquiridos por género.
Figura n.º 19 – Distribuição do n.º de inquiridos por classes etárias.
Feminino
0
5
10
15
20
25
30
35
<18 anos 19 - 25
anos
26-35 36-55 56-65 >66 anos
24
Área de residência do inquirido
A maioria dos inquiridos, como pode ser observado no gráfico seguinte, são residentes no
concelho e, conforme foi acima referido, teve-se o cuidado de elaborar inquéritos em todas as
freguesias, de modo a permitir obter um mais fidedigno parecer sobre a realidade em estudo. Para
além disso, também foram inquiridos indivíduos residentes em outros concelhos próximos,
nomeadamente, Aveiro, Cantanhede, Coimbra, Mealhada e Oliveira do Bairro.
Não houve tempo, nem possibilidade, de estender a amostra a áreas mais longínquas.
Figura n.º 20 – Distribuição dos inquiridos por área de residência.
Conhecimento que o inquirido tem do concelho de Anadia
A maioria dos respondentes, face à questão sobre o conhecimento que têm sobre o concelho,
referiu conhecer bem o concelho de Anadia. Muito embora, muitos não possuam esse conhecimento,
incluindo residentes destes. Há, no entanto, respondentes de outros concelhos que mencionaram
conhecer bem o concelho.
Figura n.º 21 – Conhecimento sobre o concelho que, os inquiridos, detém.
Concelho de Anadia
Outro concelho
sim não
25
Potencialidades a nível do turismo do concelho de Anadia
A maioria dos inquiridos considera que o concelho de Anadia tem potencialidades turísticas,
conforme se pode constatar da análise do respetivo gráfico.
Figura n.º 22 – Potencialidades turísticas de Anadia.
O município tem privilegiado o turismo do concelho de Anadia
A maioria dos inquiridos é de opinião que o município tem dado enfase ao turismo. Muito
embora, haja um elevado número de respondentes que considera que tal não se verifica. Outros
afirmam que desconhecem esse aspeto.
Figura n.º 23 – Visão dos inquiridos sobre o papel do município no turismo.
Visita ao concelho vista pelos inquiridos
Foi solicitado aos inquiridos que se prenunciassem sobre eventuais visitas ao concelho e, deste
modo a quem aconselharia, qual a duração da visita que sugeririam e quais as motivações que
consideravam ser de salientar.
sim não não sabe
sim não não sabe
26
Quanto ao aconselhamento para alguém fazer uma visita ao concelho, a maioria refere que
aconselharia esta a amigos. No entanto, também selecionaram os familiares, colegas e outras pessoas.
Apesar de insignificante no global da amostragem, ainda houve quem tivesse respondido que não
incentivaria ninguém a vir fazer turismo em Anadia.
Figura n.º 24 – A quem os inquiridos aconselhariam a visita ao concelho.
A maioria dos respondentes aconselharia que a duração da visita equivalesse a um fim de
semana. Todavia, salienta-se que houve um grande número de inquiridos que propunha umas férias,
embora não tivessem sido questionados acerca da duração das mesmas.
Figura n.º 25 – Tipo de visita aconselhada pelos inquiridos.
Relativamente às principais motivações consideradas na escolha de Anadia como local de turismo
a paisagem do concelho mereceu a principal escolha das pessoas auscultadas. Salienta-se, também, a
referência a outros aspetos como são, por ordem de escolha, as atrações, entretenimento e eventos,
a visita a monumentos, como são os museus, palacetes, pelourinhos, …, o clima hospitaleiro/
Acolhedor e os bons alojamentos e, finalmente, a segurança. Houve quem respondesse que não sabia.
0
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30
40
50
Familiares Colegas Amigos Outras pessoas A ninguém
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Umas horas Um dia Um fim de semana Umas férias Nenhuma
27
Figura n.º 26 – Principais motivos considerados pelos inquiridos na escolha de Anadia como local a visitar.
Identificação dos pontos considerados como turísticos
Quanto às sugestões de visitas ao concelho por freguesia, registou-se uma grande variedade,
tendo todas as freguesias obtido o parecer positivo dos inquiridos, enquanto lugares elegíveis para
visitar. Todavia, as eleitas foram em primeiro a freguesia de Sangalhos, seguida da Moita, Amoreira da
Gândara, Paredes do Bairro e Ancas e, em quarto a freguesia de Arcos e Mogofores.
Figura n.º 27 – Pontos turísticos identificados pelos inquiridos no concelho.
0
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Principais pontos turísticos do concelho de Anadia
Quanto a sugestões de visitas, o inquérito solicitava a seleção de cinco aspetos, com a
enumeração de 1 a 5, partindo do mais importante para o menos relevante. Assim, os museus (Museu
do Vinho Bairrada, Museu José Luciano de Castro, Aliança Underground Museum e Museu Etnográfico
da Pedralva), foram aqueles que acolheram a preferência dos inquiridos (mais importante, série 1, no
gráfico), seguido do Parque da Curia e depois, em ex-aequo, a Rota do Vinho da Bairrada e Visita a
caves vinícolas.
Apesar de os museus manterem a primazia como segunda escolha, o Parque da Curia deixa o
lugar seguinte para as termas (Curia e Vale da Mó).
A terceira escolha recaiu novamente sobre o Parque da Curia, remetendo para a segunda
posição, a Rota do Vinho da Bairrada e as Barragens /Lagoas, nomeadamente a Barragem da Gralheira
e a Lagoa de Torres.
A quarta escolha mais selecionada, as termas, foram seguidas em igual número pela Barragem/
Lagoa e Parque da Curia.
As Barragem/ Lagoa foram as mais apontadas como quinta escolha para visita, seguida pelo
Parque da Curia e pelas piscinas, com igual número.
Contrariamente, o Campo de Golfe da Curia, o Monte Crasto, o Centro de Alto Rendimento de
Sangalhos, os Hotéis / Restaurantes e as piscinas, forma os menos elegíveis pelos respondentes,
enquanto lugares a visitar no concelho.
Finalmente, houve quem acrescentasse a visita a matas do interior anadiense, como um lugar
turístico a ter em conta, na promoção do turismo do concelho.
Figura n.º 28 – Sugestões, de visitas apresentadas pelos inquiridos, ao concelho de Anadia.
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Série2
Série1
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Estabelecendo um paralelismo entre esta resposta e a efetuada anteriormente, pode verificar-
se uma discordância, pois as freguesias eleitas, não correspondem àquelas, cujos lugares foram
referenciados como pontos turísticos aconselháveis. No entanto, como não se procedeu a outro
estudo, este facto, só por si, não pode ver-se como discrepante, mas provavelmente apenas como um
motivo para efetuar um outro estudo mais aprofundado.
Salienta-se também o facto de a opção dos respondentes privilegiar o ambiente e a museologia
do concelho.
Eventos do concelho
As Feiras são de longe os eventos a que os inquiridos mais aderem. Porém, também foram
referenciados outros que captam a atenção e a sua preferência. Assim, salientamos, também, as festas
populares, os espetáculos culturais, como são o cinema, teatro, musicais, desfiles de moda, entre
outros, bem como as Festas religiosas (procissões, …) e os espetáculos desportivos.
Figura n.º 29 – Eventos selecionados pelos inquiridos.
Embora fosse um número muito reduzido, houve inquiridos que referiram não ir a qualquer
evento, resta saber se o fazem em outros concelhos / lugares, ou se realmente não os frequentam,
uma vez que este aspeto não foi tido no estudo efetuado.
0
10
20
30
40
50
60
Percursos
pedestres
Feiras Festas populares Festas religiosas
(procissões, …)
Espetáculos
culturais
(Cinema, teatro,
musicais, desfile
moda, …)
Espetáculos
desportivos
Nenhuns
30
Aspetos de melhoria no concelho de forma a receber melhor os
turistas
No que concerne a eventuais melhorias que deveriam ser levadas a cabo, de modo a permitir
que os turistas tivessem uma melhor receção, foram selecionadas todas as possibilidades, incluindo o
facto de alguns, poucos, referirem que estava tudo bem, pelo que não consideravam necessário
proceder a qualquer alteração.
A melhoria das estradas e da sinalização foi o aspeto mais apontado, para que o turista pudesse
ter uma melhor estada. Outros aspetos, também identificados, foram, por ordem do número de
respondentes, a maior conservação dos edifícios, melhores transportes públicos, ambiente menos
poluído e mais limpo, mais infraestruturas em locais turísticos, mais informações e esta ser também
em inglês/ francês e, finalmente, melhorar o atendimento em restaurantes, hotéis, comércios (lojas).
Houve, ainda, quem referisse não saber que aspetos de melhoria deveriam ser implementados.
Figura n.º 30 – Aspetos de melhoria.
0
5
10
15
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25
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35
40
45
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Tipos de Turismo registados no concelho de Anadia
O turismo, atividade económica pertencente ao setor terciário, depende das características
naturais de uma determinada área, assim como das características socioculturais que lhe estão
adstritas.
No concelho de Anadia podemos identificar diversos tipos de turismo como são o turismo termal,
o gastronómico, o ecoturismo (natureza), o de eventos, o cultural, o rural, e até o religioso. Podemos,
para além destes, falar de outros tipos de turismo que começam a ganhar importância na região, como
acontece com o enoturismo, o turismo sinergético e o desportivo.
O concelho de Anadia apresenta, assim, um enorme potencial turístico, motivado pela incessante
predisposição dos turistas em adquirir um maior conhecimento dos costumes, da tradição e da
identidade cultural das diversas regiões e, neste caso, da população anadiense e a nível do turismo de
eventos.
No que concerne ao enoturismo, Anadia apresenta imensas potencialidades dada a ligação às
Associações, como são a da Rota da Bairrada, a de Municípios Portugueses do Vinho – AMPV, a das
Rotas dos Vinhos de Portugal – ARVP e a ligação à Rede Europeia das Cidades do Vinho – RECEVIN.
Figura n.º 31 – Sede da Rota da Bairrada: Associação Rota da Bairrada, antiga Estação da Curia.
Os principais pontos turísticos do concelho são, sem dúvida, os museus e as suas unidades
termais, que permitem uma aposta no turismo quer cultural, quer termal. Estes estão bem
apetrechadas, sendo servidos por excelentes unidades hoteleiras, capacitadas para servir, não apenas
os turistas que procuram os museus e as águas termais como terapia (turismo de saúde), mas também
para aqueles que pretendem outras atividades turísticas mais diversificadas, associadas, por exemplo,
à realização de caminhadas por percursos pedestres, ao desporto ou ao lazer.
Todavia, temos presente nas diversas freguesias estes tipos de turismo, dos quais se destaca o
turismo de natureza, turismo religioso, turismo desportivo, turismo termal e turismo cultural.
O atual stress provocado pela vida nas grandes cidades, das quais se salienta a proximidade à
cidade de Coimbra, Aveiro, Viseu e Porto, aliado, entre outros, ao desenvolvimento dos meios de
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transporte e das comunicações, proporciona aos seus habitantes uma fuga para o meio rural. O
Município de Anadia apresenta-se como um concelho potenciador de um maior contacto com a
natureza, bem como a descoberta de antigos solares, palacetes, casas tradicionais, que muitas vezes
aliam ao descanso a participação em trabalhos rurais. Deste modo, o turismo rural permite um estreito
contato com a natureza e as tradições locais, o qual se associa a uma hospitalidade muito peculiar,
potenciadora de um serviço familiar e, por tal, mais personalizado e, consequentemente, muito
apreciado pelo turista citadino.
Um bom exemplo deste tipo de turismo é o rural, que apresenta um acolhimento efetuado em
casas particulares que têm valor arquitetónico que se pode confinar à região ou mesmo de âmbito
nacional ou internacional. Um excelente exemplo é o da Quinta de S. Lourenço do Bairro.
Figura n.º 32 – Quinta de S. Lourenço do Bairro.
Um outro tipo de turismo que se pode potenciar é o religioso. Claro que este, embora diferente
dos anteriores, pode ser uma mais valia para a economia do concelho se devidamente aproveitado.
Finalmente, o turismo sinergético pode ser uma nova forma de fomentar o turismo em Anadia,
pois temos áreas onde é permitida a caça. Esta estimularia a utilização logística de determinados
serviços de âmbito turístico facilitadores deste desporto. Muito embora, os mesmos tivessem de
assegurar a sustentabilidade da vida selvagem do concelho.
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Lugares a visitar e eventos de interesse/ promotores do turismo
Existem muitos lugares e eventos que são fomentadores e outros, ainda, que poderão ser
potenciados e incrementados para o desenvolvimento do turismo do concelho.
Figura n.º 33 – Enoturismo.
A mancha vitícola que se faz sentir no concelho de Anadia, tem uma expressão impar na paisagem
da área concelhia. Esta obra humana convida os visitantes a apreciá-la e a provar os vinhos da região.
A Rota da Bairrada, tem uma equipa de profissionais que auxiliam o visitante a realizarem
percursos turístico pela Rota do Vinho da Bairrada.
A Rota do Vinho da Bairrada contém 28 pontos de atração, como são as quintas, caves e adegas,
onde o turista pode conhecer mais detalhadamente a produção e o armazenamento vinícola e provar
as melhores colheitas selecionadas pela Rota dos Vinhos da Bairrada.
O turista pode optar por fazer três percursos rodoviários que atravessam a Bairrada e, deste
modo conhecer a realidade local.
Segundo o que consta na página da Comissão Vitivinícola da Bairrada estes três percursos são:
“O percurso longitudinal – a rota dos grandes restaurantes de leitão – desenrola-se
fundamentalmente ao longo do IC 2 em cerca de 10 km desde a Mealhada até à Malaposta, passando
pelas cortadas para o centro de Anadia e para a Curia, as quais se situam praticamente em frente uma
da outra sendo a primeira à direita e a outra à esquerda. Trata-se de um trajeto essencialmente urbano,
muito conhecido pela população em geral e pelos apreciadores das iguarias bairradinas em particular.
A seguir à zona da Mealhada e no sentido norte – sul é possível cortar à direita no sentido do centro
de Anadia, e após uma subida de cerca de 2 km poderemos admirar a sua magnifica nova zona
desportiva, o cineteatro e as instalações do complexo vitivinícola (Comissão, Estação e Escola
Profissional) incluindo o Museu do Vinho da Bairrada, que constitui uma visita obrigatória para quem
se queira documentar devidamente neste tema. Por outro lado, cortando à esquerda para o parque
termal da Curia, podemos encontrar uma oferta hoteleira muito interessante, bem como um campo
de golfe de 9 buracos.
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Uma extensão deste circuito para norte consiste em efetuar a EN 235 desde a Malaposta até
Sangalhos e Oliveira do Bairro, numa distância de mais 9 km. Ao longo desta extensão deparamos com
localidades mais pequenas e originais num ambiente de maior ruralidade. Disso são exemplo Avelãs
do Caminho, Fogueira, Ancas, Troviscal e Mamarrosa, sendo possível aprofundar o conhecimento da
região com novas descobertas – à procura da autenticidade da Bairrada.
Quanto aos percursos transversais devemos distinguir um percurso mais a sul – a caminho das
serranias - que vai pela EN 234 desde Cantanhede a Mealhada (14 km) e segue até ao Luso e ao Bussaco
em cerca de mais 6,5 km. Este trajeto alterna paisagens de vinha isolada ou em associação com outras
culturas e de floresta, sempre numa ondulação suave mais que se vai acentuando à medida que nos
aproximamos das serras do Luso e do Bussaco. Também aqui encontramos uma oferta hoteleira muito
interessante que está associada a uma zona termal e de distribuição de água de mesa muito conhecida
no nosso País. Pouco mais à frente, é possível admirar o património natural que representa a mata
florestal do Bussaco (sem esquecer uma ida à Cruz Alta para alargar os horizontes e admirar a linha de
costa se estiver bom tempo), o magnifico hotel de cinco estrelas que aí está instalado e o Museu Militar
que recorda a famosa batalha no dia 27 de setembro de 1810 contra as tropas napoleónicas
comandadas por Massena.
Outro percurso transversal mais a norte – à descoberta das novas vinhas e adegas da Bairrada –
é o que segue pela EN 334 de Mogofores a S. Lourenço do Bairro e depois seguindo pela EN 333-1 até
Amoreira da Gândara, numa distância de cerca de 11 km. Trata-se neste caso de um trajeto muito
interessante no que representa de novos investimentos realizados no sector vitivinícola regional, desde
a modernização e emparcelamento de vinhas até à construção de novas e modernas adegas que são
uma referência mesmo à escala internacional. Ao longo deste circuito é possível desfrutar de uma
paisagem de vinha contínua que é das mais extensas da região e degustar alguns dos vários tipos de
vinho que estão disponíveis nas diversas adegas existentes, sem esquecer agora os Tintos da casta
predominantes que é a Baga”.
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O turismo na União de freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do
Bairro e Ancas
Na União de freguesias de Paredes do Bairro, Amoreira da Gândara e Ancas existem muitos
lugares e eventos que são propiciadores e outros, ainda, que poderão ser potenciados e, assim,
fomentar o turismo da freguesia e do concelho.
Existem imensos eventos locais que oferecem excelentes condições para o turista.
As paisagens verdes, bem como a calma e a harmonia entre a natureza e o homem, são um
convite para o turista desfrutar de momentos inesquecíveis.
As festas são excelentes manifestações culturais que esta freguesia oferece ao visitante. A
mistura do tradicional, com ritmos modernos são dois magníficos componentes.
Parque de merendas de Ancas
O parque de merendas de Ancas, com vista para o lago, é um excelente espaço onde se pode
aliar a natureza à sã convivência entre familiares e amigos. O mesmo se pode extender ao Parque de
Merendas de Paredes do Bairro.
Figura n.º 34 – Parque de merendas de Ancas.
Parque de Merendas de Paredes do Bairro
Figura n.º 35 – Parque de Merendas de Paredes do Bairro.
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Património histórico-religioso
A freguesia apresenta um amplo património histórico digno de ser apreciado. Deste destacam-
se deste Património histórico-religioso a Igreja Matriz de Amoreira da Gândara, Igreja Matriz de
Paredes do Bairro e de Ancas, Igreja Matriz de Amoreira da Gândara.
Podem, ainda, ser visitadas algumas capelas que se localizam em diversos lugares, como a Capela
de Santo António, Capela de Nossa Senhora do Pranto, Capela de Monserrate, Capela do Senhor dos
Passos, Capela em Amoreira da Senhora do Carmo e a Capela em Amoreira da Senhora dos Emigrantes.
Para além destas, existe um rico e diversificado património, por exemplo, de cruzeiros e fontanários.
Figura n.º 36 – Património histórico-religioso Matriz de Amoreira da Gândara, de Paredes do Bairro e de Ancas.
A Igreja Paroquial de Amoreira da Gândara foi renovada e ampliada entre 1944-1950, mas parte
das paredes laterais foram conservadas. A torre da fachada é anterior à reforma. Foram ainda
aproveitados pequenos elementos. O púlpito feito de calcário é do século XVII e a sua bacia cilíndrica
é de pé em forma de balaústre. Na frontaria encontra-se a estátua de S. Martinho, datado do século
XV, vestido de bispo e feito em calcário de tipo popular.
Na sacristia pode ver-se uma placa calcária tendo em relevo o Calvário (Crucificado, Virgem e S.
João) sob arco conopial, do século XVI inicial, gótico, obra corrente.
Monumento evocativo da Carta de Doação a Ancas
Este monumento foi construído em homenagem à carta e doação da então Freguesia de Ancas.
Encontra-se junto ao cruzeiro situado na Rua principal da Freguesia.
Figura n.º 37 – Monumento evocativo de Ancas, inserido no cruzeiro.
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Cruzeiros
Em Ancas podem ser visitados dois Cruzeiros, datados de 1668.
Estes cruzeiros têm datas quase invisíveis, mas que apontam para o ano de 1668. Os cruzeiros
têm colunas do tipo dórico, cruz singela, base de alçado pentagonal.
São notórias as obras levadas a cabo, apesar dos traços originais, que ainda são bem visíveis.
Na saída para a Fogueira pode visitar-se o Cruzeiro da Rua do Cruzeiro.
Figura n.º 38 – Cruzeiro da Rua do Cruzeiro
No adro da igreja pode ser visitado o outro Cruzeiro.
Figura n.º 39 – Cruzeiro do Adro da Igreja.
Figura n.º 40 – Cruzeiro do Ancas.
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Lagoa do Paúl
A Lagoa do Paúl merece também uma atenção muito especial, em particular pelo turista de
natureza, pois é um local muito aprazível.
Figura n.º 41 – Lagoa do PaúL.
Festas populares e ou religiosas
Esta freguesia, à semelhança de muitos outros lugares, é prodiga em lendas e festas populares,
algumas de cariz religioso. Assim, em Amoreira da Gândara destaca-se a Lenda das Bruxas dançantes,
a Festa do Imaculado Coração de Maria, a festa da Páscoa e a Festa do Galo.
Lenda das Bruxas dançantes
Conta a lenda que viveu em Amoreira da Gândara um homem negociante de carnes, que andava
de noite pelos caminhos, quer de Amoreira quer de terras vizinhas. Quando um certo dia regressava já
tarde a casa, cansado do trabalho, passou por uma gândara atraído pelo som de risos e música.
Apeando-se da sua bicicleta para ver o que se passava, qual não foi a sua surpresa quando se deparou
com um grupo de mulheres que dançavam nuas à volta de uma fogueira. Apercebendo-se do incauto
homem, convidaram-no a dançar com elas e, então, todos dançaram até madrugada.
Antes de o mandarem embora, obrigaram-no a prometer que nada diria do que tinha visto, pois,
caso o fizesse, isso seria a sua pena de morte.
Imaculado Coração de Maria
A tradicional festa do Imaculado Coração de Maria realiza-se, no primeiro Domingo de setembro,
em Amoreira da Gândara. O seu ponto alto é a procissão, com os andores enfeitados com flores. O
cortejo sai e regressa à igreja fazendo o percurso até ao cruzeiro.
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S. Martinho
Outro festejo que se realiza em Amoreira da Gândara é o S. Martinho, com a tradicional missa,
procissão e arraial popular.
Desenterrar e enterrar da Pedra da Sesta, em Paredes do Bairro
O "desenterrar da Pedra da Sesta" e o "enterrar da Pedra da Sesta" é das tradições mais visíveis
de Paredes do Bairro. Esta celebração ritual realiza-se duas vezes por ano, uma no equinócio da
primavera e a outra no equinócio do outono.
A tradição consiste em exumar (desenterrar) uma pedra de grandes dimensões a 25 de março,
dia em se celebra a Festa da Maria Malandrona, como símbolo do início da sesta dos trabalhadores
rurais. Esta operação de desenterrar a pedra é levada a cabo por dois trabalhadores geralmente
casados que, munidos de um garrafão de vinho, boroa e chouriço, são encarregados da tarefa.
Figura n.º 42 – Desenterrar e enterrar da Pedra da Sesta, em Paredes do Bairro.
A partir do dia deste ritual, até ao dia de enterramento da pedra, os trabalhadores passam a ter
duas horas de descanso por dia, a chamada sesta, ao almoço (antigamente designado de jantar), até
cerca das 15 horas da tarde.
A pedra volta a ser enterrada a 25 de setembro, simbolizando e marcando o fim da sesta.
Corrida de Burros, Ancas
A tradicional Corrida de Burros, em Ancas, realiza-se anualmente, em agosto, por altura dos
festejos de Nossa Senhora da Assunção. São imensos os visitantes e locais que povoam as ruas nesse
dia de festa.
A história do nascimento desta corrida prende-se com o facto de, segundo consta, numa tarde
de festa não haver nenhum conjunto a tocar. Houve então alguém que se lembrou de fazer uma corrida
de burros, pois na altura havia muitos burros. O certo é que a corrida se manteve e a tradição prevalece
até aos dias de hoje.
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Este evento é hoje o ex-libris dos festejos de Ancas e atraí cada vez mais visitantes, com a
finalidade de assistir a tão singular festejo e desfrutar do divertimento proporcionado por esta corrida
de burros. Muitos são os que se vestem a rigor para montar este animal que esteve em vias de extinção,
mas que é, atualmente, querido e protegido pela sociedade.
Figura n.º 43 – Corrida de Burros, Ancas.
Festival FOLK ANCAS-Anadia
Um outro evento disponibilizado por Ancas é o Festival FOLK ANCAS-Anadia, que se realiza em
julho. Alia-se a dança do mundo à música tradicional, num ambiente de festa e de apelo às raízes
tradicionais dos diferentes povos e culturas.
Figura n.º 44 – Festival FOLK ANCAS-Anadia.
Neste evento há, normalmente, espaços de concerto e dança dispersos não apenas pela aldeia
de Ancas, mas também pela Sede do Concelho, o que permite um maior envolvimento da comunidade
local e dos visitantes.
O Baluarte
Não se poderia falar de arte e de cultura sem fazer referência ao Grupo Recreativo e Cultural “O
Baluarte”. Este é um grupo de Teatro de Amoreira da Gândara que detém extraordinários atores,
amadores, que propiciam ao público momentos de puro deleite e divertimento.
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Figura n.º 45 – Eng.º Albano, Grupo Recreativo e Cultural “O Baluarte”.
Associação de Jovens de Paredes do Bairro
A Associação de Jovens de Paredes do Bairro (AJPB) que pretende desenvolver a aptidão dos
jovens para a cidadania e, deste modo, promover a cooperação e a solidariedade entre os seus
associados e a população local e, eventualmente a turística. Esta presenteia, quer a população local
quer a visitantes, com um manancial de atividades que podem ser fomentadas no sentido da promoção
turística desta freguesia. As iniciativas do âmbito culturais, social, recreativa, lúdica e desportivas são
disso exemplo, destacando-se o torneio de futsal anual: "Inter-Ruas AJPB", o "Passeio de BTT AJPB", o
"Paint-Ball AJPB" e o "Magusto AJPB", entre outros.
Outros eventos
São muitos os eventos culturais que existem nesta freguesia, como as festas populares e
religiosas. Em Paredes do Bairro temos a Festa de Carnaval, Festa S. Tomé (que se realiza no mês de
dezembro e julho), a festa de Santo António (mês de junho), festa Popular da Maria Malandrona (que
se realiza em março).
A nível do desporto, encontramos a Associação Desportiva de Paredes do Bairro que permite a
prática desportiva e a organização de eventos.
Quinta da Rigodeira
Figura n.º 46 – Quinta da Rigodeira.
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Esta Quinta, localizada no lugar de Ancas, tem como principal atividade a produção de vinhos
comuns e licorosos.
Nesta Quinta, as Caves Aliança proporcionam um momento de plena convivência com a
Natureza. Através de um jogo/desafio lúdico, que decorrer nesta quinta, o visitante fica a conhecer as
castas da Região da Bairrada, de uma forma lúdica e divertida.
Quinta de Amoreira da Gândara
Figura n.º 47 – Quinta de Amoreira da Gândara.
O Portão da Quinta de Amoreira da Gândara ostenta um Brasão esquartelado com as armas dos
Pintos, dos Castelos Brancos, dos Tavares e dos Mendonça.
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O turismo na União de freguesias de Arcos e Mogofores
O facto de esta freguesia englobar a sede concelhia permiti-lhe ter um manancial de locais e de
eventos que poderão dar uma maior ênfase e ser potenciadores do turismo da região. São esses locais
e eventos que pretendemos apresentar neste nosso trabalho.
O Monte Crasto, lugar onde na sua encosta se localiza o já mencionado Vale Santo, apresenta
excelentes condições para a prática desportiva e recreativa. Em tempos este local esteve equipado
com um parque de merendas, um circuito de manutenção e um parque infantil. Apesar da sua
localização, no cimo do Monte Crasto a 93 metros de altitude, este era um local muito apreciado, não
apenas pelos habitantes locais, mas pelos visitantes. Atualmente, este lugar, com fortes capacidades
turísticas, foi deixado ao abandono.
Não significa, contudo, que todo o Monte tenha sido votado ao abandono. Na sua encosta, o
denominado Vale Santo, foi construído um recinto que, para além de outros aspetos, contém um
anfiteatro ao ar livre que é palco de diversos eventos realizados ao longo do ano, não apenas neste
espaço, mas em todo o Vale Santo, sendo o mais conhecido a Feira do Vinho e da Vinha. Outra
construção de relevo é o CCA – Centro Cultural.
Figura n.º 48 – Recinto para eventos – Vale Santo, Anadia.
Complexo Desportivo
Figura n.º 49 – Complexo Desportivo.
O complexo desportivo de Anadia, localizado no Montouro, é composto por um conjunto de
infraestruturas capazes de dar resposta às inúmeras solicitações quer da população do município, quer
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dos seus visitantes. Nele enquadra-se, para além do Estádio Municipal, campos de futebol com relvado
sintético, campos de ténis e as piscinas cobertas.
Uma aposta que poderia ser feita seria a construção de um espaço para squash, dado ser uma
prática bem aceite pela população anadiense e, decerto pelos visitantes, tanto mais que Anadia dispõe
de uma equipa que, salienta-se tem conseguido lugares cimeiros nas competições nacionais e
internacionais.
Uma outra sugestão, que aqui se deixa, prende-se com o investimento que Anadia poderia fazer
neste espaço, ou em outro espaço, com a construção de uma piscina ao ar livre. Neste poderiam criar,
ainda, um espaço relvado circundante às piscinas de lazer e de repouso. Neste espaço encontrar-se-
iam espreguiçadeiras, guarda-sol e mesas para os visitantes. Para além disso, este espaço poderia ser
servido por uma esplanada, bar-restaurante, de modo a possibilitar o seu uso durante o período de
calor.
Seria de bom tom estas diversas apostas, a levar a cabo pelo Município, tanto mais que Anadia é
candidata a Cidade Europeia do Desporto em 2020.
Piscinas Municipais
Apetrechada por três tanques, dos quais um é de competição e os outros dois de aprendizagem,
as Piscinas Municipais de Anadia dispõem também de uma sala de aeróbica, de hidromassagem, sauna
(seca), uma sala de descanso e de uma sala de massagens. Para além destes a piscina tem à disposição
dos seus utentes um bar e esplanada e uma sala de exposições.
Figura n.º 50 – Piscinas Municipais de Anadia.
Eco Parque
Inaugurado a 1 de junho de 2013, este parque proporciona descanso, manutenção física e
mesmo atividades de lazer.
Dispõe, para além de um circuito de manutenção, com diversos aparelhos de manutenção, de
um parque infantil e de um campo de futebol e basquete.
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Figura n.º 51 – Eco Parque.
O Cineteatro de Anadia
O Cineteatro é um espaço cultural moderno, inaugurado a 6 de fevereiro de 2009, localizado nas
imediações do complexo desportivo de Anadia. Este substituiu o antigo Cineteatro S. Jorge.
Para além das populares sessões de cinema, apresenta uma programação de qualidade que
abrange áreas muito diversificadas e potenciadoras da cultura anadiense.
Figura n.º 52 – Cineteatro.
Este cineteatro veio substituir o anterior edifício, situado na Rua dos Olivais. Apresenta um traço
moderno e, embora de dimensões inferiores ao anterior, representa um excelente património da
cidade e do concelho. Nele podem destacar-se, para além das tradicionais sessões cinematográficas,
peças de teatro, espetáculos e concertos, colóquios, congressos, conferências e exposições
temporárias e outros espetáculos dignos de serem apreciados.
Centro Cultural de Anadia
Localiza-se nas proximidades do espaço anteriormente referenciado e por ocasião da Feira da
Vinha e do Vinho oferece as suas instalações como bastidores deste evento.
Este é um espaço cultural pertencente ao municipal, cuja inauguração data de 20 de outubro de
2001.
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Figura n.º 53 – Centro Cultural de Anadia.
Nele podem ser visitadas as bibliotecas Rodrigues Lapa (filólogo) e Luciano de Castro (estadista),
e duas Galerias de Exposições, uma das quais permanente, dedicada ao pintor Paul Nicholas Woronoff
(1914-1989), natural da Geórgia (ex-URSS) e a outra que apresenta exposições temporárias diversas.
O CCA, oferece, também, um espaço dedicado a Manuel Ribeiro (1879-1936), soldado anadiense
condecorado com a Torre e Espada, mais alta condecoração portuguesa, em 11 de novembro de 1906.
Património histórico-religioso
Esta Freguesia apresenta uma grande riqueza neste património histórico-religioso.
Igreja Paroquial de Arcos
Figura n.º 54 – Igreja Paroquial de Arcos, Anadia.
A Igreja Paroquial de Arcos, dedicada a S. Paio, localiza-se na cidade de Anadia, na antiga
povoação de Arcos. Nesta podem ser admirados o seu interior e o seu exterior. O interior está
ricamente apetrechado. O arcabouço provém de duas épocas de construção, do princípio do século
XVIII o corpo da Capela-mor e a frontaria e a torre, da segunda metade deste mesmo século, tendo
sofrido alterações no século XIX.
Destacam-se, em termos de artes decorativas, os registos de azulejos da capela-mor, do ano de
1747, nos quais figuram quatro cenas de tipo eucarístico.
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Igreja Matriz de Anadia
A Igreja Matriz de Anadia, inaugurada em 2011, após 13 anos de construção, é um monumento
moderno sobranceiro, localizado perto da parte central da cidade.
Figura n.º 55 – Igreja Matriz de Anadia.
Capela de São Sebastião
A Capela de São Sebastião, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Anadia e localizada em
pleno centro de Anadia, está distinguida como valor concelhio e é um monumento secular com registos
de cerimónias do ano de 1696, como acontece com casamento de Lourenço Aires de Sá e Melo e D.
Francisca Joana de Mendonça, ascendentes dos Condes de Anadia, datado de 3 de abril. Apesar de ter
sido alvo de profundas modificações, ainda apresenta partes antigas, como os pináculos da capela-
mor, do início do século XVIII, e a porta principal da segunda metade do mesmo século. O retábulo,
feito em madeira entalhada do Barroco inicial, possui colunas salomónicas onde sobressaem as parras.
O crucifixo do altar-mor, em pedra, foi talvez originariamente uma cruz de caminho. Nesta capela
podem visitar-se pequenos baixos-relevos repintados, postos na frente dos pedestais das colunas,
julgamento de São Sebastião, Santa Bárbara, Santa Águeda, São Sebastião martirizado ao qual dois
anjos atiram as setas; no remate outro, a degolação de uma santa. A escultura primitiva de São
Sebastião, de calcário, remonta aos séculos XV-XVI.
Figura n.º 56 – Capela de São Sebastião, Anadia.
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Esta apresenta as imagens de Santa Catarina e da Virgem com o Menino, feitas em madeira, de
finais do século XVII. De salientar, também, o crucifixo em pedra, do século XVII, o qual se julga ter sido
cruz de caminho.
Igreja Nossa Senhora da Conceição
A Igreja Nossa Senhora da Conceição, datada de finais do século XIX, início do século XX,
construído pelo Instituto Salesiano de Mogofores. No cimo da igreja encontra-se a estátua de Nossa
Senhora Auxiliadora, com quatro metros de altura, ladeada por dois anjos, em pedra, com dois metros.
A construção da torre foi planeada independentemente da igreja, a qual tem quarenta metros da
altura, oito sinos, um relógio e quatro mostradores. Na fachada principal encontram-se também dois
painéis de mosaico alusivos a S. João Bosco, apóstolo da juventude.
Figura n.º 57 – Igreja Nossa Senhora da Conceição, Mogofores.
Capela de Nossa Senhora da Piedade ou dos Pintos
A Capela de Nossa Senhora da Piedade ou dos Pintos, situada também em Mogofores, foi
construída para servir de sepultura ao fidalgo Cristóvão Pinto de Paiva. A capela encontra-se no flanco
direito da Igreja Paroquial de Mogofores e data do terceiro quartel do século XVII. Está classificada
como Imóvel de Interesse Público.
Figura n.º 58 – Capela de Nossa Senhora da Piedade ou dos Pintos, Mogofores.
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Capela de São Mamede
A Capela de São Mamede localiza-se na antiga povoação de Famalicão, atualmente inserida na
cidade de Anadia. É um edifício corrente, reconstruído no século XIX, mas a sua construção remonta,
possivelmente, ao século XVII ou XVIII (encontram-se informações paroquiais de 1721). A porta da
frontaria é de verga curva e sineira colocada à esquerda. No interior possui um retábulo, com quatro
colunas salomónicas e que é datado dos fins do século XVII. São Mamede é feito de calcário e data de
meados do século XV e o púlpito, de pedra de Ançã, do século XVIII.
Capela de Nossa Senhora das Febres
A capela de Nossa Senhora das Febres, localizada no cimo do Monte Crasto, a 93 metros de
altitude, teve anteriormente a denominação de Senhora da Penha de França e a sua construção
remonta ao século XVIII. Sofreu uma reconstrução que apagou os traços originais e todas as
referências históricas, sendo apenas visíveis nas portas e cimalhas, o que permite identificar a sua
construção nos séculos XVII e XVIII. O retábulo é de madeira simples, do terceiro quartel do século XVII,
com pinturas hagiográficas secundárias. A Nossa Senhora das Febres, uma escultura pequena e sóbria
da Virgem com o Menino feita de madeira, foi roubada.
Figura n.º 59 – Capela de Nossa Senhora das Febres.
Romaria anual ao Beco
Já relatada num capítulo anterior, a Lenda de Moga sobre a origem do nome de Mogofores deu
origem à peregrinação ao Beco. Uma romaria anual conta mais de quatro séculos e ainda hoje se
realiza, no primeiro sábado de setembro, a Macinhata do Vouga, concelho de Águeda.
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As fontes e o Lavadouro público de Anadia
As fontes localizam-se perto do centro da cidade e ainda hoje este ponto é conhecido pelo nome
de “As fontes”. Inicialmente a fonte não possuía bicas, pelo que a única forma de recolher a água era
mergulhando o cântaro na própria nascente, chamando-se assim de fontes de chafurdo. Apesar das
obras de restauro feitas posteriormente, a fonte mantém a traça desde as alterações levadas a cabo
em 1905, aquando da construção do lavadouro público.
O lavadouro público de Anadia é alimentado por uma fonte natural de água, a Fonte da Azenha,
e foi em tempos o local de lavagem da roupa da população anadiense. A estrutura em ferro é um belo
exemplar que pode ser contemplada por todos.
Figura n.º 60 – As Fontes.
Comissão Vitivinícola da Bairrada
Associação interprofissional onde estão representados a Produção e o Comércio. Esta Comissão
tem competências muito específicas, nomeadamente a de participar e promover a participação em
feiras. Para além disso, cabe-lhe atribuir a Denominação de Origem Bairrada, vender os selos de
garantia para os vinhos aprovados e apoiar a realização de ações de índole técnica e científica.
Figura n.º 61 – Comissão Vitivinícola da Bairrada.
51
Caves
Em tempos foram muitas as caves que laboravam no espaço da cidade, bem como no concelho.
Porém, a crise económica não se aliou à tradição e muitas viram as suas portas encerrarem.
Cave Central da Bairrada
A Cave Central da Bairrada, localizadas no “coração da Bairrada”, em Anadia, é uma empresa
fundada, em 1924, por José Ferreira Tavares. A sua principal atividade neste momento é a produção
centrada na produção de vinhos espumantes, vinhos frisantes, licores, xaropes (groselha) e
aguardentes, que substituíram o inicial fabrico de Vinhos Espumosos Gaseificados. O destaque da gama
de espumantes vai para os “M&M Gold Edition” e “M&M Silver Edition”.
Caves da Montanha
As Caves da Montanha, fundadas a 4 de março de 1943, por Adriano Henriques, dedicam-se
também à produção de vinhos. A sua produção, a partir de uvas provenientes de várias regiões de
Portugal, centra-se nos espumantes, aguardentes e licores. Os seus longos túneis subterrâneos
constituem uma das suas maiores atrações com uma capacidade para 3 milhões de garrafas, que
mantêm uma amplitude térmica de 2º C.
Figura n.º 62 – Caves da Montanha.
Caves Monte Crasto
Justino de Sampaio Alegre fundou em 1890 as Caves Monte Crasto. O relevo destas caves
prendia-se com a produção de excelentes vinhos espumantes provenientes de castas selecionadas para
esse efeito. Já sob a administração dos descendentes do fundador as caves foram ampliadas, tendo
sido abertas novas galerias subterrâneas que permitiram um estágio dos espumantes.
Figura n.º 63 – Caves Monte Crasto.
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Atualmente estas caves encontram-se encerradas. Porém, este seria um espaço extraordinário
para o turismo anadiense.
Caves Valdarcos
Foram outras importantes caves de Anadia, mas completamente desmanteladas e deitadas
abaixo.
Cave Neto Costa
Fundadas em 1931 por Horácio Neto Costa, localizavam-se no coração da Bairrada. Estas
encontram-se escavadas na encosta do Monte Crasto tendo sofrido ampliações ao longo dos anos.
Porém, atualmente encontram-se encerradas.
A cave natural escavada na citada encosta, reúne as condições ideais para a criação do Espumante
Natural, permitindo que o estagio se processasse a uma temperatura constante de 12º a 14º C.
A Cave Neto Costa produziu mais do que os espumantes naturais, como são disso exemplo, os
vinhos tranquilos, aguardentes, licores, espirituosos e xaropes de reconhecida qualidade.
Caves Arcos do Rei
Figura n.º 64 – Caves Arcos do Rei.
Estas caves, localizadas em Anadia, produzem bons vinhos, brancos e tintos, para além do
tradicional espumante.
Quinta do Ortigão
A Quinta do Ortigão, embora com raízes mais antigas, pois pertence à família Alegre desde a
primeira geração. Augusto Brandão Alegre, foi o primeiro homem a produzir espumantes em Portugal
e decidiu-se pela produção do próprio vinho de quinta a partir de 2001. Assim, a família apetrechou
com uma moderna e bem dimensionada adega para a produção vinícola que é feita integralmente com
as uvas da quinta.
A paisagem da Quinta do Ortigão proporciona, para além da evidente produção vinícola, um
espaço turístico por excelência.
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Cerâmica de Anadia
Figura n.º 65 – Chaminé da Antiga Cerâmica.
A antiga Cerâmica de Anadia pertencia à família de Adriano Henriques. Esta antiga cerâmica já
não labora, mas seria um excelente espaço para potenciar a visita de turistas, pois, embora tenha sido
demolida na sua quase totalidade, a chaminé, deixada intacta, poderia ter um aproveitamento
turístico, mas infelizmente está deixada ao abandono.
Praça da Juventude
Figura n.º 66 – Praça da Juventude.
A Praça da Juventude é um espaço dedicado ao lazer e à cultura. Inaugurado em 2012,
rapidamente se tornou um centro atrativo, particularmente da população mais jovem, por ali se
encontrar um café-restaurante, com a respetiva esplanada de apoio, Domus. Além disso, esta Praça
possui instalações sanitárias adequadas, bem como mobiliário urbano, um quiosque interativo, um
parque infantil, um parque de skate e um parque de estacionamento público subterrâneo com
capacidade para 138 viaturas.
Encontra-se também neste local a Loja do Cidadão.
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Nesta Praça também decorrem alguns eventos dignos de destaque. Todavia, acerca de alguns
destes eventos dar-se-á destaque noutro ponto deste trabalho.
Figura n.º 67 – Chegada do Pai Natal.
Pode, todavia, realçar-se a animação que decorre nesta Praça aquando da época Natalícia.
Anadia enche-se de animação com a chegada e permanência do Pai Natal, dos duendes e de todo um
conjunto de animadores, que nesta época povoam a cidade. Para além disso, o glaudio,
particularmente dos mais jovens, centra-se na já tradicional pista de gelo, nos carrósseis e na Casa do
Pai Natal.
Figura n.º 68 – Praça da Juventude durante a época Natalícia.
Esta animação estende-se às Praças Visconde Seabra e do Município, com, entre outros, um
espaço de espetáculo, designado de Anatália, onde decorrem momentos culturais e artísticos, e a
maior árvore de Natal construída com garrafas de espumante.
Figura n.º 69 – Praça Visconde Seabra e Praça do Município, durante a época Natalícia.
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Praça Visconde Seabra e Praça do Município
Estas duas praças, pertencentes ao centro histórico da cidade de Anadia, em tempos foram
separadas por uma rua, mas hoje são uma grande área aberta e contínua que, por tal, torna difícil
estabelecer a sua separação.
Figura n.º 70 – Praça do Município antes e atualmente.
Na Praça do Município aparece em fundo a Câmara Municipal e na Praça Visconde Seabra
localiza-se o Palácio da Justiça.
Figura n.º 71 – Câmara Municipal.
Esta Praça teve diversas designações, desde Praça da República a Largo Cândido dos Reis, até à
atual Praça Visconde Seabra.
Figura n.º 72 – Praça Visconde Seabra, antes e atualmente.
As alterações levadas a cabo, pelos diferentes órgãos de gestão, imprimiram profundas
transformações nestas duas Praças. Atualmente o enorme jardim público, que outrora foi um imenso
espaço verde e colorido, é um local empedrado com alguns repuxos e com um relvado à sua volta.
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Museus
Museu Palacete José Luciano de Castro
O Museu Palacete José Luciano de Castro, construído em 1860 e inaugurado como Museu
a 8 de dezembro de 1998, localiza-se no antigo palacete Seabra de Castro. Este é um espaço
museológico tutelado pela Santa Casa da Misericórdia de Anadia. O Museu está integrado no Palacete
onde viveu José Luciano de Castro (1834-1914).
Figura n.º 73 – Museu/Palacete José Luciano de Castro.
É um espaço com uma biblioteca, pertencente a José Luciano de Castro e família, mas onde
também podem ser apreciadas obras de pintura, mobiliário, cerâmica e vidro, para além de objetos de
ourivesaria, torêutica, condecorações e numismática e de trajes (oficial e civil). O espaço detém um
espólio considerável, desde livros a documentação em papel. Pode ainda ser visitada a coleção de
macologia4.
Figura n.º 74 – Museu/Palacete José Luciano de Castro.
Este Palacete alberga a sede da Santa Casa da Misericórdia de Anadia, fundada em 1908, por um
grupo de cidadãos, dos quais se destaca José Luciano de Castro, um dos mais influentes políticos
portugueses das últimas décadas da Monarquia e que chefiou o governo da nação durante vários anos.
4
Macologia - ramo da zoologia que estuda os moluscos. Dentro desta aparece a conquiología, que estuda os
moluscos com concha. Neste museu encontra-se patente uma exposição de uma coleção de conchas.
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No espaço encontra-se também a pequena Capela da Santa Casa da Misericórdia de Anadia.
Museu do Vinho Bairrada
O Museu do Vinho Bairrada é um edifício contemporâneo inaugurado em 27 de setembro de
2003. Apresenta uma exposição permanente - Percursos do Vinho, cujo espólio é, maioritariamente
datado do último quartel do século XIX e primeira metade do século XX. Além disso, podem ser vistas
outras exposições, estas de cariz temporário de arte contemporânea.
Figura n.º 75 – Museu do Vinho Bairrada.
Estação Vitivinícola da Bairrada
A Estação Vitivinícola da Bairrada, fundada a 30 de junho de 1887, teve inicialmente a
denominação de Escola Prática de Viticultura e Pomologia da Bairrada. O objetivo que esteve na origem
da sua fundação, prendeu-se com “Estabelecer e arranjar novas práticas de cultura da vinha e valorizar
os seus produtos”. Este objetivo foi implementado pelo seu primeiro diretor, o Eng.º Agrónomo José
Maria Tavares da Silva, durante os 11 anos que permaneceu em Anadia.
Figura n.º 76 – Estação Vitivinícola da Bairrada.
Este engenheiro agrónomo produziu nesta Estação, em 1890, o primeiro espumante natural na
Bairrada. Atualmente, mantém o desenvolvimento de trabalhos de investigação e experimentação
com o fim de melhorar os meios de produção.
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Palácio dos Condes de Foz de Arouce
A Quinta de Famalicão, ou Palácio dos Condes de Foz de Arouce localiza-se na localidade de
Famalicão, atualmente inserida na cidade de Anadia. Este é de estilo neogótico, com numerosas portas
e janelas em arco quebrado.
A construção desta pelos Condes de Foz de Arouce, Maria Joana de Bourbom de Melo Giraldes
Caldeira Pereira de Figueiredo e seu marido Francisco Augusto Mesquita de Paiva Pinto, data de 1860.
Figura n.º 77 – Quinta de Famalicão, ou Palácio dos Condes de Foz de Arouce.
A casa principal, de grandes dimensões, retrata um estilo típico do século XIX português. As salas
são de grandes dimensões e com um significativo pé alto.
Posteriormente foi construída a capela anexa à casa. Esta capela, detentora de uma vistosa torre
sineira e com azulejos setecentistas provenientes do palácio do Pátio do Giraldes, foi acometida por um
incêndio ocorrido em 1999, o qual destruiu a capela-mor.
Este edifício apresenta um enorme interesse histórico e arquitetónico para o concelho sendo, por
isso, considerado um monumento de interesse municipal.
Casa de Mogofores
Figura n.º 78 – Casa de Mogofores.
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Esta construção do século XIX, ficou intimamente ligada à história política do mesmo período.
Apesar de funcionar como habitação própria, atualmente da família Campolargo, pretende
proporcionar ao turista que nela se queira hospedar, uma confortável estada, para além de permitir
que usufrua de um contacto com a própria história de Portugal e a particular fase de transição do
período monárquico para a república. A casa dispõe de piscina coberta aquecida, banho turco e ginásio.
Os proprietários são produtores dos vinhos Campolargo, prolongando, deste modo, a tradição e
permitindo, a quem ali se hospede, provar o néctar produzido.
Um passeio pelos seus amplos e frondosos jardins permite, também, a visita às antigas ruínas do
século XVII que neles se encontram.
Figura n.º 79 – Ruínas do século XVII, nos jardins da Casa de Mogofores.
Cruzeiro de Mogofores
Figura n.º 80 – Cruzeiro de Mogofores.
O Cruzeiro de Mogofores é um símbolo desta aldeia e é um dos muitos que se podem encontrar
no concelho de Anadia.
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Parque de Merendas de Mogofores
Figura n.º 81 – Parque de Merendas de Mogofores.
O Parque de Merendas de Mogofores é um lugar muito aprazível para o convívio desde os mais
novos aos mais maduros. A existência de mesas permite degustar de uma tradicional merenda. O
parque infantil proporciona um lugar de permanência dos mais novos.
Biblioteca Municipal de Anadia
A Biblioteca Municipal de Anadia, inaugurada a 8 de julho de 2008, tem uma arquitetura
contemporânea e os diferentes espaços apresentam uma luminosidade natural.
Figura n.º 82 – Biblioteca Municipal de Anadia.
Integrada na Rede Nacional de Bibliotecas, permite o intercâmbio com as bibliotecas de outros
municípios, com as escolas e as bibliotecas das freguesias do concelho. Este espaço afirma-se como um
espaço cultural, de leitura e de estudo para os alunos do concelho.
Figura n.º 83 – Sala de Leitura ao Ar Livre.
É um espaço que, para além do permitir o acesso à Internet quer para os locais, quer para os
visitantes, possui uma ampla sala de exposição e um auditório para a realização de conferencias,
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seminários ou outros eventos, um espaço amplo exterior para a leitura, pesquisa e estudo, a Sala de
Leitura ao Ar Livre. O Parque das Estórias integra um parque infantil e na sua encosta um edifício
miradouro, com ampla visão para a paisagem do centro urbano de Anadia.
Figura n.º 84 – Parque das Estórias, Biblioteca Municipal de Anadia.
Outros monumentos de interesse
Figura n.º 85 – Monumento e busto Prof. Dr. Rodrigues Lapa.
Localizado junto ao Cemitério Novo, é um monumento digno de ser apreciado.
Figura n.º 86 – Busto do Visconde Seabra.
Figura n.º 87 – Monumento a José Luciano de Castro.
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Figura n.º 88 – Monumento aos Mortos da Grande Guerra.
Figura n.º 89 – Nora.
Lembra tempos idos, a nora que foi construída ainda numa Anadia rural e que se encontra na
Rua dos Olivais.
Figura n.º 90 – Casa do Pintor Fausto Sampaio.
Situada no centro da cidade de Anadia, na Avenida José Luciano de Castro, a Casa onde viveu o
Pintor Fausto Sampaio está classificada como Património de Valor Concelhio.
Figura n.º 91 – Vila Alegre.
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Esta casa, que anteriormente pertenceu à família Alegre, foi vendida já há alguns anos e há quem
afiance que irá ser transformada num hotel.
Figura n.º 92 – Paço da Graciosa.
Localizado na antiga povoação de Alféloas e atualmente inserida na cidade de Anadia, o Paço da
Graciosa, está classificado como Imóvel de Interesse Público. Este, construído no último terço do século
XVIII, por José de Melo Sampaio Pereira de Figueiredo, é um palacete que faz parte da Rota da Bairrada.
Cerca de 1896, finais do século XIX, procedeu-se à edificação de uma estrutura, em estilo
neomanuelino, suportada por colunas do século XVII, provenientes das demolições da cidade de
Coimbra, as quais ostentam alguns capiteis oriundos da Igreja de S. Cristóvão.
Figura n.º 93 – Casa antiga.
Outro dos antigos palacetes que fazem parte do património arquitetónico da cidade de Anadia
situa-se na Rua dos Olivais.
Figura n.º 94 – Casa do visconde de Seabra, Mogofores.
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Figura n.º 95 – Anfiteatro ao ar livre.
Este anfiteatro foi criado, mas, infelizmente a sua utilização, para além dos alunos fazerem uso
deste, quando as duas antigas escolas ainda ali permaneciam ativas, não teve, infelizmente, qualquer
outra utilidade. É pena que se tenha despendido tantos recursos e ele esteja votado ao abandono.
Preze, ainda, o facto de ali ter sido colocado um monumento bem interessante e dedicado a
antigos alunos da escola.
Figura n.º 96 – Monumento aos antigos estudantes.
Junto a uma das rotundas da Avenida das Laranjeiras encontra-se um magnífico monumento a
“Anadia, Capital do Espumante”.
Figura n.º 97 – Monumento a “Anadia, Capital do Espumante”.
Pena que o valor que lhe é atribuído, ou o desconhecimento de muitos, não leve até ele um maior
número de visitantes. Para além de este se encontrar num jardim deveras agradável para o visitante
desfrutar.
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Antiga prisão
Não poderíamos deixar de fazer referência a um monumento erigido em 1906 e projetado por
Adães Bermudes. Este edifício, localizado junto aos Paços do Concelho, foi demolido em 1968 de forma
a permitir um novo acesso ao mercado municipal, construído nos anos 60 do século XX, também ele,
entretanto demolido.
Figura n.º 98 – Vista da antiga Prisão a partir do local de construção do Mercado Municipal.
Este belo edifício albergava a Câmara Municipal, o tribunal e a cadeia. Este edifício seria hoje um
excelente lugar para visitas. Porém, tal tornou-se impossível com a sua demolição.
Figura n.º 99 – Antiga Prisão.
Feiras
Feira da Vinha e do Vinho
Esta feira começou em 2004. Realizada no mês de junho, esta mostra tudo o que Anadia tem
para oferecer, não só o seu vinho como também o artesanato, gastronomia, standes de várias lojas e
boa música. Dá a conhecer especialidades gastronómicas locais, artesanato e, claro, os conhecidos
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vinhos e espumantes da região, aliando estes aspetos a atuações de artistas de renome nacional e até
internacional.
Figura n.º 100 – Feira da Vinha e do Vinho.
Feira do Ambiente
Realiza-se em junho, na Praça Visconde Seabra. As refeições e os vinhos biológicos, assim como
o encontro de veículos elétricos são os grandes atrativos do evento.
Figura n.º 101 – Feira do Ambiente
Feira de Artesanato e Velharias
É normalmente realizada na praça da juventude e fica repleta de artesãos e de vendedores que
dão a conhecer o trabalho desenvolvido por quem, na região, se dedica ao artesanato ou reúne
antiguidades, contribuindo para a dinamização da compra e venda deste tipo de peças, bem como de
artigos de colecionismo.
Os visitantes poderão encontrar produtos representativos de artes e ofícios tradicionais e
contemporâneos, bem como uma enorme variedade de velharias das mais distintas épocas e
contextos.
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Feira Medieval
Numa viajem ao passado, esta feira recria os costumes e o espírito de Anadia medieval. Para
além disso, como não podia deixar de ser, homenageia-se o vinho e o artesanato.
Figura n.º 102 – Feira Medieval.
Feira do Desporto, Saúde & Bem-Estar
Pretende aliar as boas práticas à saúde e ao lazer / entretenimento. A Câmara Municipal de
Anadia contribui, desta forma, para a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida da
população.
Anadia Wine Run
A aposta do Município de Anadia na “Anadia Wine Run” pode tornar-se um evento promotor do
turismo, pois esta corrida de atletismo feita na natureza, em terreno misto, percorre algumas das
principais quintas e vinhas do concelho de Anadia. Ora, este é o tipo de turismo que agrada sempre a
quem pretende conhecer de um modo diferente a região e entrar em contacto com a natureza.
Figura n.º 103 – Anadia Wine Run.
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Concertos de Primavera
Realizados, geralmente no Cineteatro Anadia os "Concertos de Primavera", interpretados por
grandes nomes da música portuguesa, apostam no formato intimista. Estes concertos são acústicos e
possibilitam a interação entre o artista e o público, num ambiente descontraído. Os espetáculos
contam com a presença de músicos convidados, o que sublinha o caráter intimista de cada concerto,
contribuindo também para lhes conferir maior exclusividade.
Sextas na Praça
O projeto “Às Sextas na Praça” aposta na animação cultural ao ar livre. É um evento promovido
pela Câmara Municipal de Anadia com boa participação popular.
Figura n.º 104 – Sextas na Praça.
Quintas no Museu
Organizado também pelo Município de Anadia, o projeto “Quintas no Museu” leva ao espaço
museológico municipal, o Museu do Vinho Bairrada, concertos de cantores que se “auto acompanham
nas suas interpretações”, ou seja, que se apresentam sozinhos, em palco, revelando “o seu lado mais
intimista”.
Festival Anadia Jovem
Este festival assinala o fim das férias de verão e o regresso às aulas. O palco do recinto da Feira
da Vinha e do Vinho recebe os jovens (e não só, pois todo o público é ali bem-vindo) num contexto
lúdico, cultural e de convívio.
Este evento integra-se no programa “Sentir Anadia”.
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Figura n.º 105 – Festival Anadia Jovem.
Dos 8 aos 80, tudo se movimenta
Mais uma atividade promovida pela CMA. Esta caminhada tem sempre início com uma aula de
ginástica de aquecimento, a que se alia, frequentemente o Zumba e acaba exatamente com uma aula
de ginástica para descontrair.
Esta atividade desenrola-se em duas fases. Numa primeira, durante os primeiros meses de verão,
aos domingos entre as 10 horas e o meio-dia. Sendo o último dia deste evento destinado à realização
de um peddy-paper. A segunda fase decorre no final do verão e realiza-se às 6.ª feiras, pelas 21 horas.
A partida faz-se normalmente a partir da Praça Visconde Seabra, ou da Praça da Juventude.
Figura n.º 106 – Dos 8 aos 80, tudo se movimenta.
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Colorir Anadia
Os alunos do concelho participam anualmente nesta corrida, que traz cor e alegria à cidade.
Inicia-se na Praça da Juventude e percorre as ruas da cidade até ao Vale Santo, onde termina com o
lançamento de muita cor por cima de todos quantos ali se deslocam.
Figura n.º 107 – Colorir Anadia, Vale Santo.
Poesia nas Ruas de Anadia
Figura n.º 108 – Poesia nas Ruas de Anadia, 2018.
Os alunos do concelho participam, anualmente, neste evento com poesia e cor. A poesia que
transportam é escrita pelos alunos das escolas e a largada de balões, no final, tem como fim levar a
poesia a todo o concelho.
Para além dos belos poemas, os alunos presenteiam o público com extraordinários momentos
culturais e embelezam as ruas com os seus trabalhos.
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Uma sugestão
Esta iniciativa poderia fazer parte de um plano para atrair os turistas ao concelho. A Câmara
poderia promover, num dos meses de Verão, com a colaboração da população local, um evento que
passaria exatamente pelo enfeitar de bicicletas, que estariam patentes ao público durante esse mês.
Seria um espetáculo único e, porventura, digno de ser visitado e apreciado pelos turistas, nacionais e,
quiçá, estrangeiros. Fica lançado o desafio!
Figura n.º 109 – Poesia nas Ruas de Anadia, 2018.
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Freguesia de Avelãs de Caminho
Nesta freguesia podemos destacar o turismo de desporto ou de natureza devido ao local
apresentar bons espaços para a sua prática. Destaca-se o circuito de manutenção, onde também se
pode fazer percursos pedestres, bem como alguns pavilhões desportivos. Também apresenta alguns
eventos dignos da presença dos turistas, como acontece com a tradicional Festa em honra de Nossa
S.ª da Saúde.
O turismo cultural e religioso poderão ser uma aposta desta freguesia, devido ao património que
esta detém.
Vinícola Castelar
Estas caves, localizadas na entrada sul da freguesia têm um protocolo inovador com a Associação
Aldeia (ação, liberdade, desenvolvimento, educação, investigação, ambiente). O objetivo desta
Associação é a defesa e conservação da Natureza e da Biodiversidade, bem como a educação ambiental
e promoção do património natural. Um dos projetos prende-se com o apoio à gestão do Centro de
Ecologia, Recuperação, Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS), em Gouveia. A Vinícola Castelar ao
associar-se à promoção das ações do CERVAS e pretende contribuir para a conservação e divulgação
da importância da fauna selvagem autóctone.
A Vinícola Castelar alia-se, também, à cultura através, por exemplo, da associação a eventos
ligados à escrita, através do patrocínio, ou da concessão de rótulos personalizados, para o vinho. Este
tem sido servido em encontros de escritores e em lançamentos de livros.
Património histórico religioso
Assim, destaca-se a nível cultural e religioso a:
- Igreja Matriz
- Capela de Nossa Senhora dos Remédios
- Capela de Nossa Senhora do Livramento
- Capela de S. Pedro
- Capela do Espírito Santo
- Capela dos Banhos
- Capela da Azenha
- Capela da Pedreira
- Capela de Torres
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- Capela de Levira
- Capela da Bemposta
- Capela da Quinta do Perdigão
- Capela de Chipar de Cima
- Capela de Chipar de Baixo
- Capela das Vendas de Samel
- Capela de Samel
- Capela de Poutena
Igreja Matriz de Avelãs de Caminho
A Igreja de Avelãs de Caminho data do primeiro decénio do século XVIII, recebeu obras de
beneficiação no final deste mesmo século. Porém, manteve a traça que ainda hoje se apresenta, fruto
dessas mesmas alterações setecentistas.
À esquerda da fachada ergue-se a torre e, nesse mesmo lado, aparecem os anexos correntes.
0 arco-cruzeiro data da citada reforma. O coro alto assente em três arcos sobre pilares também
é setecentista. A pia batismal é feita de calcário e é pertença dos século XVI-XVII.
A porta principal apresenta elementos de duas épocas. Assim, do final do século XVIII, salienta-
se o vão de verga curva. Da primeira década do século XVIII corresponde a parte que se Ihe sobrepõe,
com entablamento direito, pequeno remate formado de nicho ladeado de pilastras e acompanhado de
aletas, com frontão interrompido, onde se encontra uma escultura de pedra gótica dos século XV-XVI,
de St. António. A torre sofreu obras de restauro no século XIX. O retábulo principal, composto de
camarim e duas colunas, é feito de madeira, e data de finais do século XVIII.
Figura n.º 110 – Igreja de Vilarinho do Bairro.
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Festas populares e religiosas
Salienta-se, enquanto possíveis promotoras do turismo desta freguesia, e na própria vila de
Avelãs de Caminho, a Festa em honra de Nossa S.ª Saúde que se realiza a 15 de agosto, em maio,
realizam-se os festejos em Honra do Senhor dos Aflitos.
Cruzeiro
Este cruzeiro está considerado como Património e localiza-se num largo patente na entrada Sul
da povoação.
Figura n.º 111 – Cruzeiro de Avelãs de Caminho.
Foi construído nos meados do século XX e é o limite a sul das muitas procissões que se realizam
nesta freguesia.
Chafariz
Apesar de já não servir a povoação, como em tempos idos, o chafariz é um monumento que
relembra a vida quotidiana de outrora. Digno de visita, pois continua a ser um ponto de referência de
Avelãs de Caminho.
Figura n.º 112 – Chafariz.
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Largo de Nossa Senhora dos Caminhos
Figura n.º 113 – Largo de Nossa Senhora dos Caminhos.
Neste largo existiu, entre 1874 e 1924, um cemitério. Posteriormente a esta data foi construído
um jardim. De modo a lembrar os mortos ali sepultados e como forma de espiar os pecados pelo local
profanado, foi ali construído um pequeno nicho no qual se encontra a imagem de Nossa Senhora dos
Caminhos.
Figura n.º 114 – Nicho.
A população de Avelãs selecionou a imagem desta Santa com o intuito de mostrar o significado,
“o caminho” representado pelo próprio nome desta terra. Deste modo, o povo pedia à Santa proteção
para todos os que por ali passavam, fossem peregrinos, ou outros.
Jardim Saint-Même-les-Carrières
Jardim que tem instalado um marco que consolidou a geminação de Avelãs de Caminho com
Saint-Même-les-Carrières, uma comuna francesa na região administrativa da Nova Aquitânia, no
departamento de Charente. Esta geminação prendeu-se com o facto de ali terem estado emigrados
muitos cidadãos de Avelãs.
Figura n.º 115 – Jardim de Saint-Même-les-Carrières.
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Parques
Parque de Merendas do Porto Antão
Figura n.º 116 – Parque de Merendas do Porto Antão.
A sombra das frondosas árvores, os sanitários, as mesas, a churrasqueira e a sua localizado
privilegiada, junto ao IC2, na entrada sul da freguesia e na margem direita do Rio Cértima, potencia a
visita por parte dos que por ali passam, seja para descansarem ou para o tradicional piquenique.
Parque Claudino Pinto (Choupal)
Figura n.º 117 – Parque.
Ladeado pelo Rio da Serra da Cabria encontra-se o Parque vulgarmente chamado de Parque do
Choupal. Os frondosos choupos, mandados plantar por volta do ano de 1938, projetam a sua sombra
pelo parque.
Figura n.º 118 – Rio de Cambria.
77
Neste existe um espelho de água permanente. Para além disso, pode ver-se a vala que continua
a desviar a água para o lavadouro existente e que antes também servia para mover as mós do Moinho
da Rua.
Figura n.º 119 – Coreto.
Pode também ser visível o coreto, palco de alguns espetáculos locais.
Árvores
Figura n.º 120 – Plátano.
No largo frontal à Igreja Matriz de Avelãs existem duas árvores, freixo e tília, as quais substituíram
duas árvores centenárias, a faia híbrida e o freixo.
Ao longo de um e de outro lado da estrada principal permanecem os plátanos.
Figura n.º 121 – Faia Híbrida e o Freixo.
78
Rota das Avelãs
Figura n.º 122 – Rota das Avelãs.
É um percurso pedestre que liga as duas freguesias: Avelãs de Caminho e Avelãs de Cima.
Figura n.º 123 – Rota das Avelãs.
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Freguesia de Avelãs de Cima
Enquanto possíveis promotoras do turismo desta freguesia, salienta-se algumas festas populares.
Assim, temos a festa em honra de Nossa Senhora das Boas Novas, no 2.º Domingo de Janeiro, na Póvoa
do Gago. Em Ferreirinhos realizam-se as festas da Cadeira de S. Pedro, a 18 de janeiro e a 5.ª Feira da
Ascenção, 40 dias após a Páscoa. Na Candieira, a 13 de maio, as festas de Nossa Senhora de Fátima, S.
Pedro, no 1.º domingo de julho. Em Avelãs de Cima, S. Barnabé, no 3.º domingo de julho. Em Canelas,
Santa Eufémia, no 4.º domingo de julho. Na Figueira, no 1 º domingo de agosto, nas Neves do Pinheiro,
a Festa da Senhora das Neves, Nossa Senhora do Livramento, no penúltimo domingo de agosto, na
Cerca, S. Bartolomeu, no Pardieiro, último domingo de agosto. No Pereiro realiza-se no último domingo
de setembro a festa de Nossa Senhora dos Remédios. O S. Simão em Boialvo realiza-se no 2.º domingo
de setembro e a festa de S. Miguel, no terceiro domingo de setembro.
Como pontos de interesse desta freguesia temos, entre outros, a Charca, o lavadouro, o parque
e as fontes.
De visita obrigatória são as fontes do Brejo, Moleiro, Rego da Neta, do Ribeiro, da Figueira, Largo
do Cruzeiro, Férrea, S. Pedro, Serrado, Rossio e o Cruzeiro. Os lavadouros de Boialvo, Mata, Avelãs de
Cima, Ferreirinhos e Canelas também são relíquias históricas dignas de apreciação. Para além disso,
também são pontos de interesse os cruzeiros das Neves Pinheiro e o de Templete, em S. Pedro.
Cruzeiro de Templete (S. Pedro)
Este Cruzeiro, datado de 1680, é composto por cinco colunas dóricas, uma na parte central e
quatro nas suas partes laterais. Estas quatro colunas suportam o entablamento direito sobre o qual
assenta a cúpula, reforçado por dois arcos cruzados. Estas quatro colunas dóricas são lisas e assentam
sobre quatro pedestais pançados.
Figura n.º 124 – Cruzeiro de Templete, em S. Pedro.
80
Ao centro existe a outra coluna dórica, encimada por um Cristo Crucificado, que já não é o da
segunda metade do século XVIII, a que se ascende percorrendo apenas três degraus. Quando da
mudança de local, a imagem partiu-se, sendo substituída por outra. A primitiva, por possui um grande
valor arquitetónico, foi dali retirada e encontra-se guardada na sacristia.
Fontes
Fonte Férrea
As águas da Fonte Férrea têm propriedades idênticas às das termas de Vale da Mó. A sua água é
rica em ferro e, dadas as suas características, é indicada para o combate de algumas doenças. Também
é própria para o consumo. Todavia, tem de ser bebida com moderação.
Figura n.º 125 – Fonte Férrea.
Fonte do Serrado
A fonte do Serrado, sofreu obras de reconstrução levadas a cabo pela população de Ferreirinhos
e pela Junta de Freguesia, em 2004. As suas águas, à semelhança da Fonte Férrea, possuem
características férreas. São águas de grande qualidade para consumo.
Figura n.º 126 – Fonte do Serrado.
Fonte do Largo do Cruzeiro
Esta fonte era o local onde a população de Boialvo em tempos se ia abastecer. Esta possui um
poço e a água era dele retirada a partir da nora que ali se encontra.
81
Figura n.º 127 – Fonte do Largo do Cruzeiro.
Outras fontes
Para além das anteriormente mencionadas, as fontes do Rego da Neta, de S. Pedro, do Moleiro,
do Rossio, do Ribeiro, do Brejo e da Figueira, que são, também, um ótimo local de visita.
Figura n.º 128 – Fontes de S. Pedro, do Rossio e Fonte da Figueira.
Parques
Os Parque existentes na freguesia de Avelãs de Cima são de visita obrigatória, como o Parque de
S. Pedro e o da Fonte do Moleiro.
Figura n.º 129 – Parque S. Pedro.
Figura n.º 130 – Parque da Fonte do Moleiro.
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Salientam-se, ainda, os parques do Brejo, de S. Pedro e a Charca do Moinho do Pisco e o Circuito
de Manutenção de Avelãs de Cima, todos eles ótimos locais a visitar.
Figura n.º 131 – Parque do Brejo e Circuito de Manutenção de Avelãs de Cima.
Património histórico religioso
São inúmeros os monumentos religiosos, como capelas e Património histórico-religioso que se
podem visitar nesta freguesia, nomeadamente:
- Igreja de Avelãs de Cima
Figura n.º 132 – Igreja Matriz.
- Capela de Nossa Senhora das Neves;
- Capela da Nossa Senhora das Boas Novas;
- Capela de São Barnabé;
- Capela de São Bartolomeu;
- Capela de São Lourenço;
- Capela de São Simão;
- Capela de Nossa Senhora do Livramento;
Figura n.º 133 – Capela de Avelãs de Cima.
- Capela de Avelãs de Cima, dedicada a S. Pedro.
- Capela da Mata de Cima;
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- Capela de Ferreirinhos;
- Capela da Figueira de Boialvo;
- Capela de S. Pedro, em Avelãs de Cima;
- Capela do Pereiro.
Figura n.º 134 – Capela de Nossa Senhora do Livramento.
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O turismo na freguesia de Moita
Nesta freguesia poderão ser potenciados diversos tipos de turismo, como são o balnear, o
ecoturismo, aventura ou o desportivo, devido às barragens que existem nesta região.
Barragens
As Barragens, da Gralheira e a do Saidinho, são bons exemplos para a prática destes tipos de
turismo.
Barragem da Gralheira
Figura n.º 135 – Barragem da Gralheira.
Este é um espaço ótimo para a prática de turismo de aventura, pois se fosse potenciado poderia
levar à pratica da canoagem, rapel, caminhadas, ciclismo, jogos tradicionais, entre outros.
Esta possui diversos equipamentos como são um forno e churrasqueiras, os quais servem o
parque de merenda, devidamente equipado, com pequenos, mas agradáveis telheiros que protegem
as mesas e os bancos de piquenique.
Este local é ainda servido por um excelente parque infantil e equipamentos de manutenção.
Barragem do Saidinho
A Barragem do Saidinho é um ponto de água e de lazer, muito apreciado pelos visitantes.
85
Figura n.º 136 – Barragem do Saidinho.
Feira da Moita
O turismo cultural também pode ser potenciado através do incremento e maior divulgação de
um evento mensal, como é a Feira da Moita, realizada todos os dias 25, e que pode fomentar a
economia da região.
Caves do Solar de S. Domingos
Relativamente ao enoturismo, as Caves do Solar de S. Domingos, em Ferreiros, disponibilizam
uma visita histórica, que é bastante apreciada pelo turista.
3
Figura n.º 137 – Caves do Solar de S. Domingos.
Râguebi
O râguebi, enquanto prática desportiva de relevo nacional pode fomentar o turismo desportivo
e trazer a esta região muitos turistas. Salienta-se o monumento, erigido numa das rotundas, de
enaltecimento a este desporto.
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Figura n.º 138 – Monumento o râguebi.
Salientamos a imprescindível visita à Aldeia Histórica de Ferreiros.
Monumento ao Poeta Cavador
Destacamos o monumento ao Poeta Cavador (Manuel Alves), as casas senhoriais, como a Casa
de Carvalhais, o cruzeiro da Póvoa do Pereiro e as fontes, ou as Património histórico religioso.
Figura n.º 139 – Monumento ao Poeta Cavador.
Casa de Carvalhais
Figura n.º 140 – Casa de Carvalhais.
Esta casa, construída junto ao rio de Carvalhais, localiza-se, como o próprio nome indica, em
Carvalhais, Moita. Possui uma notável fachada, datada da primeira metade do século XVIII, ainda em
linhas clássicas e um brasão na sua frente.
87
Termas do Vale do Mó
As famosas termas do Vale da Mó, situadas no Vale da Mó, que lhe conferem o nome, localizam-
se entre o Buçaco e o Caramulo. As suas águas férreas apresentam inumeráveis vantagens
terapêuticas. Os seus efeitos antisstress, antialérgico, cardio-protetor e remineralizante, exercem um
forte poder de atração turística. A água deste local nasce bacteriologicamente pura, sem cheiro e de
sabor ligeiramente férreo. É uma água hipotermal, mineralizada.
Estas termas são possuidoras de uma paisagem impar, com as suas frondosas e seculares árvores,
riachos e uma vegetação própria e que atrai o visitante a relaxantes passeios ou caminhadas longe do
stress dos espaços urbanos.
Património histórico-religioso
Igreja Paroquial da Moita
Figura n.º 141 – Igreja Paroquial da Moita.
Nesta igreja paroquial existe uma lápide do século XII, que invoca a Santíssima Trindade.
Ruínas do Convento das Ursulinas e Capela Nossa Senhora da Piedade
Figura n.º 142 – Ruínas.
A notoriedade do Vale da Mó também se prende com um convento de religiosas da Ordem de
Santa Úrsula construído no início do século XVIII.
Deste destaca-se a Capela Nossa Senhora da Piedade e algumas ruínas do convento.
Aconselhadas pelos padres jesuítas, um grupo de senhoras devotas mandou construir o convento. A
88
capela contém imagens do início do século XVIII, as quais foram moldadas e pintadas pelos barristas
de Aveiro. Em 1834, a extinção das ordens religiosas, levou as freiras para o convento de Santa Ana,
em Coimbra.
Moinhos
Moinho de vento emVale da Mó
Figura n.º 143 – Moinho de vento em Vale da Mó.
Este moinho apresenta um teto móvel com o fim de encontrar a posição favorável aos ventos
dominantes. O seu mastro girava sobre uma pequena calha superior, por meio de uma haste de
madeira que desce obliquamente, da parte de fora, até quase ao solo, quando se pretendia orientá-lo
para o vento dominante.
O mastro apresenta-se cada vez mais delgado até à extremidade, onde se encontram inseridas
as varas e as respetivas as velas seguras por cordas e arames, alterando com tiras de madeira
relativamente finas.
Moinho particular
Localizado na antiga povoação de Póvoa do Pereiro, inserida na atual cidade de Anadia, a Quinta
do Pousio possui uma réplica de um moinho de vento. O seu interior é um minibar familiar muito
acolhedor.
Figura n.º 144 – Moinho de vento
89
Cruzeiros
Cruzeiro da Moita
Este cruzeiro foi construído em 1628 e localiza-se no adro da igreja da Moita, tipo de templete.
Apresenta plano quadrado e quatro colunas dóricas e lisas, assentes em parapeito plano e cobertura
de abóbada de tijolo, reforçado por duas nervuras. Ao longo dos tempos sofreu obras de beneficiação
e alteração.
Cruzeiro da Póvoa do Pereiro
O cruzeiro da Póvoa do Pereiro, localidade que atualmente integra a cidade de Anadia, é de tipo
popular. O seu pilar assenta em soco de alçado trapezoidal e sustenta um Crucifixo da mesma
categoria.
Figura n.º 145 – Cruzeiro da Póvoa do Pereiro.
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  • 1. 1 11.º Ano Turma H Docente: Graça Matos O turismo no concelho de Anadia Agrupamento de Escolas de Anadia Escola Básica e Secundária de Anadia Curso Profissional de Técnico de Turismo Geografia - Módulo A8 - Portugal – O Turismo no Mundo Atual Ano letivo de 2017/2018
  • 2. 2
  • 3. 3 Dedicatória Dedicamos este trabalho à população do concelho de Anadia. Saudamos todos com o excerto de um poema do poeta-cavador, Manuel Alves, uma forma de tecer um elogio a este anadiense que, embora analfabeto, foi cantor e repentista. Os alunos e a docente de Geografia, do 11.º H Saudades da Pátria (…) Minha pátria, ó mãe querida, Ó meu sagrado ideal, Leva-me ao meu Portugal, Juro por ti dar a vida! Neste país sem guarida Há um filho que te quer tanto… Vem, Pátria, enxugar meu pranto Consolar um peito humano: Leva-me ao lar lusitano, Ao meu berço sacrossanto. (…) Vem, ó Deus, ser meu barqueiro, Leva-me à minha Lisboa Ver de perto a alma boa D'um povo que é marinheiro. Leva-me ao real mosteiro, Ao convento de Belém, Leva-me, ó Deus, mais além, Ao norte de Portugal, A minha terra natal, A casa da minha mãe!... Manuel Alves, Versos dum Cavador, 1841 – 1901, Vale de Boi, Moita (concelho de Anadia) Os alunos, do 11.º Ano da Turma H. Ana Miguel Almeida Teixeira, n.º 1 Catarina Barros Neves, n.º 2 Chelsea Mery Atibo, n.º 3 Emanuel Filipe Morais Cerveira Lopes, n.º 4 Francisco Diogo Jesus Almeida, n.º 5 Gabriela Sousa Duarte Roque, n.º 6 Joana Isabel Silva Costa, n.º 7 Jorge Gabriel Lopes Abreu, n.º 8 Mariana Ferreira Pedro, n.º 9 Sandra Vanessa Godinho Neves, n.º 10
  • 4. 4
  • 5. 5 Resumo Este trabalho tem como objetivo expor várias faces do turismo no concelho de Anadia, bem como as perspetivas da população do município e os diversos aspetos que se lhes associam e possíveis implicações na vida da população local. Começaremos, antes de mais, por abordar o interesse demonstrado pela população do concelho, depois introduziremos o tema propriamente dito, através do elencar e da apresentação dos locais elegíveis como pontos turísticos do concelho, nomeadamente os motivos que nos levaram a eleger esses mesmos lugares, seguido da apresentação de cada um deles. Ao longo do desenvolvimento do trabalho abordaremos, ainda, os respetivos impactes, positivos e negativos, que consideramos associadas aos mesmos (sociais, económicos e ambientais), entre outros aspetos de interesse. Finalmente, faremos uma sintetização das ideias que desenvolvemos e iremos apresentar as conclusões obtidas. Abstract This work aims to expose the various aspects of tourism in the municipality of Anadia, as well as the perspectives of its population, the various aspects associated with the tourism and the possible implications in the life of the local population. Firstly, we will address the interest shown by the population of the municipality, then we will introduce the theme itself, by listing and presenting the sites that are eligible as tourist sites of the municipality, namely the reasons that led us to choose those places, followed by the presentation of each one. Throughout the development, we will also address the respective positive and negative impacts that we consider to be associated with them (social, economic and environmental). Finally, we will summarise the ideas that were developed and present the conclusions we’ve reached, among other aspects of interest.
  • 6. 6
  • 7. 7 Agradecimentos Quando nos foi proposto efetuar este trabalho criámos determinadas expetativas, muito embora estivéssemos conscientes das dificuldades que se iam deparar. Findo o trabalho, gostaríamos de referir que nos sentimos gratos e com imenso orgulho por tê-lo concretizado e congratulamo-nos por ter conseguido atingir os objetivos a que nos propusemos. Todavia, este não ficaria completo se não endereçássemos um agradecimento a todos quantos contribuíram, de um modo ou de outro, para podermos concretizá-lo. Assim, agradecemos a todos que, de forma tão simpática, se disponibilizaram a responder ao nosso inquérito, cujos dados nos permitiram ter uma outra visão acerca do tema desenvolvido. Agradecemos à Escola, nomeadamente à Direção, por também nos terem permitido a sua consecução, nomeadamente por ter facultado um plafom especial para fotocópias e acesso à sala 2TIC05. Gostaríamos de enaltecer a Câmara Municipal de Anadia e as Juntas de Freguesia, pelas suas páginas de Internet, as quais nos proporcionaram um manancial de informação, que nos auxiliou bastante na execução do nosso trabalho. Frisar o contributo de todos os alunos da turma, do 11.º H, ao terem abraçado este projeto com um espírito aberto ao conhecimento, à investigação e com a seriedade que um trabalho deste género requer. Agradecemos, muito particularmente, à nossa professora de Geografia, Dra. Graça Matos, que nos incitou a trabalhar, embora sempre nos tenha apoiado de forma irrestrita, fazendo valer o que de melhor há em nós. Finalmente, gostaríamos de tecer um especial agradecimento aos nossos pais por apostarem de forma incondicional na nossa formação e por nos orientarem na construção do nosso futuro. Um bem-haja a todos pela colaboração!
  • 8. 8
  • 9. 9 Índice Introdução .....................................................................................................................................11 O concelho de Anadia....................................................................................................................13 Bairrada .........................................................................................................................................21 O turismo do concelho de Anadia visto pelas suas “gentes”........................................................23 Tipos de Turismo registados no concelho de Anadia....................................................................31 Lugares a visitar e eventos de interesse/ promotores do turismo ...............................................33 Transportes..................................................................................................................................121 Alojamento ..................................................................................................................................123 Gastronomia / Restauração.........................................................................................................125 Impactes do turismo no concelho de Anadia..............................................................................131 Plano Estratégico de Desenvolvimento do Turismo em Anadia .................................................134 Anadia a Cidade Europeia do Desporto 2020..............................................................................136 Conclusão.....................................................................................................................................137 Bibliografia e Webgrafia ..............................................................................................................138 Anexos .........................................................................................................................................140
  • 10. 10
  • 11. 11 Introdução Anadia é um concelho localizado no Distrito de Aveiro. Pertence à região Centro (NUT II) e sub- região de Aveiro (NUT III), com cerca de 30 000 habitantes. Anadia tem uma localização privilegiada, entre duas importantes cidades nacionais, capitais de distrito, Aveiro (a capital distrital) e Coimbra. A cidade de Anadia é a sede do município, com uma área de 216,64 km² e obteve o estatuto de cidade em 9 de dezembro de 2004, pela Lei n.º 4/2005, de 26 de janeiro. Para além disso, Anadia detém o estatuto de capital da Região da Bairrada. O concelho dispõe de infraestruturas, muito particularmente a nível desportivo, com especial destaque para o complexo desportivo de Anadia e o Centro de Alto Rendimento (Velódromo Nacional) – CAR. Anadia tem, para além do desporto, feito uma aposta em infraestruturas que promovem o bem- estar da sua população, como serve, também, a população dos concelhos circunvizinhos. Assim, o desenvolvimento social encontra-se bem patente em infraestruturas de sucesso como são a Biblioteca Municipal, ou o Cineteatro. Para além dos supramencionados, podemos referir outros pontos de interesse, que podem ser potenciados e fomentadores do turismo do concelho, como acontece com os diversos museus, parques naturais, património arquitetónico de relevo e os tradicionais ex-líbris que são o espumante e leitão. Para além disso, são imensos os eventos que se realizam no concelho e aos quais iremos, também, fazer referência.
  • 12. 12
  • 13. 13 O concelho de Anadia O concelho de Anadia recebeu, em 1514, foral de D. Manuel I, de modo a atualizar os forais medievais, e de legitimar as reais concelhias entretanto surgidas. O atual município foi criado em 1839 pela fusão de vários concelhos. Figura n.º 1 – Foral de Anadia. O Brasão de Anadia é um escudo negro composto por uma vide arrancada de prata, com dois ramos passados em aspa, folhados de verde e frutados de dois cachos de uvas púrpura A sua coroa mural de prata contém cinco torres e o listel é branco legendado a negro com a identificação do concelho “Anadia”. Por sua vez, a bandeira é gironada1 de oito peças de branco e púrpura, com o cordão e borlas de prata e púrpura e a sua haste e lança de ouro. Figura n.º 2 – Símbolos heráldicos de Anadia: brasão e bandeira. Quanto aos limites geográficos do concelho é delimitado a norte pelo município de Águeda, a leste pelo de Mortágua, a sul pelo da Mealhada, a sul e oeste pelo de Cantanhede e a noroeste pelo de Oliveira do Bairro. O nome “Anadia”, segundo reza a lenda, deve-se a uma habitante local, Ana Dias, proprietária de uma extensa vinha herdade dos seus pais. Segundo consta, o vinho produzido na sua propriedade era de excelente qualidade e vendido por ela junto da muito conhecida estrada de Coimbra. A qualidade dos seus vinhos era bem conhecida. Ora, aqueles que pretendiam adquirir o seu famoso 1 O termo gironada é utilizado em heráldica e refere-se a um escudo dividido em oito partes triangulares iguais.
  • 14. 14 vinho, em vez de mencionarem que iam à taberna da Ana Dias, abreviavam o dito para “vamos a Ana Dias”, o que explica o nome da atual cidade e sede do concelho, pela abreviatura dada ao nome desta famosa proprietária vinícola. O concelho de Anadia é atualmente composto por 10 freguesias, definidas no âmbito da reforma administrativa nacional, de 2013. Algumas das anteriores mantiveram-se, mas houve outras que são o resultado da agregação de duas ou três freguesias. Decidimos fazer o nosso estudo, partindo dessas mesmas freguesias, pelo que iremos proceder a uma breve apresentação de cada uma delas. Figura n.º 3 – Concelho de Anadia. União das Freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas Tem 22,06 km² de área e, segundo os Censos de 2011, 2 675 habitantes. A sua densidade populacional é de 121,3 hab/km². Esta freguesia é composta pelas antigas freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas. Sendo que Amoreira da Gândara fez, até 1928, parte da freguesia de Sangalhos. A sua independência surgiu, supostamente, pela grande distância que a separa da igreja matriz de Sangalhos. Desta freguesia fazia parte a Quinta de Amoreira da Gândara. Figura n.º 4 – União das Freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas.
  • 15. 15 Por sua vez, Paredes do Bairro, localizada no coração da Bairrada vinícola, era a freguesia mais recente do Concelho de Anadia, datada de 11 de junho de 1985, embora tivesse foral concedido por D. Manuel I, de 1519. Quer os Romanos e posteriormente os Árabes foram sensíveis às terras produtivas de Paredes do Bairro. Quanto à freguesia de Ancas está referenciada pelo documento originário do cartório de Santa Cruz de Coimbra como “villa” de Enchas, Encas. A denominação de Ancas aparece em novembro 1143, por D. Afonso Henriques, ano que este a doou a D. Marina Soares. Os limites identificados no citado documento referem “locus dictus” e povoações como Sá (de Sangalhos), Mogofores, Paredes e S. Lourenço. Esta é a única terra, do atual concelho de Anadia, que consta do mais antigo mapa de Portugal, datado de 1561. No século XVIII pertencia à Província da Beira, Bispado de Coimbra, Arcediago do Vouga, Correição de Montemor, provedoria de Esgueira, termo da Vila de Recardães. União das Freguesias de Arcos e Mogofores Embora não seja a freguesia de maior dimensão, com 14,4 km² de área, é a que detém o maior número de habitantes, segundo os dados dos censos de 2011, contém 6 331 habitantes e uma densidade populacional de 439,7 hab/km². Esta freguesia agrega as antigas freguesias de Arcos e Mogofores e a sua sede é em Anadia. Figura n.º 5 – União das Freguesias de Arcos e Mogofores. As anteriores freguesias, de Arcos e Mogofores detém respetivamente 5 511 e 820 habitantes, distribuídos pelos, também respetivamente, 12,27 km² e 2,13 km² de área. Mogofores, obteve foral de D. Manuel a 12 de novembro de 1514. O topónimo desta terra é de origem árabe e a sua lenda conta-nos que todos os anos desaparecia misteriosamente uma pessoa da localidade, como por encanto, que nunca mais era vista. A bruxa Moga, que vivia na época em Mogofores foi tida como culpada pelo povo que, de forma desesperada, lhe gritava: "Moga fora! Moga fora! Moga fora!"
  • 16. 16 Segundo esta lenda, estes ditos estarão na origem do nome de Mogofores. Porém, não conta o que terá acontecido à bruxa Moga, pelo que não se sabe se foi, ou não, desterrada. O que resta da lenda, é que os habitantes prometeram fazer, anualmente, uma peregrinação à Senhora do Beco. O certo é que os desaparecimentos terminaram como se a magia da bruxa tivesse cessado. Atualmente, estes votos permanecem e o povo de Mogofores, mantendo-se fiel ao prometido pelos seus antepassados, continuando a fazer esta romaria anual. Freguesia de Avelãs de Caminho Esta freguesia teve a primeira referência, de que há registo, no tempo de César Augusto. Aqui faz-se referência a "Avellañum", uma região da foz do Rio da Serra. Esta região, seria, por altura da ocupação Romana, rica em Aveleiras o que lhe daria certamente aquela designação. Os achados arqueológicos encontrados nesta freguesia permitem situar os romanos, e depois os muçulmanos, nesta região. Figura n.º 6 – Freguesia de Avelãs de Caminho. Porém, apenas no século X aparece o topónimo Auleanas, que viria a transformar-se em Avelanas, que abrangiam as terras que se localizam entre Boialvo e o rio Cértoma2 e com limite, a sul, da serra da Câmbria. Em documentos datados dos séculos XII e XIII, já é visível a separação de “Avelanis de Susanis” e “Avelanis de Jusanis”, designação para Avelãs de Cima e Avelãs de baixo. Em 1427 há referência a “Avellãas de Caníjm”, que origina Avelãs do Caminho. Certeza é a de que recebeu foral novo de D. Manuel, a 13 de novembro de 1514. O seu nome teve, segundo consta, a ver com a existência de um grande número de aveleiras ao longo dos caminhos. Freguesia de Avelãs de Cima Esta freguesia é a maior freguesia do concelho, com 40,58 km² de área, mas, com os seus 2 185 habitantes, não é a mais populosa. 2 Rio Cértoma, ou Cértima
  • 17. 17 Figura n.º 7 – Freguesia de Avelãs de Cima. A sua densidade populacional é de 53,8 hab/km². Esta foi vila e sede de concelho até ao início do século XIX. Figura n.º 8 – Foral de Avelãs de Cima. Freguesia de Moita É a freguesia mais extensa do concelho, embora não seja a maior. Possui uma área de 34,18 km² de área, 2 484 habitantes (censos de 2011) e uma densidade populacional de 72,7 hab/km². Esta constituiu, até ao início do século XIX, o concelho de Ferreiros. Figura n.º 9 – Freguesia de Moita. Freguesia de Sangalhos Possui 16,9 km² de área. Os seus 4 068 habitantes (dados dos Censos 2011), conferem-lhe uma densidade populacional de 240,7 hab/km². Esta vila já foi sede concelhia, desde a Idade Média, até à
  • 18. 18 primeira metade do século XIX. Este estatuto foi oficializado pela carta de foral de Dom Manuel I, em 1514. Figura n.º 10 – Freguesia de Sangalhos. Em Sangalhos foram identificados vestígios arqueológicos inequivocamente romanos e mesmo de tempos precedentes. Os povos pré-romanos da região do Vouga eram já uma mistura de raças europeias e mediterrânicas, sendo de destacar as ceitas e os túrdulos. Deve ser essa também a origem do povoamento de Sangalhos. A Vila de Sangalhos, propriamente dita, situa-se no cume duma encosta que domina o vale do rio Cértoma, desfrutando, também, de amplo panorama que se estende, do lado Sul até à Serra do Buçaco e, do Nascente, até ao cume da Serra da Caramulo. Freguesia de São Lourenço do Bairro Tem uma área de 15,38 km² e 2 414 habitantes (censos de 2011). A densidade populacional é de 157 hab/km². Figura n.º 11 – Freguesia de São Lourenço do Bairro. União das Freguesias de Tamengos, Aguim e Óis do Bairro Detém uma área de 17,4 km² e, segundo os censos de 2011, possui 3 264 habitantes. A densidade populacional é, tendo por base os dados referidos, de 187,6 hab/km².
  • 19. 19 Figura n.º 12 – União das Freguesias de Tamengos, Aguim e Óis do Bairro Esta freguesia é composta pelas antigas freguesias de Tamengos, Óis do Bairro e Aguim. Aguim já foi vila e sede de concelho entre 1238 e 1836. Este concelho era constituído pela freguesia de Tamengos, onde antes estava incorporada Aguim. Até 11 de junho de 1993, a sua designação oficial era Nossa Senhora do Ó de Aguim. Óis do Bairro foi freguesia até à agregação ocorrida em 2013 e tinha uma área de 2,81 km² e 491 habitantes (censos 2011) e uma densidade populacional de 174,7 hab/km². Tamengos foi freguesia também até 2013, e possuía uma área de 8,16 km², 1 602 habitantes (censos de 2011) e uma densidade populacional de 196,3 hab/km². Constituída pela agregação das antigas freguesias de Tamengos, Aguim e Óis do Bairro, a sua sede encontra-se em Tamengos. Freguesia de Vila Nova de Monsarros Esta freguesia possui 23,72 km² de área, 1 713 habitantes (censos de 2011) e uma densidade populacional de 72,2 hab/km². Obteve foral de D. Manuel I em 1514. Figura n.º 13 – Freguesia de Vila Nova de Monsarros. Existem duas versões para a atribuição do topónimo Monsarros. A primeira, que não é aceite por todos, faz alusão ao monte existente em Monsarros. Segundo esta versão, este monte evoca a expressão latina mons sacrus3 . Ou seja, o nome que os romanos atribuíam às elevações de terreno 3 Monte sagrado
  • 20. 20 localizadas junto das povoações e nos quais se realizavam manifestações pagãs. A segunda versão, o topónimo Monsarros é uma corruptela de musarab, que significa “meio árabe”. Freguesia de Vilarinho do Bairro Figura n.º 14 – Freguesia de Vilarinho do Bairro. É constituída por 2 764 habitantes (dados dos censos de 2011), que se distribuem por uma área de 25,56 km². A sua densidade populacional é de 108,1 hab/km².
  • 21. 21 Bairrada A origem da designação desta região prende-se com os Barrios, ou melhor “illos Barrios”, os solos de tipo argiloso, ou barrento que nesta se encontram. Muitas foram as povoações da região bairradina cujo nome provém, também, deste termo. São disso exemplo Óis do Bairro, Paredes do Bairro, S. Lourenço do Bairro, Ventosa do Bairro e Vilarinho do Bairro. Figura n.º 15 – Bairrada. A Bairrada, região vinícola portuguesa que se localiza na Beira Litoral, estende-se de Águeda a Coimbra e ao litoral Atlântico. A região tem a classificação DOC, Denominação de Origem Controlada, destacando-se pelos seus vinhos tintos de cor densa, pela Baga, casta local, pelos vinhos brancos e espumantes de elevada qualidade, que resultam de solos propícios à cultura da vinha. Figura n.º 16 – Carta Vitícola da Bairrada.
  • 22. 22 O clima temperado mediterrâneo de feição atlântica, dada a proximidade ao Oceano Atlântico, conferem a esta região um clima suave, ideal para a cultura da vinha e, consequente, produção vinícola. Os dois tipos de solos, argilosos ou barrentos, os Barrios, e os solos arenosos que aqui se fazem sentir, permitem a produção de vinhos diversificados. Figura n.º 17 – Bairrada, Denominação de Origem Controlada. A produção de vinho faz-se desde o século X, mas apenas no século XIX é que esta região passou a ser uma região efetivamente produtora de vinhos de qualidade, desde os tintos, brancos e espumantes. Anadia é a capital desta região e localiza-se no seu coração.
  • 23. 23 O turismo do concelho de Anadia visto pelas suas “gentes” Procedeu-se à elaboração de um inquérito (anexo 3), de modo a permitir tecer uma ideia mais cabal sobre a realidade do concelho. Foram realizados 84 inquéritos. Salienta-se que se teve o cuidado de fazer uma amostragem que abrangesse a população de todas as freguesias do concelho, bem como de diferentes estratos sociais, grupos etários e dos dois géneros. Para além disso, ficou decidido alargar o âmbito de ação do trabalho e solicitar o parecer, através do preenchimento do referido inquérito, a indivíduos de outros concelhos. Após a recolha dos dados procedeu-se ao tratamento estatístico dos mesmos (anexo 4), em tabelas, o que nos permitiu fazer o respetivo tratamento gráfico, bem como as conclusões que se apresentam de seguida. Género e idade do inquirido A maioria dos inquiridos é do sexo feminino. Este facto prende-se com a maior população deste género, existente no concelho. No que concerne à idade, a maioria dos respondentes situam-se na classe etária dos 36 aos 55 anos, seguida de indivíduos com mais de 66 anos, muito embora tivesse existido a preocupação de abranger todas as classes etárias. Figura n.º 18 – Distribuição do n.º de inquiridos por género. Figura n.º 19 – Distribuição do n.º de inquiridos por classes etárias. Feminino 0 5 10 15 20 25 30 35 <18 anos 19 - 25 anos 26-35 36-55 56-65 >66 anos
  • 24. 24 Área de residência do inquirido A maioria dos inquiridos, como pode ser observado no gráfico seguinte, são residentes no concelho e, conforme foi acima referido, teve-se o cuidado de elaborar inquéritos em todas as freguesias, de modo a permitir obter um mais fidedigno parecer sobre a realidade em estudo. Para além disso, também foram inquiridos indivíduos residentes em outros concelhos próximos, nomeadamente, Aveiro, Cantanhede, Coimbra, Mealhada e Oliveira do Bairro. Não houve tempo, nem possibilidade, de estender a amostra a áreas mais longínquas. Figura n.º 20 – Distribuição dos inquiridos por área de residência. Conhecimento que o inquirido tem do concelho de Anadia A maioria dos respondentes, face à questão sobre o conhecimento que têm sobre o concelho, referiu conhecer bem o concelho de Anadia. Muito embora, muitos não possuam esse conhecimento, incluindo residentes destes. Há, no entanto, respondentes de outros concelhos que mencionaram conhecer bem o concelho. Figura n.º 21 – Conhecimento sobre o concelho que, os inquiridos, detém. Concelho de Anadia Outro concelho sim não
  • 25. 25 Potencialidades a nível do turismo do concelho de Anadia A maioria dos inquiridos considera que o concelho de Anadia tem potencialidades turísticas, conforme se pode constatar da análise do respetivo gráfico. Figura n.º 22 – Potencialidades turísticas de Anadia. O município tem privilegiado o turismo do concelho de Anadia A maioria dos inquiridos é de opinião que o município tem dado enfase ao turismo. Muito embora, haja um elevado número de respondentes que considera que tal não se verifica. Outros afirmam que desconhecem esse aspeto. Figura n.º 23 – Visão dos inquiridos sobre o papel do município no turismo. Visita ao concelho vista pelos inquiridos Foi solicitado aos inquiridos que se prenunciassem sobre eventuais visitas ao concelho e, deste modo a quem aconselharia, qual a duração da visita que sugeririam e quais as motivações que consideravam ser de salientar. sim não não sabe sim não não sabe
  • 26. 26 Quanto ao aconselhamento para alguém fazer uma visita ao concelho, a maioria refere que aconselharia esta a amigos. No entanto, também selecionaram os familiares, colegas e outras pessoas. Apesar de insignificante no global da amostragem, ainda houve quem tivesse respondido que não incentivaria ninguém a vir fazer turismo em Anadia. Figura n.º 24 – A quem os inquiridos aconselhariam a visita ao concelho. A maioria dos respondentes aconselharia que a duração da visita equivalesse a um fim de semana. Todavia, salienta-se que houve um grande número de inquiridos que propunha umas férias, embora não tivessem sido questionados acerca da duração das mesmas. Figura n.º 25 – Tipo de visita aconselhada pelos inquiridos. Relativamente às principais motivações consideradas na escolha de Anadia como local de turismo a paisagem do concelho mereceu a principal escolha das pessoas auscultadas. Salienta-se, também, a referência a outros aspetos como são, por ordem de escolha, as atrações, entretenimento e eventos, a visita a monumentos, como são os museus, palacetes, pelourinhos, …, o clima hospitaleiro/ Acolhedor e os bons alojamentos e, finalmente, a segurança. Houve quem respondesse que não sabia. 0 10 20 30 40 50 Familiares Colegas Amigos Outras pessoas A ninguém 0 5 10 15 20 25 30 35 40 Umas horas Um dia Um fim de semana Umas férias Nenhuma
  • 27. 27 Figura n.º 26 – Principais motivos considerados pelos inquiridos na escolha de Anadia como local a visitar. Identificação dos pontos considerados como turísticos Quanto às sugestões de visitas ao concelho por freguesia, registou-se uma grande variedade, tendo todas as freguesias obtido o parecer positivo dos inquiridos, enquanto lugares elegíveis para visitar. Todavia, as eleitas foram em primeiro a freguesia de Sangalhos, seguida da Moita, Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas e, em quarto a freguesia de Arcos e Mogofores. Figura n.º 27 – Pontos turísticos identificados pelos inquiridos no concelho. 0 10 20 30 40 50 60 0 5 10 15 20 25 30
  • 28. 28 Principais pontos turísticos do concelho de Anadia Quanto a sugestões de visitas, o inquérito solicitava a seleção de cinco aspetos, com a enumeração de 1 a 5, partindo do mais importante para o menos relevante. Assim, os museus (Museu do Vinho Bairrada, Museu José Luciano de Castro, Aliança Underground Museum e Museu Etnográfico da Pedralva), foram aqueles que acolheram a preferência dos inquiridos (mais importante, série 1, no gráfico), seguido do Parque da Curia e depois, em ex-aequo, a Rota do Vinho da Bairrada e Visita a caves vinícolas. Apesar de os museus manterem a primazia como segunda escolha, o Parque da Curia deixa o lugar seguinte para as termas (Curia e Vale da Mó). A terceira escolha recaiu novamente sobre o Parque da Curia, remetendo para a segunda posição, a Rota do Vinho da Bairrada e as Barragens /Lagoas, nomeadamente a Barragem da Gralheira e a Lagoa de Torres. A quarta escolha mais selecionada, as termas, foram seguidas em igual número pela Barragem/ Lagoa e Parque da Curia. As Barragem/ Lagoa foram as mais apontadas como quinta escolha para visita, seguida pelo Parque da Curia e pelas piscinas, com igual número. Contrariamente, o Campo de Golfe da Curia, o Monte Crasto, o Centro de Alto Rendimento de Sangalhos, os Hotéis / Restaurantes e as piscinas, forma os menos elegíveis pelos respondentes, enquanto lugares a visitar no concelho. Finalmente, houve quem acrescentasse a visita a matas do interior anadiense, como um lugar turístico a ter em conta, na promoção do turismo do concelho. Figura n.º 28 – Sugestões, de visitas apresentadas pelos inquiridos, ao concelho de Anadia. 0 10 20 30 40 50 60 70 80 Série5 Série4 Série3 Série2 Série1
  • 29. 29 Estabelecendo um paralelismo entre esta resposta e a efetuada anteriormente, pode verificar- se uma discordância, pois as freguesias eleitas, não correspondem àquelas, cujos lugares foram referenciados como pontos turísticos aconselháveis. No entanto, como não se procedeu a outro estudo, este facto, só por si, não pode ver-se como discrepante, mas provavelmente apenas como um motivo para efetuar um outro estudo mais aprofundado. Salienta-se também o facto de a opção dos respondentes privilegiar o ambiente e a museologia do concelho. Eventos do concelho As Feiras são de longe os eventos a que os inquiridos mais aderem. Porém, também foram referenciados outros que captam a atenção e a sua preferência. Assim, salientamos, também, as festas populares, os espetáculos culturais, como são o cinema, teatro, musicais, desfiles de moda, entre outros, bem como as Festas religiosas (procissões, …) e os espetáculos desportivos. Figura n.º 29 – Eventos selecionados pelos inquiridos. Embora fosse um número muito reduzido, houve inquiridos que referiram não ir a qualquer evento, resta saber se o fazem em outros concelhos / lugares, ou se realmente não os frequentam, uma vez que este aspeto não foi tido no estudo efetuado. 0 10 20 30 40 50 60 Percursos pedestres Feiras Festas populares Festas religiosas (procissões, …) Espetáculos culturais (Cinema, teatro, musicais, desfile moda, …) Espetáculos desportivos Nenhuns
  • 30. 30 Aspetos de melhoria no concelho de forma a receber melhor os turistas No que concerne a eventuais melhorias que deveriam ser levadas a cabo, de modo a permitir que os turistas tivessem uma melhor receção, foram selecionadas todas as possibilidades, incluindo o facto de alguns, poucos, referirem que estava tudo bem, pelo que não consideravam necessário proceder a qualquer alteração. A melhoria das estradas e da sinalização foi o aspeto mais apontado, para que o turista pudesse ter uma melhor estada. Outros aspetos, também identificados, foram, por ordem do número de respondentes, a maior conservação dos edifícios, melhores transportes públicos, ambiente menos poluído e mais limpo, mais infraestruturas em locais turísticos, mais informações e esta ser também em inglês/ francês e, finalmente, melhorar o atendimento em restaurantes, hotéis, comércios (lojas). Houve, ainda, quem referisse não saber que aspetos de melhoria deveriam ser implementados. Figura n.º 30 – Aspetos de melhoria. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
  • 31. 31 Tipos de Turismo registados no concelho de Anadia O turismo, atividade económica pertencente ao setor terciário, depende das características naturais de uma determinada área, assim como das características socioculturais que lhe estão adstritas. No concelho de Anadia podemos identificar diversos tipos de turismo como são o turismo termal, o gastronómico, o ecoturismo (natureza), o de eventos, o cultural, o rural, e até o religioso. Podemos, para além destes, falar de outros tipos de turismo que começam a ganhar importância na região, como acontece com o enoturismo, o turismo sinergético e o desportivo. O concelho de Anadia apresenta, assim, um enorme potencial turístico, motivado pela incessante predisposição dos turistas em adquirir um maior conhecimento dos costumes, da tradição e da identidade cultural das diversas regiões e, neste caso, da população anadiense e a nível do turismo de eventos. No que concerne ao enoturismo, Anadia apresenta imensas potencialidades dada a ligação às Associações, como são a da Rota da Bairrada, a de Municípios Portugueses do Vinho – AMPV, a das Rotas dos Vinhos de Portugal – ARVP e a ligação à Rede Europeia das Cidades do Vinho – RECEVIN. Figura n.º 31 – Sede da Rota da Bairrada: Associação Rota da Bairrada, antiga Estação da Curia. Os principais pontos turísticos do concelho são, sem dúvida, os museus e as suas unidades termais, que permitem uma aposta no turismo quer cultural, quer termal. Estes estão bem apetrechadas, sendo servidos por excelentes unidades hoteleiras, capacitadas para servir, não apenas os turistas que procuram os museus e as águas termais como terapia (turismo de saúde), mas também para aqueles que pretendem outras atividades turísticas mais diversificadas, associadas, por exemplo, à realização de caminhadas por percursos pedestres, ao desporto ou ao lazer. Todavia, temos presente nas diversas freguesias estes tipos de turismo, dos quais se destaca o turismo de natureza, turismo religioso, turismo desportivo, turismo termal e turismo cultural. O atual stress provocado pela vida nas grandes cidades, das quais se salienta a proximidade à cidade de Coimbra, Aveiro, Viseu e Porto, aliado, entre outros, ao desenvolvimento dos meios de
  • 32. 32 transporte e das comunicações, proporciona aos seus habitantes uma fuga para o meio rural. O Município de Anadia apresenta-se como um concelho potenciador de um maior contacto com a natureza, bem como a descoberta de antigos solares, palacetes, casas tradicionais, que muitas vezes aliam ao descanso a participação em trabalhos rurais. Deste modo, o turismo rural permite um estreito contato com a natureza e as tradições locais, o qual se associa a uma hospitalidade muito peculiar, potenciadora de um serviço familiar e, por tal, mais personalizado e, consequentemente, muito apreciado pelo turista citadino. Um bom exemplo deste tipo de turismo é o rural, que apresenta um acolhimento efetuado em casas particulares que têm valor arquitetónico que se pode confinar à região ou mesmo de âmbito nacional ou internacional. Um excelente exemplo é o da Quinta de S. Lourenço do Bairro. Figura n.º 32 – Quinta de S. Lourenço do Bairro. Um outro tipo de turismo que se pode potenciar é o religioso. Claro que este, embora diferente dos anteriores, pode ser uma mais valia para a economia do concelho se devidamente aproveitado. Finalmente, o turismo sinergético pode ser uma nova forma de fomentar o turismo em Anadia, pois temos áreas onde é permitida a caça. Esta estimularia a utilização logística de determinados serviços de âmbito turístico facilitadores deste desporto. Muito embora, os mesmos tivessem de assegurar a sustentabilidade da vida selvagem do concelho.
  • 33. 33 Lugares a visitar e eventos de interesse/ promotores do turismo Existem muitos lugares e eventos que são fomentadores e outros, ainda, que poderão ser potenciados e incrementados para o desenvolvimento do turismo do concelho. Figura n.º 33 – Enoturismo. A mancha vitícola que se faz sentir no concelho de Anadia, tem uma expressão impar na paisagem da área concelhia. Esta obra humana convida os visitantes a apreciá-la e a provar os vinhos da região. A Rota da Bairrada, tem uma equipa de profissionais que auxiliam o visitante a realizarem percursos turístico pela Rota do Vinho da Bairrada. A Rota do Vinho da Bairrada contém 28 pontos de atração, como são as quintas, caves e adegas, onde o turista pode conhecer mais detalhadamente a produção e o armazenamento vinícola e provar as melhores colheitas selecionadas pela Rota dos Vinhos da Bairrada. O turista pode optar por fazer três percursos rodoviários que atravessam a Bairrada e, deste modo conhecer a realidade local. Segundo o que consta na página da Comissão Vitivinícola da Bairrada estes três percursos são: “O percurso longitudinal – a rota dos grandes restaurantes de leitão – desenrola-se fundamentalmente ao longo do IC 2 em cerca de 10 km desde a Mealhada até à Malaposta, passando pelas cortadas para o centro de Anadia e para a Curia, as quais se situam praticamente em frente uma da outra sendo a primeira à direita e a outra à esquerda. Trata-se de um trajeto essencialmente urbano, muito conhecido pela população em geral e pelos apreciadores das iguarias bairradinas em particular. A seguir à zona da Mealhada e no sentido norte – sul é possível cortar à direita no sentido do centro de Anadia, e após uma subida de cerca de 2 km poderemos admirar a sua magnifica nova zona desportiva, o cineteatro e as instalações do complexo vitivinícola (Comissão, Estação e Escola Profissional) incluindo o Museu do Vinho da Bairrada, que constitui uma visita obrigatória para quem se queira documentar devidamente neste tema. Por outro lado, cortando à esquerda para o parque termal da Curia, podemos encontrar uma oferta hoteleira muito interessante, bem como um campo de golfe de 9 buracos.
  • 34. 34 Uma extensão deste circuito para norte consiste em efetuar a EN 235 desde a Malaposta até Sangalhos e Oliveira do Bairro, numa distância de mais 9 km. Ao longo desta extensão deparamos com localidades mais pequenas e originais num ambiente de maior ruralidade. Disso são exemplo Avelãs do Caminho, Fogueira, Ancas, Troviscal e Mamarrosa, sendo possível aprofundar o conhecimento da região com novas descobertas – à procura da autenticidade da Bairrada. Quanto aos percursos transversais devemos distinguir um percurso mais a sul – a caminho das serranias - que vai pela EN 234 desde Cantanhede a Mealhada (14 km) e segue até ao Luso e ao Bussaco em cerca de mais 6,5 km. Este trajeto alterna paisagens de vinha isolada ou em associação com outras culturas e de floresta, sempre numa ondulação suave mais que se vai acentuando à medida que nos aproximamos das serras do Luso e do Bussaco. Também aqui encontramos uma oferta hoteleira muito interessante que está associada a uma zona termal e de distribuição de água de mesa muito conhecida no nosso País. Pouco mais à frente, é possível admirar o património natural que representa a mata florestal do Bussaco (sem esquecer uma ida à Cruz Alta para alargar os horizontes e admirar a linha de costa se estiver bom tempo), o magnifico hotel de cinco estrelas que aí está instalado e o Museu Militar que recorda a famosa batalha no dia 27 de setembro de 1810 contra as tropas napoleónicas comandadas por Massena. Outro percurso transversal mais a norte – à descoberta das novas vinhas e adegas da Bairrada – é o que segue pela EN 334 de Mogofores a S. Lourenço do Bairro e depois seguindo pela EN 333-1 até Amoreira da Gândara, numa distância de cerca de 11 km. Trata-se neste caso de um trajeto muito interessante no que representa de novos investimentos realizados no sector vitivinícola regional, desde a modernização e emparcelamento de vinhas até à construção de novas e modernas adegas que são uma referência mesmo à escala internacional. Ao longo deste circuito é possível desfrutar de uma paisagem de vinha contínua que é das mais extensas da região e degustar alguns dos vários tipos de vinho que estão disponíveis nas diversas adegas existentes, sem esquecer agora os Tintos da casta predominantes que é a Baga”.
  • 35. 35 O turismo na União de freguesias de Amoreira da Gândara, Paredes do Bairro e Ancas Na União de freguesias de Paredes do Bairro, Amoreira da Gândara e Ancas existem muitos lugares e eventos que são propiciadores e outros, ainda, que poderão ser potenciados e, assim, fomentar o turismo da freguesia e do concelho. Existem imensos eventos locais que oferecem excelentes condições para o turista. As paisagens verdes, bem como a calma e a harmonia entre a natureza e o homem, são um convite para o turista desfrutar de momentos inesquecíveis. As festas são excelentes manifestações culturais que esta freguesia oferece ao visitante. A mistura do tradicional, com ritmos modernos são dois magníficos componentes. Parque de merendas de Ancas O parque de merendas de Ancas, com vista para o lago, é um excelente espaço onde se pode aliar a natureza à sã convivência entre familiares e amigos. O mesmo se pode extender ao Parque de Merendas de Paredes do Bairro. Figura n.º 34 – Parque de merendas de Ancas. Parque de Merendas de Paredes do Bairro Figura n.º 35 – Parque de Merendas de Paredes do Bairro.
  • 36. 36 Património histórico-religioso A freguesia apresenta um amplo património histórico digno de ser apreciado. Deste destacam- se deste Património histórico-religioso a Igreja Matriz de Amoreira da Gândara, Igreja Matriz de Paredes do Bairro e de Ancas, Igreja Matriz de Amoreira da Gândara. Podem, ainda, ser visitadas algumas capelas que se localizam em diversos lugares, como a Capela de Santo António, Capela de Nossa Senhora do Pranto, Capela de Monserrate, Capela do Senhor dos Passos, Capela em Amoreira da Senhora do Carmo e a Capela em Amoreira da Senhora dos Emigrantes. Para além destas, existe um rico e diversificado património, por exemplo, de cruzeiros e fontanários. Figura n.º 36 – Património histórico-religioso Matriz de Amoreira da Gândara, de Paredes do Bairro e de Ancas. A Igreja Paroquial de Amoreira da Gândara foi renovada e ampliada entre 1944-1950, mas parte das paredes laterais foram conservadas. A torre da fachada é anterior à reforma. Foram ainda aproveitados pequenos elementos. O púlpito feito de calcário é do século XVII e a sua bacia cilíndrica é de pé em forma de balaústre. Na frontaria encontra-se a estátua de S. Martinho, datado do século XV, vestido de bispo e feito em calcário de tipo popular. Na sacristia pode ver-se uma placa calcária tendo em relevo o Calvário (Crucificado, Virgem e S. João) sob arco conopial, do século XVI inicial, gótico, obra corrente. Monumento evocativo da Carta de Doação a Ancas Este monumento foi construído em homenagem à carta e doação da então Freguesia de Ancas. Encontra-se junto ao cruzeiro situado na Rua principal da Freguesia. Figura n.º 37 – Monumento evocativo de Ancas, inserido no cruzeiro.
  • 37. 37 Cruzeiros Em Ancas podem ser visitados dois Cruzeiros, datados de 1668. Estes cruzeiros têm datas quase invisíveis, mas que apontam para o ano de 1668. Os cruzeiros têm colunas do tipo dórico, cruz singela, base de alçado pentagonal. São notórias as obras levadas a cabo, apesar dos traços originais, que ainda são bem visíveis. Na saída para a Fogueira pode visitar-se o Cruzeiro da Rua do Cruzeiro. Figura n.º 38 – Cruzeiro da Rua do Cruzeiro No adro da igreja pode ser visitado o outro Cruzeiro. Figura n.º 39 – Cruzeiro do Adro da Igreja. Figura n.º 40 – Cruzeiro do Ancas.
  • 38. 38 Lagoa do Paúl A Lagoa do Paúl merece também uma atenção muito especial, em particular pelo turista de natureza, pois é um local muito aprazível. Figura n.º 41 – Lagoa do PaúL. Festas populares e ou religiosas Esta freguesia, à semelhança de muitos outros lugares, é prodiga em lendas e festas populares, algumas de cariz religioso. Assim, em Amoreira da Gândara destaca-se a Lenda das Bruxas dançantes, a Festa do Imaculado Coração de Maria, a festa da Páscoa e a Festa do Galo. Lenda das Bruxas dançantes Conta a lenda que viveu em Amoreira da Gândara um homem negociante de carnes, que andava de noite pelos caminhos, quer de Amoreira quer de terras vizinhas. Quando um certo dia regressava já tarde a casa, cansado do trabalho, passou por uma gândara atraído pelo som de risos e música. Apeando-se da sua bicicleta para ver o que se passava, qual não foi a sua surpresa quando se deparou com um grupo de mulheres que dançavam nuas à volta de uma fogueira. Apercebendo-se do incauto homem, convidaram-no a dançar com elas e, então, todos dançaram até madrugada. Antes de o mandarem embora, obrigaram-no a prometer que nada diria do que tinha visto, pois, caso o fizesse, isso seria a sua pena de morte. Imaculado Coração de Maria A tradicional festa do Imaculado Coração de Maria realiza-se, no primeiro Domingo de setembro, em Amoreira da Gândara. O seu ponto alto é a procissão, com os andores enfeitados com flores. O cortejo sai e regressa à igreja fazendo o percurso até ao cruzeiro.
  • 39. 39 S. Martinho Outro festejo que se realiza em Amoreira da Gândara é o S. Martinho, com a tradicional missa, procissão e arraial popular. Desenterrar e enterrar da Pedra da Sesta, em Paredes do Bairro O "desenterrar da Pedra da Sesta" e o "enterrar da Pedra da Sesta" é das tradições mais visíveis de Paredes do Bairro. Esta celebração ritual realiza-se duas vezes por ano, uma no equinócio da primavera e a outra no equinócio do outono. A tradição consiste em exumar (desenterrar) uma pedra de grandes dimensões a 25 de março, dia em se celebra a Festa da Maria Malandrona, como símbolo do início da sesta dos trabalhadores rurais. Esta operação de desenterrar a pedra é levada a cabo por dois trabalhadores geralmente casados que, munidos de um garrafão de vinho, boroa e chouriço, são encarregados da tarefa. Figura n.º 42 – Desenterrar e enterrar da Pedra da Sesta, em Paredes do Bairro. A partir do dia deste ritual, até ao dia de enterramento da pedra, os trabalhadores passam a ter duas horas de descanso por dia, a chamada sesta, ao almoço (antigamente designado de jantar), até cerca das 15 horas da tarde. A pedra volta a ser enterrada a 25 de setembro, simbolizando e marcando o fim da sesta. Corrida de Burros, Ancas A tradicional Corrida de Burros, em Ancas, realiza-se anualmente, em agosto, por altura dos festejos de Nossa Senhora da Assunção. São imensos os visitantes e locais que povoam as ruas nesse dia de festa. A história do nascimento desta corrida prende-se com o facto de, segundo consta, numa tarde de festa não haver nenhum conjunto a tocar. Houve então alguém que se lembrou de fazer uma corrida de burros, pois na altura havia muitos burros. O certo é que a corrida se manteve e a tradição prevalece até aos dias de hoje.
  • 40. 40 Este evento é hoje o ex-libris dos festejos de Ancas e atraí cada vez mais visitantes, com a finalidade de assistir a tão singular festejo e desfrutar do divertimento proporcionado por esta corrida de burros. Muitos são os que se vestem a rigor para montar este animal que esteve em vias de extinção, mas que é, atualmente, querido e protegido pela sociedade. Figura n.º 43 – Corrida de Burros, Ancas. Festival FOLK ANCAS-Anadia Um outro evento disponibilizado por Ancas é o Festival FOLK ANCAS-Anadia, que se realiza em julho. Alia-se a dança do mundo à música tradicional, num ambiente de festa e de apelo às raízes tradicionais dos diferentes povos e culturas. Figura n.º 44 – Festival FOLK ANCAS-Anadia. Neste evento há, normalmente, espaços de concerto e dança dispersos não apenas pela aldeia de Ancas, mas também pela Sede do Concelho, o que permite um maior envolvimento da comunidade local e dos visitantes. O Baluarte Não se poderia falar de arte e de cultura sem fazer referência ao Grupo Recreativo e Cultural “O Baluarte”. Este é um grupo de Teatro de Amoreira da Gândara que detém extraordinários atores, amadores, que propiciam ao público momentos de puro deleite e divertimento.
  • 41. 41 Figura n.º 45 – Eng.º Albano, Grupo Recreativo e Cultural “O Baluarte”. Associação de Jovens de Paredes do Bairro A Associação de Jovens de Paredes do Bairro (AJPB) que pretende desenvolver a aptidão dos jovens para a cidadania e, deste modo, promover a cooperação e a solidariedade entre os seus associados e a população local e, eventualmente a turística. Esta presenteia, quer a população local quer a visitantes, com um manancial de atividades que podem ser fomentadas no sentido da promoção turística desta freguesia. As iniciativas do âmbito culturais, social, recreativa, lúdica e desportivas são disso exemplo, destacando-se o torneio de futsal anual: "Inter-Ruas AJPB", o "Passeio de BTT AJPB", o "Paint-Ball AJPB" e o "Magusto AJPB", entre outros. Outros eventos São muitos os eventos culturais que existem nesta freguesia, como as festas populares e religiosas. Em Paredes do Bairro temos a Festa de Carnaval, Festa S. Tomé (que se realiza no mês de dezembro e julho), a festa de Santo António (mês de junho), festa Popular da Maria Malandrona (que se realiza em março). A nível do desporto, encontramos a Associação Desportiva de Paredes do Bairro que permite a prática desportiva e a organização de eventos. Quinta da Rigodeira Figura n.º 46 – Quinta da Rigodeira.
  • 42. 42 Esta Quinta, localizada no lugar de Ancas, tem como principal atividade a produção de vinhos comuns e licorosos. Nesta Quinta, as Caves Aliança proporcionam um momento de plena convivência com a Natureza. Através de um jogo/desafio lúdico, que decorrer nesta quinta, o visitante fica a conhecer as castas da Região da Bairrada, de uma forma lúdica e divertida. Quinta de Amoreira da Gândara Figura n.º 47 – Quinta de Amoreira da Gândara. O Portão da Quinta de Amoreira da Gândara ostenta um Brasão esquartelado com as armas dos Pintos, dos Castelos Brancos, dos Tavares e dos Mendonça.
  • 43. 43 O turismo na União de freguesias de Arcos e Mogofores O facto de esta freguesia englobar a sede concelhia permiti-lhe ter um manancial de locais e de eventos que poderão dar uma maior ênfase e ser potenciadores do turismo da região. São esses locais e eventos que pretendemos apresentar neste nosso trabalho. O Monte Crasto, lugar onde na sua encosta se localiza o já mencionado Vale Santo, apresenta excelentes condições para a prática desportiva e recreativa. Em tempos este local esteve equipado com um parque de merendas, um circuito de manutenção e um parque infantil. Apesar da sua localização, no cimo do Monte Crasto a 93 metros de altitude, este era um local muito apreciado, não apenas pelos habitantes locais, mas pelos visitantes. Atualmente, este lugar, com fortes capacidades turísticas, foi deixado ao abandono. Não significa, contudo, que todo o Monte tenha sido votado ao abandono. Na sua encosta, o denominado Vale Santo, foi construído um recinto que, para além de outros aspetos, contém um anfiteatro ao ar livre que é palco de diversos eventos realizados ao longo do ano, não apenas neste espaço, mas em todo o Vale Santo, sendo o mais conhecido a Feira do Vinho e da Vinha. Outra construção de relevo é o CCA – Centro Cultural. Figura n.º 48 – Recinto para eventos – Vale Santo, Anadia. Complexo Desportivo Figura n.º 49 – Complexo Desportivo. O complexo desportivo de Anadia, localizado no Montouro, é composto por um conjunto de infraestruturas capazes de dar resposta às inúmeras solicitações quer da população do município, quer
  • 44. 44 dos seus visitantes. Nele enquadra-se, para além do Estádio Municipal, campos de futebol com relvado sintético, campos de ténis e as piscinas cobertas. Uma aposta que poderia ser feita seria a construção de um espaço para squash, dado ser uma prática bem aceite pela população anadiense e, decerto pelos visitantes, tanto mais que Anadia dispõe de uma equipa que, salienta-se tem conseguido lugares cimeiros nas competições nacionais e internacionais. Uma outra sugestão, que aqui se deixa, prende-se com o investimento que Anadia poderia fazer neste espaço, ou em outro espaço, com a construção de uma piscina ao ar livre. Neste poderiam criar, ainda, um espaço relvado circundante às piscinas de lazer e de repouso. Neste espaço encontrar-se- iam espreguiçadeiras, guarda-sol e mesas para os visitantes. Para além disso, este espaço poderia ser servido por uma esplanada, bar-restaurante, de modo a possibilitar o seu uso durante o período de calor. Seria de bom tom estas diversas apostas, a levar a cabo pelo Município, tanto mais que Anadia é candidata a Cidade Europeia do Desporto em 2020. Piscinas Municipais Apetrechada por três tanques, dos quais um é de competição e os outros dois de aprendizagem, as Piscinas Municipais de Anadia dispõem também de uma sala de aeróbica, de hidromassagem, sauna (seca), uma sala de descanso e de uma sala de massagens. Para além destes a piscina tem à disposição dos seus utentes um bar e esplanada e uma sala de exposições. Figura n.º 50 – Piscinas Municipais de Anadia. Eco Parque Inaugurado a 1 de junho de 2013, este parque proporciona descanso, manutenção física e mesmo atividades de lazer. Dispõe, para além de um circuito de manutenção, com diversos aparelhos de manutenção, de um parque infantil e de um campo de futebol e basquete.
  • 45. 45 Figura n.º 51 – Eco Parque. O Cineteatro de Anadia O Cineteatro é um espaço cultural moderno, inaugurado a 6 de fevereiro de 2009, localizado nas imediações do complexo desportivo de Anadia. Este substituiu o antigo Cineteatro S. Jorge. Para além das populares sessões de cinema, apresenta uma programação de qualidade que abrange áreas muito diversificadas e potenciadoras da cultura anadiense. Figura n.º 52 – Cineteatro. Este cineteatro veio substituir o anterior edifício, situado na Rua dos Olivais. Apresenta um traço moderno e, embora de dimensões inferiores ao anterior, representa um excelente património da cidade e do concelho. Nele podem destacar-se, para além das tradicionais sessões cinematográficas, peças de teatro, espetáculos e concertos, colóquios, congressos, conferências e exposições temporárias e outros espetáculos dignos de serem apreciados. Centro Cultural de Anadia Localiza-se nas proximidades do espaço anteriormente referenciado e por ocasião da Feira da Vinha e do Vinho oferece as suas instalações como bastidores deste evento. Este é um espaço cultural pertencente ao municipal, cuja inauguração data de 20 de outubro de 2001.
  • 46. 46 Figura n.º 53 – Centro Cultural de Anadia. Nele podem ser visitadas as bibliotecas Rodrigues Lapa (filólogo) e Luciano de Castro (estadista), e duas Galerias de Exposições, uma das quais permanente, dedicada ao pintor Paul Nicholas Woronoff (1914-1989), natural da Geórgia (ex-URSS) e a outra que apresenta exposições temporárias diversas. O CCA, oferece, também, um espaço dedicado a Manuel Ribeiro (1879-1936), soldado anadiense condecorado com a Torre e Espada, mais alta condecoração portuguesa, em 11 de novembro de 1906. Património histórico-religioso Esta Freguesia apresenta uma grande riqueza neste património histórico-religioso. Igreja Paroquial de Arcos Figura n.º 54 – Igreja Paroquial de Arcos, Anadia. A Igreja Paroquial de Arcos, dedicada a S. Paio, localiza-se na cidade de Anadia, na antiga povoação de Arcos. Nesta podem ser admirados o seu interior e o seu exterior. O interior está ricamente apetrechado. O arcabouço provém de duas épocas de construção, do princípio do século XVIII o corpo da Capela-mor e a frontaria e a torre, da segunda metade deste mesmo século, tendo sofrido alterações no século XIX. Destacam-se, em termos de artes decorativas, os registos de azulejos da capela-mor, do ano de 1747, nos quais figuram quatro cenas de tipo eucarístico.
  • 47. 47 Igreja Matriz de Anadia A Igreja Matriz de Anadia, inaugurada em 2011, após 13 anos de construção, é um monumento moderno sobranceiro, localizado perto da parte central da cidade. Figura n.º 55 – Igreja Matriz de Anadia. Capela de São Sebastião A Capela de São Sebastião, propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Anadia e localizada em pleno centro de Anadia, está distinguida como valor concelhio e é um monumento secular com registos de cerimónias do ano de 1696, como acontece com casamento de Lourenço Aires de Sá e Melo e D. Francisca Joana de Mendonça, ascendentes dos Condes de Anadia, datado de 3 de abril. Apesar de ter sido alvo de profundas modificações, ainda apresenta partes antigas, como os pináculos da capela- mor, do início do século XVIII, e a porta principal da segunda metade do mesmo século. O retábulo, feito em madeira entalhada do Barroco inicial, possui colunas salomónicas onde sobressaem as parras. O crucifixo do altar-mor, em pedra, foi talvez originariamente uma cruz de caminho. Nesta capela podem visitar-se pequenos baixos-relevos repintados, postos na frente dos pedestais das colunas, julgamento de São Sebastião, Santa Bárbara, Santa Águeda, São Sebastião martirizado ao qual dois anjos atiram as setas; no remate outro, a degolação de uma santa. A escultura primitiva de São Sebastião, de calcário, remonta aos séculos XV-XVI. Figura n.º 56 – Capela de São Sebastião, Anadia.
  • 48. 48 Esta apresenta as imagens de Santa Catarina e da Virgem com o Menino, feitas em madeira, de finais do século XVII. De salientar, também, o crucifixo em pedra, do século XVII, o qual se julga ter sido cruz de caminho. Igreja Nossa Senhora da Conceição A Igreja Nossa Senhora da Conceição, datada de finais do século XIX, início do século XX, construído pelo Instituto Salesiano de Mogofores. No cimo da igreja encontra-se a estátua de Nossa Senhora Auxiliadora, com quatro metros de altura, ladeada por dois anjos, em pedra, com dois metros. A construção da torre foi planeada independentemente da igreja, a qual tem quarenta metros da altura, oito sinos, um relógio e quatro mostradores. Na fachada principal encontram-se também dois painéis de mosaico alusivos a S. João Bosco, apóstolo da juventude. Figura n.º 57 – Igreja Nossa Senhora da Conceição, Mogofores. Capela de Nossa Senhora da Piedade ou dos Pintos A Capela de Nossa Senhora da Piedade ou dos Pintos, situada também em Mogofores, foi construída para servir de sepultura ao fidalgo Cristóvão Pinto de Paiva. A capela encontra-se no flanco direito da Igreja Paroquial de Mogofores e data do terceiro quartel do século XVII. Está classificada como Imóvel de Interesse Público. Figura n.º 58 – Capela de Nossa Senhora da Piedade ou dos Pintos, Mogofores.
  • 49. 49 Capela de São Mamede A Capela de São Mamede localiza-se na antiga povoação de Famalicão, atualmente inserida na cidade de Anadia. É um edifício corrente, reconstruído no século XIX, mas a sua construção remonta, possivelmente, ao século XVII ou XVIII (encontram-se informações paroquiais de 1721). A porta da frontaria é de verga curva e sineira colocada à esquerda. No interior possui um retábulo, com quatro colunas salomónicas e que é datado dos fins do século XVII. São Mamede é feito de calcário e data de meados do século XV e o púlpito, de pedra de Ançã, do século XVIII. Capela de Nossa Senhora das Febres A capela de Nossa Senhora das Febres, localizada no cimo do Monte Crasto, a 93 metros de altitude, teve anteriormente a denominação de Senhora da Penha de França e a sua construção remonta ao século XVIII. Sofreu uma reconstrução que apagou os traços originais e todas as referências históricas, sendo apenas visíveis nas portas e cimalhas, o que permite identificar a sua construção nos séculos XVII e XVIII. O retábulo é de madeira simples, do terceiro quartel do século XVII, com pinturas hagiográficas secundárias. A Nossa Senhora das Febres, uma escultura pequena e sóbria da Virgem com o Menino feita de madeira, foi roubada. Figura n.º 59 – Capela de Nossa Senhora das Febres. Romaria anual ao Beco Já relatada num capítulo anterior, a Lenda de Moga sobre a origem do nome de Mogofores deu origem à peregrinação ao Beco. Uma romaria anual conta mais de quatro séculos e ainda hoje se realiza, no primeiro sábado de setembro, a Macinhata do Vouga, concelho de Águeda.
  • 50. 50 As fontes e o Lavadouro público de Anadia As fontes localizam-se perto do centro da cidade e ainda hoje este ponto é conhecido pelo nome de “As fontes”. Inicialmente a fonte não possuía bicas, pelo que a única forma de recolher a água era mergulhando o cântaro na própria nascente, chamando-se assim de fontes de chafurdo. Apesar das obras de restauro feitas posteriormente, a fonte mantém a traça desde as alterações levadas a cabo em 1905, aquando da construção do lavadouro público. O lavadouro público de Anadia é alimentado por uma fonte natural de água, a Fonte da Azenha, e foi em tempos o local de lavagem da roupa da população anadiense. A estrutura em ferro é um belo exemplar que pode ser contemplada por todos. Figura n.º 60 – As Fontes. Comissão Vitivinícola da Bairrada Associação interprofissional onde estão representados a Produção e o Comércio. Esta Comissão tem competências muito específicas, nomeadamente a de participar e promover a participação em feiras. Para além disso, cabe-lhe atribuir a Denominação de Origem Bairrada, vender os selos de garantia para os vinhos aprovados e apoiar a realização de ações de índole técnica e científica. Figura n.º 61 – Comissão Vitivinícola da Bairrada.
  • 51. 51 Caves Em tempos foram muitas as caves que laboravam no espaço da cidade, bem como no concelho. Porém, a crise económica não se aliou à tradição e muitas viram as suas portas encerrarem. Cave Central da Bairrada A Cave Central da Bairrada, localizadas no “coração da Bairrada”, em Anadia, é uma empresa fundada, em 1924, por José Ferreira Tavares. A sua principal atividade neste momento é a produção centrada na produção de vinhos espumantes, vinhos frisantes, licores, xaropes (groselha) e aguardentes, que substituíram o inicial fabrico de Vinhos Espumosos Gaseificados. O destaque da gama de espumantes vai para os “M&M Gold Edition” e “M&M Silver Edition”. Caves da Montanha As Caves da Montanha, fundadas a 4 de março de 1943, por Adriano Henriques, dedicam-se também à produção de vinhos. A sua produção, a partir de uvas provenientes de várias regiões de Portugal, centra-se nos espumantes, aguardentes e licores. Os seus longos túneis subterrâneos constituem uma das suas maiores atrações com uma capacidade para 3 milhões de garrafas, que mantêm uma amplitude térmica de 2º C. Figura n.º 62 – Caves da Montanha. Caves Monte Crasto Justino de Sampaio Alegre fundou em 1890 as Caves Monte Crasto. O relevo destas caves prendia-se com a produção de excelentes vinhos espumantes provenientes de castas selecionadas para esse efeito. Já sob a administração dos descendentes do fundador as caves foram ampliadas, tendo sido abertas novas galerias subterrâneas que permitiram um estágio dos espumantes. Figura n.º 63 – Caves Monte Crasto.
  • 52. 52 Atualmente estas caves encontram-se encerradas. Porém, este seria um espaço extraordinário para o turismo anadiense. Caves Valdarcos Foram outras importantes caves de Anadia, mas completamente desmanteladas e deitadas abaixo. Cave Neto Costa Fundadas em 1931 por Horácio Neto Costa, localizavam-se no coração da Bairrada. Estas encontram-se escavadas na encosta do Monte Crasto tendo sofrido ampliações ao longo dos anos. Porém, atualmente encontram-se encerradas. A cave natural escavada na citada encosta, reúne as condições ideais para a criação do Espumante Natural, permitindo que o estagio se processasse a uma temperatura constante de 12º a 14º C. A Cave Neto Costa produziu mais do que os espumantes naturais, como são disso exemplo, os vinhos tranquilos, aguardentes, licores, espirituosos e xaropes de reconhecida qualidade. Caves Arcos do Rei Figura n.º 64 – Caves Arcos do Rei. Estas caves, localizadas em Anadia, produzem bons vinhos, brancos e tintos, para além do tradicional espumante. Quinta do Ortigão A Quinta do Ortigão, embora com raízes mais antigas, pois pertence à família Alegre desde a primeira geração. Augusto Brandão Alegre, foi o primeiro homem a produzir espumantes em Portugal e decidiu-se pela produção do próprio vinho de quinta a partir de 2001. Assim, a família apetrechou com uma moderna e bem dimensionada adega para a produção vinícola que é feita integralmente com as uvas da quinta. A paisagem da Quinta do Ortigão proporciona, para além da evidente produção vinícola, um espaço turístico por excelência.
  • 53. 53 Cerâmica de Anadia Figura n.º 65 – Chaminé da Antiga Cerâmica. A antiga Cerâmica de Anadia pertencia à família de Adriano Henriques. Esta antiga cerâmica já não labora, mas seria um excelente espaço para potenciar a visita de turistas, pois, embora tenha sido demolida na sua quase totalidade, a chaminé, deixada intacta, poderia ter um aproveitamento turístico, mas infelizmente está deixada ao abandono. Praça da Juventude Figura n.º 66 – Praça da Juventude. A Praça da Juventude é um espaço dedicado ao lazer e à cultura. Inaugurado em 2012, rapidamente se tornou um centro atrativo, particularmente da população mais jovem, por ali se encontrar um café-restaurante, com a respetiva esplanada de apoio, Domus. Além disso, esta Praça possui instalações sanitárias adequadas, bem como mobiliário urbano, um quiosque interativo, um parque infantil, um parque de skate e um parque de estacionamento público subterrâneo com capacidade para 138 viaturas. Encontra-se também neste local a Loja do Cidadão.
  • 54. 54 Nesta Praça também decorrem alguns eventos dignos de destaque. Todavia, acerca de alguns destes eventos dar-se-á destaque noutro ponto deste trabalho. Figura n.º 67 – Chegada do Pai Natal. Pode, todavia, realçar-se a animação que decorre nesta Praça aquando da época Natalícia. Anadia enche-se de animação com a chegada e permanência do Pai Natal, dos duendes e de todo um conjunto de animadores, que nesta época povoam a cidade. Para além disso, o glaudio, particularmente dos mais jovens, centra-se na já tradicional pista de gelo, nos carrósseis e na Casa do Pai Natal. Figura n.º 68 – Praça da Juventude durante a época Natalícia. Esta animação estende-se às Praças Visconde Seabra e do Município, com, entre outros, um espaço de espetáculo, designado de Anatália, onde decorrem momentos culturais e artísticos, e a maior árvore de Natal construída com garrafas de espumante. Figura n.º 69 – Praça Visconde Seabra e Praça do Município, durante a época Natalícia.
  • 55. 55 Praça Visconde Seabra e Praça do Município Estas duas praças, pertencentes ao centro histórico da cidade de Anadia, em tempos foram separadas por uma rua, mas hoje são uma grande área aberta e contínua que, por tal, torna difícil estabelecer a sua separação. Figura n.º 70 – Praça do Município antes e atualmente. Na Praça do Município aparece em fundo a Câmara Municipal e na Praça Visconde Seabra localiza-se o Palácio da Justiça. Figura n.º 71 – Câmara Municipal. Esta Praça teve diversas designações, desde Praça da República a Largo Cândido dos Reis, até à atual Praça Visconde Seabra. Figura n.º 72 – Praça Visconde Seabra, antes e atualmente. As alterações levadas a cabo, pelos diferentes órgãos de gestão, imprimiram profundas transformações nestas duas Praças. Atualmente o enorme jardim público, que outrora foi um imenso espaço verde e colorido, é um local empedrado com alguns repuxos e com um relvado à sua volta.
  • 56. 56 Museus Museu Palacete José Luciano de Castro O Museu Palacete José Luciano de Castro, construído em 1860 e inaugurado como Museu a 8 de dezembro de 1998, localiza-se no antigo palacete Seabra de Castro. Este é um espaço museológico tutelado pela Santa Casa da Misericórdia de Anadia. O Museu está integrado no Palacete onde viveu José Luciano de Castro (1834-1914). Figura n.º 73 – Museu/Palacete José Luciano de Castro. É um espaço com uma biblioteca, pertencente a José Luciano de Castro e família, mas onde também podem ser apreciadas obras de pintura, mobiliário, cerâmica e vidro, para além de objetos de ourivesaria, torêutica, condecorações e numismática e de trajes (oficial e civil). O espaço detém um espólio considerável, desde livros a documentação em papel. Pode ainda ser visitada a coleção de macologia4. Figura n.º 74 – Museu/Palacete José Luciano de Castro. Este Palacete alberga a sede da Santa Casa da Misericórdia de Anadia, fundada em 1908, por um grupo de cidadãos, dos quais se destaca José Luciano de Castro, um dos mais influentes políticos portugueses das últimas décadas da Monarquia e que chefiou o governo da nação durante vários anos. 4 Macologia - ramo da zoologia que estuda os moluscos. Dentro desta aparece a conquiología, que estuda os moluscos com concha. Neste museu encontra-se patente uma exposição de uma coleção de conchas.
  • 57. 57 No espaço encontra-se também a pequena Capela da Santa Casa da Misericórdia de Anadia. Museu do Vinho Bairrada O Museu do Vinho Bairrada é um edifício contemporâneo inaugurado em 27 de setembro de 2003. Apresenta uma exposição permanente - Percursos do Vinho, cujo espólio é, maioritariamente datado do último quartel do século XIX e primeira metade do século XX. Além disso, podem ser vistas outras exposições, estas de cariz temporário de arte contemporânea. Figura n.º 75 – Museu do Vinho Bairrada. Estação Vitivinícola da Bairrada A Estação Vitivinícola da Bairrada, fundada a 30 de junho de 1887, teve inicialmente a denominação de Escola Prática de Viticultura e Pomologia da Bairrada. O objetivo que esteve na origem da sua fundação, prendeu-se com “Estabelecer e arranjar novas práticas de cultura da vinha e valorizar os seus produtos”. Este objetivo foi implementado pelo seu primeiro diretor, o Eng.º Agrónomo José Maria Tavares da Silva, durante os 11 anos que permaneceu em Anadia. Figura n.º 76 – Estação Vitivinícola da Bairrada. Este engenheiro agrónomo produziu nesta Estação, em 1890, o primeiro espumante natural na Bairrada. Atualmente, mantém o desenvolvimento de trabalhos de investigação e experimentação com o fim de melhorar os meios de produção.
  • 58. 58 Palácio dos Condes de Foz de Arouce A Quinta de Famalicão, ou Palácio dos Condes de Foz de Arouce localiza-se na localidade de Famalicão, atualmente inserida na cidade de Anadia. Este é de estilo neogótico, com numerosas portas e janelas em arco quebrado. A construção desta pelos Condes de Foz de Arouce, Maria Joana de Bourbom de Melo Giraldes Caldeira Pereira de Figueiredo e seu marido Francisco Augusto Mesquita de Paiva Pinto, data de 1860. Figura n.º 77 – Quinta de Famalicão, ou Palácio dos Condes de Foz de Arouce. A casa principal, de grandes dimensões, retrata um estilo típico do século XIX português. As salas são de grandes dimensões e com um significativo pé alto. Posteriormente foi construída a capela anexa à casa. Esta capela, detentora de uma vistosa torre sineira e com azulejos setecentistas provenientes do palácio do Pátio do Giraldes, foi acometida por um incêndio ocorrido em 1999, o qual destruiu a capela-mor. Este edifício apresenta um enorme interesse histórico e arquitetónico para o concelho sendo, por isso, considerado um monumento de interesse municipal. Casa de Mogofores Figura n.º 78 – Casa de Mogofores.
  • 59. 59 Esta construção do século XIX, ficou intimamente ligada à história política do mesmo período. Apesar de funcionar como habitação própria, atualmente da família Campolargo, pretende proporcionar ao turista que nela se queira hospedar, uma confortável estada, para além de permitir que usufrua de um contacto com a própria história de Portugal e a particular fase de transição do período monárquico para a república. A casa dispõe de piscina coberta aquecida, banho turco e ginásio. Os proprietários são produtores dos vinhos Campolargo, prolongando, deste modo, a tradição e permitindo, a quem ali se hospede, provar o néctar produzido. Um passeio pelos seus amplos e frondosos jardins permite, também, a visita às antigas ruínas do século XVII que neles se encontram. Figura n.º 79 – Ruínas do século XVII, nos jardins da Casa de Mogofores. Cruzeiro de Mogofores Figura n.º 80 – Cruzeiro de Mogofores. O Cruzeiro de Mogofores é um símbolo desta aldeia e é um dos muitos que se podem encontrar no concelho de Anadia.
  • 60. 60 Parque de Merendas de Mogofores Figura n.º 81 – Parque de Merendas de Mogofores. O Parque de Merendas de Mogofores é um lugar muito aprazível para o convívio desde os mais novos aos mais maduros. A existência de mesas permite degustar de uma tradicional merenda. O parque infantil proporciona um lugar de permanência dos mais novos. Biblioteca Municipal de Anadia A Biblioteca Municipal de Anadia, inaugurada a 8 de julho de 2008, tem uma arquitetura contemporânea e os diferentes espaços apresentam uma luminosidade natural. Figura n.º 82 – Biblioteca Municipal de Anadia. Integrada na Rede Nacional de Bibliotecas, permite o intercâmbio com as bibliotecas de outros municípios, com as escolas e as bibliotecas das freguesias do concelho. Este espaço afirma-se como um espaço cultural, de leitura e de estudo para os alunos do concelho. Figura n.º 83 – Sala de Leitura ao Ar Livre. É um espaço que, para além do permitir o acesso à Internet quer para os locais, quer para os visitantes, possui uma ampla sala de exposição e um auditório para a realização de conferencias,
  • 61. 61 seminários ou outros eventos, um espaço amplo exterior para a leitura, pesquisa e estudo, a Sala de Leitura ao Ar Livre. O Parque das Estórias integra um parque infantil e na sua encosta um edifício miradouro, com ampla visão para a paisagem do centro urbano de Anadia. Figura n.º 84 – Parque das Estórias, Biblioteca Municipal de Anadia. Outros monumentos de interesse Figura n.º 85 – Monumento e busto Prof. Dr. Rodrigues Lapa. Localizado junto ao Cemitério Novo, é um monumento digno de ser apreciado. Figura n.º 86 – Busto do Visconde Seabra. Figura n.º 87 – Monumento a José Luciano de Castro.
  • 62. 62 Figura n.º 88 – Monumento aos Mortos da Grande Guerra. Figura n.º 89 – Nora. Lembra tempos idos, a nora que foi construída ainda numa Anadia rural e que se encontra na Rua dos Olivais. Figura n.º 90 – Casa do Pintor Fausto Sampaio. Situada no centro da cidade de Anadia, na Avenida José Luciano de Castro, a Casa onde viveu o Pintor Fausto Sampaio está classificada como Património de Valor Concelhio. Figura n.º 91 – Vila Alegre.
  • 63. 63 Esta casa, que anteriormente pertenceu à família Alegre, foi vendida já há alguns anos e há quem afiance que irá ser transformada num hotel. Figura n.º 92 – Paço da Graciosa. Localizado na antiga povoação de Alféloas e atualmente inserida na cidade de Anadia, o Paço da Graciosa, está classificado como Imóvel de Interesse Público. Este, construído no último terço do século XVIII, por José de Melo Sampaio Pereira de Figueiredo, é um palacete que faz parte da Rota da Bairrada. Cerca de 1896, finais do século XIX, procedeu-se à edificação de uma estrutura, em estilo neomanuelino, suportada por colunas do século XVII, provenientes das demolições da cidade de Coimbra, as quais ostentam alguns capiteis oriundos da Igreja de S. Cristóvão. Figura n.º 93 – Casa antiga. Outro dos antigos palacetes que fazem parte do património arquitetónico da cidade de Anadia situa-se na Rua dos Olivais. Figura n.º 94 – Casa do visconde de Seabra, Mogofores.
  • 64. 64 Figura n.º 95 – Anfiteatro ao ar livre. Este anfiteatro foi criado, mas, infelizmente a sua utilização, para além dos alunos fazerem uso deste, quando as duas antigas escolas ainda ali permaneciam ativas, não teve, infelizmente, qualquer outra utilidade. É pena que se tenha despendido tantos recursos e ele esteja votado ao abandono. Preze, ainda, o facto de ali ter sido colocado um monumento bem interessante e dedicado a antigos alunos da escola. Figura n.º 96 – Monumento aos antigos estudantes. Junto a uma das rotundas da Avenida das Laranjeiras encontra-se um magnífico monumento a “Anadia, Capital do Espumante”. Figura n.º 97 – Monumento a “Anadia, Capital do Espumante”. Pena que o valor que lhe é atribuído, ou o desconhecimento de muitos, não leve até ele um maior número de visitantes. Para além de este se encontrar num jardim deveras agradável para o visitante desfrutar.
  • 65. 65 Antiga prisão Não poderíamos deixar de fazer referência a um monumento erigido em 1906 e projetado por Adães Bermudes. Este edifício, localizado junto aos Paços do Concelho, foi demolido em 1968 de forma a permitir um novo acesso ao mercado municipal, construído nos anos 60 do século XX, também ele, entretanto demolido. Figura n.º 98 – Vista da antiga Prisão a partir do local de construção do Mercado Municipal. Este belo edifício albergava a Câmara Municipal, o tribunal e a cadeia. Este edifício seria hoje um excelente lugar para visitas. Porém, tal tornou-se impossível com a sua demolição. Figura n.º 99 – Antiga Prisão. Feiras Feira da Vinha e do Vinho Esta feira começou em 2004. Realizada no mês de junho, esta mostra tudo o que Anadia tem para oferecer, não só o seu vinho como também o artesanato, gastronomia, standes de várias lojas e boa música. Dá a conhecer especialidades gastronómicas locais, artesanato e, claro, os conhecidos
  • 66. 66 vinhos e espumantes da região, aliando estes aspetos a atuações de artistas de renome nacional e até internacional. Figura n.º 100 – Feira da Vinha e do Vinho. Feira do Ambiente Realiza-se em junho, na Praça Visconde Seabra. As refeições e os vinhos biológicos, assim como o encontro de veículos elétricos são os grandes atrativos do evento. Figura n.º 101 – Feira do Ambiente Feira de Artesanato e Velharias É normalmente realizada na praça da juventude e fica repleta de artesãos e de vendedores que dão a conhecer o trabalho desenvolvido por quem, na região, se dedica ao artesanato ou reúne antiguidades, contribuindo para a dinamização da compra e venda deste tipo de peças, bem como de artigos de colecionismo. Os visitantes poderão encontrar produtos representativos de artes e ofícios tradicionais e contemporâneos, bem como uma enorme variedade de velharias das mais distintas épocas e contextos.
  • 67. 67 Feira Medieval Numa viajem ao passado, esta feira recria os costumes e o espírito de Anadia medieval. Para além disso, como não podia deixar de ser, homenageia-se o vinho e o artesanato. Figura n.º 102 – Feira Medieval. Feira do Desporto, Saúde & Bem-Estar Pretende aliar as boas práticas à saúde e ao lazer / entretenimento. A Câmara Municipal de Anadia contribui, desta forma, para a promoção da saúde e a melhoria da qualidade de vida da população. Anadia Wine Run A aposta do Município de Anadia na “Anadia Wine Run” pode tornar-se um evento promotor do turismo, pois esta corrida de atletismo feita na natureza, em terreno misto, percorre algumas das principais quintas e vinhas do concelho de Anadia. Ora, este é o tipo de turismo que agrada sempre a quem pretende conhecer de um modo diferente a região e entrar em contacto com a natureza. Figura n.º 103 – Anadia Wine Run.
  • 68. 68 Concertos de Primavera Realizados, geralmente no Cineteatro Anadia os "Concertos de Primavera", interpretados por grandes nomes da música portuguesa, apostam no formato intimista. Estes concertos são acústicos e possibilitam a interação entre o artista e o público, num ambiente descontraído. Os espetáculos contam com a presença de músicos convidados, o que sublinha o caráter intimista de cada concerto, contribuindo também para lhes conferir maior exclusividade. Sextas na Praça O projeto “Às Sextas na Praça” aposta na animação cultural ao ar livre. É um evento promovido pela Câmara Municipal de Anadia com boa participação popular. Figura n.º 104 – Sextas na Praça. Quintas no Museu Organizado também pelo Município de Anadia, o projeto “Quintas no Museu” leva ao espaço museológico municipal, o Museu do Vinho Bairrada, concertos de cantores que se “auto acompanham nas suas interpretações”, ou seja, que se apresentam sozinhos, em palco, revelando “o seu lado mais intimista”. Festival Anadia Jovem Este festival assinala o fim das férias de verão e o regresso às aulas. O palco do recinto da Feira da Vinha e do Vinho recebe os jovens (e não só, pois todo o público é ali bem-vindo) num contexto lúdico, cultural e de convívio. Este evento integra-se no programa “Sentir Anadia”.
  • 69. 69 Figura n.º 105 – Festival Anadia Jovem. Dos 8 aos 80, tudo se movimenta Mais uma atividade promovida pela CMA. Esta caminhada tem sempre início com uma aula de ginástica de aquecimento, a que se alia, frequentemente o Zumba e acaba exatamente com uma aula de ginástica para descontrair. Esta atividade desenrola-se em duas fases. Numa primeira, durante os primeiros meses de verão, aos domingos entre as 10 horas e o meio-dia. Sendo o último dia deste evento destinado à realização de um peddy-paper. A segunda fase decorre no final do verão e realiza-se às 6.ª feiras, pelas 21 horas. A partida faz-se normalmente a partir da Praça Visconde Seabra, ou da Praça da Juventude. Figura n.º 106 – Dos 8 aos 80, tudo se movimenta.
  • 70. 70 Colorir Anadia Os alunos do concelho participam anualmente nesta corrida, que traz cor e alegria à cidade. Inicia-se na Praça da Juventude e percorre as ruas da cidade até ao Vale Santo, onde termina com o lançamento de muita cor por cima de todos quantos ali se deslocam. Figura n.º 107 – Colorir Anadia, Vale Santo. Poesia nas Ruas de Anadia Figura n.º 108 – Poesia nas Ruas de Anadia, 2018. Os alunos do concelho participam, anualmente, neste evento com poesia e cor. A poesia que transportam é escrita pelos alunos das escolas e a largada de balões, no final, tem como fim levar a poesia a todo o concelho. Para além dos belos poemas, os alunos presenteiam o público com extraordinários momentos culturais e embelezam as ruas com os seus trabalhos.
  • 71. 71 Uma sugestão Esta iniciativa poderia fazer parte de um plano para atrair os turistas ao concelho. A Câmara poderia promover, num dos meses de Verão, com a colaboração da população local, um evento que passaria exatamente pelo enfeitar de bicicletas, que estariam patentes ao público durante esse mês. Seria um espetáculo único e, porventura, digno de ser visitado e apreciado pelos turistas, nacionais e, quiçá, estrangeiros. Fica lançado o desafio! Figura n.º 109 – Poesia nas Ruas de Anadia, 2018.
  • 72. 72 Freguesia de Avelãs de Caminho Nesta freguesia podemos destacar o turismo de desporto ou de natureza devido ao local apresentar bons espaços para a sua prática. Destaca-se o circuito de manutenção, onde também se pode fazer percursos pedestres, bem como alguns pavilhões desportivos. Também apresenta alguns eventos dignos da presença dos turistas, como acontece com a tradicional Festa em honra de Nossa S.ª da Saúde. O turismo cultural e religioso poderão ser uma aposta desta freguesia, devido ao património que esta detém. Vinícola Castelar Estas caves, localizadas na entrada sul da freguesia têm um protocolo inovador com a Associação Aldeia (ação, liberdade, desenvolvimento, educação, investigação, ambiente). O objetivo desta Associação é a defesa e conservação da Natureza e da Biodiversidade, bem como a educação ambiental e promoção do património natural. Um dos projetos prende-se com o apoio à gestão do Centro de Ecologia, Recuperação, Vigilância de Animais Selvagens (CERVAS), em Gouveia. A Vinícola Castelar ao associar-se à promoção das ações do CERVAS e pretende contribuir para a conservação e divulgação da importância da fauna selvagem autóctone. A Vinícola Castelar alia-se, também, à cultura através, por exemplo, da associação a eventos ligados à escrita, através do patrocínio, ou da concessão de rótulos personalizados, para o vinho. Este tem sido servido em encontros de escritores e em lançamentos de livros. Património histórico religioso Assim, destaca-se a nível cultural e religioso a: - Igreja Matriz - Capela de Nossa Senhora dos Remédios - Capela de Nossa Senhora do Livramento - Capela de S. Pedro - Capela do Espírito Santo - Capela dos Banhos - Capela da Azenha - Capela da Pedreira - Capela de Torres
  • 73. 73 - Capela de Levira - Capela da Bemposta - Capela da Quinta do Perdigão - Capela de Chipar de Cima - Capela de Chipar de Baixo - Capela das Vendas de Samel - Capela de Samel - Capela de Poutena Igreja Matriz de Avelãs de Caminho A Igreja de Avelãs de Caminho data do primeiro decénio do século XVIII, recebeu obras de beneficiação no final deste mesmo século. Porém, manteve a traça que ainda hoje se apresenta, fruto dessas mesmas alterações setecentistas. À esquerda da fachada ergue-se a torre e, nesse mesmo lado, aparecem os anexos correntes. 0 arco-cruzeiro data da citada reforma. O coro alto assente em três arcos sobre pilares também é setecentista. A pia batismal é feita de calcário e é pertença dos século XVI-XVII. A porta principal apresenta elementos de duas épocas. Assim, do final do século XVIII, salienta- se o vão de verga curva. Da primeira década do século XVIII corresponde a parte que se Ihe sobrepõe, com entablamento direito, pequeno remate formado de nicho ladeado de pilastras e acompanhado de aletas, com frontão interrompido, onde se encontra uma escultura de pedra gótica dos século XV-XVI, de St. António. A torre sofreu obras de restauro no século XIX. O retábulo principal, composto de camarim e duas colunas, é feito de madeira, e data de finais do século XVIII. Figura n.º 110 – Igreja de Vilarinho do Bairro.
  • 74. 74 Festas populares e religiosas Salienta-se, enquanto possíveis promotoras do turismo desta freguesia, e na própria vila de Avelãs de Caminho, a Festa em honra de Nossa S.ª Saúde que se realiza a 15 de agosto, em maio, realizam-se os festejos em Honra do Senhor dos Aflitos. Cruzeiro Este cruzeiro está considerado como Património e localiza-se num largo patente na entrada Sul da povoação. Figura n.º 111 – Cruzeiro de Avelãs de Caminho. Foi construído nos meados do século XX e é o limite a sul das muitas procissões que se realizam nesta freguesia. Chafariz Apesar de já não servir a povoação, como em tempos idos, o chafariz é um monumento que relembra a vida quotidiana de outrora. Digno de visita, pois continua a ser um ponto de referência de Avelãs de Caminho. Figura n.º 112 – Chafariz.
  • 75. 75 Largo de Nossa Senhora dos Caminhos Figura n.º 113 – Largo de Nossa Senhora dos Caminhos. Neste largo existiu, entre 1874 e 1924, um cemitério. Posteriormente a esta data foi construído um jardim. De modo a lembrar os mortos ali sepultados e como forma de espiar os pecados pelo local profanado, foi ali construído um pequeno nicho no qual se encontra a imagem de Nossa Senhora dos Caminhos. Figura n.º 114 – Nicho. A população de Avelãs selecionou a imagem desta Santa com o intuito de mostrar o significado, “o caminho” representado pelo próprio nome desta terra. Deste modo, o povo pedia à Santa proteção para todos os que por ali passavam, fossem peregrinos, ou outros. Jardim Saint-Même-les-Carrières Jardim que tem instalado um marco que consolidou a geminação de Avelãs de Caminho com Saint-Même-les-Carrières, uma comuna francesa na região administrativa da Nova Aquitânia, no departamento de Charente. Esta geminação prendeu-se com o facto de ali terem estado emigrados muitos cidadãos de Avelãs. Figura n.º 115 – Jardim de Saint-Même-les-Carrières.
  • 76. 76 Parques Parque de Merendas do Porto Antão Figura n.º 116 – Parque de Merendas do Porto Antão. A sombra das frondosas árvores, os sanitários, as mesas, a churrasqueira e a sua localizado privilegiada, junto ao IC2, na entrada sul da freguesia e na margem direita do Rio Cértima, potencia a visita por parte dos que por ali passam, seja para descansarem ou para o tradicional piquenique. Parque Claudino Pinto (Choupal) Figura n.º 117 – Parque. Ladeado pelo Rio da Serra da Cabria encontra-se o Parque vulgarmente chamado de Parque do Choupal. Os frondosos choupos, mandados plantar por volta do ano de 1938, projetam a sua sombra pelo parque. Figura n.º 118 – Rio de Cambria.
  • 77. 77 Neste existe um espelho de água permanente. Para além disso, pode ver-se a vala que continua a desviar a água para o lavadouro existente e que antes também servia para mover as mós do Moinho da Rua. Figura n.º 119 – Coreto. Pode também ser visível o coreto, palco de alguns espetáculos locais. Árvores Figura n.º 120 – Plátano. No largo frontal à Igreja Matriz de Avelãs existem duas árvores, freixo e tília, as quais substituíram duas árvores centenárias, a faia híbrida e o freixo. Ao longo de um e de outro lado da estrada principal permanecem os plátanos. Figura n.º 121 – Faia Híbrida e o Freixo.
  • 78. 78 Rota das Avelãs Figura n.º 122 – Rota das Avelãs. É um percurso pedestre que liga as duas freguesias: Avelãs de Caminho e Avelãs de Cima. Figura n.º 123 – Rota das Avelãs.
  • 79. 79 Freguesia de Avelãs de Cima Enquanto possíveis promotoras do turismo desta freguesia, salienta-se algumas festas populares. Assim, temos a festa em honra de Nossa Senhora das Boas Novas, no 2.º Domingo de Janeiro, na Póvoa do Gago. Em Ferreirinhos realizam-se as festas da Cadeira de S. Pedro, a 18 de janeiro e a 5.ª Feira da Ascenção, 40 dias após a Páscoa. Na Candieira, a 13 de maio, as festas de Nossa Senhora de Fátima, S. Pedro, no 1.º domingo de julho. Em Avelãs de Cima, S. Barnabé, no 3.º domingo de julho. Em Canelas, Santa Eufémia, no 4.º domingo de julho. Na Figueira, no 1 º domingo de agosto, nas Neves do Pinheiro, a Festa da Senhora das Neves, Nossa Senhora do Livramento, no penúltimo domingo de agosto, na Cerca, S. Bartolomeu, no Pardieiro, último domingo de agosto. No Pereiro realiza-se no último domingo de setembro a festa de Nossa Senhora dos Remédios. O S. Simão em Boialvo realiza-se no 2.º domingo de setembro e a festa de S. Miguel, no terceiro domingo de setembro. Como pontos de interesse desta freguesia temos, entre outros, a Charca, o lavadouro, o parque e as fontes. De visita obrigatória são as fontes do Brejo, Moleiro, Rego da Neta, do Ribeiro, da Figueira, Largo do Cruzeiro, Férrea, S. Pedro, Serrado, Rossio e o Cruzeiro. Os lavadouros de Boialvo, Mata, Avelãs de Cima, Ferreirinhos e Canelas também são relíquias históricas dignas de apreciação. Para além disso, também são pontos de interesse os cruzeiros das Neves Pinheiro e o de Templete, em S. Pedro. Cruzeiro de Templete (S. Pedro) Este Cruzeiro, datado de 1680, é composto por cinco colunas dóricas, uma na parte central e quatro nas suas partes laterais. Estas quatro colunas suportam o entablamento direito sobre o qual assenta a cúpula, reforçado por dois arcos cruzados. Estas quatro colunas dóricas são lisas e assentam sobre quatro pedestais pançados. Figura n.º 124 – Cruzeiro de Templete, em S. Pedro.
  • 80. 80 Ao centro existe a outra coluna dórica, encimada por um Cristo Crucificado, que já não é o da segunda metade do século XVIII, a que se ascende percorrendo apenas três degraus. Quando da mudança de local, a imagem partiu-se, sendo substituída por outra. A primitiva, por possui um grande valor arquitetónico, foi dali retirada e encontra-se guardada na sacristia. Fontes Fonte Férrea As águas da Fonte Férrea têm propriedades idênticas às das termas de Vale da Mó. A sua água é rica em ferro e, dadas as suas características, é indicada para o combate de algumas doenças. Também é própria para o consumo. Todavia, tem de ser bebida com moderação. Figura n.º 125 – Fonte Férrea. Fonte do Serrado A fonte do Serrado, sofreu obras de reconstrução levadas a cabo pela população de Ferreirinhos e pela Junta de Freguesia, em 2004. As suas águas, à semelhança da Fonte Férrea, possuem características férreas. São águas de grande qualidade para consumo. Figura n.º 126 – Fonte do Serrado. Fonte do Largo do Cruzeiro Esta fonte era o local onde a população de Boialvo em tempos se ia abastecer. Esta possui um poço e a água era dele retirada a partir da nora que ali se encontra.
  • 81. 81 Figura n.º 127 – Fonte do Largo do Cruzeiro. Outras fontes Para além das anteriormente mencionadas, as fontes do Rego da Neta, de S. Pedro, do Moleiro, do Rossio, do Ribeiro, do Brejo e da Figueira, que são, também, um ótimo local de visita. Figura n.º 128 – Fontes de S. Pedro, do Rossio e Fonte da Figueira. Parques Os Parque existentes na freguesia de Avelãs de Cima são de visita obrigatória, como o Parque de S. Pedro e o da Fonte do Moleiro. Figura n.º 129 – Parque S. Pedro. Figura n.º 130 – Parque da Fonte do Moleiro.
  • 82. 82 Salientam-se, ainda, os parques do Brejo, de S. Pedro e a Charca do Moinho do Pisco e o Circuito de Manutenção de Avelãs de Cima, todos eles ótimos locais a visitar. Figura n.º 131 – Parque do Brejo e Circuito de Manutenção de Avelãs de Cima. Património histórico religioso São inúmeros os monumentos religiosos, como capelas e Património histórico-religioso que se podem visitar nesta freguesia, nomeadamente: - Igreja de Avelãs de Cima Figura n.º 132 – Igreja Matriz. - Capela de Nossa Senhora das Neves; - Capela da Nossa Senhora das Boas Novas; - Capela de São Barnabé; - Capela de São Bartolomeu; - Capela de São Lourenço; - Capela de São Simão; - Capela de Nossa Senhora do Livramento; Figura n.º 133 – Capela de Avelãs de Cima. - Capela de Avelãs de Cima, dedicada a S. Pedro. - Capela da Mata de Cima;
  • 83. 83 - Capela de Ferreirinhos; - Capela da Figueira de Boialvo; - Capela de S. Pedro, em Avelãs de Cima; - Capela do Pereiro. Figura n.º 134 – Capela de Nossa Senhora do Livramento.
  • 84. 84 O turismo na freguesia de Moita Nesta freguesia poderão ser potenciados diversos tipos de turismo, como são o balnear, o ecoturismo, aventura ou o desportivo, devido às barragens que existem nesta região. Barragens As Barragens, da Gralheira e a do Saidinho, são bons exemplos para a prática destes tipos de turismo. Barragem da Gralheira Figura n.º 135 – Barragem da Gralheira. Este é um espaço ótimo para a prática de turismo de aventura, pois se fosse potenciado poderia levar à pratica da canoagem, rapel, caminhadas, ciclismo, jogos tradicionais, entre outros. Esta possui diversos equipamentos como são um forno e churrasqueiras, os quais servem o parque de merenda, devidamente equipado, com pequenos, mas agradáveis telheiros que protegem as mesas e os bancos de piquenique. Este local é ainda servido por um excelente parque infantil e equipamentos de manutenção. Barragem do Saidinho A Barragem do Saidinho é um ponto de água e de lazer, muito apreciado pelos visitantes.
  • 85. 85 Figura n.º 136 – Barragem do Saidinho. Feira da Moita O turismo cultural também pode ser potenciado através do incremento e maior divulgação de um evento mensal, como é a Feira da Moita, realizada todos os dias 25, e que pode fomentar a economia da região. Caves do Solar de S. Domingos Relativamente ao enoturismo, as Caves do Solar de S. Domingos, em Ferreiros, disponibilizam uma visita histórica, que é bastante apreciada pelo turista. 3 Figura n.º 137 – Caves do Solar de S. Domingos. Râguebi O râguebi, enquanto prática desportiva de relevo nacional pode fomentar o turismo desportivo e trazer a esta região muitos turistas. Salienta-se o monumento, erigido numa das rotundas, de enaltecimento a este desporto.
  • 86. 86 Figura n.º 138 – Monumento o râguebi. Salientamos a imprescindível visita à Aldeia Histórica de Ferreiros. Monumento ao Poeta Cavador Destacamos o monumento ao Poeta Cavador (Manuel Alves), as casas senhoriais, como a Casa de Carvalhais, o cruzeiro da Póvoa do Pereiro e as fontes, ou as Património histórico religioso. Figura n.º 139 – Monumento ao Poeta Cavador. Casa de Carvalhais Figura n.º 140 – Casa de Carvalhais. Esta casa, construída junto ao rio de Carvalhais, localiza-se, como o próprio nome indica, em Carvalhais, Moita. Possui uma notável fachada, datada da primeira metade do século XVIII, ainda em linhas clássicas e um brasão na sua frente.
  • 87. 87 Termas do Vale do Mó As famosas termas do Vale da Mó, situadas no Vale da Mó, que lhe conferem o nome, localizam- se entre o Buçaco e o Caramulo. As suas águas férreas apresentam inumeráveis vantagens terapêuticas. Os seus efeitos antisstress, antialérgico, cardio-protetor e remineralizante, exercem um forte poder de atração turística. A água deste local nasce bacteriologicamente pura, sem cheiro e de sabor ligeiramente férreo. É uma água hipotermal, mineralizada. Estas termas são possuidoras de uma paisagem impar, com as suas frondosas e seculares árvores, riachos e uma vegetação própria e que atrai o visitante a relaxantes passeios ou caminhadas longe do stress dos espaços urbanos. Património histórico-religioso Igreja Paroquial da Moita Figura n.º 141 – Igreja Paroquial da Moita. Nesta igreja paroquial existe uma lápide do século XII, que invoca a Santíssima Trindade. Ruínas do Convento das Ursulinas e Capela Nossa Senhora da Piedade Figura n.º 142 – Ruínas. A notoriedade do Vale da Mó também se prende com um convento de religiosas da Ordem de Santa Úrsula construído no início do século XVIII. Deste destaca-se a Capela Nossa Senhora da Piedade e algumas ruínas do convento. Aconselhadas pelos padres jesuítas, um grupo de senhoras devotas mandou construir o convento. A
  • 88. 88 capela contém imagens do início do século XVIII, as quais foram moldadas e pintadas pelos barristas de Aveiro. Em 1834, a extinção das ordens religiosas, levou as freiras para o convento de Santa Ana, em Coimbra. Moinhos Moinho de vento emVale da Mó Figura n.º 143 – Moinho de vento em Vale da Mó. Este moinho apresenta um teto móvel com o fim de encontrar a posição favorável aos ventos dominantes. O seu mastro girava sobre uma pequena calha superior, por meio de uma haste de madeira que desce obliquamente, da parte de fora, até quase ao solo, quando se pretendia orientá-lo para o vento dominante. O mastro apresenta-se cada vez mais delgado até à extremidade, onde se encontram inseridas as varas e as respetivas as velas seguras por cordas e arames, alterando com tiras de madeira relativamente finas. Moinho particular Localizado na antiga povoação de Póvoa do Pereiro, inserida na atual cidade de Anadia, a Quinta do Pousio possui uma réplica de um moinho de vento. O seu interior é um minibar familiar muito acolhedor. Figura n.º 144 – Moinho de vento
  • 89. 89 Cruzeiros Cruzeiro da Moita Este cruzeiro foi construído em 1628 e localiza-se no adro da igreja da Moita, tipo de templete. Apresenta plano quadrado e quatro colunas dóricas e lisas, assentes em parapeito plano e cobertura de abóbada de tijolo, reforçado por duas nervuras. Ao longo dos tempos sofreu obras de beneficiação e alteração. Cruzeiro da Póvoa do Pereiro O cruzeiro da Póvoa do Pereiro, localidade que atualmente integra a cidade de Anadia, é de tipo popular. O seu pilar assenta em soco de alçado trapezoidal e sustenta um Crucifixo da mesma categoria. Figura n.º 145 – Cruzeiro da Póvoa do Pereiro.