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Língua Portuguesa
              8º ano – 1º período
Professora: Rosalina Simão Nunes
 Quando    nos foi proposto este
 trabalho,     muitas   ideias   e
 diferentes notícias começaram
 a     surgir.  O     tema     que
 escolhemos foi um assassinato.
 O caso de Joana Cipriano fala-
 nos do desaparecimento de
 uma menina de oito anos, que
 mais tarde foi descoberto ser um
 homicídio, embora o seu corpo
 nunca tenha sido encontrado.
Caso Joana: Leonor Cipriano
admite tese da venda
Condenada a 16 anos de prisão pelo homicídio da
filha, Leonor Cipriano reconhece ter participado num
esquema para vender Joana a um casal sem filhos,
que a levaria para o estrangeiro. Mas o negócio
correu mal.
Segundo uma declaração de oito páginas hoje
apresentada à comunicação social pelo seu
advogado Marcos Aragão Correia, Leonor Cipriano
admite ter sido cúmplice do irmão, João Cipriano,
num esquema que pretendia realizar dinheiro em
troca da venda da criança, entregando-a a um
casal sem filhos.
Leonor Cipriano refere ainda que segundo as
informações do irmão - também ele condenado
pelo homicídio e ocultação de cadáver da criança -
Joana seria levada para o estrangeiro, a troco de
dinheiro, e que ambos teriam de inventar uma
história para o seu desaparecimento, uma vez que a
lei não lhes permitia entregá-la para adopção ao
casal.
Leonor Cipriano durante o
                        julgamento que a condenou a
                        16 anos de prisão
                        José Ventura




Segundo a nova versão de Leonor, a 12 de Outubro
João terá agarrado num saco de plástico com
roupas, depois de ter combinado entregar
Joana, mas terá regressado uma hora e meia mais
tarde, sem o dinheiro e com sangue nas calças. João
terá então confessado que o casal não tinha o
dinheiro e que Joana se apercebera de tudo e
ameaçara contar, pelo que acabou por espancá-
la, provocando-lhe a morte. O corpo teria sido
enterrado Lá para cima nos montes da Figueira.
A declaração terá sido obtida quinta-feira à
tarde, no Estabelecimento Prisional de
Odemira, aquando da visita a Leonor por parte do
advogado, que agora quer que o Ministério Público
abra um inquérito para efectuar novas buscas na
Figueira e para identificar o casal que queria
'adoptar' Joana.
Mas, na prática, para abrir um novo inquérito de
pouco ou nada servirão estas declarações, uma vez
que tanto Leonor como João Cipriano já foram
condenados por homicídio e a sentença transitou
em julgado.
Leonor, aliás, já tinha culpado o irmão pela morte da
filha aquando dos interrogatórios da Polícia, que não
foram tidos em conta uma vez que ambos se
remeteram ao silêncio em tribunal. Mas se é pouco
provável que o Ministério Público reabra o 'caso
Joana', certo é que as declarações de Leonor
poderão ter impacto no desfecho do Tribunal de Júri
que está a julgar as alegadas agressões à mãe por
parte de elementos da Polícia Judiciária, isto apesar
de na mesma carta Leonor reafirmar que foi espancada
pela PJ.


Fonte:JN
Doze de Setembro de 2004. Joana Isabel Cipriano
  Guerreiro, oito anos de idade, caminha pela rua
  principal da pequena aldeia da Figueira, em dia
  de Festival do Berbigão. São oito e vinte da noite.
  Entra na Pastelaria Célia, dirige-se ao balcão e
  pede um pacote de leite e duas latas de conserva
  de atum. Tira do bolso quinze euros, recebe o
  troco, pega no saco das compras e regressa a
  casa.
  O sol já se escondeu, mas ainda há luz suficiente
  para alumiar o caminho. Joana regressa ao
  calvário, com o sorriso da tristeza no rosto. O
  único que conheceu.
  É vista pela última vez junto à Igreja, a meio
  caminho do destino. A casa do Senhor estava
  fechada. São oito e meia. Falta pouco para a
  morte a vir buscar, da forma mais cruel: sem dó
  nem piedade.
Joana cumprira, tão-só, um ritual. Desde
  pequerrucha se habituara a ir às
  compras. Era ela, aliás, que se ocupava
  da lida da casa. Estendia a roupa,
  limpava o pó, cuidava dos dois irmãos
  mais novos e ainda fazia os recados: "O
  meu marido encontrou-a uma vez na
  rua, à meia-noite. Tinha ido comprar
  tabaco para a mãe", recorda uma
  vizinha, já idosa, que a viu nascer e
  crescer.
  "Às vezes, pedia dinheiro. Uma tarde,
  pediu cinco euros para 'ir comprar papa
  para o bebé'. A senhora a quem se
  dirigiu disse que lhe dava alguma
  comida para levar para casa, mas
  Joana disse-lhe que só queria dinheiro",
  conta a habitante de Figueira. A família
  chegou a receber a visita de uma
  assistente social, que tinha como
  objectivo averiguar se havia
  necessidade de apoio, mas esta nunca
  mais voltou.
A FAMÍLIA DE JOANA chegara à
Figueira há cerca de um ano, vinda da
aldeia da Companheira, arredores de
Portimão. A passagem pela
Companheira foi breve, apenas alguns
meses, mas todos se recordam da
pequena, que ali viveu na companhia da
mãe, do padrasto e dois irmãos, na casa
do companheiro da avó.
"Era uma menina bem-comportada,
simpática, mas um bocado triste", são
referências que se ouvem. Almerinda
Domingas, tia-avó de Joana, ainda se
lembra do dia em que lhe deu um
hamster para 'guardar', um mês antes do
final fatídico:
"Pediu-me para cuidar dele. O padrasto
não o queria em casa. Disse-lhe que
sim. Ela era uma miúda muito esperta,
muito difícil de enganar".

Fonte: Correio da Manhã
«Não me posso sentir culpada pela morte da Joana»

«Não me posso sentir culpada pela morte da Joana porque não a
  matei. Uma pessoa não pode sentir-se culpada por uma coisa
  que não fez nem nunca tentou fazer. Não a matei nem nunca
  lhe bati», afirma Leonor Cipriano ao «24 Horas». «O meu
  advogado pediu ao tribunal para serem ouvidas no julgamento
  [que decorre no Tribunal de Faro] muitas pessoas que sabem
  que eu nunca fiz mal à Joana. Todos queriam ir a tribunal dizer
  a verdade, que me conheciam bem e que eu nunca maltratei
  os meus filhos», garante na primeira entrevista desde que foi
  presa.
  Condenada a 16 anos pela morte da filha, Leonor Cipriano
  assume apenas a «culpa» por ter confiado no irmão, que,
  segundo diz, a convenceu a entregar a filha a um casal que
  iria cuidar dela. «O bandido do João [o irmão] disse-me que a
  Joana ia crescer na miséria, como eu, quase analfabeta, sem
  estudos, sem dinheiro, que ia limpar retretes para o resto da
  vida como a mãe». Foi então, que lhe falou do casal de
  estrangeiros que não podia ter filhos e queria ficar com a
  Joana e até lhe dava algum dinheiro para cuidar dos outros
  dois filhos. «Convenceu-me de que isso era o melhor para a
  Joana e para os meus outros filhos», diz Leonor.
  Sobre o irmão, afirma que é «um monstro» que «raptou e
  assassinou a Joana». «Nunca imaginei que nele fosse capaz
  de fazer o que fez à minha filha».
Joana «está viva, mas no céu»
  «Tenho a certeza de que ela está viva, mas no céu»,
  diz, quando questionada sobre se acredita que a filha
  possa estar viva. Leonor afirma que muitas vezes
  «antes de dormir, ouvia Joana a chamar mãe mãe. Ela
  está aflita ao ver a mãe presa por um crome que sabia
  não ter feito».
  «Para mim, a vida sem a Joana, a Laura e o Rúben
  [outros dois filhos] tem sido um inferno», disse ainda,
  adiantando depois, que não viu mais os outros filhos
  desde que foi presa.
  « Por que é que aqueles cobardes não bateram no
  João Cipriano?»
  Leonor Cipriano não poupa críticas à investigação do
  caso. «Uma mãe perde uma filha e sem provas
  nenhumas acusam-na de ter assassinado uma menina
  e dão-lhe uma porrada de todo o tamanho para que ela
  confesse uma coisas que não fez. Por que é que
  aqueles cobardes não bateram no João Cipriano?»
  «Deram-me porrada, socos, pontapés e atiraram-me ao
  chão. Deram-me com um tubo de cartão duro na
  cabeça, murros nos olhos, obrigaram-me a ajoelhar em
  cima de cinzeiros de vidro, chamaram-me nomes»,
  explicou depois dizendo que os inspectores «queriam
  mostrar serviço. Tinham que arranjar culpados mesmo
  que fossem inocentes».


  Fonte: G-Sat
A 21 de Setembro, a Polícia Judiciária (PJ) interroga
  Leonor Cipriano, suspeitando que a menina tinha
  sido assassinada por ela e pelo tio. O corpo
  nunca apareceu e o crime acaba por ser
  confessado pela mãe. Segundo a confissão,
  Joana não quis devolver pequenas quantias de
  dinheiro à mãe, que acabou por matá-la
  juntamente com o tio. Em Janeiro de 2005, Leonor
  Cipriano revela que os agentes da PJ a
  agrediram, em Outubro, para que confessasse ter
  morto a filha. Os agentes garantem que Leonor se
  tentou suicidar, justificando os ferimentos que
  apresentava. O julgamento dos agentes que
  alegadamente agrediram Leonor Cipriano só deve
  acontecer em 2009.
Um dos arguidos do processo é Gonçalo Amaral, à
  data coordenador da PJ de Faro e responsável
  pela investigação. Mais tarde, voltaria a estar à
  frente de um caso semelhante. A menina inglesa
  Madeleine McCann, desapareceu na Praia da
  Luz, em Portimão, a 4 de Maio de 2007 e ainda
  não apareceu.
Em prisão preventiva, a mãe e o tio de
 Joana Cipriano são acusados pelo
 Ministério Público a 3 de Maio de
 2005. Sobre eles recaem os crimes
 de homicídio qualificado, profanação
 e ocultação de cadáver. O
 julgamento começa a 12 de Outubro
 desse ano, treze meses depois do
 desaparecimento da menina, a mãe
 e o tio foram condenados, em
 Novembro, a 20 e a 19 anos de
 prisão, respetivamente. Após o
 recurso para o Supremo Tribunal de
 Justiça, a pena foi reduzida para 16
 anos. Entretanto, a mãe e o tio
 confessaram a familiares ter vendido
 a criança para um casal no
 estrangeiro e que apenas
 confessaram tê-la morto por medo
 da polícia.

Fonte: Diário de Notícias
Sem perdão,
Na quarta-feira, Leonor e João
 Cipriano vão ser julgados, no
 Tribunal de Portimão, por homicídio
 qualificado. O corpo de Joana
 nunca foi encontrado. Detida em
 Odemira, a mãe não mostra
 arrependimento.

Fonte: Correio da Manhã
O Tribunal de Faro, numa sentença muito aguardada, mas
   muito pouco discutida, deu como provado que Leonor
   Cipriano - que foi condenada pela morte da sua filha Joana
   - foi torturada nas instalações da Polícia Judiciária de
   Portimão.
O crime de tortura não pode ser atenuado pelo facto de
   estarmos perante alguém que terá morto a sua própria
   filha (dúvidas sobre se, de facto, foi ela voltaram a
   levantar-se). A tortura - para mais praticada por agentes da
   autoridade e de uma polícia de investigação - é um mal
   absolutamente condenável. É cobarde, porque a vítima
   está indefesa e à mercê dos torturadores; levanta dúvidas
   sobre a própria realização da justiça, uma vez que fica a
   incerteza se a confissão se deve ao facto de a arguida ter
   dito a verdade ou a querer esquivar-se à dor infligida pela
   tortura; é criminosa, porque demonstra a total falta de
   respeito que aqueles que devem zelar pela lei têm pela
   própria lei.
A absolvição destes agentes fica a dever-se apenas a um
   facto: o Tribunal não conseguir provar quem participou nas
   agressões. Tanto mais que outros dois inspetores da PJ
   (entre eles o famoso Gonçalo Amaral) foram condenados
   por falso testemunho, porque participaram naquilo que o
   Tribunal deu por inventado - que Leonor Cipriano se terá
   magoado ao cair numas escadas na sede da PJ de
   Portimão.
Este facto diz também alguma coisa sobre a acusação. É
   estranho que nenhum dos restantes elementos fosse acusado
   de encobrimento ou de qualquer outro crime relacionado com
   o facto de não ter - e sublinha-se que isto seria o seu dever -
   denunciado os colegas que utilizaram a tortura.
O juiz está, pois, perante a barbaridade da tortura (determinada
   por uma votação unânime de sete pessoas, quatro jurados e
   três juízes), mas não consegue determinar qual foi o agente
   que torturou efetivamente. E manda os quatro em paz. É
   estranho, mas pode ter os seus motivos jurídicos.
O que é inadmissível é o diretor nacional da PJ, Almeida
   Rodrigues, não tomar a iniciativa de, através de processo
   disciplinar competente, tentar saber quem foi o autor ou os
   autores da tortura.
Como é inacreditável que os nossos políticos - sobretudo aqueles
   que se indignam tanto - e bem! - com os maus tratos nas
   prisões em todo o mundo - se calem bem calados quando o
   caso se passa aqui mesmo.
A única pessoa que pareceu minimamente preocupada com este
   assunto foi o bastonário da Ordem dos Advogados, o mesmo
   que está, por outros motivos, sob o fogo de boa parte dos
   seus colegas. De resto, nem juízes, nem magistrados do MP,
   nem deputados, nem quase ninguém levantou a voz contra
   este facto simultaneamente tão simples quanto detestável:
   uma mulher - por muito criminosa que fosse - foi barbaramente
   agredida na sede da Polícia Judiciária. Só se queixou porque
   uma guarda da prisão a aconselhou a fazê-lo.
Quantos mais desgraçados destes foram torturados?

Fonte: Expresso
 http://4.bp.blogspot.com
 http://aeiou.expresso.pt/caso-joana-
  leonor-cipriano-admite-tese-da-
  venda=f492359
 http://aeiou.expresso.pt/ha-tortura-
  mas-ninguem-se-rala=f517750
 http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notici
  as/outros/domingo/sem-perdao
 http://www.dn.pt/especiais/interior.asp
  x?content_id=1008919&especial=Cas
  o%20Joana&seccao=SOCIEDADE
 http://www.g-sat.net/actualidade-
  116/nao-me-posso-sentir-culpada-
  pela-morte-da-joana-
  243349.html#ixzz1fhgFJmjD
 Gonçalo   Marques Nº11 – 8ºA




 Lara   Trindade Nº14 – 8ºA




 Nuno   Faustino Nº20 – 8ºA

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Caso joana cipriano

  • 1. Língua Portuguesa 8º ano – 1º período Professora: Rosalina Simão Nunes
  • 2.  Quando nos foi proposto este trabalho, muitas ideias e diferentes notícias começaram a surgir. O tema que escolhemos foi um assassinato. O caso de Joana Cipriano fala- nos do desaparecimento de uma menina de oito anos, que mais tarde foi descoberto ser um homicídio, embora o seu corpo nunca tenha sido encontrado.
  • 3. Caso Joana: Leonor Cipriano admite tese da venda Condenada a 16 anos de prisão pelo homicídio da filha, Leonor Cipriano reconhece ter participado num esquema para vender Joana a um casal sem filhos, que a levaria para o estrangeiro. Mas o negócio correu mal. Segundo uma declaração de oito páginas hoje apresentada à comunicação social pelo seu advogado Marcos Aragão Correia, Leonor Cipriano admite ter sido cúmplice do irmão, João Cipriano, num esquema que pretendia realizar dinheiro em troca da venda da criança, entregando-a a um casal sem filhos. Leonor Cipriano refere ainda que segundo as informações do irmão - também ele condenado pelo homicídio e ocultação de cadáver da criança - Joana seria levada para o estrangeiro, a troco de dinheiro, e que ambos teriam de inventar uma história para o seu desaparecimento, uma vez que a lei não lhes permitia entregá-la para adopção ao casal.
  • 4. Leonor Cipriano durante o julgamento que a condenou a 16 anos de prisão José Ventura Segundo a nova versão de Leonor, a 12 de Outubro João terá agarrado num saco de plástico com roupas, depois de ter combinado entregar Joana, mas terá regressado uma hora e meia mais tarde, sem o dinheiro e com sangue nas calças. João terá então confessado que o casal não tinha o dinheiro e que Joana se apercebera de tudo e ameaçara contar, pelo que acabou por espancá- la, provocando-lhe a morte. O corpo teria sido enterrado Lá para cima nos montes da Figueira. A declaração terá sido obtida quinta-feira à tarde, no Estabelecimento Prisional de Odemira, aquando da visita a Leonor por parte do advogado, que agora quer que o Ministério Público abra um inquérito para efectuar novas buscas na Figueira e para identificar o casal que queria 'adoptar' Joana. Mas, na prática, para abrir um novo inquérito de pouco ou nada servirão estas declarações, uma vez que tanto Leonor como João Cipriano já foram condenados por homicídio e a sentença transitou em julgado.
  • 5. Leonor, aliás, já tinha culpado o irmão pela morte da filha aquando dos interrogatórios da Polícia, que não foram tidos em conta uma vez que ambos se remeteram ao silêncio em tribunal. Mas se é pouco provável que o Ministério Público reabra o 'caso Joana', certo é que as declarações de Leonor poderão ter impacto no desfecho do Tribunal de Júri que está a julgar as alegadas agressões à mãe por parte de elementos da Polícia Judiciária, isto apesar de na mesma carta Leonor reafirmar que foi espancada pela PJ. Fonte:JN
  • 6. Doze de Setembro de 2004. Joana Isabel Cipriano Guerreiro, oito anos de idade, caminha pela rua principal da pequena aldeia da Figueira, em dia de Festival do Berbigão. São oito e vinte da noite. Entra na Pastelaria Célia, dirige-se ao balcão e pede um pacote de leite e duas latas de conserva de atum. Tira do bolso quinze euros, recebe o troco, pega no saco das compras e regressa a casa. O sol já se escondeu, mas ainda há luz suficiente para alumiar o caminho. Joana regressa ao calvário, com o sorriso da tristeza no rosto. O único que conheceu. É vista pela última vez junto à Igreja, a meio caminho do destino. A casa do Senhor estava fechada. São oito e meia. Falta pouco para a morte a vir buscar, da forma mais cruel: sem dó nem piedade.
  • 7. Joana cumprira, tão-só, um ritual. Desde pequerrucha se habituara a ir às compras. Era ela, aliás, que se ocupava da lida da casa. Estendia a roupa, limpava o pó, cuidava dos dois irmãos mais novos e ainda fazia os recados: "O meu marido encontrou-a uma vez na rua, à meia-noite. Tinha ido comprar tabaco para a mãe", recorda uma vizinha, já idosa, que a viu nascer e crescer. "Às vezes, pedia dinheiro. Uma tarde, pediu cinco euros para 'ir comprar papa para o bebé'. A senhora a quem se dirigiu disse que lhe dava alguma comida para levar para casa, mas Joana disse-lhe que só queria dinheiro", conta a habitante de Figueira. A família chegou a receber a visita de uma assistente social, que tinha como objectivo averiguar se havia necessidade de apoio, mas esta nunca mais voltou.
  • 8. A FAMÍLIA DE JOANA chegara à Figueira há cerca de um ano, vinda da aldeia da Companheira, arredores de Portimão. A passagem pela Companheira foi breve, apenas alguns meses, mas todos se recordam da pequena, que ali viveu na companhia da mãe, do padrasto e dois irmãos, na casa do companheiro da avó. "Era uma menina bem-comportada, simpática, mas um bocado triste", são referências que se ouvem. Almerinda Domingas, tia-avó de Joana, ainda se lembra do dia em que lhe deu um hamster para 'guardar', um mês antes do final fatídico: "Pediu-me para cuidar dele. O padrasto não o queria em casa. Disse-lhe que sim. Ela era uma miúda muito esperta, muito difícil de enganar". Fonte: Correio da Manhã
  • 9. «Não me posso sentir culpada pela morte da Joana» «Não me posso sentir culpada pela morte da Joana porque não a matei. Uma pessoa não pode sentir-se culpada por uma coisa que não fez nem nunca tentou fazer. Não a matei nem nunca lhe bati», afirma Leonor Cipriano ao «24 Horas». «O meu advogado pediu ao tribunal para serem ouvidas no julgamento [que decorre no Tribunal de Faro] muitas pessoas que sabem que eu nunca fiz mal à Joana. Todos queriam ir a tribunal dizer a verdade, que me conheciam bem e que eu nunca maltratei os meus filhos», garante na primeira entrevista desde que foi presa. Condenada a 16 anos pela morte da filha, Leonor Cipriano assume apenas a «culpa» por ter confiado no irmão, que, segundo diz, a convenceu a entregar a filha a um casal que iria cuidar dela. «O bandido do João [o irmão] disse-me que a Joana ia crescer na miséria, como eu, quase analfabeta, sem estudos, sem dinheiro, que ia limpar retretes para o resto da vida como a mãe». Foi então, que lhe falou do casal de estrangeiros que não podia ter filhos e queria ficar com a Joana e até lhe dava algum dinheiro para cuidar dos outros dois filhos. «Convenceu-me de que isso era o melhor para a Joana e para os meus outros filhos», diz Leonor. Sobre o irmão, afirma que é «um monstro» que «raptou e assassinou a Joana». «Nunca imaginei que nele fosse capaz de fazer o que fez à minha filha».
  • 10. Joana «está viva, mas no céu» «Tenho a certeza de que ela está viva, mas no céu», diz, quando questionada sobre se acredita que a filha possa estar viva. Leonor afirma que muitas vezes «antes de dormir, ouvia Joana a chamar mãe mãe. Ela está aflita ao ver a mãe presa por um crome que sabia não ter feito». «Para mim, a vida sem a Joana, a Laura e o Rúben [outros dois filhos] tem sido um inferno», disse ainda, adiantando depois, que não viu mais os outros filhos desde que foi presa. « Por que é que aqueles cobardes não bateram no João Cipriano?» Leonor Cipriano não poupa críticas à investigação do caso. «Uma mãe perde uma filha e sem provas nenhumas acusam-na de ter assassinado uma menina e dão-lhe uma porrada de todo o tamanho para que ela confesse uma coisas que não fez. Por que é que aqueles cobardes não bateram no João Cipriano?» «Deram-me porrada, socos, pontapés e atiraram-me ao chão. Deram-me com um tubo de cartão duro na cabeça, murros nos olhos, obrigaram-me a ajoelhar em cima de cinzeiros de vidro, chamaram-me nomes», explicou depois dizendo que os inspectores «queriam mostrar serviço. Tinham que arranjar culpados mesmo que fossem inocentes». Fonte: G-Sat
  • 11. A 21 de Setembro, a Polícia Judiciária (PJ) interroga Leonor Cipriano, suspeitando que a menina tinha sido assassinada por ela e pelo tio. O corpo nunca apareceu e o crime acaba por ser confessado pela mãe. Segundo a confissão, Joana não quis devolver pequenas quantias de dinheiro à mãe, que acabou por matá-la juntamente com o tio. Em Janeiro de 2005, Leonor Cipriano revela que os agentes da PJ a agrediram, em Outubro, para que confessasse ter morto a filha. Os agentes garantem que Leonor se tentou suicidar, justificando os ferimentos que apresentava. O julgamento dos agentes que alegadamente agrediram Leonor Cipriano só deve acontecer em 2009. Um dos arguidos do processo é Gonçalo Amaral, à data coordenador da PJ de Faro e responsável pela investigação. Mais tarde, voltaria a estar à frente de um caso semelhante. A menina inglesa Madeleine McCann, desapareceu na Praia da Luz, em Portimão, a 4 de Maio de 2007 e ainda não apareceu.
  • 12. Em prisão preventiva, a mãe e o tio de Joana Cipriano são acusados pelo Ministério Público a 3 de Maio de 2005. Sobre eles recaem os crimes de homicídio qualificado, profanação e ocultação de cadáver. O julgamento começa a 12 de Outubro desse ano, treze meses depois do desaparecimento da menina, a mãe e o tio foram condenados, em Novembro, a 20 e a 19 anos de prisão, respetivamente. Após o recurso para o Supremo Tribunal de Justiça, a pena foi reduzida para 16 anos. Entretanto, a mãe e o tio confessaram a familiares ter vendido a criança para um casal no estrangeiro e que apenas confessaram tê-la morto por medo da polícia. Fonte: Diário de Notícias
  • 13. Sem perdão, Na quarta-feira, Leonor e João Cipriano vão ser julgados, no Tribunal de Portimão, por homicídio qualificado. O corpo de Joana nunca foi encontrado. Detida em Odemira, a mãe não mostra arrependimento. Fonte: Correio da Manhã
  • 14. O Tribunal de Faro, numa sentença muito aguardada, mas muito pouco discutida, deu como provado que Leonor Cipriano - que foi condenada pela morte da sua filha Joana - foi torturada nas instalações da Polícia Judiciária de Portimão. O crime de tortura não pode ser atenuado pelo facto de estarmos perante alguém que terá morto a sua própria filha (dúvidas sobre se, de facto, foi ela voltaram a levantar-se). A tortura - para mais praticada por agentes da autoridade e de uma polícia de investigação - é um mal absolutamente condenável. É cobarde, porque a vítima está indefesa e à mercê dos torturadores; levanta dúvidas sobre a própria realização da justiça, uma vez que fica a incerteza se a confissão se deve ao facto de a arguida ter dito a verdade ou a querer esquivar-se à dor infligida pela tortura; é criminosa, porque demonstra a total falta de respeito que aqueles que devem zelar pela lei têm pela própria lei. A absolvição destes agentes fica a dever-se apenas a um facto: o Tribunal não conseguir provar quem participou nas agressões. Tanto mais que outros dois inspetores da PJ (entre eles o famoso Gonçalo Amaral) foram condenados por falso testemunho, porque participaram naquilo que o Tribunal deu por inventado - que Leonor Cipriano se terá magoado ao cair numas escadas na sede da PJ de Portimão.
  • 15. Este facto diz também alguma coisa sobre a acusação. É estranho que nenhum dos restantes elementos fosse acusado de encobrimento ou de qualquer outro crime relacionado com o facto de não ter - e sublinha-se que isto seria o seu dever - denunciado os colegas que utilizaram a tortura. O juiz está, pois, perante a barbaridade da tortura (determinada por uma votação unânime de sete pessoas, quatro jurados e três juízes), mas não consegue determinar qual foi o agente que torturou efetivamente. E manda os quatro em paz. É estranho, mas pode ter os seus motivos jurídicos. O que é inadmissível é o diretor nacional da PJ, Almeida Rodrigues, não tomar a iniciativa de, através de processo disciplinar competente, tentar saber quem foi o autor ou os autores da tortura. Como é inacreditável que os nossos políticos - sobretudo aqueles que se indignam tanto - e bem! - com os maus tratos nas prisões em todo o mundo - se calem bem calados quando o caso se passa aqui mesmo. A única pessoa que pareceu minimamente preocupada com este assunto foi o bastonário da Ordem dos Advogados, o mesmo que está, por outros motivos, sob o fogo de boa parte dos seus colegas. De resto, nem juízes, nem magistrados do MP, nem deputados, nem quase ninguém levantou a voz contra este facto simultaneamente tão simples quanto detestável: uma mulher - por muito criminosa que fosse - foi barbaramente agredida na sede da Polícia Judiciária. Só se queixou porque uma guarda da prisão a aconselhou a fazê-lo. Quantos mais desgraçados destes foram torturados? Fonte: Expresso
  • 16.  http://4.bp.blogspot.com  http://aeiou.expresso.pt/caso-joana- leonor-cipriano-admite-tese-da- venda=f492359  http://aeiou.expresso.pt/ha-tortura- mas-ninguem-se-rala=f517750  http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notici as/outros/domingo/sem-perdao  http://www.dn.pt/especiais/interior.asp x?content_id=1008919&especial=Cas o%20Joana&seccao=SOCIEDADE  http://www.g-sat.net/actualidade- 116/nao-me-posso-sentir-culpada- pela-morte-da-joana- 243349.html#ixzz1fhgFJmjD
  • 17.  Gonçalo Marques Nº11 – 8ºA  Lara Trindade Nº14 – 8ºA  Nuno Faustino Nº20 – 8ºA