O documento descreve vários locais históricos e culturais em Washington D.C., incluindo:
1) O National Mall, que reúne importantes monumentos e museus da capital americana, pode ser visitado de Segway para uma visão panorâmica;
2) Há diversos museus Smithsonian ao longo do National Mall, que oferecem exposições gratuitas sobre história, arte e ciência;
3) Restaurantes da região servem pratos típicos americanos e internacionais, como hambúrgueres, frutos
1. Turista Profissional
Estratégias certeiras para se achar em Veneza
Está chegando a hora
Fantasias e utilidades na sua mala de carnaval
Pág. 7
http://www.estadão.com.br
Pág. 6
Ícone. Domo doCapitólio, aindasem interferências:
feito de ferro fundido, ficará coberto por andaimes
pelos próximos dois anos para obras de restauração
EstadosUnidos
Recortehistórico
Da Guerra de Secessão a Obama, dos museus aos brechós. A região de
Washington oferece um mergulho nas memórias americanas – e vai além
DIVULGAÇÃO
DANIEL TRIELLI/ESTADÃO
%HermesFileInfo:D-1:20140218:
D1 TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Nº 2479 O ESTADO DE S. PAULO
2. Daniel Trielli/ WASHINGTON
Cruzaros3,5quilôme-
tros de comprimento
do National Mall, no
centro de Washing-
ton, é muito melhor quando se
está montado em Rosie. Com a
vantagem da altura, dá para ver
um horizonte mais distante no
passeio pelas vias de cascalho
no jardim entre o Capitólio e o
MemorialdeLincoln.Opanora-
ma mostra todo o corredor de
museusnaesplanadada capital
americana. E também, por cau-
sa de Rosie, não é preciso se es-
forçarparasedeslocarcomrapi-
dez. Ela não exige que a espore
para acelerar ou que puxe ré-
deas para reduzir a velocidade.
É só me inclinar para frente e
para trás e ela entende o que eu
quero – e responde de acordo.
Rosie não é uma égua; é um
Segway – aqueles transportes
individuais usados por segu-
ranças de shopping – do Bike
and Roll (bikeandroll.com),
empresa de passeios turísticos
e aluguel de bicicleta. Ali, cada
diciclo tem o nome do animal
deestimaçãodeumpresidente
americano (Rosie, em particu-
lar, era uma cadelinha de Ulys-
ses S. Grant). A volta pelo eixo
de monumentos e prédios his-
tóricos mais famosos da capi-
tal americana dura 2h30 e cus-
ta US$ 59.
Se você tiver sorte, a guia vai
ser a entusiasmada Jessica
Lilly, de 26 anos, que define o
MonumentodeWashingtonco-
mo“umgrandejogodeJenga”–
além da sustentação do eleva-
dor por dentro do obelisco, to-
da a estrutura é formada pelos
36 mil blocos de mármore.
Elausaexpressõescomo“coo-
lest, most awesome dome ever”
(mais legal e radical domo de
todo o sempre) para definir a
coroa do Capitólio. E, ok, ele é
super cool. Com 88 metros de
alturae29dediâmetro,aestru-
tura de 150 anos parece ser de
pedra como o resto do prédio,
mas é feita de ferro fundido.
O passeio continua em uma
rotade cercade10quilômetros
de extensão e passa pela frente
de lugares essenciais: Casa
Branca, complexo do Smithso-
nian, Memorial da Segunda
GuerraetodaaAvenidaPennsy-
lvania,ondeestáoNewseumea
sede do FBI – um prédio que o
diretor vitalício J. Edgar Hoo-
ver (1895-1972) achou horrível,
masaindaassimtemseunome.
Mensagens etéreas. Washing-
ton não é a primeira cidade a
oferecer passeios turísticos de
Segway,masotouréumaótima
maneiradeterumbompanora-
ma e decidir aonde ir depois
com mais calma. Mas há um lu-
garessencial–tantoqueéoúni-
copontoemqueogrupodesem-
barcadeseusdiciclos:oMemo-
rial de Lincoln, na ponta mais a
oeste do National Mall.
O presidente de mármore de
5,8 metros de altura (sentado;
de pé ele ficaria com 8,5 me-
tros) descansa em uma cadeira
no meio do salão, no topo da
escadaria que começa na pisci-
naquerefleteaimagemdoMo-
numento de Washington.
Nas paredes laterais, os seus
discursos mais famosos: o de
Gettysburg,emqueeledefende
um governo “do povo, pelo po-
vo e para o povo”, e o de sua
segundaposse,noqualelecom-
partilhava a esperança para um
rápido fim da Guerra Civil
(1861-1865) e da escravidão.
Oespíritodecontemplaçãoé
afetado pela quantidade de tu-
ristas que também se aglome-
ram para ver uma gravura mar-
cando o local onde Martin Lu-
ther King fez seu discurso “Eu
tenho um sonho”, em 1963.
Descanso. Em uma cidade
com trânsito caótico e um me-
trô não muito confiável como
Washington, o ideal é andar
mesmo,nemquesejacomoum
“pedestre comum”, sem Seg-
way. As avenidas planejadas no
fim do século 18, com inspira-
ção parisiense ainda notável,
são agradáveis e arborizadas.
Mas,mesmoassim,émelhor
ficar hospedado no centro his-
tórico – mais seguro e perto
dos lugares de maior interesse
turístico.
Tantaandança,contudo,exi-
ge um merecido descanso para
o corpo. Os hotéis na capital
americana já estão acostuma-
dosareceberpolíticosefuncio-
nários públicos estressados e
têm espaço de sobra para turis-
tas que caminharam demais.
NoMandarinOriental(man-
darinoriental.com),aduasqua-
dras do National Mall, o spa se-
gue a decoração asiática predo-
minante no prédio. Já o spa do
Four Seasons (fourseasons.
com) tem um tratamento de
massagem de 80 minutos ideal
para quem usou demais as per-
nas: o “Retiro da Avenida
Pennsylvania” começa com es-
foliação nos pés e termina com
massagem nas costas.
OFourSeasons,aliás,ficaem
Georgetown, um bairro entre o
Rio Potomac, o Riacho Rock e a
universidadequetemo mesmo
nome da região. Lojas de grife,
restaurantes, docerias espe-
ciais e antiquários dividem os
prédios baixos de tijolos. E, no
meiodeumquarteirãonaAveni-
da M, a Velha Casa de Pedra,
construçãoinalteradamaisanti-
ga da cidade (de 1765), lembra
que, em Washington, a história
está em todos os cantos.
Nocentro
dopoder
O National Mall é como uma passarela que reúne os pontos-chave de
Washington. De Segway, o passeio fica mais fácil – e bem mais divertido
VIAGEM A CONVITE DA CAPITAL
REGION USA E DA UNITED AIRLINES
EstadosUnidos
%HermesFileInfo:D-8:20140218:
D8 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO
3. Hambúrguerdecordeiro
eoutrascaloriasdiletas
WASHINGTON
Como capital internacional
que é, Washington tem de sa-
ciar os gostos de milhares de
funcionáriosdeembaixadasde
todoomundo.Hádesderestau-
rantes franceses caros a espe-
cializados em comida etíope,
passandoporlanchonetesame-
ricaníssimas.
ODelFrisco’sGrille(delfris-
cosgrille.com), na Avenida
Pennsylvania, a três quartei-
rõesdaCasaBranca,éumpou-
co a mistura de tudo. Tem piz-
zas, saladas, sanduíches e os
steaks que não podem faltar,
maselestambémaproveitama
proximidade de Washington
daBaíade Chesapeake,emAn-
napolis (leia na pág. 12) famosa
porseuscaranguejos,paraofe-
recer frutos do mar. Mas o es-
sencial é pedir de entrada um
egg roll de carne apimentada e
mostarda (US$ 11).
O Gordon Biersch (gordon-
biersch.com), que fica na mes-
ma quadra do Teatro Ford, on-
deAbrahamLincolnfoiassassi-
nadoem1865,temumcardápio
variado até demais e sua pró-
priacervejaria.Dosalãodápara
ver os tanques de onde saem
seistiposdabebida,entreelasa
amarronzada e delicada Mar-
zen, parceria perfeita com um
hambúrguermalpassadodeKo-
be com cheddar envelhecido
(US$ 13,95).
Outro sanduíche bom (e
mais caro) está no Bourbon
Steak (bourbonsteakdc.com),
dentro do Four Seasons, com a
marca do chef celebridade Mi-
chaelMina.Olocal,quejárece-
beuocasalObama,éfamosope-
las carnes e pelos hambúrgue-
res, como o de cordeiro (US$
19). Também merece destaque
o trio de batatas fritas feitas no
óleo de pato, servidas em três
mini porções, cada uma com
um tempero e um molho parti-
cular (US$ 7).
À francesa. Para uma refeição
menos americana, há o Ici Ur-
ban Bistro (iciurbanbistro.
com), dentro do Sofitel na Pra-
ça Lafayette. Parece quase um
insulto comer em um lugar tão
francês a 400 metros da Casa
Branca,maso desconfortopas-
sa logo, assim que as entradas e
o Chardonnay chegam. Agora é
umaboahoraparainterromper
a maratona de steaks da viagem
– e o pipette rigate com gouda,
cogumelos e avelãs (US$ 23)
maisdoquecumpreo prometi-
do. No fim, do jeito mais fran-
cês possível, uma seleção de
queijos encerra o jantar.
Mas, se o turista brasileiro fi-
carcommuitasaudadedacomi-
da de casa, há uma Fogo de
Chão (fogodechao.com) logo
ali, na Avenida Pennsylvania.
Comosempre, o restaurante se
orgulhado“gauchoway”depre-
parar carne e o esquema é de
rodízio (US$ 34,50 o almoço e
US$ 51,50 o jantar). /D.T.
Artefatos usados por espiões
lembram momentos
importantes e desconheci-
dos da busca por informa-
ções desde a independência
americana até a Guerra Fria.
Na Rua F NW, 800. Ingresso:
US$ 20,95. Informações:
spymuseum.org.
Os originais da Declaração de Independência, a Cons-
tituição e a Carta de Direitos (as primeiras dez emen-
das à Constituição americana) são exibidas em uma
rotunda imponente. Na Av. Constitution NW, entre as
Ruas 7 e 9. Grátis. Site: archives.gov.
Uma instituição que, na verdade, são 19 museus e um zoológi-
co. Desses, só dois estão fora da região metropolitana de
Washington (em Nova York) e a maioria fica no corredor do
National Mall, entre eles os três mais famosos e interessan-
tes: o de História Americana, História Natural e o Aeroespa-
cial. E o melhor: é tudo de graça. Mais no site: si.edu.
O tema aqui são notícias histó-
ricas e a evolução do jornalis-
mo. O museu também tem
um pedaço do muro de Berlim
e uma torre de observação da
antiga fronteira entre as
Alemanhas Oriental e Ociden-
tal. Fica na Avenida Pennsylva-
nia, 555. Ingressos (válidos
para dois dias): US$ 21,95.
Mais: newseum.org.
Visitar a Casa Branca é muito difícil: tours têm de ser
solicitados com antecedência de no mínimo 21 dias, por
meio da embaixada brasileira. Para o Capitólio, é possível
fazer o agendamento pela internet: visitthecapitol.gov
National Archives Building
Phillips CollectionSmithsonian
O domo do Capitólio vai passar os próximos dois anos en-
coberto por andaimes, para restauração. O mesmo serviço foi
feito no Monumento de Washington, em decorrência de um
terremoto, em 2011, que provocou rachaduras nas pedras
International
Spy Museum
Newseum
Por meio de objetos pessoais, depoimentos e vídeos, o mu-
seu relembra as vítimas do nazismo. Fica na Raoul Wallen-
berg Place SW, 100. Entrada gratuita. Site: ushmm.org.
Museusde
todosostipos
Memorial do Holocausto dos Estados Unidos
DANIEL TRIELLI/ESTADÃO
FOTOS DIVULGAÇÃO
Primeiro acervo de arte moderna do país. Funciona
desde 1921 em uma antiga mansão transformada
em local de exibição de obras de arte intimista e
confortável. Vale a pena ficar de olho no calendário
de exposições itinerantes. Na Rua 21 NW, 1.600.
Ingresso: US$ 12. Mais: phillipscollection.org.
Paradas.
Memorial
de Thomas
Jefferson,
no National
Mall; à dir., o
confortável
Gordon
Biersch
‘Rolezinho’.
Lincoln,
imponente
em seu
memorial;
tour de
Segway; e o
animado
Georgetown
%HermesFileInfo:D-9:20140218:
O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Viagem D9
4. ● Perto das montanhas Blue Rid-
ge, onde há 150 anos o general
Stonewall Jackson enganou as
tropas da União, o norte da Virgí-
nia hoje é uma região calma e to-
mada por vinícolas. O Estado tem
a quinta maior produção de vi-
nhos do país – e muitos lugares
para ver a produção de perto.
Aninhada entre morros do con-
dado de Loudon, a Vinícola Chry-
salis (chrysaliswine.com) não é
nada pretensiosa. Gazebos e chur-
rasqueiras dão ao local ares de
chácara. São 287 mil metros qua-
drados de videiras, de onde saem
19 tipos de vinhos – a especialida-
de são as uvas Norton. Para deci-
dir qual garrafa levar, deguste:
US$ 5, sete vinhos.
Loudon é tão perto de Washing-
ton que está na região metropoli-
tana, embora o cenário rural não
dê nenhuma evidência disso. O
Aeroporto Dulles, ponto de chega-
da de voos internacionais à capi-
tal americana, está a 20 minutos
da cidade de Leesburg.
Com pouco mais de 40 mil habi-
tantes, Leesburg é o centro admi-
nistrativo de Loudon. Entre os pré-
dios históricos está a sede de um
banco de 1888, hoje um restauran-
te. O Lightfoot manteve o entalhe
da fachada do Peoples National
Bank, itens de decoração e gran-
des portas de cofres – uma delas
protege o estoque de vinhos. Esco-
lha um rótulo local para acompa-
nhar pratos sulistas como os to-
mates verdes fritos com queijo
apimentado (US$ 10). /D.T.
Passado
sombrio
jamais
esquecido
Núcleo da resistência pela escravidão durante a Guerra Civil, Richmond
mostra lado progressista e moderno sem deixar de rediscutir sua trajetóriaEstadosUnidos
Terradevinhos
edetomates
verdesfritos
RICHMOND
Para compreender melhor um
dos capítulos cruciais da histó-
ria americana é preciso deixar
Washington e percorrer cerca
de170quilômetrosrumoaoco-
ração da Virgínia. O legado da
Guerra Civil americana (1861-
1865) – a Guerra de Secessão –
continua vivo em Richmond, a
capital do Estado, que também
confronta sua história escrava-
gista.Hámuitasestátuasemho-
menagem aos “heróis confede-
rados”, mas um museu monta-
doemumaantigaindústriabéli-
ca convida todos a dialogar so-
bre o significado do conflito.
Háumséculoemeio,acidade
deRichmondrepresentavaalu-
ta pelo passado. Entre 1861 e
1865 a capital da Virgínia tam-
bém foi a capital dos Estados
Confederados da América,
onomeformaldos13Es-
tados americanos su-
listas que se rebela-
ram para lutar, en-
tre outras coisas,
pelo direito de
manter negros co-
mo escravos nas
plantações.
Hoje, Richmond é
umacidadeprogressista,
cultural e que está sempre re-
pensando sua história. Numa
provaa olhos vistos disso, está-
tuas de generais confederados
dividem o espaço urbano com
museus, lojas moderninhas e
restaurantes sofisticados.
Esses contrapontos apare-
cem também na própria malha
urbana. O moderno prédio do
Museu de Belas Artes de Virgí-
nia, por exemplo, ocupa uma
áreaque,nofimdoséculo19,foi
um complexo residencial para
veteranosconfederados.Ocen-
tro econômico da cidade, com
hotéis, bares e restaurantes, fi-
caaoladodeumbairroondeaté
ocomeçodoséculo18eramrea-
lizados leilões de escravos.
Pontos de vista. No entanto, a
conversasobreopassadoescra-
vocrata de Richmond não aca-
bou.Aliás,estábemvivoemum
doslugaresmaisfascinantesda
cidade. O American Civil War
Center (www.tredegar.org)
nãoguardasóartefatosdaGuer-
ra Civil, mas também unifor-
mes, armas e cartas. Tem mos-
tras interativas em que os visi-
tantes podem deixar suas im-
pressões e os seus significados
própriosdoqueémorarouvisi-
tar um Estado que, há muito
tempo, lutou tão bravamente
por um passado tão sombrio.
O museu conta a história de
três pontos de vista distintos:
donorteunionista,dosulconfe-
derado e dos escravos. E tudo
isso volta à vida em um conjun-
todeprédioshistóricosque,du-
ranteaguerra, era asiderúrgica
Tredegar, que fabricou mais da
metade de todos os canhões
usados pelas forças rebeldes.
Andarnosgramadosaoredor
doTredegaréumaexpe-
riência tão pacífica
queédifícilimagi-
nar o incêndio
que dizimou a
região ao redor
da velha side-
rúrgica em
1865, quando as
forças nortistas
chegaram à cidade
e os sulistas queima-
ram tudo. A paisagem é
marcada pelo Rio James, limpo
e usado pelos moradores para
canoagem, rafting e pescaria.
O rio é pontilhado por ilhas
com parques, trilhas para bici-
cleta e palcos para shows. É ali,
emsuamargem,pertodoTrede-
gar,queserealizaomaioreven-
to cultural da cidade, o Rich-
mondFolkFestival–emboraos
locaisavisemqueadefiniçãode
“folk”sejabemliberal,commui-
tosrepresentantesdemúsicain-
ternacional. A próxima edição
será em outubro e a festa tem
entrada gratuita.
Outro Capitólio. O epicentro
doscontrapontosdeRichmond
é o Capitólio, prédio que abriga
a assembleia e o senado esta-
dualdaVirgínia.Elefoiprojeta-
do por Thomas Jefferson
(1743-1826), terceiro presiden-
tedosEstadosUnidos,autorda
Declaração de Independência
do país. Construído em 1788,
foi o primeiro prédio público
em estilo clássico da América.
As colunas romanas que reme-
tem ao Iluminismo francês do
século18eramumcontrasteirô-
nico, durante a Guerra Civil,
com o governo escravocrata
que se reunia ali dentro.
Mais ironicamente, o prédio
foi usado, 150 anos depois, co-
mo local de gravação de cenas
dofilmeLincoln(2012).Nolon-
ga,oCapitóliodaVirgíniafezas
vezes do de Washington em
uma cena em que os deputados
federais discutiram e aprova-
ram o fim da escravidão.
UmadassalasdoCapitólio,o
OldHall,estáapinhadadeestá-
tuas, sendo a mais imponente a
do general Robert E. Lee
(1807-1870;nodetalhe)–repre-
senta o momento em que ele
aceitou, naqueleexato ponto,o
cargo de comandante supremo
das forças confederadas.
Por toda Richmond, a propó-
sito,háestátuasdeLee.Issopor-
queeleéumafigurapoucocon-
troversa, apesar de ter sido lí-
der militar dos rebeldes.
Leetinhasedeclaradocontrá-
rio à escravidão e, também por
isso, sempre foi considerado
um homemhonrado eprestati-
vo, apto a acabar com a fissura
entre norte e sul após a guerra.
“Umsantosecular”,comode-
fine Sean Kane, do Civil War
Center. Não por acaso, é dele
também aestátuamaisimpres-
sionante da Monument Ave-
nue, uma arborizada e larga via
pontuadaporimagensdeperso-
nagens famosos. / DANIEL TRIELLI
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%HermesFileInfo:D-10:20140218:
D10 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO
5. Em reduto hipster, você garimpa
de artigos vintage a cupcakes
Vale visitar o Museu de Belas Artes da Virgínia (vmfa.
state.va.us), com entrada gratuita e 33 mil obras de arte
em sua coleção permanente. O destaque são os ovos de
Fabergé – que só voltarão a ser exibidos ali em 2015
As fortes nevascas que vêm atingindo os Estados Unidos
causaram transtornos na região de Washington semana
passada. Estradas ficaram bloqueadas, voos atrasaram e
museus fecharam. Se tiver viagem marcada, fique atento
● Aéreo: SP – Washing-
ton – SP: R$ 2.667 na Uni-
ted (united.com), R$ 2.744
na American (aa.com.br),
R$ 3.238,56 na TAM (tam.
com.br) e US$ 988 (cerca
de R$ 2.380) na Delta (pt.
delta.com). Com conexão
● Trem: de Washington a
Nova York são cerca de
3 horas. Mais: amtrak.com
● Visto: formulário no
tinyurl.com/eua2013.
Saiba
mais
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Roaming Internacional 3G para os clientes pós-pago e controle que forem para os Estados Unidos, Peru, México ou Chile, sujeito a análise de crédito. Antes de ativar o Serviço de Roaming
Internacional, deve-se verificar a frequência do aparelho com o país de destino além da compatibilidade de serviços disponíveis e planos. Pacote 50 min internacional recebido e realizado
no valor promocional de R$ 49,90, após o término da franquia, o valor do minuto excedente (recebido e efetuado) é R$ 1,50. Franquia de dados diária de 30MB no valor de R$ 14,90, com
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UNIDOS
MARYLAND
VIRGÍNIA
CAROLINA
DO NORTE
DANIEL TRIELLI/ESTADÃO
RICHMOND
Com antiquários, brechós, lo-
jas de artesanato, tricô, estú-
dios de tatuagem e cartoman-
tes, Carytown, no centro de Ri-
chmond,éumparaísoparahips-
ters ou para quem busca com-
pras diferentes.
O eixo do bairro é Cary
Street, uma via tranquila de
mãoúnicaquecortaacidadedo
subúrbio ao centro. Ali, muitas
casinhas de madeira e tijolo fo-
ram reconquistadas pelo co-
mércio independente e trazem
cafés descolados, restaurantes
diferentese, éclaro, asindefec-
tíveis casas de cupcakes.
De vez em quando, aparece
uma loja de bicicleta, um lugar
que vende videogames dos
anos 1990 e um bocado de sa-
lões de tatuagem. Também há
lugaresextremamenteespecia-
lizadoscomoTheYarnLounge,
um estúdio de tricô com o slo-
gan “It’s hip to knit” (“É bacana
tricotar”), ao lado da World of
Mirth,lojadebrinquedosvinta-
ge e educativos.
O destaque, no entanto, são
os brechós. O Second Debut se
destaca por ter roupas femini-
nasdemarcasfamosas,porpre-
ços bem menores. Já a Bygones
se especializa em criar roupas
deépocadosanos1900àdécada
de 1970. Isso inclui ternos, cha-
péus, vestidos, uniformes de
guerra e muitos acessórios. O
ator Daniel Day-Lewis fez com-
pras lá com a família enquanto
filmava Lincoln (2012) na cida-
de, e o elenco do longa também
frequentava o Can Can Brasse-
rie, um café com temas france-
sesa dois quarteirões dali.
Outlets. Se Carytown parecer
alternativo demais, há sempre
os outlets. Na região de Rich-
mondháoWilliamsburge,mais
pertodeWashingtonedaregião
dosvinhos,nonortedaVirgínia,
fica o Leesburg (ambos com in-
formações no premiumoutlets.
com). O modelo é o de sempre:
marcas como Adidas, Banana
Republic, Calvin Klein, Diesel,
DKNY,GapeRalphLaurenofe-
recempreçostentadoresjápara
os americanos, que dirá para os
brasileiros. / D.T.
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O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Viagem D11
6. Aquiopatriotismo
vaideventoempopa
ANNAPOLIS
Annapolis é uma cidade voltada
paraomar.Mesmosempraias,a
vidadacapitaldeMarylandorbi-
taaoredordaBaíadeChesapea-
ke, para onde partem seus bar-
cos à vela em competições e de
onde vêm os siris que são a base
da culinária local. Mesmo fora
doverão,comasembarcaçõesjá
recolhidasnasmarinas,acidade
mantémo clima deconfraterni-
zaçãoeterna.Moradoreseturis-
tas se cumprimentam nas ruas
do centro histórico como se co-
nhecessemhá tempos.
OlugarmaisAnnapolisdeAn-
napolis é a Main Street, que de-
sembocanasmarinasdaBaíade
Chesapeakeetemrestaurantes,
cafés e lojas dos dois lados. Um
cantinho subutilizado pelo co-
mérciofoi ocupadoporartistas.
Tudoficaabertoatétarde–algu-
mas lojas fecham às 22 horas,
mesmofora datemporada.
Osímbolomaiordaculturale-
vemente excêntrica da cidade é
o café Chick and Ruth’s. De lon-
ge,trata-sedeumdinertradicio-
nal,commenudecafédamanhã
americano,milk-shakeshoméri-
cos e sanduíches. Mas a fila de
espera diária e a recomendação
dos moradores justifica uma in-
vestigação mais apurada. O
cliente é recebido pelo próprio
dono,TedLevitt.Eletambémsu-
pervisiona a cozinha, passa de
mesa em mesa fazendo truques
demágicaepegaomicrofonepa-
radispararumaartilhariadepia-
das. Ah, toda manhã funcioná-
rios e clientes se levantam e fa-
zemum juramentoà bandeira.
Amisturadeexcentricidade e
patriotismotambémestánariva-
lidade entre as duas principais
universidades locais. A Acade-
mia Naval forma marinheiros e
fuzileiros com cursos voltados
principalmente para as áreas de
tecnologia e exatas. Já o foco do
St.John’sCollegesãoasciências
humanas.Adesigualdadeécolo-
cadaem teste em um evento es-
portivoanualdecroquet.Desde
1983, em abril, os estudantes da
academia aparecem com seus
uniformes brancos para a parti-
da, enquanto os rivais usam de
fantasias de viking a roupa do
personagemdeOndeestáWally?.
No balanço. Considerada capi-
tal nacional da vela, no verão é
comumvervelejadorespassean-
dopelaentradadoporto,emum
corredor chamado Ego Alley
(Caminho do Ego), exibindo
suasembarcações.Sequisersen-
tir o gostinho de perto, há pas-
seiosdecaiaque ebarco.
Dáparaoptartambémporas-
sistir tudo de um café à beira-
mar.Aliás,aproveiteparaprovar
osiri-azul,protagonistadacozi-
nhalocal,usadoemcremes,boli-
nhosoumesmoservidocomcas-
ca, para ser comido inteiro. Mas
o melhor – e mais famoso – pre-
parosãooscrabcakes,amontoa-
dosde carne de siri-azultempe-
rada e gratinada, servidos com
batatase salada.
Dá para provar em qualquer
portinha,masalgunsrestauran-
tes são especiais. O Carrol’s
CreekWaterfrontficadentrode
umamarinaemEastporteofere-
ce uma ótima vista para a baía.
Outra boa opção no bairro é o
BoatyardBarandGrill,querece-
beuMichelleObamaem2010(a
primeira-dama garantiu que os
crab cakes dali eram os melho-
resque ela jácomeu).
Deixe a sobremesa para a An-
napolis Ice Cream Factory, na
MainStreeet.Osgeladossãofei-
tosalimesmo,nodiaemquesão
servidos. A tradição é oferecer
canetinhas para o cliente pintar
as colheres de plástico, que são
exibidas em painéis na parede
daloja.Sim,játemumabandeira
brasileiralá. / DANIEL TRIELLI
Baía de
Chesapeake.
O ‘point’ de
Annapolis
DIVULGAÇÃO
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D12 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO