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Turista Profissional
Estratégias certeiras para se achar em Veneza
Está chegando a hora
Fantasias e utilidades na sua mala de carnaval
Pág. 7
http://www.estadão.com.br
Pág. 6
Ícone. Domo doCapitólio, aindasem interferências:
feito de ferro fundido, ficará coberto por andaimes
pelos próximos dois anos para obras de restauração
EstadosUnidos
Recortehistórico
Da Guerra de Secessão a Obama, dos museus aos brechós. A região de
Washington oferece um mergulho nas memórias americanas – e vai além
DIVULGAÇÃO
DANIEL TRIELLI/ESTADÃO
%HermesFileInfo:D-1:20140218:
D1 TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Nº 2479 O ESTADO DE S. PAULO
Daniel Trielli/ WASHINGTON
Cruzaros3,5quilôme-
tros de comprimento
do National Mall, no
centro de Washing-
ton, é muito melhor quando se
está montado em Rosie. Com a
vantagem da altura, dá para ver
um horizonte mais distante no
passeio pelas vias de cascalho
no jardim entre o Capitólio e o
MemorialdeLincoln.Opanora-
ma mostra todo o corredor de
museusnaesplanadada capital
americana. E também, por cau-
sa de Rosie, não é preciso se es-
forçarparasedeslocarcomrapi-
dez. Ela não exige que a espore
para acelerar ou que puxe ré-
deas para reduzir a velocidade.
É só me inclinar para frente e
para trás e ela entende o que eu
quero – e responde de acordo.
Rosie não é uma égua; é um
Segway – aqueles transportes
individuais usados por segu-
ranças de shopping – do Bike
and Roll (bikeandroll.com),
empresa de passeios turísticos
e aluguel de bicicleta. Ali, cada
diciclo tem o nome do animal
deestimaçãodeumpresidente
americano (Rosie, em particu-
lar, era uma cadelinha de Ulys-
ses S. Grant). A volta pelo eixo
de monumentos e prédios his-
tóricos mais famosos da capi-
tal americana dura 2h30 e cus-
ta US$ 59.
Se você tiver sorte, a guia vai
ser a entusiasmada Jessica
Lilly, de 26 anos, que define o
MonumentodeWashingtonco-
mo“umgrandejogodeJenga”–
além da sustentação do eleva-
dor por dentro do obelisco, to-
da a estrutura é formada pelos
36 mil blocos de mármore.
Elausaexpressõescomo“coo-
lest, most awesome dome ever”
(mais legal e radical domo de
todo o sempre) para definir a
coroa do Capitólio. E, ok, ele é
super cool. Com 88 metros de
alturae29dediâmetro,aestru-
tura de 150 anos parece ser de
pedra como o resto do prédio,
mas é feita de ferro fundido.
O passeio continua em uma
rotade cercade10quilômetros
de extensão e passa pela frente
de lugares essenciais: Casa
Branca, complexo do Smithso-
nian, Memorial da Segunda
GuerraetodaaAvenidaPennsy-
lvania,ondeestáoNewseumea
sede do FBI – um prédio que o
diretor vitalício J. Edgar Hoo-
ver (1895-1972) achou horrível,
masaindaassimtemseunome.
Mensagens etéreas. Washing-
ton não é a primeira cidade a
oferecer passeios turísticos de
Segway,masotouréumaótima
maneiradeterumbompanora-
ma e decidir aonde ir depois
com mais calma. Mas há um lu-
garessencial–tantoqueéoúni-
copontoemqueogrupodesem-
barcadeseusdiciclos:oMemo-
rial de Lincoln, na ponta mais a
oeste do National Mall.
O presidente de mármore de
5,8 metros de altura (sentado;
de pé ele ficaria com 8,5 me-
tros) descansa em uma cadeira
no meio do salão, no topo da
escadaria que começa na pisci-
naquerefleteaimagemdoMo-
numento de Washington.
Nas paredes laterais, os seus
discursos mais famosos: o de
Gettysburg,emqueeledefende
um governo “do povo, pelo po-
vo e para o povo”, e o de sua
segundaposse,noqualelecom-
partilhava a esperança para um
rápido fim da Guerra Civil
(1861-1865) e da escravidão.
Oespíritodecontemplaçãoé
afetado pela quantidade de tu-
ristas que também se aglome-
ram para ver uma gravura mar-
cando o local onde Martin Lu-
ther King fez seu discurso “Eu
tenho um sonho”, em 1963.
Descanso. Em uma cidade
com trânsito caótico e um me-
trô não muito confiável como
Washington, o ideal é andar
mesmo,nemquesejacomoum
“pedestre comum”, sem Seg-
way. As avenidas planejadas no
fim do século 18, com inspira-
ção parisiense ainda notável,
são agradáveis e arborizadas.
Mas,mesmoassim,émelhor
ficar hospedado no centro his-
tórico – mais seguro e perto
dos lugares de maior interesse
turístico.
Tantaandança,contudo,exi-
ge um merecido descanso para
o corpo. Os hotéis na capital
americana já estão acostuma-
dosareceberpolíticosefuncio-
nários públicos estressados e
têm espaço de sobra para turis-
tas que caminharam demais.
NoMandarinOriental(man-
darinoriental.com),aduasqua-
dras do National Mall, o spa se-
gue a decoração asiática predo-
minante no prédio. Já o spa do
Four Seasons (fourseasons.
com) tem um tratamento de
massagem de 80 minutos ideal
para quem usou demais as per-
nas: o “Retiro da Avenida
Pennsylvania” começa com es-
foliação nos pés e termina com
massagem nas costas.
OFourSeasons,aliás,ficaem
Georgetown, um bairro entre o
Rio Potomac, o Riacho Rock e a
universidadequetemo mesmo
nome da região. Lojas de grife,
restaurantes, docerias espe-
ciais e antiquários dividem os
prédios baixos de tijolos. E, no
meiodeumquarteirãonaAveni-
da M, a Velha Casa de Pedra,
construçãoinalteradamaisanti-
ga da cidade (de 1765), lembra
que, em Washington, a história
está em todos os cantos.
Nocentro
dopoder
O National Mall é como uma passarela que reúne os pontos-chave de
Washington. De Segway, o passeio fica mais fácil – e bem mais divertido
VIAGEM A CONVITE DA CAPITAL
REGION USA E DA UNITED AIRLINES
EstadosUnidos
%HermesFileInfo:D-8:20140218:
D8 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO
Hambúrguerdecordeiro
eoutrascaloriasdiletas
WASHINGTON
Como capital internacional
que é, Washington tem de sa-
ciar os gostos de milhares de
funcionáriosdeembaixadasde
todoomundo.Hádesderestau-
rantes franceses caros a espe-
cializados em comida etíope,
passandoporlanchonetesame-
ricaníssimas.
ODelFrisco’sGrille(delfris-
cosgrille.com), na Avenida
Pennsylvania, a três quartei-
rõesdaCasaBranca,éumpou-
co a mistura de tudo. Tem piz-
zas, saladas, sanduíches e os
steaks que não podem faltar,
maselestambémaproveitama
proximidade de Washington
daBaíade Chesapeake,emAn-
napolis (leia na pág. 12) famosa
porseuscaranguejos,paraofe-
recer frutos do mar. Mas o es-
sencial é pedir de entrada um
egg roll de carne apimentada e
mostarda (US$ 11).
O Gordon Biersch (gordon-
biersch.com), que fica na mes-
ma quadra do Teatro Ford, on-
deAbrahamLincolnfoiassassi-
nadoem1865,temumcardápio
variado até demais e sua pró-
priacervejaria.Dosalãodápara
ver os tanques de onde saem
seistiposdabebida,entreelasa
amarronzada e delicada Mar-
zen, parceria perfeita com um
hambúrguermalpassadodeKo-
be com cheddar envelhecido
(US$ 13,95).
Outro sanduíche bom (e
mais caro) está no Bourbon
Steak (bourbonsteakdc.com),
dentro do Four Seasons, com a
marca do chef celebridade Mi-
chaelMina.Olocal,quejárece-
beuocasalObama,éfamosope-
las carnes e pelos hambúrgue-
res, como o de cordeiro (US$
19). Também merece destaque
o trio de batatas fritas feitas no
óleo de pato, servidas em três
mini porções, cada uma com
um tempero e um molho parti-
cular (US$ 7).
À francesa. Para uma refeição
menos americana, há o Ici Ur-
ban Bistro (iciurbanbistro.
com), dentro do Sofitel na Pra-
ça Lafayette. Parece quase um
insulto comer em um lugar tão
francês a 400 metros da Casa
Branca,maso desconfortopas-
sa logo, assim que as entradas e
o Chardonnay chegam. Agora é
umaboahoraparainterromper
a maratona de steaks da viagem
– e o pipette rigate com gouda,
cogumelos e avelãs (US$ 23)
maisdoquecumpreo prometi-
do. No fim, do jeito mais fran-
cês possível, uma seleção de
queijos encerra o jantar.
Mas, se o turista brasileiro fi-
carcommuitasaudadedacomi-
da de casa, há uma Fogo de
Chão (fogodechao.com) logo
ali, na Avenida Pennsylvania.
Comosempre, o restaurante se
orgulhado“gauchoway”depre-
parar carne e o esquema é de
rodízio (US$ 34,50 o almoço e
US$ 51,50 o jantar). /D.T.
Artefatos usados por espiões
lembram momentos
importantes e desconheci-
dos da busca por informa-
ções desde a independência
americana até a Guerra Fria.
Na Rua F NW, 800. Ingresso:
US$ 20,95. Informações:
spymuseum.org.
Os originais da Declaração de Independência, a Cons-
tituição e a Carta de Direitos (as primeiras dez emen-
das à Constituição americana) são exibidas em uma
rotunda imponente. Na Av. Constitution NW, entre as
Ruas 7 e 9. Grátis. Site: archives.gov.
Uma instituição que, na verdade, são 19 museus e um zoológi-
co. Desses, só dois estão fora da região metropolitana de
Washington (em Nova York) e a maioria fica no corredor do
National Mall, entre eles os três mais famosos e interessan-
tes: o de História Americana, História Natural e o Aeroespa-
cial. E o melhor: é tudo de graça. Mais no site: si.edu.
O tema aqui são notícias histó-
ricas e a evolução do jornalis-
mo. O museu também tem
um pedaço do muro de Berlim
e uma torre de observação da
antiga fronteira entre as
Alemanhas Oriental e Ociden-
tal. Fica na Avenida Pennsylva-
nia, 555. Ingressos (válidos
para dois dias): US$ 21,95.
Mais: newseum.org.
Visitar a Casa Branca é muito difícil: tours têm de ser
solicitados com antecedência de no mínimo 21 dias, por
meio da embaixada brasileira. Para o Capitólio, é possível
fazer o agendamento pela internet: visitthecapitol.gov
National Archives Building
Phillips CollectionSmithsonian
O domo do Capitólio vai passar os próximos dois anos en-
coberto por andaimes, para restauração. O mesmo serviço foi
feito no Monumento de Washington, em decorrência de um
terremoto, em 2011, que provocou rachaduras nas pedras
International
Spy Museum
Newseum
Por meio de objetos pessoais, depoimentos e vídeos, o mu-
seu relembra as vítimas do nazismo. Fica na Raoul Wallen-
berg Place SW, 100. Entrada gratuita. Site: ushmm.org.
Museusde
todosostipos
Memorial do Holocausto dos Estados Unidos
DANIEL TRIELLI/ESTADÃO
FOTOS DIVULGAÇÃO
Primeiro acervo de arte moderna do país. Funciona
desde 1921 em uma antiga mansão transformada
em local de exibição de obras de arte intimista e
confortável. Vale a pena ficar de olho no calendário
de exposições itinerantes. Na Rua 21 NW, 1.600.
Ingresso: US$ 12. Mais: phillipscollection.org.
Paradas.
Memorial
de Thomas
Jefferson,
no National
Mall; à dir., o
confortável
Gordon
Biersch
‘Rolezinho’.
Lincoln,
imponente
em seu
memorial;
tour de
Segway; e o
animado
Georgetown
%HermesFileInfo:D-9:20140218:
O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Viagem D9
● Perto das montanhas Blue Rid-
ge, onde há 150 anos o general
Stonewall Jackson enganou as
tropas da União, o norte da Virgí-
nia hoje é uma região calma e to-
mada por vinícolas. O Estado tem
a quinta maior produção de vi-
nhos do país – e muitos lugares
para ver a produção de perto.
Aninhada entre morros do con-
dado de Loudon, a Vinícola Chry-
salis (chrysaliswine.com) não é
nada pretensiosa. Gazebos e chur-
rasqueiras dão ao local ares de
chácara. São 287 mil metros qua-
drados de videiras, de onde saem
19 tipos de vinhos – a especialida-
de são as uvas Norton. Para deci-
dir qual garrafa levar, deguste:
US$ 5, sete vinhos.
Loudon é tão perto de Washing-
ton que está na região metropoli-
tana, embora o cenário rural não
dê nenhuma evidência disso. O
Aeroporto Dulles, ponto de chega-
da de voos internacionais à capi-
tal americana, está a 20 minutos
da cidade de Leesburg.
Com pouco mais de 40 mil habi-
tantes, Leesburg é o centro admi-
nistrativo de Loudon. Entre os pré-
dios históricos está a sede de um
banco de 1888, hoje um restauran-
te. O Lightfoot manteve o entalhe
da fachada do Peoples National
Bank, itens de decoração e gran-
des portas de cofres – uma delas
protege o estoque de vinhos. Esco-
lha um rótulo local para acompa-
nhar pratos sulistas como os to-
mates verdes fritos com queijo
apimentado (US$ 10). /D.T.
Passado
sombrio
jamais
esquecido
Núcleo da resistência pela escravidão durante a Guerra Civil, Richmond
mostra lado progressista e moderno sem deixar de rediscutir sua trajetóriaEstadosUnidos
Terradevinhos
edetomates
verdesfritos
RICHMOND
Para compreender melhor um
dos capítulos cruciais da histó-
ria americana é preciso deixar
Washington e percorrer cerca
de170quilômetrosrumoaoco-
ração da Virgínia. O legado da
Guerra Civil americana (1861-
1865) – a Guerra de Secessão –
continua vivo em Richmond, a
capital do Estado, que também
confronta sua história escrava-
gista.Hámuitasestátuasemho-
menagem aos “heróis confede-
rados”, mas um museu monta-
doemumaantigaindústriabéli-
ca convida todos a dialogar so-
bre o significado do conflito.
Háumséculoemeio,acidade
deRichmondrepresentavaalu-
ta pelo passado. Entre 1861 e
1865 a capital da Virgínia tam-
bém foi a capital dos Estados
Confederados da América,
onomeformaldos13Es-
tados americanos su-
listas que se rebela-
ram para lutar, en-
tre outras coisas,
pelo direito de
manter negros co-
mo escravos nas
plantações.
Hoje, Richmond é
umacidadeprogressista,
cultural e que está sempre re-
pensando sua história. Numa
provaa olhos vistos disso, está-
tuas de generais confederados
dividem o espaço urbano com
museus, lojas moderninhas e
restaurantes sofisticados.
Esses contrapontos apare-
cem também na própria malha
urbana. O moderno prédio do
Museu de Belas Artes de Virgí-
nia, por exemplo, ocupa uma
áreaque,nofimdoséculo19,foi
um complexo residencial para
veteranosconfederados.Ocen-
tro econômico da cidade, com
hotéis, bares e restaurantes, fi-
caaoladodeumbairroondeaté
ocomeçodoséculo18eramrea-
lizados leilões de escravos.
Pontos de vista. No entanto, a
conversasobreopassadoescra-
vocrata de Richmond não aca-
bou.Aliás,estábemvivoemum
doslugaresmaisfascinantesda
cidade. O American Civil War
Center (www.tredegar.org)
nãoguardasóartefatosdaGuer-
ra Civil, mas também unifor-
mes, armas e cartas. Tem mos-
tras interativas em que os visi-
tantes podem deixar suas im-
pressões e os seus significados
própriosdoqueémorarouvisi-
tar um Estado que, há muito
tempo, lutou tão bravamente
por um passado tão sombrio.
O museu conta a história de
três pontos de vista distintos:
donorteunionista,dosulconfe-
derado e dos escravos. E tudo
isso volta à vida em um conjun-
todeprédioshistóricosque,du-
ranteaguerra, era asiderúrgica
Tredegar, que fabricou mais da
metade de todos os canhões
usados pelas forças rebeldes.
Andarnosgramadosaoredor
doTredegaréumaexpe-
riência tão pacífica
queédifícilimagi-
nar o incêndio
que dizimou a
região ao redor
da velha side-
rúrgica em
1865, quando as
forças nortistas
chegaram à cidade
e os sulistas queima-
ram tudo. A paisagem é
marcada pelo Rio James, limpo
e usado pelos moradores para
canoagem, rafting e pescaria.
O rio é pontilhado por ilhas
com parques, trilhas para bici-
cleta e palcos para shows. É ali,
emsuamargem,pertodoTrede-
gar,queserealizaomaioreven-
to cultural da cidade, o Rich-
mondFolkFestival–emboraos
locaisavisemqueadefiniçãode
“folk”sejabemliberal,commui-
tosrepresentantesdemúsicain-
ternacional. A próxima edição
será em outubro e a festa tem
entrada gratuita.
Outro Capitólio. O epicentro
doscontrapontosdeRichmond
é o Capitólio, prédio que abriga
a assembleia e o senado esta-
dualdaVirgínia.Elefoiprojeta-
do por Thomas Jefferson
(1743-1826), terceiro presiden-
tedosEstadosUnidos,autorda
Declaração de Independência
do país. Construído em 1788,
foi o primeiro prédio público
em estilo clássico da América.
As colunas romanas que reme-
tem ao Iluminismo francês do
século18eramumcontrasteirô-
nico, durante a Guerra Civil,
com o governo escravocrata
que se reunia ali dentro.
Mais ironicamente, o prédio
foi usado, 150 anos depois, co-
mo local de gravação de cenas
dofilmeLincoln(2012).Nolon-
ga,oCapitóliodaVirgíniafezas
vezes do de Washington em
uma cena em que os deputados
federais discutiram e aprova-
ram o fim da escravidão.
UmadassalasdoCapitólio,o
OldHall,estáapinhadadeestá-
tuas, sendo a mais imponente a
do general Robert E. Lee
(1807-1870;nodetalhe)–repre-
senta o momento em que ele
aceitou, naqueleexato ponto,o
cargo de comandante supremo
das forças confederadas.
Por toda Richmond, a propó-
sito,háestátuasdeLee.Issopor-
queeleéumafigurapoucocon-
troversa, apesar de ter sido lí-
der militar dos rebeldes.
Leetinhasedeclaradocontrá-
rio à escravidão e, também por
isso, sempre foi considerado
um homemhonrado eprestati-
vo, apto a acabar com a fissura
entre norte e sul após a guerra.
“Umsantosecular”,comode-
fine Sean Kane, do Civil War
Center. Não por acaso, é dele
também aestátuamaisimpres-
sionante da Monument Ave-
nue, uma arborizada e larga via
pontuadaporimagensdeperso-
nagens famosos. / DANIEL TRIELLI
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%HermesFileInfo:D-10:20140218:
D10 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO
Em reduto hipster, você garimpa
de artigos vintage a cupcakes
Vale visitar o Museu de Belas Artes da Virgínia (vmfa.
state.va.us), com entrada gratuita e 33 mil obras de arte
em sua coleção permanente. O destaque são os ovos de
Fabergé – que só voltarão a ser exibidos ali em 2015
As fortes nevascas que vêm atingindo os Estados Unidos
causaram transtornos na região de Washington semana
passada. Estradas ficaram bloqueadas, voos atrasaram e
museus fecharam. Se tiver viagem marcada, fique atento
● Aéreo: SP – Washing-
ton – SP: R$ 2.667 na Uni-
ted (united.com), R$ 2.744
na American (aa.com.br),
R$ 3.238,56 na TAM (tam.
com.br) e US$ 988 (cerca
de R$ 2.380) na Delta (pt.
delta.com). Com conexão
● Trem: de Washington a
Nova York são cerca de
3 horas. Mais: amtrak.com
● Visto: formulário no
tinyurl.com/eua2013.
Saiba
mais
FOTOS DIVULGAÇÃO
Roaming Internacional 3G para os clientes pós-pago e controle que forem para os Estados Unidos, Peru, México ou Chile, sujeito a análise de crédito. Antes de ativar o Serviço de Roaming
Internacional, deve-se verificar a frequência do aparelho com o país de destino além da compatibilidade de serviços disponíveis e planos. Pacote 50 min internacional recebido e realizado
no valor promocional de R$ 49,90, após o término da franquia, o valor do minuto excedente (recebido e efetuado) é R$ 1,50. Franquia de dados diária de 30MB no valor de R$ 14,90, com
velocidade de download 500kbps e upload de 200kbps. Ultrapassada a franquia, a velocidade é reduzida para 32kbps. O Serviço de Rádio está disponível para os clientes que possuem
aparelho com esta funcionalidade, no valor de R$ 2,50/dia. SMS avulso no valor de R$ 0,80. Para outros pacotes e mais informações, acesse www.nextel.com.br/roaminginternacional.
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Washington
OCEANO
ATLÂNTICO
0 200km
N
ESTADOS
UNIDOS
MARYLAND
VIRGÍNIA
CAROLINA
DO NORTE
DANIEL TRIELLI/ESTADÃO
RICHMOND
Com antiquários, brechós, lo-
jas de artesanato, tricô, estú-
dios de tatuagem e cartoman-
tes, Carytown, no centro de Ri-
chmond,éumparaísoparahips-
ters ou para quem busca com-
pras diferentes.
O eixo do bairro é Cary
Street, uma via tranquila de
mãoúnicaquecortaacidadedo
subúrbio ao centro. Ali, muitas
casinhas de madeira e tijolo fo-
ram reconquistadas pelo co-
mércio independente e trazem
cafés descolados, restaurantes
diferentese, éclaro, asindefec-
tíveis casas de cupcakes.
De vez em quando, aparece
uma loja de bicicleta, um lugar
que vende videogames dos
anos 1990 e um bocado de sa-
lões de tatuagem. Também há
lugaresextremamenteespecia-
lizadoscomoTheYarnLounge,
um estúdio de tricô com o slo-
gan “It’s hip to knit” (“É bacana
tricotar”), ao lado da World of
Mirth,lojadebrinquedosvinta-
ge e educativos.
O destaque, no entanto, são
os brechós. O Second Debut se
destaca por ter roupas femini-
nasdemarcasfamosas,porpre-
ços bem menores. Já a Bygones
se especializa em criar roupas
deépocadosanos1900àdécada
de 1970. Isso inclui ternos, cha-
péus, vestidos, uniformes de
guerra e muitos acessórios. O
ator Daniel Day-Lewis fez com-
pras lá com a família enquanto
filmava Lincoln (2012) na cida-
de, e o elenco do longa também
frequentava o Can Can Brasse-
rie, um café com temas france-
sesa dois quarteirões dali.
Outlets. Se Carytown parecer
alternativo demais, há sempre
os outlets. Na região de Rich-
mondháoWilliamsburge,mais
pertodeWashingtonedaregião
dosvinhos,nonortedaVirgínia,
fica o Leesburg (ambos com in-
formações no premiumoutlets.
com). O modelo é o de sempre:
marcas como Adidas, Banana
Republic, Calvin Klein, Diesel,
DKNY,GapeRalphLaurenofe-
recempreçostentadoresjápara
os americanos, que dirá para os
brasileiros. / D.T.
%HermesFileInfo:D-11:20140218:
O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Viagem D11
Aquiopatriotismo
vaideventoempopa
ANNAPOLIS
Annapolis é uma cidade voltada
paraomar.Mesmosempraias,a
vidadacapitaldeMarylandorbi-
taaoredordaBaíadeChesapea-
ke, para onde partem seus bar-
cos à vela em competições e de
onde vêm os siris que são a base
da culinária local. Mesmo fora
doverão,comasembarcaçõesjá
recolhidasnasmarinas,acidade
mantémo clima deconfraterni-
zaçãoeterna.Moradoreseturis-
tas se cumprimentam nas ruas
do centro histórico como se co-
nhecessemhá tempos.
OlugarmaisAnnapolisdeAn-
napolis é a Main Street, que de-
sembocanasmarinasdaBaíade
Chesapeakeetemrestaurantes,
cafés e lojas dos dois lados. Um
cantinho subutilizado pelo co-
mérciofoi ocupadoporartistas.
Tudoficaabertoatétarde–algu-
mas lojas fecham às 22 horas,
mesmofora datemporada.
Osímbolomaiordaculturale-
vemente excêntrica da cidade é
o café Chick and Ruth’s. De lon-
ge,trata-sedeumdinertradicio-
nal,commenudecafédamanhã
americano,milk-shakeshoméri-
cos e sanduíches. Mas a fila de
espera diária e a recomendação
dos moradores justifica uma in-
vestigação mais apurada. O
cliente é recebido pelo próprio
dono,TedLevitt.Eletambémsu-
pervisiona a cozinha, passa de
mesa em mesa fazendo truques
demágicaepegaomicrofonepa-
radispararumaartilhariadepia-
das. Ah, toda manhã funcioná-
rios e clientes se levantam e fa-
zemum juramentoà bandeira.
Amisturadeexcentricidade e
patriotismotambémestánariva-
lidade entre as duas principais
universidades locais. A Acade-
mia Naval forma marinheiros e
fuzileiros com cursos voltados
principalmente para as áreas de
tecnologia e exatas. Já o foco do
St.John’sCollegesãoasciências
humanas.Adesigualdadeécolo-
cadaem teste em um evento es-
portivoanualdecroquet.Desde
1983, em abril, os estudantes da
academia aparecem com seus
uniformes brancos para a parti-
da, enquanto os rivais usam de
fantasias de viking a roupa do
personagemdeOndeestáWally?.
No balanço. Considerada capi-
tal nacional da vela, no verão é
comumvervelejadorespassean-
dopelaentradadoporto,emum
corredor chamado Ego Alley
(Caminho do Ego), exibindo
suasembarcações.Sequisersen-
tir o gostinho de perto, há pas-
seiosdecaiaque ebarco.
Dáparaoptartambémporas-
sistir tudo de um café à beira-
mar.Aliás,aproveiteparaprovar
osiri-azul,protagonistadacozi-
nhalocal,usadoemcremes,boli-
nhosoumesmoservidocomcas-
ca, para ser comido inteiro. Mas
o melhor – e mais famoso – pre-
parosãooscrabcakes,amontoa-
dosde carne de siri-azultempe-
rada e gratinada, servidos com
batatase salada.
Dá para provar em qualquer
portinha,masalgunsrestauran-
tes são especiais. O Carrol’s
CreekWaterfrontficadentrode
umamarinaemEastporteofere-
ce uma ótima vista para a baía.
Outra boa opção no bairro é o
BoatyardBarandGrill,querece-
beuMichelleObamaem2010(a
primeira-dama garantiu que os
crab cakes dali eram os melho-
resque ela jácomeu).
Deixe a sobremesa para a An-
napolis Ice Cream Factory, na
MainStreeet.Osgeladossãofei-
tosalimesmo,nodiaemquesão
servidos. A tradição é oferecer
canetinhas para o cliente pintar
as colheres de plástico, que são
exibidas em painéis na parede
daloja.Sim,játemumabandeira
brasileiralá. / DANIEL TRIELLI
Baía de
Chesapeake.
O ‘point’ de
Annapolis
DIVULGAÇÃO
%HermesFileInfo:D-12:20140218:
D12 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO

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  • 1. Turista Profissional Estratégias certeiras para se achar em Veneza Está chegando a hora Fantasias e utilidades na sua mala de carnaval Pág. 7 http://www.estadão.com.br Pág. 6 Ícone. Domo doCapitólio, aindasem interferências: feito de ferro fundido, ficará coberto por andaimes pelos próximos dois anos para obras de restauração EstadosUnidos Recortehistórico Da Guerra de Secessão a Obama, dos museus aos brechós. A região de Washington oferece um mergulho nas memórias americanas – e vai além DIVULGAÇÃO DANIEL TRIELLI/ESTADÃO %HermesFileInfo:D-1:20140218: D1 TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Nº 2479 O ESTADO DE S. PAULO
  • 2. Daniel Trielli/ WASHINGTON Cruzaros3,5quilôme- tros de comprimento do National Mall, no centro de Washing- ton, é muito melhor quando se está montado em Rosie. Com a vantagem da altura, dá para ver um horizonte mais distante no passeio pelas vias de cascalho no jardim entre o Capitólio e o MemorialdeLincoln.Opanora- ma mostra todo o corredor de museusnaesplanadada capital americana. E também, por cau- sa de Rosie, não é preciso se es- forçarparasedeslocarcomrapi- dez. Ela não exige que a espore para acelerar ou que puxe ré- deas para reduzir a velocidade. É só me inclinar para frente e para trás e ela entende o que eu quero – e responde de acordo. Rosie não é uma égua; é um Segway – aqueles transportes individuais usados por segu- ranças de shopping – do Bike and Roll (bikeandroll.com), empresa de passeios turísticos e aluguel de bicicleta. Ali, cada diciclo tem o nome do animal deestimaçãodeumpresidente americano (Rosie, em particu- lar, era uma cadelinha de Ulys- ses S. Grant). A volta pelo eixo de monumentos e prédios his- tóricos mais famosos da capi- tal americana dura 2h30 e cus- ta US$ 59. Se você tiver sorte, a guia vai ser a entusiasmada Jessica Lilly, de 26 anos, que define o MonumentodeWashingtonco- mo“umgrandejogodeJenga”– além da sustentação do eleva- dor por dentro do obelisco, to- da a estrutura é formada pelos 36 mil blocos de mármore. Elausaexpressõescomo“coo- lest, most awesome dome ever” (mais legal e radical domo de todo o sempre) para definir a coroa do Capitólio. E, ok, ele é super cool. Com 88 metros de alturae29dediâmetro,aestru- tura de 150 anos parece ser de pedra como o resto do prédio, mas é feita de ferro fundido. O passeio continua em uma rotade cercade10quilômetros de extensão e passa pela frente de lugares essenciais: Casa Branca, complexo do Smithso- nian, Memorial da Segunda GuerraetodaaAvenidaPennsy- lvania,ondeestáoNewseumea sede do FBI – um prédio que o diretor vitalício J. Edgar Hoo- ver (1895-1972) achou horrível, masaindaassimtemseunome. Mensagens etéreas. Washing- ton não é a primeira cidade a oferecer passeios turísticos de Segway,masotouréumaótima maneiradeterumbompanora- ma e decidir aonde ir depois com mais calma. Mas há um lu- garessencial–tantoqueéoúni- copontoemqueogrupodesem- barcadeseusdiciclos:oMemo- rial de Lincoln, na ponta mais a oeste do National Mall. O presidente de mármore de 5,8 metros de altura (sentado; de pé ele ficaria com 8,5 me- tros) descansa em uma cadeira no meio do salão, no topo da escadaria que começa na pisci- naquerefleteaimagemdoMo- numento de Washington. Nas paredes laterais, os seus discursos mais famosos: o de Gettysburg,emqueeledefende um governo “do povo, pelo po- vo e para o povo”, e o de sua segundaposse,noqualelecom- partilhava a esperança para um rápido fim da Guerra Civil (1861-1865) e da escravidão. Oespíritodecontemplaçãoé afetado pela quantidade de tu- ristas que também se aglome- ram para ver uma gravura mar- cando o local onde Martin Lu- ther King fez seu discurso “Eu tenho um sonho”, em 1963. Descanso. Em uma cidade com trânsito caótico e um me- trô não muito confiável como Washington, o ideal é andar mesmo,nemquesejacomoum “pedestre comum”, sem Seg- way. As avenidas planejadas no fim do século 18, com inspira- ção parisiense ainda notável, são agradáveis e arborizadas. Mas,mesmoassim,émelhor ficar hospedado no centro his- tórico – mais seguro e perto dos lugares de maior interesse turístico. Tantaandança,contudo,exi- ge um merecido descanso para o corpo. Os hotéis na capital americana já estão acostuma- dosareceberpolíticosefuncio- nários públicos estressados e têm espaço de sobra para turis- tas que caminharam demais. NoMandarinOriental(man- darinoriental.com),aduasqua- dras do National Mall, o spa se- gue a decoração asiática predo- minante no prédio. Já o spa do Four Seasons (fourseasons. com) tem um tratamento de massagem de 80 minutos ideal para quem usou demais as per- nas: o “Retiro da Avenida Pennsylvania” começa com es- foliação nos pés e termina com massagem nas costas. OFourSeasons,aliás,ficaem Georgetown, um bairro entre o Rio Potomac, o Riacho Rock e a universidadequetemo mesmo nome da região. Lojas de grife, restaurantes, docerias espe- ciais e antiquários dividem os prédios baixos de tijolos. E, no meiodeumquarteirãonaAveni- da M, a Velha Casa de Pedra, construçãoinalteradamaisanti- ga da cidade (de 1765), lembra que, em Washington, a história está em todos os cantos. Nocentro dopoder O National Mall é como uma passarela que reúne os pontos-chave de Washington. De Segway, o passeio fica mais fácil – e bem mais divertido VIAGEM A CONVITE DA CAPITAL REGION USA E DA UNITED AIRLINES EstadosUnidos %HermesFileInfo:D-8:20140218: D8 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO
  • 3. Hambúrguerdecordeiro eoutrascaloriasdiletas WASHINGTON Como capital internacional que é, Washington tem de sa- ciar os gostos de milhares de funcionáriosdeembaixadasde todoomundo.Hádesderestau- rantes franceses caros a espe- cializados em comida etíope, passandoporlanchonetesame- ricaníssimas. ODelFrisco’sGrille(delfris- cosgrille.com), na Avenida Pennsylvania, a três quartei- rõesdaCasaBranca,éumpou- co a mistura de tudo. Tem piz- zas, saladas, sanduíches e os steaks que não podem faltar, maselestambémaproveitama proximidade de Washington daBaíade Chesapeake,emAn- napolis (leia na pág. 12) famosa porseuscaranguejos,paraofe- recer frutos do mar. Mas o es- sencial é pedir de entrada um egg roll de carne apimentada e mostarda (US$ 11). O Gordon Biersch (gordon- biersch.com), que fica na mes- ma quadra do Teatro Ford, on- deAbrahamLincolnfoiassassi- nadoem1865,temumcardápio variado até demais e sua pró- priacervejaria.Dosalãodápara ver os tanques de onde saem seistiposdabebida,entreelasa amarronzada e delicada Mar- zen, parceria perfeita com um hambúrguermalpassadodeKo- be com cheddar envelhecido (US$ 13,95). Outro sanduíche bom (e mais caro) está no Bourbon Steak (bourbonsteakdc.com), dentro do Four Seasons, com a marca do chef celebridade Mi- chaelMina.Olocal,quejárece- beuocasalObama,éfamosope- las carnes e pelos hambúrgue- res, como o de cordeiro (US$ 19). Também merece destaque o trio de batatas fritas feitas no óleo de pato, servidas em três mini porções, cada uma com um tempero e um molho parti- cular (US$ 7). À francesa. Para uma refeição menos americana, há o Ici Ur- ban Bistro (iciurbanbistro. com), dentro do Sofitel na Pra- ça Lafayette. Parece quase um insulto comer em um lugar tão francês a 400 metros da Casa Branca,maso desconfortopas- sa logo, assim que as entradas e o Chardonnay chegam. Agora é umaboahoraparainterromper a maratona de steaks da viagem – e o pipette rigate com gouda, cogumelos e avelãs (US$ 23) maisdoquecumpreo prometi- do. No fim, do jeito mais fran- cês possível, uma seleção de queijos encerra o jantar. Mas, se o turista brasileiro fi- carcommuitasaudadedacomi- da de casa, há uma Fogo de Chão (fogodechao.com) logo ali, na Avenida Pennsylvania. Comosempre, o restaurante se orgulhado“gauchoway”depre- parar carne e o esquema é de rodízio (US$ 34,50 o almoço e US$ 51,50 o jantar). /D.T. Artefatos usados por espiões lembram momentos importantes e desconheci- dos da busca por informa- ções desde a independência americana até a Guerra Fria. Na Rua F NW, 800. Ingresso: US$ 20,95. Informações: spymuseum.org. Os originais da Declaração de Independência, a Cons- tituição e a Carta de Direitos (as primeiras dez emen- das à Constituição americana) são exibidas em uma rotunda imponente. Na Av. Constitution NW, entre as Ruas 7 e 9. Grátis. Site: archives.gov. Uma instituição que, na verdade, são 19 museus e um zoológi- co. Desses, só dois estão fora da região metropolitana de Washington (em Nova York) e a maioria fica no corredor do National Mall, entre eles os três mais famosos e interessan- tes: o de História Americana, História Natural e o Aeroespa- cial. E o melhor: é tudo de graça. Mais no site: si.edu. O tema aqui são notícias histó- ricas e a evolução do jornalis- mo. O museu também tem um pedaço do muro de Berlim e uma torre de observação da antiga fronteira entre as Alemanhas Oriental e Ociden- tal. Fica na Avenida Pennsylva- nia, 555. Ingressos (válidos para dois dias): US$ 21,95. Mais: newseum.org. Visitar a Casa Branca é muito difícil: tours têm de ser solicitados com antecedência de no mínimo 21 dias, por meio da embaixada brasileira. Para o Capitólio, é possível fazer o agendamento pela internet: visitthecapitol.gov National Archives Building Phillips CollectionSmithsonian O domo do Capitólio vai passar os próximos dois anos en- coberto por andaimes, para restauração. O mesmo serviço foi feito no Monumento de Washington, em decorrência de um terremoto, em 2011, que provocou rachaduras nas pedras International Spy Museum Newseum Por meio de objetos pessoais, depoimentos e vídeos, o mu- seu relembra as vítimas do nazismo. Fica na Raoul Wallen- berg Place SW, 100. Entrada gratuita. Site: ushmm.org. Museusde todosostipos Memorial do Holocausto dos Estados Unidos DANIEL TRIELLI/ESTADÃO FOTOS DIVULGAÇÃO Primeiro acervo de arte moderna do país. Funciona desde 1921 em uma antiga mansão transformada em local de exibição de obras de arte intimista e confortável. Vale a pena ficar de olho no calendário de exposições itinerantes. Na Rua 21 NW, 1.600. Ingresso: US$ 12. Mais: phillipscollection.org. Paradas. Memorial de Thomas Jefferson, no National Mall; à dir., o confortável Gordon Biersch ‘Rolezinho’. Lincoln, imponente em seu memorial; tour de Segway; e o animado Georgetown %HermesFileInfo:D-9:20140218: O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Viagem D9
  • 4. ● Perto das montanhas Blue Rid- ge, onde há 150 anos o general Stonewall Jackson enganou as tropas da União, o norte da Virgí- nia hoje é uma região calma e to- mada por vinícolas. O Estado tem a quinta maior produção de vi- nhos do país – e muitos lugares para ver a produção de perto. Aninhada entre morros do con- dado de Loudon, a Vinícola Chry- salis (chrysaliswine.com) não é nada pretensiosa. Gazebos e chur- rasqueiras dão ao local ares de chácara. São 287 mil metros qua- drados de videiras, de onde saem 19 tipos de vinhos – a especialida- de são as uvas Norton. Para deci- dir qual garrafa levar, deguste: US$ 5, sete vinhos. Loudon é tão perto de Washing- ton que está na região metropoli- tana, embora o cenário rural não dê nenhuma evidência disso. O Aeroporto Dulles, ponto de chega- da de voos internacionais à capi- tal americana, está a 20 minutos da cidade de Leesburg. Com pouco mais de 40 mil habi- tantes, Leesburg é o centro admi- nistrativo de Loudon. Entre os pré- dios históricos está a sede de um banco de 1888, hoje um restauran- te. O Lightfoot manteve o entalhe da fachada do Peoples National Bank, itens de decoração e gran- des portas de cofres – uma delas protege o estoque de vinhos. Esco- lha um rótulo local para acompa- nhar pratos sulistas como os to- mates verdes fritos com queijo apimentado (US$ 10). /D.T. Passado sombrio jamais esquecido Núcleo da resistência pela escravidão durante a Guerra Civil, Richmond mostra lado progressista e moderno sem deixar de rediscutir sua trajetóriaEstadosUnidos Terradevinhos edetomates verdesfritos RICHMOND Para compreender melhor um dos capítulos cruciais da histó- ria americana é preciso deixar Washington e percorrer cerca de170quilômetrosrumoaoco- ração da Virgínia. O legado da Guerra Civil americana (1861- 1865) – a Guerra de Secessão – continua vivo em Richmond, a capital do Estado, que também confronta sua história escrava- gista.Hámuitasestátuasemho- menagem aos “heróis confede- rados”, mas um museu monta- doemumaantigaindústriabéli- ca convida todos a dialogar so- bre o significado do conflito. Háumséculoemeio,acidade deRichmondrepresentavaalu- ta pelo passado. Entre 1861 e 1865 a capital da Virgínia tam- bém foi a capital dos Estados Confederados da América, onomeformaldos13Es- tados americanos su- listas que se rebela- ram para lutar, en- tre outras coisas, pelo direito de manter negros co- mo escravos nas plantações. Hoje, Richmond é umacidadeprogressista, cultural e que está sempre re- pensando sua história. Numa provaa olhos vistos disso, está- tuas de generais confederados dividem o espaço urbano com museus, lojas moderninhas e restaurantes sofisticados. Esses contrapontos apare- cem também na própria malha urbana. O moderno prédio do Museu de Belas Artes de Virgí- nia, por exemplo, ocupa uma áreaque,nofimdoséculo19,foi um complexo residencial para veteranosconfederados.Ocen- tro econômico da cidade, com hotéis, bares e restaurantes, fi- caaoladodeumbairroondeaté ocomeçodoséculo18eramrea- lizados leilões de escravos. Pontos de vista. No entanto, a conversasobreopassadoescra- vocrata de Richmond não aca- bou.Aliás,estábemvivoemum doslugaresmaisfascinantesda cidade. O American Civil War Center (www.tredegar.org) nãoguardasóartefatosdaGuer- ra Civil, mas também unifor- mes, armas e cartas. Tem mos- tras interativas em que os visi- tantes podem deixar suas im- pressões e os seus significados própriosdoqueémorarouvisi- tar um Estado que, há muito tempo, lutou tão bravamente por um passado tão sombrio. O museu conta a história de três pontos de vista distintos: donorteunionista,dosulconfe- derado e dos escravos. E tudo isso volta à vida em um conjun- todeprédioshistóricosque,du- ranteaguerra, era asiderúrgica Tredegar, que fabricou mais da metade de todos os canhões usados pelas forças rebeldes. Andarnosgramadosaoredor doTredegaréumaexpe- riência tão pacífica queédifícilimagi- nar o incêndio que dizimou a região ao redor da velha side- rúrgica em 1865, quando as forças nortistas chegaram à cidade e os sulistas queima- ram tudo. A paisagem é marcada pelo Rio James, limpo e usado pelos moradores para canoagem, rafting e pescaria. O rio é pontilhado por ilhas com parques, trilhas para bici- cleta e palcos para shows. É ali, emsuamargem,pertodoTrede- gar,queserealizaomaioreven- to cultural da cidade, o Rich- mondFolkFestival–emboraos locaisavisemqueadefiniçãode “folk”sejabemliberal,commui- tosrepresentantesdemúsicain- ternacional. A próxima edição será em outubro e a festa tem entrada gratuita. Outro Capitólio. O epicentro doscontrapontosdeRichmond é o Capitólio, prédio que abriga a assembleia e o senado esta- dualdaVirgínia.Elefoiprojeta- do por Thomas Jefferson (1743-1826), terceiro presiden- tedosEstadosUnidos,autorda Declaração de Independência do país. Construído em 1788, foi o primeiro prédio público em estilo clássico da América. As colunas romanas que reme- tem ao Iluminismo francês do século18eramumcontrasteirô- nico, durante a Guerra Civil, com o governo escravocrata que se reunia ali dentro. Mais ironicamente, o prédio foi usado, 150 anos depois, co- mo local de gravação de cenas dofilmeLincoln(2012).Nolon- ga,oCapitóliodaVirgíniafezas vezes do de Washington em uma cena em que os deputados federais discutiram e aprova- ram o fim da escravidão. UmadassalasdoCapitólio,o OldHall,estáapinhadadeestá- tuas, sendo a mais imponente a do general Robert E. Lee (1807-1870;nodetalhe)–repre- senta o momento em que ele aceitou, naqueleexato ponto,o cargo de comandante supremo das forças confederadas. Por toda Richmond, a propó- sito,háestátuasdeLee.Issopor- queeleéumafigurapoucocon- troversa, apesar de ter sido lí- der militar dos rebeldes. Leetinhasedeclaradocontrá- rio à escravidão e, também por isso, sempre foi considerado um homemhonrado eprestati- vo, apto a acabar com a fissura entre norte e sul após a guerra. “Umsantosecular”,comode- fine Sean Kane, do Civil War Center. Não por acaso, é dele também aestátuamaisimpres- sionante da Monument Ave- nue, uma arborizada e larga via pontuadaporimagensdeperso- nagens famosos. / DANIEL TRIELLI Reserve um carro compacto, médio ou standard e imediatamente receba um superior da próxima categoria. Válide até 09/04/2014 . Alterações nos preços das tarifas variam de 12 - 22/02/2014 e de 28/2 a 04/03/2014. Termos e tarifas sujeitos a alterações sem aviso prévio. Inclui Km. ilimitada + Seguros CDW + Um motorista adicional Para reservas, termos e condições gerais visite pt.alamo.com ou ligue para (21) 2517-4800 (Rio deJaneiro) ou 4002-2829. Favorsolicitar o código de reserva TB1 e o código de cupom AU1488LAC. EM MIAMI, ORLANDO E TODA A FLÓRIDA. Veículo Standard Semanal a partir de $122. US Veículo Médio Semanal a partir de $103. US 95 95 Hotéis BRAGANÇA PAULISTA3 BROTAS3 CALDAS NOVAS3 POÇOS DE CALDAS SERRA NEGRA3 SOCORRO3 SÃO LOURENÇO3 Classificados Hotéis MONTE VERDE-MG Green Mountains Hotel. Preços promocionais. Chalés c/lareira. Vi- site: www.greenhotel.com.br ☎(11)3258-9898 - Fax: (11)3256-0287/(35)3433-5518 reservas@greenhotel.com.br ILHA COMPRIDA SP SAMBURA POUSADA Chalés mob. p/4 pes, piscina c/ toboágua, futebol, volei, bocha, play gr, churr, sala TV (Wifi), jogos, apa- relhos ginástica, estacionam. R$119, p/2 pes (11) 4195-0777 www.samburapousada.com.br Hotéis CARNAVAL SALVADOR Mar Hotel. Próximo Circuito Barra Ondina 0800714440 Fotos : www.marhotelbahia.com.br Placidez. O central bairro de Shockoe Split (acima), brechó em Carytown; navegar é preciso pelos canais do Rio James Hotel Brasil São Lourenço-Sul de Minas Ao lado do Parque das Àguas (35) 3332 5155 / (35) 3339-2550 hotelbrasil.com.br CARNAVCARNAVAL 2014 NAL 2014 NA ILHA ( 2KM )A ILHA ( 2KM ) LOCAL PRÓPRIO POCAL PRÓPRIO PARA EVENTARA EVENTOSOS Reservas:0800(035)1313 %HermesFileInfo:D-10:20140218: D10 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO
  • 5. Em reduto hipster, você garimpa de artigos vintage a cupcakes Vale visitar o Museu de Belas Artes da Virgínia (vmfa. state.va.us), com entrada gratuita e 33 mil obras de arte em sua coleção permanente. O destaque são os ovos de Fabergé – que só voltarão a ser exibidos ali em 2015 As fortes nevascas que vêm atingindo os Estados Unidos causaram transtornos na região de Washington semana passada. Estradas ficaram bloqueadas, voos atrasaram e museus fecharam. Se tiver viagem marcada, fique atento ● Aéreo: SP – Washing- ton – SP: R$ 2.667 na Uni- ted (united.com), R$ 2.744 na American (aa.com.br), R$ 3.238,56 na TAM (tam. com.br) e US$ 988 (cerca de R$ 2.380) na Delta (pt. delta.com). Com conexão ● Trem: de Washington a Nova York são cerca de 3 horas. Mais: amtrak.com ● Visto: formulário no tinyurl.com/eua2013. Saiba mais FOTOS DIVULGAÇÃO Roaming Internacional 3G para os clientes pós-pago e controle que forem para os Estados Unidos, Peru, México ou Chile, sujeito a análise de crédito. Antes de ativar o Serviço de Roaming Internacional, deve-se verificar a frequência do aparelho com o país de destino além da compatibilidade de serviços disponíveis e planos. Pacote 50 min internacional recebido e realizado no valor promocional de R$ 49,90, após o término da franquia, o valor do minuto excedente (recebido e efetuado) é R$ 1,50. Franquia de dados diária de 30MB no valor de R$ 14,90, com velocidade de download 500kbps e upload de 200kbps. Ultrapassada a franquia, a velocidade é reduzida para 32kbps. O Serviço de Rádio está disponível para os clientes que possuem aparelho com esta funcionalidade, no valor de R$ 2,50/dia. SMS avulso no valor de R$ 0,80. Para outros pacotes e mais informações, acesse www.nextel.com.br/roaminginternacional. Cobertura nacional 3G em mais de 2.700 cidades através de Rede Nextel e Rede Parceira, disponível para os planos smartphone pós-pagos com DDD de origem 11, 12, 13, 15, 19, 21, 22 e 24. Antes de viajar, ligue 1050 e ative o serviço Roaming Internacional. Roaming EUA Nextel. Mais econômico em NY, Los Angeles e em todos os Estados Unidos. &DUROPRGHORWHPGHVýOHHP1 e sessão de fotos em Los Angeles. R$ R$ 90por dia 14, 1, Pode comparar. O roaming Estados 8QLGRV1H[WHOªRPDLV HFRQµPLFR$WªSRUTXH TXHPHVW¢YLDMDQGR WHPPXLWRSUDFRQWDU RQøUDWDPE«PSDFRWHVGH YR]HLQWHUQHWSDUD0«[LFR 3HUXHKLOH 3DFRWH50 min LQWHUQDFLRQDO ,QWHUQHW Voz 00SRUPLQXWR Richmond Annapolis Washington OCEANO ATLÂNTICO 0 200km N ESTADOS UNIDOS MARYLAND VIRGÍNIA CAROLINA DO NORTE DANIEL TRIELLI/ESTADÃO RICHMOND Com antiquários, brechós, lo- jas de artesanato, tricô, estú- dios de tatuagem e cartoman- tes, Carytown, no centro de Ri- chmond,éumparaísoparahips- ters ou para quem busca com- pras diferentes. O eixo do bairro é Cary Street, uma via tranquila de mãoúnicaquecortaacidadedo subúrbio ao centro. Ali, muitas casinhas de madeira e tijolo fo- ram reconquistadas pelo co- mércio independente e trazem cafés descolados, restaurantes diferentese, éclaro, asindefec- tíveis casas de cupcakes. De vez em quando, aparece uma loja de bicicleta, um lugar que vende videogames dos anos 1990 e um bocado de sa- lões de tatuagem. Também há lugaresextremamenteespecia- lizadoscomoTheYarnLounge, um estúdio de tricô com o slo- gan “It’s hip to knit” (“É bacana tricotar”), ao lado da World of Mirth,lojadebrinquedosvinta- ge e educativos. O destaque, no entanto, são os brechós. O Second Debut se destaca por ter roupas femini- nasdemarcasfamosas,porpre- ços bem menores. Já a Bygones se especializa em criar roupas deépocadosanos1900àdécada de 1970. Isso inclui ternos, cha- péus, vestidos, uniformes de guerra e muitos acessórios. O ator Daniel Day-Lewis fez com- pras lá com a família enquanto filmava Lincoln (2012) na cida- de, e o elenco do longa também frequentava o Can Can Brasse- rie, um café com temas france- sesa dois quarteirões dali. Outlets. Se Carytown parecer alternativo demais, há sempre os outlets. Na região de Rich- mondháoWilliamsburge,mais pertodeWashingtonedaregião dosvinhos,nonortedaVirgínia, fica o Leesburg (ambos com in- formações no premiumoutlets. com). O modelo é o de sempre: marcas como Adidas, Banana Republic, Calvin Klein, Diesel, DKNY,GapeRalphLaurenofe- recempreçostentadoresjápara os americanos, que dirá para os brasileiros. / D.T. %HermesFileInfo:D-11:20140218: O ESTADO DE S. PAULO TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 Viagem D11
  • 6. Aquiopatriotismo vaideventoempopa ANNAPOLIS Annapolis é uma cidade voltada paraomar.Mesmosempraias,a vidadacapitaldeMarylandorbi- taaoredordaBaíadeChesapea- ke, para onde partem seus bar- cos à vela em competições e de onde vêm os siris que são a base da culinária local. Mesmo fora doverão,comasembarcaçõesjá recolhidasnasmarinas,acidade mantémo clima deconfraterni- zaçãoeterna.Moradoreseturis- tas se cumprimentam nas ruas do centro histórico como se co- nhecessemhá tempos. OlugarmaisAnnapolisdeAn- napolis é a Main Street, que de- sembocanasmarinasdaBaíade Chesapeakeetemrestaurantes, cafés e lojas dos dois lados. Um cantinho subutilizado pelo co- mérciofoi ocupadoporartistas. Tudoficaabertoatétarde–algu- mas lojas fecham às 22 horas, mesmofora datemporada. Osímbolomaiordaculturale- vemente excêntrica da cidade é o café Chick and Ruth’s. De lon- ge,trata-sedeumdinertradicio- nal,commenudecafédamanhã americano,milk-shakeshoméri- cos e sanduíches. Mas a fila de espera diária e a recomendação dos moradores justifica uma in- vestigação mais apurada. O cliente é recebido pelo próprio dono,TedLevitt.Eletambémsu- pervisiona a cozinha, passa de mesa em mesa fazendo truques demágicaepegaomicrofonepa- radispararumaartilhariadepia- das. Ah, toda manhã funcioná- rios e clientes se levantam e fa- zemum juramentoà bandeira. Amisturadeexcentricidade e patriotismotambémestánariva- lidade entre as duas principais universidades locais. A Acade- mia Naval forma marinheiros e fuzileiros com cursos voltados principalmente para as áreas de tecnologia e exatas. Já o foco do St.John’sCollegesãoasciências humanas.Adesigualdadeécolo- cadaem teste em um evento es- portivoanualdecroquet.Desde 1983, em abril, os estudantes da academia aparecem com seus uniformes brancos para a parti- da, enquanto os rivais usam de fantasias de viking a roupa do personagemdeOndeestáWally?. No balanço. Considerada capi- tal nacional da vela, no verão é comumvervelejadorespassean- dopelaentradadoporto,emum corredor chamado Ego Alley (Caminho do Ego), exibindo suasembarcações.Sequisersen- tir o gostinho de perto, há pas- seiosdecaiaque ebarco. Dáparaoptartambémporas- sistir tudo de um café à beira- mar.Aliás,aproveiteparaprovar osiri-azul,protagonistadacozi- nhalocal,usadoemcremes,boli- nhosoumesmoservidocomcas- ca, para ser comido inteiro. Mas o melhor – e mais famoso – pre- parosãooscrabcakes,amontoa- dosde carne de siri-azultempe- rada e gratinada, servidos com batatase salada. Dá para provar em qualquer portinha,masalgunsrestauran- tes são especiais. O Carrol’s CreekWaterfrontficadentrode umamarinaemEastporteofere- ce uma ótima vista para a baía. Outra boa opção no bairro é o BoatyardBarandGrill,querece- beuMichelleObamaem2010(a primeira-dama garantiu que os crab cakes dali eram os melho- resque ela jácomeu). Deixe a sobremesa para a An- napolis Ice Cream Factory, na MainStreeet.Osgeladossãofei- tosalimesmo,nodiaemquesão servidos. A tradição é oferecer canetinhas para o cliente pintar as colheres de plástico, que são exibidas em painéis na parede daloja.Sim,játemumabandeira brasileiralá. / DANIEL TRIELLI Baía de Chesapeake. O ‘point’ de Annapolis DIVULGAÇÃO %HermesFileInfo:D-12:20140218: D12 Viagem TERÇA-FEIRA, 18 DE FEVEREIRO DE 2014 O ESTADO DE S. PAULO